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Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil Autor: Ricardo Torques 13 de Maio de 2023 39471799600 - Naldira Luiza Vieria Ricardo Torques Aula 17 Índice ..............................................................................................................................................................................................1) Juizados Especiais Cíveis - Lei 9.099-1995 4 ..............................................................................................................................................................................................2) Juizado Especial da Fazenda Pública 43 ..............................................................................................................................................................................................3) Questões Comentadas - Juizados Especiais Cíveis - CEBRASPE 57 ..............................................................................................................................................................................................4) Questões Comentadas - Juizados Especiais Cíveis - CONSULPLAN 62 ..............................................................................................................................................................................................5) Questões Comentadas - Juizados Especiais Cíveis - FCC 71 ..............................................................................................................................................................................................6) Questões Comentadas - Juizados Especiais Cíveis - FGV 83 ..............................................................................................................................................................................................7) Questões Comentadas - Juizados Especiais Cíveis - VUNESP 88 ..............................................................................................................................................................................................8) Questões Comentadas - Juizados Especiais Cíveis - OUTRAS BANCAS 98 ..............................................................................................................................................................................................9) Questões Comentadas - Juizado Especial da Fazenda Pública - CEBRASPE 111 ..............................................................................................................................................................................................10) Questões Comentadas - Juizado Especial da Fazenda Pública - CONSULPLAN 114 ..............................................................................................................................................................................................11) Questões Comentadas - Juizado Especial da Fazenda Pública - FCC 116 ..............................................................................................................................................................................................12) Questões Comentadas - Juizado Especial da Fazenda Pública - FGV 119 ..............................................................................................................................................................................................13) Questões Comentadas - Juizado Especial da Fazenda Pública - VUNESP 120 ..............................................................................................................................................................................................14) Questões Comentadas - Juizado Especial da Fazenda Pública - OUTRAS BANCAS 124 ..............................................................................................................................................................................................15) Lista de Questões - Juizados Especiais Cíveis - CEBRASPE 130 ..............................................................................................................................................................................................16) Gabarito - Juizados Especiais Cíveis - CEBRASPE 132 ..............................................................................................................................................................................................17) Lista de Questões - Juizados Especiais Cíveis - CONSULPLAN 133 ..............................................................................................................................................................................................18) Gabarito - Juizados Especiais Cíveis - CONSULPLAN 136 ..............................................................................................................................................................................................19) Lista de Questões - Juizados Especiais Cíveis - FCC 137 ..............................................................................................................................................................................................20) Gabarito - Juizados Especiais Cíveis - FCC 141 ..............................................................................................................................................................................................21) Lista de Questões - Juizados Especiais Cíveis - FGV 142 ..............................................................................................................................................................................................22) Gabarito - Juizados Especiais Cíveis - FGV 144 ..............................................................................................................................................................................................23) Lista de Questões - Juizados Especiais Cíveis - VUNESP 145 ..............................................................................................................................................................................................24) Gabarito - Juizados Especiais Cíveis - VUNESP 149 ..............................................................................................................................................................................................25) Lista de Questões - Juizados Especiais Cíveis - OUTRAS BANCAS 150 ..............................................................................................................................................................................................26) Gabarito - Juizados Especiais Cíveis - OUTRAS BANCAS 155 ..............................................................................................................................................................................................27) Lista de Questões - Juizado Especial da Fazenda Pública - CEBRASPE 156 ..............................................................................................................................................................................................28) Gabarito - Juizado Especial da Fazenda Pública - CEBRASPE 157 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 2 170 Ricardo Torques Aula 17 Índice ..............................................................................................................................................................................................29) Lista de Questões - Juizado Especial da Fazenda Pública - CONSULPLAN 158 ..............................................................................................................................................................................................30) Gabarito - Juizado Especial dano Código de Processo Civil. (Redação dada pela Lei nº 13.105, de 2015) Parágrafo único. Os erros materiais podem ser corrigidos de ofício. Os embargos de declaração estão disciplinados no CPC entre os arts. 1.022 a 1.026. Trata-se de recurso que, diferentemente dos demais, não tem por finalidade cassar ou reformar a decisão proferida. Pretende-se, com os embargos de declaração, esclarecer, integrar, corrigir e completar a decisão prolatada. As hipóteses de cabimento são as seguintes: EFEITO DEVOLUTIVO regra EFEITO SUSPENSIVO dano irreparável para a parte Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 35 170 No âmbito dos Juizados, o recurso poderá ser interposto oralmente ou por escrito, no prazo de 5 dias e são cabíveis contra as sentenças: Art. 49. Os embargos de declaração serão interpostos por escrito ou oralmente, NO PRAZO DE CINCO DIAS, contados da ciência da decisão. Art. 50. Os embargos de declaração INTERROMPEM o prazo para a interposição de recurso Para encerrar as regras referentes aos embargos, você deve lembrar que a interposição do recurso de embargos interrompe o prazo para interposição de outros recursos. Assim, julgado o recurso de embargos de declaração, todo o prazo será restituído à parte para que possa apresentar outros recursos, como a apelação à turma recursal. Extinção do Processo No art. 51, da Lei nº 9.099, temos as hipóteses de extinção do processo: Art. 51. EXTINGUE-SE o processo, além dos casos previstos em lei: I - quando o autor deixar de comparecer a qualquer das audiências do processo; II - quando inadmissível o procedimento instituído por esta Lei ou seu prosseguimento, após a conciliação; III - quando for reconhecida a incompetência territorial; IV - quando sobrevier qualquer dos impedimentos previstos no art. 8º desta Lei; CABIMENTO DO EMBARGOS DE DECLARAÇÃO esclarecer obscuridade eliminar contradição suprir omissão corrigir erro material Os embargos de declaração INTERROMPEM O PRAZO para recurso Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 36 170 V - quando, falecido o autor, a habilitação depender de sentença ou não se der no prazo de trinta dias; VI - quando, falecido o réu, o autor não promover a citação dos sucessores no prazo de trinta dias da ciência do fato. § 1º A extinção do processo INDEPENDERÁ, em qualquer hipótese, de prévia intimação pessoal das partes. § 2º No caso do inciso I deste artigo, quando comprovar que a ausência decorre de força maior, a parte poderá ser isentada, pelo Juiz, do pagamento das custas. Vamos analisar algumas dessas situações?! 1) Caso o réu não compareça à audiência, ele sofrerá as penas da revelia. Se o autor não comparecer à audiência, o processo será extinto, sem análise do mérito do processo. 2) Se inadmissível o procedimento perante os Juizados, também haverá extinção do processo. Seria o caso de o autor demandar pessoa jurídica de direito público. Nesse caso, o processo deve ser extinto. 3) No Direito Processual Civil há uma regra básica no sentido de que o juiz não pode, de ofício, conhecer da incompetência relativa (valor da causa e territorial). O juiz deve ficar em silêncio, pois se a parte contrária não alegar prorroga-se a competência. Essa regra geral não se aplica aos Juizados. Devemos observar a regra do art. 51, III, da Lei do JEC, a qual estabelece que o reconhecimento da incompetência, INCLUSIVE A RELATIVA, implica a extinção do processo. 4) O processo será extinto, sem análise do mérito, caso figurem como partes no Juizado (seja autor ou réu) o incapaz, o preso, as pessoas jurídicas de direito público, as empresas públicas da União, a massa falida e o insolvente civil. 5) Também teremos a extinção do processo sem análise do mérito quando, falecido o autor, a habilitação depender de sentença ou não se der no prazo de 30 dias. 6) Do mesmo modo, extingue-se o processo sem análise do conteúdo do pedido, quando, falecido o réu, o autor não promover a citação dos sucessores no prazo de trinta dias da ciência do fato. Execução Em relação ao procedimento de execução no âmbito dos Juizados, temos dois dispositivos para analisar. Mas não se engane. São dois dispositivos extensos que devem ser estudados com parcimônia. Apenas a título de esclarecimento, o art. 52 trata da execução de sentenças dos juizados (cumprimento de sentença). O art. 53, por sua vez, trata da execução de título extrajudicial. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 37 170 A regra é a adoção do procedimento de cumprimento de sentença e de execução previstos no CPC. Contudo, nos incisos do art. 52 temos a fixação de uma série de particularidades que devemos conhecer. Vamos a elas: i) Nos juizados não há procedimento de liquidação de sentença, pois todas as sentenças devem ser líquidas e prontamente executáveis. Desse modo, se necessário algum cálculo para apurar juros ou mora, por exemplo, os próprios servidores serão encarregados de fazê-lo, sem a necessidade de envio do processo a peritos calculistas. ii) Como as audiências devem ocorrer de forma concentrada, temos a possibilidade de a sentença ser prolatada na própria sessão, caso em que a parte será intimada para cumprir a sentença logo que houver o trânsito em julgado. Caso o réu não cumpra, o vencedor da ação poderá requerer a execução verbalmente, sem a necessidade de nova citação do executado. iii) No caso de obrigação de entregar, de fazer, ou de não fazer, o cumprimento poderá ser induzido pela fixação de multa diária (astreintes), que podem ser majoradas e, caso não haja cumprimento, o juiz irá convertê-las em perdas e danos. Contudo, nessas obrigações, a determinação do cumprimento por terceiros ou a conversão em perdas e danos possui caráter excepcional e somente poderá ser determinada se não houver meio para forçar o réu a cumprir a tutela específica (obrigação de entregar, de fazer, ou de não fazer). iv) Em relação à alienação de bens no âmbito dos juizados, devemos saber que, uma vez penhorados, os bens devem ser alienados por particulares até a data da alienação pública (praça ou leilão). Se o preço pretendido na alienação for inferior ao valor da avaliação, as partes devem ser ouvidas e, caso o pagamento seja parcelado, é necessário oferecer caução. v) Admite-se a oposição de embargos à execução nos juizados nas seguintes situações: Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 38 170 Agora, confira o dispositivo da Lei do JEC: Art. 52. A execução da sentença processar-se-á no próprio Juizado, aplicando-se, no que couber, o disposto no Código de Processo Civil, com as seguintes alterações: I - as sentenças serão necessariamente líquidas, contendo a conversão em Bônus do Tesouro Nacional - BTN ou índice equivalente; II - os cálculos de conversão de índices, de honorários, de juros e de outras parcelas serão efetuados por servidor judicial; III - a intimação da sentença será feita, sempre que possível, na própria audiência em que for proferida. Nessa intimação, o vencido será instado a cumprir a sentença tão logo ocorra seu trânsito em julgado, e advertido dos efeitos do seu descumprimento (inciso V); IV - NÃO cumprida voluntariamente a sentença transitada em julgado, e tendo havido solicitação do interessado, que poderá ser verbal, proceder-se-á desde logo à execução, dispensada nova citação; V - nos casos de obrigação de entregar, de fazer, ou denão fazer, o Juiz, na sentença ou na fase de execução, cominará multa diária, arbitrada de acordo com as condições econômicas do devedor, para a hipótese de inadimplemento. Não cumprida a obrigação, o credor poderá requerer a elevação da multa ou a transformação da condenação em perdas e danos, que o Juiz de imediato arbitrará, seguindo-se a execução por quantia certa, incluída a multa vencida de obrigação de dar, quando evidenciada a malícia do devedor na execução do julgado; VI - na obrigação de fazer, o Juiz pode determinar o cumprimento por outrem, fixado o valor que o devedor deve depositar para as despesas, sob pena de multa diária; VII - na alienação forçada dos bens, o Juiz poderá autorizar o devedor, o credor ou terceira pessoa idônea a tratar da alienação do bem penhorado, a qual se aperfeiçoará em juízo até a data fixada para a praça ou leilão. Sendo o preço inferior ao da avaliação, as partes serão ouvidas. Se o pagamento não for à vista, será oferecida caução idônea, nos casos de alienação de bem móvel, ou hipotecado o imóvel; VIII - é dispensada a publicação de editais em jornais, quando se tratar de alienação de bens de pequeno valor; • falta ou nulidade da citação no processo, se ele correu à revelia • manifesto excesso de execução • erro de cálculo • causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigação, superveniente à sentença HIPÓTESES DE CABIMENTO DOS EMBARGOS À EXECUÇÃO Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 39 170 IX - o devedor poderá oferecer embargos, nos autos da execução, versando sobre: a) falta ou nulidade da citação no processo, se ele correu à revelia; b) manifesto excesso de execução; c) erro de cálculo; d) causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigação, superveniente à sentença. Finalizamos, assim, a análise do cumprimento de sentença no âmbito dos Juizados Especiais. Em relação ao processo de execução de título executivos extrajudiciais, para que possam ser executados perante os Juizados Especiais, eles NÃO podem ser superiores a 40 salários mínimos. Em relação ao procedimento, novamente adotamos as regras gerais do CPC. Quanto às especificidades, é importante que tenhamos em mente que o procedimento comporta quatro fases: 1. penhora; 2. audiência de conciliação; 3. embargos; 4. rejeitados os embargos, executa-se com observância da regra do cumprimento de sentença. Veja: Art. 53. A execução de título executivo extrajudicial, no valor de ATÉ QUARENTA SALÁRIOS MÍNIMOS, obedecerá ao disposto no Código de Processo Civil, com as modificações introduzidas por esta Lei. § 1º Efetuada a penhora, o devedor será intimado a comparecer à audiência de conciliação, quando poderá oferecer embargos (art. 52, IX), por escrito ou verbalmente. § 2º Na audiência, será buscado o meio mais rápido e eficaz para a solução do litígio, se possível com dispensa da alienação judicial, devendo o conciliador propor, entre outras medidas cabíveis, o pagamento do débito a prazo ou a prestação, a dação em pagamento ou a imediata adjudicação do bem penhorado. § 3º Não apresentados os embargos em audiência, ou julgados improcedentes, qualquer das partes poderá requerer ao Juiz a adoção de uma das alternativas do parágrafo anterior. § 4º Não encontrado o devedor ou inexistindo bens penhoráveis, o processo será imediatamente extinto, devolvendo-se os documentos ao autor. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 40 170 Despesas Em relação às despesas nos processos que tramitam perante os juizados, devemos lembrar: NA FASE DE CONHECIMENTO Independe de custas, taxas ou despesas, exceto litigância de má-fé. NA FASE RECURSAL Será exigido (inclusive as dispensadas na faze de conhecimento) Há despesas que poderão ser dispensadas no caso de assistência judiciária gratuita. Parâmetros dos honorários: 10 e 20% do valor da causa. NA FASE DE EXECUÇÃO Não há custas, exceto: a) litigância de má-fé; b) improcedência dos embargos do devedor; e c) improvimento do recurso do devedor. Veja: Art. 54. O acesso ao Juizado Especial independerá, em PRIMEIRO GRAU DE JURISDIÇÃO, do pagamento de custas, taxas ou despesas. Parágrafo único. O preparo do recurso, na forma do § 1º do art. 42 desta Lei, compreenderá todas as despesas processuais, inclusive aquelas dispensadas em primeiro grau de jurisdição, ressalvada a hipótese de assistência judiciária gratuita. Art. 55. A sentença de primeiro grau não condenará o vencido em custas e honorários de advogado, ressalvados os casos de litigância de má-fé. Em segundo grau, o recorrente, vencido, pagará as custas e honorários de advogado, que serão fixados entre dez por cento e vinte por cento do valor de condenação ou, não havendo condenação, do valor corrigido da causa. Parágrafo único. Na execução não serão contadas custas, SALVO quando: I - reconhecida a litigância de má-fé; II - improcedentes os embargos do devedor; III - tratar-se de execução de sentença que tenha sido objeto de recurso improvido do devedor. Disposições Finais Em relação às disposições finais dos juizados especiais cíveis, a leitura dos dispositivos é o suficiente: Art. 56. Instituído o Juizado Especial, serão implantadas as curadorias necessárias e o serviço de assistência judiciária. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 41 170 Art. 57. O acordo extrajudicial, de qualquer natureza ou valor, poderá ser homologado, no juízo competente, independentemente de termo, valendo a sentença como título executivo judicial. Parágrafo único. Valerá como título extrajudicial o acordo celebrado pelas partes, por instrumento escrito, referendado pelo órgão competente do Ministério Público. Art. 58. As normas de organização judiciária local poderão estender a conciliação prevista nos arts. 22 e 23 a causas não abrangidas por esta Lei. Art. 59. Não se admitirá ação rescisória nas causas sujeitas ao procedimento instituído por esta Lei. Dos arts. 60 ao 92, temos a disciplina dos Juizados Especiais Criminais, que não possuem maior relevância para fins da nossa prova, uma vez que nosso estudo é do Direito Processual Civil. Quantos aos arts. 93 a 97, faremos a citação, para mero registro. Disposições Finais Comuns Art. 93. Lei Estadual disporá sobre o Sistema de Juizados Especiais Cíveis e Criminais, sua organização, composição e competência. Art. 94. Os serviços de cartório poderão ser prestados, e as audiências realizadas fora da sede da Comarca, em bairros ou cidades a ela pertencentes, ocupando instalações de prédios públicos, de acordo com audiências previamente anunciadas. Art. 95. Os Estados, Distrito Federal e Territórios criarão e instalarão os Juizados Especiais no prazo de seis meses, a contar da vigência desta Lei. Parágrafo único. No prazo de 6 (seis) meses, contado da publicação desta Lei, serão criados e instalados os Juizados Especiais Itinerantes, que deverão dirimir, prioritariamente, os conflitos existentes nas áreas rurais ou nos locais de menor concentração populacional. (Redação dada pela Lei nº 12.726, de 2012) Art. 96. Esta Lei entra em vigor no prazo de sessenta dias após a sua publicação. Art. 97. Ficam revogadas a Lei nº 4.611, de 2 de abril de 1965 e a Lei nº 7.244, de 7 de novembro de 1984. Brasília, 26 de setembro de 1995; 174º da Independência e 107º da República. Concluímos o estudo da Lei nº 9.099/95. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 42 170LEI DOS JUIZADOS ESPECIAIS DA FAZENDA PÚBLICA Introdução Os Juizados Especiais da Fazenda Pública são criados com uma finalidade específica: conciliar, processar e julgar causas cíveis de interesses dos Estados-membros, do Distrito Federal e dos Municípios, quando o valor da causa não atingir 60 salários mínimos. Tal como vimos em relação à Lei nº 9.099/1995, a Lei nº 12.153/2009 impõe à União a obrigação de criar tais Juizados no âmbito do Distrito Federal. Já aos Estados-membros compete criar seus próprios Juizados de Fazenda Pública. Confira: Art. 1º Os Juizados Especiais da Fazenda Pública, órgãos da justiça comum e integrantes do Sistema dos Juizados Especiais, serão criados pela União, no Distrito Federal e nos Territórios, e pelos Estados, para conciliação, processo, julgamento e execução, nas causas de sua competência. Parágrafo único. O sistema dos Juizados Especiais dos Estados e do Distrito Federal é formado pelos Juizados Especiais Cíveis, Juizados Especiais Criminais e Juizados Especiais da Fazenda Pública. Competência O art. 2º discrimina a regra de competência desses Juizados, que segue o valor da causa como parâmetro: Art. 2º É de competência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública processar, conciliar e julgar causas cíveis de interesse dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, ATÉ O VALOR DE 60 (SESSENTA) SALÁRIOS MÍNIMOS. § 1º NÃO se incluem na competência do Juizado Especial da Fazenda Pública: I – as ações de mandado de segurança, de desapropriação, de divisão e demarcação, populares, por improbidade administrativa, execuções fiscais e as demandas sobre direitos ou interesses difusos e coletivos; II – as causas sobre bens imóveis dos Estados, Distrito Federal, Territórios e Municípios, autarquias e fundações públicas a eles vinculadas; III – as causas que tenham como objeto a impugnação da pena de demissão imposta a servidores públicos civis ou sanções disciplinares aplicadas a militares. Veja uma questão de prova e após, um esquema: (DPE-MT – 2016) Julgue: Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 43 170 O Juizado Especial da Fazenda Pública (Lei nº 12.153/2009) ostenta competência absoluta, não opcional e de curso obrigatório. Como regra é competente para processar, conciliar e julgar causas cíveis de interesse dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, até o valor de 60 (sessenta) salários mínimos. Comentários A assertiva está correta. De acordo com o art. 2º, §4º, da Lei nº 12.153/09, a competência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública é absoluta, não podendo o autor optar por ajuizar a sua ação na Justiça Comum, pelo procedimento ordinário, quando o seu objeto for de interesse da Fazenda Pública e não ultrapassar o valor de 60 salários mínimos. Para a prova, memorize: O §2º traz uma regra específica que trata de obrigações parceladas. Por exemplo, se o Estado-membro tiver um crédito de 10 parcelas de R$ 6.000,00 não poderá demandar perante a Fazenda Pública, pois o total de parcelas, vencidas e vincendas (a vencer), ultrapassa o limite de 60 mínimos. Assim, de acordo com o dispositivo abaixo, o total do crédito devido não pode ultrapassar o limite, no apurado de 12 parcelas, de R$ 57.240,00. COMPETÊNCIA DOS JUIZADOS ESPECIAIS DE FAZENDA PÚBLICA regra causas de até 60 salários mínimos não entram na regra de competência mandado de segurança ações de desapropriação, divisão e demarcação ação popular ações de improbidade administrativa execuções fiscais demandas que envolvam direitos ou interesses difusos e coletivos causas sobre bens imóveis dos Estados-membros, DF e municípios (e respectivas entidades indiretas) causas que tenham como objetivo impugnar penalidade de demissão aplicada a servidor ou sanções disciplinares aplicadas a militares Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 44 170 Confira: § 2º Quando a pretensão versar sobre obrigações vincendas, para fins de competência do Juizado Especial, a soma de 12 (doze) parcelas vincendas e de eventuais parcelas vencidas não poderá exceder o valor referido no caput deste artigo. § 3º Vetado. Pergunta-se: Um crédito de 60 parcelas de R$ 2.000,00 cada, poderá ser exigido perante o Juizado Especial de Fazenda Pública? Sim, poderá! Embora o montante total da dívida ultrapasse o limite de 60 salários mínimos, devemos considerar apenas a soma das 12 parcelas vincendas e eventuais vencidas. Se esse somatório não atingir mais de R$ 57.240,00, poderá ser exigido perante o Juizado. Quanto ao §4º, ele determina que a competência do Juizado, embora fixada em razão do valor da causa, é absoluta, ou seja, não poderá ser convencionada pelas partes. Desse modo: § 4º No foro onde estiver instalado Juizado Especial da Fazenda Pública, a sua competência é absoluta. Veja como o assunto foi explorado em provas: (TJ-SE - 2014) Julgue os seguintes itens, referentes a mandado de segurança, juizados especiais da fazenda pública e recursos. Indeferida a produção de prova pericial em processo que tramite perante o juizado especial da fazenda pública, a parte que se julgar prejudicada poderá interpor recurso de agravo de instrumento dirigido a turma recursal. Comentários A assertiva está incorreta. De acordo com o art. 4º, da Lei nº 12.153/09, exceto nos casos de concessão de medidas cautelares e antecipatórias, somente será admitido recurso contra a sentença. Então, não se tratando de decisão de antecipação dos efeitos da tutela e de deferimento de uma medida cautelar, o indeferimento de produção de prova pericial, no rito especial dos juizados especiais, não é impugnável por meio do recurso de agravo. Vejamos mais uma questão: (TJ-SE - 2014) Julgue os seguintes itens, referentes a mandado de segurança, juizados especiais da fazenda pública e recursos. Compete ao juizado especial da fazenda pública o julgamento de mandado de segurança quando a causa tiver valor de até sessenta salários mínimos, ressalvadas as hipóteses em que a autoridade coatora tiver foro por prerrogativa de função. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 45 170 Comentários A assertiva está incorreta. De acordo com o art. 2º, §1º, I, da Lei nº 12.153/09, as ações de mandado de segurança estão excluídas da competência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública. “§ 1o Não se incluem na competência do Juizado Especial da Fazenda Pública: I – as ações de mandado de segurança, de desapropriação, de divisão e demarcação, populares, por improbidade administrativa, execuções fiscais e as demandas sobre direitos ou interesses difusos e coletivos”; Partes Para finalizarmos os pontos introdutórios da Lei nº 12.153/2009, vamos analisar o art. 5º que informa quem poderá ser autor e quem poderá ser réu perante o Juizado Especial da Fazenda Pública. Confira: Art. 5o Podem ser partes no Juizado Especial da Fazenda Pública: I – como autores, as pessoas físicas e as microempresas e empresas de pequeno porte, assim definidas na Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006; II – como réus, os Estados, o Distrito Federal, os Territórios e os Municípios, bem como autarquias, fundações e empresas públicas a eles vinculadas. Memorize: P O D EM S ER P A R TE S N O J U IZ A D O autor pessoas físicas microempresas empresas de pequeno porte réus Estados-membros (e entidades) DF (e entidades) Municípios (e entidades) Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br39471799600 - Naldira Luiza Vieria 46 170 Regras processuais Em relação às regras processuais aplicáveis aos Juizados de Fazenda Pública, cumpre observar os arts. 6º a 12 da Lei. Como você vai notar ao desenvolvermos os assuntos, a legislação é pontual e remissiva. Pontual, pois a disciplina é bem específica; e remissiva, pois reporta-se ao Código de Processo Civil. Em linhas gerais, as regras processuais são as seguintes: Aplicação do CPC em relação às citações e intimações; Inexistência de benefício do prazo em dobro. Como você sabe, no CPC a Fazenda Pública, a Defensoria e o Ministério Público gozam de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais. Essa regra não se aplica aqui! A citação deve ocorrer com antecedência mínima de 30 dias. Admite-se a conciliação, a transação e a desistência nos processos que tramitam perante os Juizados de Fazenda Pública. Admite-se, em caráter excepcional, a realização de prova técnica (perícia) devendo o expert apresentar o laudo em até 5 dias antes da audiência. Não há reexame necessário nos Juizados de Fazenda Pública. A regra do duplo grau de jurisdição obrigatório, compreendida como exigência para a eficácia da sentença condenatória em face da Fazenda Pública não se aplica aos processos que tramitam perante os Juizados de Fazenda Pública. Vista a síntese das regras, vejamos os dispositivos pertinentes da Lei. Art. 6o Quanto às citações e intimações, aplicam-se as disposições contidas na Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código de Processo Civil. Em relação ao dispositivo acima, não obstante haver referência ao CPC73, evidentemente que vamos aplicar as regras do atual Código. Art. 7o NÃO haverá prazo diferenciado para a prática de qualquer ato processual pelas pessoas jurídicas de direito público, inclusive a interposição de recursos, devendo a citação para a audiência de conciliação ser efetuada com antecedência mínima de 30 (TRINTA) DIAS. Art. 8o Os representantes judiciais dos réus presentes à audiência poderão conciliar, transigir ou desistir nos processos da competência dos Juizados Especiais, nos termos e nas hipóteses previstas na lei do respectivo ente da Federação. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 47 170 Art. 9o A entidade ré deverá fornecer ao Juizado a documentação de que disponha para o esclarecimento da causa, apresentando-a até a instalação da audiência de conciliação. Art. 10. Para efetuar o exame técnico necessário à conciliação ou ao julgamento da causa, o juiz nomeará pessoa habilitada, que apresentará o laudo ATÉ 5 (CINCO) DIAS antes da audiência. Art. 11. Nas causas de que trata esta Lei, NÃO haverá reexame necessário. Cumprimento da sentença Com a sentença de mérito, há de se verificar se procedentes e, nesse caso, se haverá necessidade de cumprimento. Em relação ao cumprimento das sentenças dadas em Juizados de Fazenda Pública, devemos observar os artigos 12 e 13. O cumprimento depende da natureza da sentença. Vale dizer, você deverá analisar se a sentença foi condenatória para o pagamento de quantia, se ela determina uma obrigação de fazer, ou de entregar coisa, ou se prevê uma declaração de uma relação jurídica. Esses exemplos evidenciam que o cumprimento ocorrerá de formas diferentes. Nesse contexto, o art. 12, da Lei 12.153/2009, prevê regras para o cumprimento de sentenças que fixarem: obrigação de fazer; obrigação de não fazer; e obrigação de entregar coisa certa. Veja: Art. 12. O cumprimento do acordo ou da sentença, com trânsito em julgado, que imponham obrigação de fazer, não fazer ou entrega de coisa certa, será efetuado mediante ofício do juiz à autoridade citada para a causa, com cópia da sentença ou do acordo. Note que o cumprimento se dá mediante a expedição de um ofício do juiz determinando a observância do que foi decidido. Apenas isso! Cada ação especificamente considerada poderá conter uma dessas obrigações a serem observadas. Já no art. 13, temos o cumprimento de sentenças condenatórias em pagar quantia certa. Nesse caso, o tratamento jurídico é diferenciado, até porque, em razão de algumas peculiaridades que envolvem os bens públicos, trazem algumas regras restritivas. Veja, primeiramente, o dispositivo de lei: Art. 13. Tratando-se de obrigação de pagar quantia certa, após o trânsito em julgado da decisão, o pagamento será efetuado: Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 48 170 I – no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, contado da entrega da requisição do juiz à autoridade citada para a causa, independentemente de precatório, na hipótese do § 3o do art. 100 da Constituição Federal; ou II – mediante precatório, caso o montante da condenação exceda o valor definido como obrigação de pequeno valor. Note, portanto, que temos a adoção da sistemática de pagamento por intermédio de precatórios ou de requisições de pequeno valor (RPV). A depender do valor da condenação, vamos adotar uma ou outra forma de pagamento. Para que você tenha ideia das faixas de valores, confira a tabela abaixo: ENTE FEDERATIVO PRECATÓRIO RPV No âmbito da União acima de 60 salários mínimos valor igual ou inferior a 60 salários mínimos No âmbito dos Estados e do Distrito Federal acima de 40 salários mínimos valor igual ou inferior a 40 salários mínimos No âmbito dos Municípios acima de 30 salários mínimos valor igual ou inferior a 30 salários mínimos Em relação aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios esses são os parâmetros definidos na Constituição Federal até que haja publicação de lei específica no âmbito estadual ou local. Assim, você deverá verificar cada Estado e cada município para saber se há um limite especificamente definido ou se o valor a ser utilizado segue essa regra geral, tal como colocado na tabela. Para fins de prova, não é necessário se preocupar com esses detalhes, acreditamos que o conhecimento da tabela geral, acima apresentada, é o suficiente para o concurso. Quando estivermos diante do RPV, o ente federativo que foi condenado ao pagamento de quantia certa é obrigado a efetuar o pagamento. Caso não o faça, vamos aplicar a regra do §1º que prevê a aplicação da penalidade de sequestro de valores do Estado para dar cumprimento ao decidido judicialmente. Veja: § 1o Desatendida a requisição judicial, o juiz, imediatamente, determinará o sequestro do numerário suficiente ao cumprimento da decisão, dispensada a audiência da Fazenda Pública. Sigamos com a leitura dos demais parágrafos que já foram analisados acima: § 2o As obrigações definidas como de pequeno valor a serem pagas independentemente de precatório terão como limite o que for estabelecido na lei do respectivo ente da Federação. § 3o Até que se dê a publicação das leis de que trata o § 2o, os valores serão: I – 40 (quarenta) salários mínimos, quanto aos Estados e ao Distrito Federal; Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 49 170 II – 30 (trinta) salários mínimos, quanto aos Municípios. Os §§ 4º e 5º trazem duas regras importantes. A primeira delas define que não é admissível o fracionamento do valor da condenação para receber uma parcela em RPV e o restante em precatório. Por exemplo, não poderá a parte que obteve uma condenação contra a Fazenda Pública Federal, no importe de 100 salários mínimos, requerer que 60 salários sejam pagos na forma do RPV e os 40 restantes sejam pagos na forma do precatório. Nesse caso, TUDO deve ser inserido como pagamento em precatório. A segunda regra prevê que, se o valorultrapassar o montante, haverá automática inserção na modalidade de precatórios para pagamento, a não ser que a parte credora abra mão da diferença. Por exemplo, a parte obtém um crédito em favor da União Federal no montante de 61 salários mínimos. Nesse caso, o pagamento dar-se-á, em regra, pelo precatório, exceto se a parte aceitar o recebimento de apenas 60 salários mínimos, abrindo mão do valor excedente. A vantagem do RPV é a agilidade no pagamento e a possibilidade de sequestro em face do não pagamento, o que não ocorre no caso do precatório que tende a demorar sensivelmente mais para que haja efetivo pagamento pelo Poder Público. Agora, leia os dispositivos: § 4o São VEDADOS o fracionamento, a repartição ou a quebra do valor da execução, de modo que o pagamento se faça, em parte, na forma estabelecida no inciso I do caput e, em parte, mediante expedição de precatório, bem como a expedição de precatório complementar ou suplementar do valor pago. § 5o Se o valor da execução ultrapassar o estabelecido para pagamento independentemente do precatório, o pagamento far-se-á, sempre, por meio do precatório, sendo facultada à parte exequente a renúncia ao crédito do valor excedente, para que possa optar pelo pagamento do saldo sem o precatório. Para encerrar esse extenso dispositivo, faça uma leitura atenta dos últimos dois parágrafos: § 6o O saque do valor depositado poderá ser feito pela parte autora, pessoalmente, em qualquer agência do banco depositário, independentemente de alvará. § 7o O saque por meio de procurador somente poderá ser feito na agência destinatária do depósito, mediante procuração específica, com firma reconhecida, da qual constem o valor originalmente depositado e sua procedência. Para a prova... Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 50 170 Constituição dos Juizados de Fazenda Pública Confirma uma regra de organização, sem muita importância para fins de prova. A leitura atenta é o suficiente: Art. 14. Os Juizados Especiais da Fazenda Pública serão instalados pelos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal. Parágrafo único. Poderão ser instalados Juizados Especiais Adjuntos, cabendo ao Tribunal designar a Vara onde funcionará. Conciliadores e Juízes Leigos Dada a possibilidade de conciliação nos Juizados de Fazenda Pública, a lei reserva dois artigos para disciplinar a atuação dos conciliadores. Esses conciliadores terão por finalidade eliminar eventuais barreiras na comunicação e na compreensão dos fatos que estejam, eventualmente, impedindo a parte de chegar a uma solução amistosa para a lide. Temos, ainda, disciplina relativa aos juízes leigos que terão a responsabilidade de conduzir a audiência sob a supervisão do juiz e também de minutar a sentença, que será, posteriormente, objeto de homologação judicial. No caso da conciliação, a ideia do instituto é chegar à autocomposição, ao acordo. No caso do juiz leigo, a pretensão é conferir agilidade no processamento e no julgamento das ações que tramitam perante os Juizados. O art. 15 estabelece alguns requisitos para as pessoas que pretendem atuar na função: SAQUE feito pela pessoa titular do crédito pelo procurador com procuração específica da qual conste o valor e com reconhecimento de firma Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 51 170 ==1365fc== Em relação aos juízes leigos, quem eventualmente ocupar o cargo no Juizado de Fazenda Pública ficará impedido de atuar como advogado perante TODOS os Juizados de Fazenda Pública existentes no prazo. Veja o dispositivo da Lei: Art. 15. Serão designados, na forma da legislação dos Estados e do Distrito Federal, conciliadores e juízes leigos dos Juizados Especiais da Fazenda Pública, observadas as atribuições previstas nos arts. 22, 37 e 40 da Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995. § 1o Os conciliadores e juízes leigos são auxiliares da Justiça, recrutados, os primeiros, preferentemente, entre os bacharéis em Direito, e os segundos, entre advogados com mais de 2 (dois) anos de experiência. § 2o Os juízes leigos ficarão impedidos de exercer a advocacia perante todos os Juizados Especiais da Fazenda Pública instalados em território nacional, enquanto no desempenho de suas funções. Quanto à atribuição, o conciliador deve conduzir a audiência de conciliação e tentar promover o acordo entre as partes, confira o art. 16: Art. 16. Cabe ao conciliador, sob a supervisão do juiz, conduzir a audiência de conciliação. § 1o Poderá o conciliador, para fins de encaminhamento da composição amigável, ouvir as partes e testemunhas sobre os contornos fáticos da controvérsia. § 2o NÃO obtida a conciliação, caberá ao juiz presidir a instrução do processo, podendo dispensar novos depoimentos, se entender suficientes para o julgamento da causa os esclarecimentos já constantes dos autos, e não houver impugnação das partes. Turmas Recursais No âmbito dos Juizados, não temos um órgão superior (ad quem) responsável pelo exercício do duplo grau de jurisdição. A regra seria, portanto, o encaminhamento do recurso diretamente ao Tribunal. Isso, contudo, faria perder, em grande parte, a vantagem dos Juizados, que é a celeridade. PARA CONCILIADOR preferencialmente bacharel em direito PARA JUIZ LEIGO advogado com 2 anos de experiência Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 52 170 Em face disso, a saída encontrada foi a adoção de Turmas Recursais, compostas por juízes que exercem mandatos temporários de até dois anos, sem possibilidade de recondução, a não ser que não haja, na sede, outro juiz para o exercício da função. Cria-se, assim, um sistema recursal específico para tratar dos recursos contra as decisões dos Juizados Especiais de Fazenda Pública. Art. 17. As Turmas Recursais do Sistema dos Juizados Especiais são compostas por juízes em exercício no primeiro grau de jurisdição, na forma da legislação dos Estados e do Distrito Federal, com MANDATO DE 2 (DOIS) ANOS, e integradas, preferencialmente, por juízes do Sistema dos Juizados Especiais. § 1o A designação dos juízes das Turmas Recursais obedecerá aos critérios de antiguidade e merecimento. § 2o NÃO será permitida a recondução, SALVO quando não houver outro juiz na sede da Turma Recursal. Note que o próprio dispositivo fala em “turmas”, no plural, indicando que são criadas mais de uma turma para o exercício da análise dos recursos. Isso ocorre dado o volume de trabalho e também para que sejam assegurados os princípios informadores do sistema processual dos juizados, especialmente o da celeridade. Entre as possibilidades de recurso admitidas, temos o pedido de uniformização de interpretação entre decisões díspares das Turmas. Assim, quando houver divergência de entendimento entre Turmas do mesmo Tribunal sobre aspectos de direito material, o pedido poderá ser suscitado com vistas à fixação de entendimento a ser adotado no âmbito de todo o Tribunal. Note que a regra para o julgamento do pedido de uniformização de jurisprudência é a reunião das Turmas conflitantes para fixação do entendimento jurídico prevalecente. Leia, contudo, com atenção, pois há uma regra específica: Art. 18. Caberá pedido de uniformização de interpretação de lei quando houver divergência entre decisões proferidas por Turmas Recursais sobre questões de direito material. § 1o O pedido fundado em divergência entre Turmas do mesmo Estado será julgado em reunião conjunta das Turmas em conflito, sob a presidência de desembargador indicado pelo Tribunal de Justiça. § 2o No caso do§ 1o, a reunião de juízes domiciliados em cidades diversas poderá ser feita por meio eletrônico. § 3o Quando as Turmas de diferentes Estados derem a lei federal interpretações divergentes, ou quando a decisão proferida estiver em contrariedade com súmula do Superior Tribunal de Justiça, o pedido será por este julgado. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 53 170 A regra específica refere-se à possibilidade de julgamento pelo STJ! Isso mesmo! O Superior Tribunal de Justiça poderá julgar o pedido de uniformização de jurisprudência quando houver divergência entre Turmas Recursais de Estados distintos. Nesse caso, a fim de fixar a orientação predominante entre todo o sistema processual dos Juizados, o incidente será submetido a julgamento perante o STJ. Portanto, temos: Vamos avançar! Para encerrar, há, ainda, uma segunda hipótese na qual o pedido de uniformização poderá ser dirigido ao STJ. Quando, da decisão de uniformização da Turma, resultar em decisão contrária à Súmula do STJ. Nesse caso, a parte interessada poderá submeter o pedido à reanálise pelo Órgão Superior, que irá dirimir a divergência. Veja: Art. 19. Quando a orientação acolhida pelas Turmas de Uniformização de que trata o § 1o do art. 18 contrariar súmula do Superior Tribunal de Justiça, a parte interessada poderá provocar a manifestação deste, que dirimirá a divergência. § 1o Eventuais pedidos de uniformização fundados em questões idênticas e recebidos subsequentemente em quaisquer das Turmas Recursais ficarão retidos nos autos, aguardando pronunciamento do Superior Tribunal de Justiça. § 2o Nos casos do caput deste artigo e do § 3o do art. 18, presente a plausibilidade do direito invocado e havendo fundado receio de dano de difícil reparação, poderá o relator conceder, de ofício ou a requerimento do interessado, medida liminar determinando a suspensão dos processos nos quais a controvérsia esteja estabelecida. § 3o Se necessário, o relator pedirá informações ao Presidente da Turma Recursal ou Presidente da Turma de Uniformização e, nos casos previstos em lei, ouvirá o Ministério Público, no prazo de 5 (cinco) dias. JULGAMENTO DO PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO pelas Turmas conflitantes em reunião conjunta, caso sejam do mesmo Tribunal pelo STJ, quando envolver conflito entre Turmas de Estados distintos da Federação a decisão conflitante contrariar entendimento sumulado do STJ Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 54 170 § 4o Vetado. § 5o Decorridos os prazos referidos nos §§ 3o e 4o, o relator incluirá o pedido em pauta na sessão, com preferência sobre todos os demais feitos, ressalvados os processos com réus presos, os habeas corpus e os mandados de segurança. § 6o Publicado o acórdão respectivo, os pedidos retidos referidos no § 1o serão apreciados pelas Turmas Recursais, que poderão exercer juízo de retratação ou os declararão prejudicados, se veicularem tese não acolhida pelo Superior Tribunal de Justiça. Os arts. 20 e 21 preveem que o STF e o STJ irão fixar normas regulamentares para tratar dos pedidos de uniformização de jurisprudência e da possibilidade de recurso extraordinário. Art. 20. Os Tribunais de Justiça, o Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal, no âmbito de suas competências, expedirão normas regulamentando os procedimentos a serem adotados para o processamento e o julgamento do pedido de uniformização e do recurso extraordinário. Art. 21. O recurso extraordinário, para os efeitos desta Lei, será processado e julgado segundo o estabelecido no art. 19, além da observância das normas do Regimento. Regras finais Para encerrar o conteúdo teórico pertinente à aula de hoje, vamos analisar rapidamente as regras contidas nos arts. 22 a 28, da Lei nº 12.153/2009, que trazem regras de organização e de transição, e possuem pouca relevância para fins de provas. Leia, rapidamente: Art. 22. Os Juizados Especiais da Fazenda Pública serão instalados no prazo de até 2 (dois) anos da vigência desta Lei, podendo haver o aproveitamento total ou parcial das estruturas das atuais Varas da Fazenda Pública. Art. 23. Os Tribunais de Justiça poderão limitar, por até 5 (cinco) anos, a partir da entrada em vigor desta Lei, a competência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública, atendendo à necessidade da organização dos serviços judiciários e administrativos. Art. 24. Não serão remetidas aos Juizados Especiais da Fazenda Pública as demandas ajuizadas até a data de sua instalação, assim como as ajuizadas fora do Juizado Especial por força do disposto no art. 23. Art. 25. Competirá aos Tribunais de Justiça prestar o suporte administrativo necessário ao funcionamento dos Juizados Especiais. Art. 26. O disposto no art. 16 aplica-se aos Juizados Especiais Federais instituídos pela Lei no 10.259, de 12 de julho de 2001. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 55 170 Art. 27. Aplica-se subsidiariamente o disposto nas Leis nos 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código de Processo Civil, 9.099, de 26 de setembro de 1995, e 10.259, de 12 de julho de 2001. Art. 28. Esta Lei entra em vigor após decorridos 6 (seis) meses de sua publicação oficial. Vamos para a parte prática! Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 56 170 QUESTÕES COMENTADAS 1. (CESPE/TJ-PR - 2017) Jorge ajuizou ação no juizado especial cível, com o objetivo de receber indenização no valor de vinte mil reais por dano causado por pessoa jurídica. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta. a) Havendo necessidade de expedição de carta precatória, Jorge deverá custear despesa de cumprimento. b) A competência para julgar o processo será deslocada em caso de necessidade de desconsideração da personalidade jurídica da empresa ré. c) A extinção do processo por ausência de Jorge em audiência dependerá de sua prévia intimação pessoal. d) A ausência de contestação, ainda que a empresa ré esteja presente na audiência de conciliação, acarretará a revelia. Comentários A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 54, caput, da Lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais, o autor não deverá custear o cumprimento de eventual carta precatória que seja necessária ao deslinde do processo. Art. 54. O acesso ao Juizado Especial independerá, em primeiro grau de jurisdição, do pagamento de custas, taxas ou despesas. A alternativa B está incorreta. Com base no art. 1.062, do CPC, deverá ser admitida a instauração do incidente de desconsideração da personalidade jurídica. Art. 1.062. O incidente de desconsideração da personalidade jurídica aplica-se ao processo de competência dos juizados especiais. Portanto, não há necessidade de deslocar a competência para a justiça comum, se a desconsideração da personalidade jurídica se fizer necessária. A alternativa C está incorreta. Nos termos do art. 51, I, combinado com o §1º, da Lei nº 9.099/95, na hipótese de não comparecimento do autor à audiência, o processo poderá ser extinto independentemente de sua intimação pessoal. Art. 51. Extingue-se o processo, além dos casos previstos em lei: I - quando o autor deixar de comparecer a qualquer das audiências do processo; § 1º A extinção do processo independerá, em qualquer hipótese, de prévia intimação pessoal das partes. A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Ainda que a parte esteja presente, se não contestar aação em tempo hábil, será considerada revel. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 57 170 Além disso, vejamos o que dispõe o Enunciado nº 11, do Fonaje: ENUNCIADO 11 – Nas causas de valor superior a vinte salários mínimos, a ausência de contestação, escrita ou oral, ainda que presente o réu, implica revelia. 2. (CESPE/TJ-PR - 2017) A respeito da prova no juizado especial cível, assinale a opção correta de acordo com a Lei n.º 9.099/1995. a) É ônus da parte levar a testemunha à audiência, por não se aplicar a condução coercitiva. b) A prova pericial poderá ser realizada oralmente, mas o perito deverá entregar o laudo escrito logo após. c) Será válida prova testemunhal produzida por declaração escrita. d) Salvo a inspeção judicial, as provas terão de ser produzidas na audiência de instrução e julgamento. Comentários A alternativa A está incorreta. A regra, no rito dos juizados especiais cíveis, é de que a testemunha deverá comparecer à audiência de instrução e julgamento independentemente de intimação, conforme dispõe o art. 34, caput, da Lei nº 9.099/95: Art. 34. As testemunhas, até o máximo de três para cada parte, comparecerão à audiência de instrução e julgamento levadas pela parte que as tenha arrolado, independentemente de intimação, ou mediante esta, se assim for requerido. Porém, uma vez convidada, se não comparecer poderá, sim, sofrer condução coercitiva. Vejamos o §2º, do art. 34: § 2º Não comparecendo a testemunha intimada, o Juiz poderá determinar sua imediata condução, valendo-se, se necessário, do concurso da força pública. A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 33, da referida Lei, a produção da prova técnica simplificada deverá ocorrer na audiência, não sendo exigida a apresentação posterior de laudo pelo perito, cuja inquirição constará em ata. Art. 33. Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, ainda que não requeridas previamente, podendo o Juiz limitar ou excluir as que considerar excessivas, impertinentes ou protelatórias. A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. A regra, é de que a prova deverá ser produzida na audiência de instrução e julgamento. Porém, para obter maior celeridade e maior simplicidade de seu rito, é possível a apresentação do depoimento da testemunha por escrito, devendo ela atestar, em suas declarações, a veracidade das mesmas. A alternativa D está incorreta. Com base no art. 35, parágrafo único, da Lei nº 9.099/95, a inspeção judicial também será realizada na audiência de instrução e julgamento. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 58 170 Parágrafo único. No curso da audiência, poderá o Juiz, de ofício ou a requerimento das partes, realizar inspeção em pessoas ou coisas, ou determinar que o faça pessoa de sua confiança, que lhe relatará informalmente o verificado. 3. (CESPE/TJ-CE - 2014) Benjamin ajuizou demanda no juizado especial cível contra seu vizinho, Teodoro, pretendendo obrigá-lo a dividir os custos do muro que construiu para separar as propriedades. Nenhuma das partes foi assistida por advogado na elaboração da inicial e da defesa, nem durante as audiências. O pedido foi julgado procedente. Teodoro, inconformado, protocolou recurso inominado no décimo quinto dia depois de sua regular intimação sobre a sentença. Com base na situação hipotética descrita, assinale a opção correta. a) Não há que se falar em pagamento de preparo recursal, pois no juizado especial não há pagamento de custas. b) Para proceder à interposição do recurso, foi necessário que Teodoro constituísse advogado. c) O recurso deve ser recebido no duplo efeito legal. d) O valor da causa pode ser de até quarenta salários mínimos, no caso. e) O recurso é tempestivo, mas será considerado deserto se o preparo não tiver sido pago. Comentários A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 42, §1º, da Lei nº 9.099/95, deve haver preparo no Juizado Especial, sob pena de deserção. § 1º O preparo será feito, independentemente de intimação, nas quarenta e oito horas seguintes à interposição, sob pena de deserção. A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, pois se refere ao art. 40, §2º, da referida Lei: § 2º No recurso, as partes serão obrigatoriamente representadas por advogado. A alternativa C está incorreta. O efeito suspensivo será concedido apenas em caso de risco de dano irreparável a parte. Vejamos o art. 43, da Lei nº 9.099/95: Art. 43. O recurso terá somente efeito devolutivo, podendo o Juiz dar-lhe efeito suspensivo, para evitar dano irreparável para a parte. A alternativa D está incorreta. Segundo o art. 9º, da referida Lei, no caso em questão, o valor da causa pode ser de até vinte salários mínimos. Art. 9º Nas causas de valor até vinte salários mínimos, as partes comparecerão pessoalmente, podendo ser assistidas por advogado; nas de valor superior, a assistência é obrigatória. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 59 170 ==1365fc== A alternativa E está incorreta. Com base no art. 42, da Lei nº 9.099/95, o recurso deverá ser interposto no prazo de dez dias. Art. 42. O recurso será interposto no prazo de dez dias, contados da ciência da sentença, por petição escrita, da qual constarão as razões e o pedido do recorrente. 4. (CESPE/TJ-RN - 2014) Acerca do procedimento dos juizados especiais estaduais, assinale a opção correta. a) A sentença condenatória que, proferida no âmbito dos juizados especiais cíveis, exceder o valor da alçada estabelecida na lei, em razão de atualização monetária e aplicação de juros legais, após o ajuizamento da ação, será ineficaz no que se refere à parte excedente. b) Compete às turmas recursais o julgamento de ação rescisória contra decisão transitada em julgado proferida nos juizados especiais cíveis. c) O não comparecimento do demandado à audiência de conciliação ou de instrução e julgamento induz os efeitos da revelia, reputando-se verdadeiras as alegações contidas na petição inicial, de modo que se deve julgar procedente o pedido. d) No procedimento dos juizados especiais, o magistrado pode determinar a inversão do ônus da prova, em julgamento de equidade e com fundamento nas regras de experiência comum, se configurada a verossimilhança da alegação ou limitação do autor na produção da prova. e) No que diz respeito à audiência de instrução e julgamento, aplicam-se as normas do CPC relativas ao prazo de apresentação de quesitos e do rol de testemunhas, de modo a viabilizar a intimação pessoal, bem como a oportunizar à parte contrária eventual contradita, e a indicação de assistente técnico à prova pericial. Comentários A alternativa A está incorreta, pois o parâmetro que é levado em consideração é o valor da causa, não o valor da condenação. Assim, se, em face de atualização monetária e juros de mora, o valor ultrapassar os 40 salários mínimos não será desconsiderado valor excedente, desde que o valor da causa não ultrapasse o limite. A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 59, da Lei nº 9.099/95, não se admitirá ação rescisória nas causas sujeitas ao procedimento instituído por esta Lei. A alternativa C está incorreta. Segundo o art. 20, da referida Lei, não comparecendo o demandado à sessão de conciliação ou à audiência de instrução e julgamento, reputar-se-ão verdadeiros os fatos alegados no pedido inicial, salvo se o contrário resultar da convicção do Juiz. A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, conforme estabelece o art. 5º, combinado com o art. 6º, da Lei nº 9.099/95:Art. 5º O Juiz dirigirá o processo com liberdade para determinar as provas a serem produzidas, para apreciá-las e para dar especial valor às regras de experiência comum ou técnica. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 60 170 Art. 6º O Juiz adotará em cada caso a decisão que reputar mais justa e equânime, atendendo aos fins sociais da lei e às exigências do bem comum. A alternativa E está incorreta. A produção de prova pericial não se associa com o rito da Lei nº 9.099/95, uma vez que, nos Juizados Especiais, serão processados apenas os feitos de menor complexidade. A necessidade de produção de prova especializada, como é o caso da prova pericial, faz com que a ação seja considerada complexa, inviabilizando, com isso, o seu processamento pelo rito da Lei nº 9.099/95. 5. (CESPE/DPE-AL - 2017) Caso não seja cumprida voluntariamente sentença transitada em julgado no âmbito do juizado especial cível, a) o interessado deverá solicitar, por escrito, a execução da sentença, sendo necessária nova citação. b) o juiz determinará ao vencido o imediato cumprimento da sentença, sob pena de aplicação de multa diária. c) o juiz procederá, de ofício, à execução da sentença. d) proceder-se-á desde logo à execução mediante solicitação do interessado, que poderá ser verbal, dispensada nova citação. e) não será admitida a execução da sentença no próprio juizado. Comentários A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Nos Juizados Especiais, se a decisão não for cumprida voluntariamente, para que se proceda a execução, é necessária a solicitação do exequente. Portanto, o juiz não poderá procedê-la de ofício. Essa solicitação poderá ser verbal, uma vez que o procedimento nos Juizados é mais simples. Vejamos o que dispõe o art. 52, IV, da Lei nº 9.099/95: Art. 52. A execução da sentença processar-se-á no próprio Juizado, aplicando-se, no que couber, o disposto no Código de Processo Civil, com as seguintes alterações: IV - não cumprida voluntariamente a sentença transitada em julgado, e tendo havido solicitação do interessado, que poderá ser verbal, proceder-se-á desde logo à execução, dispensada nova citação; Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 61 170 QUESTÕES COMENTADAS 1. (CONSULPLAN/TJ-MG - 2017) Segundo a Lei nº 9.099/1995, é correto afirmar: a) O Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de menor complexidade, cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo. b) As empresas públicas da União podem ser parte nos processos regulados por essa lei. c) Independentemente do valor da causa, as partes podem comparecer pessoalmente, sem assistência de advogado. d) O processo instaurar-se-á com a apresentação do pedido, que necessariamente deverá ser escrito, à Secretaria do Juizado. Comentários A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, pois é o que dispõe o art. 3º, I, da Lei nº 9.099/95: Art. 3º O Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de menor complexidade, assim consideradas: I - as causas cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo; A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 8º, da referida Lei, não poderão ser parte não processos regulados pela Lei dos juizados especiais cíveis, as empresas públicas da União. Art. 8º Não poderão ser partes, no processo instituído por esta Lei, o incapaz, o preso, as pessoas jurídicas de direito público, as empresas públicas da União, a massa falida e o insolvente civil. A alternativa C está incorreta. Nas causas de valor superior a 20 salários, a assistência é obrigatória. Vejamos o art. 9º, da Lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais: Art. 9º Nas causas de valor até vinte salários mínimos, as partes comparecerão pessoalmente, podendo ser assistidas por advogado; nas de valor superior, a assistência é obrigatória. A alternativa D está incorreta. Com base no art. 14, da referida Lei, o processo poderá ser instaurado com pedido escrito ou oral. Art. 14. O processo instaurar-se-á com a apresentação do pedido, escrito ou oral, à Secretaria do Juizado. 2. (CONSULPLAN/TJ-MG - 2017) Na Seção V da Lei 9.099/1995, o pedido a) não poderá ter dispensado seu registro prévio, mesmo que compareçam ambas as partes. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 62 170 b) assim que registrado, a secretaria do juizado designará sessão de conciliação, a realizar-se no prazo de 20 (vinte) dias. c) poderá ser oral ou escrito. d) pode ser formulado de forma genérica quando for possível determinar, desde logo, a extensão das obrigações. Comentários A alternativa A está incorreta. O art. 17, da Lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais, estabelece que comparecendo inicialmente ambas as partes, instaurar-se-á, desde logo, a sessão de conciliação, dispensados o registro prévio de pedido e a citação. A alternativa B está incorreta. O referido prazo é de 15 dias, e não 20. Vejamos o que dispõe o art. 16, da referida Lei: Art. 16. Registrado o pedido, independentemente de distribuição e autuação, a Secretaria do Juizado designará a sessão de conciliação, a realizar-se no prazo de quinze dias. A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, conforme prevê o art. 14, da Lei nº 9.099/95: Art. 14. O processo instaurar-se-á com a apresentação do pedido, escrito ou oral, à Secretaria do Juizado. A alternativa D está incorreta. Nos termos do §2º, do art. 14, da referida Lei, é lícito formular pedido genérico quando não for possível determinar, desde logo, a extensão da obrigação. 3. (CONSULPLAN/TJ-MG - 2017) Com relação ao acesso ao juizado especial, assinale a afirmação correta: a) Necessita do pagamento de custas em ambos os graus de jurisdição. b) Não há necessidade de preparo de recurso. c) A sentença de primeiro grau sempre condenará o vencido em custas e honorários de advogado. d) Em segundo grau, o recorrente vencido, pagará as custas e honorários de advogado. Comentários A alternativa A está incorreta. No que diz respeito ao acesso ao juizado especial, não é necessário o pagamento de custas, em primeiro grau de jurisdição. Vejamos o art. 54, caput, da Lei nº 9.099/95: Art. 54. O acesso ao Juizado Especial independerá, em primeiro grau de jurisdição, do pagamento de custas, taxas ou despesas. A alternativa B está incorreta. Nos termos do parágrafo único, do art. 54, da referida Lei, há sim, necessidade de preparo do recurso. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 63 170 Parágrafo único. O preparo do recurso, na forma do § 1º do art. 42 desta Lei, compreenderá todas as despesas processuais, inclusive aquelas dispensadas em primeiro grau de jurisdição, ressalvada a hipótese de assistência judiciária gratuita. A alternativa C está incorreta. Ao contrario do que se afirma, a sentença de primeiro grau não condenará o vencido em custas e honorários de advogado, conforme dispõe o art. 55, caput, da Lei dos Juizados Especiais Cíveis: Art. 55. A sentença de primeiro grau não condenará o vencido em custas e honorários de advogado, ressalvados os casos de litigância de má-fé. Em segundo grau, o recorrente, vencido, pagará as custas e honorários de advogado, que serão fixados entre dez por cento e vinte por cento do valor de condenação ou, não havendo condenação, do valor corrigido da causa.A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, com base no art. 55, acima disposto. 4. (CONSULPLAN/TJ-MG - 2017) Considerando as disposições sobre os Juizados Especiais Cíveis, na Lei nº 9.099/1995, é correto afirmar: a) Para acesso ao Juizado Especial, em primeiro grau de jurisdição, a parte autora deverá providenciar o pagamento de custas, taxas ou despesas, que não excederão o valor de um salário-mínimo. b) A citação far-se-á por oficial de justiça, desde que expedido mandado ou carta precatória. c) A audiência de conciliação será conduzida pelo Juiz togado ou leigo ou por conciliador sob sua orientação. d) Os embargos de declaração não interrompem o prazo para a interposição de recurso. Comentários A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 54, da Lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais, o acesso ao Juizado Especial independerá, em primeiro grau de jurisdição, do pagamento de custas, taxas ou despesas. A alternativa B está incorreta. Segundo o art. 67, da referida Lei, a citação far-se-á por correspondência, e não por oficial de justiça. Art. 67. A intimação far-se-á por correspondência, com aviso de recebimento pessoal ou, tratando-se de pessoa jurídica ou firma individual, mediante entrega ao encarregado da recepção, que será obrigatoriamente identificado, ou, sendo necessário, por oficial de justiça, independentemente de mandado ou carta precatória, ou ainda por qualquer meio idôneo de comunicação. A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, nos termos do art. 22, da Lei nº 9.099/95: Art. 22. A conciliação será conduzida pelo Juiz togado ou leigo ou por conciliador sob sua orientação. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 64 170 A alternativa D está incorreta. Ao contrário do que se afirma, os embargos de declaração interrompem o prazo para a interposição de recurso, conforme estabelece o art. 50, da referida Lei. 5. (CONSULPLAN/TJ-MG - 2015) Sobre os princípios aplicáveis aos Juizados Especiais Cíveis, assinale a alternativa INCORRETA. a) O processo deve buscar, sempre que possível, a conciliação ou a transação. b) O processo orientar‐se‐á pelos critérios da oralidade, simplicidade, formalidade, economia processual e celeridade. c) O sistema dos Juizados Especiais busca a solução da causa no menor tempo possível e com o mínimo gasto para as partes. d) Classicamente, o princípio da oralidade tem como subprincípios o imediatismo, o da concentração, o da identidade física do juiz e o da irrecorribilidade das decisões interlocutórias. Comentários A alternativa B está incorreta e é o gabarito da questão. De acordo com o art. 2º, da Lei nº 9.099/95, o processo irá se orientar pelos critérios da oralidade, da simplicidade, da informalidade, da economia processual e da celeridade. Vejamos: Art. 2º O processo orientar-se-á pelos critérios da oralidade, simplicidade, INformalidade, economia processual e celeridade, buscando, sempre que possível, a conciliação ou a transação. Observe que a alternativa B fala em princípio da formalidade, que é contrário a tudo o que rege o processo no Juizado Especial, o qual busca ser informal e célere. 6. (CONSULPLAN/TJ-MG - 2015) Nas causas previstas na Lei nº 9.099/1995, é competente o Juizado do Foro: a) Do lugar onde a obrigação deva ser satisfeita. b) Do domicílio do autor em caso de dívidas relativas a cheques. c) Do local do ato ou fato no caso de cobrança de dívidas em geral. d) Exclusivamente no local do domicílio do autor, nas ações de reparação de dano. Comentários A questão requer o conhecimento do art. 4º, da Lei nº 9.099/95. Vamos analisar cada uma das alternativas: A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Vejamos o inc. II. Art. 4º É competente, para as causas previstas nesta Lei, o Juizado do foro: II - do lugar onde a obrigação deva ser satisfeita; Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 65 170 As alternativas B, C e D estão incorretas. De acordo com o inc. III, é competente o Juizado do Foro, do domicílio do autor ou do local do ato ou fato, nas ações para reparação de dano de qualquer natureza. Art. 4º É competente, para as causas previstas nesta Lei, o Juizado do foro: III - do domicílio do autor ou do local do ato ou fato, nas ações para reparação de dano de qualquer natureza. 7. (CONSULPLAN/TJ-MG - 2015) Assinale a alternativa que contenha causa NÃO excluída da competência do Juizado Especial Cível. a) De natureza alimentar. b) Relativas a acidentes de trabalho. c) Que versem sobre revogação de doação. d) Relativas ao estado e capacidade das pessoas, ainda de que cunho patrimonial. Comentários De acordo com o art. 3º, §2º, da Lei nº 9.099/95, ficam excluídas da competência do Juizado Especial as causas de natureza alimentar, falimentar, fiscal e de interesse da Fazenda Pública, e também as relativas a acidentes de trabalho e a resíduos, bem como ao estado e à capacidade das pessoas, ainda que de cunho patrimonial. A única causa que não é excluída da competência do Juizado Especial Cível é a revogação de doação. Portanto, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Relembre o esquema dado em aula: 8. (CONSULPLAN/TJ-MG - 2015) Poderão ser parte no Juizado Especial Cível: a) As empresas públicas da União. b) As pessoas jurídicas de direito público. c) O preso, a massa falida e o insolvente civil. d) As pessoas jurídicas qualificadas como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público. • alimentar • falimentar • fiscal • de interesse da Fazenda Pública • relativas a acidentes de trabalho • relativas a resíduos • relativas ao estado e à capacidade das pessoas, ainda que de cunho patrimonial FICAM EXCLUÍDAS DA COMPETÊNCIA DO JUIZADO ESPECIAL AS CAUSAS DE NATUREZA Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 66 170 Comentários A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. As pessoas jurídicas qualificadas como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP - poderão ser parte no Juizado Especial Cível. § 1o Somente serão admitidas a propor ação perante o Juizado Especial: III - as pessoas jurídicas qualificadas como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, nos termos da Lei no 9.790, de 23 de março de 1999; As demais alternativas apresentam situações contempladas no art. 8º, da Lei nº 9.099, e não poderão ser partes no JEC. 9. (CONSULPLAN/TJ-MG - 2015) Sobre o tratamento que a Lei nº 9.099/1995 dá às Provas, assinale a alternativa INCORRETA. a) O requerimento para intimação das testemunhas será apresentado à Secretaria, no mínimo, dez dias antes da audiência de instrução e julgamento. b) Não comparecendo a testemunha intimada, o juiz poderá determinar sua imediata condução, valendo‐se, se necessário, do concurso da força pública. c) No curso da audiência, poderá o juiz, de ofício ou a requerimento das partes, realizar inspeção em pessoas ou coisas, ou determinar que o faça pessoa de sua confiança, que lhe relatará informalmente o verificado. d) As testemunhas, até o máximo de três para cada parte, comparecerão à audiência de instrução e julgamento levadas pela parte que as tenha arrolado, independentemente de intimação, ou mediante esta, se assim for requerido. Comentários A alternativa A está incorreta e é o gabarito da questão. De acordo com o §1º, do art. 34, da Lei nº 9.099/95, o requerimento para intimação das testemunhas será apresentado à Secretaria no mínimo cinco dias antes da audiência de instrução e julgamento. A alternativaB está correta, com base no §2º, do art. 34, da referida Lei: § 2º Não comparecendo a testemunha intimada, o Juiz poderá determinar sua imediata condução, valendo-se, se necessário, do concurso da força pública. A alternativa C está correta, pois é o que dispõe o parágrafo único, do art. 35, da Lei nº 9.099/95: Parágrafo único. No curso da audiência, poderá o Juiz, de ofício ou a requerimento das partes, realizar inspeção em pessoas ou coisas, ou determinar que o faça pessoa de sua confiança, que lhe relatará informalmente o verificado. A alternativa D está correta, conforme prevê o caput do art. 34, da referida Lei: Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 67 170 Art. 34. As testemunhas, até o máximo de três para cada parte, comparecerão à audiência de instrução e julgamento levadas pela parte que as tenha arrolado, independentemente de intimação, ou mediante esta, se assim for requerido. 10. (CONSULPLAN/TJ-MG - 2017) Sobre os Juizados Especiais Cíveis, instituídos pela Lei nº 9.099/95, é correto afirmar, EXCETO: a) As pessoas jurídicas qualificadas como organização da sociedade civil de interesse público, nos termos da Lei nº 9.790/99, são admitidas a propor ação perante o Juizado Especial. b) A ação rescisória nas causas sujeitas ao procedimento instituído pela Lei nº 9.099/95 deve ser ajuizada no prazo de 02 (dois) anos a contar do trânsito em julgado da sentença ou acórdão. c) O réu, sendo pessoa jurídica ou titular de firma individual, poderá ser representado por preposto credenciado, munido de carta de preposição com poderes para transigir, sem haver necessidade de vínculo empregatício. d) Os atos processuais serão públicos e poderão realizar-se em horário noturno, conforme dispuserem as normas de Organização Judiciária. Comentários A alternativa A está correta, conforme prevê o art. 8º, §1º, III, da Lei nº 9.099/95: § 1o Somente serão admitidas a propor ação perante o Juizado Especial: III - as pessoas jurídicas qualificadas como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, nos termos da Lei no 9.790, de 23 de março de 1999; A alternativa B está incorreta e é o gabarito da questão. De acordo com o art. 59, da referida Lei, não se admitirá ação rescisória nas causas sujeitas ao procedimento nos Juizados Especiais. A alternativa C está correta, conforme prevê o art. 9º, §4º, da Lei nº 9.099/95: § 4o O réu, sendo pessoa jurídica ou titular de firma individual, poderá ser representado por preposto credenciado, munido de carta de preposição com poderes para transigir, sem haver necessidade de vínculo empregatício. A alternativa D está correta, conforme prevê o art. 9º, §4º, da referida Lei: Art. 12. Os atos processuais serão públicos e poderão realizar-se em horário noturno, conforme dispuserem as normas de organização judiciária. 11. (CONSULPLAN/TJ-MG - 2015) Quanto aos temas “Das Partes” e “Do Pedido”, nos processos relativos aos Juizados Especiais Cíveis, regulados pela Lei nº 9.099/1995, admitir‐se‐á: a) Assistência. b) Litisconsórcio. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 68 170 ==1365fc== c) Reconvenção. d) Intervenção de terceiros. Comentários De acordo com o art. 10, da Lei nº 9.099/95, nos processos relativos aos Juizados Especiais Cíveis admitir-se- á o litisconsórcio. Art. 10. Não se admitirá, no processo, qualquer forma de intervenção de terceiro nem de assistência. Admitir-se-á o litisconsórcio. Portanto, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão. 12. (CONSULPLAN/EMBRAPA - 2007) Sobre o juizado especial cível, marque a alternativa INCORRETA: a) Não poderão ser partes no processo dos juizados especiais cíveis o incapaz, o preso, as pessoas jurídicas de direito público, as empresas públicas e sociedades de economia mista da União, a massa falida e o insolvente civil. b) É admissível, no processo dos juizados especiais cíveis, o litisconsórcio. c) Não se pronunciará qualquer nulidade sem que tenha havido prejuízo. d) Não se admite, no processo dos juizados especiais cíveis, a reconvenção. e) Os embargos de declaração serão interpostos por escrito ou oralmente, no prazo de cinco dias, contados da ciência da decisão. Comentários A alternativa A está incorreta e é o gabarito da questão. De acordo com o art. 8º, da Lei nº 9.099/95, não poderão ser partes, no processo dos juizados especiais cíveis, o incapaz, o preso, as pessoas jurídicas de direito público, as empresas públicas da União, a massa falida e o insolvente civil. A alternativa B está correta, pois se refere ao art. 10, da referida Lei: Art. 10. Não se admitirá, no processo, qualquer forma de intervenção de terceiro nem de assistência. Admitir-se-á o litisconsórcio. A alternativa C está correta, com base no §1º, do art. 13, da Lei nº 9.099/95: § 1º Não se pronunciará qualquer nulidade sem que tenha havido prejuízo. A alternativa D está correta, conforme estabelece o art. 31, da referida Lei: Art. 31. Não se admitirá a reconvenção. É lícito ao réu, na contestação, formular pedido em seu favor, nos limites do art. 3º desta Lei, desde que fundado nos mesmos fatos que constituem objeto da controvérsia. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 69 170 A alternativa E está correta, segundo o art. 49, da Lei nº 9.099/95: Art. 49. Os embargos de declaração serão interpostos por escrito ou oralmente, no prazo de cinco dias, contados da ciência da decisão. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 70 170 QUESTÕES COMENTADAS 1. (FCC/TJ-CE - 2022) De acordo com a Lei no 9.099/1995, nos Juizados Especiais Cíveis, (A) o processo será extinto com resolução de mérito se o autor deixar de comparecer à audiência de instrução e julgamento. (B) podem ser cumpridos os julgados do Juízo Comum que não excedam 40 salários mínimos. (C) a parte que houver optado pelo procedimento renuncia ao crédito que exceda 40 salários mínimos, inclusive na hipótese de conciliação. (D) pode o réu, na mesma peça ou em apartado à contestação, apresentar reconvenção, desde que fundada nos mesmos fatos que constituem objeto da controvérsia. (E) se o réu não comparecer à sessão de conciliação ou à audiência de instrução e julgamento, serão reputados verdadeiros os fatos alegados na inicial, salvo se o contrário resultar da convicção do juiz. Comentários A alternativa A é incorreta. Conforme o art. 51, I, a ausência do autor a qualquer das audiências é causa de extinção do processo. Quando se fala em extinção, não há resolução do mérito da demanda: Art. 51. Extingue-se o processo, além dos casos previstos em lei: I - quando o autor deixar de comparecer a qualquer das audiências do processo; A alternativa B é incorreta. O Juizado Especial faz a execução dos seus próprios julgados e de títulos executivos extrajudiciais de até 40 salários-mínimos. Não há previsão de cumprimento de sentenças proferidas por Juízo Comum nos Juizados Especiais: Art. 3º. [...] § 1º Compete ao Juizado Especial promover a execução: I - dos seus julgados; II - dos títulos executivos extrajudiciais, no valor de até quarenta vezes o salário mínimo, observado o disposto no § 1º do art. 8º desta Lei. A alternativa C é incorreta. Ocorre a renúncia do valor que exceder ao limite de 40 salários mínimos, mas a lei excepciona a hipótese de conciliação, conforme o art. 3º, § 3º: Art. 3º. [...] § 3º A opção pelo procedimento previstoFazenda Pública - CONSULPLAN 159 ..............................................................................................................................................................................................31) Lista de Questões - Juizado Especial da Fazenda Pública - FCC 160 ..............................................................................................................................................................................................32) Gabarito - Juizado Especial da Fazenda Pública - FCC 161 ..............................................................................................................................................................................................33) Lista de Questões - Juizado Especial da Fazenda Pública - FGV 162 ..............................................................................................................................................................................................34) Gabarito - Juizado Especial da Fazenda Pública - FGV 163 ..............................................................................................................................................................................................35) Lista de Questões - Juizado Especial da Fazenda Pública - VUNESP 164 ..............................................................................................................................................................................................36) Gabarito - Juizado Especial da Fazenda Pública - VUNESP 166 ..............................................................................................................................................................................................37) Lista de Questões - Juizado Especial da Fazenda Pública - OUTRAS BANCAS 167 ..............................................................................................................................................................................................38) Gabarito - Juizado Especial da Fazenda Pública - OUTRAS BANCAS 169 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 3 170 INTRODUÇÃO Razões para a existência dos Juizados Vamos começar a análise da matéria com a tratativa de algumas notas conceituais. É importante que você entenda os fatores que levaram à criação desses órgãos específicos para compreender a razão pela qual existem Juizados Especiais. São dois os motivos básicos que levaram ao surgimento dos Juizados. O primeiro deles se refere ao acesso à Justiça. Notou-se que os custos para acesso ao Poder Judiciário no Brasil eram demasiadamente elevados, de forma que grande parte da população se via obstada de procurar a tutela judicial, ainda que se trate de garantia fundamental em nossa Constituição. Nesse sentido, mesmo que existisse a possibilidade de gozo do benefício da justiça gratuita, muitas vezes o Poder Judiciário não estava equipado (aparelhado) para prover esse benefício, até mesmo pela precariedade das defensorias de muitos estados brasileiros. Por isso, criou-se um sistema para os processos mais simples ou com menos repercussão financeira, a fim de possibilitar que a parte ingressasse em Juízo, independentemente da presença de um advogado. O segundo motivo envolve a participação popular na administração da Justiça. Temos nos Juizados um sistema que traz para o Poder Judiciário um cidadão que irá atuar como mediador ou como conciliador. Esse conciliador ou mediador não é juiz togado, é um jurisdicionado, mas que participa da administração da Justiça, notadamente nesses processos mais simples que envolvem os Juizados Especiais. Em síntese: A partir dos fatores acima descritos, temos o desenvolvimento dos Juizados Especiais que, temporalmente, ocorreu em 1988 com a nossa Constituição. FATORES QUE LEVARAM À CRIAÇÃO DOS JUIZADOS ampliação do acesso à Justiça participação popular na administração da Justiça Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 4 170 Juizado especial como espécie de procedimento especial É importante destacar, nesses conceitos introdutórios, que os Juizados nada mais são do que procedimentos especiais, que segue um sistema procedimental sumarizado. Trata-se de procedimento especial previsto em lei extravagante. Por intermédio da sumarização procedimental, procura-se comprimir etapas do processo com a finalidade de que a prestação jurisdicional seja mais célere. Temos um esforço para concentrar o rito a fim de que tenhamos um processo sendo analisado em menos tempo. Isso não significa que a cognição será sumária, ou seja, não significa que o juiz decidirá com base na probabilidade do pedido da parte (tal como temos nas tutelas provisórias), significa apenas a opção pela redução do procedimento. A cognição permanece sendo profunda ou completa. Para que você tenha ideia da estrutura do procedimento, podemos identificar 8 fases no procedimento comum: 1) petição inicial 2) citação 3) audiência de conciliação 4) contestação 5) réplica 6) saneamento 7) audiência de instrução 8) sentença Nos juizados especiais, por sua vez, temos: 1) petição inicial 2) citação 3) audiência de conciliação 4) audiência de instrução (oportunidade em que é apresentada a contestação) 5) sentença Note que temos a concentração de atos processuais. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 5 170 Fundamento legal dos Juizados Os Juizados possuem fundamento no art. 98, I e §1º, da CF: Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão: I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumariíssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau; § 1º Lei federal disporá sobre a criação de juizados especiais no âmbito da Justiça Federal. (Renumerado pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) Esses dispositivos estabelecem as premissas do procedimento pelos Juizados. Esses Juizados podem ser fixados tanto no âmbito do Poder Judiciário Estadual quanto Federal. Em decorrência dessas normas, surgiram três leis: Lei nº 9.099/1995 – cria os Juizados Especiais Cíveis e Criminais. Lei nº 10.259/2001 – Lei dos Juizados Especiais Federais. Destina-se aos processos da União, autarquias e empresas públicas federais. Lei nº 12.153/2009 – Lei dos Juizados de Fazenda Pública. Destina-se aos processos contra estados-membros, Distrito Federal, municípios e respectivas autarquias e empresas públicas. Assim, temos a criação de Juizados tanto para o Poder Judiciário Estadual como para o Poder Judiciário Federal. A partir disso, temos a fixação de um microssistema dos Juizados Especiais formado pela análise conjunta dessas leis. Evidentemente que, em nosso curso, vamos sempre levar em consideração as normas específicas para fins do nosso estudo. Para facilitar a compreensão, devemos considerar: Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 6 170 JURISPRUDÊNCIA NOS JUIZADOS Em relação à aplicação da jurisprudência perante os Juizados, devemos aplicar, primeiramente, o entendimento das Leis do JEF e do JEFP, pois temos a previsão de tribunais de uniformização. Por exemplo, no art. 14, da Lei nº 10.259/2001,nesta Lei importará em renúncia ao crédito excedente ao limite estabelecido neste artigo, excetuada a hipótese de conciliação. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 71 170 A alternativa D é incorreta. Não se admite reconvenção no âmbito dos Juizados Especiais: Art. 31. Não se admitirá a reconvenção. É lícito ao réu, na contestação, formular pedido em seu favor, nos limites do art. 3º desta Lei, desde que fundado nos mesmos fatos que constituem objeto da controvérsia. A alternativa E é correta e é o gabarito da questão. É o que diz o art. 20 da Lei n. 9.099/1995: aplica-se a presunção de veracidade dos fatos alegados pelo autor no caso de não comparecimento do réu à audiência de instrução e julgamento, salvo se o juiz se convencer do contrário: Art. 20. Não comparecendo o demandado à sessão de conciliação ou à audiência de instrução e julgamento, reputar-se-ão verdadeiros os fatos alegados no pedido inicial, salvo se o contrário resultar da convicção do Juiz. 2. (FCC/TJ-CE - 2022) De acordo com a Lei no 9.099/1995, nos Juizados Especiais Cíveis, (A) far-se-á a citação por edital quando o réu se encontrar em local incerto e não sabido. (B) as partes não precisam ser assistidas por advogado, quer para propor ação como para recorrer. (C) não se admite a formulação de pedido genérico. (D) não podem postular, como parte, o incapaz, o preso, as pessoas jurídicas de direito público ou privado, as empresas públicas da União, a massa falida e o insolvente civil. (E) admitir-se-á o litisconsórcio. Comentários A assertiva A é incorreta. Não se faz citação por edital nos Juizados Especiais, de acordo com o art. 18, § 2º, da Lei n. 9.099/1995: Art. 18. [...] § 2º Não se fará citação por edital. A assertiva B é incorreta. Quando o valor da causa for de até 20 salários-mínimos, admite-se a presença das partes em juízo independentemente de representação por advogado, mas é errado dizer que as partes não precisam ser representadas por advogado de forma absoluta, pois é obrigatória a representação se o valor da causa for superior a 20 salários-mínimos, de acordo com o art. 9º: Art. 9º Nas causas de valor até vinte salários mínimos, as partes comparecerão pessoalmente, podendo ser assistidas por advogado; nas de valor superior, a assistência é obrigatória. Além disso, é obrigatória a representação por advogado nos recursos, de acordo com o art. 41, § 2º: Art. 41. [...] Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 72 170 § 2º No recurso, as partes serão obrigatoriamente representadas por advogado. A assertiva C é incorreta. É possível formular pedido genérico quando não for possível determinar a extensão da obrigação no momento da formulação do pedido: Art. 14. [...] § 2º É lícito formular pedido genérico quando não for possível determinar, desde logo, a extensão da obrigação. A assertiva D é incorreta. Apenas as pessoas jurídicas de direito público é que não pode ser parte em processo nos juizados especiais, de acordo com o art. 8º: Art. 8º Não poderão ser partes, no processo instituído por esta Lei, o incapaz, o preso, as pessoas jurídicas de direito público, as empresas públicas da União, a massa falida e o insolvente civil. Microempresas, empresas de pequeno porte, Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público e sociedades de crédito ao microempreendedor podem postular perante o juizado especial: Art. 8º [...] § 1o Somente serão admitidas a propor ação perante o Juizado Especial: (Redação dada pela Lei nº 12.126, de 2009) II - as pessoas enquadradas como microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte na forma da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006; (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014) III - as pessoas jurídicas qualificadas como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, nos termos da Lei no 9.790, de 23 de março de 1999; (Incluído pela Lei nº 12.126, de 2009) IV - as sociedades de crédito ao microempreendedor, nos termos do art. 1o da Lei no 10.194, de 14 de fevereiro de 2001. (Incluído pela Lei nº 12.126, de 2009) A alternativa E é correta e é o gabarito da questão. É viável o litisconsórcio nos juizados, o que não se admite é a intervenção de terceiros: Art. 10. Não se admitirá, no processo, qualquer forma de intervenção de terceiro nem de assistência. Admitir-se-á o litisconsórcio. 3. (FCC/DPE-AM - 2018) Determinado Estado criou, para funcionarem no âmbito da Justiça estadual, juizados especiais, providos por juízes togados e leigos, com competência para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 73 170 Criou, ainda, justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo voto direto, universal e secreto, com mandato de quatro anos e competência para celebrar casamentos, verificar, de ofício ou em face de impugnação apresentada, o processo de habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional. Nesse caso, foram criados em conformidade com a disciplina da matéria na Constituição Federal a) apenas os juizados especiais, já que a criação da justiça de paz é de competência da União. b) apenas a justiça de paz, já que a criação dos juizados especiais é de competência da União. c) os juizados especiais, em relação à matéria cível, apenas, e a justiça de paz, em relação à sua competência, mas não quanto à sua composição. d) tanto os juizados especiais quanto a justiça de paz. e) os juizados especiais, em relação à matéria penal, apenas, e a justiça de paz, em relação à sua composição, mas não quanto à sua competência. Comentários A alternativa D é correta e gabarito da questão, conforme prevê o art. 98, da CF/88: Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão: I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumaríssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau; II - justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo voto direto, universal e secreto, com mandato de quatro anos e competência para, na forma da lei, celebrar casamentos, verificar, de ofício ou em face de impugnação apresentada, o processo de habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras previstas na legislação. 4. (FCC/DPE-RS - 2018) Pedro, quando se dirigia para casa em sua bicicleta, restou atingido por uma bola de futebol oriunda da quadra esportiva ABC Esportes, pessoa jurídica, empresa de locação de quadras esportivas, na qual locatários disputavam uma partida. Na ocasião, identificou-se que um dos integrantes da partida, João, num instante de raiva, chutou a bola para cima inadvertidamente, vindo o objeto, assim, a atingir Pedro. Em virtude disso, Pedro sofreu uma queda, causando danos a sua bicicleta, avaliados em R$ 700,00 (setecentos reais), além de ter sofrido uma fratura no braço esquerdo, despendendo R$ 2.000,00 (dois mil reais) em seu tratamento e ficando impossibilitado de disputar a final do campeonato de padel que disputaria no dia seguinte ao acidente. Diante de tais fatos, se a) ajuizada demanda emface da ABC Esportes no Procedimento Comum e verificada a hipótese de desconsideração da personalidade jurídica da ré, deverão seus sócios ser intimados para habilitação no feito no prazo de 10 dias. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 74 170 b) a ação restar ajuizada em face da ABC Esportes pelo Procedimento Comum, poderá a ré utilizar-se do instituto do chamamento ao processo em face de João, desde que entenda estarem presentes fundamentos para uma eventual ação regressiva em face desse. c) Pedro optar pelo ajuizamento de demanda no Juizado Especial Cível, não haverá impedimento legal para que se forme um litisconsórcio passivo entre ABC Esportes e João. d) João habilitar-se como assistente simples da ré ABC Esportes em demanda ajuizada por Pedro, estaria ele − João − impedido de discu r a jus ça da decisão após o trânsito em julgado da sentença exarada no processo, ainda que desconhecesse alegações ou provas que lhe eram favoráveis e que a ré ABC Esportes, por culpa, não tenha se utilizado. e) a ABC Esportes, em sendo demandada por Pedro, denunciar João à lide, mas vencer a demanda principal, o pedido de denunciação da lide não será examinado, não havendo ônus sucumbenciais entre denunciante e denunciado. Comentários A alternativa A está incorreta. Ajuizada a demanda em face da ABC Esportes no Procedimento Comum e verificada a hipótese de desconsideração da personalidade jurídica da ré, deverão seus sócios ser intimados para a habilitação no feito no prazo de 15 (quinze) dias, conforme art. 135, do CPC. A alternativa B, também, está incorreta. O rol de hipóteses em que é possível o chamamento ao processo é taxativo, e vem previsto no art. 130, do CPC. Nele não se encontra a situação em questão. Vejamos: Art. 130. É admissível o chamamento ao processo, requerido pelo réu: I - do afiançado, na ação em que o fiador for réu; II - dos demais fiadores, na ação proposta contra um ou alguns deles; III - dos demais devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns o pagamento da dívida comum. A alternativa C, ao contrário, está correta e é o gabarito da questão. Pedro poderá optar pelo ajuizamento de demanda no Juizado Especial Cível, vez que o valor da causa é inferior a 20 salários mínimos (art. 9º, caput, da Lei n. 9.099/95). Ainda, não haverá impedimento legal para que se forme um litisconsórcio passivo entre ABC Esportes e João, vez que o que a Lei n. 9.099/95 veda é a intervenção de terceiros, não o litisconsórcio. Ademais, a referida lei autoriza o litisconsórcio expressamente em seu art. 10. Vejamos: Art. 10. Não se admitirá, no processo, qualquer forma de intervenção de terceiro nem de assistência. Admitir-se-á o litisconsórcio. A alternativa D está incorreta, uma vez que contraria expressamente o art. 123, II. Vejam: Art. 123. Transitada em julgado a sentença no processo em que interveio o assistente, este não poderá, em processo posterior, discutir a justiça da decisão, salvo se alegar e provar que: Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 75 170 I - pelo estado em que recebeu o processo ou pelas declarações e pelos atos do assistido, foi impedido de produzir provas suscetíveis de influir na sentença; II - desconhecia a existência de alegações ou de provas das quais o assistido, por dolo ou culpa, não se valeu. E a alternativa E, por fim, também está incorreta. Se o denunciante for vencedor, a ação de denunciação não terá o seu pedido examinado, mas isso não obsta a condenação do denunciante ao pagamento das verbas de sucumbência em favor do denunciado, como dá a entender a questão. 5. (FCC/TRF-5ªR - 2017) De acordo com a Lei n° 9.099 de 1995, o Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de menor complexidade, entre outras, as que NÃO excedam a a) dez vezes o salário mínimo. b) vinte vezes o salário mínimo. c) cinco vezes o salário mínimo. d) quarenta vezes o salário mínimo. e) duas vezes o salário mínimo. Comentários A respeito do valor da causa, como critério de competência, o art. 3º, I, da Lei nº 9.099/95, estabelece que são de competência do juizado as causas de valor até quarenta salários mínimos. Art. 3º O Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de menor complexidade, assim consideradas: I - as causas cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo; Assim, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão. 6. (FCC/TJ-SC - 2015) Quanto aos recursos das sentenças nos Juizados Especiais Cíveis, é INCORRETO afirmar: a) caberão embargos de declaração quando houver obscuridade, contradição ou omissão. b) terão eles, em regra, efeito devolutivo e suspensivo c) as partes, na fase recursal, serão obrigatoriamente representadas por advogado. d) serão julgados por uma turma composta por três juízes togados, em exercício no primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede do Juizado. e) interpostos embargos de declaração, estes interromperão o prazo para recursos. Comentários Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 76 170 ==1365fc== A alternativa A está correta, conforme prevê o art. 83, da Lei nº 9.099/95: Art. 83. Cabem embargos de declaração quando, em sentença ou acórdão, houver obscuridade, contradição ou omissão. A alternativa B está incorreta e é o gabarito da questão. De acordo com o art. 43, da referida Lei, o recurso terá somente efeito devolutivo, podendo o Juiz dar-lhe efeito suspensivo, para evitar dano irreparável para a parte. A alternativa C está correta, com base no §2º, do art. 41, da Lei nº 9.099/95: § 2º No recurso, as partes serão obrigatoriamente representadas por advogado. A alternativa D está correta, pois é o que dispõe o §1º, do art. 41, da referida Lei: § 1º O recurso será julgado por uma turma composta por três Juízes togados, em exercício no primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede do Juizado. A alternativa E está correta, segundo o art. 50, da Lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais: Art. 50. Os embargos de declaração interrompem o prazo para a interposição de recurso. 7. (FCC/TJ-RR - 2015) Examine os enunciados seguintes, relativos aos processos em curso nos Juizados Especiais Cíveis: I. Em razão do princípio da celeridade, poderá ser realizada citação por edital ou por hora certa, mas o comparecimento espontâneo do réu suprirá a falta ou a nulidade do ato citatório. II. Caberão embargos de declaração quando, na sentença ou acórdão, houver obscuridade, contradição ou omissão. III. Na execução de título executivo extrajudicial, no valor de até quarenta salários mínimos, efetuada a penhora, o devedor será intimado a comparecer à audiência de conciliação, quando poderá oferecer embargos, por escrito ou verbalmente; em tal audiência buscar-se-á o meio mais rápido e eficaz para a solução do litígio, se possível com dispensa da alienação judicial. Está correto o que se afirma APENAS em a) I e II. b) II e III. c) I e III. d) I. e) II. Comentários Vamos analisar cada um dos itens: Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 77 170 O item I está incorreto. De acordo com o art. 18, §2º, da Lei nº 9.099/95, não se fará citação por edital. O item II está correto, pois reproduz o art. 83, da referida Lei: Art. 83. Cabem embargos de declaração quando, em sentença ou acórdão, houver obscuridade,contradição ou omissão. O item III está correto, conforme prevê o art. 53, da Lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais: Art. 53. A execução de título executivo extrajudicial, no valor de até quarenta salários mínimos, obedecerá ao disposto no Código de Processo Civil, com as modificações introduzidas por esta Lei. Desse modo, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão. 8. (FCC/TJ-PE - 2015) Em relação aos juizados especiais cíveis, é correto afirmar: a) os maiores e capazes poderão ser autores, independentemente de assistência por advogado, salvo para fins de conciliação, quando a assistência advocatícia é obrigatória. b) dadas sua menor complexidade e competência específica, não existe intervenção do Ministério Público nas causas nele em curso. c) o mandato ao advogado poderá ser verbal, inclusive quanto aos poderes especiais. d) nas causas de valor até vinte salários mínimos, as partes comparecerão pessoalmente, podendo ser assistidas por advogado; nas de valor superior, a assistência é obrigatória. e) admitir-se-á como forma de intervenção de terceiro somente a denunciação da lide, vedada a assistência litisconsorcial. Comentários A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 9º, §2º, da Lei nº 9.099/95, o Juiz alertará as partes da conveniência do patrocínio por advogado, quando a causa o recomendar. A alternativa B está incorreta. Segundo o art. 11, da referida Lei, em relação aos juizados especiais cíveis, o Ministério Público intervirá nos casos previstos em lei. A alternativa C está incorreta. Com base no §3º, do art. 9º, da Lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais, o mandato ao advogado poderá ser verbal, salvo quanto aos poderes especiais. A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, pois é o que dispõe o caput do art. 9º, da referida Lei: Art. 9º Nas causas de valor até vinte salários mínimos, as partes comparecerão pessoalmente, podendo ser assistidas por advogado; nas de valor superior, a assistência é obrigatória. A alternativa E está incorreta. O art. 10, da Lei nº 9.099/95, estabelece que não se admitirá, no processo, qualquer forma de intervenção de terceiro nem de assistência. Admitir-se-á o litisconsórcio. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 78 170 9. (FCC/TJ-GO - 2015) De acordo com a Lei no 9.099/1995, no âmbito dos Juizados Especiais Cíveis a) o juiz determinará a remessa dos autos ao juízo competente quando reconhecer a incompetência territorial. b) não podem ser parte, como autoras, as pessoas jurídicas, sem exceção. c) não se admitem, dentre outras, ações de natureza alimentar e quaisquer das modalidades de despejo. d) reputar-se-ão verdadeiros os fatos alegados na inicial se o demandado deixar de comparecer a quaisquer das audiências, de conciliação ou de instrução e julgamento, salvo se o contrário resultar da convicção do juiz. e) dispensa-se a assistência por advogado, em primeiro grau de jurisdição, independentemente do valor da causa. Comentários A alternativa A está incorreta. O juiz extinguirá o processo quando for reconhecida a incompetência territorial. Vejamos o art. 51, III, da Lei nº 9.099/95: Art. 51. Extingue-se o processo, além dos casos previstos em lei: III - quando for reconhecida a incompetência territorial; A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 8º, §1º, III, da referida Lei, as pessoas jurídicas podem ser partes. § 1o Somente serão admitidas a propor ação perante o Juizado Especial: III - as pessoas jurídicas qualificadas como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, nos termos da Lei no 9.790, de 23 de março de 1999; A alternativa C está incorreta. Segundo o art. 3º, III, da Lei nº 9.099/95, o Juizado Especial Cível tem competência para a ação de despejo. Vejamos: Art. 3º O Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de menor complexidade, assim consideradas: III - a ação de despejo para uso próprio; Ademais, conforme o §2º, ficam excluídas da competência do Juizado Especial as causas de natureza alimentar. § 2º Ficam excluídas da competência do Juizado Especial as causas de natureza alimentar, falimentar, fiscal e de interesse da Fazenda Pública, e também as relativas a acidentes de trabalho, a resíduos e ao estado e capacidade das pessoas, ainda que de cunho patrimonial. A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, pois se refere ao art. 20, da referida Lei: Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 79 170 Art. 20. Não comparecendo o demandado à sessão de conciliação ou à audiência de instrução e julgamento, reputar-se-ão verdadeiros os fatos alegados no pedido inicial, salvo se o contrário resultar da convicção do Juiz. A alternativa E está incorreta. O art. 9º, da Lei nº 9.099/95, estabelece que as causas com valor de até vinte salários mínimos poderão ser assistidas por um advogado. Enquanto, nas de valor superior, a assistência é obrigatória. Art. 9º Nas causas de valor até vinte salários mínimos, as partes comparecerão pessoalmente, podendo ser assistidas por advogado; nas de valor superior, a assistência é obrigatória. 10. (FCC/TJ-CE - 2014) Nos Juizados Especiais Cíveis, a) não se admitirá, no processo, qualquer forma de intervenção de terceiro, assistência ou litisconsórcio. b) nas ações para reparação de dano de qualquer natureza, o foro competente será sempre, e exclusivamente, o do domicílio do réu ou do local do ato ou fato. c) podem ser julgadas as causas cíveis de menor complexidade, entre elas as ações de despejo para uso próprio e as que não excedam a quarenta vezes o salário mínimo, inclusive as ações possessórias sobre bens imóveis, limitadas a esse valor. d) não poderão propor ações quaisquer pessoas jurídicas, o incapaz, o preso, a massa falida e o insolvente civil. e) o réu, sendo pessoa jurídica ou titular de firma individual, poderá ser representado por preposto credenciado, munido de carta de preposição com poderes para transigir, desde que possua vínculo empregatício com a pessoa jurídica. Comentários A alternativa A está incorreta. O art. 10, da Lei nº 9.099/95, prevê que não se admite a intervenção de terceiros e nem a assistência, no rito especial dos juizados especiais; admitir-se-á, então a formação de litisconsórcio. Art. 10. Não se admitirá, no processo, qualquer forma de intervenção de terceiro nem de assistência. Admitir-se-á o litisconsórcio. A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 4º, III, da referida Lei, nas ações cujo objeto seja a reparação de dano de qualquer natureza, o foro competente para o seu processamento e julgamento será o do domicílio do autor ou o do local do ato ou do fato. Art. 4º É competente, para as causas previstas nesta Lei, o Juizado do foro: III - do domicílio do autor ou do local do ato ou fato, nas ações para reparação de dano de qualquer natureza. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 80 170 A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, conforme estabelece o art. 3º, I, III e IV, da Lei nº 9.099/95: Art. 3º O Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de menor complexidade, assim consideradas: I - as causas cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo; III - a ação de despejo para uso próprio; IV - as ações possessórias sobre bens imóveis de valor não excedente ao fixado no inciso I deste artigo. A alternativa D está incorreta. A restrição não é imposta às pessoas jurídicas emgeral, mas sim às pessoas jurídicas de direito público. Vejamos o art. 8º, da referida Lei: Art. 8º Não poderão ser partes, no processo instituído por esta Lei, o incapaz, o preso, as pessoas jurídicas de direito público, as empresas públicas da União, a massa falida e o insolvente civil. A alternativa E está incorreta. Segundo o §4º, do art. 9º, da Lei nº 9.099/95, não é exigida a existência de qualquer vínculo empregatício. § 4o O réu, sendo pessoa jurídica ou titular de firma individual, poderá ser representado por preposto credenciado, munido de carta de preposição com poderes para transigir, sem haver necessidade de vínculo empregatício. 11. (FCC/TRF-3ªR - 2014) Nos Juizados Especiais Cíveis, de acordo com a Lei no 9.099/95, a) a ação não poderá ser proposta no foro do domicílio do autor nas ações para reparação de dano de qualquer natureza. b) a prova oral será reduzida a escrito, quando houver requerimento nesse sentido de qualquer das partes. c) o juiz não poderá realizar inspeções em pessoas ou coisas. d) não se admitirá sentença condenatória por quantia ilíquida, ainda que genérico o pedido. e) o valor da causa deve corresponder à pretensão econômica no momento da execução da sentença. Comentários A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 4º, III, da Lei nº 9.099/95, a ação poderá ser proposta no foro do domicílio do autor nas ações para reparação de dano de qualquer natureza. Art. 4º É competente, para as causas previstas nesta Lei, o Juizado do foro: III - do domicílio do autor ou do local do ato ou fato, nas ações para reparação de dano de qualquer natureza. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 81 170 A alternativa B está incorreta. Segundo o art. 36, da referida Lei, a prova oral não será reduzida a escrito. Art. 36. A prova oral não será reduzida a escrito, devendo a sentença referir, no essencial, os informes trazidos nos depoimentos. A alternativa C está incorreta. Com base no parágrafo único, do art. 35, da Lei nº 9.099/95, o juiz poderá, de ofício ou a requerimento das partes, realizar inspeção em pessoas ou coisas. Parágrafo único. No curso da audiência, poderá o Juiz, de ofício ou a requerimento das partes, realizar inspeção em pessoas ou coisas, ou determinar que o faça pessoa de sua confiança, que lhe relatará informalmente o verificado. A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, conforme prevê o art. 38, da referida Lei: Art. 38. A sentença mencionará os elementos de convicção do Juiz, com breve resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência, dispensado o relatório. Parágrafo único. Não se admitirá sentença condenatória por quantia ilíquida, ainda que genérico o pedido. A alternativa E está incorreta. Vejamos o art. 14, §1º, III, da Lei nº 9.099/95: Art. 14. O processo instaurar-se-á com a apresentação do pedido, escrito ou oral, à Secretaria do Juizado. § 1º Do pedido constarão, de forma simples e em linguagem acessível: III - o objeto e seu valor. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 82 170 QUESTÕES COMENTADAS 1. (FGV/TJ-AL - 2018) Quanto ao procedimento do Juizado Especial Cível, disciplinado pela Lei nº 9.099/95, é correto afirmar que: a) não é admissível o oferecimento de reconvenção; b) os incapazes podem figurar no polo ativo, embora não no passivo; c) independentemente do valor da causa, as partes podem litigar sem a assistência de advogado; d) não é admissível o litisconsórcio, tampouco o incidente de desconsideração da personalidade jurídica; e) o recurso interponível contra a sentença é automaticamente dotado de efeito suspensivo. Comentários A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. No procedimento dos juizados cabe o pedido contraposto e não a reconvenção. Além disso, vejamos o que dispõe o art. 31, da Lei nº 9.099/95: Art. 31. Não se admitirá a reconvenção. É lícito ao réu, na contestação, formular pedido em seu favor, nos limites do art. 3º desta Lei, desde que fundado nos mesmos fatos que constituem objeto da controvérsia. A alternativa B está incorreta. O art. 8º, da referida Lei, veda que o incapaz seja parte nos Juizados Especiais Cíveis. Art. 8º Não poderão ser partes, no processo instituído por esta Lei, o incapaz, o preso, as pessoas jurídicas de direito público, as empresas públicas da União, a massa falida e o insolvente civil. A alternativa C está incorreta. De acordo com o art. 9º, da Lei nº 9.099/95, a parte poderá praticar atos de postulação no processo independentemente da constituição de procurador nos autos para as causas de até 20 salários-mínimos. Art. 9º Nas causas de valor até vinte salários mínimos, as partes comparecerão pessoalmente, podendo ser assistidas por advogado; nas de valor superior, a assistência é obrigatória. A alternativa D está incorreta. Embora não se admita a intervenção de terceiros nos Juizados, admite-se o litisconsórcio, conforme estabelece o art. 10, da referida Lei: Art. 10. Não se admitirá, no processo, qualquer forma de intervenção de terceiro nem de assistência. Admitir-se-á o litisconsórcio. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 83 170 A alternativa E está incorreta. Com base no art. 43, Lei nº 9.099/95, os recursos nos juizados terão tão somente efeito devolutivo, sendo admissível ao juiz conceder efeito suspensivo quando necessário para evitar dano irreparável. Art. 43. O recurso terá somente efeito devolutivo, podendo o Juiz dar-lhe efeito suspensivo, para evitar dano irreparável para a parte. 2. (FGV/TJ-PI - 2015) Sobre os Juizados Especiais Cíveis e da Fazenda Pública, é correto afirmar que: a) nos Juizados Especiais Cíveis e da Fazenda Pública, a competência é fixada pelo critério relativo do valor da causa; b) o incapaz não pode ser parte nos processos perante os Juizados Especiais Cíveis; c) nos Juizados Especiais da Fazenda Pública, somente será admitido recurso contra a sentença; d) nos Juizados Especiais Cíveis, apenas é possível a execução de seus próprios julgados; e) nos Juizados Especiais da Fazenda Pública, as pessoas jurídicas de direito público gozam de prazo em dobro para recorrer. Comentários A alternativa A está incorreta, pois a competência do Juizado Especial da Fazenda Pública é determinada pelo valor da causa e pela pessoa envolvida. A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, pois é o que dispõe o caput do art. 8º, da Lei nº 9.099/95: Art. 8º NÃO poderão ser partes, no processo instituído por esta Lei, o incapaz, o preso, as pessoas jurídicas de direito público, as empresas públicas da União, a massa falida e o insolvente civil. A alternativa C está incorreta. São admitidos outros recursos. A alternativa D está incorreta. O art. 3º, § 1º, da Lei nº 9.099, traz as hipóteses nas quais é permitida a execução no JEC. Art. 3º O Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de menor complexidade, assim consideradas: § 1º Compete ao Juizado Especial promover a execução: I - dos seus julgados; II - dos títulos executivos extrajudiciais, no valor de até quarenta vezes o salário mínimo, observado o disposto no § 1º do art. 8º desta Lei. A alternativa E está incorreta. Não se fala em prazo diferenciado, inclusive para a interposição de recursos. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 84 170 3. (FGV/TJ-PI - 2015) Os Juizados Especiais são previstospela Constituição, em seu art. 98, I, como competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade. Segundo a Lei nº 9.099/1995, o processo perante os Juizados Especiais Cíveis é orientado, dentre outros, pelo seguinte princípio: a) escritura; b) desconcentração dos atos processuais; c) oralidade; d) formalidade; e) não imediação na produção probatória. Comentários De acordo com o art. 2º, da Lei nº 9.099/95, o processo perante os Juizados Especiais Cíveis é orientado, dentre outros, pelo princípio da oralidade. Vejamos: Art. 2º O processo orientar-se-á pelos critérios da oralidade, simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade, buscando, sempre que possível, a conciliação ou a transação. Observe que esse dispositivo contraria as demais alternativas da questão. A oralidade é oposta à escrituração dos atos e à formalidade. Do mesmo modo, a desconcentração dos atos e a não imediação da produção probatória são contrários à economia processual e à celeridade. Assim, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão. 4. (FGV/TJ-RO - 2015) Sobre os Juizados Especiais Cíveis, é correto afirmar que: a) pode figurar como parte do processo o menor absolutamente incapaz, desde que representado por um dos pais ou pelo tutor; b) são admissíveis apenas as modalidades voluntárias de intervenção de terceiro; c) é admissível a reconvenção, desde que tenha por objeto pedido relativo a quantia não excedente a quarenta vezes o salário mínimo; d) os recursos, em regra, têm efeitos devolutivo e suspensivo; e) a incompetência territorial dá azo à extinção do feito sem resolução do mérito. Comentários A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 8º, da Lei nº 9.099/95, o incapaz não poderá ser parte no processo: Art. 8º NÃO poderão ser partes, no processo instituído por esta Lei, o incapaz, o preso, as pessoas jurídicas de direito público, as empresas públicas da União, a massa falida e o insolvente civil. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 85 170 ==1365fc== A alternativa B está incorreta. Segundo o art. 10, da referida Lei, no processo não se admitirá intervenção de terceiro. Art. 10. Não se admitirá, no processo, qualquer forma de intervenção de terceiro nem de assistência. Admitir-se-á o litisconsórcio. A alternativa C está incorreta. Com base no art. 31, da Lei nº 9.099/95, não se admitirá reconvenção. Art. 31. Não se admitirá a reconvenção. É lícito ao réu, na contestação, formular pedido em seu favor, nos limites do art. 3º desta Lei, desde que fundado nos mesmos fatos que constituem objeto da controvérsia. A alternativa D está incorreta. O art. 43, da referida Lei, estabelece que os recursos, em regra, têm efeito devolutivo. Art. 43. O recurso terá somente efeito devolutivo, podendo o Juiz dar-lhe efeito suspensivo, para evitar dano irreparável para a parte. A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, pois é que o dispõe o art. 51, III, da Lei nº 9.099/95: Art. 51. Extingue-se o processo, além dos casos previstos em lei: III - quando for reconhecida a incompetência territorial; 5. (FGV/TJ-SC - 2015) Julia, médica, propôs oralmente uma ação de indenização perante o Juizado Especial Civil de seu domicílio, sem advogado, postulando a condenação da Empresa X ao pagamento de 30 salários-mínimos pelos danos extrapatrimoniais sofridos. Essa causa não pode ser julgada no mérito, pois a demanda: a) não pode ser proposta oralmente; b) deve ser proposta no domicílio do réu; c) não pode ser proposta sem assistência de um advogado; d) deve ser proposta em face de pessoas naturais; e) deve se limitar à indenização por danos materiais. Comentários Essa causa não pode ter julgado seu mérito, pois a demanda não pode ser proposta sem assistência de um advogado, por ser uma causa com valor superior a vinte salários mínimos. Vejamos o dispositivo legal, previsto na Lei nº 9.099/95: Art. 9º Nas causas de valor até vinte salários mínimos, as partes comparecerão pessoalmente, podendo ser assistidas por advogado; nas de valor superior, a assistência é obrigatória. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 86 170 Dessa forma, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão. 6. (FGV/TJ-BA - 2015) Nos Juizados Especiais existem regras processuais que excepcionam as regras previstas no Código de Processo Civil. Nesse sentido, sobre as comunicações processuais nos Juizados Especiais Cíveis, é correto afirmar que é dispensada: a) a intimação da parte que muda de endereço sem comunicar previamente ao juízo; b) a intimação das testemunhas arroladas pela parte autora até 5 dias antes da audiência; c) a intimação pela imprensa oficial dos atos praticados em audiência; d) a publicação do edital em jornais de grande circulação na hipótese de citação por edital; e) a intimação prévia da data da sessão de julgamento na turma recursal. Comentários A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 19, §2º, da Lei nº 9.099/95, as partes comunicarão ao juízo as mudanças de endereço ocorridas no curso do processo, reputando-se eficazes as intimações enviadas ao local anteriormente indicado, na ausência da comunicação. A alternativa B está incorreta. A parte é responsável por levar a testemunha que arrolar, independentemente de intimação. Vejamos o art. 34, da Lei 9.099/95. Art. 34. As testemunhas, até o máximo de três para cada parte, comparecerão à audiência de instrução e julgamento levadas pela parte que as tenha arrolado, independentemente de intimação, ou mediante esta, se assim for requerido. A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Vejamos o art. 19, § 1º, da Lei 9.099/95. Art. 19. As intimações serão feitas na forma prevista para citação, ou por qualquer outro meio idôneo de comunicação. § 1º Dos atos praticados na audiência, considerar-se-ão desde logo cientes as partes. A alternativa D está incorreta. Com base no §2º, art. 18, da Lei nº 9.099/95, não se fará citação por edital. A alternativa E está incorreta. O §4º, do art. 82, da referida Lei, prevê que as partes serão intimadas da data da sessão de julgamento pela imprensa. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 87 170 QUESTÕES COMENTADAS 1. (VUNESP/TJ-AC - 2019) O Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de menor complexidade. No que concerne ao procedimento do Juizado Especial Cível, regrado pelos termos da Lei Federal nº 9.099/95, é certo que (A) na contagem de prazo em dias, fixados pelo Juiz, para a prática de qualquer ato processual, computar-- se-ão somente os dias úteis. (B) contra a sentença caberá recurso ordinário no prazo de 15 (quinze) dias. (C) a citação do réu far-se-á, necessariamente, por correspondência, com aviso de recebimento em mão própria. (D) o réu, sendo pessoa jurídica, poderá ser representado por preposto credenciado, munido de carta de preposição com poderes para transigir, desde que tenha vínculo empregatício. Comentários A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, pois a Lei nº 13.728/18 alterou a Lei 9.099/95 e estabeleceu a contagem em dias úteis para prazos em Juizados Especiais. Confira: Art. 12-A. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, para a prática de qualquer ato processual, inclusive para a interposição de recursos, computar-se-ão somente os dias úteis. A alternativa B está incorreta, porque contra a sentença proferida no Juizado Especial caberecurso ao próprio Juizado, popularmente chamado de recurso inominado. Confira o que consta da Lei 9.099: Art. 41. Da sentença, excetuada a homologatória de conciliação ou laudo arbitral, caberá recurso para o próprio Juizado. A alternativa C está errada, pois a citação do réu não será feita necessariamente por correspondência, pois também é possível a citação por diário oficial de justiça, bem como mediante entrega ao encarregado da recepção. Veja a redação da Lei 9.099/95: Art. 18. A citação far-se-á: I - por correspondência, com aviso de recebimento em mão própria; II - tratando-se de pessoa jurídica ou firma individual, mediante entrega ao encarregado da recepção, que será obrigatoriamente identificado; III - sendo necessário, por oficial de justiça, independentemente de mandado ou carta precatória. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 88 170 A letra D está incorreta, porque a pessoa jurídica ré pode ser representada por preposto sem a necessidade de vínculo empregatício, nos termos da Lei 9.099/95: Art. 9º [...] §4º O réu, sendo pessoa jurídica ou titular de firma individual, poderá ser representado por preposto credenciado, munido de carta de preposição com poderes para transigir, sem haver necessidade de vínculo empregatício. 2. (VUNESP/TJ-MT - 2018) Com relação aos Juizados Especiais, assinale a alternativa correta. (A) Não poderão ser partes o incapaz, o preso, a massa falida, o insolvente civil e as sociedades de crédito ao microempreendedor. (B) Os atos processuais serão públicos e poderão realizar-se em horário noturno, conforme dispuserem as normas de organização judiciária. (C) É admissível a denunciação da lide àquele que estiver obrigado, por lei ou contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo. (D) É cabível o incidente de uniformização de jurisprudência quando houver divergência entre as decisões proferidas por Turmas Recursais sobre questões de direito processual. (E) No Juizado Especial Cível, a decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando se verificar que foi proferida por força de prevaricação, concussão ou corrupção do juiz. Comentários A alternativa A está incorreta. Apesar de não poderem ser partes, nos Juizados Especiais, o incapaz, o preso, a massa falida e o insolvente civil, as sociedades de crédito ao microempreendedor o podem, de acordo com a ressalva do art. 8º, § 1º, IV, da Lei n. 9.099/95: Art. 8º Não poderão ser partes, no processo instituído por esta Lei, o incapaz, o preso, as pessoas jurídicas de direito público, as empresas públicas da União, a massa falida e o insolvente civil. § 1º Somente serão admitidas a propor ação perante o Juizado Especial: (...) IV - as sociedades de crédito ao microempreendedor, nos termos do art. 1o da Lei no 10.194, de 14 de fevereiro de 2001. A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Confiram a disposição do art. 12, da Lei n. 9.099/95: Art. 12. Os atos processuais serão públicos e poderão realizar-se em horário noturno, conforme dispuserem as normas de organização judiciária. A alternativa C está incorreta. No âmbito dos juizados especiais, não cabe intervenção de terceiros (art. 10, da Lei n. 9.099/95): Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 89 170 Art. 10. Não se admitirá, no processo, qualquer forma de intervenção de terceiro nem de assistência. Admitir-se-á o litisconsórcio. Atenção às exceções: a) Incidente de desconsideração da personalidade jurídica - Art. 1.062, do CPC: Art. 1.062. O incidente de desconsideração da personalidade jurídica aplica-se ao processo de competência dos juizados especiais. b) Amicus curiae – Admite-se a intervenção do amicus curiae no incidente de uniformização da jurisprudência (art. 14, § 7º, da Lei n. 12.153/09): Art. 14. Caberá pedido de uniformização de interpretação de lei federal quando houver divergência entre decisões sobre questões de direito material proferidas por Turmas Recursais na interpretação da lei (...) § 7o Se necessário, o relator pedirá informações ao Presidente da Turma Recursal ou Coordenador da Turma de Uniformização e ouvirá o Ministério Público, no prazo de cinco dias. Eventuais interessados, ainda que não sejam partes no processo, poderão se manifestar, no prazo de trinta dias c) “Nomeação à autoria” – Não é mais uma modalidade de intervenção de terceiros, por isso entre aspas, mas ainda existe (art. 339, do CPC). Entende a doutrina que esse artigo é aplicável nos Juizados Especiais (Enunciado n. 42-FPPC): Art. 339. Quando alegar sua ilegitimidade, incumbe ao réu indicar o sujeito passivo da relação jurídica discutida sempre que tiver conhecimento, sob pena de arcar com as despesas processuais e de indenizar o autor pelos prejuízos decorrentes da falta de indicação. E. 42-FPPC: (art. 339) O dispositivo aplica-se mesmo a procedimentos especiais que não admitem intervenção de terceiros, bem como aos juizados especiais cíveis, pois se trata de mecanismo saneador, que excepciona a estabilização [subjetiva] do processo. A alternativa D está incorreta. De acordo com a Súmula 43-TNU: “Não cabe incidente de uniformização que verse sobre matéria processual” A alternativa E, por fim, está incorreta. Não se admitirá ação rescisória nas causas sujeitas ao procedimento dos Juizados Especiais (art. 59, Lei n. 9.099/95). Confiram: Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 90 170 Art. 59. Não se admitirá ação rescisória nas causas sujeitas ao procedimento instituído por esta Lei. 3. (VUNESP/TJSP - 2018) Serão admitidos(as) a propor ação perante o Juizado Especial Cível regido pela Lei no 9.099/95: a) as pessoas jurídicas qualificadas como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público. b) as sociedades de economia mista, por serem pessoas de direito privado. c) os incapazes, devidamente representados por procuração, por instrumento público. d) as pessoas enquadradas como microempreendedores individuais, cujo empreendedor individual tenha renunciado ao direito próprio. e) os insolventes civis, ante sua hipossuficiência devidamente comprovada. Comentários Vejamos cada uma das alternativas! A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Embora, como regra, as pessoas jurídicas não possam demandar perante os Juizados Especiais, o inc. III do art. 8º, do Lei 9.099/1995, abre exceção para as OSCIPs. A alternativa B está incorreta. Em relação às pessoas jurídicas de direito privado (entre as quais se inserem as sociedades de economia mista) somente podem propor ações as microempresas e empresas de pequeno, OSCIP e sociedades de crédito ao microempreendedor. Tal possibilidade não é assegurada às sociedades de economia mista. A alternativa C também está equivocada. O incapaz não poderá ser parte perante os Juizados Especiais Cíveis. Tal regra consta explícita no caput do art. 8º da Lei. A alternativa D está incorreta. Não existe o condicionamento “cujo empreendedor individual tenha renunciado ao direito próprio”, para que os microempreendedores possam postular perante os Juizados Especiais Cíveis. A alternativa E também está errada, pois o insolvente civil não pode ser parte perante os Juizados Especiais Cíveis conforme o caput do art. 8º da Lei. 4. (VUNESP/TJ-SP - 2017) Sobre o que dispõe a Lei n° 9.099/95, é correto afirmar: a) Nas causas de valor de até vinte salários-mínimos, as partes comparecerão pessoalmente, podendo ser assistidas por advogado; nas causas entre 20 e 40 salários-mínimos,a assistência de advogado é obrigatória. b) O menor de dezoito anos poderá ser autor, independentemente de assistência, inclusive para fins de conciliação. c) Nos procedimentos que tramitam perante os Juizados Especiais Cíveis, o réu, sendo pessoa jurídica ou titular de firma individual, poderá ser representado por preposto credenciado, munido de carta de preposição com poderes para transigir, havendo necessidade de vínculo empregatício. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 91 170 d) Dentre os meios de citação possíveis no âmbito dos Juizados Especiais, incluem-se: carta, oficial de justiça, edital e meios eletrônicos. e) Registrado o pedido, após distribuição e autuação, a Secretaria do Juizado designará a sessão de conciliação, a realizar-se no prazo de quinze dias. Comentários A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, pois se refere ao art. 9º, da Lei nº 9.099/95: Art. 9º Nas causas de valor até vinte salários mínimos, as partes comparecerão pessoalmente, podendo ser assistidas por advogado; nas de valor superior, a assistência é obrigatória. A alternativa B está incorreta. De acordo com o §2º, do art. 8º, da referida Lei, o maior de dezoito anos poderá ser autor, independentemente de assistência, inclusive para fins de conciliação. A alternativa C está incorreta. Com base no §4º, do art. 9º, da Lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais, o réu, sendo pessoa jurídica ou titular de firma individual, poderá ser representado por preposto credenciado, munido de carta de preposição com poderes para transigir, sem haver necessidade de vínculo empregatício. A alternativa D está incorreta. Nos termos do §2º, do art. 18, da referida Lei, a citação por edital não é admitida no rito dos juizados especiais. A alternativa E está incorreta. Segundo o art. 16, da Lei nº 9.099/95, registrado o pedido, independentemente de distribuição e autuação, a Secretaria do Juizado designará a sessão de conciliação, a realizar-se no prazo de quinze dias. 5. (VUNESP/TJ-MS - 2015) No que se refere à intervenção do advogado nos Juizados Especiais Cíveis, é correto afirmar que a) nas causas de valor superior a cinco vezes o salário- mínimo, a assistência de advogado é obrigatória. b) nas causas de valor até dez salários-mínimos, as partes comparecerão pessoalmente, podendo ser assistidas por advogado; nas de valor superior, a assistência é obrigatória. c) nas causas de valor até vinte salários-mínimos, as partes comparecerão pessoalmente, podendo ser assistidas por advogado; nas de valor superior, a assistência é obrigatória. d) não é obrigatória a assistência de advogado em qualquer hipótese, com fundamento no princípio da informalidade. e) não é obrigatória a assistência de advogado em qualquer hipótese, com fundamento no princípio do acesso à justiça. Comentários Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 92 170 ==1365fc== De acordo com o art. 9º, da Lei nº 9.099/95, nas causas de valor até vinte salários-mínimos, as partes comparecerão pessoalmente, podendo ser assistidas por advogado; nas de valor superior, a assistência é obrigatória. Art. 9º Nas causas de VALOR ATÉ VINTE SALÁRIOS MÍNIMOS, as partes comparecerão pessoalmente, podendo ser assistidas por advogado; NAS DE VALOR SUPERIOR, A ASSISTÊNCIA É OBRIGATÓRIA. Assim, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão. 6. (VUNESP/TJ-MS - 2015) Na execução, processada nos Juizados Especiais Cíveis, não serão contadas custas, salvo quando a) procedentes os embargos do devedor. b) improcedentes os embargos do devedor. c) procedentes os embargos do devedor em face da Fazenda Pública. d) afastada a litigância de má-fé. e) se tratar de execução de sentença que tenha sido objeto de recurso provido do devedor. Comentários A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. O parágrafo único, do art. 55, da Lei nº 9.099/95, prevê em quais hipóteses serão contadas as custas na execução. Vejamos: Art. 55. A sentença de primeiro grau não condenará o vencido em custas e honorários de advogado, ressalvados os casos de litigância de má-fé. Em segundo grau, o recorrente, vencido, pagará as custas e honorários de advogado, que serão fixados entre dez por cento e vinte por cento do valor de condenação ou, não havendo condenação, do valor corrigido da causa. Parágrafo único. Na execução não serão contadas custas, SALVO quando: I - reconhecida a litigância de má-fé; II - improcedentes os embargos do devedor; III - tratar-se de execução de sentença que tenha sido objeto de recurso improvido do devedor. 7. (VUNESP/PC-CE - 2015) De acordo com a Lei no 9.099/95, que dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis, assinale a alternativa correta. a) Os incapazes não podem ser parte nas ações que tramitam perante o Juizado Especial Cível. b) Têm competência para processar e julgar causas que não excedam 60 (sessenta) vezes o salário-mínimo. c) É dispensável o comparecimento da parte autora na audiência de conciliação. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 93 170 d) É indispensável a assistência da parte por advogado, independentemente do valor da causa. e) Os microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte não podem propor ação perante o Juizado Especial Cível. Comentários A alternativa A está correta, conforme prevê o art. 8º, da Lei nº 9.099/95: Art. 8º Não poderão ser partes, no processo instituído por esta Lei, o incapaz, o preso, as pessoas jurídicas de direito público, as empresas públicas da União, a massa falida e o insolvente civil. A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 3º, I, da referida Lei, o Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de menor complexidade, assim consideradas as causas cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo. A alternativa C está incorreta. O art. 51, I, da Lei nº 9.099/95, estabelece que extingue-se o processo, além dos casos previstos em lei, quando o autor deixar de comparecer a qualquer uma das audiências do processo. A alternativa D está incorreta. Segundo o art. 9º, da referida Lei, nas causas de valor de até vinte salários mínimos, as partes comparecerão pessoalmente, podendo ser assistidas por advogado; nas de valor superior, a assistência é obrigatória. A alternativa E está incorreta. Com base no art. 8º, §1º, II, da Lei nº 9.099/95, somente serão admitidas a propor ação perante o Juizado Especial as pessoas enquadradas como microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte. 8. (VUNESP/TJ-RJ - 2014) Nos Juizados Especiais Cíveis, decretada a falência da demandada, a) os autos serão remetidos ao Juízo em que estiver tramitando a falência. b) o processo será extinto sem resolução do mérito. c) o processo ficará suspenso até a citação da massa falida, na pessoa de seu administrador judicial. d) o processo prosseguirá, sem solução de continuidade, em face da massa falida. e) os autos serão distribuídos à vara cível da mesma comarca, observando-se o procedimento comum. Comentários A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, conforme prevê o art. 51, IV, combinado com o art. 8º, da Lei nº 9.099/95: Art. 51. Extingue-se o processo, além dos casos previstos em lei: IV - quando sobrevier qualquer dos impedimentos previstos no art. 8º desta Lei; Vejamos o art. 8º: Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600- Naldira Luiza Vieria 94 170 Art. 8º Não poderão ser partes, no processo instituído por esta Lei, o incapaz, o preso, as pessoas jurídicas de direito público, as empresas públicas da União, a massa falida e o insolvente civil. 9. (VUNESP/TJ-RJ - 2014) Assinale a alternativa que aponta causa de competência do Juizado Especial Cível. a) Ação de despejo para uso próprio. b) Ação monitória, cujo valor não supere 40 salários mínimos. c) Ação de despejo por falta de pagamento, cumulada com cobrança, cujo valor não supere 40 salários mínimos. d) Ação revisional de aluguel. e) Ação coletiva, cujo valor não supere 40 salários mínimos. Comentários De acordo com o art. 3º, III, da Lei nº 9.099/95, o Juizado Especial Cível tem competência para a ação de despejo para uso próprio. Vejamos o dispositivo citado que traz as hipóteses de competência do JEC: Art. 3º O Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de menor complexidade, assim consideradas: I - as causas cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo; II - as enumeradas no art. 275, inciso II, do Código de Processo Civil; III - a ação de despejo para uso próprio; IV - as ações possessórias sobre bens imóveis de valor não excedente ao fixado no inciso I deste artigo. Assim, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão. 10. (VUNESP/TJ-RJ - 2014) Nos Juizados Especiais Cíveis, sobre a assistência por advogado, pode-se afirmar que a) o mandato conferido ao advogado pela parte deve ser escrito, na forma de procuração. b) não cabe ao juiz alertar as partes da conveniência do patrocínio por advogado, mesmo quando a causa o recomendar. c) se uma das partes estiver representada por advogado, a outra não poderá recusar assistência judiciária. d) a assistência obrigatória tem lugar a partir da fase instrutória, não se aplicando para a formulação do pedido e a sessão de conciliação. e) a assistência é obrigatória na audiência de instrução, seja qual for o valor da causa. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 95 170 Comentários A questão exige o conhecimento do art. 9º, da Lei nº 9.099/95. Vamos analisar cada uma das alternativas: A alternativa A está incorreta. De acordo com o §3º, o mandato ao advogado poderá ser verbal, salvo quanto aos poderes especiais. A alternativa B está incorreta. Com base no §2º, o Juiz alertará as partes da conveniência do patrocínio por advogado, quando a causa o recomendar. A alternativa C está incorreta. O §1º estabelece que, sendo facultativa a assistência, se uma das partes comparecer assistida por advogado, ou se o réu for pessoa jurídica ou firma individual, terá a outra parte, se quiser, assistência judiciária prestada por órgão instituído junto ao Juizado Especial, na forma da lei local. A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, pois reproduz o enunciado nº 36, do FONAJE: ENUNCIADO 36 – A assistência obrigatória prevista no art. 9º da Lei 9.099/1995 tem lugar a partir da fase instrutória, não se aplicando para a formulação do pedido e a sessão de conciliação. A alternativa E está incorreta. Segundo o caput do art. 9º, nas causas de valor até vinte salários mínimos, as partes comparecerão pessoalmente, podendo ser assistidas por advogado; nas de valor superior, a assistência é obrigatória. 11. (VUNESP/PC-SP - 2014) Segundo a Lei n.º 9.099/95, são orientadores do processo em trâmite perante o Juizado Especial, os critérios da: a) oralidade, informalidade, simplicidade, seletividade e impessoalidade. b) informalidade, oralidade, economia processual, celeridade e simplicidade. c) impessoalidade, simplicidade, abstração, formalidade e economia processual. d) fungibilidade, informalidade, abstração, simplicidade e economia processual. e) simplicidade, oralidade, formalidade, impessoalidade e celeridade. Comentários De acordo com o art. 2º, da Lei nº 9.099/95, são orientadores do processo em trâmite perante o Juizado Especial, os critérios da oralidade, da simplicidade, da informalidade, da economia processual e da celeridade. Art. 2º O processo orientar-se-á pelos critérios da oralidade, simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade, buscando, sempre que possível, a conciliação ou a transação. Portanto, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 96 170 12. (VUNESP/TJ-SP - 2013) Sobre o processamento das ações perante os juizados especiais cíveis, é correto afirmar que: a) a competência está limitada a 40 (quarenta) salários-mínimos, teto esse que não poderá ser excedido ainda que se trate de hipótese de solução de demanda por acordo. b) a oposição de embargos de declaração contra a sentença interrompe o prazo para interposição de recurso inominado. c) em caso de títulos executivos extrajudiciais, o valor poderá ultrapassar 40 (quarenta) salários-mínimos. d) contra os acórdãos do colégio recursal não cabe recurso extraordinário, ainda que a parte esteja acompanhada de advogado. e) se admite, no processo, o litisconsórcio, a assistência e a intervenção fundada em contrato de seguro. Comentários A alternativa A está incorreta, conforme jurisprudência do STJ. A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, pois se refere ao art. 50, da referida Lei: Art. 50. Os embargos de declaração interrompem o prazo para a interposição de recurso. A alternativa C está incorreta. De acordo com o art. 3º, §1º, II, da Lei nº 9.099/95, em caso de títulos executivos extrajudiciais, o valor não poderá ultrapassar a 40 salários-mínimos. § 1º Compete ao Juizado Especial promover a execução: II - dos títulos executivos extrajudiciais, no valor de até quarenta vezes o salário mínimo, observado o disposto no § 1º do art. 8º desta Lei. A alternativa D está incorreta. Segundo a Súmula nº 640, do STF, contra os acórdãos do colégio recursal cabe recurso extraordinário. Súmula 640 - É cabível recurso extraordinário contra decisão proferida por juiz de primeiro grau nas causas de alçada, ou por turma recursal de juizado especial cível e criminal. A alternativa E está incorreta. Não se admite, no processo, qualquer forma de intervenção de terceiro nem de assistência. Vejamos o art. 10, da Lei nº 9.099/95: Art. 10. Não se admitirá, no processo, qualquer forma de intervenção de terceiro nem de assistência. Admitir-se-á o litisconsórcio. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 97 170 QUESTÕES COMENTADAS 1. (CEBRASPE/PGM-Manaus - 2018) Considerando o disposto na lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais e na Lei dos Juizados especiais da Fazenda Pública, julgue os itens que se segue. Nas ações que tramitarem nos juizados especiais cíveis, não poderão ser partes do processo às pessoas jurídicas de direito público, as empresas públicas da União, a massa falida, insolvente civil, o preso e o incapaz. Comentários A assertiva está correta e cobra a literalidade do art. 8º, da Lei dos Juizados Especiais, Lei nº 9.099/95: Art. 8º Não poderão ser partes, no processo instituído por esta Lei, o incapaz, o preso, as pessoas jurídicas de direito público, as empresas públicas da União, a massa falida e o insolvente civil. 2. (CEBRASPE/PGM-Manaus - 2018) Considerando o disposto na lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais e na Lei dos Juizados especiais da Fazenda Pública, julgue os itens que se segue. Nas causas cíveis de menor complexidade, os embargos de declaração opostos contra sentença interrompem o prazo parainterposição de recurso. Comentários A assertiva está correta. Todas as causas do Juizado Especial são de menor complexidade. Além disso, os embargos de declaração interrompem o prazo, conforme o art. 50, da Lei nº 9.099/95: Art. 50. Os embargos de declaração interrompem o prazo para a interposição de recurso. 3. (CS-UFG/TJ-GO - 2017) Os juízes leigos são considerados auxiliares da Justiça e a) são recrutados, preferencialmente, entre advogados, com mais de três anos de atividade profissional. b) são impedidos de exercer a advocacia de maneira geral, enquanto permanecerem na função. c) podem conduzir audiência de conciliação, bem como instruir o processo, desde que mediante a supervisão de um juiz togado. d) são previstos na Constituição, que estabelece a sua implantação nos juizados especiais de todo Brasil até o ano de 2020. e) podem decidir o conflito, quando as partes optarem por resolver o conflito pela solução arbitral. Comentários A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 7º, da Lei nº 9.099/95, os juízes leigos são recrutados dentre advogados com mais de 5 anos de experiência, e não 3 anos. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 98 170 Art. 7º Os conciliadores e Juízes leigos são auxiliares da Justiça, recrutados, os primeiros, preferentemente, entre os bacharéis em Direito, e os segundos, entre advogados com mais de cinco anos de experiência. A alternativa B está incorreta. Com base no parágrafo único, do art. 7º, da referida Lei, os juízes leigos são impedidos de exercer a advocacia perante os Juizados Especiais. Parágrafo único. Os Juízes leigos ficarão impedidos de exercer a advocacia perante os Juizados Especiais, enquanto no desempenho de suas funções. A alternativa C está incorreta. Segundo o art. 37, da Lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais, é a instrução, e não a audiência de conciliação, que poderá ser dirigida por Juiz leigo, sob a supervisão de Juiz togado. Art. 37. A instrução poderá ser dirigida por Juiz leigo, sob a supervisão de Juiz togado. A alternativa D está incorreta. Não há que se falar em implantação dos juizados especiais em todo Brasil até o ano de 2020. Vejamos o que dispõe o art. 98, I, da CF/88: Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão: I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumariíssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau; A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, conforme dispõe o art. 24, caput e §2º, da Lei nº 9.099/09: Art. 24. Não obtida a conciliação, as partes poderão optar, de comum acordo, pelo juízo arbitral, na forma prevista nesta Lei. § 2º O árbitro será escolhido dentre os juízes leigos. 4. (CS-UFG/TJ-GO - 2017) A legitimidade ativa nos juizados especiais cíveis é limitada pela Lei n. 9.099, podendo demandar como autores nesta esfera a) as empresas de grande porte, desde que deferido o processamento de recuperação judicial. b) as microempresas e as empresas de pequeno porte. c) as pessoas jurídicas constituídas sem fins lucrativos, independentemente de sua finalidade. d) os menores ou incapazes, desde que devidamente representados ou assistidos. e) os insolventes civis, quando o montante de suas dívidas não ultrapassar 40 salários mínimos. Comentários Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 99 170 A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, conforme estabelece o art. 8º, §1º, I, da Lei nº 9.099/95: § 1o Somente serão admitidas a propor ação perante o Juizado Especial: II - as pessoas enquadradas como microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte na forma da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006; A alternativa A está incorreta. Apenas as empresas de pequeno porte têm legitimidade nos juizados especiais cíveis. As alternativas C, D e E estão incorretas, visto o que dispõe o art. 8º, da referida Lei: Art. 8º Não poderão ser partes, no processo instituído por esta Lei, o incapaz, o preso, as pessoas jurídicas de direito público, as empresas públicas da União, a massa falida e o insolvente civil. 5. (CS-UFG/TJ-GO - 2017) B.C. ajuizou ação de cobrança em face de R.K, perante um juizado especial cível, visando o recebimento de R$ 15.000,00 (quinze mil reais) que havia emprestado. A audiência de conciliação foi designada para o dia 16 de agosto de 2017, sendo que R.K: a) poderá ausentar-se desde que seu advogado supra a sua ausência, restando assim afastada a hipótese de revelia. b) poderá, em comum acordo com B.C., manifestar desinteresse pela audiência de conciliação, caso em que esta será dispensada. c) sofrerá a penalidade de multa por ato atentatório à dignidade da justiça, caso não compareça, prosseguindo-se para a fase de instrução do processo. d) deverá comparecer, não podendo a sua ausência ser suprida pelo comparecimento de seu advogado, sob pena de revelia. e) poderá não comparecer, não se falando em revelia, caso seu advogado protocole contestação no prazo legal. Comentários De acordo com o art. 9º, da Lei nº 9.099/95, as partes deverão comparecer pessoalmente nas causas de valor até 20 salários. Art. 9º Nas causas de valor até vinte salários mínimos, as partes comparecerão pessoalmente, podendo ser assistidas por advogado; nas de valor superior, a assistência é obrigatória. Além disso, o art. 20, da referida Lei, estabelece que caso o demandado não compareça à audiência de conciliação, os fatos serão alegados como verdadeiros. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 100 170 Art. 20. Não comparecendo o demandado à sessão de conciliação ou à audiência de instrução e julgamento, reputar-se-ão verdadeiros os fatos alegados no pedido inicial, salvo se o contrário resultar da convicção do Juiz. Portanto, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão. 6. (CS-UFG/TJ-GO - 2017) Uma vez cientificado sobre a existência de ação perante os juizados especiais cíveis, é possível ao réu: a) oferecer contestação para impugnar os fatos trazidos pelo autor, devendo as exceções (incompetência, suspeição e impedimento) serem apresentadas em petição apartada. b) oferecer contestação, que deverá ser apresentada por escrito, até o início da audiência de instrução e julgamento. c) apresentar reconvenção, caso queira deduzir pleito condenatório ou constitutivo em face do autor. d) comparecer à audiência, sem oferecer contestação, o que implicará necessariamente na declaração de sua revelia. e) apresentar pedido contraposto, que poderá ter valor superior ao pedido inicial mesmo nas causas limitadas a 20 salários mínimos. Comentários A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 30, da Lei nº 9.099/95, a incompetência não está dentre as exceções a serem apresentadas em petição apartada. Art. 30. A contestação, que será oral ou escrita, conterá toda matéria de defesa, exceto arguição de suspeição ou impedimento do Juiz, que se processará na forma da legislação em vigor. A alternativa B está incorreta. Conforme os termos do art. 30, acima disposto, a contestação pode ser feita de forma oral ou escrita. A alternativa C está incorreta. Com base no art. 31, da Lei nº 9.099/95, não se admitirá reconvenção. Art. 31. Não se admitiráa reconvenção. É lícito ao réu, na contestação, formular pedido em seu favor, nos limites do art. 3º desta Lei, desde que fundado nos mesmos fatos que constituem objeto da controvérsia. A alternativa D está incorreta. Vejamos a ressalva do art. 20, da referida Lei: Art. 20. Não comparecendo o demandado à sessão de conciliação ou à audiência de instrução e julgamento, reputar-se-ão verdadeiros os fatos alegados no pedido inicial, salvo se o contrário resultar da convicção do Juiz. A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, nos termos do Enunciado nº 27, do Fonaje: Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 101 170 ENUNCIADO 27 – Na hipótese de pedido de valor até 20 salários mínimos, é admitido pedido contraposto no valor superior ao da inicial, até o limite de 40 salários mínimos, sendo obrigatória à assistência de advogados às partes. 7. (CS-UFG/TJ-GO - 2017) Não obstante seja comum em sede de juizados especiais cíveis a distribuição dinâmica do ônus probatório, em princípio, as provas dos fatos incumbem a quem alega. Tendo em conta a instrução probatória neste tipo de procedimento, as partes: a) devem produzir todas as provas na audiência de instrução e julgamento, devendo estas ser requeridas com até cinco dias de antecedência. b) podem requerer, no curso da audiência, a realização de inspeção por pessoa da confiança do juiz, que lhe relatará informalmente o verificado. c) podem produzir prova pericial, desde que seja observado o prazo máximo 30 dias, devendo o laudo pericial ser apresentado em audiência. d) podem inquirir até duas testemunhas, cada, que comparecerão à audiência independente de intimação. e) devem produzir todos os tipos de provas orais, que deverão ser reduzidas a termo, mesmo quando a audiência for gravada. Comentários A alternativa A está incorreta. É o requerimento para intimação, que deverá ser apresentado no mínimo cinco dias antes da audiência de instrução e julgamento. É o que dispõe o §1º, do art. 34, da Lei nº 9.099/95: § 1º O requerimento para intimação das testemunhas será apresentado à Secretaria no mínimo cinco dias antes da audiência de instrução e julgamento. A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, conforme prevê o art. 35, da referida Lei: Art. 35. Quando a prova do fato exigir, o Juiz poderá inquirir técnicos de sua confiança, permitida às partes a apresentação de parecer técnico. Parágrafo único. No curso da audiência, poderá o Juiz, de ofício ou a requerimento das partes, realizar inspeção em pessoas ou coisas, ou determinar que o faça pessoa de sua confiança, que lhe relatará informalmente o verificado. A alternativa C está incorreta. Vejamos o que estabelece o art. 35, da Lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais: Art. 35. Quando a prova do fato exigir, o Juiz poderá inquirir técnicos de sua confiança, permitida às partes a apresentação de parecer técnico. A alternativa D está incorreta. De acordo com o art. 34, da referida Lei, as partes podem inquirir até três testemunhas, e não duas. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 102 170 Art. 34. As testemunhas, até o máximo de três para cada parte, comparecerão à audiência de instrução e julgamento levadas pela parte que as tenha arrolado, independentemente de intimação, ou mediante esta, se assim for requerido. A alternativa E está incorreta. Com base no art. 36, da Lei nº 9.099/95, a prova oral não será reduzida a escrito, devendo a sentença referir, no essencial, os informes trazidos nos depoimentos. 8. (CS-UFG/TJ-GO - 2017) A sentença nos juizados especiais cíveis a) será irrecorrível, quando homologar laudo arbitral. b) trará um breve resumo dos fatos, estando dispensada a fundamentação. c) poderá ser ilíquida, nos casos de formulação de pedido genérico. d) poderá ser executada em vara comum, no tocante à parte da condenação excedente ao teto de competência dos juizados especiais. e) será recorrível por apelação, no prazo de 15 dias, quando extinguir o processo sem resolução de mérito. Comentários A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, nos termos do art. 26, da Lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais: Art. 26. Ao término da instrução, ou nos cinco dias subsequentes, o árbitro apresentará o laudo ao Juiz togado para homologação por sentença irrecorrível. A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 38, da referida Lei, a sentença mencionará os elementos de convicção do Juiz, com breve resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência, dispensado o relatório. A alternativa C está incorreta. Com base no parágrafo único, do art. 38, da Lei nº 9.099/95, não se admitirá sentença condenatória por quantia ilíquida, ainda que genérico o pedido. A alternativa D está incorreta. Segundo o art. 52, da referida Lei, a execução da sentença processar-se-á no próprio Juizado. A alternativa E está incorreta. Nos termos do art. 41, da Lei nº 9.099/95, da sentença, excetuada a homologatória de conciliação ou laudo arbitral, caberá recurso para o próprio Juizado. 9. (CS-UFG/TJ-GO - 2017) No âmbito dos juizados especiais cíveis, o sistema recursal é relativamente distinto do processo civil comum, cabendo a) apelação, no prazo de 15 dias, da sentença de primeiro grau. b) recurso especial, nas hipóteses descritas na Constituição, contra os acórdãos proferidos pelas turmas recursais. c) recurso extraordinário, nas hipóteses descritas na Constituição, contra os acórdãos proferidos pelas turmas recursais. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 103 170 d) recurso inominado em face da sentença de primeiro grau, sendo dispensados a assistência de advogado e o preparo recursal. e) recurso inominado em face da sentença de primeiro grau, julgado pelo Tribunal de Justiça do Estado. Comentários A alternativa A está incorreta. Nos termos do art. 42, da Lei nº 9.099/95, o recurso será interposto no prazo de dez dias, contados da ciência da sentença, por petição escrita, da qual constarão as razões e o pedido do recorrente. A alternativa B está incorreta. De acordo com a súmula nº 203, do STJ, não cabe recurso especial contra decisão proferida por órgão de segundo grau de juizados especiais. A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, nos termos da súmula nº 640, do STF: SUMULA 640 - É cabível recurso extraordinário contra decisão proferida por juiz de primeiro grau nas causas de alçada, ou por turma recursal de juizado especial cível e criminal. A alternativa D está incorreta. Com base no §2º, do art. 41, da Lei nº 9.099/95, no recurso, as partes serão obrigatoriamente representadas por advogado. A alternativa E está incorreta. Segundo o art. 41, caput, da referida Lei, da sentença, excetuada a homologatória de conciliação ou laudo arbitral, caberá recurso para o próprio Juizado. 