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Aula 07
TJs - Curso Regular (Analista Judiciário -
Área Judiciária) Direito Processual Civil
Autor:
Ricardo Torques
04 de Março de 2023
39471799600 - Naldira Luiza Vieria
 
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Sumário 
Tutela Provisória ................................................................................................................................................. 3 
1 - Classificação doutrinária das tutelas provisórias ...................................................................................... 3 
2 - Disciplina das tutelas provisórias no CPC .................................................................................................. 7 
2.1 - Disposições Gerais ............................................................................................................................. 7 
2.2 - Requerimento...................................................................................................................................... 9 
2.3 - Fungibilidade ................................................................................................................................... 10 
2.4 - Legitimidade .................................................................................................................................... 10 
3 - Tutelas de Urgência ................................................................................................................................ 11 
3.1 - Disposições Gerais ........................................................................................................................... 11 
3.2 - Tutela antecipada requerida em caráter antecedente .................................................................... 14 
3.3 - Tutela cautelar requerida em caráter antecedente ......................................................................... 18 
4 - Tutela de Evidência ................................................................................................................................. 20 
Questões Comentadas ...................................................................................................................................... 24 
FCC ........................................................................................................................................................... 24 
CESPE ........................................................................................................................................................ 29 
VUNESP ..................................................................................................................................................... 37 
FGV ........................................................................................................................................................... 62 
CONSULPLAN ........................................................................................................................................... 71 
Outras Bancas ........................................................................................................................................... 75 
Lista de Questões ............................................................................................................................................ 107 
FCC ......................................................................................................................................................... 107 
CESPE ...................................................................................................................................................... 109 
VUNESP ................................................................................................................................................... 111 
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FGV ......................................................................................................................................................... 117 
CONSULPLAN ......................................................................................................................................... 120 
Outras Bancas ......................................................................................................................................... 121 
Gabarito ......................................................................................................................................................... 129 
 
Ricardo Torques
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==1365fc==
 
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TUTELA PROVISÓRIA 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
Enfim temos uma aula menor! Hoje, será um encontro tranquilo, no qual abordaremos assunto de primacial 
importância, contudo, menos denso quando comparado com os temas anteriores que estudamos. 
Na aula de hoje vamos nos ocupar com as tutelas provisórias, que foram totalmente reformuladas à luz do 
CPC, o que exigirá grande esforço para compreendê-las na nova sistemática. 
De todo modo, é importante registrar que não obstante a matéria seja menos extensa – arts. 294 a 311 do 
CPC – a incidência nas provas recentes é grande. Note que a maioria das questões são, inclusive, elaboradas 
com base no CPC. 
Vamos lá, então? 
Bons estudos! 
TUTELA PROVISÓRIA 
1 - Classificação doutrinária das tutelas provisórias 
Antes de apresentar a classificação das tutelas provisórias, vamos, rapidamente, diferenciar a tutela 
definitiva da provisória. 
Segundo a doutrina, a tutela definitiva é aquela obtida com base em cognição exauriente, com profundo 
debate acerca do objeto da decisão, garantindo-se o devido processo legal, o contraditório e a ampla defesa. 
Essa tutela definitiva poderá ser satisfativa, ou seja, poderá ser voltada para certificar direitos (ações 
declaratórias, constitutivas e condenatórias) ou para efetivar direitos (ações executivas). 
Além disso, a tutela definitiva também poderá ser assecuratória (ou cautelar), cuja finalidade é conservar o 
direito do autor, neutralizando efeitos maléficos do tempo. A tutela cautelar caracteriza-se pela 
referibilidade e pela temporariedade. 
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A tutela provisória, por sua vez, tem por finalidade antecipar o gozo de determinado direito ou assegurá-lo 
a fim de que possa ser gozado em momento oportuno. 
A tutela provisória caracteriza-se pela sumariedade da cognição, pela precariedade e pela impossibilidade 
de sofrer os efeitos da coisa julgada. 
 
Feito isso, vamos analisar a classificação das tutelas provisórias, com base na posição majoritária da doutrina. 
 
