01 Introducao a Epidemiologia 2025-1

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INTRODUÇÃO
 À EPIDEMIOLOGIA
CRÉDITOS: Profª Ma. Ana Paula Prado
Profª Ma. Carolina Guerra da Mota e Silva
Um pouco de história
INTRODUÇÃO À EPIDEMIOLOGIA
Grécia Antiga: 
ASCLÉPIO
deus da saúde
PANACEIA
Preconizava a medicina individual 
curativa. Prática terapêutica baseada em 
intervenções sobre indivíduos doentes – 
manobras físicas, encantamentos, preces 
e uso de medicamentos.
HIGEIA
Defendia a saúde como 
resultante da harmonia entre 
os homens e ambientes, e 
buscava promovê-las por meio 
de ações preventivas.
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Um pouco de história
INTRODUÇÃO À EPIDEMIOLOGIA
“pai da medicina”
já estabelecia (500 anos A.C.) que a ocorrência 
da doença no homem estaria relacionada a 
fatores pessoais e do meio ambiente.
HIPÓCRATES
Utilizou palavras que deram origem ao termo epidemiologia.
Epidemeion (doenças que visitam a comunidade) - epidemia
Endemeion (doenças que residiam na comunidade) - endemia
Etimologicamente “epidemiologia” significa: 
– Epi (sobre) 
– Demo (povo, população)
– Logos (tratado, estudo)
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Roma Antiga: Primeiros médicos.
INTRODUÇÃO À EPIDEMIOLOGIA
A era romana para a Epidemiologia
▪ Censos periódicos.
▪ Registro compulsório de nascimentos e óbitos.
Um pouco de história
Galeno
Médico grego muito famoso na época e seguidor de Hipócrates.
Galeno demonstrou pela primeira vez que as artérias conduziam sangue 
e não ar, como acreditava-se na época. 
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Um pouco de história
1662 - John Graunt
Dados dos boletins semanais de nascimentos e óbitos de Londres, notou: 
que nasciam e morriam mais pessoas do sexo masculino; existia uma alta 
taxa de mortalidade infantil, que havia uma variação sazonal na distribuição 
dos óbitos.
1743 - Edward Jenner “pai da Imunologia”.
O primeiro a utilizar uma vacina empregada contra a varíola.
1822 - Louis Pasteur “pai da bacteriologia”
Influenciou a história da epidemiologia. Identificou e isolou 
bactérias.
1818 - Ignaz Semmelwies
Investigou as causas da febre puerperal em Viena. Preconizou medidas 
de higiene e lavagem das mãos. Sugestões não aceitas.
1822 - Gregor Mendel estudos genéticos
Estudos sobre a distribuição desigual da doença, na coletividade.
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INTRODUÇÃO À EPIDEMIOLOGIA
1839 -- Willian Farr:
implantou a rotina de compilação sistemática do número 
e causa de óbitos, e estabeleceu a prática do uso de 
estatística vital para a avaliação dos problemas 
relacionados à saúde da população.
1854 -- John Snow - Pai da Epidemiologia Descritiva:
a partir de dados de registro coletados rotineiramente, formulou 
e testou a hipótese de transmissão da cólera em Londres por 
contaminação da água encanada.
1950 -- Doll e Hill 
publicam resultados de um estudo sobre a associação entre 
cigarro e câncer de pulmão.
E assim vai...até a chegada da AIDS; Pneumonia asiática; gripe 
aviária .
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INTRODUÇÃO À EPIDEMIOLOGIA
Um pouco de história
1872-1919 - Oswaldo Cruz 
Fundou o Instituto Manguinhos no Rio de 
Janeiro.
Foi um médico, bacteriologista, 
epidemiologista e sanitarista brasileiro.
No Brasil: alguns 
protagonistas
1862-1925 - Emílio Ribas 
Estudo de endemias.
Foi um médico sanitarista e o 
primeiro a trabalhar no combate 
ao mosquito transmissor da febre 
amarela, conhecido hoje como o 
Aedes Aegypti.
1855-1940 - Adolfo Lutz 
Diretor do Instituto Bacteriológico. 
Especialista em medicina tropical.
1879-1934 - Carlos Chagas
Biólogo, médico sanitarista, infectologista, 
cientista e bacteriologista. Iniciou sua carreira 
no combate à malária mas se destacou ao 
descobrir o protozoário Trypanosoma cruzi. 
Descreveu a doença de Chagas.
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INTRODUÇÃO À EPIDEMIOLOGIA
Referência mais antiga à palavra epidemiologia está no título de um 
trabalho de Angelerio sobre a Peste (Espanha), na segunda metade 
do século XVI. 
Em 1802, Juan de Villalba, compilando as epidemias conhecidas até 
então, publicou Epidemiologia, tornando o termo oficial.
CONCEITOS
O estudo dos fatores que determinam a freqüência e a 
distribuição dos doenças nas coletividades humanas. 