10. (OBJETIVA/SAMAE de Jaguariaíva-PR - 2016) Quanto aos Juizados Especiais Cíveis, conforme disposto na Lei nº 9.099/95, analisar os itens abaixo: I - As testemunhas, até o máximo de três para cada parte, comparecerão à audiência de instrução e julgamento levadas pela parte que as tenha arrolado, independentemente de intimação, ou mediante esta, se assim for requerido. II - Extingue-se o processo sem julgamento do mérito quando, falecido o autor, a habilitação depender de sentença ou não se der no prazo de 30 dias. III - Os embargos de declaração suspendem o prazo para a interposição de recurso. Estão CORRETOS: a) Somente os itens II e III. b) Somente os itens I e III. c) Somente os itens I e II. d) Todostemos o incidente e a turma de uniformização de jurisprudência. No art. 18, da Lei nº 12.153/2009, temos a previsão para turmas de uniformização. Portanto, temos: Note que não temos a previsão dessas turmas para os Juizados Especiais Cíveis (JEC). Assim, no âmbito do JEC adotamos, dentro da ideia de sistema dos Juizados, as regras do JEF e do JEFP para formação dessas turmas de uniformização de jurisprudência. Como para cada estado temos a criação de uma turma específica de uniformização de jurisprudência, é importante que tenhamos uma forma de tornar o entendimento uniformizado ao longo de todo o território nacional e não apenas dentro do respectivo estado. Atualmente, em face dessa realidade peculiar, temos três instrumentos de uniformização de jurisprudência: FONAJE/FONAJEF; Juizados Especiais Cíveis JEC Juizados Especiais Federais JEF Juizados Especiais de Fazenda Pública JEFP EXPRESSAMENTE PREVISTO TURMAS DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA PARA Juizados Federais art. 14 da Lei nº 10.259/2001 Juizados de Fazenda Pública art. 18 da Lei nº 12.253/2009 Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 7 170 De caráter não vinculante, não é órgão do sistema judicial, pois trata-se de órgão mantido pela associação de magistrados federais e estaduais. Esse Fórum Nacional dos Juizados Especiais tem por finalidade congregar entendimentos dos Juizados do país inteiro. De um lado, temos o FONAJE que abrange os juizados cíveis (JEC) e de Fazenda Pública (JEFP); do outro, temos o FONAJEF, que envolve os juizados federais (JEF). Esses órgãos emitem enunciados interpretativos para orientar a atuação dos Juizados. Resolução STJ 3/2016; e Os Juizados Especiais não estão vinculados ao STJ pelo que estabelece a nossa Constituição. O STJ, nesse contexto, estabeleceu que toda vez que o sistema do Juizados não observar a jurisprudência do STJ, do IRDR ou precedentes de caráter vinculante, caberá reclamação para os Tribunais de Justiça (das decisões do JEC). Essa resolução é vinculante. art. 985, I, do CPC. Nesse dispositivo, temos a disciplina do IRDR, segundo o qual vamos aplicar esse incidente para os Juizados. O incidente de resolução de demandas repetitivas constitui aposta para a redução do volume de demandas perante o Poder Judiciário. O IRDR é cabível para prevenir a efetiva repetição de processos que envolvam a mesma situação de direito e o risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica. Nesses processos que se repetem, a ideia é parar todas as ações semelhantes, com a finalidade de que o Tribunal possa estabelecer um entendimento único para mesmas controvérsias. Após a fixação da tese, automaticamente todos os processos parados voltam a correr com a adoção da tese decidida pelo órgão ad quem. Essas decisões são vinculantes. PRINCÍPIOS INFORMADORES DOS JUIZADOS ESPECIAIS Esses princípios estão previstos no art. 2º da Lei nº 9.099/1990. Não obstante previsto para o JEC, são princípios que se aplicam ao JEF e ao JEFP. Constituem os princípios informadores extraídos do art. 98, I, da CF. Contudo, vamos investigá-los, neste ponto da aula, com maior profundidade. Veja: Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 8 170 Art. 2º O processo orientar-se-á pelos critérios da oralidade, simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade, buscando, sempre que possível, a conciliação ou a transação. Princípio da Oralidade O princípio da oralidade fixa a prevalência da “palavra falada” sobre a “palavra escrita”. São vários os exemplos de aplicação dessa oralidade nos Juizados Especiais. O art. 9º, §3º, da Lei do JEC, estabelece a possibilidade de o mandato de procuração ao advogado ser conferido verbalmente quanto aos poderes gerais de foro. Extraímos outro exemplo do art. 13, §3º, da Lei do JEC, que permite a realização de atos processuais na forma gravada, a fim de agilizar a prática de atos processuais. Do mesmo modo, o art. 14, §1º, da Lei do JEC, fixa que os pedidos podem ser formulados oralmente, competindo ao cartório registrar isso da forma documental. Outro exemplo extrai-se do art. 30, da Lei do JEC, que viabiliza a apresentação da contestação na forma oral. Por fim, o art. 52, IV, da Lei do JEC, ao tratar da execução, viabiliza o requerimento do cumprimento de sentença de forma verbal, sem maiores formalidades. Princípio da Simplicidade e Informalidade Nos Juizados não há espaço para formalismos inúteis e desnecessários. Além disso, uma das finalidades dos Juizados é aproximar o cidadão do sistema de Justiça, razão pela qual é orientado pelo princípio da simplicidade e da informalidade. Entre os exemplos, podemos citar o art. 13, da Lei nº 9.099, o qual prevê que a validade do ato se verifica quando preencher a finalidade, independentemente da forma utilizada. Além disso, o inc. II, do art. 18, autoriza que as cartas de citação sejam entregues na recepção do citando. Princípio da Economia Processual Os juizados observam o princípio da economia processual que aposta na celeridade. Ao prever, no art. 38, a dispensa do relatório de sentença, temos um exemplo de que há economia na prática de atos processuais para se obter maior velocidade na tramitação processual. A economia é sinônimo de conferir velocidade ao processo. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 9 170 Princípio da Celeridade O princípio da celeridade também é norma expressa no JEC. Entre os exemplos, temos o art. 10, da Lei nº 9.099, que veda a utilização de intervenção de terceiros nos Juizados Especiais. Em princípio, não cabe intervenção de terceiros, pois quanto mais terceiros houver, mais lentidão processual haverá. Há, entretanto, uma mitigação em face do CPC, que prevê a necessidade de considerar, no procedimento dos Juizados, a admissibilidade do incidente de desconsideração da personalidade jurídica. Princípio da Conciliação A conciliação é fundamental nos Juizados. A primeira audiência nos Juizados é a de conciliação. A parte é citada para participar da audiência conciliatória. Somente se cogita a contestação, ou o prosseguimento do procedimento, caso não tenhamos êxito na transação. PRINCÍPIOS INFORMADORES DOS JUIZADOS oralidade simplicidade informalidade economia processual celeridade conciliação ou transação Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 10 170 FACULTATIVO OU OBRIGATÓRIO? Discute-se se a utilização do procedimento dos Juizados é obrigatória ou facultativa. Dito de outro modo, se o processo se encaixar nas hipóteses de cabimento do trâmite diferenciado dos Juizados, a parte é obrigada a seguir esse rito ou poderá realizar o seu trâmite perante o procedimento comum. Além disso, de acordo com o Enunciado 1, do FONAJE: Enunciado 1 FONAJE O exercício do direito de ação no Juizado Especial Cível é facultativo para o autor. Esse é o entendimento, inclusive, do STJ1: Processo civil. Recurso especial. Ação de arbitramento de honorários advocatícios. Competência. Juízo Cível ou Juizado Especial. Complexidade da causa. Diferenciação da mera ação de cobrança de honorários. Presumível necessidade de perícia. Procedimento incompatível com o dos juizados especiais. Definição da competência do juízo cível para o julgamento da matéria. - A falta de páginas no recurso especial não implica o seu não conhecimento, se pela leitura dessa peça processual for possível compreender o pedido formuladoos itens. Comentários Vamos analisar cada um dos itens: Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 104 170 O item I está correto, pois reproduz o art. 34, da Lei dos Juizados Especiais: Art. 34. As testemunhas, até o máximo de três para cada parte, comparecerão à audiência de instrução e julgamento levadas pela parte que as tenha arrolado, independentemente de intimação, ou mediante esta, se assim for requerido. O item II está correto, conforme prevê o art. 51, V, da referida Lei: Art. 51. Extingue-se o processo, além dos casos previstos em lei: V - quando, falecido o autor, a habilitação depender de sentença ou não se der no prazo de trinta dias; O item III está incorreto. De acordo com o art. 50, da Lei nº 9.099/95, os embargos de declaração interrompem o prazo para a interposição de recurso. Portanto, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão. 11. (UFMT/DPE-MT - 2016) Considerando o Sistema dos Juizados Especiais, tendo como norte a legislação vigente, marque V para as assertivas verdadeiras e F para as falsas. ( ) No sistema do Juizado Especial da Lei nº 9.099/1995, os embargos de declaração interrompem o prazo para a interposição de recurso, nos termos dos artigos 50 e 83 do referido diploma legal. ( ) O Juizado Especial Cível (Lei nº 9.099/1995) apresenta-se como uma opção ao autor. Como regra, sua competência abarca as causas cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo e as ações possessórias sobre bens imóveis de valor não excedente a também quarenta vezes o salário mínimo. ( ) O Juizado Especial da Fazenda Pública (Lei nº 12.153/2009) ostenta competência absoluta, não opcional e de curso obrigatório. Como regra é competente para processar, conciliar e julgar causas cíveis de interesse dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, até o valor de 60 (sessenta) salários mínimos. ( ) Não é cabível ação rescisória no sistema do Juizado Especial Cível (Lei nº 9.099/1995). ( ) No âmbito do Juizado Especial Cível, é possível atacar decisão proferida pela Turma Recursal por meio de reclamação dirigida ao Superior Tribunal de Justiça, o que não ocorre no âmbito do Juizado da Fazenda Pública. Assinale a sequência correta. a) V, V, V, V, F b) F, V, V, F, V c) V, F, V, F, F d) V, V, F, V, V e) F, F, F, V, V Comentários Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 105 170 Vamos analisar cada uma das afirmativas: A primeira afirmativa é verdadeira, pois se refere ao art. 50, da Lei nº 9.099/95: Art. 50. Os embargos de declaração interrompem o prazo para a interposição de recurso. A segunda assertiva é verdadeira. De acordo com a referida Lei, a competência dos Juizados Especiais é relativa, podendo o autor optar pela utilização de seu rito ou não. A fixação de sua competência em razão do valor da causa está prevista no art. 3º, I, e IV. Vejamos: Art. 3º O Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de menor complexidade, assim consideradas: I - as causas cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo; IV - as ações possessórias sobre bens imóveis de valor não excedente ao fixado no inciso I deste artigo. A terceira assertiva é verdadeira. De acordo com o art. 2º, §4º, da Lei nº 12.153/09, a competência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública é absoluta, não podendo o autor optar por ajuizar a sua ação na Justiça Comum, pelo procedimento ordinário, quando o seu objeto for de interesse da Fazenda Pública e não ultrapassar o valor de 60 salários mínimos. Art. 2o É de competência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública processar, conciliar e julgar causas cíveis de interesse dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, até o valor de 60 (sessenta) salários mínimos. § 4o No foro onde estiver instalado Juizado Especial da Fazenda Pública, a sua competência é absoluta. A quarta assertiva é verdadeira, conforme prevê o art. 59, da Lei nº 9.099/95: Art. 59. Não se admitirá ação rescisória nas causas sujeitas ao procedimento instituído por esta Lei. A quinta assertiva é falsa. Essa reclamação deve ser dirigida às Câmaras Reunidas ou à Seção Especializada dos Tribunais de Justiça, e não mais diretamente ao STJ. Assim, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão. 12. (MPE-SC/MPE-SC - 2016) No âmbito dos juizados especiais cíveis os embargos de declaração são oferecidos no prazo de cinco dias, contados da ciência da decisão e, uma vez recebidos, suspendem o prazo recursal. Comentários Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 106 170 A assertiva está incorreta. De fato, os embargos de declaração devem ser opostos no prazo de cinco dias, contados da ciência da decisão, conforme prevê o art. 49, da Lei nº 9.099/95: Art. 49. Os embargos de declaração serão interpostos por escrito ou oralmente, no prazo de cinco dias, contados da ciência da decisão. Porém, a oposição deste recurso interrompe, e não suspende, o prazo para a interposição de qualquer outro recurso. Vejamos o art. 50, da referida Lei: Art. 50. Os embargos de declaração interrompem o prazo para a interposição de recurso. 13. (UFMT/TJ-MT - 2016) De acordo com Lei n.º 9.099, de 26 de setembro de 1995, Juizados Especiais cíveis, poderá propor ação no Juizado Especial: a) O microempreendedor. b) O Município. c) O preso. d) A massa falida. Comentários A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. O art. 8º, §1º, II, da Lei nº 9.099/95, prevê que as pessoas enquadradas como microempreendedores individuais poderão propor ação no Juizado Especial. Vejamos: § 1o Somente serão admitidas a propor ação perante o Juizado Especial: II - as pessoas enquadradas como microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte na forma da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006; As demais alternativas estão incorretas, conforme estabelece o caput do art. 8º: Art. 8º NÃO poderão ser partes, no processo instituído por esta Lei, o incapaz, o preso, as pessoas jurídicas de direito público, as empresas públicas da União, a massa falida e o insolvente civil. 14. (IBFC/MPE-SP - 2014) Com relação aos Juizados Especiais Cíveis e sua disciplina na Lei Federal n° 9.099/95, analise as assertivas, a seguir: I. Não se admite qualquer forma de intervenção de terceiros, nem de assistência. Todavia, admite-se o litisconsórcio. II. As pessoas jurídicas qualificadas, nos termos da lei, como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público poderão propor ação perante o Juizado Especial Cível. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 107 170 III. Nas causa de valor até trinta salários mínimos, as partes comparecerão pessoalmente, podendo ser assistidas por advogado; nas de valor superior, a assistência é obrigatória. IV. O Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis, cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo. Está CORRETO, apenas, o que se afirma em: a) I e II. b) I e IV. c) I, II e III. d) III e IV. e) I, II e IV. Comentários Vamos analisar cada um dos itens: O item I está correto, pois é o que dispõe o art. 10, da Lei nº 9.099/05: Art. 10. Não se admitirá, no processo, qualquer forma de intervenção de terceiro nem de assistência. Admitir-se-á o litisconsórcio. O item II está correto,conforme prevê o art. 8º, §1º, III, da referida Lei: § 1o Somente serão admitidas a propor ação perante o Juizado Especial: III - as pessoas jurídicas qualificadas como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, nos termos da Lei no 9.790, de 23 de março de 1999; O item III está incorreto. As partes somente poderão comparecer pessoalmente, sem a assistência de advogado, nas causas cujo valor não ultrapasse 20 salários mínimos. Vejamos o art. 9º, da Lei nº 9.099/95: Art. 9º Nas causas de valor até vinte salários mínimos, as partes comparecerão pessoalmente, podendo ser assistidas por advogado; nas de valor superior, a assistência é obrigatória. O item IV está correto, com base no art. 3º, I, da referida Lei: Art. 3º O Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de menor complexidade, assim consideradas: I - as causas cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo; Assim, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 108 170 15. (NC-UFPR/TJ-PR - 2013) Pedro, bacharel em direito, interpôs reclamação junto ao Juizado Especial Cível, no valor de vinte salários mínimos. Entretanto, por ser bacharel e se considerar um excelente aluno, recusou a assistência por advogado. Tendo como fundamento a Lei 9.099/95, é correto afirmar que: a) em nenhuma hipótese poderia postular junto ao Juizado Especial Cível sem ser assistido por advogado. b) em qualquer hipótese para postular junto ao Juizado Especial Cível deveria ser assistido por advogado. c) como era bacharel em direito, poderia recorrer, desde que assistido por advogado. d) em qualquer hipótese poderia postular junto ao Juizado Especial Cível sem ser representado por advogado, exceto para recorrer. Comentários A alternativa A está incorreta. É possível a propositura de demanda no Juizado Especial Cível sem a assistência de advogado, nos casos em que o valor da causa não ultrapasse a 20 salários mínimos. Vejamos o art. 9º, da Lei nº 9.099/95: Art. 9º Nas causas de valor até vinte salários mínimos, as partes comparecerão pessoalmente, podendo ser assistidas por advogado; nas de valor superior, a assistência é obrigatória. A alternativa B está incorreta. Conforme o art. 9º, mencionado acima, a assistência de advogado só é exigida no Juizado Especial Cível nos processos em que o valor da causa é superior a 20 salários mínimos. A alternativa C está incorreta. O fato de ser bacharel em Direito é irrelevante nesse caso. Qualquer pessoa pode atuar em causas abaixo de 20 salários mínimos, exceto no caso de recurso. A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Sendo o valor da causa não superior a 20 salários mínimos, a capacidade postulatória abrange qualquer matéria de competência do juizado especial, ressalvada a possibilidade de interposição de recurso. 16. (IDECAN/PREF. LEOPOLDINA – 2016) Nos termos da Lei nº 9.099/95, o Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de menor complexidade, assim considerada(s): A) A ação de despejo para uso de terceiros. B) As causas cujo valor não exceda a 60 vezes o salário mínimo. C) As ações possessórias sobre bens imóveis de qualquer valor. D) As de cobrança ao condômino de valores devidos ao condomínio. Comentários O art. 3º da Lei n. 9.099/1995 indica quais são as ações de menor complexidade: Art. 3º O Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de menor complexidade, assim consideradas: Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 109 170 ==1365fc== I - as causas cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo; II - as enumeradas no art. 275, inciso II, do Código de Processo Civil; III - a ação de despejo para uso próprio; IV - as ações possessórias sobre bens imóveis de valor não excedente ao fixado no inciso I deste artigo. A ação de despejo para uso próprio é uma ação de menor complexidade, cabendo o seu julgamento pelo Juizado Especial. Assim, a alternativa A é correta e é o gabarito da questão. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 110 170 QUESTÕES COMENTADAS 1. (CESPE/PGE-PE - 2018) Observada a regra que determina que o valor da causa não pode ultrapassar o limite de sessenta salários mínimos, o juizado especial da fazenda pública possui competência para julgar a) ação civil pública para a tutela de direito difuso decorrente de dano ambiental simples. b) ação que tenha como objeto a impugnação da pena de demissão imposta a servidor civil. c) ação em que contribuinte questione a validade do lançamento de crédito tributário estadual. d) mandado de segurança contra ato praticado por servidor municipal em procedimento licitatório. e) ação proposta por particular para reivindicar bem imóvel de autarquia estadual. Comentários Onde estiver instalado o Juizado Especial da Fazenda Pública, sua competência é absoluta. Além disso, o ente público não pode propor demanda em face de um particular, pessoa física ou jurídica, no âmbito do Juizado da Fazenda Pública. Vejamos o que dispõe o art. 2º, caput e §1º, da Lei nº 12.153/09: Art. 2o É de competência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública processar, conciliar e julgar causas cíveis de interesse dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, até o valor de 60 (sessenta) salários mínimos. § 1o Não se incluem na competência do Juizado Especial da Fazenda Pública: I – as ações de mandado de segurança, de desapropriação, de divisão e demarcação, populares, por improbidade administrativa, execuções fiscais e as demandas sobre direitos ou interesses difusos e coletivos; II – as causas sobre bens imóveis dos Estados, Distrito Federal, Territórios e Municípios, autarquias e fundações públicas a eles vinculadas; III – as causas que tenham como objeto a impugnação da pena de demissão imposta a servidores públicos civis ou sanções disciplinares aplicadas a militares. Assim, a única alternativa que não contempla uma das hipóteses acima é a alternativa C que, portanto, está correta e é o gabarito da questão. 2. (CESPE/DPE-AL - 2017) Acerca de formação de litisconsórcio, conflito de competência e prazo, assinale a opção correta à luz do entendimento dos tribunais superiores. a) Na hipótese de litisconsórcio ativo, o valor da causa para fins de fixação da competência do juizado especial federal deve ser calculado a partir da soma do valor pretendido por cada litisconsorte, soma esta que não poderá ultrapassar o patamar de sessenta salários mínimos. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 111 170 b) No caso de litisconsórcio unitário, a independência da atividade dos litisconsortes é plena. c) Suscitado o conflito de competência, a intervenção do Ministério Público, na qualidade de custos legis, é facultativa. d) Município demandado terá prazo em dobro somente para contestar e para recorrer. e) É competência absoluta dos juizados especiais da fazenda pública processar e julgar as causas de interesse dos estados, do Distrito Federal, dos territórios e dos municípios cujos valores não excedam sessenta salários mínimos, inexistindo impedimento à formação de litisconsórcio passivo do ente estatal com pessoa jurídica de direito privado. Comentários A alternativa A está incorreta. Na hipótese de litisconsórcioativo, o valor da causa a ser levado em consideração para fim de fixação de competência do Juizado Especial corresponde ao valor total dividido pelo número de litisconsortes, não podendo este valor individual de cada litisconsorte ultrapassar o valor máximo admitido para que a causa tramite sob o rito especial. A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 117, do CPC, no litisconsórcio unitário a independência da atividade dos litisconsortes não é plena, pois embora as ações e omissões de um não possam prejudicar os outros, podem beneficiá-los. Art. 117. Os litisconsortes serão considerados, em suas relações com a parte adversa, como litigantes distintos, exceto no litisconsórcio unitário, caso em que os atos e as omissões de um não prejudicarão os outros, mas os poderão beneficiar. A alternativa C está incorreta. Vejamos o que dispõe o art. 951, da Lei nº 13.105/15: Art. 951. O conflito de competência pode ser suscitado por qualquer das partes, pelo Ministério Público ou pelo juiz. Parágrafo único. O Ministério Público somente será ouvido nos conflitos de competência relativos aos processos previstos no art. 178, mas terá qualidade de parte nos conflitos que suscitar. Nas hipóteses do art. 178, a intervenção do Ministério Público será obrigatória e não facultativa. A alternativa D está incorreta. O art. 183, da referida Lei, concede o o benefício do prazo em dobro para todas as manifestações processuais do Município e não apenas para contestar e recorrer. Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal. Por fim, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão, conforme regra geral de competência estabelecida no art. 2º, caput, da Lei nº 12.153/09: Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 112 170 ==1365fc== Art. 2o É de competência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública processar, conciliar e julgar causas cíveis de interesse dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, até o valor de 60 (sessenta) salários mínimos. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 113 170 QUESTÕES COMENTADAS 1. (CONSULPLAN/TJ-MG - 2017) Segundo o que estabelece a Lei dos Juizados Especiais da Fazenda Pública (Lei nº 12.153/2009), analise as afirmativas abaixo: I. É de competência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública processar, conciliar e julgar causas cíveis de interesse dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, até o valor de 60 (sessenta) salários mínimos. II. A competência do Juizado Especial da Fazenda Pública é relativa. III. Podem ser partes no Juizado Especial da Fazenda Pública, como autores, os Estados, o Distrito Federal, os Territórios e os Municípios, bem como autarquias, fundações e empresas públicas a eles vinculadas. IV. Não se inclui na competência do Juizado Especial da Fazenda Pública as ações de mandado de segurança. Esta correto o que se afirma em: a) Todas as afirmativas são verdadeiras. b) Apenas as afirmativas I e III são verdadeiras. c) Apenas a afirmativa II é falsa. d) Apenas as afirmativas I e IV são verdadeiras. Comentários Vamos analisar cada um dos itens. O item I está correto, pois é o que dispõe o art. 2º, caput, da Lei nº 12.153/09: Art. 2o É de competência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública processar, conciliar e julgar causas cíveis de interesse dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, até o valor de 60 (sessenta) salários mínimos. O item II está incorreto. De acordo com o §4º, do art. 2º, da referida Lei, no foro onde estiver instalado Juizado Especial da Fazenda Pública, a sua competência é absoluta, e não relativa. O item III está incorreto. O art. 5º, prevê quem poderá ser parte no Juizados Especial da Fazenda Pública: Art. 5o Podem ser partes no Juizado Especial da Fazenda Pública: I – como autores, as pessoas físicas e as microempresas e empresas de pequeno porte, assim definidas na Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006; II – como réus, os Estados, o Distrito Federal, os Territórios e os Municípios, bem como autarquias, fundações e empresas públicas a eles vinculadas. O item IV está correto, com base no art. 2º, §1º, I, da Lei nº 12.153/09: Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 114 170 ==1365fc== § 1o Não se incluem na competência do Juizado Especial da Fazenda Pública: I – as ações de mandado de segurança, de desapropriação, de divisão e demarcação, populares, por improbidade administrativa, execuções fiscais e as demandas sobre direitos ou interesses difusos e coletivos; Assim, a alternativa D é correta e gabarito da questão. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 115 170 QUESTÕES COMENTADAS 1. (FCC/PGE-RN - 2014) É proposição correta a respeito do Juizado Especial da Fazenda Pública: a) Não se admite recurso especial ou extraordinário no âmbito dos Juizados Especiais da Fazenda Pública. b) Não se admite, nos Juizados Especiais da Fazenda Pública, assim como no Juízo Comum, que o Estado realize transação, ante a indisponibilidade do interesse público. c) Compete aos Juizados Especiais da Fazenda Pública processar e julgar causas de até 40 salários mínimos, incluindo execuções fiscais. d) As pessoas jurídicas, incluindo as empresas de pequeno porte, não podem ser autoras em processos nos Juizados Especiais da Fazenda Pública. e) O Juiz poderá, inclusive de ofício, deferir providências cautelares e antecipatórias no curso do processo, para evitar dano de difícil ou de incerta reparação. Comentários A alternativa A está incorreta. Admite-se recurso extraordinário no âmbito dos Juizados Especiais da Fazenda Pública. Vejamos os arts. 20 e 21: Art. 20. Os Tribunais de Justiça, o Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal, no âmbito de suas competências, expedirão normas regulamentando os procedimentos a serem adotados para o processamento e o julgamento do pedido de uniformização e do recurso extraordinário. Art. 21. O recurso extraordinário, para os efeitos desta Lei, será processado e julgado segundo o estabelecido no art. 19, além da observância das normas do Regimento. A alternativa B está incorreta. O art. 5º, da Lei nº 12.153/09, prevê que podem ser partes no Juizado Especial da Fazenda Público os réus e os Estados. Ademais, o art. 8º estabelece que os representantes judiciais dos réus presentes à audiência poderão conciliar, transigir ou desistir nos processos da competência dos Juizados Especiais. A alternativa C está incorreta. De acordo com o art. 2º, da referida Lei, é de competência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública processar, conciliar e julgar causas cíveis de interesse dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, até o valor de 60 salários mínimos, e não de 40. A alternativa D está incorreta. Com base no art. 5º, da Lei dos Juizados Especiais da Fazenda Pública, podem ser partes no Juizado Especial da Fazenda Pública como autores, as pessoas físicas e as microempresas e empresas de pequeno porte. A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, pois é o que dispõe o art. 3º, da referida Lei: Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário- Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 116 170 Art. 3o O juiz poderá, de ofício ou a requerimento das partes, deferir quaisquer providências cautelares e antecipatórias no curso do processo, para evitar dano de difícil ou de incerta reparação. 2. (FCC/AL-MS - 2017) Sobre o Juizado Especial da Fazenda Pública, a Lei n° 12.153/2009 dispõe que a) são processadas no âmbito do Juizado Especial da Fazenda Pública as execuções fiscais de até sessenta salários mínimos. b) podem ser parte, no Juizado Especial da Fazenda pública, como autores, as pessoas físicas e as microempresas e empresas de pequeno porte, e, como réus, os Estados, o Distrito Federal, os Territórios e os Municípios, bem como autarquias, fundações e empresas públicas a eles vinculadas. c) é relativa a competência do Juizado Especial da Fazenda Pública nos foros em que estiver instalado. d) é defeso aos representantes judiciais dos réus, no Juizado Especial da Fazenda Pública, conciliar, transigir ou desistir dos processos. e) a Fazenda Pública possui prazo diferenciado para a prática dos atos processuais no âmbito do Juizado Especial da Fazenda Pública. Comentários A alternativa A está incorreta. De acordo com o caput do art. 2º, da Lei nº 12.153/09, é de competência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública processar, conciliar e julgar causas cíveis de interesse dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, até o valor de 60 salários mínimos. Porém, o §1º exclui as execuções fiscais deste âmbito de competência. Vejamos: § 1o Não se incluem na competência do Juizado Especial da Fazenda Pública: I – as ações de mandado de segurança, de desapropriação, de divisão e demarcação, populares, por improbidade administrativa, execuções fiscais e as demandas sobre direitos ou interesses difusos e coletivos; II – as causas sobre bens imóveis dos Estados, Distrito Federal, Territórios e Municípios, autarquias e fundações públicas a eles vinculadas; III – as causas que tenham como objeto a impugnação da pena de demissão imposta a servidores públicos civis ou sanções disciplinares aplicadas a militares. A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, pois reproduz o art. 5º, da referida Lei: Art. 5o Podem ser partes no Juizado Especial da Fazenda Pública: I – como autores, as pessoas físicas e as microempresas e empresas de pequeno porte, assim definidas na Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006; II – como réus, os Estados, o Distrito Federal, os Territórios e os Municípios, bem como autarquias, fundações e empresas públicas a eles vinculadas. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 117 170 ==1365fc== A alternativa C está incorreta. O §4º, do art. 2º, da Lei dos Juizados Especiais da Fazenda Pública, estabelece que, no foro onde estiver instalado Juizado Especial da Fazenda Pública, a sua competência é absoluta. A alternativa D está incorreta. Com base no art. 8º, da referida Lei, os representantes judiciais dos réus presentes à audiência poderão conciliar, transigir ou desistir nos processos da competência dos Juizados Especiais, nos termos e nas hipóteses previstas na lei do respectivo ente da Federação. A alternativa E está incorreta. Segundo o art. 7º, da Lei nº 12.153/09, não haverá prazo diferenciado para a prática de qualquer ato processual pelas pessoas jurídicas de direito público, inclusive a interposição de recursos, devendo a citação para a audiência de conciliação ser efetuada com antecedência mínima de 30 dias. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 118 170 QUESTÕES COMENTADAS 1. (FGV/TJ-SC - 2015) Nos Juizados Especiais da Fazenda Pública, podem ser propostas demandas: a) que versem sobre direitos ou interesses difusos e coletivos; b) cujos valores sejam acima de 60 salários-mínimos; c) que tratem de bens imóveis pertencentes aos municípios; d) onde sejam impugnadas sanções disciplinares aplicadas a militares; e) que contenham pedidos de providências antecipatórias. Comentários A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, conforme dispõe o art. 3º, da Lei nº 12.153/09: Art. 3o O juiz poderá, de ofício ou a requerimento das partes, deferir quaisquer providências cautelares e antecipatórias no curso do processo, para evitar dano de difícil ou de incerta reparação. As demais alternativas estão incorretas, pois contrariam o disposto no art. 2º, da referida Lei: Art. 2o É de competência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública processar, conciliar e julgar causas cíveis de interesse dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, até o valor de 60 (sessenta) salários mínimos. § 1o Não se incluem na competência do Juizado Especial da Fazenda Pública: I – as ações de mandado de segurança, de desapropriação, de divisão e demarcação, populares, por improbidade administrativa, execuções fiscais e as demandas sobre direitos ou interesses difusos e coletivos; II – as causas sobre bens imóveis dos Estados, Distrito Federal, Territórios e Municípios, autarquias e fundações públicas a eles vinculadas; III – as causas que tenham como objeto a impugnação da pena de demissão imposta a servidores públicos civis ou sanções disciplinares aplicadas a militares. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 119 170 ==1365fc== QUESTÕES COMENTADAS 1. (VUNESP/PGM-São Bernardo - 2018) Os Juizados Especiais da Fazenda Pública são disciplinados pela Lei no 12.153/2009. Com relação aos órgãos e aos procedimentos judiciais regulamentados por tal diploma legal, é correto afirmar que (A) são incompetentes para processar e julgar Mandado de Segurança. (B) são competentes para processar e julgar causas de até 40 (quarenta) salários-mínimos. (C) é incabível deferimento de provimento cautelar. (D) é concedido prazo em dobro para manifestação da Fazenda Pública. (E) as sentenças desfavoráveis à Fazenda Pública estão sujeitas ao reexame necessário. Comentários A questão cobra do candidato conhecimentos acerca da Lei 12.153/09. Vejamos: A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. De acordo como art. 2º, § 1º, inciso I, da lei de referência, não se incluem na competência do Juizado Especial da Fazenda Pública as ações de mandado de segurança, dentre outras. A alternativa B está incorreta. O Juizado Especial da Fazenda Pública é competente para processar e julgar causas de até 60 (sessenta) salários-mínimos, não 40 (quarenta), como afirmado (art. 2º, caput, da Lei 12.153/09). A alternativa C está incorreta. O juiz poderá, de ofício ou a requerimento das partes, deferir quaisquer providências cautelares e antecipatórias no curso do processo (art. 3º, da Lei 12.153/09). A alternativa D está incorreta. Segundo a Lei, não haverá prazo diferenciado para a prática de qualquer ato processual pelas pessoas jurídicas de direito público, inclusive a interposição de recursos (art. 7º). E a alternativa E, por fim, também está incorreta. O art. 11 da Lei 12.153/09 é direto ao dizer: “Nas causas de que trata esta Lei, não haverá reexame necessário”. 2. (VUNESP/Prefeitura de Sorocaba - 2018) Acerca dos juizados especiais da Fazenda Pública, assinale a alternativa correta. (A) Desapropriações, cujo valor do imóvel for inferior a 60 (sessenta) salários-mínimos, poderão ser processadas perante o juizado especial da Fazenda Pública. (B) Não haverá reexame necessário no procedimento dos juizados especiais da Fazenda Pública. (C) A competência, noforo onde estiver instalado Juizado Especial da Fazenda Pública, é relativa, podendo as partes optar pelo procedimento comum, perante a Justiça Estadual ou Federal. (D) No âmbito dos juizados especiais da Fazenda Pública, salvo expressa autorização legislativa, é vedado o deferimento de quaisquer providências cautelares e antecipatórias no curso do processo. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 120 170 (E) O prazo em dobro para a Fazenda Pública é aplicável no procedimento dos juizados especiais da Fazenda Pública. Comentários A questão cobra do candidato conhecimentos sobre a Lei n. 12.153/09, que trata sobre os Juizados Especiais da Fazenda Pública. Ela vai direto ao ponto, cobrando o conteúdo do art. 11 da lei, em sua literalidade. Cofiram: Art. 11. Nas causas de que trata esta Lei, não haverá reexame necessário. Assim, está correta a alternativa B, gabarito da questão. Vejamos as demais: A alternativa A está incorreta, uma vez que as desapropriações não se incluem na competência do Juizado Especial da Fazenda Pública (art. 2º, § 1º, I). A alternativa C está incorreta, uma vez que no foro onde estiver instalado Juizado Especial da Fazenda Pública, a sua competência será absoluta (art. 2º, § 4º). A alternativa D está incorreta, uma vez que não há que se falar em “expressa autorização legislativa”, nesses casos. De acordo com o art. 3º da lei: “O juiz poderá, de ofício ou a requerimento das partes, deferir quaisquer providências cautelares e antecipatórias no curso do processo, para evitar dano de difícil ou de incerta reparação” E a alternativa E, também, está incorreta. Por expressa previsão legal, nos juizados especiais da Fazenda Pública, não haverá prazo diferenciado para a prática de qualquer ato processual pelas pessoas jurídicas de direito público, inclusive a interposição de recursos (art. 7º). 3. (VUNESP/TJSP - 2018) Diante do que prevê a Lei que regulamenta o Juizado Especial da Fazenda Pública, é correto afirmar: a) O pagamento de obrigação de pequeno valor deverá ser feito no prazo máximo de 90 dias a contar da entrega da requisição do juiz. b) O juiz poderá, de ofício, deferir providências cautelares e antecipatórias, para evitar dano de difícil ou de incerta reparação. c) Os representantes judiciais dos réus presentes à audiência não poderão conciliar ou transigir. d) Sendo o caso, haverá reexame necessário. e) Da sentença caberá apelação, não se admitindo agravo de instrumento por vedação legal. Comentários Essa questão versa sobre a Lei nº 12.153/2009, a Lei dos Juizados Especiais da Fazendo Pública. Vejamos cada uma das alternativas. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 121 170 A alternativa A está incorreta, pois o pagamento de RPV deverá ocorrer no prazo máximo de 60 dias a contar da entregar da requisição do juiz para pagamento, conforme disciplina o inc. I do art. 13 da Lei. A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. O art. 3º da Lei prevê a possibilidade de o juiz conceder, nos procedimentos dos juizados de Fazenda Pública, tutela de urgência (antecipada ou cautelar). A concessão poderá decorrer de requerimento da parte ou, como retratou a questão, de ofício pelo juiz. A alternativa C está incorreta! Não obstante as ações ajuizadas pelo rito da Lei 12.153/2009 envolvam a Fazenda Pública, o art. 8º prevê expressamente a possibilidade de conciliação. A alternativa D, do mesmo modo, está equivocada, pois é vedado o reexame necessário ou o duplo grau de jurisdição obrigatório nos Juizados Especiais de Fazenda Pública de acordo com o art. 11, da Lei. A alternativa E, por sua vez, está incorreta. Mal redigida a alternativa! Das decisões nos Juizados, cabe recurso inominado, embargos de declaração e recurso extraordinário das decisões das turmas recursais. O recurso inominado seria a “apelação” dos juizados. Desse modo, acredita que a VUNESP considerou incorreta a alternativa, pois o recurso cabível é o inominado (não o de apelação). Quanto ao agravo de instrumento, não há previsão expressa que vede a utilização desse recurso, o art. 4º, da Lei nº 12.153/2009, fala na possibilidade de recurso contra tutela de urgência, esse recurso, segundo a doutrina, é o de agravo de instrumento. Assim, excepcionalmente, o agravo de instrumento é cabível nos JEFP, o que também torna a alternativa incorreta. 4. (VUNESP/PGM-SP - 2014) Assinale a alternativa correta acerca do Juizado Especial da Fazenda Pública. a) Não podem ser ajuizadas perante o Juizado Especial da Fazenda Pública causas cujo valor supere 40 salários-mínimos. b) Admite-se a interposição de mandado de segurança perante o Juizado Especial da Fazenda Pública, desde que respeitado o valor limite de sua competência. c) Todas as sentenças estão sujeitas a reexame necessário pela Turma Recursal. d) No foro onde estiver instalado, sua competência é absoluta. e) O prazo para recorrer da sentença será contado em dobro quando o recorrente for pessoa jurídica de direito público. Comentários A alternativa A está incorreta. Com base no art. 2º, da Lei nº 12.153/09, é de competência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública processar, conciliar e julgar causas cíveis de interesse dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, até o valor de 60 salários mínimos, e não de 40. A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 2º, §1º, I, da referida Lei, não se incluem na competência do Juizado Especial da Fazenda Pública as ações de mandado de segurança, de desapropriação, de divisão e demarcação, populares, por improbidade administrativa, por execuções fiscais e as demandas sobre direitos ou interesses difusos e coletivos. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 122 170 ==1365fc== A alternativa C está incorreta. Nas causas de que trata a Lei dos Juizados Especiais da Fazenda Pública, não haverá reexame necessário. A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, conforme prevê o §4º, do art. 2º, da referida Lei: § 4o No foro onde estiver instalado Juizado Especial da Fazenda Pública, a sua competência é absoluta. A alternativa E está incorreta. Segundo o art. 7º, da Lei nº 12.153/09, não haverá prazo diferenciado para a prática de qualquer ato processual pelas pessoas jurídicas de direito público, inclusive a interposição de recursos, devendo a citação para a audiência de conciliação ser efetuada com antecedência mínima de 30 dias. 5. (VUNESP/IPSM - 2018) Podem ser de competência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública as causas que versem sobre a) direitos ou interesses difusos e coletivos. b) a impugnação da pena de demissão imposta a servidores públicos civis. c) sanções disciplinares aplicadas a militares. d) determinação de obrigação de fazer. e) divisão e demarcação. Comentários O §1º, do art. 2º, da Lei nº 12.153/09, prevê quais atribuições não se incluem ao Juizado Especial da Fazenda Pública. Vejamos: § 1o Não se incluem na competência do Juizado Especial da Fazenda Pública: I – as ações de mandado de segurança, de desapropriação, de divisão e demarcação, populares, por improbidade administrativa, execuções fiscais e as demandas sobre direitos ou interesses difusos e coletivos; II – as causas sobre bens imóveis dos Estados, Distrito Federal, Territórios e Municípios, autarquias e fundações públicas a eles vinculadas; III – as causas que tenham como objeto a impugnação da pena de demissão imposta a servidores públicos civis ou sanções disciplinares aplicadas a militares. Assim, todas as alternativas estão previstasno dispositivo acima, exceto a alternativa D que está correta e é o gabarito da questão. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 123 170 QUESTÕES COMENTADAS 1. (CEBRASPE/PGM-Manaus - 2018) Considerando o disposto na lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais e na Lei dos Juizados especiais da Fazenda Pública, julgue os itens que se segue. As ações populares e as ações de divisão e demarcação de terras não são abarcadas pela competência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública, ainda que haja o interesse dos estados e que o valor das causas não exceda sessenta salários mínimos. Comentários A assertiva está correta. Vejamos o art. 2º, da Lei 12.153/2009: Art. 2º É de competência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública processar, conciliar e julgar causas cíveis de interesse dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, até o valor de 60 (sessenta) salários mínimos. § 1o Não se incluem na competência do Juizado Especial da Fazenda Pública: I – as ações de mandado de segurança, de desapropriação, de divisão e demarcação, populares, por improbidade administrativa, execuções fiscais e as demandas sobre direitos ou interesses difusos e coletivos; 2. (PUC-PR/TJ-MS - 2017) Avalie as assertivas referentes aos juizados especiais da Fazenda Pública no âmbito dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios e, depois, assinale a alternativa CORRETA I. As pessoas jurídicas de direito público gozam de prazo diferenciado para a prática de qualquer ato processual, inclusive a interposição de recursos. II. É cabível o litisconsórcio ativo nos Juizados Especiais da Fazenda Pública. III. No foro onde estiver instalado Juizado Especial da Fazenda Pública, a sua competência é absoluta. IV. É cabível pedido de uniformização de interpretação de lei quando houver divergência entre decisões proferidas por Turmas Recursais sobre questões de direito material. V. É de competência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública processar, conciliar e julgar as causas sobre bens imóveis dos Estados, Distrito Federal, Territórios e Municípios, autarquias e fundações públicas a eles vinculadas. a) Apenas as assertivas I, II, III estão corretas. b) Apenas as assertivas I, III e IV estão corretas. c) Apenas as assertivas II, III e IV estão corretas. d) Apenas as assertivas II, IV e V estão corretas. e) Apenas as assertivas III, IV e V estão corretas. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 124 170 Comentários Vamos analisar cada um dos itens. O item I está incorreto. De acordo com o art. 7º, da Lei nº 12.153/09, não haverá prazo diferenciado para a prática de qualquer ato processual pelas pessoas jurídicas de direito público, inclusive a interposição de recursos. O item II está correto, nos termos do Enunciado nº 02, da Fazenda Pública: ENUNCIADO 02 – É cabível, nos Juizados Especiais da Fazenda Pública, o litisconsórcio ativo, ficando definido, para fins de fixação da competência, o valor individualmente considerado de até 60 salários mínimos (XXIX Encontro – Bonito/MS). O item III está correto, conforme prevê o §4º, do art. 2º, da Lei dos Juizados Especiais da Fazenda Pública: § 4o No foro onde estiver instalado Juizado Especial da Fazenda Pública, a sua competência é absoluta. O item IV está correto, com base no art. 18, da referida Lei: Art. 18. Caberá pedido de uniformização de interpretação de lei quando houver divergência entre decisões proferidas por Turmas Recursais sobre questões de direito material. Por fim, o item V está incorreto. O art. 2º, §1º, II, da Lei nº 12.153/09, não se incluem na competência do Juizado Especial da Fazenda Pública as causas sobre bens imóveis dos Estados, Distrito Federal, Territórios e Municípios, autarquias e fundações públicas a eles vinculadas. Portanto, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão. 3. (Prefeitura de Coqueiral – MG/Prefeitura de Coqueiral-MG - 2017) Um cidadão ingressou no Juizado Especial da Fazenda Pública requerendo que o Município fosse obrigado a lhe fornecer medicamentos de alto custo, conforme receita médica, e pediu tutela antecipada para que os medicamentos fossem fornecidos em 30 dias. A tutela antecipada foi deferida. O Município foi intimado da decisão que deferiu a tutela antecipada em 12/09/16 (Segunda-feira). Considerando que não houve feriado neste período e o mês de setembro é de 30 dias, o prazo para recorrer da tutela antecipada deferida termina em: a) 26/09/16 (segunda-feira). b) 03/10/16 (segunda-feira). c) 22/09/16 (quinta-feira). d) 10/10/16 (segunda-feira). Comentários Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 125 170 De acordo com os arts. 3º e 4º, da Lei nº 12.153/09, a decisão que antecipa os efeitos da tutela tem natureza de decisão interlocutória, a qual é impugnável de imediato, no caso, por agravo de instrumento. Art. 3o O juiz poderá, de ofício ou a requerimento das partes, deferir quaisquer providências cautelares e antecipatórias no curso do processo, para evitar dano de difícil ou de incerta reparação. Art. 4o Exceto nos casos do art. 3o, somente será admitido recurso contra a sentença. O prazo do Agravo de Instrumento é de quinze dias, os quais são contados em dias úteis (Lembre-se que a Lei 13.728/2018 alterou a Lei 9.099/99, fazendo com que os prazos em sede de juizados passassem a ser contados em dias úteis.) Sabe-se que, por força do artigo 7º da Lei n° 12.153/09, esse prazo não é dobrado (Art. 7o Não haverá prazo diferenciado para a prática de qualquer ato processual pelas pessoas jurídicas de direito público, inclusive a interposição de recursos, devendo a citação para a audiência de conciliação ser efetuada com antecedência mínima de 30 (trinta) dias). Visto isso, como a intimação ocorreu no dia 12/09/16, segunda-feira, a contagem do prazo deve ser iniciada no próximo dia útil imediato, ou seja, 13/09/16, terça-feira. O prazo a ser considerado é o de 15 dias úteis, ficam excluídos sábados e domingos. Portanto, o vencimento do prazo ocorreu no dia 03/10/2016, segunda-feira. Assim, a alternativa B é correta e gabarito da questão. 4. (FUNDATEC/Prefeitura de Porto Alegre-RS - 2016) Em matéria de Juizados Especiais da Fazenda Pública (Lei nº 12.153/09), assinale a alternativa INCORRETA. a) A competência em razão do Juizado Especial da Fazenda Pública é absoluta. b) As autarquias, fundações e empresas públicas vinculadas a determinado Município podem ser partes como réus nos Juizados Especiais da Fazenda Pública. c) Nos Juizados Especiais da Fazenda Pública, não há prazo diferenciado para a prática de qualquer ato processual pelas pessoas jurídicas de direito público, salvo a interposição de recursos e a contestação. d) Não se incluem na competência do Juizado Especial da Fazenda Pública, as ações por improbidade administrativa, mandado de segurança, desapropriação e as demandas sobre direitos ou interesses difusos e coletivos. e) A entidade pública ré deverá fornecer ao Juizado a documentação de que disponha para o esclarecimento da causa, apresentando-a até o momento de instalação da audiência de conciliação. Comentários A alternativa A está correta, com base no art. 2º, §4º, da Lei nº 12.153/09: § 4o No foro onde estiver instalado Juizado Especial da Fazenda Pública, a sua competência é absoluta. A alternativa B está correta, pois se refere ao art. 5º, da referida Lei: Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br39471799600 - Naldira Luiza Vieria 126 170 Art. 5o Podem ser partes no Juizado Especial da Fazenda Pública: I – como autores, as pessoas físicas e as microempresas e empresas de pequeno porte, assim definidas na Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006; II – como réus, os Estados, o Distrito Federal, os Territórios e os Municípios, bem como autarquias, fundações e empresas públicas a eles vinculadas. A alternativa C está incorreta e é o gabarito da questão. De acordo com o art. 7º, da Lei dos Juizados Especiais da Fazenda Pública, não haverá prazo diferenciado para a prática de qualquer ato processual pelas pessoas jurídicas de direito público, inclusive a interposição de recursos, devendo a citação para a audiência de conciliação ser efetuada com antecedência mínima de 30 dias. A alternativa D está correta, segundo o §1º, do art. 2º, da referida Lei: § 1o Não se incluem na competência do Juizado Especial da Fazenda Pública: I – as ações de mandado de segurança, de desapropriação, de divisão e demarcação, populares, por improbidade administrativa, execuções fiscais e as demandas sobre direitos ou interesses difusos e coletivos; II – as causas sobre bens imóveis dos Estados, Distrito Federal, Territórios e Municípios, autarquias e fundações públicas a eles vinculadas; III – as causas que tenham como objeto a impugnação da pena de demissão imposta a servidores públicos civis ou sanções disciplinares aplicadas a militares. A alternativa E está correta, conforme estabelece o art. 9º, da Lei nº 12.153/09: Art. 9o A entidade ré deverá fornecer ao Juizado a documentação de que disponha para o esclarecimento da causa, apresentando-a até a instalação da audiência de conciliação. 5. (FUNDATEC/SISPREM-RS - 2015) Acerca do que estabelece a Lei dos Juizados Especiais da Fazenda Pública (Lei nº 12.153/2009), assinale a alternativa correta. a) Inclui-se na competência do Juizado Especial da Fazenda Pública as ações de mandado de segurança. b) Aplica-se a regra de prazos diferenciados para a prática de qualquer ato processual e para a interposição de recursos pelas pessoas jurídicas de direito público. c) Os representantes judiciais dos réus presentes à audiência não poderão conciliar, transigir ou desistir nos processos da competência dos Juizados Especiais, mesmo havendo previsão legal do respectivo ente da Federação. d) Nas causas de competência do Juizado Especial da Fazenda Pública, não se aplica a regra do reexame necessário. e) No foro onde estiver instalado o Juizado Especial da Fazenda Pública, a sua competência é relativa. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 127 170 ==1365fc== Comentários A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 2º, §1, I, da Lei nº 12.153/09, não se incluem, na competência do Juizado Especial da Fazenda Pública, as ações de mandado de segurança. § 1o Não se incluem na competência do Juizado Especial da Fazenda Pública: I – as ações de mandado de segurança, de desapropriação, de divisão e demarcação, populares, por improbidade administrativa, execuções fiscais e as demandas sobre direitos ou interesses difusos e coletivos; A alternativa B está incorreta. Com base no art. 7º, da referida Lei, não haverá prazo diferenciado para a prática de qualquer ato processual pelas pessoas jurídicas de direito público. Art. 7o Não haverá prazo diferenciado para a prática de qualquer ato processual pelas pessoas jurídicas de direito público, inclusive a interposição de recursos, devendo a citação para a audiência de conciliação ser efetuada com antecedência mínima de 30 (trinta) dias. A alternativa C está incorreta. Os representantes judiciais dos réus presentes à audiência poderão conciliar, transigir ou desistir nos processos da competência dos Juizados Especiais, mesmo havendo previsão legal do respectivo ente da Federação. Vejamos o art. 8º, da Lei dos Juizados Especiais da Fazenda Pública: Art. 8o Os representantes judiciais dos réus presentes à audiência poderão conciliar, transigir ou desistir nos processos da competência dos Juizados Especiais, nos termos e nas hipóteses previstas na lei do respectivo ente da Federação. A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, pois se refere ao art. 11, da referida Lei: Art. 11. Nas causas de que trata esta Lei, não haverá reexame necessário. A alternativa E está incorreta. O art. 2º, §4º, da Lei nº 12.153/09, prevê que, no foro onde estiver instalado o Juizado Especial da Fazenda Pública, a sua competência é absoluta, e não relativa. § 4o No foro onde estiver instalado Juizado Especial da Fazenda Pública, a sua competência é absoluta. 6. (PUC-PR/Prefeitura de Maringá-PR - 2015) Sobre os Juizados Especiais da Fazenda Pública, instituídos pela Lei n.º 12.153/2009, é CORRETO afirmar: a) Admite-se a atuação de juízes leigos nos Juizados Especiais da Fazenda Pública. b) Nas causas sujeitas aos Juizados Especiais da Fazenda Pública haverá reexame necessário. c) Os representantes judiciais dos réus presentes à audiência poderão livremente conciliar, transigir ou desistir nos processos da competência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública, independentemente dos termos e hipóteses previstas na lei do respectivo ente da Federação. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 128 170 d) Não haverá prazo diferenciado para a prática de qualquer ato processual pelas pessoas jurídicas de direito público, ressalvada a interposição de recurso contra a sentença, caso em que o prazo será contado em dobro. e) Caberá pedido de uniformização de interpretação da lei quando houver divergência entre decisões proferidas por Turmas Recursais sobre questões de direito processual e de direito material. Comentários A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, conforme prevê o art. 15, da Lei nº 12.153/09: Art. 15. Serão designados, na forma da legislação dos Estados e do Distrito Federal, conciliadores e juízes leigos dos Juizados Especiais da Fazenda Pública, observadas as atribuições previstas nos arts. 22, 37 e 40 da Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995. A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 11, da Lei dos Juizados Especiais da Fazenda Pública, nas causas sujeitas aos Juizados Especiais da Fazenda Pública não haverá reexame necessário. A alternativa C está incorreta. Com base no art. 8º, da referida Lei, os representantes judiciais dos réus presentes à audiência poderão conciliar, transigir ou desistir nos processos da competência dos Juizados Especiais, nos termos e nas hipóteses previstas na lei do respectivo ente da Federação. A alternativa D está incorreta. Segundo o art. 7º, da Lei nº 12.153/09, não haverá prazo diferenciado para a prática de qualquer ato processual pelas pessoas jurídicas de direito público, inclusive a interposição de recursos, devendo a citação, para a audiência de conciliação, ser efetuada com antecedência mínima de 30 dias. A alternativa E está incorreta. O art. 18, da referida Lei, estabelece que caberá pedido de uniformização de interpretação de lei quando houver divergência entre decisões proferidas por Turmas Recursais sobre questões de direito material. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 129 170 LISTA DE QUESTÕES 1. (CESPE/TJ-PR - 2017) Jorge ajuizou ação no juizado especial cível, com o objetivo de receber indenização no valor de vinte mil reais por dano causado por pessoa jurídica. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta. a) Havendo necessidade de expedição de carta precatória,Jorge deverá custear despesa de cumprimento. b) A competência para julgar o processo será deslocada em caso de necessidade de desconsideração da personalidade jurídica da empresa ré. c) A extinção do processo por ausência de Jorge em audiência dependerá de sua prévia intimação pessoal. d) A ausência de contestação, ainda que a empresa ré esteja presente na audiência de conciliação, acarretará a revelia. 2. (CESPE/TJ-PR - 2017) A respeito da prova no juizado especial cível, assinale a opção correta de acordo com a Lei n.º 9.099/1995. a) É ônus da parte levar a testemunha à audiência, por não se aplicar a condução coercitiva. b) A prova pericial poderá ser realizada oralmente, mas o perito deverá entregar o laudo escrito logo após. c) Será válida prova testemunhal produzida por declaração escrita. d) Salvo a inspeção judicial, as provas terão de ser produzidas na audiência de instrução e julgamento. 3. (CESPE/TJ-CE - 2014) Benjamin ajuizou demanda no juizado especial cível contra seu vizinho, Teodoro, pretendendo obrigá-lo a dividir os custos do muro que construiu para separar as propriedades. Nenhuma das partes foi assistida por advogado na elaboração da inicial e da defesa, nem durante as audiências. O pedido foi julgado procedente. Teodoro, inconformado, protocolou recurso inominado no décimo quinto dia depois de sua regular intimação sobre a sentença. Com base na situação hipotética descrita, assinale a opção correta. a) Não há que se falar em pagamento de preparo recursal, pois no juizado especial não há pagamento de custas. b) Para proceder à interposição do recurso, foi necessário que Teodoro constituísse advogado. c) O recurso deve ser recebido no duplo efeito legal. d) O valor da causa pode ser de até quarenta salários mínimos, no caso. e) O recurso é tempestivo, mas será considerado deserto se o preparo não tiver sido pago. 4. (CESPE/TJ-RN - 2014) Acerca do procedimento dos juizados especiais estaduais, assinale a opção correta. a) A sentença condenatória que, proferida no âmbito dos juizados especiais cíveis, exceder o valor da alçada estabelecida na lei, em razão de atualização monetária e aplicação de juros legais, após o ajuizamento da ação, será ineficaz no que se refere à parte excedente. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 130 170 ==1365fc== b) Compete às turmas recursais o julgamento de ação rescisória contra decisão transitada em julgado proferida nos juizados especiais cíveis. c) O não comparecimento do demandado à audiência de conciliação ou de instrução e julgamento induz os efeitos da revelia, reputando-se verdadeiras as alegações contidas na petição inicial, de modo que se deve julgar procedente o pedido. d) No procedimento dos juizados especiais, o magistrado pode determinar a inversão do ônus da prova, em julgamento de equidade e com fundamento nas regras de experiência comum, se configurada a verossimilhança da alegação ou limitação do autor na produção da prova. e) No que diz respeito à audiência de instrução e julgamento, aplicam-se as normas do CPC relativas ao prazo de apresentação de quesitos e do rol de testemunhas, de modo a viabilizar a intimação pessoal, bem como a oportunizar à parte contrária eventual contradita, e a indicação de assistente técnico à prova pericial. 5. (CESPE/DPE-AL - 2017) Caso não seja cumprida voluntariamente sentença transitada em julgado no âmbito do juizado especial cível, a) o interessado deverá solicitar, por escrito, a execução da sentença, sendo necessária nova citação. b) o juiz determinará ao vencido o imediato cumprimento da sentença, sob pena de aplicação de multa diária. c) o juiz procederá, de ofício, à execução da sentença. d) proceder-se-á desde logo à execução mediante solicitação do interessado, que poderá ser verbal, dispensada nova citação. e) não será admitida a execução da sentença no próprio juizado. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 131 170 GABARITO 1. D 2. C 3. B 4. D 5. D Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 132 170 ==1365fc== LISTA DE QUESTÕES 1. (CONSULPLAN/TJ-MG - 2017) Segundo a Lei nº 9.099/1995, é correto afirmar: a) O Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de menor complexidade, cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo. b) As empresas públicas da União podem ser parte nos processos regulados por essa lei. c) Independentemente do valor da causa, as partes podem comparecer pessoalmente, sem assistência de advogado. d) O processo instaurar-se-á com a apresentação do pedido, que necessariamente deverá ser escrito, à Secretaria do Juizado. 2. (CONSULPLAN/TJ-MG - 2017) Na Seção V da Lei 9.099/1995, o pedido a) não poderá ter dispensado seu registro prévio, mesmo que compareçam ambas as partes. b) assim que registrado, a secretaria do juizado designará sessão de conciliação, a realizar-se no prazo de 20 (vinte) dias. c) poderá ser oral ou escrito. d) pode ser formulado de forma genérica quando for possível determinar, desde logo, a extensão das obrigações. 3. (CONSULPLAN/TJ-MG - 2017) Com relação ao acesso ao juizado especial, assinale a afirmação correta: a) Necessita do pagamento de custas em ambos os graus de jurisdição. b) Não há necessidade de preparo de recurso. c) A sentença de primeiro grau sempre condenará o vencido em custas e honorários de advogado. d) Em segundo grau, o recorrente vencido, pagará as custas e honorários de advogado. 4. (CONSULPLAN/TJ-MG - 2017) Considerando as disposições sobre os Juizados Especiais Cíveis, na Lei nº 9.099/1995, é correto afirmar: a) Para acesso ao Juizado Especial, em primeiro grau de jurisdição, a parte autora deverá providenciar o pagamento de custas, taxas ou despesas, que não excederão o valor de um salário-mínimo. b) A citação far-se-á por oficial de justiça, desde que expedido mandado ou carta precatória. c) A audiência de conciliação será conduzida pelo Juiz togado ou leigo ou por conciliador sob sua orientação. d) Os embargos de declaração não interrompem o prazo para a interposição de recurso. 5. (CONSULPLAN/TJ-MG - 2015) Sobre os princípios aplicáveis aos Juizados Especiais Cíveis, assinale a alternativa INCORRETA. a) O processo deve buscar, sempre que possível, a conciliação ou a transação. b) O processo orientar‐se‐á pelos critérios da oralidade, simplicidade, formalidade, economia processual e celeridade. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 133 170 c) O sistema dos Juizados Especiais busca a solução da causa no menor tempo possível e com o mínimo gasto para as partes. d) Classicamente, o princípio da oralidade tem como subprincípios o imediatismo, o da concentração, o da identidade física do juiz e o da irrecorribilidade das decisões interlocutórias. 6. (CONSULPLAN/TJ-MG - 2015) Nas causas previstas na Lei nº 9.099/1995, é competente o Juizado do Foro: a) Do lugar onde a obrigação deva ser satisfeita. b) Do domicílio do autor em caso de dívidas relativas a cheques. c) Do local do ato ou fato no caso de cobrança de dívidas em geral. d) Exclusivamente no local do domicílio do autor, nas ações de reparação de dano. 7. (CONSULPLAN/TJ-MG - 2015) Assinale a alternativa que contenha causa NÃO excluída da competência do Juizado Especial Cível. a) De natureza alimentar. b) Relativas a acidentes de trabalho. c) Que versemsobre revogação de doação. d) Relativas ao estado e capacidade das pessoas, ainda de que cunho patrimonial. 8. (CONSULPLAN/TJ-MG - 2015) Poderão ser parte no Juizado Especial Cível: a) As empresas públicas da União. b) As pessoas jurídicas de direito público. c) O preso, a massa falida e o insolvente civil. d) As pessoas jurídicas qualificadas como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público. 9. (CONSULPLAN/TJ-MG - 2015) Sobre o tratamento que a Lei nº 9.099/1995 dá às Provas, assinale a alternativa INCORRETA. a) O requerimento para intimação das testemunhas será apresentado à Secretaria, no mínimo, dez dias antes da audiência de instrução e julgamento. b) Não comparecendo a testemunha intimada, o juiz poderá determinar sua imediata condução, valendo‐se, se necessário, do concurso da força pública. c) No curso da audiência, poderá o juiz, de ofício ou a requerimento das partes, realizar inspeção em pessoas ou coisas, ou determinar que o faça pessoa de sua confiança, que lhe relatará informalmente o verificado. d) As testemunhas, até o máximo de três para cada parte, comparecerão à audiência de instrução e julgamento levadas pela parte que as tenha arrolado, independentemente de intimação, ou mediante esta, se assim for requerido. 10. (CONSULPLAN/TJ-MG - 2017) Sobre os Juizados Especiais Cíveis, instituídos pela Lei nº 9.099/95, é correto afirmar, EXCETO: a) As pessoas jurídicas qualificadas como organização da sociedade civil de interesse público, nos termos da Lei nº 9.790/99, são admitidas a propor ação perante o Juizado Especial. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 134 170 ==1365fc== b) A ação rescisória nas causas sujeitas ao procedimento instituído pela Lei nº 9.099/95 deve ser ajuizada no prazo de 02 (dois) anos a contar do trânsito em julgado da sentença ou acórdão. c) O réu, sendo pessoa jurídica ou titular de firma individual, poderá ser representado por preposto credenciado, munido de carta de preposição com poderes para transigir, sem haver necessidade de vínculo empregatício. d) Os atos processuais serão públicos e poderão realizar-se em horário noturno, conforme dispuserem as normas de Organização Judiciária. 11. (CONSULPLAN/TJ-MG - 2015) Quanto aos temas “Das Partes” e “Do Pedido”, nos processos relativos aos Juizados Especiais Cíveis, regulados pela Lei nº 9.099/1995, admitir‐se‐á: a) Assistência. b) Litisconsórcio. c) Reconvenção. d) Intervenção de terceiros. 12. (CONSULPLAN/EMBRAPA - 2007) Sobre o juizado especial cível, marque a alternativa INCORRETA: a) Não poderão ser partes no processo dos juizados especiais cíveis o incapaz, o preso, as pessoas jurídicas de direito público, as empresas públicas e sociedades de economia mista da União, a massa falida e o insolvente civil. b) É admissível, no processo dos juizados especiais cíveis, o litisconsórcio. c) Não se pronunciará qualquer nulidade sem que tenha havido prejuízo. d) Não se admite, no processo dos juizados especiais cíveis, a reconvenção. e) Os embargos de declaração serão interpostos por escrito ou oralmente, no prazo de cinco dias, contados da ciência da decisão. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 135 170 GABARITO 1. A 2. C 3. D 4. C 5. B 6. A 7. C 8. D 9. A 10. B 11. B 12. A Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 136 170 ==1365fc== LISTA DE QUESTÕES 1. (FCC/TJ-CE - 2022) De acordo com a Lei no 9.099/1995, nos Juizados Especiais Cíveis, (A) o processo será extinto com resolução de mérito se o autor deixar de comparecer à audiência de instrução e julgamento. (B) podem ser cumpridos os julgados do Juízo Comum que não excedam 40 salários mínimos. (C) a parte que houver optado pelo procedimento renuncia ao crédito que exceda 40 salários mínimos, inclusive na hipótese de conciliação. (D) pode o réu, na mesma peça ou em apartado à contestação, apresentar reconvenção, desde que fundada nos mesmos fatos que constituem objeto da controvérsia. (E) se o réu não comparecer à sessão de conciliação ou à audiência de instrução e julgamento, serão reputados verdadeiros os fatos alegados na inicial, salvo se o contrário resultar da convicção do juiz. 2. (FCC/TJ-CE - 2022) De acordo com a Lei no 9.099/1995, nos Juizados Especiais Cíveis, (A) far-se-á a citação por edital quando o réu se encontrar em local incerto e não sabido. (B) as partes não precisam ser assistidas por advogado, quer para propor ação como para recorrer. (C) não se admite a formulação de pedido genérico. (D) não podem postular, como parte, o incapaz, o preso, as pessoas jurídicas de direito público ou privado, as empresas públicas da União, a massa falida e o insolvente civil. (E) admitir-se-á o litisconsórcio. 3. (FCC/DPE-AM - 2018) Determinado Estado criou, para funcionarem no âmbito da Justiça estadual, juizados especiais, providos por juízes togados e leigos, com competência para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo. Criou, ainda, justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo voto direto, universal e secreto, com mandato de quatro anos e competência para celebrar casamentos, verificar, de ofício ou em face de impugnação apresentada, o processo de habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional. Nesse caso, foram criados em conformidade com a disciplina da matéria na Constituição Federal a) apenas os juizados especiais, já que a criação da justiça de paz é de competência da União. b) apenas a justiça de paz, já que a criação dos juizados especiais é de competência da União. c) os juizados especiais, em relação à matéria cível, apenas, e a justiça de paz, em relação à sua competência, mas não quanto à sua composição. d) tanto os juizados especiais quanto a justiça de paz. e) os juizados especiais, em relação à matéria penal, apenas, e a justiça de paz, em relação à sua composição, mas não quanto à sua competência. 4. (FCC/DPE-RS - 2018) Pedro, quando se dirigia para casa em sua bicicleta, restou atingido por uma bola de futebol oriunda da quadra esportiva ABC Esportes, pessoa jurídica, empresa de locação de quadras Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 137 170 esportivas, na qual locatários disputavam uma partida. Na ocasião, identificou-se que um dos integrantes da partida, João, num instante de raiva, chutou a bola para cima inadvertidamente, vindo o objeto, assim, a atingir Pedro. Em virtude disso, Pedro sofreu uma queda, causando danos a sua bicicleta, avaliados em R$ 700,00 (setecentos reais), além de ter sofrido uma fratura no braço esquerdo, despendendo R$ 2.000,00 (dois mil reais) em seu tratamento e ficando impossibilitado de disputar a final do campeonato de padel que disputaria no dia seguinte ao acidente. Diante de tais fatos, se a) ajuizada demanda em face da ABC Esportes no Procedimento Comum e verificada a hipótese de desconsideração da personalidade jurídica da ré, deverão seus sócios ser intimados para habilitação no feito no prazo de 10 dias. b) a ação restar ajuizada em face da ABC Esportes pelo Procedimento Comum, poderá a ré utilizar-se do instituto do chamamento ao processo em face de João, desde que entenda estarem presentes fundamentos para uma eventual ação regressiva em face desse. c) Pedro optar pelo ajuizamento de demanda no Juizado Especial Cível, nãohaverá impedimento legal para que se forme um litisconsórcio passivo entre ABC Esportes e João. d) João habilitar-se como assistente simples da ré ABC Esportes em demanda ajuizada por Pedro, estaria ele − João − impedido de discu r a jus ça da decisão após o trânsito em julgado da sentença exarada no processo, ainda que desconhecesse alegações ou provas que lhe eram favoráveis e que a ré ABC Esportes, por culpa, não tenha se utilizado. e) a ABC Esportes, em sendo demandada por Pedro, denunciar João à lide, mas vencer a demanda principal, o pedido de denunciação da lide não será examinado, não havendo ônus sucumbenciais entre denunciante e denunciado. 5. (FCC/TRF-5ªR - 2017) De acordo com a Lei n° 9.099 de 1995, o Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de menor complexidade, entre outras, as que NÃO excedam a a) dez vezes o salário mínimo. b) vinte vezes o salário mínimo. c) cinco vezes o salário mínimo. d) quarenta vezes o salário mínimo. e) duas vezes o salário mínimo. 6. (FCC/TJ-SC - 2015) Quanto aos recursos das sentenças nos Juizados Especiais Cíveis, é INCORRETO afirmar: a) caberão embargos de declaração quando houver obscuridade, contradição ou omissão. b) terão eles, em regra, efeito devolutivo e suspensivo c) as partes, na fase recursal, serão obrigatoriamente representadas por advogado. d) serão julgados por uma turma composta por três juízes togados, em exercício no primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede do Juizado. e) interpostos embargos de declaração, estes interromperão o prazo para recursos. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 138 170 7. (FCC/TJ-RR - 2015) Examine os enunciados seguintes, relativos aos processos em curso nos Juizados Especiais Cíveis: I. Em razão do princípio da celeridade, poderá ser realizada citação por edital ou por hora certa, mas o comparecimento espontâneo do réu suprirá a falta ou a nulidade do ato citatório. II. Caberão embargos de declaração quando, na sentença ou acórdão, houver obscuridade, contradição ou omissão. III. Na execução de título executivo extrajudicial, no valor de até quarenta salários mínimos, efetuada a penhora, o devedor será intimado a comparecer à audiência de conciliação, quando poderá oferecer embargos, por escrito ou verbalmente; em tal audiência buscar-se-á o meio mais rápido e eficaz para a solução do litígio, se possível com dispensa da alienação judicial. Está correto o que se afirma APENAS em a) I e II. b) II e III. c) I e III. d) I. e) II. 8. (FCC/TJ-PE - 2015) Em relação aos juizados especiais cíveis, é correto afirmar: a) os maiores e capazes poderão ser autores, independentemente de assistência por advogado, salvo para fins de conciliação, quando a assistência advocatícia é obrigatória. b) dadas sua menor complexidade e competência específica, não existe intervenção do Ministério Público nas causas nele em curso. c) o mandato ao advogado poderá ser verbal, inclusive quanto aos poderes especiais. d) nas causas de valor até vinte salários mínimos, as partes comparecerão pessoalmente, podendo ser assistidas por advogado; nas de valor superior, a assistência é obrigatória. e) admitir-se-á como forma de intervenção de terceiro somente a denunciação da lide, vedada a assistência litisconsorcial. 9. (FCC/TJ-GO - 2015) De acordo com a Lei no 9.099/1995, no âmbito dos Juizados Especiais Cíveis a) o juiz determinará a remessa dos autos ao juízo competente quando reconhecer a incompetência territorial. b) não podem ser parte, como autoras, as pessoas jurídicas, sem exceção. c) não se admitem, dentre outras, ações de natureza alimentar e quaisquer das modalidades de despejo. d) reputar-se-ão verdadeiros os fatos alegados na inicial se o demandado deixar de comparecer a quaisquer das audiências, de conciliação ou de instrução e julgamento, salvo se o contrário resultar da convicção do juiz. e) dispensa-se a assistência por advogado, em primeiro grau de jurisdição, independentemente do valor da causa. 10. (FCC/TJ-CE - 2014) Nos Juizados Especiais Cíveis, Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 139 170 ==1365fc== a) não se admitirá, no processo, qualquer forma de intervenção de terceiro, assistência ou litisconsórcio. b) nas ações para reparação de dano de qualquer natureza, o foro competente será sempre, e exclusivamente, o do domicílio do réu ou do local do ato ou fato. c) podem ser julgadas as causas cíveis de menor complexidade, entre elas as ações de despejo para uso próprio e as que não excedam a quarenta vezes o salário mínimo, inclusive as ações possessórias sobre bens imóveis, limitadas a esse valor. d) não poderão propor ações quaisquer pessoas jurídicas, o incapaz, o preso, a massa falida e o insolvente civil. e) o réu, sendo pessoa jurídica ou titular de firma individual, poderá ser representado por preposto credenciado, munido de carta de preposição com poderes para transigir, desde que possua vínculo empregatício com a pessoa jurídica. 11. (FCC/TRF-3ªR - 2014) Nos Juizados Especiais Cíveis, de acordo com a Lei no 9.099/95, a) a ação não poderá ser proposta no foro do domicílio do autor nas ações para reparação de dano de qualquer natureza. b) a prova oral será reduzida a escrito, quando houver requerimento nesse sentido de qualquer das partes. c) o juiz não poderá realizar inspeções em pessoas ou coisas. d) não se admitirá sentença condenatória por quantia ilíquida, ainda que genérico o pedido. e) o valor da causa deve corresponder à pretensão econômica no momento da execução da sentença. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 140 170 GABARITO 1. E 2. E 3. D 4. C 5. D 6. B 7. B 8. D 9. D 10. C 11. D Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 141 170 LISTA DE QUESTÕES 1. (FGV/TJ-AL - 2018) Quanto ao procedimento do Juizado Especial Cível, disciplinado pela Lei nº 9.099/95, é correto afirmar que: a) não é admissível o oferecimento de reconvenção; b) os incapazes podem figurar no polo ativo, embora não no passivo; c) independentemente do valor da causa, as partes podem litigar sem a assistência de advogado; d) não é admissível o litisconsórcio, tampouco o incidente de desconsideração da personalidade jurídica; e) o recurso interponível contra a sentença é automaticamente dotado de efeito suspensivo. 