Essas três espécies de tutela são chamadas de provisórias ou provisionais, o que significa dizer que não são 
definitivas, e se sujeitam a mudanças. De forma técnica, podemos afirmar que a tutela provisória não se 
estabiliza pela formação da coisa julgada. 
A tutela antecipada é satisfativa e urgente. Além de ser provisória, nessa tutela antecipa-se a concessão da 
prestação jurisdicional à parte em razão de alguma situação urgente. A ideia é simples: a parte precisa do 
REFERIBILIDADE
a tutela cautelar deve se referir a outro direito 
principal (tutela acautelatória)
TEMPORARIEDADE
tem eficácia limitada no tempo, extinguindo-se 
com a obtenção do direito principal (tutela 
satisfativa)
COGNIÇÃO SUMÁRIA
a decisão se assenta em análise superficial do 
objeto litigioso
PRECARIEDADE
poderá ser revogada ou modificada a qualquer 
tempo
IMPOSSIBILIDADE DE 
COISA JULGADA
não poderá sofrer os efeitos da coisa julgada
ESPÉCIES DE TUTELA 
PROVISÓRIA
tutela antecipada
tutelatutela provisória e atuação 
do Ministério Público no processo civil, julgue o item subsequente. 
A concessão de tutela provisória, em qualquer de suas modalidades previstas no Código de Processo Civil, 
depende da demonstração da probabilidade do direito e do perigo de dano ou de risco ao resultado útil do 
processo judicial. 
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Comentários 
A alternativa está incorreta. Com o CPC/2015, houve a regulamentação da tutela provisória, que pode se 
basear em urgência ou em evidência. A primeira, requer seja demonstrada a probabilidade do direito e o 
perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo; além disso, subdivide-se, em tutela cautelar e tutela 
antecipada. 
Por sua vez, a tutela de evidência nada tem a ver com a urgência, sendo espécie de tutela provisória que 
pode ser concedida independentemente da demonstração de perigo ou de risco ao resultado útil do 
processo. Neste sentido, o art. 294 do CPC: 
Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência. 
Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser 
concedida em caráter antecedente ou incidental. 
Neste sentido, importante a análise do quadro esquemático abaixo: 
TUTELA 
PROVISÓRIA 
Tutela de urgência: baseia-se na 
demonstração da probabilidade do 
direito pleiteado e no perigo de dano 
ou risco ao resultado útil do 
processo. 
Tutela antecipada: é satisfativa porque defere o próprio 
direito material requerido. 
Tutela cautelar: não é satisfativa, tem por objetivo assegurar 
a efetividade do processo. 
Tutela de evidência: antecipa a tutela requerida baseada em elementos que demonstram não só a 
probabilidade, mas a existência do direito. Transfere para o réu o ônus da prova. 
12. (CESPE/TJBA - 2019) De acordo com o CPC, o magistrado concederá a tutela de urgência durante o 
curso do processo se 
a) ficar caracterizado abuso do direito pelo réu e as alegações fáticas puderem ser comprovadas apenas 
documentalmente. 
b) houver manifesto propósito protelatório da parte contrária e probabilidade do direito. 
c) as alegações fáticas puderem ser comprovadas apenas documentalmente e existir risco ao resultado útil 
do processo. 
d) for verificada a existência de risco ao resultado útil do processo. 
e) houver constatação do perigo de dano e o réu não apresentar prova capaz de gerar dúvida razoável acerca 
do direito discutido. 
Comentários 
De acordo com o art. 300, caput, do CPC, a tutela de urgência será concedida quando houver elementos que 
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. Logo, 
alternativa D é a correta e gabarito da questão. 
As alternativas A, B, C e E estão incorretas, pois em todos os casos é possível a concessão de tutela de 
evidência e não de urgência (art. 311, incisos I e II, do CPC). 
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13. (CESPE/EMAP - 2018) Acerca do valor da causa, da tutela provisória, do Ministério Público, da 
advocacia pública, da defensoria pública e da coisa julgada, julgue o item subsequente. 
Situação hipotética: Em ação proposta por Luísa, a petição inicial limitou-se ao requerimento da tutela 
antecipada em caráter antecedente e à indicação do pedido de tutela final. O julgador, entendendo que não 
havia elementos suficientes para a concessão da medida antecipatória, determinou a emenda da inicial no 
prazo de cinco dias. Assertiva: Nessa situação, se a autora não emendar a inicial, o pedido será indeferido e 
o processo será julgado extinto sem resolução de mérito. 
Comentários 
De acordo com o art. 303, §1º, I, do CPC, se a tutela for concedida, o prazo para aditar a petição inicial e 
complementar a argumentação será de 15 dias ou outro prazo maior que o juiz fixar. 
§ 1o Concedida a tutela antecipada a que se refere o caput deste artigo: 
I - o autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação de sua argumentação, a 
juntada de novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final, em 15 (quinze) 
dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar; 
Além disso, se o juiz entender que não há elementos suficientes para concessão da tutela, determinará a 
emenda em 05 dias, sob pena de ser indeferida a petição e de o processo ser extinto sem julgamento do 
mérito. É o que dispõe o art. 303, §6º: 
§ 6o Caso entenda que não há elementos para a concessão de tutela antecipada, o órgão 
jurisdicional determinará a emenda da petição inicial em até 5 (cinco) dias, sob pena de ser 
indeferida e de o processo ser extinto sem resolução de mérito. 
Assim, a assertiva está correta. 
14. (CESPE/PC-MA - 2018) Julgue os itens a seguir, a respeito do procedimento da tutela antecipada 
requerida em caráter antecedente. 
I Concedida a tutela antecipada, o autor deverá aditar a petição inicial com a complementação de 
argumentação e confirmação do pedido de tutela final e, se for o caso, com a juntada de novos documentos. 
II O aditamento da petição inicial deverá ocorrer nos mesmos autos, no prazo de quinze dias, mediante o 
pagamento de novas custas processuais. 
III O processo será extinto sem resolução do mérito quando não for realizado o aditamento à petição inicial. 
Assinale a opção correta. 
a) Apenas o item I está certo. 
b) Apenas o item II está certo. 
c) Apenas os itens I e III estão certos. 
d) Apenas os itens II e III estão certos. 
e) Todos os itens estão certos. 
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Comentários 
Vamos analisar cada um dos itens. 
O item I está correto, com base no art. 303, §1º, I, do CPC: 
§ 1o Concedida a tutela antecipada a que se refere o caput deste artigo: 
I - o autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação de sua argumentação, a 
juntada de novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final, em 15 (quinze) 
dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar; 
O item II está incorreto. De acordo com o §3º, do art. 303, da Lei nº 13.105/15, o aditamento da petição 
inicial dar-se-á nos mesmos autos, sem incidência de novas custas processuais. 
O item III está correto, nos termos do §2º, do art. 303, da referida Lei: 
§ 2o Não realizado o aditamento a que se refere o inciso I do § 1o deste artigo, o processo 
será extinto sem resolução do mérito. 
Assim, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão. 
15. (CESPE/PGE-PE - 2018) A respeito da aplicação da tutela de urgência, assinale a opção correta. 
a) Poderá ser deferida e efetivada contra o poder público antes do trânsito em julgado do processo. 
b) Cassada em sentença, somente poderá ser restabelecida mediante o deferimento de pedido nesse sentido 
constante no respectivo recurso. 
c) Será concedida sempre que caracterizado o manifesto propósito protelatório da parte adversa ou o abuso 
do direito de defesa, independentemente de demonstração de perigo de dano. 
d) Não poderá ser concedida nos processos sobrestados por força do regime repetitivo. 
e) Não poderá ser concedida em incidente de desconsideração da personalidade jurídica. 
Comentários 
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. As medidas adequadas para efetivação da tutela 
provisória independem do trânsito em julgado, inclusive contra o Poder Público. 
A alternativa B está incorreta. Cassada ou modificada a tutela de urgência na sentença, a parte poderá, além 
de interpor recurso, pleitear o respectivo restabelecimento na instância superior, na petição de recurso ou 
em via autônoma. 
A alternativa C está incorreta, pois se refereà uma das hipóteses de tutela de evidência e não urgência. 
A alternativa D está incorreta. Nos processos sobrestados por força do regime repetitivo, é possível a 
apreciação e a efetivação de tutela provisória de urgência, cuja competência será do órgão jurisdicional onde 
estiverem os autos. 
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A alternativa E está incorreta. É cabível a concessão de tutela provisória de urgência em incidente de 
desconsideração da personalidade jurídica. 
16. (CESPE/PGM-AM - 2018) À luz das disposições do CPC relativas aos atos processuais, julgue o item 
subsequente. 
Para a concessão da tutela de evidência, o juiz deverá verificar, além da probabilidade de direito, o perigo 
de dano ou de risco ao resultado útil do processo. 
Comentários 
A assertiva está incorreta. De acordo com o art. 311, do CPC, a tutela da evidência será concedida, 
independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo. 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de 
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório 
da parte; 
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese 
firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; 
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do 
contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto 
custodiado, sob cominação de multa; 
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos 
do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável. 
17. (CESPE/STJ - 2018) Julgue os itens a seguir, a respeito das ações no processo civil. 
A ação de conhecimento ou cognição visa prevenir, conservar, defender ou assegurar a eficácia de um 
direito. 
Comentários 
A assertiva está incorreta. É a tutela provisória cautelar que tem essa finalidade. A ação de conhecimento ou 
cognição visa o pronunciamento de uma sentença que declare, entre as partes, quem tem razão do ponto 
de vista jurídico. 
18. (CESPE/STJ - 2018) Julgue os itens a seguir, a respeito das ações no processo civil. 
A tutela provisória pode ser concedida em caráter antecedente a propositura da ação ou em caráter 
incidental, quando proposta no curso da ação principal. 
Comentários 
A assertiva está correta. Veja: 
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Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência. 
Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser 
concedida em caráter antecedente ou incidental. 
Art. 295. A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do pagamento de 
custas. 
VUNESP 
19. (VUNESP/CM Orlândia - 2019) Independentemente da reparação por dano processual, a parte 
responde pelo prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa se 
a) o juiz acolher o pedido de nulidade processual. 
b) não ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal. 
c) obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os meios necessários para a citação 
do requerido no prazo de 5 (cinco) dias. 
d) o juiz não acolher a alegação de decadência ou prescrição da pretensão do autor. 
e) a sentença lhe for favorável. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta, porque o acolhimento do pedido de nulidade processual não está relacionado 
entre as hipóteses que autorizam a reparação do prejuízo e do dano processual causado pela efetivação da 
tutela de urgência. 
A assertiva B está errada, pois constitui-se a obrigação de reparar se ocorrer a cessação da eficácia da medida 
em qualquer hipótese legal. Neste sentido, o art. 302, II, CPC: 
 Art. 302. Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo 
prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, se: 
III - ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal; 
A assertiva C está correta e é o gabarito da questão. A parte responderá, segundo o art. 302, II, do CPC, pelos 
prejuízos que a efetivação da tutela de urgência causar à parte contrária quando não fornecer os meios 
necessários à citação do requerido em 5 dias. Confira: 
Art. 302. Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo 
prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, se: 
II - obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os meios 
necessários para a citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias; 
A alternativa D está errada, porque constitui-se a obrigação de reparar se o juiz acolher a alegação de 
decadência ou prescrição da pretensão do autor. Neste sentido, o art. 302, IV, do CPC: 
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Art. 302. Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo 
prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, se: 
IV - o juiz acolher a alegação de decadência ou prescrição da pretensão do autor. 
A assertiva E está incorreta, pois constitui-se a obrigação de reparar se a sentença for desfavorável à parte 
de obteve a tutela de urgência. Neste sentido o art. 302, I, do CPC: 
Art. 302. Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo 
prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, se: 
I - a sentença lhe for desfavorável; 
20. (VUNESP/UNIFAI - 2019) Cessa a eficácia da tutela cautelar concedida em caráter antecedente, se 
a) o autor deduzir o pedido principal no prazo legal. 
b) for efetivada dentro de 30 (trinta) dias. 
c) o juiz extinguir o processo sem resolução de mérito. 
d) o juiz julgar procedente o pedido principal formulado pelo autor. 
e) não for efetivada dentro de 10 (dez) dias. 
Comentários 
A assertiva C é a correta e gabarito da questão. Cessa a eficácia da tutela cautelar concedida em caráter 
antecedente, se o juiz extinguir o processo sem resolução de mérito, conforme determina o art. 309, III, do 
CPC: 
Art. 309. Cessa a eficácia da tutela concedida em caráter antecedente, se: 
III - o juiz julgar improcedente o pedido principal formulado pelo autor ou extinguir o 
processo sem resolução de mérito. 
 Vejamos as demais assertivas. 
A alternativa A está incorreta. Ao contrário, cessa sua eficácia se o pedido principal não for deduzido no 
prazo legal, nos termos do art. 309, I, do CPC: 
Art. 309. Cessa a eficácia da tutela concedida em caráter antecedente, se: 
I - o autor não deduzir o pedido principal no prazo legal; 
A assertiva B está errada, pois não cessa a eficácia da tutela cautelar concedida em caráter antecedente, se 
for efetivada dentro de 30) dias. Ou seja, cessa sua eficácia se não for efetivada dentro deste prazo, conforme 
preconiza o art. 309, II, do CPC: 
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Art. 309. Cessa a eficácia da tutela concedida em caráter antecedente, se: 
II - não for efetivada dentro de 30 (trinta) dias; 
A alternativa D está errada. Cessa a eficácia da tutela se o pedido for julgado improcedente, segundo a 
redação do art. 309, III, do CPC: 
Art. 309. Cessa a eficácia da tutela concedida em caráter antecedente, se: 
III - ojuiz julgar improcedente o pedido principal formulado pelo autor ou extinguir o 
processo sem resolução de mérito. 
A assertiva E está incorreta, pois não cessa a eficácia da tutela cautelar concedida em caráter antecedente, 
se for efetivada dentro de 10 dias porque ainda está dentro do prazo legal para sua efetivação. Neste sentido, 
o art. 309, II, do CPC: 
Art. 309. Cessa a eficácia da tutela concedida em caráter antecedente, se: 
II - não for efetivada dentro de 30 (trinta) dias; 
21. (VUNESP/UNIFAI - 2019) Sobre as medidas de contracautela, conforme disposição no CPC, é correto 
afirmar que 
a) não será exigida para a concessão de tutela de urgência. 
b) poderá ser por caução real ou fidejussória. 
c) não será dispensada quando o demandante for hipossuficiente econômico. 
d) é destinada a acautelar apenas o chamado fumus boni iuris. 
e) visa ressarcir os danos que a parte solicitante da tutela possa vir a sofrer. 
Comentários 
A alternativa B é a correta e gabarito da questão. Contracautela é medida imposta como condição judicial 
para a concessão da liminar, quando houver dúvida sobre a idoneidade financeira da parte para suportar a 
responsabilidade objetiva pelos danos ocasionados pela efetivação da tutela provisória concedida. Ou seja, 
o CPC exige a medida de contracautela por caução real ou fidejussória para a concessão da tutela provisória 
de urgência e da tutela possessória liminar. Neste sentido, os arts. 300, § 1º e 559 do CPC: 
Art. 300. [...] 
§ 1º Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução 
real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, 
podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder 
oferecê-la. 
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Art. 559. Se o réu provar, em qualquer tempo, que o autor provisoriamente mantido ou 
reintegrado na posse carece de idoneidade financeira para, no caso de sucumbência, 
responder por perdas e danos, o juiz designar-lhe-á o prazo de 5 (cinco) dias para requerer 
caução, real ou fidejussória, sob pena de ser depositada a coisa litigiosa, ressalvada a 
impossibilidade da parte economicamente hipossuficiente. 
Vejamos as demais alternativas. 
A alternativa A está incorreta, porque as medidas de contracautela podem ser exigidas para a concessão da 
tutela de urgência. Neste sentido, o art. 300, § 1º, do CPC, citado acima. 
A assertiva C está errada, pois, segundo consta da redação do art. 300, §1º, do CPC, a medida de 
contracautela será dispensada quando o demandante for hipossuficiente econômico. 
A alternativa D está errada, porque a medida de contracautela é destinada a garantir a responsabilidade 
objetiva pelos danos ocasionados pela efetivação da tutela provisória concedida. 
A assertiva E está incorreta, pois a medida visa ressarcir os danos que a parte contra a qual foi solicitada a 
tutela, possa vir a sofrer com a sua concessão. Em outros termos, ela é exigida da parte solicitante. 
22. (VUNESP/CM Tatuí - 2019) Sobre a tutela requerida em caráter antecedente, assinale a alternativa 
correta. 
a) Será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do 
processo, quando ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da 
parte. 
b) Na petição inicial, o valor da causa deverá ser relativo ao pedido da tutela antecipada. 
c) Caso entenda que não há elementos para a concessão de tutela antecipada, o juiz determinará a emenda 
da petição inicial em até 15 (quinze) dias. 
d) Qualquer das partes poderá demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou invalidar a tutela 
antecipada estabilizada contra a qual não tenha sido interposto recurso. 
e) O direito de invalidar a tutela antecipada estabilizada extingue-se após 1 (um) ano, contado da ciência da 
decisão que extinguiu o processo. 
Comentários 
A assertiva A está errada, pois a alternativa trata da hipótese de tutela de evidência. A tutela de evidência é 
tutela provisória que permite ao juiz antecipar uma medida satisfativa, transferindo para o réu o ônus da 
prova porque há a possibilidade de aferir a existência de elementos que não só evidenciem a probabilidade 
do direito, mas a sua existência. Neste sentido, é o art. 311, I, do CPC: 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de 
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório 
da parte; 
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 A alternativa B está incorreta, porque na petição inicial da tutela requerida em caráter antecedente, o valor 
da causa deverá ser relativo ao pedido da tutela final. Veja a redação do art. 303, § 4º, do CPC: 
Art. 303. [...] 
§ 4º Na petição inicial a que se refere o caput deste artigo, o autor terá de indicar o valor 
da causa, que deve levar em consideração o pedido de tutela final. 
A alternativa C está errada, porque quando o juiz entender que não há elementos para a concessão de tutela 
antecipada, deve determinar a emenda da inicial em até 5 dias. Neste sentido, o art. 303, §6º, do CPC: 
Art. 303. [...] 
§ 6º Caso entenda que não há elementos para a concessão de tutela antecipada, o órgão 
jurisdicional determinará a emenda da petição inicial em até 5 (cinco) dias, sob pena de ser 
indeferida e de o processo ser extinto sem resolução de mérito. 
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Na técnica da estabilização da tutela antecipada o 
sistema permite que a tutela provisória deferida conserve sua eficácia independentemente de confirmação 
por decisão posterior de mérito, a ser proferida em cognição exauriente. Sendo extinto o processo com a 
estabilização da tutela antecipada, o § 2º do art. 304 do CPC prevê que qualquer das partes poderá ingressar 
com novo processo com o objetivo de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada estabilizada. Essa será 
uma ação própria, com o prazo decadencial de 2 anos da decisão que estabiliza os efeitos da tutela 
antecipada. Neste sentido, o art. 304 do CPC: 
Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303 , torna-se estável se da 
decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso. 
§ 2º Qualquer das partes poderá demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou 
invalidar a tutela antecipada estabilizada nos termos do caput . 
A assertiva E está incorreta, pois o direito de invalidar a tutela antecipada estabilizada extingue-se após 2 
anos, contado da ciência da decisão que extinguiu o processo, nos termos do art. 304, §5º, do CPC: 
Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303 , torna-se estável se da 
decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso. 
§ 5º O direito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada, previsto no § 2º deste 
artigo, extingue-se após 2 (dois) anos, contados da ciência da decisão que extinguiu o 
processo, nos termos do § 1º. 
23. (VUNESP/Pref Itapevi - 2019) A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência. 
A respeito da tutela provisória cabe asseverar que 
a) a tutela provisória requerida em caráter incidental depende do pagamento de custas. 
b) na tutela cautelar antecedente, o réu será citado para, no prazo de 10 (dez) dias, contestar o pedido e 
indicar as provas que pretende produzir. 
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c) a tutela de evidênciaserá concedida, quando se tratar de pedido repristinatório fundado em prova 
documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto 
custodiado, sob cominação de multa. 
d) o indeferimento da tutela cautelar requerida em caráter antecedente não obsta a que a parte formule o 
pedido principal, nem influi no julgamento desse, salvo se o motivo do indeferimento for o reconhecimento 
de decadência ou de prescrição. 
e) o juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação da tutela provisória, 
desde que requeridas pela parte favorecida e de menor onerosidade ao devedor. 
Comentários 
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, pois para a concessão de tutela de urgência – seja 
antecipada, seja cautelar – basta o juízo de cognição sumária, consubstanciado na probabilidade do direito 
perseguido pela parte. Deste modo, se o juiz afirma, em decisão precária (que resolve o pedido de tutela), 
que a parte não possui direito à tutela de urgência, não restará, de forma alguma, prejudicado o pedido 
principal, haja vista que o mérito do processo deve ser julgado através de um juízo de cognição exauriente 
(observando a produção de provas ao longo do processo), após a observância de toda a marcha processual. 
Contudo, na sentença que reconhece a prescrição ou decadência na própria cautelar e julga extinto o 
processo com esse fundamento, a sentença será de mérito, nos termos do art. 487, II, do CPC e produzirá 
coisa julgada material, tornando-se imutável e indiscutível. 
Veja a redação do art. 310 do CPC: 
Art. 310. O indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o pedido 
principal, nem influi no julgamento desse, salvo se o motivo do indeferimento for o 
reconhecimento de decadência ou de prescrição. 
Vejamos as demais alternativas. 
A alternativa A está incorreta. Tutela provisória incidental é aquela pleiteada com processo já em curso, ou 
seja, no decorrer do processo. Sendo o pedido de tutela provisória feito incidentalmente, o art. 295 do CPC 
dispensa o pagamento de custas, pois a parte terá de recolher as custas iniciais, relativas ao pedido principal. 
Como a tutela provisória está sendo requerida incidentemente, isto é, simultaneamente ao pedido principal, 
não há necessidade de recolhimento em separado. Neste sentido, o art. 295 do CPC: 
Art. 295. A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do pagamento de 
custas. 
A assertiva B está incorreta. Não há qualquer especialidade na citação do réu no pedido antecedente de 
tutela cautelar, aplicando-se o art. 246 do CPC. Segundo prevê o art. 306, o réu será citado para, no prazo de 
5 dias, contestar o pedido, indicando as provas que pretende produzir. 
Art. 306. O réu será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, contestar o pedido e indicar as 
provas que pretende produzir. 
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A alternativa C está errada. Essa alternativa traz um pegadinha da banca. O inciso III do art. 311 do CPC trata 
do cabimento da tutela de evidência nas situações de pedido reipersecutório fundado em prova documental 
adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, 
sob cominação de multa. Assim, quis o examinador confundir o canditato trocando o termo “reipersecutório” 
por “repristinatório”. Confira a redação do art. 311, III, do CPC: 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de 
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do 
contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto 
custodiado, sob cominação de multa; 
A assertiva E está errada, porque segundo a previsão do art. 297, caput, do CPC, o juiz poderá determinar as 
medidas que considerar adequadas para a efetivação da tutela provisória, sendo desnecessário que as 
medidas sejam requeridas pela parte favorecida ou à observância do princípio da menor onerosidade ao 
devedor. Veja a redação do CPC: 
Art. 297. O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação 
da tutela provisória. 
24. (VUNESP/CM Jaboticabal - 2018) Sobre as tutelas provisórias, assinale a alterativa correta. 
a) A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito 
e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
b) Em regra, a tutela de urgência de natureza antecipada poderá ser concedida mesmo nos casos em que 
houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão. 
c) A tutela da evidência será concedida desde que demonstrado perigo de dano ou de risco ao resultado útil 
do processo e restar caracterizado o abuso do direito de defesa. 
d) Na tutela de evidência, o juiz não poderá decidir liminarmente se se tratar de pedido reipersecutório 
fundado em prova documental adequada do contrato de depósito. 
e) Em regra, o indeferimento da tutela cautelar obsta que a parte formule o pedido principal. 
Comentários 
A alternativa A é a correta e gabarito da questão. O CPC/2015 adotou a probabilidade do direito e o perigo 
de dano ou o risco ao resultado útil do processo (que são traduções, respectivamente, do fumus boni iuris e 
do periculum in mora) como requisitos da tutela de urgência. Neste sentido, o art. 300 do CPC: 
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a 
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
A alternativa B está incorreta, porque, a tutela antecipada não poderá ser concedida se houver perigo de a 
decisão tornar-se irreversível. Neste sentido, o § 3º do art. 300 do CPC: 
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Art. 300. [...] 
§ 3º A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo 
de irreversibilidade dos efeitos da decisão. 
A assertiva C está errada, pois a tutela de evidência independe de demonstração de perigo de dano ou risco. 
Contudo, ela pode ser de fato concedida na hipótese de abuso do direito de defesa, nos termos do art. 311, 
I, do CPC: 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de 
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório 
da parte; 
A alternativa D está errada, porque a tutela da evidência pode ser concedida liminarmente (sem a prévia 
oitiva da parte contrária) nas seguintes hipóteses: (a) quando as alegações de fato puderem ser 
demonstradas documentalmente e houver jurisprudência obrigatória/súmula vinculante; e (b) quando se 
tratar de pedido para reaver o bem fundado em prova documental adequada do contrato de depósito. Neste 
sentido, o art. 311 do CPC: 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de 
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese 
firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; 
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do 
contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto 
custodiado, sob cominação de multa; 
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente. 
A assertiva E está errada, porque, salvo no caso de reconhecimento de decadência ou prescrição, o 
indeferimento da cautelar não obsta a formulação do pedido principal da parte,nos termos do art. 310 do 
CPC: 
Art. 310. O indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o pedido 
principal, nem influi no julgamento desse, salvo se o motivo do indeferimento for o 
reconhecimento de decadência ou de prescrição. 
25. (VUNESP/FAPESP - 2018) Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a 
petição inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela 
final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado 
útil do processo. 
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Relativamente ao procedimento da tutela antecipada requerida em caráter antecedente, assinale a 
alternativa correta. 
a) O seu requerente fica dispensado de recolher custas processuais, juntamente com a petição inicial. 
b) Se deferida a tutela antecipada antecedente liminarmente, como regra, o réu será citado para contestar 
o feito. 
c) Na sua petição inicial, o autor fica dispensado de indicar o valor da causa. 
d) Quando concedida liminarmente, torna-se estável, caso não haja contestação. 
e) Caso entenda que não há elementos para a concessão de tutela antecipada, o órgão jurisdicional 
determinará a emenda da petição inicial em até 5 (cinco) dias, sob pena de ser indeferida e de o processo 
ser extinto sem resolução de mérito. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta. Caso a tutela antecipada seja concedida, o art. 303, § 1º, I, do CPC, exige que 
o autor adite a petição inicial, com a complementação da sua argumentação, juntada de novos documentos 
e a confirmação do pedido de tutela final, em 15 dias, ou em outro prazo maior que o órgão jurisdicional 
fixar, sob pena de extinção do processo sem resolução de mérito (art. 303, § 2º, do CPC). Nos termos do §3º 
do mesmo dispositivo, esse aditamento dar-se-á nos mesmos autos, sem incidência de novas custas 
processuais. Veja o CPC: 
Art. 303. [...] 
§ 3º O aditamento a que se refere o inciso I do § 1º deste artigo dar-se-á nos mesmos autos, 
sem incidência de novas custas processuais. 
A assertiva B está errada, pois caso seja concedida tutela antecipada requerida em caráter antecedente, o 
autor deverá aditar a petição inicial no prazo de 15 dias e somente depois é que o réu será citado e intimado 
para a audiência de conciliação ou de mediação. Neste sentido, o art. 303, §1º, do CPC: 
Art. 303. [...] 
§ 1º Concedida a tutela antecipada a que se refere o caput deste artigo: 
I - o autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação de sua argumentação, a 
juntada de novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final, em 15 (quinze) 
dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar; 
II - o réu será citado e intimado para a audiência de conciliação ou de mediação na forma 
do art. 334 ; 
III - não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma do art. 
335. 
A alternativa C está errada, pois o autor é obrigado a indicar o valor da causa na petição inicial da tutela 
antecipada requerida em caráter antecedente, nos termos do art. 303, §4º, do CPC: 
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Art. 303. 
§4º Na petição inicial a que se refere o caput deste artigo, o autor terá de indicar o valor 
da causa, que deve levar em consideração o pedido de tutela final. 
A assertiva D está incorreta. Conforme se depreende da leitura do caput do art. 304 do CPC, a tutela 
antecipada, concedida antecipadamente, torna-se estável se da decisão que a conceder não for interposto 
o respectivo recurso. 
Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da 
decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso. 
Aqui precisamos trazer um entendimento do STJ, apenas para conhecimento! Embora o caput do art. 304 do 
CPC determine que “a tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da decisão 
que a conceder não for interposto o respectivo recurso”, a leitura que deve ser feita do dispositivo legal, de 
acordo com o entendimento do STJ, divulgado no Informativo 639, deve tomar como base uma interpretação 
sistemática e teleológica do instituto, é que a estabilização somente ocorrerá se não houver qualquer tipo 
de impugnação pela parte contrária, sob pena de se estimular a interposição de agravos de instrumento e 
do ajuizamento da ação autônoma, a fim de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada estabilizada. 
A ideia central do instituto é que, após a concessão da tutela antecipada em caráter antecedente, nem o 
autor nem o réu tenham interesse no prosseguimento do feito, i.e., não queiram uma decisão com cognição 
exauriente do Poder Judiciário, apta a produzir coisa julgada material. Por essa razão, é que, apesar de o 
caput do art. 304 do CPC falar em recurso, a leitura que deve ser feita do dispositivo legal, tomando como 
base uma interpretação sistemática e teleológica do instituto, é que a estabilização somente ocorrerá se não 
houver qualquer tipo de impugnação pela parte contrária. 
Por fim, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão, porque, na hipótese de indeferimento do 
pedido de tutela antecipada antecedente, caberá ao autor, nos termos do §6º do art. 303 do CPC, emendar 
a petição inicial em até 5 dias, sob pena de ser indeferida e de o processo ser extinto sem resolução do 
mérito. Neste sentido, o CPC: 
Art. 303. [...] 
§ 6º Caso entenda que não há elementos para a concessão de tutela antecipada, o órgão 
jurisdicional determinará a emenda da petição inicial em até 5 (cinco) dias, sob pena de ser 
indeferida e de o processo ser extinto sem resolução de mérito. 
26. (VUNESP/Pref Buritizal - 2018) Dentre as várias novidades trazidas pelo Código de Processo Civil de 
2015 aparece a sistematização da chamada tutela provisória. Sobre a tutela de evidência, como espécie 
de tutela provisória, assinale a alternativa correta. 
a) Não deverá ser concedida liminarmente se fundada em pedido lastreado em alegações de fato que 
puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos 
repetitivos. 
b) Uma vez determinada pelo juiz da causa, de ofício, se não for objeto de recurso por parte do réu, deverá 
ser estabilizada. 
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c) Pode ser formulada pelo autor em caráter antecedente ou incidente. 
d) Será pertinente o seu deferimento, uma vez pleiteada pelo autor em réplica, se a petição inicial for 
instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do seu direito, a que o réu não oponha 
prova capaz de gerar dúvida razoável. 
e) A sua concessão depende da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, 
quando ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do réu. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta, pois é hipótese de concessão de tutela de evidência pedido que tenham por 
fundamento alegações de fato que podem ser comprovadas documentalmente e sobre as quais haja tese 
firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante (art. 311, II, do CPC) ou tenham por 
fundamento pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito (art. 
311, III, do CPC), conforme determina o art. 311, parágrafo único, do CPC. Confira o CPC: 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de 
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
II - as alegações de fato puderem sercomprovadas apenas documentalmente e houver tese 
firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; 
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do 
contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto 
custodiado, sob cominação de multa; 
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente. 
A assertiva B está incorreta, porque a técnica da estabilização ocorre na concessão da tutela antecipada 
antecedente (modalidade de tutela de urgência). Não se fala em tutela antecedente ou estabilização na 
tutela de evidência. 
A assertiva C está errada, pois apenas poderão ser concedidas em caráter antecedente ou incidental as 
tutelas provisórias de urgência, cautelar ou antecipada. Neste sentido, o art. 294 do CPC: 
Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência. 
Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser 
concedida em caráter antecedente ou incidental. 
A alternativa D está correta. O art. 311, IV, do CPC prevê a última hipótese de tutela da evidência, qual seja, 
quando a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do 
autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável. Confira: 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de 
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
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IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos 
do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável. 
A alternativa E está errada. De acordo com o art. 311, I, do CPC, a concessão da tutela de evidência não 
depende da demonstração de perigo de dano/risco ao resultado útil do processo quando haja abuso do 
direito de defesa ou manifesto propósito protelatório da parte adversa. Confira a redação do dispositivo: 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de 
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório 
da parte; 
27. (VUNESP/CM Itaquaquecetuba - 2018) No que diz respeito à tutela provisória, o Código de Processo 
Civil vigente trouxe diversas inovações. Assinale a alternativa que está de acordo com a legislação em 
vigor. 
a) A tutela provisória somente pode ser revista, revogada ou modificada quando da prolação de sentença. 
b) Na petição inicial de tutela cautelar em caráter antecedente, o valor da causa é fixado de acordo com o 
pedido feito nessa ocasião. 
c) No pedido de tutela cautelar antecedente, o réu será citado para contestar no prazo de 15 (quinze) dias. 
d) O juiz poderá conceder tutela de evidência quando verificar propósito protelatório da parte, se tal 
providência for requerida pelo interessado. 
e) A tutela antecipada requerida em caráter antecedente torna-se estável se a decisão judicial não for objeto 
de recurso. 
Comentários 
A alternativa E é a correta e gabarito da questão. A tutela de urgência de caráter antecedente serve para os 
casos em que a parte precisa ir a juízo o mais rápido possível para requerer a tutela antecipada. Por isso, o 
legislador permitiu que a parte requeira somente a tutela de urgência, em uma petição mais simples, 
deixando para pormenorizar os detalhes da lide, complementando as razões da inicial, posteriormente. 
Em sendo concedida a tutela provisória de caráter antecedente, na forma do art. 303 do CPC, abre-se para 
o autor a possibilidade de aditar a petição inicial, complementando a sua argumentação, para que o processo 
siga normalmente, nos termos do art. 303, §1º, I, do CPC. Por outro lado, o autor pode optar por não realizar 
o aditamento, caso em que o processo será extinto sem resolução do mérito, conforme prevê o art. 303, §2º, 
do CPC. 
Ocorre que, se o autor não fizer o aditamento e o réu não recorrer da decisão, o processo acaba e a tutela 
antecipada se torna estável. Deste modo, para que haja a estabilização, é necessário que haja a concessão 
da tutela, sem que o autor faça o aditamento e que o réu não recorra, de modo que o processo é extinto, 
mas os efeitos da tutela concedida continuam valendo. Veja o art. 304 do CPC: 
Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303 , torna-se estável se da 
decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso. 
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 Vejamos o erro das demais alternativas. 
A alternativa A está incorreta, porque a decisão de tutela provisória forma um título precário, que pode ser 
modificado pelo juiz a qualquer tempo, desde que a situação tenha mudado ou haja algum fundamento para 
tanto. Veja, neste sentido, o art. 296 do CPC: 
Art. 296. A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a 
qualquer tempo, ser revogada ou modificada. 
Parágrafo único. Salvo decisão judicial em contrário, a tutela provisória conservará a 
eficácia durante o período de suspensão do processo. 
A assertiva B está errada, porque o autor é obrigado a indicar o valor da causa na petição inicial da tutela 
antecipada requerida em caráter antecedente, que corresponderá ao valor pretendido na tutela final, nos 
termos do art. 303, §4º, do CPC: 
Art. 303. 
§4º Na petição inicial a que se refere o caput deste artigo, o autor terá de indicar o valor 
da causa, que deve levar em consideração o pedido de tutela final. 
A alternativa C está errada, pois na tutela cautelar antecedente, o réu será citado para contestar o pedido 
no prazo de 5 dias. 
Art. 306. O réu será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, contestar o pedido e indicar as 
provas que pretende produzir. 
A assertiva D está incorreta. A banca considerou incorreta a afirmação de que o juiz só poderá conceder a 
tutela de evidência por pleito da parte. Frise-se, contudo, que há polêmica sobre o tema, de modo que não 
é pacífico o entendimento acerca da concessão de tutela de evidência reconhecida de ofício pelo juiz. 
Entretanto, parece prevalecer o entendimento de que não seria possível. Ocorre que, alguns doutrinadores 
afirmam ser possível a concessão de tutela de evidência de ofício pelo juiz justamente no caso do art. 311, I, 
do CPC, uma vez que há a ocorrência de abuso de direito ou manifesto propósito da parte contrária. Nesse 
sentido, haveria uma espécie de punição para o réu, tal qual na litigância de má-fé, que pode ser reconhecida 
de ofício. Foi esse o entendimento do examinador. 
28. (VUNESP/UNICAMP - 2018) Uma questão sobre nulidade de cláusula contratual foi objeto de 
Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas. Tal assunto já se encontra transitado em julgado e deu 
ganho de causa aos consumidores. João é consumidor e possui um contrato escrito que possui a cláusula 
que foi declarada nula de pleno direito. Ingressa com uma ação e quer a solução o mais rápido possível, 
pois sabe de seus direitos. Nesse caso, como advogado de João, você poderá requerer tutela provisória de 
a) urgência antecipada incidental. 
b) evidência. 
c) urgência cautelar antecedente. 
d) urgência antecipada antecedente. 
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e) urgência cautelar incidental. 
Comentários 
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. As tutelas provisórias se subdividem em tutelas de 
evidência e de urgência. A tutelade evidência, conforme consagra o art. 311 do CPC, independe da 
demonstração de perigo da demora da prestação da tutela jurisdicional, em diferenciação clara e indiscutível 
com a tutela de urgência. 
Uma das hipóteses de cabimento da tutela de evidência ocorre quando as alegações de fato puderem ser 
comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em 
súmula vinculante, de modo que o enunciado da questão trata desta situação. Neste sentido, o art. 311, II, 
do CPC: 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de 
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese 
firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; 
29. (VUNESP/Pref SBC - 2018) Sobre as tutelas provisórias estabelecidas no Código de Processo Civil, 
assinale a alternativa correta. 
a) A tutela provisória requerida em caráter incidental depende do pagamento de custas. 
b) A tutela provisória não conservará a eficácia durante o período de suspensão do processo. 
c) Para a concessão da tutela de urgência o juiz não pode exigir caução real ou fidejussória. 
d) A tutela da evidência poderá ser concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou 
de risco ao resultado útil do processo. 
e) A decisão que concede a tutela fará coisa julgada. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta, porque se o pedido de tutela provisória for feito incidentalmente, o art. 295 
do CPC dispensa o pagamento de custas. Confira: 
Art. 295. A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do pagamento de 
custas. 
A assertiva B está errada, porque a tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas 
pode ser revogada ou modificada a qualquer tempo. Neste sentido, o art. 296 do CPC: 
Art. 296. A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a 
qualquer tempo, ser revogada ou modificada. 
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A alternativa C está errada. Para conceder a tutela de urgência, o juiz pode exigir caução real ou fidejussória, 
podendo dispensá-la se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la. Neste sentido, veja 
o art. 301, § 1º, do CPC: 
Art. 301. [...] 
§1º Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real 
ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo 
a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la. 
A alternativa D está correta e o gabarito da questão. A tutela de evidência, diferente do que ocorre na tutela 
de urgência, independe da demonstração de perigo da demora da prestação da tutela jurisdicional, nos 
termos do art. 311 do CPC: 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de 
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
A assertiva E está incorreta, pois a decisão que concede a tutela provisória não fará coisa julgada porque 
pode ser pode ser revogada ou modificada a qualquer tempo. Deste modo, a redação do art. 296 do CPC: 
Art. 296. A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a 
qualquer tempo, ser revogada ou modificada. 
30. (VUNESP/CM Olímpia - 2018) A tutela de evidência será concedida quando 
a) ficar caracterizado o abuso do direito de defesa, desde que demonstrado o perigo de dano ao processo. 
b) as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente, não podendo, nesse caso, o 
juiz decidir liminarmente. 
c) ficar caracterizado o manifesto propósito protelatório da parte, independentemente da demonstração de 
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo. 
d) se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental, não podendo, nesse caso, o juiz decidir 
liminarmente. 
e) a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, 
podendo, nesse caso, o juiz decidir liminarmente. 
Comentários 
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. De acordo com o art. 311, I, do CPC, a concessão da 
tutela de evidência não depende da demonstração de perigo de dano/risco ao resultado útil do processo 
quando haja abuso do direito de defesa ou manifesto propósito protelatório da parte adversa. Confira a 
redação do dispositivo: 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de 
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
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I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório 
da parte; 
Vejamos as demais alternativas. 
A assertiva A está errada. A tutela de evidência é cabível nas situações em que haja abuso do direito de 
defesa ou manifesto propósito protelatório da parte adversa. Confira a redação do art. 311, I, do CPC: 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de 
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório 
da parte; 
A alternativa B está errada. A primeira parte da assertiva está incompleta, pois é possível a concessão da 
tutela da evidência quando as alegações de fato puderem ser comprovadas documentalmente E exista tese 
firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante. Neste sentido, o art. 311, II, do CPC: 
Art. 311. [...] 
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese 
firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; 
Ademais, a segunda parte da alternativa também está incorreta, porque na hipótese citada é sim possível a 
concessão da tutela de evidência liminarmente. Neste sentido, o art. 311, parágrafo único, do CPC: 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de 
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese 
firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; 
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente. 
A assertiva D está incorreta. A tutela de evidência só poderá ser concedida de maneira liminar, quando tenha 
por fundamento alegações de fato que podem ser comprovadas documentalmente e sobre as quais haja 
tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante (art. 311, II, do CPC) ou tenham 
por fundamento pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito 
(art. 311, III, do CPC), conforme determina o art. 311, parágrafo único, do CPC: 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de 
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese 
firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; 
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III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do 
contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto 
custodiado, sob cominação de multa; 
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente.A alternativa E está incorreta. De fato o juiz pode conceder a tutela da evidência quando a petição inicial 
contiver prova suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor e o réu não opuser prova capaz de gerar 
dúvida razoável, nos termos do art. 311, IV, do CPC. Contudo, nesta situação, o magistrado não poderá 
conceder a tutela provisória de evidência de modo liminar, nos termos do art. 311, parágrafo único, do CPC: 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de 
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos 
do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável. 
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente. 
31. (VUNESP/CM São Joaquim Barra - 2018) Quanto à tutela antecipada requerida em caráter 
antecedente, assinale a alternativa correta. 
a) Concedida, o autor deverá aditar a petição inicial em cinco dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar. 
b) Poderá ser concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado 
útil do processo. 
c) Deverá ser concedida, se caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório 
da parte. 
d) Caberá, se a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito 
do autor a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável. 
e) Tornar-se-á estável, se da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta. Em sendo concedida a tutela provisória de caráter antecedente, na forma do 
art. 303 do CPC, abre-se para o autor a possibilidade de aditar a petição inicial, complementando a sua 
argumentação para que o processo siga normalmente, em 15 dias ou outro prazo maior que o juiz fixar. 
Neste sentido, o art. 303, §1º, I, do CPC: 
Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição 
inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de 
tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano 
ou do risco ao resultado útil do processo. 
§ 1º Concedida a tutela antecipada a que se refere o caput deste artigo: 
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I - o autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação de sua argumentação, a 
juntada de novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final, em 15 (quinze) 
dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar; 
A assertiva B está errada, porque são requisitos para a concessão da tutela de urgência a probabilidade do 
direito (fumus boni juris) E perigo de dano OU risco ao resultado útil do processo (periculum in mora). Veja a 
redação do art. 300, caput, do CPC: 
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a 
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
A alternativa C está incorreta, pois quando caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto 
propósito protelatório da parte, independente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado 
útil do processo, será concedida a tutela de evidência. Neste sentido, o art. 311, I, do CPC: 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de 
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório 
da parte; 
A assertiva D está errada, porque quando a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos 
fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável, será 
concedida a tutela de evidência, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao 
resultado útil do processo. Veja o art. 311, IV, do CPC: 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de 
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos 
do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável. 
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. Segundo a previsão do art. 304, caput, do CPC, a tutela 
antecipada concedida anteriormente só não se estabiliza na hipótese de interposição de recurso pelo réu, 
que embora não esteja indicado expressamente no dispositivo legal, é o agravo de instrumento, nos termos 
do art. 1.015, I, do CPC. Havendo a interposição do agravo de instrumento pelo réu, estará afastada a 
estabilização da tutela antecipada concedida de forma antecedente, independentemente do resultado do 
recurso. 
Confira a redação do art. 304 do CPC: 
Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303 , torna-se estável se da 
decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso. 
32. (VUNESP/Pref SBC - 2018) Depois da contestação, é lícito ao réu deduzir novas alegações quando 
a) a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considerar da substância do ato. 
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b) estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto. 
c) relativas a direito ou a fato superveniente. 
d) não competir ao juiz conhecer delas de ofício. 
e) sem expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer tempo e grau de jurisdição. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta, porque a falta de instrumento que a lei considerar da substância do ato (p.e.: 
certidão do registro imobiliário, testamento, etc.) dispensa o réu de impugnar as alegações do autor. Neste 
sentido, o art. 341, II, do CPC: 
Art. 341. Incumbe também ao réu manifestar-se precisamente sobre as alegações de fato 
constantes da petição inicial, presumindo-se verdadeiras as não impugnadas, salvo se: 
II - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considerar da 
substância do ato; 
A assertiva B está errada, pois quando as alegações estiverem em contradição com a defesa, considerada 
em seu conjunto, o réu estará dispensado de impugnar as alegações do autor. Veja a redação do art. 341, III, 
do CPC: 
Art. 341. Incumbe também ao réu manifestar-se precisamente sobre as alegações de fato 
constantes da petição inicial, presumindo-se verdadeiras as não impugnadas, salvo se: 
III - estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto. 
A alternativa C é a correta e gabarito da questão. Depois da contestação, é lícito ao réu deduzir novas 
alegações quando relativas a direito ou a fato superveniente. Em outras palavras: após o oferecimento da 
contestação, o réu poderá deduzir novas alegações relativas à fatos ou à direito que surgiram depois da 
apresentação da defesa e que sejam relevantes para o julgamento da causa. Neste sentido, o art. 342, I, do 
CPC: 
Art. 342. Depois da contestação, só é lícito ao réu deduzir novas alegações quando: 
I - relativas a direito ou a fato superveniente; 
A alternativa D está incorreta. Quando não competir ao juiz conhecer das novas alegações de ofício não é 
permitido ao réu alegá-las após a contestação porque sobre elas já se operou a preclusão. Contudo, se as 
novas alegações puderem ser conhecidas de ofício pelo juiz, o réu pode deduzi-las após a contestação, por 
força do disposto no art. 342, II, do CPC: 
Art. 342. Depois da contestação, só é lícito ao réu deduzir novas alegações quando: 
II - competir ao juiz conhecer delas deofício; 
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A assertiva E está errada, porque depois da contestação, é lícito ao réu deduzir novas alegações quando por 
expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer tempo e grau de jurisdição. Neste sentido, 
o art. 342, III, do CPC: 
Art. 342. Depois da contestação, só é lícito ao réu deduzir novas alegações quando: 
III - por expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer tempo e grau de 
jurisdição. 
33. (VUNESP/TJ-SC - 2018) A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter 
antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e 
o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. No procedimento em questão, deverão ser 
trilhados os seguintes preceitos: 
a) o réu será citado para, no prazo de 10 (dez) dias, contestar o pedido e indicar as provas que pretende 
produzir. 
b) a oferta do pedido principal depende do adiantamento de novas custas processuais. 
c) o indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o pedido principal, nem influi no 
julgamento desse, salvo se o motivo do indeferimento for o reconhecimento de decadência ou de prescrição. 
d) efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no prazo de 15 (quinze) 
dias úteis, caso em que será apresentado nos mesmos autos. 
e) se por qualquer motivo cessar a eficácia da tutela cautelar, a parte fica autorizada a renovar o pedido a 
qualquer momento. 
Comentários 
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, pois para a concessão de tutela de urgência – seja 
antecipada, seja cautelar – basta o juízo de cognição sumária, consubstanciado na probabilidade do direito 
perseguido pela parte. Deste modo, se o juiz afirma, em decisão precária, que a parte não possui direito à 
tutela de urgência, não restará, de forma alguma, prejudicado o pedido principal, haja vista que o mérito do 
processo deve ser julgado através de um juízo de cognição exauriente, após a observância de toda a marcha 
processual. 
Contudo, na sentença que reconhece a prescrição ou decadência na própria cautelar e julga extinto o 
processo com esse fundamento, a sentença será de mérito, nos termos do art. 487, II, do CPC e produzirá 
coisa julgada material, tornando-se imutável e indiscutível. 
Neste sentido, é a redação do art. 310 do CPC: 
Art. 310. O indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o pedido 
principal, nem influi no julgamento desse, salvo se o motivo do indeferimento for o 
reconhecimento de decadência ou de prescrição. 
Vejamos as demais assertivas. 
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A alternativa A está errada, pois na tutela cautelar antecedente, o réu será citado para contestar o pedido 
no prazo de 5 dias. 
Art. 306. O réu será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, contestar o pedido e indicar as 
provas que pretende produzir. 
A assertiva B está incorreta, pois sendo deferido o pedido de tutela cautelar formulada em caráter 
antecedente e havendo sua efetivação, o autor terá o prazo de 30 dias para formular o pedido principal por 
meio de emenda da petição inicial (i.e., nos mesmos autos em que deduzida a cautelar), sem a necessidade 
de complementar as custas processuais, nos termos do art. 308 do CPC: 
Art. 308. Efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no 
prazo de 30 (trinta) dias, caso em que será apresentado nos mesmos autos em que 
deduzido o pedido de tutela cautelar, não dependendo do adiantamento de novas custas 
processuais. 
A alternativa D está incorreta, porque sendo deferido o pedido de tutela cautelar formulada em caráter 
antecedente e havendo sua efetivação, o autor terá o prazo de 30 dias para formular o pedido principal por 
meio de emenda da petição inicial (i.e., nos mesmos autos em que deduzida a cautelar), sem a necessidade 
de complementar as custas processuais, nos termos do art. 308 do CPC: 
Art. 308. Efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no 
prazo de 30 (trinta) dias, caso em que será apresentado nos mesmos autos em que 
deduzido o pedido de tutela cautelar, não dependendo do adiantamento de novas custas 
processuais. 
A assertiva E está errada, pois, salvo sob novo fundamento, se, por qualquer motivo, cessar a eficácia da 
tutela cautelar, é vedado à parte renovar o pedido. Neste sentido, o art. 309, parágra único, do CPC: 
Art. 309. [...] 
Parágrafo único. Se por qualquer motivo cessar a eficácia da tutela cautelar, é vedado à 
parte renovar o pedido, salvo sob novo fundamento. 
34. (VUNESP/TJ-MT - 2018) As tutelas provisórias têm como objetivo minimizar as consequências 
nefastas que o tempo do processo pode causar no direito da parte. No entanto, sua efetivação poderá 
causar prejuízos à parte adversa. A respeito do tema, assinale a alternativa correta. 
a) A indenização será liquidada nos autos em que a medida tiver sido concedida, sempre que possível. 
b) A sentença que reconhece a prescrição ou decadência da pretensão do autor não tem o condão de gerar 
a responsabilidade daquele que se beneficiou da efetivação da tutela de urgência. 
c) Por se tratar de dano decorrente de decisão judicial, não há que se falar em responsabilidade pela 
efetivação da tutela provisória de urgência, salvo em caso de culpa do requerente. 
d) A responsabilidade do requerente pela efetivação da tutela provisória que ao final do processo foi cassada 
é subjetiva, depende de apuração da culpa e do prejuízo, devendo ser realizada em autos apartados. 
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e) O prejudicado pela tutela de urgência infundada necessita propor ação de indenização contra o 
requerente para obter o reconhecimento de seu direito e a condenação do responsável. 
Comentários 
A alternativa A é a correta e o gabarito da questão. De acordo com o art. 302, parágrafo único: 
Art. 302. Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo 
prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, se: 
I - a sentença lhe for desfavorável; 
II - obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os meios 
necessários para a citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias; 
III - ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal; 
IV - o juiz acolher a alegação de decadência ou prescrição da pretensão do autor. 
Parágrafo único. A indenização será liquidada nos autos em que a medida tiver sido 
concedida, sempre que possível. 
A alternativa B está incorreta. A sentença que reconhece a prescrição ou decadência da pretensão do autor 
tem, sim, o condão de gerar a responsabilidade daquele que se beneficiou da efetivação da tutela de 
urgência, por expressa previsão do art. 302, IV, acima. 
A alternativa C está incorreta. Há sim responsabilidade nesse caso não pelo fato de ser uma decisão judicial, 
mas pelo risco que o beneficiado pela tutela assume. Ainda, conforme art. 302, do CPC, essa responsabilidade 
é objetiva, não havendo que se falar em culpa. 
A alternativa D está incorreta. Como já vimos, a responsabilidade é objetiva e não subjetiva. 
E a alternativa E, também, está incorreta. Como já vimos (art. 302, parágrafo único), sempre que possível, 
tudo se procederá nos mesmos autos, não havendo a necessidade de se propor uma ação de indenização. 
35. (VUNESP/Prefeitura de Sorocaba - 2018) A respeito da tutela de evidência, é corretoafirmar que 
a) é necessária a comprovação do periculum in mora, consistente no perigo de dano ou de risco ao resultado 
útil do processo. 
b) não pode, em hipótese alguma, ser deferida liminarmente, em atenção ao princípio do contraditório. 
c) em todos os casos, é necessária a existência de jurisprudência firmada nos tribunais superiores em 
consonância com o pedido do autor, aliada a algum fato ensejador de abuso do direito de defesa do réu. 
d) é possível sua concessão, mesmo nos casos em que a prova documental não seja suficiente e não exista 
abuso de direito de defesa ou manifesto propósito protelatório do réu. 
e) pode ser deferida em pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de 
depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa. 
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A questão cobra do candidato conhecimentos sobre a tutela de evidência, que vem disciplinada no art. 311, 
do CPC. Como vem expresso no caput do artigo, a tutela de evidência independe da demonstração de perigo 
de dano ou de risco ao resultado útil do processo e pode ser concedida em determinados casos. Vejamos: 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de 
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório 
da parte; 
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese 
firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; 
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do 
contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto 
custodiado, sob cominação de multa; 
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos 
do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável. 
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente. 
Diante disso e com base, em especial, no art. 311, III, podemos afirmar que a tutela de evidência pode ser 
deferida em pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso 
em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa. 
Assim, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão. 
Vejamos as demais alternativas: 
A alternativa A está incorreta, porque, como vimos, no caput do art. 311, vem expresso que a tutela de 
evidência independe da comprovação do periculum in mora (consistente no perigo de dano ou de risco ao 
resultado útil do processo). 
A alternativa B também está incorreta, uma vez que, segundo o 311, parágrafo único, a tutela de evidência 
pode ser decidida liminarmente nas hipóteses II e III do art. 311, quais sejam, quando: 
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese 
firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; 
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do 
contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto 
custodiado, sob cominação de multa; 
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 A alternativa C está incorreta, uma vez que nem em todos os casos, será necessária a existência de 
jurisprudência firmada nos tribunais superiores em consonância com o pedido do autor, o que podemos 
perceber nos casos do art. 311, I, III e IV. 
A alternativa D, por fim, também está incorreta. A prova documental é elemento das hipóteses II, III e IV, do 
art. 311, e o abuso de direito de defesa ou manifesto propósito protelatório é elemento do art. 311, I, o que 
abarca todas as hipóteses em que a tutele de evidência é possível, segundo o artigo referido. 
36. (VUNESP/Prefeitura de Sorocaba - 2018) Sobre a antecipação de tutela em caráter antecedente, é 
correto afirmar que: 
a) concedida a tutela antecipada, o autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação de sua 
argumentação, a juntada de novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final, em 5 (cinco) dias 
ou em outro prazo menor que o juiz fixar, sob pena de extinção do processo sem resolução do mérito. 
b) o direito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada estabilizada extingue-se após 2 (dois) anos, 
contados da ciência da decisão que extinguiu o processo, podendo a estabilidade dos respectivos efeitos ser 
afastada por decisão que a revir, reformar ou invalidar, proferida em ação ajuizada por uma das partes. 
c) caso entenda que não há elementos para a concessão de tutela antecipada, o órgão jurisdicional 
determinará a emenda da petição inicial em até 3 (três) dias, sob pena de ser indeferida ou de o processo 
ser extinto com ou sem resolução de mérito. 
d) se o réu não recorrer da tutela antecipada, ocorre a extinção do processo sem julgamento do mérito, e a 
decisão que antecipou a tutela perde seus efeitos, ex tunc, retroagindo as partes ao estado anterior ao 
ajuizamento. 
e) a decisão que estabiliza a antecipação de tutela, por ser decisão que gera os mesmos efeitos da decisão 
de mérito transitada em julgado, mesmo após o prazo de 2 (dois) anos, pode ser rescindida por meio de ação 
rescisória, desde que observado o prazo decadencial desta. 
Comentários 
A tutela antecipada em caráter antecedente é um tema muito recorrente em provas. Sobre ela é correto 
afirmar que o direito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada estabilizada extingue-se após 2 
(dois) anos, contados da ciência da decisão que extinguiu o processo, podendo a estabilidade dos respectivos 
efeitos ser afastada por decisão que a revir, reformar ou invalidar, proferida em ação ajuizada por uma das 
partes. Isso, por conta do que dispõe o art. 304, §§, do CPC. Vejamos: 
Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da 
decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso. 
§ 1o No caso previsto no caput, o processo será extinto. 
§ 2o Qualquer das partes poderá demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou 
invalidar a tutela antecipada estabilizada nos termos do caput. 
§ 3o A tutela antecipada conservará seus efeitos enquanto não revista, reformada ou 
invalidada por decisão de mérito proferida na ação de que trata o § 2o. 
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§ 4o Qualquer das partes poderá requerer o desarquivamento dos autos em que foi 
concedida a medida, para instruir a petição inicial da ação a que se refere o § 2o, prevento 
o juízo em que a tutela antecipada foi concedida. 
§ 5o O direito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada, previsto no § 2o deste 
artigo, extingue-se após 2 (dois) anos, contados da ciência da decisão que extinguiu o 
processo, nos termos do § 1o. 
§ 6o A decisão que concede a tutela não fará coisa julgada, mas a estabilidade dos 
respectivos efeitos só será afastada por decisão que a revir, reformar ou invalidar, proferida 
em ação ajuizada por uma das partes, nos termos do § 2o deste artigo. 
Assim, está correta a alternativa B, que é o gabarito da questão. 
Vejamos o erro das demais alternativas: 
A alternativa A está incorreta. Segundo o art. 303, § 1º, I, o prazo será de “15 (quinze) dias ou outro prazo 
maior que o juiz fixar” 
A alternativa C está incorreta. Caso entenda que não há elementos para a concessão de tutela antecipada, 
o órgão jurisdicional determinarácautelar
tutela de evidência
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bem da vida agora, caso contrário, não lhe será mais útil. Caso não receba o bem nesse momento, a parte 
sofrerá um dano irreparável ou de difícil reparação. 
De acordo com a doutrina1, a tutela provisória satisfativa antecipa os efeitos da tutela definitiva satisfativa, 
conferindo eficácia ao direito afirmado. 
Por exemplo, determinada pessoa precisa da liberação do SUS para o recebimento de determinado 
medicamento. Nesse caso, ajuíza a ação e pleiteia tutela antecipada para a concessão do medicamento, uma 
vez que corre risco de morte. 
No exemplo: 
 