(IEA – Associação Internacional de Epidemiologia, 1973)
Ciência que estuda o processo saúde-doença em coletividades humanas, analisando 
a distribuição e os fatores determinantes das enfermidades, danos à saúde coletiva, 
propondo medidas específicas de prevenção, controle ou erradicação de doenças, e 
fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, administração e 
avaliação das ações de saúde (Rouquayrol, 1993).
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“Ramo das ciências da saúde que estuda, na população, a OCORRÊNCIA, a 
DISTRIBUIÇÃO e os FATORES DETERMINANTES dos eventos relacionados com 
a saúde” (PEREIRA, 1995, p. 3).
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É a ciência básica para a SAÚDE COLETIVA. 
O que é epidemiologia?
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FATORES DETERMINANTES 
Definição de Saúde de acordo com a Lei Federal 8080/1990:
Art. 3o Os níveis de saúde expressam a organização social e econômica do País, 
tendo a saúde como determinantes e condicionantes, entre outros, a 
alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a 
renda, a educação, a atividade física, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e 
serviços essenciais. (Redação dada pela Lei nº 12.864 de 2013).
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Objetivos da Epidemiologia
INTRODUÇÃO À EPIDEMIOLOGIA
Principal objetivo:
• Identificar subgrupos da população que possuem alto risco para doença.
Esta identificação permite:
▪Verificar fatores específicos ou as características que os colocam em alto risco e tentar modificar tais fatores;
▪Direcionar esforços preventivos, tais como programas de rastreamento e detecção precoce de doenças, etc;
▪Identificar a etiologia ou a causa de uma doença e seus fatores de risco;
▪Determinar a extensão da doença encontrada na comunidade;
▪Prognosticar a doença;
▪Providenciar uma base para o desenvolvimento de políticas públicas e decisões de legislação relacionadas aos 
problemas ambientais;
▪Avaliar medidas preventivas e terapêuticas e modos de assistência à saúde, novos ou já existentes a doença.
Pilares da Epidemiologia
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Ciências Biológicas (conhecimentos da clínica, patologia, microbiologia, 
parasitologia e imunologia).
Ciências Sociais (conhecimentos a sociologia, antropologia e de como a 
sociedade está organizada).
Estatística (termo criado no século XVII, quer dizer, em sua origem etimológica, 
a medida do Estado -Estatísticas vitais).
Distribuição comportamentos epidemiológicos das doenças, agravos e 
eventos de saúde pública no tempo, espaço e lugar:
A) Não existirem 
ou existirem em forma de:
B) Surto epidêmico 
C) Epidemia 
D) Pandemia 
E) Endemia
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Surto epidêmico- É uma epidemia espacialmente circunscrita.
▪ Ocorrência de dois ou mais casos epidemiologicamente relacionados.
Epidemia- A ocorrência, em uma região, de um número de casos de um agravo ou 
doença que exceda a incidência normalmente esperada. 
▪ Manifestação, em uma coletividade ou região, de um corpo de casos de alguma 
enfermidade que excede claramente a incidência prevista. 
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Pandemia- Uma epidemia acontecendo em uma extensa área geográfica, ultrapassando 
limites geográficos entre os países.
▪ Epidemia de uma doença que afeta pessoas em muitos países e continentes.
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Endemia- É a presença constante de um agravo em uma dada população ou área 
geográfica, ou seja, o agravo apresenta incidência constante de novos casos na área.
▪ Presença contínua de uma enfermidade, ou agente infeccioso, em uma zona 
geográfica determinada; pode também expressar a prevalência usual de uma 
doença particular numa zona geográfica.
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INTRODUÇÃO À EPIDEMIOLOGIA
Incidência: número de casos novos de uma doença, ocorridos em uma população 
particular, durante um período específico de tempo.
Prevalência: número de casos clínicos oude portadores existentes em um determinado 
momento, em uma comunidade, dando uma ideia estática da ocorrência do fenômeno. 
Pode ser expressa em números absolutos ou em coeficientes casos ativos.
Taxa de detecção: casos confirmados.
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(Diagnóstico)
Incidência
Prevalência
(Tratamento)
Morte
Cura
Emigração
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Iceberg Epidemiológico: o termo “ponta de iceberg” refere-se a uma 
característica de dados (especialmente a mortalidade) que representam apenas 
uma parcela da população (a “ponta de iceberg”): a que morre ou a que chega 
ao serviço de saúde e tem o seu diagnóstico feito e registrado corretamente.
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1. Medronho, R. de A. et al. Epidemiologia. São Paulo: Atheneu, 2009.
2. Pereira MG. Epidemiologia: Teoria e Prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1995.
3. Rouquayrol MZ; Almeida Filho N. Epidemiologia e Saúde. 5ª edição. Rio de Janeiro: 
Medsi, 1999.
4. www.saude.gov.br/svs
5. http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/SAUDE_BRASIL_2009_COLETIVA.pdf
REFERÊNCIAS
Carolina Guerra da Mota e Silva
Mestre em Ciências da Saúde - UFSCar
Especialista em Pedagogia Universitária – UFTM
Especialista em Enfermagem Pediátrica – FAMERP
Enfermeira – FEF/FIFE
Obrigada!
“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as 
possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção” 
(Paulo Freire).