Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DERIVA CONTINENTAL A “dança” dos continentes... Primeiros mapas e idéias • Quando se tornou possível examinar mapas dos litorais dos continentes, já no séc. XVII, pôde-se perceber um encaixe quase perfeito entre algumas costas, como as da América do Sul e da África; • Um dos primeiros a mencionar este encaixe foi o filósofo inglês Francis Bacon, em 1620; • Estiveram, os continentes, juntos no passado? Ajuste dos continentes considerando-se a plataforma continental até 1.000 m de profundidade. Áreas escuras: recobrimento de massa continental Pontilhado: lacunas América do Sul Esta idéia ressurgiu diversas vezes posteriormente, mas sem argumentações científicas que lhe dessem suporte Alfred Wegener Publicou, em 1915, a hipótese da Deriva Continental em seu livro A origem dos continentes e dos oceanos A hipótese de Wegener Há 220 milhões de anos atrás, haveria um único supercontinente, chamado Pangea (“toda a Terra”) Então, este supercontinente começou a partir-se em em massas continentais menores, que passaram a se afastar (derivar) LAURÁSIA GONDWANA Mar de Thetis Evidências paleontológicas Fósseis de Mesosaurus brasiliensis Como explicar a existência de fósseis idênticos em dois continentes separados? América do Sul Como os cientistas de então explicavam as similaridades dos fósseis? j Jangada Istmos Caminho das pedras Deriva continental Desenhos by John Holden Fósseis vegetais • Wegener mencionou, também, a distribuição de uma planta chamada Glossopteris, cuja semente seria muito pesada para ser transportada por via eólica; • Era uma espécie de samambaia gigante, comum no Continente Gondwana (América do Sul, África, Índia, Austrália e Antártica); • Tais plantas cresciam em climas subglaciais. Evidências paleontológicas Fósseis de Mesosaurus brasiliensis América do Sul Após um determinado período, os fósseis em cada parte ficaram diferentes Evidências paleoclimáticas Marcas feitas pelas geleiras estrias Marcas de ressalto Tempo Afastam. 1 ano 3,5 cm 10 anos 35 cm 1 século 350 cm – 3,5 m 1 milênio (1ka.) 35 m 10 ka. 350 m 100 ka. 3.500m – 3,5km 1.000 ka. (1Ma) 35 km 10 Ma 350 km 100 Ma 3.500 km Malogro de Wegener • Sua hipótese foi rejeitada pelo mundo científico da época, inclusive de modo hostil; • Principal problema: qual o mecanismo para a deriva continental? Quais seriam as forças responsáveis pela movimentação? • Na época de seu falecimento (1930) ainda não se conheciam as propriedades plásticas da astenosfera; • Suas idéias só foram retomadas no final da década de 1940. Década de 1940 • Avanços da tecnologia militar (sonares) possibilitou se estudar o fundo oceânico No final da década de 1940, pesquisadores das universidades de Columbia e Princeton mapearam o fundo do Oceano Atlântico, datando suas rochas Com o aperfeiçoamento dos métodos de datação das rochas (Geocronologia), estabeleceu-se, para o fundo oceânico, um padrão (padrão zebrado) de idades: o fundo oceânico mais jovem fica nas dorsais oceânicas e graduamente (e em pares simétricos) torna-se mais velho à medida em que se distancia das dorsais Os fundos oceânicos são relativamente jovens Praticamente, não há fundo oceânico com mais de 200 Ma de idade Já nos continentes, as idades são muito variadas, incluindo as rochas mais antigas da Terra (com até 4 bilhões de anos). As áreas de escudo são as mais antigas Inferência: a crosta oceânica é mais jovem e se renova constantemente Cordilheiras Escudos Plataformas Em compensação, os continentes... Paleomagnetismo A Terra atua como um gigantesco imã, que gera um campo magnético. Alguns minerais, como a magnetita, têm propriedades magnéticas e, ao se formarem, registram a direção do pólo magnético do momento A magnetização ocorre sempre que a temperatura fica abaixo de um determinado valor (Ponto Curie). No caso da magnetita esta temperatura é da ordem de 580ºC Arremate: a magnetita, que é comum em basaltos, registra o campo magnético da época em que se cristalizou => ela é um indicador paleomagnético Padrão zebrado (Vine e Mathews, 1963) Espalhamento do fundo oceânico O campo magnético terrestre é representado por um único dipolo magnético, i.e., existe apenas um par de pólos magnéticos, situados próximos aos pólos geográficos. A inclinação da agulha dá a posição latitudinal. => Determina-se a posição dos continentes ao longo do tempo Deriva polar • Pólos paleomagnéticos • Os pólos sofrem uma aparente migração (deriva polar) Se há zona de formação de fundo oceânico e a Terra não está “inchando”, o que acontece com os fundos oceânicos mais antigos? Crosta oceânica Crosta continental Dorsal oceânica Oceano alongado A crosta oceânica é consumida nas chamadas zonas de subducção Dorsal oceânica Fossa oceânica Magma basáltico derivado de fusão parcial da Astenosfera Astenosfera Zona de formação de cadeias de Montanhas, vulcões e terremotos Crosta oceânica basáltica Corpos ígneos intrusivos Litosfera 2,6 2,8 3,3 Focos de terremotos Vulcões ativos no mundo Focos sísmicos Vulcões ativos Placas tectônicas 200 milhões de anos atrás 180 milhões de anos atrás (Jurássico) 200 – 180 Ma 135 milhões de anos atrás (Cretáceo) 135 Ma 65 milhões de anos atrás (Cenozóico) 65 Ma Hoje Os supercontinentes... E daqui a 50 milhões de anos...
Compartilhar