É importante que você não confunda a tutela provisória com julgamento antecipado da lide. Não temos um 
julgamento antecipado do processo, mas tão somente a antecipação da tutela jurisdicional. 
Assim... 
 
Além disso, as hipóteses de cabimento de uma e de outra hipótese são distintas e, no caso de julgamento 
antecipado, temos um julgamento definitivo, não provisório. 
 
1 JR. DIDIER, Fredie. Curso de Direito Processual Civil, volume 1, 18ª edição, rev., atual. e ampl., Bahia: Editora JusPodvim, 
2016, p. 582. 
PROVISÓRIA
pode ser que, ao final, o pedido seja julgado 
improcedente
ANTECIPADA
confere-se o bem da vida de forma antecipada 
(fornecimento do medicamento)
URGENTE demonstra-se risco de morte
TUTELA PROVISÓRIA
antecipação da 
tutela
JULGAMENTO 
ANTECIPADO
julgamento do 
mérito do 
processo
concessão da 
tutela 
jurisdicional 
definitiva
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A tutela cautelar, tal como a tutela antecipada, é provisória e fundada na urgência. A diferença dessa tutela 
é que, nesse caso, ela é conservativa. Assim, não há concessão da tutela jurisdicional, mas conservação do 
interesse da parte a fim de que ela possa ser beneficiada posteriormente com a tutela jurisdicional. 
De acordo com a doutrina2, a tutela provisória cautelar antecipa os efeitos de tutela definitiva não satisfativa 
(cautelar), conferindo eficácia imediata ao direito à cautela. 
Por exemplo, bloqueio de bens da pessoa devedora para que, na execução, haja valores suficientes para 
pagar o valor devido. 
A tutela de evidência, tal como a tutela antecipada, caracteriza-se pela provisoriedade e por ser satisfativa. 
A grande distinção em relação à tutela antecipada é que não há urgência. Nesse caso, a cessão antecipada 
da tutela jurisdicional não se funda na urgência, mas na evidência do direito pleiteado pelo autor. 
Por exemplo, em um contrato de financiamento, a contratante não paga o financiamento e, após notificação 
extrajudicial sem manifestação do contratante, a financiadora ingressa em juízo com pedido de busca e 
apreensão do bem dado em garantia. Nesse caso, se o juiz conceder a tutela, não o fará em face da urgência, 
mas poderá determinar a medida constritiva em razão da evidência de que a contratante não pagou as 
mensalidades do financiamento. 
Assim... 
 
O quadro acima identifica claramente a distinção de elementos entre essas espécies de tutelas provisórias 
no CPC. Vistos esses conceitos gerais, vamos adentrar na disciplina específica da matéria no CPC. 
 
2 JR. DIDIER, Fredie. Curso de Direito Processual Civil, volume 1, 18ª edição, rev., atual. e ampl., Bahia: Editora JusPodvim, 
2016, p. 583. 
antecipada
provisória
satisfativa
urgente
cautelar
provisória
conservativa
urgente
evidência
provisória
satisfativa
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2 - Disciplina das tutelas provisórias no CPC 
Antes de iniciar a análise dos dispositivos do CPC em relação às tutelas provisórias, vamos destacar duas 
mudanças importantes que tivemos em relação ao CPC73. 
A primeira delas refere-se à unificação do trato na parte geral. O CPC unifica o tratamento da temática 
referente às tutelas provisórias em um único título, a partir do art. 294. Essa disciplina é abordada na parte 
geral do Código, comum, portanto, tanto à fase de conhecimento como à fase de execução. 
Além disso, temos o fim das cautelares em espécie. O CPC não dispõe de um livro específico para tratar das 
cautelares em espécie, tal como tínhamos no CPC73. Não temos mais, portanto, dispositivos específicos para 
tratar do arresto, do sequestro, da caução, da busca e apreensão, da separação de corpos etc. 
A supressão dessas cautelares específicas decorreu do fato de que o nosso sistema confere ao magistrado o 
poder geral de cautela. Desse modo, não haveria necessidade de uma disciplina específica para temas 
cautelares. Isso não impede que essas cautelares específicas sejam concedidas, mas o fundamento será 
extraído do art. 301, do CPC, que disciplina a temática em termos gerais. 
2.1 - Disposições Gerais 
O CPC, ao contrário do que tínhamos em relação ao CPC73, consolida a disciplina relativa à tutela de 
evidência e agrupa as tutelas de natureza urgentes sob o nome de “tutelas de urgência”. 
Assim, essa é a classificação das tutelas adotada pelo CPC: 
 