2. (FGV/TJ-PI - 2015) Sobre os Juizados Especiais Cíveis e da Fazenda Pública, é correto afirmar que: a) nos Juizados Especiais Cíveis e da Fazenda Pública, a competência é fixada pelo critério relativo do valor da causa; b) o incapaz não pode ser parte nos processos perante os Juizados Especiais Cíveis; c) nos Juizados Especiais da Fazenda Pública, somente será admitido recurso contra a sentença; d) nos Juizados Especiais Cíveis, apenas é possível a execução de seus próprios julgados; e) nos Juizados Especiais da Fazenda Pública, as pessoas jurídicas de direito público gozam de prazo em dobro para recorrer. 3. (FGV/TJ-PI - 2015) Os Juizados Especiais são previstos pela Constituição, em seu art. 98, I, como competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade. Segundo a Lei nº 9.099/1995, o processo perante os Juizados Especiais Cíveis é orientado, dentre outros, pelo seguinte princípio: a) escritura; b) desconcentração dos atos processuais; c) oralidade; d) formalidade;e os respectivos fundamentos. - A ação de arbitramento de honorários advocatícios se diferencia da ação de cobrança de tais honorários. Nesta, o valor a ser perseguido já se encontra definido, restando apenas a condenação do réu ao seu pagamento. Naquela, porém, apenas o direito aos honorários 1 REsp 633.514/SC, Rel. Ministro Humberto Gomes de Barros, Rel. p/ Acórdão Ministra Nancy Andrighi, 3ª Turma, DJ 17/09/2007. JEC facultativo art. 3º, §3º, da Lei nº 9.099/1995 Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 11 170 está estabelecido, restando dar a corpo esse direito, o que se faz, muitas vezes, mediante perícia. - A ação de arbitramento, portanto, não se confunde com a ação de cobrança, de modo que ela não encontra previsão no art. 275, inc. II, do CPC. Disso decorre que não há previsão expressa da competência do Juizado Especial para julgar essa causa. Além disso, a provável necessidade de perícia torna o procedimento da ação de arbitramento incompatível com a disciplina dos Juizados Especiais, destinados ao julgamento de causas de pequena complexidade. Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa parte, provido. Essa faculdade, contudo, traz uma consequência importante. Feita a opção pelo JEC, caso a condenação supere o montante fixado para o Juizado, a parte, no momento da opção, renuncia ao valor excelente, no caso, ao valor que exceder a 40 salários mínimos. Para os Juizados Especiais de Fazenda Pública e Federais, o rito é obrigatório para as ações que não ultrapassarem o limite de 60 salários mínimos. Assim, se a parte ingressar com uma ação cujo valor superar o montante de 60 salários mínimos, temos situação de incompetência, não de renúncia. Nesse caso, dada a incompetência legal do juizado, o processo deverá ser remetido para o Poder Judiciário Comum, estadual ou federal, a depender do caso. APLICABILIDADE DO CPC AOS JUIZADOS Discute-se a aplicação das regras do CPC aos Juizados. A rigor, o CPC aplica-se de forma subsidiária. Não aplicamos o CPC se houver regra prevista no sistema. Em princípio, todas as normas são aplicadas, exceto naquilo que divergir. O problema reside em institutos novos estabelecidos no CPC, sem qualquer previsão no CPC. De acordo com o Enunciado 161 do FONAJE: Enunciado 161 FONAJE JEFP obrigatório art. 4º da Lei nº 12.153/2009 JEF obrigatório art. 22 da Lei nº 153/2009 Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 12 170 Considerado o princípio da especialidade, o CPC/2015 somente terá aplicação ao Sistema dos Juizados Especiais nos casos de expressa e específica remissão ou na hipótese de compatibilidade com os critérios previstos no art. 2º da Lei 9.099/95. A partir desse enunciado, aplicam-se as regras do CPC apenas se: houver expressa e específica remissão no Código, tal como temos no art. 985, I, do CPC; ou na hipótese de compatibilidade com os princípios que informam a Lei do JEC. No que se refere a essa questão da compatibilidade, havia uma contenda específica em relação à contagem dos prazos nos Juizados em dias úteis ou não que gerava uma grande discussão. Havia, por exemplo, um entendimento do FONAJE no sentido de que não se aplicava a contagem do prazo em dias úteis no âmbito dos Juizados: Enunciado 165 FONAJE Nos Juizados Especiais Cíveis, todos os prazos serão contados de forma contínua. E, por outro lado, havia um entendimento da ENFAM que interpretava o contrário: Enunciado ENFAM 45: A contagem dos prazos em dias úteis (art. 219 do CPC/2015) aplica-se ao sistema de juizados especiais. Hoje, essa contenda não persiste mais, por conta da Lei n. 13.728, de 2018, que acrescentou o art. 12-A à Lei n. 9.099/1995. Confiram: Art. 12-A. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, para a prática de qualquer ato processual, inclusive para a interposição de recursos, computar-se-ão somente os dias úteis. (Incluído pela Lei nº 13.728, de 2018) Mas ela ainda serve para ilustrar como essas questões, aparentemente, tão simples podem levar a resultados tão distintos. JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS Competência Quanto ao cabimento da ação no JEC, temos que conhecer o art. 3º abaixo descrito: Art. 3º O Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de menor complexidade, assim consideradas: Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 13 170 I - as causas cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo; II - as enumeradas no art. 275, inciso II, do Código de Processo Civil; III - a ação de despejo para uso próprio; IV - as ações possessórias sobre bens imóveis de valor não excedente ao fixado no inciso I deste artigo. § 1º Compete ao Juizado Especial promover a execução: I - dos seus julgados; II - dos títulos executivos extrajudiciais, no valor de até quarenta vezes o salário mínimo, observado o disposto no § 1º do art. 8º desta Lei. § 2º Ficam EXCLUÍDAS da competência do Juizado Especial as causas de natureza alimentar, falimentar, fiscal e de interesse da Fazenda Pública, e também as relativas a acidentes de trabalho, a resíduos e ao estado e capacidade das pessoas, ainda que de cunho patrimonial. § 3º A opção pelo procedimento previsto nesta Lei importará em renúncia ao crédito excedente ao limite estabelecido neste artigo, excetuada a hipótese de conciliação. A partir desse dispositivo, podemos fixar vários critérios de competência dos Juizados Especiais Cíveis: Critério valorativo São de competência do JEC as causas de menor complexidade que não atingirem valor superior a 40 salários mínimos, lembrando da renúncia quanto ao valor excedente. Devemos conhecer, ainda, alguns enunciados do FONAJE: Enunciado 87 FONAJE A Lei nº 10.259/2001 não altera o limite da alçada previsto no artigo 3°, inciso I, da Lei nº 9099/1995. Enunciado 133 FONAJE Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 14 170 O valor de alçada de 60 salários mínimos previsto no artigo 2º da Lei nº 12.153/09, não se aplica aos Juizados Especiais Cíveis, cujo limite permanece em 40 salários mínimos. Enunciado 144 FONAJE A multa cominatória não fica limitada ao valor de 40 salários mínimos, embora deva ser razoavelmente fixada pelo Juiz, obedecendo ao valor da obrigação principal, mais perdas e danos, atendidas as condições econômicas do devedor. Critério material Serão processados perante os juizados as causas atinentes ao procedimento sumário. Aqui, cuidado! Embora revogado o CPC73, devemos seguir as hipóteses do art. 275, mesmo agora na vigência do CPC. Portanto, são da competência dos Juizados Especiais as seguintes ações. Nesse contexto, veja o que diz o art. 1.063, do CPC: Art. 1.063. Até a edição de lei específica, os juizados especiais cíveis previstos na Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995, continuam competentes para o processamento e julgamento das causas previstas no art. 275, inciso II, da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973. Assim: É COMPETÊNCIA MATERIAL DO JEC: o arrendamento rural e de parceria agrícola o cobrança ao condômino de quaisquer quantias devidas ao condomínio o ressarcimento por danos em prédio urbano ou rústico o ressarcimento por danos causados em acidente de veículo de via terrestre o cobrança de seguro, relativamente aos danos causados em acidente de veículo, ressalvados os casos de processo de execução o cobrança de honorários dos profissionaise) não imediação na produção probatória. 4. (FGV/TJ-RO - 2015) Sobre os Juizados Especiais Cíveis, é correto afirmar que: a) pode figurar como parte do processo o menor absolutamente incapaz, desde que representado por um dos pais ou pelo tutor; b) são admissíveis apenas as modalidades voluntárias de intervenção de terceiro; c) é admissível a reconvenção, desde que tenha por objeto pedido relativo a quantia não excedente a quarenta vezes o salário mínimo; d) os recursos, em regra, têm efeitos devolutivo e suspensivo; e) a incompetência territorial dá azo à extinção do feito sem resolução do mérito. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 142 170 ==1365fc== 5. (FGV/TJ-SC - 2015) Julia, médica, propôs oralmente uma ação de indenização perante o Juizado Especial Civil de seu domicílio, sem advogado, postulando a condenação da Empresa X ao pagamento de 30 salários-mínimos pelos danos extrapatrimoniais sofridos. Essa causa não pode ser julgada no mérito, pois a demanda: a) não pode ser proposta oralmente; b) deve ser proposta no domicílio do réu; c) não pode ser proposta sem assistência de um advogado; d) deve ser proposta em face de pessoas naturais; e) deve se limitar à indenização por danos materiais. 6. (FGV/TJ-BA - 2015) Nos Juizados Especiais existem regras processuais que excepcionam as regras previstas no Código de Processo Civil. Nesse sentido, sobre as comunicações processuais nos Juizados Especiais Cíveis, é correto afirmar que é dispensada: a) a intimação da parte que muda de endereço sem comunicar previamente ao juízo; b) a intimação das testemunhas arroladas pela parte autora até 5 dias antes da audiência; c) a intimação pela imprensa oficial dos atos praticados em audiência; d) a publicação do edital em jornais de grande circulação na hipótese de citação por edital; e) a intimação prévia da data da sessão de julgamento na turma recursal. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 143 170 GABARITO 1. A 2. B 3. C 4. E 5. C 6. C Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 144 170 LISTA DE QUESTÕES 1. (VUNESP/TJ-AC - 2019) O Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de menor complexidade. No que concerne ao procedimento do Juizado Especial Cível, regrado pelos termos da Lei Federal nº 9.099/95, é certo que (A) na contagem de prazo em dias, fixados pelo Juiz, para a prática de qualquer ato processual, computar-- se-ão somente os dias úteis. (B) contra a sentença caberá recurso ordinário no prazo de 15 (quinze) dias. (C) a citação do réu far-se-á, necessariamente, por correspondência, com aviso de recebimento em mão própria. (D) o réu, sendo pessoa jurídica, poderá ser representado por preposto credenciado, munido de carta de preposição com poderes para transigir, desde que tenha vínculo empregatício. 2. (VUNESP/TJ-MT - 2018) Com relação aos Juizados Especiais, assinale a alternativa correta. (A) Não poderão ser partes o incapaz, o preso, a massa falida, o insolvente civil e as sociedades de crédito ao microempreendedor. (B) Os atos processuais serão públicos e poderão realizar-se em horário noturno, conforme dispuserem as normas de organização judiciária. (C) É admissível a denunciação da lide àquele que estiver obrigado, por lei ou contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo. (D) É cabível o incidente de uniformização de jurisprudência quando houver divergência entre as decisões proferidas por Turmas Recursais sobre questões de direito processual. (E) No Juizado Especial Cível, a decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando se verificar que foi proferida por força de prevaricação, concussão ou corrupção do juiz. 3. (VUNESP/TJSP - 2018) Serão admitidos(as) a propor ação perante o Juizado Especial Cível regido pela Lei no 9.099/95: a) as pessoas jurídicas qualificadas como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público. b) as sociedades de economia mista, por serem pessoas de direito privado. c) os incapazes, devidamente representados por procuração, por instrumento público. d) as pessoas enquadradas como microempreendedores individuais, cujo empreendedor individual tenha renunciado ao direito próprio. e) os insolventes civis, ante sua hipossuficiência devidamente comprovada. 4. (VUNESP/TJ-SP - 2017) Sobre o que dispõe a Lei n° 9.099/95, é correto afirmar: a) Nas causas de valor de até vinte salários-mínimos, as partes comparecerão pessoalmente, podendo ser assistidas por advogado; nas causas entre 20 e 40 salários-mínimos, a assistência de advogado é obrigatória. b) O menor de dezoito anos poderá ser autor, independentemente de assistência, inclusive para fins de conciliação. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 145 170 c) Nos procedimentos que tramitam perante os Juizados Especiais Cíveis, o réu, sendo pessoa jurídica ou titular de firma individual, poderá ser representado por preposto credenciado, munido de carta de preposição com poderes para transigir, havendo necessidade de vínculo empregatício. d) Dentre os meios de citação possíveis no âmbito dos Juizados Especiais, incluem-se: carta, oficial de justiça, edital e meios eletrônicos. e) Registrado o pedido, após distribuição e autuação, a Secretaria do Juizado designará a sessão de conciliação, a realizar-se no prazo de quinze dias. 5. (VUNESP/TJ-MS - 2015) No que se refere à intervenção do advogado nos Juizados Especiais Cíveis, é correto afirmar que a) nas causas de valor superior a cinco vezes o salário- mínimo, a assistência de advogado é obrigatória. b) nas causas de valor até dez salários-mínimos, as partes comparecerão pessoalmente, podendo ser assistidas por advogado; nas de valor superior, a assistência é obrigatória. c) nas causas de valor até vinte salários-mínimos, as partes comparecerão pessoalmente, podendo ser assistidas por advogado; nas de valor superior, a assistência é obrigatória. d) não é obrigatória a assistência de advogado em qualquer hipótese, com fundamento no princípio da informalidade. e) não é obrigatória a assistência de advogado em qualquer hipótese, com fundamento no princípio do acesso à justiça. 6. (VUNESP/TJ-MS - 2015) Na execução, processada nos Juizados Especiais Cíveis, não serão contadas custas, salvo quando a) procedentes os embargos do devedor. b) improcedentes os embargos do devedor. c) procedentes os embargos do devedor em face da Fazenda Pública. d) afastada a litigância de má-fé. e) se tratar de execução de sentença que tenha sido objeto de recurso provido do devedor. 7. (VUNESP/PC-CE - 2015) De acordo com a Lei no 9.099/95, que dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis, assinale a alternativa correta. a) Os incapazes não podem ser parte nas ações que tramitam perante o Juizado Especial Cível. b) Têm competência para processar e julgar causas que não excedam 60 (sessenta) vezes o salário-mínimo. c) É dispensável o comparecimento da parte autora na audiência de conciliação. d) É indispensável a assistência da parte por advogado, independentemente do valor da causa. e) Os microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte não podem propor ação perante o Juizado Especial Cível. 8. (VUNESP/TJ-RJ - 2014) Nos Juizados Especiais Cíveis, decretada a falência da demandada, a) os autos serão remetidos ao Juízo em que estiver tramitandoa falência. b) o processo será extinto sem resolução do mérito. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 146 170 c) o processo ficará suspenso até a citação da massa falida, na pessoa de seu administrador judicial. d) o processo prosseguirá, sem solução de continuidade, em face da massa falida. e) os autos serão distribuídos à vara cível da mesma comarca, observando-se o procedimento comum. 9. (VUNESP/TJ-RJ - 2014) Assinale a alternativa que aponta causa de competência do Juizado Especial Cível. a) Ação de despejo para uso próprio. b) Ação monitória, cujo valor não supere 40 salários mínimos. c) Ação de despejo por falta de pagamento, cumulada com cobrança, cujo valor não supere 40 salários mínimos. d) Ação revisional de aluguel. e) Ação coletiva, cujo valor não supere 40 salários mínimos. 10. (VUNESP/TJ-RJ - 2014) Nos Juizados Especiais Cíveis, sobre a assistência por advogado, pode-se afirmar que a) o mandato conferido ao advogado pela parte deve ser escrito, na forma de procuração. b) não cabe ao juiz alertar as partes da conveniência do patrocínio por advogado, mesmo quando a causa o recomendar. c) se uma das partes estiver representada por advogado, a outra não poderá recusar assistência judiciária. d) a assistência obrigatória tem lugar a partir da fase instrutória, não se aplicando para a formulação do pedido e a sessão de conciliação. e) a assistência é obrigatória na audiência de instrução, seja qual for o valor da causa. 11. (VUNESP/PC-SP - 2014) Segundo a Lei n.º 9.099/95, são orientadores do processo em trâmite perante o Juizado Especial, os critérios da: a) oralidade, informalidade, simplicidade, seletividade e impessoalidade. b) informalidade, oralidade, economia processual, celeridade e simplicidade. c) impessoalidade, simplicidade, abstração, formalidade e economia processual. d) fungibilidade, informalidade, abstração, simplicidade e economia processual. e) simplicidade, oralidade, formalidade, impessoalidade e celeridade. 12. (VUNESP/TJ-SP - 2013) Sobre o processamento das ações perante os juizados especiais cíveis, é correto afirmar que: a) a competência está limitada a 40 (quarenta) salários-mínimos, teto esse que não poderá ser excedido ainda que se trate de hipótese de solução de demanda por acordo. b) a oposição de embargos de declaração contra a sentença interrompe o prazo para interposição de recurso inominado. c) em caso de títulos executivos extrajudiciais, o valor poderá ultrapassar 40 (quarenta) salários-mínimos. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 147 170 ==1365fc== d) contra os acórdãos do colégio recursal não cabe recurso extraordinário, ainda que a parte esteja acompanhada de advogado. e) se admite, no processo, o litisconsórcio, a assistência e a intervenção fundada em contrato de seguro. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 148 170 GABARITO 1. A 2. B 3. A 4. A 5. C 6. B 7. A 8. B 9. A 10. D 11. B 12. B Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 149 170 LISTA DE QUESTÕES 1. (CEBRASPE/PGM-Manaus - 2018) Considerando o disposto na lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais e na Lei dos Juizados especiais da Fazenda Pública, julgue os itens que se segue. Nas ações que tramitarem nos juizados especiais cíveis, não poderão ser partes do processo às pessoas jurídicas de direito público, as empresas públicas da União, a massa falida, insolvente civil, o preso e o incapaz. 2. (CEBRASPE/PGM-Manaus - 2018) Considerando o disposto na lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais e na Lei dos Juizados especiais da Fazenda Pública, julgue os itens que se segue. Nas causas cíveis de menor complexidade, os embargos de declaração opostos contra sentença interrompem o prazo para interposição de recurso. 3. (CS-UFG/TJ-GO - 2017) Os juízes leigos são considerados auxiliares da Justiça e a) são recrutados, preferencialmente, entre advogados, com mais de três anos de atividade profissional. b) são impedidos de exercer a advocacia de maneira geral, enquanto permanecerem na função. c) podem conduzir audiência de conciliação, bem como instruir o processo, desde que mediante a supervisão de um juiz togado. d) são previstos na Constituição, que estabelece a sua implantação nos juizados especiais de todo Brasil até o ano de 2020. e) podem decidir o conflito, quando as partes optarem por resolver o conflito pela solução arbitral. 4. (CS-UFG/TJ-GO - 2017) A legitimidade ativa nos juizados especiais cíveis é limitada pela Lei n. 9.099, podendo demandar como autores nesta esfera a) as empresas de grande porte, desde que deferido o processamento de recuperação judicial. b) as microempresas e as empresas de pequeno porte. c) as pessoas jurídicas constituídas sem fins lucrativos, independentemente de sua finalidade. d) os menores ou incapazes, desde que devidamente representados ou assistidos. e) os insolventes civis, quando o montante de suas dívidas não ultrapassar 40 salários mínimos. 5. (CS-UFG/TJ-GO - 2017) B.C. ajuizou ação de cobrança em face de R.K, perante um juizado especial cível, visando o recebimento de R$ 15.000,00 (quinze mil reais) que havia emprestado. A audiência de conciliação foi designada para o dia 16 de agosto de 2017, sendo que R.K: a) poderá ausentar-se desde que seu advogado supra a sua ausência, restando assim afastada a hipótese de revelia. b) poderá, em comum acordo com B.C., manifestar desinteresse pela audiência de conciliação, caso em que esta será dispensada. c) sofrerá a penalidade de multa por ato atentatório à dignidade da justiça, caso não compareça, prosseguindo-se para a fase de instrução do processo. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 150 170 d) deverá comparecer, não podendo a sua ausência ser suprida pelo comparecimento de seu advogado, sob pena de revelia. e) poderá não comparecer, não se falando em revelia, caso seu advogado protocole contestação no prazo legal. 6. (CS-UFG/TJ-GO - 2017) Uma vez cientificado sobre a existência de ação perante os juizados especiais cíveis, é possível ao réu: a) oferecer contestação para impugnar os fatos trazidos pelo autor, devendo as exceções (incompetência, suspeição e impedimento) serem apresentadas em petição apartada. b) oferecer contestação, que deverá ser apresentada por escrito, até o início da audiência de instrução e julgamento. c) apresentar reconvenção, caso queira deduzir pleito condenatório ou constitutivo em face do autor. d) comparecer à audiência, sem oferecer contestação, o que implicará necessariamente na declaração de sua revelia. e) apresentar pedido contraposto, que poderá ter valor superior ao pedido inicial mesmo nas causas limitadas a 20 salários mínimos. 7. (CS-UFG/TJ-GO - 2017) Não obstante seja comum em sede de juizados especiais cíveis a distribuição dinâmica do ônus probatório, em princípio, as provas dos fatos incumbem a quem alega. Tendo em conta a instrução probatória neste tipo de procedimento, as partes: a) devem produzir todas as provas na audiência de instrução e julgamento, devendo estas ser requeridas com até cinco dias de antecedência. b) podem requerer, no curso da audiência, a realização de inspeção por pessoa da confiança do juiz, que lhe relatará informalmente o verificado. c) podem produzirprova pericial, desde que seja observado o prazo máximo 30 dias, devendo o laudo pericial ser apresentado em audiência. d) podem inquirir até duas testemunhas, cada, que comparecerão à audiência independente de intimação. e) devem produzir todos os tipos de provas orais, que deverão ser reduzidas a termo, mesmo quando a audiência for gravada. 8. (CS-UFG/TJ-GO - 2017) A sentença nos juizados especiais cíveis a) será irrecorrível, quando homologar laudo arbitral. b) trará um breve resumo dos fatos, estando dispensada a fundamentação. c) poderá ser ilíquida, nos casos de formulação de pedido genérico. d) poderá ser executada em vara comum, no tocante à parte da condenação excedente ao teto de competência dos juizados especiais. e) será recorrível por apelação, no prazo de 15 dias, quando extinguir o processo sem resolução de mérito. 9. (CS-UFG/TJ-GO - 2017) No âmbito dos juizados especiais cíveis, o sistema recursal é relativamente distinto do processo civil comum, cabendo a) apelação, no prazo de 15 dias, da sentença de primeiro grau. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 151 170 b) recurso especial, nas hipóteses descritas na Constituição, contra os acórdãos proferidos pelas turmas recursais. c) recurso extraordinário, nas hipóteses descritas na Constituição, contra os acórdãos proferidos pelas turmas recursais. d) recurso inominado em face da sentença de primeiro grau, sendo dispensados a assistência de advogado e o preparo recursal. e) recurso inominado em face da sentença de primeiro grau, julgado pelo Tribunal de Justiça do Estado. 10. (OBJETIVA/SAMAE de Jaguariaíva-PR - 2016) Quanto aos Juizados Especiais Cíveis, conforme disposto na Lei nº 9.099/95, analisar os itens abaixo: I - As testemunhas, até o máximo de três para cada parte, comparecerão à audiência de instrução e julgamento levadas pela parte que as tenha arrolado, independentemente de intimação, ou mediante esta, se assim for requerido. II - Extingue-se o processo sem julgamento do mérito quando, falecido o autor, a habilitação depender de sentença ou não se der no prazo de 30 dias. III - Os embargos de declaração suspendem o prazo para a interposição de recurso. Estão CORRETOS: a) Somente os itens II e III. b) Somente os itens I e III. c) Somente os itens I e II. d) Todos os itens. 11. (UFMT/DPE-MT - 2016) Considerando o Sistema dos Juizados Especiais, tendo como norte a legislação vigente, marque V para as assertivas verdadeiras e F para as falsas. ( ) No sistema do Juizado Especial da Lei nº 9.099/1995, os embargos de declaração interrompem o prazo para a interposição de recurso, nos termos dos artigos 50 e 83 do referido diploma legal. ( ) O Juizado Especial Cível (Lei nº 9.099/1995) apresenta-se como uma opção ao autor. Como regra, sua competência abarca as causas cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo e as ações possessórias sobre bens imóveis de valor não excedente a também quarenta vezes o salário mínimo. ( ) O Juizado Especial da Fazenda Pública (Lei nº 12.153/2009) ostenta competência absoluta, não opcional e de curso obrigatório. Como regra é competente para processar, conciliar e julgar causas cíveis de interesse dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, até o valor de 60 (sessenta) salários mínimos. ( ) Não é cabível ação rescisória no sistema do Juizado Especial Cível (Lei nº 9.099/1995). ( ) No âmbito do Juizado Especial Cível, é possível atacar decisão proferida pela Turma Recursal por meio de reclamação dirigida ao Superior Tribunal de Justiça, o que não ocorre no âmbito do Juizado da Fazenda Pública. Assinale a sequência correta. a) V, V, V, V, F b) F, V, V, F, V Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 152 170 ==1365fc== c) V, F, V, F, F d) V, V, F, V, V e) F, F, F, V, V 12. (MPE-SC/MPE-SC - 2016) No âmbito dos juizados especiais cíveis os embargos de declaração são oferecidos no prazo de cinco dias, contados da ciência da decisão e, uma vez recebidos, suspendem o prazo recursal. 13. (UFMT/TJ-MT - 2016) De acordo com Lei n.º 9.099, de 26 de setembro de 1995, Juizados Especiais cíveis, poderá propor ação no Juizado Especial: a) O microempreendedor. b) O Município. c) O preso. d) A massa falida. 14. (IBFC/MPE-SP - 2014) Com relação aos Juizados Especiais Cíveis e sua disciplina na Lei Federal n° 9.099/95, analise as assertivas, a seguir: I. Não se admite qualquer forma de intervenção de terceiros, nem de assistência. Todavia, admite-se o litisconsórcio. II. As pessoas jurídicas qualificadas, nos termos da lei, como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público poderão propor ação perante o Juizado Especial Cível. III. Nas causa de valor até trinta salários mínimos, as partes comparecerão pessoalmente, podendo ser assistidas por advogado; nas de valor superior, a assistência é obrigatória. IV. O Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis, cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo. Está CORRETO, apenas, o que se afirma em: a) I e II. b) I e IV. c) I, II e III. d) III e IV. e) I, II e IV. 15. (NC-UFPR/TJ-PR - 2013) Pedro, bacharel em direito, interpôs reclamação junto ao Juizado Especial Cível, no valor de vinte salários mínimos. Entretanto, por ser bacharel e se considerar um excelente aluno, recusou a assistência por advogado. Tendo como fundamento a Lei 9.099/95, é correto afirmar que: a) em nenhuma hipótese poderia postular junto ao Juizado Especial Cível sem ser assistido por advogado. b) em qualquer hipótese para postular junto ao Juizado Especial Cível deveria ser assistido por advogado. c) como era bacharel em direito, poderia recorrer, desde que assistido por advogado. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 153 170 d) em qualquer hipótese poderia postular junto ao Juizado Especial Cível sem ser representado por advogado, exceto para recorrer. 16. (IDECAN/PREF. LEOPOLDINA – 2016) Nos termos da Lei nº 9.099/95, o Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de menor complexidade, assim considerada(s): A) A ação de despejo para uso de terceiros. B) As causas cujo valor não exceda a 60 vezes o salário mínimo. C) As ações possessórias sobre bens imóveis de qualquer valor. D) As de cobrança ao condômino de valores devidos ao condomínio. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 154 170 GABARITO 1. CORRETA 2. CORRETA 3. E 4. B 5. D 6. E 7. B 8. A 9. C 10. C 11. A 12. INCORRETA 13. A 14. E 15. D 16. A Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 155 170 ==1365fc== LISTA DE QUESTÕES 1. (CESPE/PGE-PE - 2018) Observada a regra que determina que o valor da causa não pode ultrapassar o limite de sessenta salários mínimos, o juizado especial da fazenda pública possui competência para julgar a) ação civil pública para a tutela de direito difuso decorrente de dano ambiental simples. b) ação que tenha como objeto a impugnação da pena de demissão imposta a servidor civil. c) ação em que contribuinte questione a validade do lançamento de crédito tributário estadual. d) mandado de segurança contra ato praticado por servidor municipal em procedimento licitatório.e) ação proposta por particular para reivindicar bem imóvel de autarquia estadual. 2. (CESPE/DPE-AL - 2017) Acerca de formação de litisconsórcio, conflito de competência e prazo, assinale a opção correta à luz do entendimento dos tribunais superiores. a) Na hipótese de litisconsórcio ativo, o valor da causa para fins de fixação da competência do juizado especial federal deve ser calculado a partir da soma do valor pretendido por cada litisconsorte, soma esta que não poderá ultrapassar o patamar de sessenta salários mínimos. b) No caso de litisconsórcio unitário, a independência da atividade dos litisconsortes é plena. c) Suscitado o conflito de competência, a intervenção do Ministério Público, na qualidade de custos legis, é facultativa. d) Município demandado terá prazo em dobro somente para contestar e para recorrer. e) É competência absoluta dos juizados especiais da fazenda pública processar e julgar as causas de interesse dos estados, do Distrito Federal, dos territórios e dos municípios cujos valores não excedam sessenta salários mínimos, inexistindo impedimento à formação de litisconsórcio passivo do ente estatal com pessoa jurídica de direito privado. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 156 170 GABARITO 1. C 2. E Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 157 170 ==1365fc== LISTA DE QUESTÕES 1. (CONSULPLAN/TJ-MG - 2017) Segundo o que estabelece a Lei dos Juizados Especiais da Fazenda Pública (Lei nº 12.153/2009), analise as afirmativas abaixo: I. É de competência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública processar, conciliar e julgar causas cíveis de interesse dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, até o valor de 60 (sessenta) salários mínimos. II. A competência do Juizado Especial da Fazenda Pública é relativa. III. Podem ser partes no Juizado Especial da Fazenda Pública, como autores, os Estados, o Distrito Federal, os Territórios e os Municípios, bem como autarquias, fundações e empresas públicas a eles vinculadas. IV. Não se inclui na competência do Juizado Especial da Fazenda Pública as ações de mandado de segurança. Esta correto o que se afirma em: a) Todas as afirmativas são verdadeiras. b) Apenas as afirmativas I e III são verdadeiras. c) Apenas a afirmativa II é falsa. d) Apenas as afirmativas I e IV são verdadeiras. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 158 170 GABARITO 1. D Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 159 170 ==1365fc== LISTA DE QUESTÕES 1. (FCC/PGE-RN - 2014) É proposição correta a respeito do Juizado Especial da Fazenda Pública: a) Não se admite recurso especial ou extraordinário no âmbito dos Juizados Especiais da Fazenda Pública. b) Não se admite, nos Juizados Especiais da Fazenda Pública, assim como no Juízo Comum, que o Estado realize transação, ante a indisponibilidade do interesse público. c) Compete aos Juizados Especiais da Fazenda Pública processar e julgar causas de até 40 salários mínimos, incluindo execuções fiscais. d) As pessoas jurídicas, incluindo as empresas de pequeno porte, não podem ser autoras em processos nos Juizados Especiais da Fazenda Pública. e) O Juiz poderá, inclusive de ofício, deferir providências cautelares e antecipatórias no curso do processo, para evitar dano de difícil ou de incerta reparação. 2. (FCC/AL-MS - 2017) Sobre o Juizado Especial da Fazenda Pública, a Lei n° 12.153/2009 dispõe que a) são processadas no âmbito do Juizado Especial da Fazenda Pública as execuções fiscais de até sessenta salários mínimos. b) podem ser parte, no Juizado Especial da Fazenda pública, como autores, as pessoas físicas e as microempresas e empresas de pequeno porte, e, como réus, os Estados, o Distrito Federal, os Territórios e os Municípios, bem como autarquias, fundações e empresas públicas a eles vinculadas. c) é relativa a competência do Juizado Especial da Fazenda Pública nos foros em que estiver instalado. d) é defeso aos representantes judiciais dos réus, no Juizado Especial da Fazenda Pública, conciliar, transigir ou desistir dos processos. e) a Fazenda Pública possui prazo diferenciado para a prática dos atos processuais no âmbito do Juizado Especial da Fazenda Pública. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 160 170 ==1365fc== GABARITO 1. E 2. B Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 161 170 LISTA DE QUESTÕES 1. (FGV/TJ-SC - 2015) Nos Juizados Especiais da Fazenda Pública, podem ser propostas demandas: a) que versem sobre direitos ou interesses difusos e coletivos; b) cujos valores sejam acima de 60 salários-mínimos; c) que tratem de bens imóveis pertencentes aos municípios; d) onde sejam impugnadas sanções disciplinares aplicadas a militares; e) que contenham pedidos de providências antecipatórias. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 162 170 GABARITO 1. E Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 163 170 LISTA DE QUESTÕES 1. (VUNESP/PGM-São Bernardo - 2018) Os Juizados Especiais da Fazenda Pública são disciplinados pela Lei no 12.153/2009. Com relação aos órgãos e aos procedimentos judiciais regulamentados por tal diploma legal, é correto afirmar que (A) são incompetentes para processar e julgar Mandado de Segurança. (B) são competentes para processar e julgar causas de até 40 (quarenta) salários-mínimos. (C) é incabível deferimento de provimento cautelar. (D) é concedido prazo em dobro para manifestação da Fazenda Pública. (E) as sentenças desfavoráveis à Fazenda Pública estão sujeitas ao reexame necessário. 2. (VUNESP/Prefeitura de Sorocaba - 2018) Acerca dos juizados especiais da Fazenda Pública, assinale a alternativa correta. (A) Desapropriações, cujo valor do imóvel for inferior a 60 (sessenta) salários-mínimos, poderão ser processadas perante o juizado especial da Fazenda Pública. (B) Não haverá reexame necessário no procedimento dos juizados especiais da Fazenda Pública. (C) A competência, no foro onde estiver instalado Juizado Especial da Fazenda Pública, é relativa, podendo as partes optar pelo procedimento comum, perante a Justiça Estadual ou Federal. (D) No âmbito dos juizados especiais da Fazenda Pública, salvo expressa autorização legislativa, é vedado o deferimento de quaisquer providências cautelares e antecipatórias no curso do processo. (E) O prazo em dobro para a Fazenda Pública é aplicável no procedimento dos juizados especiais da Fazenda Pública. 3. (VUNESP/TJSP - 2018) Diante do que prevê a Lei que regulamenta o Juizado Especial da Fazenda Pública, é correto afirmar: a) O pagamento de obrigação de pequeno valor deverá ser feito no prazo máximo de 90 dias a contar da entrega da requisição do juiz. b) O juiz poderá, de ofício, deferir providências cautelares e antecipatórias, para evitar dano de difícil ou de incerta reparação. c) Os representantes judiciaisdos réus presentes à audiência não poderão conciliar ou transigir. d) Sendo o caso, haverá reexame necessário. e) Da sentença caberá apelação, não se admitindo agravo de instrumento por vedação legal. 4. (VUNESP/PGM-SP - 2014) Assinale a alternativa correta acerca do Juizado Especial da Fazenda Pública. a) Não podem ser ajuizadas perante o Juizado Especial da Fazenda Pública causas cujo valor supere 40 salários-mínimos. b) Admite-se a interposição de mandado de segurança perante o Juizado Especial da Fazenda Pública, desde que respeitado o valor limite de sua competência. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 164 170 c) Todas as sentenças estão sujeitas a reexame necessário pela Turma Recursal. d) No foro onde estiver instalado, sua competência é absoluta. e) O prazo para recorrer da sentença será contado em dobro quando o recorrente for pessoa jurídica de direito público. 5. (VUNESP/IPSM - 2018) Podem ser de competência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública as causas que versem sobre a) direitos ou interesses difusos e coletivos. b) a impugnação da pena de demissão imposta a servidores públicos civis. c) sanções disciplinares aplicadas a militares. d) determinação de obrigação de fazer. e) divisão e demarcação. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 165 170 ==1365fc== GABARITO 1. A 2. B 3. B 4. D 5. D Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 166 170 LISTA DE QUESTÕES 1. (CEBRASPE/PGM-Manaus - 2018) Considerando o disposto na lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais e na Lei dos Juizados especiais da Fazenda Pública, julgue os itens que se segue. As ações populares e as ações de divisão e demarcação de terras não são abarcadas pela competência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública, ainda que haja o interesse dos estados e que o valor das causas não exceda sessenta salários mínimos. 2. (PUC-PR/TJ-MS - 2017) Avalie as assertivas referentes aos juizados especiais da Fazenda Pública no âmbito dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios e, depois, assinale a alternativa CORRETA I. As pessoas jurídicas de direito público gozam de prazo diferenciado para a prática de qualquer ato processual, inclusive a interposição de recursos. II. É cabível o litisconsórcio ativo nos Juizados Especiais da Fazenda Pública. III. No foro onde estiver instalado Juizado Especial da Fazenda Pública, a sua competência é absoluta. IV. É cabível pedido de uniformização de interpretação de lei quando houver divergência entre decisões proferidas por Turmas Recursais sobre questões de direito material. V. É de competência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública processar, conciliar e julgar as causas sobre bens imóveis dos Estados, Distrito Federal, Territórios e Municípios, autarquias e fundações públicas a eles vinculadas. a) Apenas as assertivas I, II, III estão corretas. b) Apenas as assertivas I, III e IV estão corretas. c) Apenas as assertivas II, III e IV estão corretas. d) Apenas as assertivas II, IV e V estão corretas. e) Apenas as assertivas III, IV e V estão corretas. 