O que justifica a denominação de tutela de urgência com dois subgêneros é o fato de que ambas estão 
condicionadas ao perigo da demora (periculum in mora). É justamente isso que trata do art. 294, caput, do 
CPC. 
Na sistemática do CPC73, a medida cautelar era antecedente. Assim, antes de ingressar com a demanda 
principal, a parte ajuizava uma ação cautelar preparatória a fim de obter a garantia do direito e, após, 
ajuizava a ação principal. Além disso, em relação à tutela antecipada, tínhamos o ajuizamento da ação 
principal e, em pedido preliminar, o pedido antecipado. 
TUTELA 
PROVISÓRIA
tutela de 
urgência
tutela 
antecipada
tutela cautelar
tutela de 
evidência
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Essa distinção não existe mais no CPC. Tanto no caso de tutela cautelar como nas hipóteses de tutela 
antecipada é possível o pedido antecedente, preparatório. No caso específico da tutela antecipada, uma vez 
concedida, confere-se à parte prazo para que ela possa emendar o pedido, a fim de tornar o pedido 
antecedente em pedido principal. 
Há, portanto, uma sistemática específica em relação à forma de se apresentar os pedidos em juízo. 
Nos arts. 295 a 299, todos do CPC, temos algumas regras gerais específicas: 
 o art. 295 esclarece que as tutelas provisórias, quando requeridas incidentalmente, não dependem do 
pagamento de custas. 
As despesas processuais têm por finalidade custear a obtenção da tutela jurisdicional final. Assim, eventual 
pedido incidente será isento de custas. 
 o art. 296 aborda o conceito de provisoriedade dessas tutelas, na medida em que podem ser revogadas 
ou modificadas a qualquer tempo. 
Apenas para esclarecer: admite-se, em determinadas situações, que as partes convencionem a suspensão 
do processo. Suspenso o processo, questiona-se: a medida provisória concedida mantém seus efeitos ou 
também será suspensa? O parágrafo único acima determina que, em regra, os efeitos da tutela provisória 
permanecem, a não ser que haja decisão expressa do juiz em sentido contrário. 
 Contudo, simplesmente conceder a tutela provisória poderá não ser eficiente, nesse caso, faz-se 
necessário dispor de instrumentos a fim de tornar a decisão executável, para garantir a efetividade da tutela 
concedida. Nesse contexto, o art. 297 estabelece que o juiz poderá adotar as medidas que entender 
necessárias para a efetivação da tutela provisória. O dispositivo nãoa emenda da petição inicial em até 5 (cinco) dias, sob pena de ser indeferida 
e de o processo ser extinto sem resolução de mérito (art. 303, § 6º). 
A alternativa D está incorreta. Se o réu não recorrer a decisão se torna estável, nos termos do art. 304, caput, 
transcrito acima. 
E a alternativa E também está incorreta. A decisão que estabiliza os efeitos da antecipação de tutela não 
gera os mesmos efeitos da decisão de mérito transitada em julgado tampouco pode ser rescindida. Ele é 
atacável, apenas, pela ação do art. 304, § 2º (supra), no limite estabelecido pelo art. 304, § 5º (supra). 
37. (VUNESP/TJSP - 2018) Se a tutela antecipada for concedida nos casos em que a urgência for 
contemporânea à propositura da ação e a petição inicial limitar-se ao requerimento da tutela antecipada 
e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo 
de dano ou do risco ao resultado útil do processo, e a decisão se tornar estável, o juiz deverá 
a) determinar a contestação da ação. 
b) mandar emendar a inicial. 
c) suspender a ação até seu efetivo cumprimento. 
d) sanear o feito. 
e) julgar extinto o processo. 
Comentários 
Nesse caso, a decisão em tutela provisória antecipada em caráter antecedente, caso não haja interposição 
de recurso de agravo de instrumento pelo requerido, ficará estabilizada. Em tais situações, de acordo com o 
art. 304, caput combinado com o §1º, do CPC, haverá a extinção do processo. Logo, a alternativa E é a correta 
e gabarito da questão. 
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Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da 
decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso. 
1º No caso previsto no caput, o processo será extinto. 
38. (VUNESP/PC-BA - 2018) As tutelas requeridas ao Poder Judiciário podem ter caráter definitivo ou 
provisório. No que diz respeito à tutela provisória de urgência, é correto afirmar que 
a) a tutela antecipada e a de evidência são suas espécies. 
b) quando requerida em caráter incidental, exige o pagamento de custas. 
c) a sua efetivação observará as normas referentes ao cumprimento definitivo da sentença. 
d) pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia. 
e) quando antecedente, como regra, será requerida ao juiz do foro do domicílio do autor. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 294, caput, do CPC, a tutela provisória pode 
fundamentar-se em urgência ou evidência. 
A alternativa B está incorreta. Nos termos do art. 295, da Lei nº 13.105/15, a tutela provisória requerida em 
caráter incidental independe do pagamento de custas. 
A alternativa C está incorreta. Com base no parágrafo único, do art. 297, da referida Lei, a efetivação da 
tutela provisória observará as normas referentes ao cumprimento provisório da sentença. 
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, conforme estabelece o §2º, do art. 300, do CPC: 
§ 2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia. 
A alternativa E está incorreta. O art. 299, da Lei nº 13.105/15, prevê que a tutela provisória será requerida 
ao juízo da causa e, quando antecedente, ao juízo competente para conhecer do pedido principal. 
FGV 
39. (FGV/TJ-RS - 2020) Atropelado por um carro que invadira a calçada onde se encontrava, José sofreu 
graves lesões, o que o levou a intentar ação indenizatória em face de Luiz, proprietário e condutor do 
veículo. Em sua petição inicial, José pleiteou a condenação de Luiz a lhe pagar verbas reparatórias dos 
danos morais e ressarcitórias dos danos materiais, incluindo as despesas com tratamentos médicos e 
hospitalares que se faziam necessários. 
Alegando não ter condições financeiras de arcar com tais tratamentos, e que estes não poderiam ser 
interrompidos, o autor requereu, também, a concessão de tutela inaudita altera parte, consubstanciada na 
determinação para que o réu imediatamente custeasse essas despesas, até o julgamento do mérito do 
processo. 
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Reputando, à luz de uma cognição sumária, satisfatoriamente comprovadas as alegações de José, o 
magistrado, sem prejuízo do juízo positivo de admissibilidade da ação, deferiu a medida requerida, que tem 
a natureza de tutela: 
a) de urgência cautelar; 
b) tutela de urgência antecipada; 
c) da evidência; 
d) definitiva; 
e) executiva. 
Comentários 
Trata-se, claramente, de uma tutela de urgência antecipada. Observe que há a urgência na falta de recursos 
para prover um tratamento que não pode ser interrompido. Nessa forma de tutela há possibilidade de 
concessão liminar, sem a oitiva da parte contrária. 
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, conforme prevê o art. 300, §2º, do CPC/15: 
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a 
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
§ 2º A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia. 
40. (FGV/TJ-AL - 2018) No que se refere às tutelas provisórias, é correto afirmar que: 
a) as deferidas contra o Poder Público somente podem ter a eficácia suspensa com o manejo do recurso 
cabível; 
b) têm natureza cautelar, na hipótese de concessão de alimentos provisórios; 
c) a tutela de urgência, caso tenha natureza antecipatória, pode ser deferida em caráter incidental, mas não 
antecedente; 
d) caso deferida, a tutela de urgência acautelatória não pode ser modificada ou revogada; 
e) são impugnáveis, caso concedidas pelo juízo de primeira instância, pelo recurso de agravo de instrumento. 
Comentários 
A alternativa E é o gabarito da questão. Contudo, o gabarito apresenta um problema ao qual devemos nos 
atentar. O recurso cabível contra a concessão da tutela provisória pelo juízo de primeira instância depende 
da natureza do provimento judicial que a concede: quando é concedida no curso do processo, a decisão 
concessiva tem natureza jurídica de decisão interlocutória impugnável por agravo de instrumento (art. 1.015, 
I, do CPC); quando é concedida na sentença o recurso cabível é a apelação (art. 1.013, §5º, do CPC). Veja o 
CPC: 
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem 
sobre: 
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I - tutelas provisórias; 
Art. 1.013. [...] 
§5º O capítulo da sentença que confirma, concede ou revoga a tutela provisória é 
impugnável na apelação. 
A alternativa estaria correta se afirmasse que as decisões concessivas de tutela provisória são impugnáveis, 
caso concedidas pelo juízo de primeira instância, no curso do processo, pelo recurso de agravo de 
instrumento. Portanto, a questão deveria ter sido anulada. 
Vejamos as demais alternativas 
A alternativa A está errada, porque as tutelas provisórias deferidas contra o Poder Público podem ter a 
eficácia suspensa com o manejo do recurso cabível, com o pedido de suspensão de segurança (art. 1.059 do 
CPC) e por iniciativa do próprio juiz (art. 296, caput, do CPC). Ou seja, não é apenas com o manejo do recurso 
cabível que a tutela provisória pode ter sua eficácia suspensa. Confira, o CPC: 
Art. 296. A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a 
qualquer tempo, ser revogada ou modificada. 
Parágrafo único. Salvo decisão judicial em contrário, a tutela provisória conservará a 
eficácia durante o período de suspensão do processo. 
Art. 1.059.À tutela provisória requerida contra a Fazenda Pública aplica-se o disposto nos 
arts. 1º a 4º da Lei nº 8.437, de 30 de junho de 1992, e no art. 7º, § 2º, da Lei nº 12.016, de 
7 de agosto de 2009. 
Estabelece o art. 4º, caput, da Lei 8.437/1992: 
Art. 4° Compete ao presidente do tribunal, ao qual couber o conhecimento do respectivo 
recurso, suspender, em despacho fundamentado, a execução da liminar nas ações movidas 
contra o Poder Público ou seus agentes, a requerimento do Ministério Público ou da pessoa 
jurídica de direito público interessada, em caso de manifesto interesse público ou de 
flagrante ilegitimidade, e para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à 
economia públicas. 
A assertiva B está errada, porque a tutela provisória tem natureza satisfativa, na hipótese de concessão de 
alimentos provisórios. 
A alternativa C está incorreta, pois as tutelas de urgência podem ser requeridas de forma antecedente 
(formulada antes que o pedido principal tenha sido apresentado ou, ao menos, antes que ele tenha sido 
apresentado com a argumentação completa) ou de forma incidental (é requerida quando o processo já foi 
ajuizado, a medida será requerida no seu bojo quando se apresentar uma situação de urgência). Neste 
sentido, é o art. 294, parágra único, do CPC: 
Art. 294. [...] 
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Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser 
concedida em caráter antecedente ou incidental. 
A assertiva D está incorreta, porque nos termos do art. 296 do CPC, a tutela de urgência acautelatória pode 
ser modificada ou revogada a qualquer tempo. Veja: 
Art. 296. A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a 
qualquer tempo, ser revogada ou modificada. 
41. (FGV/MPE-AL - 2018) Sobre a tutela provisória, analise as afirmativas a seguir. 
I. Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução. 
II. Uma vez estabilizada a tutela antecipada antecedente, pode o interessado propor ação rescisória no prazo 
de dois anos. 
III. O indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o pedido principal, nem influi no 
julgamento desse, salvo se o motivo do indeferimento for o reconhecimento de decadência ou de prescrição. 
Está correto o que se afirma em 
a) II, apenas. 
b) I e II, apenas. 
c) I e III, apenas. 
d) II e III, apenas. 
e) I, II e III. 
Comentários 
O item I está correto. A fim de garantir a efetiva indenização dos prejuízos que eventualmente o requerido 
venha a sofrer, o juiz pode determinar a prestação de caução como condição para a concessão da tutela de 
urgência. Neste sentido, o art. 300, §1º, do CPC: 
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a 
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
§1º Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real 
ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo 
a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la. 
O item II está incorreto. Sendo extinto o processo com a estabilização da tutela antecipada, o § 2º do art. 
304 do CPC prevê que qualquer das partes poderá ingressar com novo processo com o objetivo de rever, 
reformar ou invalidar a tutela antecipada estabilizada. Essa será uma ação própria, com o prazo decadencial 
de 2 anos da decisão que estabiliza os efeitos da tutela antecipada, contudo, essa ação não se será rescisória, 
mas nova ação de conhecimento. Neste sentido, o art. 304 do CPC: 
Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303 , torna-se estável se da 
decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso. 
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§ 2º Qualquer das partes poderá demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou 
invalidar a tutela antecipada estabilizada nos termos do caput . 
§ 5º O direito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada, previsto no § 2º deste 
artigo, extingue-se após 2 (dois) anos, contados da ciência da decisão que extinguiu o 
processo, nos termos do § 1º. 
O item III está certo, com base no art. 310 do CPC: 
Art. 310. O indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o pedido 
principal, nem influi no julgamento desse, salvo se o motivo do indeferimento for o 
reconhecimento de decadência ou de prescrição. 
Portanto, a alternativa C é a correta e gabarito da questão, uma vez que apenas os itens I e III estão certos. 
42. (FGV/ALERO - 2018) Proposta demanda em que o autor visa apenas à concessão de tutela de 
urgência de natureza cautelar, o réu, depois de citado, ofertou contestação em que suscitou, entre outras 
matérias defensivas, a ocorrência da prescrição, a fulminar o próprio direito subjetivo afirmado na inicial. 
Na sequência, o juiz proferiu sentença em que reconhecia a prescrição, decisão esta que, à falta de 
interposição de qualquer recurso, transitou em julgado. O autor, pouco tempo depois, intentou demanda 
em que formulou o pedido principal. 
O juiz da causa deve 
a) julgar extinto o processo, sem resolução do mérito, haja vista o óbice da coisa julgada material. 
b) conhecer do mérito do processo, pois a sentença proferida no feito precedente não deu azo à formação 
da coisa julgada material. 
c) conhecer do mérito do processo, desde que a petição inicial tenha sido instruída com prova nova. 
d) julgar extinto o processo, sem resolução do mérito, haja vista o óbice da litispendência. 
e) suspender o curso do processo, até que o autor pleiteie e obtenha, em ação impugnativa autônoma, a 
desconstituição da sentença proferida no feito precedente. 
Comentários 
A alternativa A é a correta e gabarito da questão. Para a concessão de tutela de urgência – seja antecipada, 
seja cautelar – basta o juízo de cognição sumária, consubstanciado na probabilidade do direito perseguido 
pela parte. Deste modo, se o juiz afirma, em decisão precária, que a parte não possui direito à tutela de 
urgência, não restará, de forma alguma, prejudicado o pedido principal, haja vista que o mérito do processo 
deve ser julgado através de um juízo de cognição exauriente, após a observância de toda a marcha 
processual. 
Contudo, na sentença que reconhece a prescrição ou decadência na própria cautelar e julga extinto o 
processo com esse fundamento, a sentença será de mérito, nos termos do art. 487, II, do CPC e produzirá 
coisa julgada material, tornando-se imutável e indiscutível. 
Neste sentido, é a redação do art. 310 do CPC: 
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Art. 310. O indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o pedido 
principal, nem influi no julgamento desse, salvo se o motivo do indeferimento for o 
reconhecimento de decadência ou de prescrição. 
Assim, no caso descrito no enunciado, o autor requereu um tutela cautelar que foi indeferida pela ocorrência 
da prescrição, de modo que esta sentença julgou o mérito da ação, nos termos do art. 487, II, do CPC; neste 
passo, a nova ação proposta pelo autor deve ser extinta sem resolução do mérito, por coisa julgada. Neste 
sentido, o art. 485, V, do CPC: 
Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: 
V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada; 
43. (FGV/ALERO - 2018) Acerca da tutela provisória no Código de Processo Civil, é correto afirmar que: 
a) é requisito essencialpara as tutelas provisórias o risco de dano ao direito em jogo ou ao resultado útil do 
processo. 
b) a tutela provisória requerida em caráter antecedente independe do pagamento de custas. 
c) cessa a eficácia da tutela concedida em caráter antecedente, se o autor não deduzir o pedido principal no 
prazo legal. 
d) o réu será citado para, no prazo de quinze dias, contestar o pedido e indicar as provas que pretende 
produzir. 
e) se por qualquer motivo cessar a eficácia da tutela cautelar, é vedado à parte renovar o pedido, sob 
qualquer fundamento. 
Comentários 
A assertiva A está incorreta. Com o CPC/2015, houve a regulamentação da tutela provisória, que pode se 
basear em urgência ou em evidência. A primeira, requer seja demonstrada a probabilidade do direito e o 
perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo; além disso, subdivide-se, em tutela cautelar e tutela 
antecipada. 
Por sua vez, a tutela de evidência nada tem a ver com a urgência, sendo espécie de tutela provisória que 
pode ser concedida independentemente da demonstração de perigo ou de risco ao resultado útil do 
processo. Neste sentido, o art. 294 do CPC: 
Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência. 
Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser 
concedida em caráter antecedente ou incidental. 
A alternativa B está errada, porque se o pedido de tutela provisória for feito incidentalmente, o art. 295 do 
CPC dispensa o pagamento de custas. Confira: 
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Art. 295. A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do pagamento de 
custas. 
Em suma, o requerimento de tutela provisória incidental não depende do pagamento de custas, porque o 
processo já está em andamento e a decisão que determinar tal pagamento é recorrível por meio de agravo 
de instrumento, nos termos do art. 1.015, I, do CPC. 
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, porque cessa a eficácia da tutela cautelar concedida 
em caráter antecedente, se o autor não deduzir o pedido principal no prazo legal, nos termos do art. 309, I, 
do CPC: 
Art. 309. Cessa a eficácia da tutela concedida em caráter antecedente, se: 
I - o autor não deduzir o pedido principal no prazo legal; 
A assertiva D está errada, pois o prazo para o réu contestar o pedido e indicar as provas que pretende 
produzir é de 5 dias, nos termos do art. 306 do CPC: 
Art. 306. O réu será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, contestar o pedido e indicar as 
provas que pretende produzir. 
A assertiva E está incorreta, porque salvo sob novo fundamento, se, por qualquer motivo, cessar a eficácia 
da tutela cautelar, é vedado à parte renovar o pedido. Neste sentido, o art. 309, parágra único, do CPC: 
Art. 309. [...] 
Parágrafo único. Se por qualquer motivo cessar a eficácia da tutela cautelar, é vedado à 
parte renovar o pedido, salvo sob novo fundamento. 
44. (FGV/TJ-AL - 2018) O credor, ao perceber que o devedor estaria alienando todos os seus bens, e 
que esse comportamento poderia caracterizar uma tentativa de insolvência para não realizar o pagamento 
na data estipulada, distribuiu uma petição inicial visando à prestação de tutela cautelar em caráter 
antecedente. Para tanto, indicou a lide e seu fundamento, expôs de forma sumária seu direito que 
objetivava assegurar e revelou que a atitude do réu traz risco ao resultado útil do processo. 
Nesse sentido, é correto afirmar que: 
a) o réu será citado para, no prazo de cinco dias, contestar o pedido e indicar as provas que pretende 
produzir; 
b) não sendo contestado o pedido, o réu será considerado revel e o juiz decidirá dentro de dez dias; 
c) efetivada a tutela cautelar, o pedido principal deverá ser formulado em trinta dias em autos apartados; 
d) na formulação do pedido principal não poderá a causa de pedir ser aditada; 
e) apresentado o pedido principal, o autor será intimado, e o réu citado, para a audiência de conciliação ou 
mediação. 
Comentários 
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A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, conforme prevê o art. 306, do CPC/15: 
Art. 306. O réu será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, contestar o pedido e indicar as 
provas que pretende produzir. 
A alternativa B está incorreta. Não sendo contestado o pedido, o réu será considerado revel e o juiz decidirá 
dentro de 5 dias. É o que dispõe o art. 307, da Lei nº 13.105/15: 
Art. 307. Não sendo contestado o pedido, os fatos alegados pelo autor presumir-se-ão 
aceitos pelo réu como ocorridos, caso em que o juiz decidirá dentro de 5 (cinco) dias. 
A alternativa C está incorreta. De acordo com o art. 308, caput, do CPC/15, após efetivada a tutela cautelar, 
o pedido principal deverá ser formulado em trinta dias nos mesmos autos. 
A alternativa D está incorreta. O §2º, do art. 308, estabelece que a causa de pedir poderá ser aditada no 
momento de formulação do pedido principal. 
A alternativa E está incorreta. Apresentado o pedido principal, o autor e o réu serão intimados para a 
audiência de conciliação ou mediação, nos termos do §3º, do art. 308, do CPC/15: 
§ 3º Apresentado o pedido principal, as partes serão intimadas para a audiência de 
conciliação ou de mediação, na forma do art. 334 , por seus advogados ou pessoalmente, 
sem necessidade de nova citação do réu. 
45. (FGV/TJ-SC - 2018) Proposta ação rescisória para alvejar uma sentença que o havia condenado a 
pagar quantia vultosa, o seu autor, sem prejuízo da formulação do pedido principal, pleiteou a concessão, 
inaudita altera para, de tutela provisória, consubstanciada na ordem de suspensão imediata da execução 
do título judicial, a qual já tinha curso normal no feito primitivo, até o julgamento do mérito da ação 
autônoma de impugnação. 
Trata-se da seguinte medida liminar: 
(A) tutela de evidência, de natureza antecipada; 
(B) tutela de evidência, de natureza cautelar; 
(C) tutela de urgência, de natureza antecipada; 
(D) tutela de urgência, de natureza cautelar; 
(E) tutela jurisdicional definitiva. 
Comentários 
A tutela de urgência se diferencia da tutela de evidência pelo fato de, nesta última, não haver necessidade 
de demonstração de perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo. Além disso, a tutela de 
evidência vem disciplinada em rol taxativo no art. 311, do CPC, do qual constam as seguintes hipóteses: 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de 
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
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I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório 
da parte; 
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese 
firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; 
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do 
contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto 
custodiado, sob cominação de multa; 
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos 
do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável. 
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente. 
Como se pode perceber, a situação em tela não se enquadra em nenhuma das hipóteses elencadas no art. 
311. Além disso, podemos afirmar que, apesar de não ter sido explicitado na questão, há elementosque 
evidenciam o perigo de dano, como, por exemplo, a expressão “quantia vultuosa”. Daí se poder concluir que 
a tutela provisória pleiteada tem natureza de tutela de urgência. 
Quanto a ser cautelar ou antecipada, precisamos lembrar que a tutela antecipada é aquela que satisfaz uma 
pretensão ainda que provisoriamente, enquanto a tutela cautelar é aquela que garante o resultado útil do 
processo, não necessariamente antecipando uma satisfação. Como no caso o que autor pede, em sede de 
ação rescisória, é para não ser executado, nos moldes do que vinha ocorrendo, o que teremos é uma tutela 
de natureza cautelar, quer dizer, uma tutela que garante o resultado da ação do art. 966, caso ela seja julgada 
procedente. 
De todo o exposto, nosso gabarito só pode ser a alternativa D. 
Vejamos o erro das demais alternativas: 
A alternativa A e a alternativa B estão incorretas, por não se tratar de tutela de evidência. 
A alternativa C está incorreta, por não se tratar de tutela de natureza antecipada. 
E a alternativa E está incorreta, uma vez que o enunciado deixa claro tratar-se de medida provisória e não 
definitiva. 
46. (FGV/TJ-SC - 2018) Joana, avó paterna, tem a guarda de fato de seu neto Lucas desde que ele 
nasceu. O menor tem hoje 7 anos de idade. A genitora faleceu no parto e é desconhecido o paradeiro do 
genitor. Havendo necessidade de matricular o infante em estabelecimento de ensino, foi exigido da avó 
Joana que apresentasse a certidão de guarda do menor. 
Para tanto, a avó procurou a Defensoria Pública, que pode: 
a) ajuizar ação de guarda, e requerer, em tutela de urgência, a busca e apreensão do menor, de natureza 
satisfativa, em caráter incidental; 
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b) ajuizar ação de guarda, e requerer, em tutela de evidência, a guarda provisória, de natureza antecipada, 
em caráter antecedente ou incidental; 
c) ajuizar ação de guarda, e requerer, em tutela de urgência, a guarda provisória, de natureza antecipada, 
em caráter antecedente ou incidental; 
d) encaminhar os autos ao Ministério Público para que esse ajuíze ação de guarda para a avó, uma vez que 
ela não pode ser parte legítima em ação de guarda do neto; 
e) encaminhar os autos ao Ministério Público para que esse represente o menor e proponha a ação de 
guarda, em nome próprio, na defesa dos interesses do menor. 
Comentários 
No presente caso deve ser ajuizada a ação de guarda. Devido à urgência em matricular a criança no ensino 
regular, pode ser requerida a tutela de urgência, prevista do art. 300, do CPC: 
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a 
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
No caso, trata-se de tutela de urgência de natural antecipada, que visa obter a prestação jurisdicional de 
forma antecipada antes as circunstâncias, não sendo indicado aguardar o ônus do tempo do processo. 
Portanto, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão. 
CONSULPLAN 
47. (CONSULPLAN/TJ-MG - 2018) Sobre tutela provisória antecipatória assinale a afirmativa 
INCORRETA. 
a) No caso de estabilização da tutela antecipatória, a formação da coisa julgada poderá ser questionada 
através da ação rescisória. 
b) A execução fundada na decisão estabilizada poderá ser definitiva, considerando que não existe relação 
entre a execução ser definitiva e a circunstância de se operar a coisa julgada material. 
c) A decisão que concede a tutela provisória, mesmo estabilizada pela inércia do Poder Público não está 
sujeita ao reexame necessário, em que pese seja proferida contra a União, Estados, Distrito Federal e 
Municípios. 
d) Uma vez concedida a tutela antecipada requerida em caráter antecedente, a estabilização depende da 
postura do autor e do réu. Se o autor não aditar a inicial, o processo será extinto sem resolução do mérito, 
o que implicará revogação da tutela antecipada concedida, inviabilizando a estabilização. 
Comentários 
A assertiva A é a incorreta e gabarito da questão. Sendo extinto o processo com a estabilização da tutela 
antecipada, o § 2º do art. 304 do CPC prevê que qualquer das partes poderá ingressar com novo processo 
com o objetivo de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada estabilizada. Essa será uma ação própria, 
com o prazo decadencial de 2 anos da decisão que estabiliza os efeitos da tutela antecipada. Contudo, esta 
ação não é rescisória, nem com ela se confunde. 
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A assertiva B está certa. A tutela ainda não estabilizada enseja execução provisória (art. 297, parágrafo único, 
do CPC), ao passo que a tutela estabilizada enseja execução definitiva, tão logo extinto o processo nos termos 
do art. 304, §1º, do CPC, pois não faria nenhum sentido criar a estabilização e ao mesmo tempo impedir o 
autor de efetivar medidas irreversíveis face as amarras do regime do cumprimento provisório de sentença 
(art. 520 e ss. do CPC). Confira o CPC: 
Art. 297. O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação 
da tutela provisória. 
Parágrafo único. A efetivação da tutela provisória observará as normas referentes ao 
cumprimento provisório da sentença, no que couber. 
A alternativa C está correta. A remessa necessária é uma condição de eficácia da sentença e, no caso 
analisado, não há sentença em sentido estrito, mas mera decisão, que, por força das novas regras acrescidas 
ao CPC/2015, pode tornar-se estável. Havendo decisão que a Fazenda Pública repute injusta e contra a qual 
eventualmente não tenha interposto o recurso de agravo, basta a propositura da ação de revisão da tutela 
antecipada para questioná-la. Não há, portanto, qualquer prejuízo aos entes públicos em virtude da não 
submissão da decisão ao duplo grau de jurisdição obrigatório. 
A assertiva D está certa. Uma vez concedida a tutela antecipada requerida em caráter antecedente, a 
estabilização depende da postura do autor e do réu. Se o autor não aditar a inicial, o processo será extinto 
sem resolução do mérito, o que implicará revogação da tutela antecipada concedida, inviabilizando a 
estabilização. O não aditamento significa que o autor, embora tenha aderido à autonomização do 
procedimento da tutela antecipada, perdeu o interesse processual no desfecho do processo. 
A declaração de estabilização deve aguardar o escoamento do prazo para o aditamento a ser feito pelo autor, 
que tem início a contar da intimação para proceder ao aditamento, bem como do prazo para interposição 
do agravo de instrumento pelo réu, que terá início a partir da intimação da decisão concessiva da tutela 
antecipada. Se o autor aditar a inicial e o réu não agravar, a tutela será estabilizada. 
48. (CONSULPLAN/TJ-MG - 2018) Sobre Tutelas Provisórias no novo Código de Processo Civil, é 
INCORRETO afirmar que: 
a) O prazo para aditamento da petição inicial na tutela antecipatória vai depender se a tutela antecipada foi 
ou não concedida. 
b) Efetivada a tutela cautelar antecedente, o pedido principal deve ser formulado pelo autor no trintídio 
legal sob pena de caducidade da medida. 
c) Não será possível a estabilização da tutela provisória antecipatória ou cautelar caso a parte contrária 
maneje o respectivo recurso contra a decisão que a concedeu. 
d) A tutela provisória da evidência pode ser requerida quando houver tese firmada em julgamento de casos 
repetitivos ou em súmula vinculante e os fatos possam ser comprovados tão somente por meio de 
documentos. 
Comentários 
A alternativa A está certa, porque caso seja concedida a tutela antecipada requerida em caráter 
antecedente, o autor deverá aditar a petição inicial no prazode 15 dias. Contudo, caso não haja elementos 
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para a concessão da tutela antecipada, o magistrado determinará a emenda da petição inicial no prazo de 5 
dias, sob pena de ser indeferida e de o processo ser extinto sem resolução do mérito. Neste sentido, o art. 
303, §1º, I e §6º, do CPC: 
Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição 
inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de 
tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano 
ou do risco ao resultado útil do processo. 
§ 1º Concedida a tutela antecipada a que se refere o caput deste artigo: 
I - o autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação de sua argumentação, a 
juntada de novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final, em 15 (quinze) 
dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar; 
§ 6º Caso entenda que não há elementos para a concessão de tutela antecipada, o órgão 
jurisdicional determinará a emenda da petição inicial em até 5 (cinco) dias, sob pena de ser 
indeferida e de o processo ser extinto sem resolução de mérito. 
A assertiva B está correta, porque sendo deferido o pedido de tutela cautelar formulada em caráter 
antecedente e havendo a sua efetivação, o autor terá o prazo de 30 dias para formular o pedido principal 
por meio de emenda da petição inicial, nos termos do art. 308, caput, do CPC, sendo que nesse caso não 
haverá sentença a extinguir o processo cautelar, que terá, se convertido em processo principal, no qual será 
proferida sentença com a concessão da tutela definitiva. Veja o art. 308, caput, do CPC: 
Art. 308. Efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no 
prazo de 30 (trinta) dias, caso em que será apresentado nos mesmos autos em que 
deduzido o pedido de tutela cautelar, não dependendo do adiantamento de novas custas 
processuais. 
Ademais, caso o autor não deduza o pedido principal no prazo de 30 dias, cessará a eficácia da tutela 
concedida em caráter antecedentes, nos termos do art. 309, I, do CPC. 
A alternativa C está incorreta e é o gabarito da questão, porque o legislador restringiu a estabilização da 
tutela provisória apenas à tutela antecipada concedida de forma antecedente, de modo que não se aplica o 
instituto à tutela antecipada incidental, à tutela cautelar e à tutela de evidência. Neste sentido: 
Enunciado nº 420 do Fórum Permanente de Processualistas Civis – FPPC: Não cabe 
estabilização de tutela cautelar. 
A assertiva D está certa. A tutela de evidência é tutela provisória que permite ao juiz antecipar uma medida 
satisfativa, transferindo para o réu o ônus da prova, porque há a possibilidade de aferir a existência de 
elementos que não só evidenciem a probabilidade do direito, mas a sua existência. 
Dentre as hipóteses de deferimento da tutela de evidência encontram-se as alegações de fato puderem ser 
comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos – sem a 
necessidade de trânsito em julgado – ou em súmula vinculante. Ressalte-se, que nessa situação, fica 
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evidenciada a necessidade de probabilidade de existência do direito do autor, elemento essencial da tutela 
de evidência. Neste sentido, o art. 311, II, do CPC: 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de 
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese 
firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; 
49. (CONSULPLAN/TJ-MG - 2018) Acerca da tutela provisória de urgência cautelar ou satisfativa, é 
correto afirmar que a parte 
a) deve demonstrar apenas o perigo de dano. 
b) somente pode requerer em caráter antecedente. 
c) é responsável pela indenização do dano processual se a sentença for desfavorável para ela. 
d) é responsável pela indenização do dano processual ainda que a sentença seja favorável a ela. 
Comentários 
Segundo o art. 302, I, do CPC, independentemente da reparação de dano processual, a parte deve responder 
pelo prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, caso a sentença lhe seja 
desfavorável. É por isso que podemos dizer que a parte favorecida pelos efeitos da tutela antecipada deve 
indenizar a outra pelos danos advindos dessa antecipação, caso a sentença seja desfavorável a ela, situação 
em que, ainda, deverá indenizar a parte vencedora pelos danos processuais (alternativa C). 
A alternativa A está incorreta, porque, conforme disciplina o art. 300, a tutela provisória de urgência, 
cautelar ou satisfativa, depende da demonstração de probabilidade do direito e de perigo do dano ou de 
risco ao resultado útil do processo. 
A alternativa B está incorreta, uma vez que a tutela provisória de urgência, cautelar ou satisfativa, pode ser 
requerida tanto de forma antecedente como de forma incidental (art. 294, parágrafo único). 
E a alternativa D também está incorreta. Caso a sentença seja favorável àquela parte que se beneficiou dos 
efeitos da tutela antecipada, não haverá que se falar em indenização, nos termos do art. 302, I, interpretado 
em sentido contrário. 
50. (CONSULPLAN/TJ-MG - 2017) Relativamente à tutela de urgência, dentre as afirmativas abaixo, 
apenas uma é INCORRETA. Assinale-a: 
a) Será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano 
ou risco ao resultado útil do processo. 
b) Poderá ser concedida liminarmente ou após justificação prévia. 
c) Em hipótese alguma a caução real ou fidejussória poderá ser dispensada. 
d) A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade 
dos efeitos da decisão. 
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Comentários 
A alternativa A está correta, conforme dispõe o art. 300, caput, do CPC. 
A alternativa B está correta, conforme dispõe o art. 300, §2º, do CPC. 
A alternativa C é a incorreta e gabarito da questão. De acordo com o §1º, do art. 300, do CPC, a caução 
poderá ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la. 
§ 1o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução 
real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, 
podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder 
oferecê-la. 
A alternativa D está correta, conforme dispõe o art. 300, §3º, do CPC. 
Outras Bancas 
51. (IBFC/TRE-PA - 2020) No tocante à disciplina das tutelas provisórias, tal qual previstas no Código de 
Processo Civil, assinale a alternativa incorreta. 
a) Para a concessão de tutela de urgência ou evidência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou 
fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser 
dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la. 
b) A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco 
ao resultado útil do processo, quando as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas 
documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante, caso 
em que o juiz poderá decidir liminarmente. 
c) Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo prejuízoque a efetivação 
da tutela de urgência causar à parte adversa, entre outras hipóteses, obtida liminarmente a tutela em caráter 
antecedente, não fornecer os meios necessários para a citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias. 
d) Efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no prazo de 30 (trinta) 
dias, caso em que será apresentado nos mesmos autos em que deduzido o pedido de tutela cautelar, não 
dependendo do adiantamento de novas custas processuais. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta e é o gabarito da questão. A caução só será exigida para a concessão de tutela 
de urgência (não engloba a tutela de evidência). De acordo com o art. 300, §1º do CPC: "para a concessão 
da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir 
os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente 
hipossuficiente não puder oferecê-la." 
A alternativa B está correta. A alternativa apresenta o caput do art. 311, inciso II e parágrafo único do Código 
de Processo Civil. 
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Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de 
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: (...) 
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese 
firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; 
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente. 
A alternativa C está correta. O Código de Processo Civil prevê, no art. 302, inciso II, que "independentemente 
da reparação por dano processual, a parte responde pelo prejuízo que a efetivação da tutela de urgência 
causar à parte adversa, se: (...) II - obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os 
meios necessários para a citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias." 
A alternativa D está correta. Trata-se da literalidade do caput do art. 308 do CPC: "Efetivada a tutela cautelar, 
o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no prazo de 30 (trinta) dias, caso em que será apresentado 
nos mesmos autos em que deduzido o pedido de tutela cautelar, não dependendo do adiantamento de novas 
custas processuais." 
52. (QUADRIX/CREA-GO - 2019) Para a concessão da tutela de evidência, o autor deverá demonstrar o 
perigo de dano e o risco ao resultado útil do processo. 
Comentários 
A questão faz um jogo com os institutos da tutela de urgência e tutela de evidência. Como o próprio nome 
diz, a primeira será concedida no caso o juiz verifique uma situação de risco, caso a medida não seja 
concedida imediatamente. Já a tutela de evidência tem cabimento quando o direito da parte se encontra 
suficientemente demonstrado, sendo desnecessário provar urgência. 
• Tutela de Urgência: elementos que evidenciem a probabilidade do direito + perigo de dano OU o 
risco ao resultado útil do processo; 
• Tutela de Evidência: é concedida independentemente da demonstração de perigo de dano ou de 
risco ao resultado útil do processo, quando: 
o ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da 
parte; 
o as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese 
firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; 
o se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de 
depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob 
cominação de multa; 
o a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do 
direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável. 
Assim, a assertiva está incorreta. 
53. (INAZ do Pará/CORE-SP - 2019) No que diz respeito à Tutela de Urgência e de Evidência reguladas 
pelo Código de Processo Civil vigente, marque a alternativa correta 
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a) A tutela de urgência de natureza antecipada será concedida quando houver elementos que evidenciem a 
probabilidade do direito, o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo, ainda que exista perigo 
de irreversibilidade dos efeitos da decisão. 
b) O juiz não poderá exigir caução real ou fidejussória, pois não há obrigação nesse sentido prevista no atual 
Código de Processo Civil. 
c) A concessão da Tutela de Evidência independe da demonstração de perigo de dano ou de risco ao 
resultado útil do processo quando ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito 
protelatório da outra parte. 
d) Concedida a tutela antecipada em caráter antecedente, o autor deverá aditar a inicial, complementando 
sua argumentação, juntando novos documentos e confirmando o pedido de tutela final, no prazo legal de 30 
(trinta) dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar. 
e) O Novo Código de Processo Civil traz a possibilidade da tutela de urgência ser concedida em caráter 
liminar, não trazendo, contudo, a possibilidade de concessão após audiência de justificação prévia, pois, 
neste caso, perderia sua natureza provisória. 
Comentários 
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. De acordo com o art. 311, I, do CPC, a concessão da 
tutela de evidência não depende da demonstração de perigo de dano/risco ao resultado útil do processo 
quando haja abuso do direito de defesa ou manifesto propósito protelatório da parte adversa. Confira a 
redação do dispositivo: 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de 
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório 
da parte; 
 Vejamos as demais alternativas. 
A alternativa A está incorreta. A tutela de urgência é tutela provisória concedida pela forma de satisfação 
antecipada do direito ou pelo deferimento de medida protetiva, quando houver elementos que evidenciem 
a probabilidade do direito (fumus boni juris) e o perigo de dano (periculum in mora) ou o risco ao resultado 
útil do processo, isto é, risco de que sem a medida o litigante possa sofrer perigo de prejuízo irreparável ou 
de difícil reparação. 
A tutela de urgência de natureza antecipada será concedida quando houver elementos que evidenciem a 
probabilidade do direito, o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo, mas ela não será 
concedida se houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão concessiva da tutela. Neste sentido, 
o art. 300, §3º, do CPC: 
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a 
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
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§3º A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo 
de irreversibilidade dos efeitos da decisão. 
A alternativa B está errada. Para conceder a tutela de urgência, o juiz pode exigir caução real ou fidejussória, 
podendo dispensá-la se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la. Neste sentido, veja 
o art. 301, § 1º, do CPC: 
Art. 301. [...] 
§1º Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real 
ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo 
a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la. 
Registre-se adistinção entre a caução fidejussória e a real: 
CAUÇÃO FIDEJUSSÓRIA CAUÇÃO REAL 
É a fiança, o contrato pelo qual alguém, o fiador, 
garante satisfazer ao credor uma obrigação 
assumida pelo devedor, caso este não a cumpra. 
É aquela que recai sobre um bem. 
A assertiva D está incorreta. A tutela provisória antecedente é aquela que deflagra o processo em que se 
pretende, no futuro, pedir a tutela definitiva. É requerimento anterior à formulação do pedido de tutela 
definitiva e tem por objetivo adiantar seus efeitos. Primeiro, pede-se a tutela provisória; só depois, pede-se 
a tutela definitiva. Concedida a tutela antecipada em caráter antecedente, o autor deverá aditar a inicial, 
complementando sua argumentação, juntando novos documentos e confirmando o pedido de tutela final, 
no prazo legal de 15 dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar. Neste sentido, o art. 303, § 1º, I, do CPC: 
Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição 
inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de 
tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano 
ou do risco ao resultado útil do processo. 
§ 1º Concedida a tutela antecipada a que se refere o caput deste artigo: 
I - o autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação de sua argumentação, a 
juntada de novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final, em 15 (quinze) 
dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar; 
A alternativa E está errada. O CPC/2015 traz a possibilidade da tutela de urgência ser concedida em caráter 
liminar e a possibilidade de concessão após audiência de justificação prévia, não perdendo neste último caso 
sua natureza provisória. Justificação prévia é a oitiva da parte contrária antes da concessão da tutela de 
urgência. 
Confira o art. 300, § 2º, do CPC: 
Art. 300. [...] 
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§2º A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia. 
54. (IAUPE/UPE – 2019) A respeito da tutela provisória, é CORRETO afirmar que 
a) a tutela provisória de urgência, assim como a tutela provisória de evidência, pode ser concedida em 
caráter antecedente ou incidente. 
b) é cabível ação rescisória no prazo decadencial de dois anos da decisão que estabiliza os efeitos da tutela 
antecipada. 
c) a tutela de evidência prescinde de risco ao resultado útil do processo e do perigo de dano e poderá ser 
concedida de maneira liminar, quando ficar caracterizado o abuso do direito de defesa. 
d) apenas o réu poderá demandar com o intuito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada 
estabilizada. 
e) é vedada a exigência de recolhimento de custas para apreciar requerimento de tutela provisória 
incidental, cuja decisão, se assim subordiná-lo, é recorrível por meio de agravo de instrumento. 
Comentários 
A alternativa E está correta. Qualquer espécie de tutela provisória pode ser concedida incidentalmente. 
Significa que já estando em trâmite o processo de conhecimento, ou de execução, basta à parte apresentar 
petição devidamente fundamentada requerendo a concessão da tutela provisória cabível no caso concreto. 
Também poderá fazer o pedido de tutela provisória como tópico da petição inicial. Sendo o pedido de tutela 
provisória feito incidentalmente, o art. 295, do CPC, dispensa o pagamento de custas. Confira: 
Art. 295. A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do pagamento de 
custas. 
Em suma, o requerimento de tutela provisória incidental não depende do pagamento de custas, porque o 
processo já está em andamento e a decisão que determinar tal pagamento é recorrível por meio de agravo 
de instrumento, conforme determina o art. 1.015, I, do CPC: 
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem 
sobre: 
I - tutelas provisórias; 
Vejamos as demais alternativas. 
A alternativa A está incorreta. Inicialmente vejamos o quadro comparativo entre a tutela de evidência e de 
urgência: 
TUTELA DE URGÊNCIA TUTELA DE EVIDÊNCIA 
É a tutela provisória concedida pela forma de 
satisfação antecipada do direito ou pelo 
deferimento de medida protetiva, quando houver 
elementos que evidenciem a probabilidade do 
direito (fumus boni juris) e o perigo de dano 
É a tutela provisória que permite ao juiz antecipar 
uma medida satisfativa, transferindo para o réu o 
ônus da prova porque há a possibilidade de aferir a 
existência de elementos que não só evidenciem a 
probabilidade do direito, mas a sua existência. 
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(periculum in mora) ou o risco ao resultado útil do 
processo, i.e., risco de que sem a medida o litigante 
possa sofrer perigo de prejuízo irreparável ou de 
difícil reparação. 
Somente a tutela provisória de urgência pode ser concedida de forma antecedente; a tutela provisória de 
evidência não pode ser, de modo que é este o erro da assertiva. Neste sentido, o art. 294, parágrafo único, 
do CPC: 
Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência. 
Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser 
concedida em caráter antecedente ou incidental. 
A alternativa B está incorreta. Na técnica da estabilização da tutela antecipada o sistema permite que a 
tutela provisória deferida conserve sua eficácia independentemente de confirmação por decisão posterior 
de mérito, a ser proferida em cognição exauriente. Sendo extinto o processo com a estabilização da tutela 
antecipada, o § 2º do art. 304 do CPC prevê que qualquer das partes poderá ingressar com novo processo 
com o objetivo de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada estabilizada. Essa será uma ação própria, 
com o prazo decadencial de 2 anos da decisão que estabiliza os efeitos da tutela antecipada. Neste sentido, 
o art. 304 do CPC: 
Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303 , torna-se estável se da 
decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso. 
§ 1º No caso previsto no caput , o processo será extinto. 
§ 2º Qualquer das partes poderá demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou 
invalidar a tutela antecipada estabilizada nos termos do caput . 
Frise-se que esta nova ação não é rescisória, nem com ela se confunde. Isto porque, a previsão expressa de 
que não há coisa julgada afasta o cabimento de ação rescisória contra tal decisão, de forma que teremos 
uma decisão de mérito no sistema que jamais será impugnável por ação rescisória, ainda que definitiva. 
A alternativa C está errada. Para a concessão da tutela de evidência não é necessária a demonstração de 
risco ao resultado útil do processo e do perigo de dano (art. 311, caput, do CPC), mas não poderá ser 
concedida de maneira liminar, quando ficar caracterizado o abuso do direito de defesa (art. 311, I, do CPC). 
Somente podem ser concedidas liminarmente as tutelas de evidência que tenham por fundamento alegações 
de fato que podem ser comprovadas documentalmente e sobre as quais haja tese firmada em julgamento 
de casos repetitivos ou em súmula vinculante (art. 311, II, do CPC) ou tenham por fundamento pedido 
reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito (art. 311, III, do CPC), 
conforme determina o art. 311, parágrafo único, do CPC. Confira o CPC: 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de 
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
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I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório 
da parte; 
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese 
firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; 
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do 
contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto 
custodiado, sob cominação de multa; 
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos 
do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável. 
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente. 
A assertiva D está errada, porque qualquer das partes poderá demandar com o intuito de rever, reformar 
ou invalidar a tutela antecipada estabilizada. Neste sentido, o art. 304, § 2º, do CPC: 
Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303 , torna-se estável se da 
decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso. 
§ 2º Qualquer das partes poderá demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou 
invalidar a tutela antecipada estabilizada nos termos do caput . 
55. (FUNDEP/DPE-MG – 2019) Sobre tutela provisória, assinale a alternativa incorreta. 
a) Sendo carente a parte que requer a tutela de urgência, poderá o juiz dispensar apresentação de caução 
destinada a ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer em virtude da efetivação da medida. 
b) O autor responde objetivamente pelos danos ocasionados à outra parte decorrentes da antecipação de 
tutela não confirmada em sentença, independentemente de ordem judicial e de pedido específico do 
interessado. 
c) A tutela provisória de urgência antecipada pode ser concedida na sentença e, havendo omissão judicial 
quanto ao prévio requerimento formulado, nada impede que ela seja concedida na decisão que julga os 
embargos declaratórios. 
d) Ao prever a possibilidade de estabilização da tutela antecipada requerida em caráter incidente, o 
legislador brasileiro equiparou as técnicas processuais de cognição sumária e de cognição exauriente. 
Comentários 
A alternativa D está incorreta e é o gabarito da questão, porque ao prever a possibilidade de estabilização 
da tutela antecipada requerida em caráter antecedente (art. 304, caput, do CPC), o legislador brasileiro não 
equiparou as técnicas processuais de cognição sumária e de cognição exauriente, porque a decisão ainda é 
provisória (art. 304, §5º, do CPC) e não faz coisa julgada (art. 304, §6º, do CPC). Confira o CPC, neste sentido: 
Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da 
decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso. 
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§ 5º O direito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada, previsto no § 2º deste 
artigo, extingue-se após 2 (dois) anos, contados da ciência da decisão que extinguiu o 
processo, nos termos do § 1º. 
§ 6º A decisão que concede a tutela não fará coisa julgada, mas a estabilidade dos 
respectivos efeitos só será afastada por decisão que a revir, reformar ou invalidar, proferida 
em ação ajuizada por uma das partes, nos termos do § 2º deste artigo. 
Ressalte-se, por oportuno, a distinção entre cognição sumária e exauriente: 
COGNIÇÃO SUMÁRIA COGNIÇÃO EXAURIENTE 
A cognição é sumária quando o exame é superficial, 
baseado na probabilidade. 
A cognição é exauriente quando o magistrado faz 
um exame completo ou profundo da matéria. 
Vejamos as demais alternativas. 
A alternativa A está correta, pois, segundo consta da redação do art. 300, §1º, do CPC, a medida de 
contracautela será dispensada quando o demandante for hipossuficiente econômico. Confira: 
Art. 300. [...] 
§1º Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real 
ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo 
a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-
la. 
A assertiva B está certa, porque equivale ao entendimento do STJ, divulgado no Informativo 505, de que o 
autor da ação responde objetivamente pelos danos sofridos pela parte adversa decorrentes da antecipação 
de tutela que não for confirmada em sentença, independentemente de pronunciamento judicial e pedido 
específico da parte interessada. Segundo a redação do art. 302, I, do CPC/2015, constitui-se a obrigação de 
reparar se a sentença for desfavorável à parte de obteve a tutela de urgência: 
Art. 302. Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo 
prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, se: 
I - a sentença lhe for desfavorável; 
A alternativa C está correta, porque está de acordo com a jurisprudência do STJ. Cite-se, neste sentido, o 
AgInt. nos EDcl. no AREsp. 1.057.249/AM: 
TUTELA ANTECIPADA. SENTENÇA. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. A tutela antecipada pode 
ser concedida na sentença ou, se omitida a questão anteriormente proposta, nos 
embargos de declaração. Art. 273 do CPC. Recurso conhecido e provido. (REsp nº 
279.251⁄SP, Relator Ministro Ruy Rosado de Aguiar, Quarta Turma, DJ de 30⁄4⁄2001) 
56. (CS UFG/SANEAGO – 2018) São requisitos para a concessão da tutela provisória de urgência, nos 
termos do Código de Processo Civil: 
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a) abuso de direito e manifesto propósito protelatório da parte. 
b) probabilidade do direito e manifesto propósito protelatório da parte. 
c) perigo de dano e tese firmada em julgamento de recursos repetitivos ou em súmula vinculante. 
d) probabilidade do direito e perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo. 
Comentários 
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. São requisitos para a concessão da tutela de urgência 
a probabilidade do direito (fumus boni juris) e perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo 
(periculum in mora). Veja a redação do art. 300, caput, do CPC: 
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a 
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
Vejamos as demais alternativas. 
A assertiva A está incorreta, porque o abuso de direito de defesa e o manifesto propósito protelatório da 
parte são requisitos para a concessão da tutela de evidência. Neste sentido, o art. 311, I, do CPC: 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de 
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório 
da parte; 
A alternativa B está errada, porque a probabilidade do direito é um dos requisitos da tutela de urgência (art. 
300, caput, do CPC) e o manifesto propósito protelatório da parte é um dos requisitos da tutela de evidência 
(art. 311, I, do CPC). Confira o CPC: 
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a 
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de 
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório 
da parte; 
A assertiva C está errada, pois o perigo de dano é um dos requisitos da tutela de urgência (art. 300, caput, 
do CPC) e a tese firmada em julgamento de recursos repetitivos ou em súmula vinculante é um dos requisitosda tutela de evidência (art. 311, II, do CPC). Veja o CPC: 
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a 
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
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Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de 
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver 
tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; 
57. (NC-UFPR/FOZPREV – 2018) Sobre o regime da defesa do réu, da tutela provisória e da coisa julgada 
no CPC, assinale a alternativa correta. 
a) A incompetência relativa deve ser alegada mediante exceção de incompetência, atendidas as formalidades 
estabelecidas no Código de Processo Civil. 
b) A antecipação de tutela concedida estabiliza-se se o réu não apresentar contestação. 
c) A coisa julgada não favorece nem prejudica terceiros. 
d) Quando alegar sua ilegitimidade ad causam, incumbe ao réu indicar o sujeito passivo da relação jurídica 
discutida sempre que tiver conhecimento. 
e) O Código de Processo Civil veda a antecipação da tutela na ação de embargos de terceiro. 
Comentários 
A alternativa D é a correta e gabarito da questão. O art. 339 do CPC preconiza que é dever do réu a indicação 
da parte legítima na ação, ou seja, incumbe ao réu indicar o sujeito passivo da relação jurídica discutida 
sempre que tiver conhecimento, sob pena de arcar com as despesas processuais e de indenizar o autor pelos 
prejuízos decorrentes da falta da indicação. Neste sentido, o CPC: 
Art. 339. Quando alegar sua ilegitimidade, incumbe ao réu indicar o sujeito passivo da 
relação jurídica discutida sempre que tiver conhecimento, sob pena de arcar com as 
despesas processuais e de indenizar o autor pelos prejuízos decorrentes da falta de 
indicação. 
Vejamos o erro de cada uma das demais alternativas. 
A alternativa A está incorreta, porque o CPC/2015 extinguiu a exceção de incompetência; a incompetência, 
qualquer que seja ela, de acordo com o art. 64 do CPC deve ser alegada em preliminar de contestação. Neste 
sentido, o CPC: 
Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de 
contestação. 
A assertiva B está errada. Não é toda tutela de urgência que pode ser estabilizada, apenas uma única espécie 
dela: a tutela antecipada concedida de forma antecedente (art. 304 do CPC). E assim é porque nela a decisão 
é satisfativa, ou seja, concede a tutela final antes que o pedido principal tenha sido apresentado ou, ao 
menos, antes que ele tenha sido apresentado com a argumentação completa. Veja o CPC: 
Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da 
decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso. 
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A alternativa C está incorreta. No conceito legal, coisa julgada material é o efeito da decisão de mérito que 
a torna imutável e indiscutível (art. 502 do CPC). A coisa julgada material se opera entre as partes entre as 
quais é dada a sentença, não podendo prejudicar terceiros; se for para beneficiar a sentença transitada em 
julgado pode atingir terceiros. Neste sentido, o art. 506 do CPC: 
Art. 506. A sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não prejudicando 
terceiros. 
A assertiva E está errada, porque o art. 678 do CPC permite a antecipação da tutela na ação de embargos de 
terceiro. Qualquer das espécies de tutela provisória pode ser concedida nos embargos de terceiro se o juiz 
estiver suficientemente convencido das alegações do embargante em juízo de cognição sumária. Veja o CPC: 
Art. 678. A decisão que reconhecer suficientemente provado o domínio ou a posse 
determinará a suspensão das medidas constritivas sobre os bens litigiosos objeto dos 
embargos, bem como a manutenção ou a reintegração provisória da posse, se o 
embargante a houver requerido. 
Parágrafo único. O juiz poderá condicionar a ordem de manutenção ou de reintegração 
provisória de posse à prestação de caução pelo requerente, ressalvada a impossibilidade 
da parte economicamente hipossuficiente. 
58. (IDECAN/IPC – 2018) No âmbito das tutelas provisórias, o atual Código de Processo Civil prevê que 
a tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco 
ao resultado útil do processo, quando: 
I. Houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante, ainda que as alegações 
de fato demandem a produção de prova testemunhal. 
II. Ficar caracterizado o manifesto propósito protelatório da parte. 
III. Houver o abuso do direito de defesa. 
Está(ão) correto(s) o(s) item(ns): 
a) Apenas I e II. 
b) Apenas I e III. 
c) Apenas II e III. 
d) Todos estão corretos. 
Comentários 
O item I está incorreto, quando haja tese firmada em julgamento de repetitivos ou súmula vinculante que 
dependa da produção de prova testemunhal, não será possível a concessão da tutela de evidência, haja vista 
que as alegações de fato demandam produção de prova testemunhal; apenas é possível a concessão de 
tutela de evidência se as alegações pudessem ser provadas somente com prova documental, nos termos do 
art. 311, II, do CPC: 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de 
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
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II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese 
firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; 
Os itens II e III estão certos, porque de acordo com o art. 311, I, do CPC restou previsto como requisito para 
a concessão da tutela de evidência o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da 
parte. Confira o CPC: 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de 
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório 
da parte; 
Assim, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão, pois apenas os itens II e III estão certos. 
59. (IBFC/TRF 2 – 2018) Caio requereu, como tutela provisória de urgência, em caráter antecedente, o 
bloqueio de cem mil reais, na conta-corrente de Tício, a título de garantia para a eventual procedência de 
pedido de condenação pecuniária em face do mesmo, tendo o juiz deferido a medida, que não foi 
impugnada. Em seguida, o juiz considerou estabilizada a demanda e extinguiu o processo sem o 
julgamento do mérito. Em relação ao caso descrito, pode-se afirmar que: 
a) o processo deveria ser extinto com o julgamento do mérito. 
b) o juiz deveria ter aguardado a contestação, tendo em vista que a impugnação à estabilização pode ser 
realizada na contestação. 
c) a tutela provisória concedida não é suscetível de estabilização. 
d) o juiz deveria ter indeferido a tutela em questão porque não cabível em caráter antecedente. 
e) o juiz deveria ter aplicado o princípio da fungibilidade à hipótese. 
Comentários 
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, porque a tutela provisória concedida não é suscetível 
de estabilização, haja vista que se trata de tutela cautelar concedida para garantir o futuro cumprimento da 
sentença. 
Frise-se, que não é toda tutela de urgência que pode ser estabilizada,mas tão somente a tutela antecipada 
concedida de forma antecedente, nos termos do art. 304 do CPC, pois nela a decisão é satisfativa, i.e., 
concede-se a tutela final antes que o pedido principal tenha sido apresentado ou, ao menos, antes que ele 
tenha sido apresentado com a argumentação completa. Neste sentido, o caput dos arts. 303 e 304 do CPC: 
Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição 
inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de 
tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano 
ou do risco ao resultado útil do processo. 
Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da 
decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso. 
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Vamos resumir os pressupostos necessários à estabilização da tutela antecipada antecedente? 
a. O requerimento do autor, no bojo da petição inicial, no sentido de valer-se do benefício da tutela 
antecipada antecedente, que faz presumir o interesse na sua estabilização; 
b. A ausência de requerimento, também no bojo da petição inicial, no sentido de dar prosseguimento 
ao processo após eventual decisão concessiva de tutela antecipada; 
c. A prolação de decisão concessiva da tutela satisfativa antecedente; 
d. Ausência de impugnação do réu. 
Vejamos as demais alternativas 
A alternativa A está incorreta, porque quando há estabilização da tutela antecipada antecedente o processo 
deve ser extinto sem julgamento do mérito, uma vez o pedido não é ainda objeto do processo, só sendo a 
ele levado com o aditamento da petição inicial pelo autor. Neste sentido, o art. 304, §1º, do CPC: 
Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303 , torna-se estável se da 
decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso. 
§ 1º No caso previsto no caput , o processo será extinto. 
A assertiva B está errada, porque o instrumento cabível para impugnar a estabilização é o agravo de 
instrumento, nos termos do art. 1.015, I, do CPC: 
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem 
sobre: 
I - tutelas provisórias; 
A alternativa D está incorreta. Nos termos do art. 303, caput, do CPC, quando a urgência for contemporânea 
à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação 
do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou 
do risco ao resultado útil do processo. Como se pode notar do dispositivo legal, não se trata propriamente 
de uma petição inicial, mas de um requerimento inicial voltado exclusivamente à tutela de urgência 
pretendida. No caso em apreço, era totalmente cabível o pedido de tutela antecipada requerida em caráter 
antecedente, haja vista que o autor estava apenas buscando garantir o futuro cumprimento de sentença, 
caso a ação que ajuizará seja julgada procedente. 
A assertiva E está errada. A fungibilidade entre as tutelas de urgência está prevista no art. 305, parágrafo 
único, do CPC, que preconiza que uma vez requerida tutela cautelar em caráter antecedente, caso o juiz 
entenda que sua natureza é satisfativa (antecipatória), poderá assim recebê-la, desde que seguindo o rito 
correspondente. Veja o CPC: 
Art. 305. A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter 
antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se 
objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
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Parágrafo único. Caso entenda que o pedido a que se refere o caput tem natureza 
antecipada, o juiz observará o disposto no art. 303. 
Ocorre que, no caso disposto no enunciado da questão não comporta a aplicação do princípio da 
fungibilidade, porque a tutela possível é só a cautelar antecedente como foi feito. 
60. (COSEAC UFF/Pref Maricá – 2018) Acerca da tutela provisória, é correto afirmar que: 
a) não conserva sua eficácia se o processo for suspenso, salvo decisão judicial em contrário. 
b) ressalvada disposição especial, nos recursos a tutela provisória será requerida ao órgão jurisdicional a 
quo. 
c) nos casos de tutela provisória de urgência em caráter antecedente, não é necessário que a parte indique, 
na petição inicial visando à tutela de urgência antecipada, o valor da causa incluindo o valor do pedido final. 
d) entre as hipóteses de acolhimento de tutela provisória de evidência, não se inclui tese firmada em 
julgamento de casos repetitivos ou súmula vinculante. 
e) em havendo acolhimento de alegação de decadência ou prescrição da pretensão, a parte responderá 
pelos prejuízos que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, independentemente da 
reparação por dano processual. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta, porque a tutela provisória conserva sim a sua eficácia caso o processo seja 
suspenso, salvo decisão em contrário do juiz. Neste sentido, o art. 296, parágrafo único, do CPC: 
Art. 296. [...] 
Parágrafo único. Salvo decisão judicial em contrário, a tutela provisória conservará a 
eficácia durante o período de suspensão do processo. 
A assertiva B está errada, pois nos recursos a tutela provisória será requerida ao órgão ad quem, ou seja, 
aquele competente para apreciar o mérito recursal, ressalvada alguma disposição especial. Neste sentido, o 
art. 299, parágrafo único, do CPC: 
Art. 299. [...] 
Parágrafo único. Ressalvada disposição especial, na ação de competência originária de 
tribunal e nos recursos a tutela provisória será requerida ao órgão jurisdicional competente 
para apreciar o mérito. 
A alternativa C está errada, nos termos do art. 303, §4º, do CPC, nos casos de tutela provisória de urgência 
em caráter antecedente é sim necessário que a parte indique, na petição inicial visando à tutela de urgência 
antecipada, o valor da causa incluído o valor do pedido final. Veja o CPC: 
Art. 303. [...] 
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§ 4º Na petição inicial a que se refere o caput deste artigo, o autor terá de indicar o valor 
da causa, que deve levar em consideração o pedido de tutela final. 
A assertiva D está incorreta, porque dentre as hipóteses de acolhimento de tutela provisória de evidência, 
inclui-se a tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou súmula vinculante, na redação do art. 311, II, 
do CPC: 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de 
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese 
firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; 
A alternativa E é a correta e gabarito da questão. A parte responderá, segundo o art. 302, IV, do CPC, pelos 
prejuízos que a concessão da tutela de urgência causar, quando o juiz acolher a alegação de decadência ou 
prescrição, independe do dano processual (previsto no art. 79 do CPC). Veja o CPC: 
Art. 302. Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo 
prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, se: 
IV - o juiz acolher a alegação de decadência ou prescrição da pretensão do autor. 
61. (FUNRIO/ALERR – 2018) De acordo com o Código de Processo Civil, as tutelas jurisdicional 
provisórias serão concedidas pelo magistrado, utilizandotraz limitações às medidas aplicadas, ele 
prevê, de modo geral, a possibilidade de que sejam utilizadas quaisquer medidas executivas, como, por 
exemplo, a fixação de multas. 
De acordo com a doutrina3, conclui-se que esse dispositivo concede ao julgador “um poder geral de cautela 
e de efetivação, com a adoção de todas as medidas provisórias idôneas e necessárias para a satisfação ou 
acautelamento adiantados”. 
Veja como o assunto já foi explorado em provas: 
 
 
3 JR. DIDIER, Fredie. Curso de Direito Processual Civil, volume 1, 18ª edição, rev., atual. e ampl., Bahia: Editora JusPodvim, 
2016, 603. 
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(MPE-MS - 2015) Julgue: 
As astreintes não podem ser fixadas em decisão concessiva de tutela provisória antecipada, uma vez que 
visam punir a parte que desrespeita a sentença de mérito, podendo ser executada provisoriamente desde 
que o recurso eventualmente interposto não seja recebido com efeito suspensivo. 
Comentários 
A assertiva está incorreta, pois o art. 297, do CPC, é expresso no sentido de permitir a ação de medidas 
necessárias ao cumprimento, inclusive astreintes (multas). 
Sigamos! 
 o art. 298 obriga o magistrado a fundamentar a decisão de tutela provisória de forma clara a precisa, 
aproximando-se do dever de esclarecimento extraído do princípio da cooperação, previsto expressamente 
no art. 6º, do CPC. 
Esse dispositivo tem por finalidade evitar decisões monocráticas que simplesmente concedem a tutela 
provisória com base nos pressupostos legais sem expor qualquer fundamentação mais aprofundada e 
completa. 
Dessa forma, a decisão deve ser fundamentada de forma clara e precisa. 
 A tutela provisória poderá ser concedida de forma antecedente ou no curso da ação. Nesse contexto, o 
art. 299 disciplina que se a tutela for concedida no curso da ação, naturalmente, deve ser requerida ao juiz 
competente para a causa. Quando se tratar de tutela provisória de caráter antecedente, deverá ser 
endereçada diretamente ao magistrado que será competente para analisar a futura ação principal. 
Em relação aos processos que tramitam perante tribunais, estabelece o parágrafo único que, tanto nos 
processos de natureza originária (que começam perante o tribunal) como os processos que chegam ao 
tribunal por intermédio de recurso, se houver requerimento de tutela provisória, quem deverá analisar o 
pedido é o órgão responsável pela decisão de mérito da ação originária ou do recurso. Assim, se a 
competência para julgar o processo for de determinada turma, órgão especial ou do pleno do tribunal, a 
decisão de mérito competirá à turma, ao órgão especial ou ao pleno, respectivamente, a decisão de 
requerimentos de tutelas provisórias. 
Antes de passarmos adiante na análise da disciplina das tutelas de urgência no CPC, vamos tratar de dois 
pontos doutrinários relevantes: requerimento e fungibilidade. 
2.2 - Requerimento 
Ao contrário do que tínhamos em relação ao CPC73, o CPC não prevê a possibilidade de concessão de ofício 
da tutela provisória. Logo, não poderá o magistrado, mesmo que entenda presentes os pressupostos, 
conceder uma tutela provisória sem requerimento da parte (ou seja, conceder de ofício)4. 
 