3. (Prefeitura de Coqueiral – MG/Prefeitura de Coqueiral-MG - 2017) Um cidadão ingressou no Juizado Especial da Fazenda Pública requerendo que o Município fosse obrigado a lhe fornecer medicamentos de alto custo, conforme receita médica, e pediu tutela antecipada para que os medicamentos fossem fornecidos em 30 dias. A tutela antecipada foi deferida. O Município foi intimado da decisão que deferiu a tutela antecipada em 12/09/16 (Segunda-feira). Considerando que não houve feriado neste período e o mês de setembro é de 30 dias, o prazo para recorrer da tutela antecipada deferida termina em: a) 26/09/16 (segunda-feira). b) 03/10/16 (segunda-feira). c) 22/09/16 (quinta-feira). d) 10/10/16 (segunda-feira). 4. (FUNDATEC/Prefeitura de Porto Alegre-RS - 2016) Em matéria de Juizados Especiais da Fazenda Pública (Lei nº 12.153/09), assinale a alternativa INCORRETA. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 167 170 ==1365fc== a) A competência em razão do Juizado Especial da Fazenda Pública é absoluta. b) As autarquias, fundações e empresas públicas vinculadas a determinado Município podem ser partes como réus nos Juizados Especiais da Fazenda Pública. c) Nos Juizados Especiais da Fazenda Pública, não há prazo diferenciado para a prática de qualquer ato processual pelas pessoas jurídicas de direito público, salvo a interposição de recursos e a contestação. d) Não se incluem na competência do Juizado Especial da Fazenda Pública, as ações por improbidade administrativa, mandado de segurança, desapropriação e as demandas sobre direitos ou interesses difusos e coletivos. e) A entidade pública ré deverá fornecer ao Juizado a documentação de que disponha para o esclarecimento da causa, apresentando-a até o momento de instalação da audiência de conciliação. 5. (FUNDATEC/SISPREM-RS - 2015) Acerca do que estabelece a Lei dos Juizados Especiais da Fazenda Pública (Lei nº 12.153/2009), assinale a alternativa correta. a) Inclui-se na competência do Juizado Especial da Fazenda Pública as ações de mandado de segurança. b) Aplica-se a regra de prazos diferenciados para a prática de qualquer ato processual e para a interposição de recursos pelas pessoas jurídicas de direito público. c) Os representantes judiciais dos réus presentes à audiência não poderão conciliar, transigir ou desistir nos processos da competência dos Juizados Especiais, mesmo havendo previsão legal do respectivo ente da Federação. d) Nas causas de competência do Juizado Especial da Fazenda Pública, não se aplica a regra do reexame necessário. e) No foro onde estiver instalado o Juizado Especial da Fazenda Pública, a sua competência é relativa. 6. (PUC-PR/Prefeitura de Maringá-PR - 2015) Sobre os Juizados Especiais da Fazenda Pública, instituídos pela Lei n.º 12.153/2009, é CORRETO afirmar: a) Admite-se a atuação de juízes leigos nos Juizados Especiais da Fazenda Pública. b) Nas causas sujeitas aos Juizados Especiais da Fazenda Pública haverá reexame necessário. c) Os representantes judiciais dos réus presentes à audiência poderão livremente conciliar, transigir ou desistir nos processos da competência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública, independentemente dos termos e hipóteses previstas na lei do respectivo ente da Federação. d) Não haverá prazo diferenciado para a prática de qualquer ato processual pelas pessoas jurídicas de direito público, ressalvada a interposição de recurso contra a sentença, caso em que o prazo será contado em dobro. e) Caberá pedido de uniformização de interpretação da lei quando houver divergência entre decisões proferidas por Turmas Recursais sobre questões de direito processual e de direito material. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 168 170 GABARITO 1. CORRETA 2. C 3. B 4. C 5. D 6. A Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 169 170 ==1365fc==liberais, ressalvado o disposto em legislação especial o ações que versem sobre revogação de doação o demais casos previstos em lei Discute-se se, em relação às matérias, é necessário observar o valor máximo de 40 salários mínimos, ou independentemente do valor, essas ações, em razão da matéria, devem tramitar perante os Juizados. O entendimento predominante é no sentido de que, nas regras acima, o processo tramite perante os Juizados independentemente do valor. Veja o entendimento do FONAJE: Enunciado 58 FONAJE As causas cíveis enumeradas no art. 275 II, do CPC admitem condenação superior a 40 salários mínimos e sua respectiva execução, no próprio Juizado. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 15 170 Também se admite, pelo critério material, o trâmite pelos Juizados de ações despejo de imóvel para uso próprio conforme estabelece o inc. III, do art. 3º, da Lei nº 9.099/1996. Critério misto Será da competência dos Juizados Especiais Cíveis, para as ações possessórias sobre bens imóveis, de valor não superior a 40 salários mínimos. Temos, portanto, critérios materiais e valorativos somados. Devemos considerar ainda o Enunciado 3 do FONAJE segundo o qual a lei local não pode ampliar a competência dos Juizados, pois trata-se de lei de processo, cuja competência é privativa da União. Enunciado 3 FONAJE Lei local não poderá ampliar a competência do Juizado Especial. Além disso, o Enunciado 30 do FONAJE estabelece que esse rol é taxativo, pois a justiça residual é a Justiça Comum. Enunciado FONAJE 30 É taxativo o elenco das causas previstas na o art. 3º da Lei 9.099/1995. Devemos compreender, ainda, o §2º, do art. 3º, que arrola situações em que, mesmo que o processo não ultrapasse o valor de 40 salários mínimos, não poderá ser ajuizado perante o JEC. Ainda quanto às hipóteses em que não é cabível ação perante os Juizados, devemos conhecer os seguintes Enunciados do FONAJE: 8, 54, 12, 69, 70. ENUNCIADO 8 – As ações cíveis sujeitas aos procedimentos especiais não são admissíveis nos Juizados Especiais. ENUNCIADO 12 – A perícia informal é admissível na hipótese do art. 35 da Lei 9.099/1995. ENUNCIADO 54 – A menor complexidade da causa para a fixação da competência é aferida pelo objeto da prova e não em face do direito material. • alimentar • falimentar • fiscal • de interesse da Fazenda Pública • relativas a acidentes de trabalho • relativas a resíduos • relativas ao estado e à capacidade das pessoas, ainda que de cunho patrimonial FICAM EXCLUÍDAS DA COMPETÊNCIA DO JUIZADO ESPECIAL AS CAUSAS DE NATUREZA Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 16 170 ENUNCIADO 69 – As ações envolvendo danos morais não constituem, por si só, matéria complexa. ENUNCIADO 70 – As ações nas quais se discute a ilegalidade de juros não são complexas para o fim de fixação da competência dos Juizados Especiais, exceto quando exigirem perícia contábil (nova redação – XXX Encontro – São Paulo/SP). Em relação à competência de foro, devemos conhecer o art. 4º, da Lei nº 9.099/1999. Ou seja, uma vez definido que o processo deve ser ajuizado perante os Juizados, devemos analisar em qual deles a ação será ajuizada: Art. 4º É competente, para as causas previstas nesta Lei, o Juizado do foro: I - do domicílio do réu ou, a critério do autor, do local onde aquele exerça atividades profissionais ou econômicas ou mantenha estabelecimento, filial, agência, sucursal ou escritório; II - do lugar onde a obrigação deva ser satisfeita; III - do domicílio do autor ou do local do ato ou fato, nas ações para reparação de dano de qualquer natureza. Parágrafo único. Em qualquer hipótese, poderá a ação ser proposta no foro previsto no inciso I deste artigo. A regra geral para determinar o foro competente para ação que tramite perante os juizados é a que prevê que a ação poderá ser ajuizada, a escolha do autor: no domicílio do réu; no local onde o réu exerça suas atividades (profissionais ou econômicas); ou no local onde o réu mantenha filial. Essa é a regra geral que se aplica a todos os processos dos Juizados. Portanto, se aplica, inclusive, às ações que versem sobre obrigações de fazer, ou não fazer, e de reparação de dano. Não obstante essa regra geral, a Lei nº 9.099/1995 permite que a ação seja ajuizada: no local onde deve ser satisfeita, em caso de ações que versem sobre obrigações; e no domicílio do autor ou do fato, quando envolve reparação de dano. Portanto, em uma ação de reparação de dano, o autor terá múltiplas possibilidades: Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 17 170 Discute-se a possibilidade de conexão e continência de processos que tramitam perante os Juizados Especiais Cíveis, cuja previsão está nos arts. 55 a 57, do CPC. Não temos um dispositivo específico na Lei nº 9.099/1995. Ambos os institutos implicam a reunião do processo para julgamento conjunto. Afinal, aplicam-se ao Juizado Especial as regras de conexão e continência? Se idênticos os elementos da ação, teremos a extinção de um dos processos por litispendência. Quando as demandas são semelhantes, ou seja, quando há identidade parcial dos elementos da ação, justifica-se que as ações, por economia processual, sejam reunidas para julgamento conjunto. Assim, quando houver conexão – ações com causa de pedir ou pedidos iguais – devem ser reunidas para julgamento conjunto. Do mesmo modo, quando houver continência – há igualdade de partes e de causa de pedir, porém, o objeto de uma é menor que o objeto da outra – o julgamento também será conjunto. Para compreender esse assunto devemos analisar o Enunciado 73 do FONAJE: Enunciado 73 FONAJE As causas de competência dos Juizados Especiais em que forem comuns o objeto ou a causa de pedir poderão ser reunidas para efeito de instrução, se necessária, e julgamento. Não existe conexão e continência se um dos processos estiver nos Juizados e outro estiver tramitando perante a Justiça Comum. Se ambos estiverem perante os Juizados há a possibilidade de reunião para julgamento conjunto, observando as regras dos arts. 58 e 59, do CPC. Em relação ao conflito de competência, temos que lembrar do seguinte: a) domicílio do réu; b) local onde o réu exerça suas atividades; c) local em que o réu tenha filial; ou d) domicílio do autor ou do local do fato. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 18 170 Juiz, dos Conciliadores e dos Juízes Leigos Na sequência, vamos analisar os arts. 5º a 7º, da Lei nº 9.099, que fixam a atuação do magistrado, dos conciliadores e dos juízes leigos no JEC. O art. 5º prevê o princípio inquisitivo para a determinação de provas. Vale dizer, o juiz poderá determinar, de ofício, a realização de determinada prova, quando envolver processos que tramitam perante os Juizados Especiais: Art. 5º O Juiz dirigirá o processo com liberdade para determinar as provas a serem produzidas, para apreciá-las e para dar especial valor às regras de experiência comum ou técnica. O art. 6º, na sequência, prevê que, ao decidir, o juiz deve adotar a decisão mais justa e conforme a equidade, levando em consideração os fins sociais da lei e as exigências do bem comum. Art. 6º O Juiz adotará em cada caso a decisão que reputar mais justa e equânime, atendendo aos fins sociais da lei e às exigências do bem comum. O art. 7º é fundamental. Ele trata dos conciliadores e dos juízes leigos que atuam peranteos Juizados. O dispositivo especifica pré-requisitos básicos para que determinada pessoa possa ser conciliadora ou juíza leiga. Veja: CONFLITO DE COMPETÊNCIA ENVOLVENDO A MESMA TURMA será julgado pela turma recursal CONFLITO DE COMPETÊNCIA ENVOLVENDO TURMAS DIFERENTES será julgado por qualquer das turmas recursais, definindo-se, por prevenção, a turma competente CONFLITO DE COMPETÊNCIA ENTRE JUIZADO E JUSTIÇA COMUM se os juízes estiverem vinculados ao mesmo tribunal, será julgado pelo tribunal se os juízes estivem vinculados a tribunais distintos, será julgado pelo STJ Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 19 170 Quem for admitido como conciliador ou como juiz leigo, se for advogado, ficará impedido de atuar perante o juízo que estiver vinculado. Por exemplo, se o conciliador for advogado em Cascavel não poderá atuar perante a 1ª Juizado Especial Cível de Cascavel/PR, ou seja, não poderá exercer a advocacia perante esse Juizado. Nada impede que atue em outras varas ou juizados daquela comarca. Veja: Art. 7º Os conciliadores e Juízes leigos são auxiliares da Justiça, recrutados, os primeiros, preferentemente, entre os bacharéis em Direito, e os segundos, entre advogados com mais de cinco anos de experiência. Parágrafo único. Os Juízes leigos ficarão impedidos de exercer a advocacia perante os Juizados Especiais, enquanto no desempenho de suas funções. Partes De acordo com o art. 8º, da Lei do JEC: Essas partes não podem figurar nem como autores nem como réus no processo perante os Juizados Especiais Cíveis. CONCILIADOR preferencialmente bacharel em Direito JUIZ LEIGO advogado com mais de 5 anos de experiência NÃO PODEM SER PARTES NO JEC incapaz preso pessoas jurídicas de direito público empresas públicas da União massa falida insolvente civil Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 20 170 Art. 8º NÃO poderão ser partes, no processo instituído por esta Lei, o incapaz, o preso, as pessoas jurídicas de direito público, as empresas públicas da União, a massa falida e o insolvente civil. A regra é que apenas as pessoas naturais capazes possam ser autores em processo perante os Juizados. Assim, em regra, as pessoas jurídicas estão excluídas, contudo, temos exceções. Leia com atenção: § 1o Somente serão admitidas a propor ação perante o Juizado Especial: I - as pessoas físicas capazes, EXCLUÍDOS os cessionários de direito de pessoas jurídicas; II - as pessoas enquadradas como microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte na forma da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006; III - as pessoas jurídicas qualificadas como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, nos termos da Lei no 9.790, de 23 de março de 1999; IV - as sociedades de crédito ao microempreendedor, nos termos do art. 1o da Lei no 10.194, de 14 de fevereiro de 2001. § 2º O maior de dezoito anos poderá ser autor, independentemente de assistência, inclusive para fins de conciliação. Podem ser autores perante os Juizados Especiais: AUTORES pessoas naturais (regra) microempresas microempreendedor individual empresa de pequeno porte organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIP) sociedades de crédito ao microempreendedor Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 21 170 As pessoas arroladas no quadro acima podem demandar perante os Juizados Especiais, por expressa previsão legal. Uma grande dúvida em relação à utilização dos Juizados é a necessidade de contratar advogado. Como sabemos, há um limite de valor de 40 salários mínimos para que a ação tramite perante os Juizados. A partir desse valor, as causas de até 20 salários mínimos exigem comparecimento pessoal da parte, sem a necessidade de que esteja acompanhado por advogado. Por outro lado, demandas acima de 20 salários mínimos (porém, limitadas até 40 salários mínimos) exigem a assistência por advogado. É isso que temos fixado no art. 9º da Lei nº 9.099/1995: Art. 9º Nas causas de VALOR ATÉ VINTE SALÁRIOS MÍNIMOS, as partes comparecerão pessoalmente, podendo ser assistidas por advogado; NAS DE VALOR SUPERIOR, A ASSISTÊNCIA É OBRIGATÓRIA. Caso não seja obrigatória a assistência por advogado e a parte compareça com a advogado, a parte contrária será orientada para que contrate um advogado ou para que busque por um defensor público ou dativo. Assim: Além disso, o mandato de procuração – com fundamento no princípio da oralidade – poderá ser concedido de forma verbal, com poderes gerais de foro. Caso se trate de mandato com poderes especiais, será exigido mandato especial. § 1º Sendo facultativa a assistência, se uma das partes comparecer assistida por advogado, ou se o réu for pessoa jurídica ou firma individual, terá a outra parte, se quiser, assistência judiciária prestada por órgão instituído junto ao Juizado Especial, na forma da lei local. § 2º O Juiz alertará as partes da conveniência do patrocínio por advogado, quando a causa o recomendar. ATÉ VINTE SALÁRIOS MÍNIMOS não precisa de advogado ACIMA DE VINTE SALÁRIOS MÍNIMOS assitência obrigatória por advogado Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 22 170 § 3º O mandato ao advogado poderá ser verbal, SALVO quanto aos poderes especiais. § 4o O réu, sendo pessoa jurídica ou titular de firma individual, poderá ser representado por preposto credenciado, munido de carta de preposição com poderes para transigir, sem haver necessidade de vínculo empregatício. (Redação dada pela Lei nº 12.137, de 2009) Para encerrar o ponto relativo às partes, é importante que conheçamos os arts. 10 e 11 da Lei nº 9.099/1995: Art. 10. NÃO se admitirá, no processo, qualquer forma de intervenção de terceiro nem de assistência. ADMITIR-SE-Á O LITISCONSÓRCIO. Art. 11. O Ministério Público intervirá nos casos previstos em lei. Esses dispositivos estabelecem: Atos processuais Em relação à prática dos atos processuais, vamos seguir a disciplina estabelecida no CPC, com as especificidades estabelecidas nos dispositivos abaixo citados. Confira: Art. 12. Os atos processuais serão públicos e poderão realizar-se em horário noturno, conforme dispuserem as normas de organização judiciária. Tal como o procedimento comum, os atos processuais são públicos. Quanto ao horário para a prática dos atos processuais, não se aplica a limitação de horários que temos no CPC, que prevê que os atos processuais podem ser praticados das 6 às 20 horas. Assim, ao contrário do CPC, os atos processuais podem ser praticados em horário noturno. O art. 13, da Lei nº 9.099, prevê o princípio da instrumentalidade dos atos processuais. A VEDAÇÃO À UTILIZAÇÃO DA INTERVENÇÃO DE TERCEIRO, EM FACE DA SIMPLICIDADE DO PROCEDIMENTO A ADMISSIBILIDADE DO LITISCONSÓRCIO A POSSIBILIDADE DE INTERVENÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO NO JEC Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 23 170 Art. 13. Os atos processuais serão válidos sempre que preencherem as finalidades para as quais forem realizados, atendidos os critérios indicados no art. 2º desta Lei. § 1º Não se pronunciará qualquer nulidade sem que tenha havido prejuízo. § 2º A prática de atos processuais em outras comarcas poderá ser solicitada por qualquer meio idôneode comunicação. § 3º Apenas os atos considerados essenciais serão registrados resumidamente, em notas manuscritas, datilografadas, taquigrafadas ou estenotipadas. Os demais atos poderão ser gravados em fita magnética ou equivalente, que será inutilizada após o trânsito em julgado da decisão. § 4º As normas locais disporão sobre a conservação das peças do processo e demais documentos que o instruem. Logo, são dois os princípios que informam a prática dos atos processuais: Além dos princípios acima descritos, temos algumas regras específicas que devemos conhecer: O decreto de nulidade pela inobservância das regras processuais somente ocorrerá se houver demonstração de prejuízo; A prática de atos processuais em outras comarcas poderá ser solicitada por qualquer meio idôneo de comunicação, não dependendo necessariamente da expedição de cartas precatórias. Apenas os atos considerados essenciais serão registrados, resumidamente, em notas manuscritas, datilografadas, taquigrafadas ou estenotipadas. Os demais atos poderão ser gravados em fita magnética ou equivalente, que será inutilizada após o trânsito em julgado da decisão. As normas locais disporão sobre a conservação das peças do processo e demais documentos que o instruem. PRINCÍPIOS APLICADOS AOS ATOS PROCESSUAIS princípio da publicidade princípio da instrumentalidade das formas Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 24 170 Pedido Em relação aos requisitos da petição inicial, ao contrário do procedimento comum, os requisitos são simplificados. Quanto aos §§, temos dois destaques: Admite-se a formulação de pedidos genérico, quando não é possível determinar prontamente a extensão da obrigação. Como a parte pode efetuar o pedido na forma oral, cabe à Secretaria do Juizados reduzir a termo a petição formulada oralmente. Veja o dispositivo: Art. 14. O processo instaurar-se-á com a apresentação do pedido, escrito ou oral, à Secretaria do Juizado. § 1º Do pedido constarão, de forma simples e em linguagem acessível: I - o nome, a qualificação e o endereço das partes; II - os fatos e os fundamentos, de forma sucinta; III - o objeto e seu valor. R EQ U IS IT O S D A P ET IÇ Ã O IN IC IA L pedido (oral ou por escrito) nome qualificação endereço fatos e fundamentos jurídicos do pedido apresentados sucintamente objeto valor Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 25 170 § 2º É lícito formular pedido genérico quando não for possível determinar, desde logo, a extensão da obrigação. § 3º O pedido oral será reduzido a escrito pela Secretaria do Juizado, podendo ser utilizado o sistema de fichas ou formulários impressos. O art. 15 estabelece que o pedido poderá ser alternativo ou cumulado. Isso significa dizer que a parte pode formular pedido alternativo (vários pedidos para que apenas um deles seja atendido) ou cumulativo (vários pedidos para que todos sejam admitidos). Art. 15. Os pedidos mencionados no art. 3º desta Lei poderão ser alternativos ou cumulados; nesta última hipótese, desde que conexos e a soma não ultrapasse o limite fixado naquele dispositivo. Conforme explicamos no início do conteúdo teórico, temos que o procedimento dos Juizados é mais simples. Assim, uma vez apresentado o pedido, ainda que não haja distribuição ou autuação, a parte contrária será citada para comparecer ao juízo. Logo, a citação não se dá para a apresentação da contestação, mas para que o réu compareça para participar da conciliação. Confira: Art. 16. Registrado o pedido, INDEPENDENTEMENTE de distribuição e autuação, a Secretaria do Juizado designará a sessão de conciliação, a realizar-se no PRAZO DE QUINZE DIAS. Leia o art. 17: Art. 17. Comparecendo inicialmente AMBAS as partes, instaurar-se-á, desde logo, a sessão de conciliação, dispensados o registro prévio de pedido e a citação. Parágrafo único. Havendo pedidos contrapostos, poderá ser dispensada a contestação formal e ambos serão apreciados na mesma sentença. Desse dispositivo, é fundamental compreender o parágrafo único. No procedimento comum, o réu poderá contestar a ação quando citado e, no mesmo ato, apresentar o pedido de reconvenção. A reconvenção nada mais é do que o réu formular pedidos contra o autor. Veja, a regra é que o autor faça pedidos e o réu se defenda dos pedidos contra ele formulados. No pedido de reconvenção, o réu irá formular pedidos contra o autor. Nos Juizados, temos uma espécie de reconvenção mais simples, denominada de pedido contraposto. A ideia é a mesma. A partir do momento em que o réu for citado, ele poderá formular pedidos contrapostos ao do autor, além de apresentar a sua defesa. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 26 170 Citações e Intimações Em relação à comunicação dos atos processuais, temos dois dispositivos. A citação, disciplinada no art. 18, da Lei do JEC, e a intimação, prevista no art. 19. A citação é o ato de integração da parte ré à ação. É o ato por intermédio do qual o réu é trazido ao processo para se defender. Essa citação poderá ocorrer de diversas formas: pelos Correios com aviso de recebimento (AR); pela entrega do AR na recepção da pessoa jurídica ou da firma individual; e por oficial de justiça, caso seja negativa a intimação pelos Correios. Veja o dispositivo: Art. 18. A citação far-se-á: I - por correspondência, com aviso de recebimento em mão própria; II - tratando-se de pessoa jurídica ou firma individual, mediante entrega ao encarregado da recepção, que será obrigatoriamente identificado; III - sendo necessário, por oficial de justiça, independentemente de mandado ou carta precatória. É importante que você fique atento ao §2º, o qual prescreve que não se admite a citação por edital. § 1º A citação conterá cópia do pedido inicial, dia e hora para comparecimento do citando e advertência de que, não comparecendo este, considerar-se-ão verdadeiras as alegações iniciais, e será proferido julgamento, de plano. § 2º NÃO se fará citação por edital. § 3º O comparecimento espontâneo suprirá a falta ou nulidade da citação. Em relação à citação, devemos lembrar: Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 27 170 Em relação à intimação, devemos conhecer que as formas acima analisadas se aplicam à intimação dos atos processuais. Art. 19. As intimações serão feitas na forma prevista para citação, ou por qualquer outro meio idôneo de comunicação. § 1º Dos atos praticados na audiência, considerar-se-ão desde logo cientes as partes. § 2º As partes comunicarão ao juízo as mudanças de endereço ocorridas no curso do processo, reputando-se eficazes as intimações enviadas ao local anteriormente indicado, na ausência da comunicação. Revelia A revelia é a contumácia do réu em não responder ao processo após integrado à lide. Caso o réu não compareça à sessão de conciliação ou à sessão de instrução e julgamento, quando ele deverá apresentar a contestação, há a revelia. A consequência principal da revelia é que os fatos alegados pela parte autora serão considerados verdadeiros. Isso, contudo, não impossibilita que o juiz decida de forma diferente em razão dos elementos que constam dos autos. Isso não significa, portanto, que o juiz tenha que decidir favoravelmente ao autor. Confira: Art. 20. NÃO comparecendo o demandado à sessão de conciliação ou à audiência de instrução e julgamento, reputar-se-ão verdadeirosos fatos alegados no pedido inicial, salvo se o contrário resultar da convicção do Juiz. Conciliação e do Juízo Arbitral O réu será citado para se apresentar à audiência de conciliação. Nos dispositivos que se seguem vamos analisar as regras relativas a essa audiência. De acordo com o art. 21, da Lei nº 9.099, o presidente da sessão, que será o conciliador ou juiz leigo (que não é o juiz togado) informará às partes sobre as vantagens da conciliação e as consequências para o processo, especialmente para a pretensão da parte autora que não poderá mais deduzir o mesmo pedido judicialmente. CITAÇÃO pelos Correios com AR (entre na recepção para PJ) por oficial de Justiça se o AR for negativo edital Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 28 170 Art. 21. Aberta a sessão, o Juiz togado ou leigo esclarecerá as partes presentes sobre as vantagens da conciliação, mostrando-lhes os riscos e as conseqüências do litígio, especialmente quanto ao disposto no § 3º do art. 3º desta Lei. O art. 22 prevê que, se as partes chegarem a um acordo, será deduzido um termo de conciliação pelas partes acompanhadas do conciliador e do juiz leigo. Posteriormente, esse termo é submetido à homologação judicial pelo juiz togado. Além disso, por força da Lei 13.994/2020, essa audiência poderá ser realizada com emprego de recursos tecnológicos, como o WhatsApp, o Skype, o Zoom. Não obstante já houvesse algumas práticas específicas em alguns tribunais no Brasil utilizando esses recursos para a realização de audiências, agora temos a institucionalizando do meio. Leia com atenção! Art. 22. A conciliação será conduzida pelo Juiz togado ou leigo ou por conciliador sob sua orientação. §1º Obtida a conciliação, esta será reduzida a escrito e homologada pelo Juiz togado, mediante sentença com eficácia de título executivo. § 2º É cabível a conciliação não presencial conduzida pelo Juizado mediante o emprego dos recursos tecnológicos disponíveis de transmissão de sons e imagens em tempo real, devendo o resultado da tentativa de conciliação ser reduzido a escrito com os anexos pertinentes. Primeiro, temos a confecção do termo de conciliação, do qual participam as partes e o conciliador ou o juiz leigo; após, esse termo é submetido à homologação pelo juiz togado. Caso o réu, devidamente citado, não comparecer à audiência de conciliação, o conciliador ou o juiz leigo enviarão o processo diretamente para o juiz togado a fim de que seja proferida a sentença considerando a revelia e, portanto, a presunção de veracidade dos fatos alegados pela parte autora. Art. 23. Se o demandado não comparecer ou recusar-se a participar da tentativa de conciliação não presencial, o Juiz togado proferirá sentença. Caso o réu compareça, mas não seja obtida a conciliação, há duas possibilidades: 1º - seguimento com o processo perante os Juizados; ou 2º - instituição de arbitragem. Na própria audiência, as partes poderão escolher alguém para atuar como árbitro e para resolver o litígio fora do processo judicial. Art. 24. NÃO obtida a conciliação, as partes poderão optar, de comum acordo, pelo juízo arbitral, na forma prevista nesta Lei. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 29 170 § 1º O juízo arbitral considerar-se-á instaurado, independentemente de termo de compromisso, com a escolha do árbitro pelas partes. Se este não estiver presente, o Juiz convocá-lo-á e designará, de imediato, a data para a audiência de instrução. § 2º O árbitro será escolhido dentre os juízes leigos. O árbitro seguirá os mesmos critérios do juiz conforme estabelece o art. 25, podendo decidir por equidade. Art. 25. O árbitro conduzirá o processo com os mesmos critérios do Juiz, na forma dos arts. 5º e 6º desta Lei, podendo decidir por eqüidade. Por fim, de acordo com o art. 26, caso seja instituída a arbitragem, o juiz leigo apresentará o laudo da decisão ao juiz togado que irá homologar a sentença, sendo essa decisão irrecorrível. Art. 26. Ao término da instrução, ou nos cinco dias subseqüentes, o árbitro apresentará o laudo ao Juiz togado para homologação por sentença irrecorrível. Caso as partes não cheguem ao acordo e não adotem a arbitragem, o juiz leigo dará seguimento com a audiência de instrução e o julgamento. Instrução e Julgamento Dentro da simplicidade exigida nos processos que tramitam perante os Juizados, temos que a audiência de conciliação deve ocorrer em sequência à instrução e, posteriormente, à sessão de julgamento. Nesse contexto, de acordo com o art. 27, da Lei do JEC, se não resultar em prejuízo à defesa, passa-se à instrução do processo. Na instrução, o réu apresentará verbalmente contestação e serão produzidas as provas. Art. 27. Não instituído o juízo arbitral, proceder-se-á imediatamente à audiência de instrução e julgamento, DESDE QUE não resulte prejuízo para a defesa. Parágrafo único. NÃO sendo possível a sua realização imediata, será a audiência designada para um dos QUINZE DIAS subseqüentes, cientes, desde logo, as partes e testemunhas eventualmente presentes. Prevê o art. 28 que serão ouvidas as testemunhas e colhidas as provas. Art. 28. Na audiência de instrução e julgamento serão ouvidas as partes, colhida a prova e, em seguida, proferida a sentença. Prevê o art. 29 que eventuais incidentes existentes no processo serão decididos na própria sessão de julgamento e, na sequência, o juiz prolatará a sentença. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 30 170 Art. 29. Serão decididos de plano todos os incidentes que possam interferir no regular prosseguimento da audiência. As demais questões serão decididas na sentença. Parágrafo único. Sobre os documentos apresentados por uma das partes, manifestar-se-á imediatamente a parte contrária, sem interrupção da audiência. Resposta do Réu Em relação à resposta, temos duas regras: Art. 30. A contestação, que será oral ou escrita, conterá toda matéria de defesa, EXCETO argüição de suspeição ou impedimento do Juiz, que se processará na forma da legislação em vigor. Art. 31. NÃO se admitirá a reconvenção. É lícito ao réu, na contestação, formular pedido em seu favor, nos limites do art. 3º desta Lei, DESDE QUE fundado nos mesmos fatos que constituem objeto da controvérsia. Parágrafo único. O autor poderá responder ao pedido do réu na própria audiência ou requerer a designação da nova data, que será desde logo fixada, cientes todos os presentes. Para fins de prova, você deve lembrar: Registre-se que, na sequência, o autor apresentará resposta à contestação. Provas Em relação às provas, as regras são semelhantes às estudadas no procedimento comum. De acordo com o art. 32, todos os meios de provas são admitidos, ainda que não previstos expressamente na legislação. Contudo, conforme estabelece o art. 33, da Lei do JEC, o juiz poderá limitar ou excluir provas excessivas, impertinentes ou protelatórias. Art. 32. Todos os meios de prova moralmente legítimos, ainda que não especificados em lei, são hábeis para provar a veracidade dos fatos alegados pelas partes. • pode ser apresentada de forma escrita ou oral • toda a matéria de defesa poderá ser arguida, exceto impedimento e suspeição • no momento da defesa, o réu poderá formular pedido contraposto, desde que fundado nos mesmos fatos RESPOSTA DO RÉU Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 31 170 ==1365fc== Art. 33. Todas as provas serão produzidas na audiênciade instrução e julgamento, AINDA QUE NÃO requeridas previamente, podendo o Juiz limitar ou excluir as que considerar excessivas, impertinentes ou protelatórias. Para a prova... Em relação às testemunhas, fixa o art. 34 que cada parte poderá indicar três testemunhas, que devem comparecer independentemente de intimação. Caso a parte deseje a intimação da testemunha, deverá requerer diretamente à Secretaria do Juizado 5 dias antes da sessão. Art. 34. As testemunhas, ATÉ O MÁXIMO DE TRÊS para cada parte, comparecerão à audiência de instrução e julgamento levadas pela parte que as tenha arrolado, INDEPENDENTEMENTE de intimação, ou mediante esta, se assim for requerido. § 1º O requerimento para intimação das testemunhas será apresentado à Secretaria no mínimo cinco dias antes da audiência de instrução e julgamento. § 2º NÃO comparecendo a testemunha intimada, o Juiz poderá determinar sua imediata condução, valendo-se, se necessário, do concurso da força pública. O art. 35 permite a utilização da perícia nos Juizados. É um erro afirmar que a prova técnica não poderá ser utilizada no âmbito dos Juizados. O que temos é um procedimento informal, pautado na oralidade. Confira: Art. 35. Quando a prova do fato exigir, o Juiz poderá inquirir técnicos de sua confiança, permitida às partes a apresentação de parecer técnico. Parágrafo único. No curso da audiência, poderá o Juiz, de ofício ou a requerimento das partes, realizar inspeção em pessoas ou coisas, ou determinar que o faça pessoa de sua confiança, que lhe relatará informalmente o verificado. NÃO SÃO ADMITIDAS PROVAS excessivas impertinentes protelatórias Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 32 170 Nos Juizados não temos a transcrição dos depoimentos, mas apenas a síntese das principais informações conforme estabelece o art. 36, da Lei do JEC. Art. 36. A prova oral NÃO será reduzida a escrito, devendo a sentença referir, no essencial, os informes trazidos nos depoimentos. Por fim, registre-se que o conciliador não poderá conduzir a audiência de instrução, mas apenas o juiz leigo, sob a supervisão do juiz togado, conforme estabelece o art. 37. Art. 37. A instrução poderá ser dirigida por Juiz leigo, sob a supervisão de Juiz togado. Sentença Entre os arts. 38 e 46, da Lei nº 9.099/1995, temos algumas regras em relação à sentença. Em razão dos princípios que informam os Juizados Especiais, temos uma sentença que possui regras de simplificação. De acordo com o art. 38, a sentença indicará os elementos de convicção do juiz, com resumo dos fatos ocorridos ao longo da instrução e, além disso, não haverá necessidade de relatório na sentença. Art. 38. A sentença mencionará os elementos de convicção do Juiz, com breve resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência, dispensado o relatório. Parágrafo único. NÃO se admitirá sentença condenatória por quantia ilíquida, ainda que genérico o pedido. Como a parte fica limitada às hipóteses restritas de cabimento e, especialmente, pela limitação do valor, caso a sentença seja fixada em valor superior aos 40 salários mínimos, no que exceder a esse limite, a sentença será ineficaz. Art. 39. É INEFICAZ a sentença condenatória na parte que exceder a alçada estabelecida nesta Lei. Se o juiz leigo dirigir a audiência de instrução e julgamento, será também responsável por prolatar a decisão. Contudo, a decisão deverá ser submetida ao juiz togado para que ele possa homologá-la ou, caso prefira, poderá alterar ou substituir a sentença do juiz leigo. Art. 40. O Juiz leigo que tiver dirigido a instrução proferirá sua decisão e imediatamente a submeterá ao Juiz togado, que poderá homologá-la, proferir outra em substituição ou, antes de se manifestar, determinar a realização de atos probatórios indispensáveis. Da sentença proferida do âmbito dos Juizados Especiais caberá recurso para a turma recursal do próprio Juizado, conforme prevê o art. 41 da Lei nº 9.099/1995. Veja o dispositivo: Art. 41. Da sentença, EXCETUADA a homologatória de conciliação ou laudo arbitral, caberá recurso para o próprio Juizado. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 33 170 § 1º O recurso será julgado por uma turma composta por três Juízes togados, em exercício no primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede do Juizado. § 2º No recurso, as partes serão obrigatoriamente representadas por advogado. Esse dispositivo evidencia uma regra importante que distingue a atuação em primeiro grau da atuação da turma recursal. Ao contrário do que vimos na primeira instância, na qual é admissível a atuação sem advogado nas ações cujo valor da causa não ultrapasse 20 salários mínimos, perante a turma recursal as partes devem, necessariamente, se fazer presentes por intermédio de advogados. O recurso deve ser interposto no prazo de 10 dias, a contar da ciência da audiência e está sujeita a preparo, a ser depositado no prazo de 48 horas a contar da interposição do recurso. Atenção! A parte toma ciência da sentença. A partir daí inicia-se o prazo de 10 dias para interposição do recurso. A partir do momento que a parte apresenta o recurso, ela terá prazo de 48 horas para pagar as despesas do processo perante a turma recursal. E se o valor do preparo não foi depositado? O recurso será considerado deserto. Pago o valor relativo ao preparo, a Secretaria do tribunal intimará a parte contrária para apresentar contrarrazões no prazo de 10 dias. Art. 42. O recurso será interposto no prazo de DEZ DIAS, contados da ciência da sentença, por petição escrita, da qual constarão as razões e o pedido do recorrente. § 1º O preparo será feito, INDEPENDENTEMENTE de intimação, nas QUARENTA E OITO HORAS SEGUINTES À INTERPOSIÇÃO, sob pena de deserção. § 2º Após o preparo, a Secretaria intimará o recorrido para oferecer resposta escrita no prazo de DEZ DIAS. Para encerrar a parte relativa ao recurso contra a sentença de primeira instância, leia o art. 43 com atenção: Art. 43. O recurso terá SOMENTE efeito devolutivo, podendo o Juiz dar-lhe efeito suspensivo, para evitar dano irreparável para a parte. Esse dispositivo disciplina os efeitos dos recursos. TODOS os recursos possuem efeito devolutivo. Significa dizer que todos os recursos enviam (devolvem) a matéria para que o órgão ad quem (no caso, a turma recursal) faça nova análise. Essa é a regra para os processos que tramitam perante os Juizados Especiais. Contudo, no caso de comprovação que o recurso e a demora na decisão possam implicar dano irreparável à parte, admite-se a concessão de efeitos suspensivos ao recurso. Ricardo Torques Aula 17 TJs - Curso Regular (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Processual Civil www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 34 170 Importante deixar claro que, no caso de concessão de efeito suspensivo, o recurso terá o denominado “duplo efeito”, ou seja, devolutivo e suspensivo. Assim: Por fim, veja os arts. 44 a 47, cuja leitura é o suficiente para fins de prova. Art. 44. As partes poderão requerer a transcrição da gravação da fita magnética a que alude o § 3º do art. 13 desta Lei, correndo por conta do requerente as despesas respectivas. Art. 45. As partes serão intimadas da data da sessão de julgamento. Art. 46. O julgamento em segunda instância constará apenas da ata, com a indicação suficiente do processo, fundamentação sucinta e parte dispositiva. Se a sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a súmula do julgamento servirá de acórdão. Art. 47. Vetado. Embargos de Declaração Veja, inicialmente, o art. 48 da Lei nº 9.099/1995: Art. 48. Caberão embargos de declaração contra sentença ou acórdão nos casos previstos