4 JR. DIDIER, Fredie. Curso de Direito Processual Civil, volume 1, 18ª edição, rev., atual. e ampl., Bahia: Editora JusPodvim, 
2016, p. 606. 
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Portanto, o entendimento atual é no sentido de que a tutela provisória está circunscrita ao princípio da 
demanda, de modo que a parte deverá requerê-la expressamente. 
Isso, contudo, não impede que o magistrado, ciente da situação fática envolvida no processo – à luz do 
princípio da cooperação –, consulte a parte interessada para que requeira a tutela. 
2.3 - Fungibilidade 
No CPC73 tínhamos regra específica de fungibilidade entre a tutela antecipada e a cautelar. Pela sistemática 
anterior, se a parte equivocadamente ingressasse com uma ação cautelar, mas o magistrado, ao analisar o 
pedido, entendesse que se tratava em verdade de pedido antecipatório, aplicava a regra da fungibilidade e, 
se estivessem presentes os pressupostos, concederia a tutela antecipada. 
No CPC não temos essa regra, tal como disposta no Código anterior. 
Contudo, o entendimento da doutrina5 é no sentido de que é possível transmudar-se uma tutela em outra, 
não com fundamento em regra de fungibilidade, mas pela “necessidade de aproveitamento dos atos 
processuais – por força do princípio da duração razoável do processo e da necessidade de promoção da 
economia processual dele decorrente – e a necessidade de se privilegiar a proteção de decisão de mérito em 
detrimento de decisões puramente formais para a causa”. 
Observe-se, ainda, que a fungibilidade é aplicada de forma expressa para as tutelas de urgência de caráter 
antecedente, com base no parágrafo único do art. 305, conforme veremos adiante. 
2.4 - Legitimidade 
Quando falamos em tutelas provisórias, pensamos sempre que ela será requerida pelo autor. Assim, o autor, 
diante do risco da demora ou da probabilidade do direito, pode requerer uma das espécies de tutelas 
provisórias. 
Contudo, como ressalta a doutrina6, “todo aquele que alega ter direitos à tutela jurisdicional (definitiva) está 
legitimado a requerer a antecipação provisória dos seus efeitos”. Portanto, o autor, o réu e os terceiros 
intervenientes possuem legitimidade para requerer tais tutelas. O mesmo ocorre em relação ao Ministério 
Público, tanto quando atuar como parte como na função de fiscal da ordem jurídica. 
 
5 MARINONI, Luiz Guilherme, ARENHART, Sérgio Cruz e MITIDIERO, Daniel. Código de Processo Civil Comentado, 2ª edição, 
rev., ampl. e atual., São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, p. 378. 
6 JR. DIDIER, Fredie. Curso de Direito Processual Civil, volume 1, 18ª edição, rev., atual. e ampl., Bahia: Editora JusPodvim, 
2016, p. 587. 
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3 - Tutelas de Urgência 
A tutela de urgência está disciplinada no CPC entre os arts. 300 e 310. Nos primeiros dispositivos temos 
algumas regras de caráter geral, após, o CPC se ocupa de regrar a tutela de urgência antecipada e, na 
sequência, a tutela de urgência cautelar. 
3.1 - Disposições Gerais 
Conforme já explicitado, a tutela de urgência é concedida sempre que houver elementos que evidenciem 
que a não concessão possa implicar perigo de dano, ou risco ao resultado útil do processo. 
Vamos aprofundar um pouco o conteúdo? 
Primeiramente devemos lembrar que a tutela de urgência abrange tanto a tutela antecipada como a 
cautelar. De acordo com a doutrina, quando o CPC se refere a “perigo de dano” está abordando a concessão 
da tutela de urgência de natureza antecipada (satisfativa); ao passo que quando se reporta à expressão “risco 
ao resultado útil do processo”, temos campo para tutela de urgência de natureza cautelar (conservativa). 
Essa possível associação feita pelo legislador é criticada pela doutrina. Afirmam, em síntese, que a tutela de 
urgência antecipada não deve ser concedida apenas com a hipótese de dano. Além disso, critica-se o fato de 
associarem a tutela de urgência cautelar à necessidade de conservar o processo, quando deveria visar à 
proteção do direito. 
Nesse contexto, para a prova, que é o que realmente importa para nós, primeiramente devemos assinalar a 
alternativa que fizer referência à literalidade expressa do dispositivo. Se a questão se referir ao 
entendimento doutrinário, devemos considerar que a tutela de urgência decorre do perigo da demorao juízo de cognição sumária, e serão de duas 
espécies: de urgência e de evidência. 
Portanto, pode-se afirmar que a tutela 
a) cautelar requerida em juízo, em caráter antecedente, seguirá em processo autônomo. 
b) de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem o perigo de dano ou o risco ao 
resultado útil do processo. 
c) da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao 
resultado útil do processo, quando ficar caracterizado o abuso do direito de defesa. 
d) da evidência será concedida quando houver a demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado 
útil do processo, quando se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do 
contrato de depósito. 
Comentários 
A assertiva A está errada, pois o CPC/2015 extinguiu o processo cautelar autônomo. No novo regime a tutela 
cautelar é tratada como espécie de tutela provisória, baseada na urgência, que pode ser concedida em 
caráter antecedente ou incidental, conforme tenha sido requerida antes ou depois do pedido principal, mas 
sempre dentro processo cuja efetividade visa assegurar. 
A alternativa B está incorreta. A tutela de urgência é concedida quando houver elementos que evidenciem 
a probabilidade do direito (fumus boni juris) e o perigo de dano (periculum in mora) ou o risco ao resultado 
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útil do processo, isto é, risco de que sem a medida o litigante possa sofrer perigo de prejuízo irreparável ou 
de difícil reparação. Neste sentido, o art. 300 do CPC: 
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a 
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
A alternativa C é a correta e o gabarito da questão. De acordo com o art. 311, I, do CPC, a concessão da tutela 
de evidência não depende da demonstração de perigo de dano/risco ao resultado útil do processo quando 
haja abuso do direito de defesa ou manifesto propósito protelatório da parte adversa. Confira a redação do 
dispositivo: 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de 
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório 
da parte; 
A alternativa D está errada. A tutela de evidência, diferente do que ocorre na tutela de urgência, independe 
da demonstração de perigo da demora da prestação da tutela jurisdicional, nos termos do art. 311 do CPC. 
Quanto às hipóteses de cabimento da tutela de evidência, sua terceira hipótese vem prevista no inciso III do 
art. 311 do CPC, que trata das situações de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada 
do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob 
cominação de multa. Confira a redação do art. 311, III, do CPC: 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de 
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do 
contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto 
custodiado, sob cominação de multa; 
62. (CEFETBAHIA/MPE-BA – 2018) Sobre as medidas de urgência no CPC, podemos afirmar: 
a) Que o juiz deverá conceder a tutela de evidência, havendo provas do perigo de dano, quando 
caracterizado manifesto propósito protelatório da parte. 
b) A tutela de urgência exige demonstração de probabilidade do direito, do perigo de dano, além do risco 
ao resultado útil do processo. 
c) Por não ser de urgência, a tutela da evidência prescinde dos requisitos inerentes ao perigo de dano ou 
risco ao resultado útil do processo. 
d) Independentemente da probabilidade do direito alegado, a tutela de urgência é medida acautelatória 
que deve ser concedida se patente o perigo de dano irreparável ou o risco ao resultado útil do processo. 
e) Pelo Novo Código de Processo Civil, não se proferirá decisão contra uma das partes sem ouvi-la 
previamente, sendo esse princípio uma exceção à regra do contraditório diferido, como nas medidas de 
urgência. 
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A assertiva C é a correta e gabarito da questão, porque a tutela de evidência não dependerá da 
demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo e poderá ocorrer até nas situações 
em que os efeitos da decisão sejam irreversíveis, porque a reversibilidade não é pressuposto dela. Neste 
sentido, o art. 311, caput, do CPC: 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de 
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
Em contrapartida, são requisitos para a concessão da tutela de urgência a probabilidade do direito (fumus 
boni juris) e perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo (periculum in mora). Veja a redação do art. 
300, caput, do CPC: 
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a 
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
Vejamos as demais assertivas. 
A alternativa A está errada. A tutela de evidência é tutela provisória que permite ao juiz antecipar uma 
medida satisfativa, transferindo para o réu o ônus da prova porque há a possibilidade de aferir a existência 
de elementos que não só evidenciem a probabilidade do direito, mas a sua existência. 
De acordo com o art. 311, I, do CPC, a concessão da tutela de evidência não depende da demonstração de 
perigo de dano/risco ao resultado útil do processo quando haja abuso do direito de defesa ou manifesto 
propósito protelatório da parte adversa. Confira a redação do dispositivo: 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de 
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório 
da parte; 
As assertiva B e D estão incorretas, porque são requisitos para a concessão da tutela de urgência a 
probabilidade do direito (fumus boni juris) E perigo de dano OU risco ao resultado útil do processo (periculum 
in mora). Veja a redação do art. 300, caput, do CPC: 
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a 
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
Veja o seguinte esquema para fixação: 
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A alternativa E está incorreta. Em regra, o juiz primeiro ouve as partes, prestigiando o contraditório, e 
somente decide depois. Contudo, poderá haver, em algumas situações específicas, o contraditório diferido 
caso em que o juiz pode ouvir as partes depois de decidir, i.e., o contraditório é diferido porque primeiro se 
decide e só depois é que se realiza a oitiva das partes. 
O contraditório diferido é a exceção no processo civil, sendo permitido nas tutelas de urgência, nos termos 
do arts. 9º, parágrafo único, I e art. 300, §2º, do CPC: 
Art. 9º Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente 
ouvida. 
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica: 
I - à tutela provisória de urgência; 
Art. 300. [...] 
§ 2º A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia. 
Por consequência, pelo CPC/2015, não se proferirá decisão contra uma das partes emouvi-la previamente, 
sendo que esse princípio traz em sua essência o oposto do princípio do contraditório diferido. 
63. (NC-UFPR/COREN PR – 2018) No que toca ao tratamento legal da tutela provisória, pelo Código de 
Processo Civil, assinale a alternativa correta. 
a) As tutelas provisórias de urgência e de evidência podem ser requeridas pela via incidental ou antecedente. 
b) Para a efetivação da tutela provisória, o magistrado encontra-se adstrito às técnicas típicas de execução 
previstas pelo próprio Código de Processo Civil. 
c) A caução real ou fidejussória é imprescindível para a concessão de tutela de evidência. 
d) Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, pode o autor requerer a tutela 
de urgência em caráter antecedente, hipótese em que deverá demonstrar a probabilidade do direito e o 
perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
Probabilidade 
do direito
Perigo de 
dano
Tutela 
provisória 
de urgência 
Probabilidade 
do direito
Risco ao 
resultado 
útil do 
processo
Tutela 
provisória 
de urgência 
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e) Uma das hipóteses para a concessão de tutela de evidência, prevista no Código de Processo Civil é que a 
matéria controvertida seja unicamente de direito e no juízo já houver sido proferida sentença de total 
procedência em casos idênticos. 
Comentários 
A alternativa D é a correta e gabarito da questão. Nos termos do art. 303, caput, do CPC, quando a urgência 
for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela 
antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar 
e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo. Confira o CPC: 
Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição 
inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de 
tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano 
ou do risco ao resultado útil do processo. 
Vejamos as demais alternativas. 
A assertiva A está incorreta, porque as tutelas provisórias são dividas em tutela provisória de urgência que 
podem ser cautelar ou antecipada, e a tutela de evidência. Ou seja, não há previsão no CPC de tutela de 
evidência antecedente. Neste sentido, o art. 294 do CPC: 
Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência. 
Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser 
concedida em caráter antecedente ou incidental. 
A alternativa B está errada. Segundo a previsão do art. 297, caput, do CPC, o juiz poderá determinar as 
medidas que considerar adequadas para a efetivação da tutela provisória. O dispositivo legal prevê a 
efetivação da tutela provisória e não a execução da decisão concessiva de tutela provisória. O termo 
efetivação na realidade significa execução da tutela, que não dependerá de processo autônomo, 
desenvolvendo-se por mera fase procedimental. Confira o art. 297 do CPC: 
Art. 297. O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação 
da tutela provisória. 
A assertiva C está incorreta. A fim de garantir a efetiva indenização dos prejuízos que eventualmente o 
requerido venha a sofrer, se entender que existe risco de que sobrevenham, o juiz pode determinar a 
prestação de caução como condição para a concessão da tutela de urgência. Neste sentido, o art. 300, §1º, 
do CPC: 
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a 
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
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§1º Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real 
ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo 
a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la. 
A alternativa E está errada, pois não há previsão de tais requisitos para a concessão da tutela de evidência 
no CPC. A tutela de evidência, prevista no art. 311 do CPC, independe da demonstração da demora da 
prestação jurisdicional e pode ser concedida nas seguintes hipóteses: 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de 
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório 
da parte; 
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese 
firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; 
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do 
contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto 
custodiado, sob cominação de multa; 
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos 
do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável. 
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente. 
64. (IBADE/IPM JP – 2018) Sobre o instituto da tutela provisória, está correto afirmar que: 
a) a tutela de evidência só pode ser concedida liminarmente nos casos de prova exclusivamente documental 
apresentada pelo autor. acompanhada de tese firmada em casos repetitivos ou súmula vinculante, ou 
quando se tratar de pedido reipersecutório, com prova documental do contrato de depósito. 
b) a concessão de tutela provisória em caráter incidental depende do pagamento das respectivas custas. 
c) na tutela de evidência, exige-se a comprovação do requisito do risco de dano grave, irreparável ou de 
difícil reparação. 
d) a tutela de urgência pode ser concedida mesmo nos casos em que houver perigo de irreversibilidade dos 
efeitos da decisão. 
e) não é cabível em grau recursal. 
Comentários 
A alternativa A é a correta e gabarito da questão. Na tutela de evidência não é necessário demonstrar risco 
ao resultado útil do processo e o perigo de dano (art. 311, caput, do CPC), e só poderá ser concedida de 
maneira liminar, quando tenha por fundamento alegações de fato que podem ser comprovadas 
documentalmente e sobre as quais haja tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula 
vinculante (art. 311, II, do CPC) ou tenham por fundamento pedido reipersecutório fundado em prova 
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documental adequada do contrato de depósito (art. 311, III, do CPC), conforme determina o art. 311, 
parágrafo único, do CPC. 
A assertiva B está incorreta. Qualquer espécie de tutela provisória pode ser concedida incidentalmente. Ou 
seja, já estando em trâmite o processo de conhecimento ou de execução basta à parte apresentar petição 
devidamente fundamentada pleiteando a concessão da tutela provisória cabível no caso concreto. Nesse 
caso, não há necessidade de recolhimento em separado. Neste sentido, o art. 295 do CPC: 
Art. 295. A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do pagamento de 
custas. 
A alternativa C está errada, porque a tutela de evidência não dependerá da demonstração de risco de dano 
grave, irreparável ou de difícil reparação e poderá ocorrer até nas situações em que os efeitos da decisão 
sejam irreversíveis, porque a reversibilidade não é pressuposto dela. Neste sentido, o art. 311, caput, do 
CPC: 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentementeda demonstração de 
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
A assertiva D está incorreta. A tutela de urgência de natureza antecipada será concedida quando houver 
elementos que evidenciem a probabilidade do direito, o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do 
processo, mas ela não será concedida se houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão concessiva 
da tutela. Neste sentido, o art. 300, §3º, do CPC: 
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a 
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
§3º A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo 
de irreversibilidade dos efeitos da decisão. 
A alternativa E está errada, pois a tutela provisória poderá requerida e, eventualmente, concedida, em 
qualquer momento durante a pendência do processo, desde que presentes os requisitos. Assim, não há 
nenhum impedimento para que seja requerida em sede de recurso, desde que pendente o processo. 
Observe que o parágrafo único do art. 299, do CPC, menciona que a tutela pode ser requerida em recurso: 
Art. 299. A tutela provisória será requerida ao juízo da causa e, quando antecedente, ao 
juízo competente para conhecer do pedido principal. 
Parágrafo único. Ressalvada disposição especial, na ação de competência originária de 
tribunal e nos recursos a tutela provisória será requerida ao órgão jurisdicional competente 
para apreciar o mérito. 
65. (Legalle/MPE-GO – 2018) Segundo o Código de Processo Civil, afirma-se que independentemente 
da reparação por dano processual, a parte responde pelo prejuízo que a efetivação da tutela de urgência 
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causar à parte adversa se obtida liminarmente em caráter antecedente, não fornecer os meios necessários 
para a citação do requerido em que prazo? 
a) 30 dias. 
b) 10 dias. 
c) 5 dias. 
d) 3 dias. 
Comentários 
A alternativa C é a correta e gabarito da questão. A parte responderá, segundo o art. 302, II, do CPC, pelos 
prejuízos que a efetivação da tutela de urgência causar à parte contrária quando não fornecer os meios 
necessários à citação do requerido em 5 dias. Confira: 
Art. 302. Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo 
prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, se: 
II - obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os meios 
necessários para a citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias; 
66. (MPE-MS/MPE-MS – 2018) A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência. A 
esse respeito, é correto afirmar: 
a) A tutela cautelar de urgência não pode ser efetivada mediante arresto, sequestro ou arrolamento de 
bens, porquanto sujeitos a procedimento cautelar específico. 
b) Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação e a petição inicial pode limitar-se 
ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, se concedida a tutela 
antecipada, o autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação de sua argumentação, a juntada 
de novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final, em quinze dias ou em outro prazo fixado 
pelo juiz. 
c) A tutela de evidência será concedida se demonstrado perigo de dano ou de risco ao resultado útil do 
processo, quando ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da 
parte ou se as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada 
em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante. 
d) A petição inicial, na ação judicial que pleiteia tutela cautelar em caráter antecedente, indicará a lide e o 
seu fundamento, a exposição sumária do direito que se visa assegurar e o perigo de dano ou risco ao 
resultado útil do processo, porém será a petição inicial indeferida se o pedido tiver natureza antecipatória. 
e) Concedida a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no prazo de trinta dias, 
em autos apartados e mediante a complementação de custas processuais. 
Comentários 
A assertiva B é a certa e gabarito da questão. Nos termos do art. 303, caput, do CPC, quando a urgência for 
contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada 
e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo 
de dano ou do risco ao resultado útil do processo. 
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Neste caso, concedida a tutela antecipada em caráter antecedente, o autor deverá aditar a inicial, 
complementando sua argumentação, juntando novos documentos e confirmando o pedido de tutela final, 
no prazo legal de 15 dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar. Neste sentido, o art. 303, § 1º, I, do CPC: 
Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição 
inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de 
tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano 
ou do risco ao resultado útil do processo. 
§ 1º Concedida a tutela antecipada a que se refere o caput deste artigo: 
I - o autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação de sua argumentação, a 
juntada de novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final, em 15 (quinze) 
dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar; 
Vejamos as demais assertivas. 
A alternativa A está incorreta. No período de vigência do CPC/73 havia a previsão de cautelares típicas (ou 
nominadas), previstas em um rol exemplificativo na lei processual. Contudo, o CPC/15 não prevê mais 
cautelares típicas, mas em seu art. 301 prevê que a tutela cautelar pode ser efetivada mediante arresto, 
sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida 
idônea para asseguração do direito. Confira o CPC: 
Art. 301. A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, 
sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer 
outra medida idônea para asseguração do direito. 
A assertiva C está errada, pois a tutela de evidência independe de demonstração de perigo de dano ou risco 
e dentre as hipóteses para sua concessão, estão as situações em que ficar caracterizado o abuso do direito 
de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte ou quando as alegações de fato puderem ser 
comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em 
súmula vinculante. Veja o CPC: 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de 
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório 
da parte; 
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese 
firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; 
A assertiva D está incorreta. Nos termos do art. 305, caput, do CPC a petição inicial da ação que visa à 
prestação de tutela cautelar em caráter antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária 
do direito que se visa assegurar e o perigo na demora da prestação da tutela jurisdicional. Veja o CPC: 
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Art. 305. A petição inicial da ação que visa àprestação de tutela cautelar em caráter 
antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se 
objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
Ademais, caso o magistrado entenda que o pedido tenha natureza antecipada, deverá observar o 
procedimento da tutela antecipada requerida em caráter antecedente. Logo, a assertiva está errada. 
A alternativa E está incorreta, pois sendo deferido o pedido de tutela cautelar formulada em caráter 
antecedente e havendo sua efetivação, o autor terá o prazo de 30 dias para formular o pedido principal por 
meio de emenda da petição inicial (i.e., nos mesmos autos em que deduzida a cautelar), sem a necessidade 
de complementar as custas processuais, nos termos do art. 308 do CPC: 
Art. 308. Efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no 
prazo de 30 (trinta) dias, caso em que será apresentado nos mesmos autos em que 
deduzido o pedido de tutela cautelar, não dependendo do adiantamento de novas custas 
processuais. 
67. (MPE-MS/MPE-MS – 2018) A requerimento da parte, o juiz poderá antecipar, total ou parcialmente, 
os efeitos da tutela judicial pretendida. Assinale a alternativa correta. 
a) O autor da ação não responde pelos danos sofridos pela parte contrária decorrentes da antecipação de 
tutela que não for confirmada em sentença. 
b) A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, não podendo ser revogada ou 
modificada, salvo no caso de interposição de recurso. 
c) Ainda que requerida em caráter incidental, a tutela provisória depende do pagamento de custas. 
d) É possível a antecipação da tutela em sede de recurso, desde que presentes os requisitos legais. 
e) Concedida a tutela antecipada em caráter antecedente, ela se tornará estável independentemente da 
interposição de recurso. 
Comentários 
A alternativa D é a correta e gabarito da questão. No tocante aos processos em que haja recurso interposto, 
após essa interposição cabe à parte interessada requerer a concessão de tutela provisória perante o tribunal 
competente para julgar o mérito recursal. Ou seja, é possível a concessão de tutela provisória em grau 
recursal. Neste sentido, os arts. 299 e 932, II, do CPC: 
Art. 299. A tutela provisória será requerida ao juízo da causa e, quando antecedente, ao 
juízo competente para conhecer do pedido principal. 
Parágrafo único. Ressalvada disposição especial, na ação de competência originária de 
tribunal e nos recursos a tutela provisória será requerida ao órgão jurisdicional competente 
para apreciar o mérito. 
[...] 
Art. 932. Incumbe ao relator: 
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II - apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos processos de competência 
originária do tribunal; 
Vejamos as demais assertivas. 
A alternativa A está errada, porque a parte responderá, segundo o art. 302, I, do CPC, pelos prejuízos que a 
efetivação da tutela de urgência causar à parte contrária quando a sentença lhe for desfavorável. Confira: 
Art. 302. Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo 
prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, se: 
I - a sentença lhe for desfavorável; 
A assertiva B está incorreta. Segundo a previsão do art. 296, caput, do CPC, a tutela provisória conserva sua 
eficácia na pendência do processo, mas pode, a qualquer tempo, ser revogada ou modificada. A regra legal 
reforça a compreensão de que tanto a tutela de urgência como a tutela da evidência são tutelas provisórias, 
que não existem para durar eternamente. Veja o CPC: 
Art. 296. A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a 
qualquer tempo, ser revogada ou modificada. 
Parágrafo único. Salvo decisão judicial em contrário, a tutela provisória conservará a 
eficácia durante o período de suspensão do processo. 
A assertiva C está errada. Qualquer espécie de tutela provisória pode ser concedida incidentalmente. Sendo 
o pedido de tutela provisória feito incidentalmente, o art. 295 do CPC dispensa o pagamento de custas. 
Confira: 
Art. 295. A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do pagamento de 
custas. 
A alternativa E está incorreta. Segundo a previsão do art. 304, caput, do CPC, a tutela antecipada concedida 
anteriormente só não se estabiliza na hipótese de interposição de recurso pelo réu, que embora não esteja 
indicado expressamente no dispositivo legal, é o agravo de instrumento, nos termos do art. 1.015, I, do CPC. 
Havendo a interposição do agravo de instrumento pelo réu, estará afastada a estabilização da tutela 
antecipada concedida de forma antecedente, independentemente do resultado do recurso. 
Confira a redação do art. 304 do CPC: 
Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303 , torna-se estável se da 
decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso. 
68. (CESGRANRIO/LIQUIGÁS – 2018) Nos termos do Código de Processo Civil em vigor, concedida a 
tutela antecipada, o autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação de sua argumentação, a 
juntada de novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final, não havendo outro prazo fixado 
pelo juiz, em 
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a) cinco dias 
b) dez dias 
c) quinze dias 
d) vinte dias 
e) trinta dias 
Comentários 
A assertiva C é a correta e gabarito da questão. Concedida a tutela antecipada em caráter antecedente, o 
autor deverá aditar a inicial, complementando sua argumentação, juntando novos documentos e 
confirmando o pedido de tutela final, no prazo legal de 15 dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar. 
Neste sentido, o art. 303, § 1º, I, do CPC: 
Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição 
inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de 
tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano 
ou do risco ao resultado útil do processo. 
§ 1º Concedida a tutela antecipada a que se refere o caput deste artigo: 
I - o autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação de sua argumentação, a 
juntada de novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final, em 15 (quinze) 
dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar; 
69. (IESES/TJ-AM – 2018) Em relação a tutela provisória no Código de Processo Civil, é INCORRETO: 
a) Na tutela da evidência será exigido conforme norma expressa no Código de Processo Civil, a demonstração 
de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo. 
b) Na tutela de urgência, deferida em caráter antecedente, o réu será citado e intimado para audiência de 
conciliação ou de mediação, e não havendo autocomposição, o prazo para contestar terá sua fluência da 
negativa de acordo. 
c) Na tutela de urgência, independente da natureza da medida, cautelar ou antecipada os requisitos legais 
para devida concessão são respectivamente, a probabilidade do direito e o risco de dano ou resultado útil 
do processo, podendo ser dispensada a caução, caso a parte interessada comprove a sua hipossuficiência. 
d) As decisões interlocutórias que dizem respeito a tutela provisória serão recorríveis via agravo de 
instrumento, já as sentenças que confirmam, concedem, ou revogam a tutela provisória serão recorríveis 
por meio de apelação, a qual será desprovida de efeito suspensivo. 
Comentários 
A alternativa A é a incorreta e gabarito da questão, porque a tutela de evidência não se fundamenta em 
urgência e, portanto, dispensa a demonstração de perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo.Neste sentido, o art. 311 do CPC: 
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Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de 
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
A alternativa B está correta. Caso seja concedida tutela antecipada antecedente, o réu será citado e intimado 
a comparecer a uma audência de conciliação e mediação. Caso não haja autocomposição, será iniciado o 
prazo para o réu contestar do próprio ato. Neste sentido, o art. 303, §1º, II e III, do CPC: 
Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição 
inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de 
tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano 
ou do risco ao resultado útil do processo. 
§ 1º Concedida a tutela antecipada a que se refere o caput deste artigo: 
II - o réu será citado e intimado para a audiência de conciliação ou de mediação na forma 
do art. 334; 
III - não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma do art. 
335. 
A assertiva C está certa, uma vez que com o CPC/2015, houve a uniformização dos requisitos para a 
concessão das tutelas cautelares e antecipadas. Em termos gerais, os requisitos para a concessão da tutela 
antecipada passaram a ser iguais aos exigidos para a concessão da tutela cautelar, quais sejam: (a) 
probabilidade do direito; e (b) perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo. Neste sentido, o art. 
300 do CPC: 
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a 
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
A diferença entre as tutelas cautelares e antecipadas é a seguinte: enquanto a tutela cautelar busca 
resguardar o resultado final do processo, a tutela antecipada antecipa a concessão do bem da vida 
pretendido com o processo. 
Ademais, segundo consta da redação do art. 300, §1º, do CPC, a medida de contracautela será dispensada 
quando o demandante for hipossuficiente econômico. Confira: 
Art. 300. [...] 
§1º Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real 
ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo 
a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-
la. 
A assertiva D está correta, porque o recurso cabível contra a concessão da tutela provisória pelo juízo de 
primeira instância depende da natureza do provimento judicial que a concede: quando é concedida no curso 
do processo, a decisão concessiva tem natureza jurídica de decisão interlocutória impugnável por agravo de 
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instrumento (art. 1.015, I, do CPC); quando é concedida na sentença o recurso cabível é a apelação (art. 
1.013, §5º, do CPC). Veja o CPC: 
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem 
sobre: 
I - tutelas provisórias; 
Art. 1.013. [...] 
§5º O capítulo da sentença que confirma, concede ou revoga a tutela provisória é 
impugnável na apelação. 
70. (NC-UFPR/Prefeitura de Curitiba-PR – 2019) A Emenda Constitucional nº 45 consagrou o direito 
fundamental das partes à razoável duração do processo judicial e administrativo e dos meios que 
assegurem a celeridade de sua tramitação. Também é de se dizer que o artigo 5º, XXXV, da Constituição 
Federal, quando trata do direito de acesso à justiça, apresenta a necessidade de que a proteção 
jurisdicional seja efetiva. Assim, na busca pela razoável duração e celeridade processual, o Código de 
Processo Civil prevê as tutelas provisórias, entre elas as tutelas de urgência, que têm por objetivo 
assegurar ou proteger o direito da parte de uma possível demora na tramitação do processo. A respeito 
das tutelas provisórias previstas no Código de Processo Civil, assinale a alternativa correta. 
a) As tutelas provisórias previstas no Código de Processo Civil têm por objetivo minimizar os efeitos da 
demora no processo, especialmente quando há evidências de que o demandante tem razão em seu pedido, 
mas ainda não existam nos autos elementos suficientes para o julgamento definitivo de procedência. 
b) Segundo o Código de Processo Civil, a tutela provisória de urgência antecipada pode ser concedida em 
caráter antecedente ou incidental, mas a tutela provisória de urgência cautelar não poderá ser apresentada 
em caráter incidental. 
c) O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação da tutela provisória, mas 
a tutela concedida não conservará a sua eficácia nos períodos em que o processo estiver suspenso. 
d) Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se 
ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do 
direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo. Nesse caso, caso 
entenda que não há elementos para a concessão de tutela antecipada, o órgão jurisdicional 
obrigatoriamente indeferirá a petição inicial. 
e) A tutela antecipada antecedente torna-se estável se da decisão que a conceder não for interposto o 
respectivo recurso, caso em que tal decisão estará sujeita aos efeitos da coisa julgada, tornando-se imutável 
e indiscutível. 
Comentários 
A alternativa correta e gabarito da questão é a letra A. A tutela provisória é proferida mediante cognição 
sumária, ou seja, o juiz, ao concedê-la, ainda não tem acesso a todos os elementos de convicção a respeito 
da controvérsia jurídica. Entretanto, essa espécie de tutela poderá ser concedida mediante cognição 
exauriente, quando o juiz a concede em sentença. A concessão da tutela provisória é fundada em juízo de 
probabilidade, ou seja, não há certeza da existência do direito da parte, mas uma aparência de que esse 
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direito exista. É consequência natural da cognição sumária realizada pelo juiz na concessão dessa espécie de 
tutela. Se ainda não teve acesso a todos os elementos de convicção, sua decisão não será fundada na certeza, 
mas na mera aparência – ou probabilidade – de o direito existir. 
Vejamos as demais assertivas. 
A alternativa B está incorreta, porque a tutela provisória de urgência cautelar pode ser concedida em caráter 
antecedente ou incidental. Veja o art. 294, do CPC: 
Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência. 
Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser 
concedida em caráter antecedente ou incidental. 
A assertiva C está errada, pois a tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo. Veja o 
CPC: 
Art. 296. A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a 
qualquer tempo, ser revogada ou modificada. 
Parágrafo único. Salvo decisão judicial em contrário, a tutela provisória conservará a 
eficácia durante o período de suspensão do processo. 
Art. 297. O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação 
da tutela provisória. 
A alterativa D está incorreta, porque no caso de tutela antecipada requerida em caráter antecedente, caso 
não haja elementos para a concessão da tutela, o órgão jurisdicional deverá determinar a emenda da petição 
inicial. Confira o § 6º, do art. 303, do CPC: 
Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação,a petição 
inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de 
tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano 
ou do risco ao resultado útil do processo. 
§6º Caso entenda que não há elementos para a concessão de tutela antecipada, o órgão 
jurisdicional determinará a emenda da petição inicial em até 5 (cinco) dias, sob pena de ser 
indeferida e de o processo ser extinto sem resolução de mérito. 
A assertiva E está errada, porque a decisão que concede a tutela antecipada antecedente não faz coisa 
julgada. Confira o CPC: 
Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303 , torna-se estável se da 
decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso. 
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§6º A decisão que concede a tutela não fará coisa julgada, mas a estabilidade dos 
respectivos efeitos só será afastada por decisão que a revir, reformar ou invalidar, proferida 
em ação ajuizada por uma das partes, nos termos do §2º deste artigo. 
71. (FUNRIO /ALE-RR - 2018) André, menor impúbere, beneficiário do plano de saúde coletivo Z, 
começa a sentir fortes dores abdominais, vomitando durante a madrugada, e é socorrido por seus pais 
que o levaram para o Hospital Y, credenciado ao plano de saúde. O pediatra que fez o atendimento inicial 
de André diagnosticou um quadro clínico muito grave, com risco de morte, sendo necessário o imediato 
encaminhamento do menor para o Centro de Terapia Intensiva (CTI) do hospital. Os funcionários 
administrativos do hospital entraram em contato com o plano de saúde Z, pedindo autorização para 
internação e cirurgia do menor, mas a autorização foi negada, uma vez que André ainda não havia 
cumprido o período de carência exigido em contrato. Ao saber a resposta do plano de saúde, a mãe, que 
é advogada, resolve elaborar uma petição de ação de obrigação de fazer com pedido de tutela provisória 
numa das varas cíveis da Comarca Capital do Tribunal de Justiça X. 
Diante do caso hipotético apresentado e, levando-se em consideração o Código de Processo Civil no que 
tange à utilização do instituto da tutela provisória, assinale a alternativa CORRETA. 
a) Devido à urgência do caso, contemporânea à propositura da ação, a petição inicial poderá limitar-se 
simplesmente ao requerimento da tutela antecipada, com a exposição do direito que se busca realizar e do 
perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo. 
b) A petição inicial da ação de obrigação de fazer, que visa também à prestação de tutela cautelar em caráter 
antecedente, indicará somente a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar. 
c) Devido à urgência do caso, contemporânea à propositura da ação, a petição inicial que será redigida 
poderá limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido final. Concedida a tutela 
antecipada, o autor deverá aditar a petição inicial em 15 (quinze) dias ou em outro prazo maior que o juiz 
fixar. 
d) Para que o magistrado conceda a tutela de evidência em favor de André, autorizando sua internação no 
CTI do hospital, bem como a cirurgia; a petição inicial deverá obrigatoriamente demonstrar a existência de 
perigo de dano e risco ao resultado útil do processo. 
Comentários 
A questão exige do candidato conhecimento sobre tutela provisória. Vejamos: 
A alternativa A esta incorreta. De acordo com o art. 303, do CPC, nos casos em que a urgência for 
contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se (i) ao requerimento da tutela 
antecipada e (ii) a indicação do pedido de tutela final. Como podemos ver, não basta que ela se limite, 
simplesmente, ao requerimento da tutela antecipada. 
A alternativa B também está incorreta. Do mesmo modo, não basta que a petição inicial exponha, apenas, 
sumariamente, o direito que se objetiva assegurar. É preciso que a petição inicial traga (i) o requerimento da 
tutela antecipada e (ii) a indicação do pedido de tutela final. 
A alternativa C é o gabarito da questão. Confiram a reprodução do art. 303, caput: 
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Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição 
inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de 
tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano 
ou do risco ao resultado útil do processo. 
Agora confira o art. 303, § 1º, I: 
Art. 303. (...) 
§ 1o Concedida a tutela antecipada a que se refere o caput deste artigo: 
I - o autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação de sua argumentação, a 
juntada de novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final, em 15 (quinze) 
dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar; 
E a alternativa D, por fim, está incorreta. O caso não trata de tutela de evidência, mas sim, de tutela de 
urgência. Ainda que tratasse, nos casos de tutela de evidência não há a obrigatoriedade de se demonstrar a 
existência de perigo de dano e risco ao resultado útil do processo (art. 311, do CPC). 
72. (CEBRASPE/PGM-Manaus - 2018) À luz das disposições do CPC relativas aos atos processuais, julgue 
os itens subsequentes. 
Para a concessão da tutela de evidência, o juiz deverá verificar, além da probabilidade de direito, o perigo 
de dano ou de risco ao resultado último do processo. 
Comentários 
A assertiva est incorreta. A tutela de evidência se baseia na probabilidade do direito e é concedida 
independentemente da demonstração do perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo em 
diversas hipóteses, conforme o caput do a art. 311, do CPC. 
73. (IDECAN/CRF-SP – 2018)“José, casado com Maria e pai de 5 filhos, omitiu durante toda sua vida a 
existência de seu filho João, nascido antes do casamento, o qual foi por ele devidamente registrado. Após 
o falecimento de José, Maria e seus filhos procederam com o inventário dos bens por ele deixados, não 
indicando, contudo, João como herdeiro. João apenas veio tomar conhecimento da situação quando já era 
findo o inventário e, diante do desejo de resguardar sua parte do quinhão, ingressou com Medida Cautelar 
de Sequestro.” A respeito da medida tomada por João, é correto afirmar que: 
A) João acertadamente ingressou com Cautelar de Sequestro, a qual assegurará a qualidade e a quantidade 
dos bens, convertendo-se em penhora, quando declarada a dívida dos irmãos para com ele. 
B) João equivocou-se quanto a cautelar interposta, uma vez que a medida pertinente seria o arresto dos 
bens, garantindo, assim, uma futura penhora e consequente expropriação dos bens, evitando a dilapidação 
do patrimônio que lhe cabe por direito. 
C) A Cautelar de Arresto é a medida pela qual João obterá a constrição de bens específicos, sobre os quais 
pretende discutir judicialmente. Tal constrição busca assegurar que estes não pereçam ou venham a ser 
danificados e não será seguida de penhora. 
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D) A Cautelar de Sequestro se destina à constrição de bens específicos, sobre os quais João discutirá 
judicialmente. Tal constrição busca assegurar que os bens não pereçam ou venham a ser danificados. Não se 
seguirá de penhora, mas de possível entrega do bem. 
Comentários 
A medida de arresto se refere a diversos bens de forma inespecífica. 
Já o sequestro é medida que se refere a um bem específico. 
Como o espólio é uma universalidade de bens, a medida adequada para a situação narrada seria o arresto. 
No entanto, observe-seque nem o sequestro nem o arresto se destinam à penhora: lembre-se que a penhora 
será seguida da alienação do bem. A finalidade do arresto e do sequestro é, na verdade, proteger os bens 
para que eles sejam entregues ao interessado, conforme o resultado do processo. 
Com isso, vejamos as alternativas. 
A alternativa A é incorreta. O mais acertado seria solicitar a medida de arresto. 
A alternativa B é incorreta. Não ocorre a expropriação dos bens como consequência do arresto, e sim a 
proteção dos bens a fim de assegurar a participação de João na partilha. 
A alternativa C é incorreta. O arresto se refere a bens inespecíficos. 
A alternativa D é correta e é o gabarito da questão. A cautelar de sequestro alcança bens específicos e tem 
a finalidade de preservar o bem, não de promover futura penhora. 
 
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LISTA DE QUESTÕES 
FCC 
1. (FCC/MPE-PB - 2018) Considere os seguintes enunciados, que concernem à tutela provisória. 
I. A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, só podendo ser revogada por ocasião 
da sentença. 
II. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, só pode ser concedida em caráter antecedente. 
III. A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento 
de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para asseguração do 
direito. 
IV. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se 
ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do 
direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I e III. 
b) I, II e IV. 
c) II, III e IV. 
d) I e II. 
e) III e IV. 
2. (FCC/Pref Caruaru - 2018) A tutela provisória 
a) conserva sua eficácia na pendência do processo, podendo ser revogada ou modificada até o saneador, se 
novos fatos surgirem a justificar tais alterações. 
b) quando requerida em caráter incidental, depende do pagamento de custas. 
c) quando for de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental. 
d) perderá seus efeitos, como regra, durante o período de suspensão do processo. 
e) será decidida liminarmente, cabendo agravo da decisão que a conceder e apelação da decisão que a 
denegar, por ser terminativa. 
3. (FCC/ALESE - 2018) Quanto às tutelas provisórias, é correto afirmar: 
a) A tutela de urgência de natureza antecipada independe e não se vincula ao perigo de irreversibilidade dos 
efeitos da decisão. 
b) Não mais existe a tutela de urgência de natureza cautelar no ordenamento processual civil, subsistindo 
apenas a tutela de urgência antecipatória e a tutela de evidência. 
c) Para conceder a tutela de urgência, o juiz deve exigir caução real ou fidejussória, em nenhuma hipótese 
podendo dispensá-la se do ato potencialmente ocorrerem danos de difícil reparação à parte adversa. 
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d) A concessão de tutela de urgência em caráter liminar não pode ocorrer sem justificação prévia, ainda que 
sem a citação da parte contrária. 
e) Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo prejuízo que a efetivação 
da tutela de urgência causar à parte adversa se, entre outras hipóteses, o juiz acolher a alegação de 
decadência ou prescrição da pretensão do autor. 
4. (FCC/PGE-TO - 2018) A tutela provisória 
a) conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a qualquer tempo, ser revogada ou modificada. 
b) na decisão em que concedida, modificada ou revogada, o juiz motivará fundamentadamente seu 
convencimento; quando negar a tutela, porém, não há necessidade de motivação, pois do ato caberá agravo 
interno ao colegiado. 
c) somente pode fundamentar-se na urgência da situação fática. 
d) de urgência será concedida apenas em caráter antecedente; somente a tutela cautelar pode ser concedida 
também em caráter incidental. 
e) dependerá do pagamento de custas, quando concedida em caráter incidental. 
5. (FCC/DPE-AP - 2018) Em relação ao procedimento da tutela cautelar requerida em caráter 
antecedente, 
a) o indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o pedido principal, nem influi em seu 
julgamento, qualquer que seja o motivo do indeferimento. 
b) o réu será citado para, no prazo de quinze dias, contestar o pedido e indicar as provas a serem produzidas; 
se não contestar, presumir-se-ão os fatos alegados pelo autor como ocorridos. 
c) cessada a eficácia da tutela cautelar, poderá a parte renovar o pedido, mesmo sob igual fundamento, pois 
na hipótese não haverá a formação de coisa julgada. 
d) efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no prazo de trinta dias, 
caso em que será apresentado nos mesmos autos em que deduzido o pedido de tutela cautelar, não 
dependendo do adiantamento de novas custas processuais. 
e) o pedido de tutela cautelar é autônomo, motivo pelo qual o pedido principal deve ser sempre formulado 
separadamente. 
6. (FCC/DPE-RS - 2018) Acerca da tutela provisória no Código de Processo Civil, é INCORRETO: 
a) A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303 do Código de Processo Civil, torna-se estável se da 
decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso, mas qualquer das partes poderá demandar 
a outra com o intuito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada estabilizada. 
b) A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito 
e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
c) A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia. 
d) A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a qualquer tempo, ser 
revogada ou modificada. 
e) Durante as férias forenses e nos feriados, não se praticarão atos processuais, excetuando-se, dentre 
outros, as tutelas provisórias. 
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CESPE 
7. (CESPE/TJ-AM - 2019) Caio ajuizou ação contra determinada sociedade empresária e apresentou 
pedido único de repetição de valor decorrente de cobrança indevida, requerendo, ainda, a concessão de 
tutela de urgência. Após a apresentação de defesa pela ré, o juiz prolatou sentença em que concedeu a 
tutela provisória e, no mesmo pronunciamento, julgou o pedido procedente de forma definitiva. A 
sociedade empresária interpôs recurso de apelação requerendo a reforma total da sentença. 
Considerando essa situação hipotética, julgue o item seguinte. 
O juiz está autorizado pelo ordenamento processual a conceder a tutela provisória no momento de prolação 
de sua sentença. 
8. (CESPE/TJ-AM - 2019) Rodrigo deixou de cumprir sua parte em obrigação de fazer firmada com 
Vinícius. Para assegurar seu direito, Vinícius ajuizou ação em desfavor de Rodrigo. 
Considerando essa situação hipotética, julgue o item subsequente. 
Na hipótese de Vinícius requerer tutela provisória incidental, esta dependerá do pagamento de custas 
referentes ao feito. 
9. (CESPE/TJ-PR - 2019) No que concerne às regras estabelecidas para a tutela provisória, o Código de 
Processo Civil determina que a concessão, pelo magistrado, da tutela de evidência 
a) dependerá da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo e ocorrerá nas 
situações em que os efeitos da decisão sejam reversíveis.b) poderá ser deferida liminarmente caso os fatos sejam comprovados apenas pela via documental e exista 
tese firmada em julgamento de casos repetitivos. 
c) será realizada na forma de decisão interlocutória de mérito e produzirá coisa julgada material caso não 
seja impugnada pelo réu. 
d) será cabível somente na hipótese de verificação de abuso do direito de defesa da parte ré, haja vista a 
natureza punitiva dessa modalidade de tutela provisória. 
10. (CESPE/TJDFT - 2019) Um estudante de 28 anos de idade do oitavo semestre do curso de direito, 
foi aprovado em concurso público para o cargo de analista de tribunal superior. Poucos meses depois da 
aprovação, o concurso foi homologado, e o estudante foi chamado para dar início aos trâmites para sua 
nomeação e posse. No entanto, por não ter ainda concluído o curso de direito, o universitário ficou 
impedido de ser nomeado, pois o edital do concurso exigia bacharelado em direito como requisito de 
investidura no cargo. Com receio de perder a oportunidade, o rapaz procurou um advogado para obter 
medida liminar que lhe resguardasse o direito de manter sua vaga até a conclusão do curso superior. 
Nessa situação hipotética, segundo a legislação vigente, o advogado do estudante poderá 
a) requerer tutela antecipada em caráter antecedente que, após estabilizada, poderá ser desconstituída por 
meio de ação autônoma, que deverá ser ajuizada no prazo de trinta dias a contar da ciência da decisão que 
tiver extinguido o processo. 
b) requerer tutela provisória cautelar, visto que restam configurados os requisitos do periculum in mora e 
do fumus boni iuris. 
c) ajuizar ação de obrigação de fazer cumulada com pedido de tutela provisória cautelar. 
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d) requerer tutela antecipada em caráter antecedente, a qual, não sendo impugnada ou recorrida, passará 
a ser estável no mundo jurídico. 
e) impetrar mandado de segurança diretamente no STJ. 
11. (CESPE/MPE-PI - 2018) Acerca de normas processuais, atos processuais, tutela provisória e atuação 
do Ministério Público no processo civil, julgue o item subsequente. 
A concessão de tutela provisória, em qualquer de suas modalidades previstas no Código de Processo Civil, 
depende da demonstração da probabilidade do direito e do perigo de dano ou de risco ao resultado útil do 
processo judicial. 
12. (CESPE/TJBA - 2019) De acordo com o CPC, o magistrado concederá a tutela de urgência durante o 
curso do processo se 
a) ficar caracterizado abuso do direito pelo réu e as alegações fáticas puderem ser comprovadas apenas 
documentalmente. 
b) houver manifesto propósito protelatório da parte contrária e probabilidade do direito. 
c) as alegações fáticas puderem ser comprovadas apenas documentalmente e existir risco ao resultado útil 
do processo. 
d) for verificada a existência de risco ao resultado útil do processo. 
e) houver constatação do perigo de dano e o réu não apresentar prova capaz de gerar dúvida razoável acerca 
do direito discutido. 
13. (CESPE/EMAP - 2018) Acerca do valor da causa, da tutela provisória, do Ministério Público, da 
advocacia pública, da defensoria pública e da coisa julgada, julgue o item subsequente. 
Situação hipotética: Em ação proposta por Luísa, a petição inicial limitou-se ao requerimento da tutela 
antecipada em caráter antecedente e à indicação do pedido de tutela final. O julgador, entendendo que não 
havia elementos suficientes para a concessão da medida antecipatória, determinou a emenda da inicial no 
prazo de cinco dias. Assertiva: Nessa situação, se a autora não emendar a inicial, o pedido será indeferido e 
o processo será julgado extinto sem resolução de mérito. 
14. (CESPE/PC-MA - 2018) Julgue os itens a seguir, a respeito do procedimento da tutela antecipada 
requerida em caráter antecedente. 
I Concedida a tutela antecipada, o autor deverá aditar a petição inicial com a complementação de 
argumentação e confirmação do pedido de tutela final e, se for o caso, com a juntada de novos documentos. 
II O aditamento da petição inicial deverá ocorrer nos mesmos autos, no prazo de quinze dias, mediante o 
pagamento de novas custas processuais. 
III O processo será extinto sem resolução do mérito quando não for realizado o aditamento à petição inicial. 
Assinale a opção correta. 
a) Apenas o item I está certo. 
b) Apenas o item II está certo. 
c) Apenas os itens I e III estão certos. 
d) Apenas os itens II e III estão certos. 
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e) Todos os itens estão certos. 
15. (CESPE/PGE-PE - 2018) A respeito da aplicação da tutela de urgência, assinale a opção correta. 
a) Poderá ser deferida e efetivada contra o poder público antes do trânsito em julgado do processo. 
b) Cassada em sentença, somente poderá ser restabelecida mediante o deferimento de pedido nesse sentido 
constante no respectivo recurso. 
c) Será concedida sempre que caracterizado o manifesto propósito protelatório da parte adversa ou o abuso 
do direito de defesa, independentemente de demonstração de perigo de dano. 
d) Não poderá ser concedida nos processos sobrestados por força do regime repetitivo. 
e) Não poderá ser concedida em incidente de desconsideração da personalidade jurídica. 
16. (CESPE/PGM-AM - 2018) À luz das disposições do CPC relativas aos atos processuais, julgue o item 
subsequente. 
Para a concessão da tutela de evidência, o juiz deverá verificar, além da probabilidade de direito, o perigo 
de dano ou de risco ao resultado útil do processo. 
17. (CESPE/STJ - 2018) Julgue os itens a seguir, a respeito das ações no processo civil. 
A ação de conhecimento ou cognição visa prevenir, conservar, defender ou assegurar a eficácia de um 
direito. 
18. (CESPE/STJ - 2018) Julgue os itens a seguir, a respeito das ações no processo civil. 
A tutela provisória pode ser concedida em caráter antecedente a propositura da ação ou em caráter 
incidental, quando proposta no curso da ação principal. 
VUNESP 
19. (VUNESP/CM Orlândia - 2019) Independentemente da reparação por dano processual, a parte 
responde pelo prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa se 
a) o juiz acolher o pedido de nulidade processual. 
b) não ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal. 
c) obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os meios necessários para a citação 
do requerido no prazo de 5 (cinco) dias. 
d) o juiz não acolher a alegação de decadência ou prescrição da pretensão do autor. 
e) a sentença lhe for favorável. 
20. (VUNESP/UNIFAI - 2019) Cessa a eficácia da tutela cautelar concedida em caráter antecedente, se 
a) o autor deduzir o pedido principal no prazo legal. 
b) for efetivada dentro de 30 (trinta) dias. 
c) o juiz extinguir o processo sem resolução de mérito. 
d) o juiz julgar procedente o pedido principal formulado pelo autor. 
e) não for efetivada dentro de 10 (dez) dias. 
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21. (VUNESP/UNIFAI - 2019) Sobre as medidas de contracautela, conforme disposição no CPC, é correto 
afirmar que 
a) não será exigida para a concessão de tutela de urgência. 
b) poderá ser por caução real ou fidejussória. 
c) não será dispensada quando o demandante for hipossuficiente econômico. 
d) é destinada a acautelar apenas o chamado fumus boni iuris. 
e) visa ressarcir os danos que a parte solicitante da tutela possa vir a sofrer. 
22. (VUNESP/CM Tatuí - 2019) Sobre a tutela requerida em caráter antecedente, assinale a alternativacorreta. 
a) Será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do 
processo, quando ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da 
parte. 
b) Na petição inicial, o valor da causa deverá ser relativo ao pedido da tutela antecipada. 
c) Caso entenda que não há elementos para a concessão de tutela antecipada, o juiz determinará a emenda 
da petição inicial em até 15 (quinze) dias. 
d) Qualquer das partes poderá demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou invalidar a tutela 
antecipada estabilizada contra a qual não tenha sido interposto recurso. 
e) O direito de invalidar a tutela antecipada estabilizada extingue-se após 1 (um) ano, contado da ciência da 
decisão que extinguiu o processo. 
23. (VUNESP/Pref Itapevi - 2019) A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência. 
A respeito da tutela provisória cabe asseverar que 
a) a tutela provisória requerida em caráter incidental depende do pagamento de custas. 
b) na tutela cautelar antecedente, o réu será citado para, no prazo de 10 (dez) dias, contestar o pedido e 
indicar as provas que pretende produzir. 
c) a tutela de evidência será concedida, quando se tratar de pedido repristinatório fundado em prova 
documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto 
custodiado, sob cominação de multa. 
d) o indeferimento da tutela cautelar requerida em caráter antecedente não obsta a que a parte formule o 
pedido principal, nem influi no julgamento desse, salvo se o motivo do indeferimento for o reconhecimento 
de decadência ou de prescrição. 
e) o juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação da tutela provisória, 
desde que requeridas pela parte favorecida e de menor onerosidade ao devedor. 
24. (VUNESP/CM Jaboticabal - 2018) Sobre as tutelas provisórias, assinale a alterativa correta. 
a) A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito 
e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
b) Em regra, a tutela de urgência de natureza antecipada poderá ser concedida mesmo nos casos em que 
houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão. 
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c) A tutela da evidência será concedida desde que demonstrado perigo de dano ou de risco ao resultado útil 
do processo e restar caracterizado o abuso do direito de defesa. 
d) Na tutela de evidência, o juiz não poderá decidir liminarmente se se tratar de pedido reipersecutório 
fundado em prova documental adequada do contrato de depósito. 
e) Em regra, o indeferimento da tutela cautelar obsta que a parte formule o pedido principal. 
25. (VUNESP/FAPESP - 2018) Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a 
petição inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela 
final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado 
útil do processo. 
Relativamente ao procedimento da tutela antecipada requerida em caráter antecedente, assinale a 
alternativa correta. 
a) O seu requerente fica dispensado de recolher custas processuais, juntamente com a petição inicial. 
b) Se deferida a tutela antecipada antecedente liminarmente, como regra, o réu será citado para contestar 
o feito. 
c) Na sua petição inicial, o autor fica dispensado de indicar o valor da causa. 
d) Quando concedida liminarmente, torna-se estável, caso não haja contestação. 
e) Caso entenda que não há elementos para a concessão de tutela antecipada, o órgão jurisdicional 
determinará a emenda da petição inicial em até 5 (cinco) dias, sob pena de ser indeferida e de o processo 
ser extinto sem resolução de mérito. 
26. (VUNESP/Pref Buritizal - 2018) Dentre as várias novidades trazidas pelo Código de Processo Civil de 
2015 aparece a sistematização da chamada tutela provisória. Sobre a tutela de evidência, como espécie 
de tutela provisória, assinale a alternativa correta. 
a) Não deverá ser concedida liminarmente se fundada em pedido lastreado em alegações de fato que 
puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos 
repetitivos. 
b) Uma vez determinada pelo juiz da causa, de ofício, se não for objeto de recurso por parte do réu, deverá 
ser estabilizada. 
c) Pode ser formulada pelo autor em caráter antecedente ou incidente. 
d) Será pertinente o seu deferimento, uma vez pleiteada pelo autor em réplica, se a petição inicial for 
instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do seu direito, a que o réu não oponha 
prova capaz de gerar dúvida razoável. 
e) A sua concessão depende da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, 
quando ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do réu. 
27. (VUNESP/CM Itaquaquecetuba - 2018) No que diz respeito à tutela provisória, o Código de Processo 
Civil vigente trouxe diversas inovações. Assinale a alternativa que está de acordo com a legislação em 
vigor. 
a) A tutela provisória somente pode ser revista, revogada ou modificada quando da prolação de sentença. 
b) Na petição inicial de tutela cautelar em caráter antecedente, o valor da causa é fixado de acordo com o 
pedido feito nessa ocasião. 
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c) No pedido de tutela cautelar antecedente, o réu será citado para contestar no prazo de 15 (quinze) dias. 
d) O juiz poderá conceder tutela de evidência quando verificar propósito protelatório da parte, se tal 
providência for requerida pelo interessado. 
e) A tutela antecipada requerida em caráter antecedente torna-se estável se a decisão judicial não for objeto 
de recurso. 
28. (VUNESP/UNICAMP - 2018) Uma questão sobre nulidade de cláusula contratual foi objeto de 
Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas. Tal assunto já se encontra transitado em julgado e deu 
ganho de causa aos consumidores. João é consumidor e possui um contrato escrito que possui a cláusula 
que foi declarada nula de pleno direito. Ingressa com uma ação e quer a solução o mais rápido possível, 
pois sabe de seus direitos. Nesse caso, como advogado de João, você poderá requerer tutela provisória de 
a) urgência antecipada incidental. 
b) evidência. 
c) urgência cautelar antecedente. 
d) urgência antecipada antecedente. 
e) urgência cautelar incidental. 
29. (VUNESP/Pref SBC - 2018) Sobre as tutelas provisórias estabelecidas no Código de Processo Civil, 
assinale a alternativa correta. 
a) A tutela provisória requerida em caráter incidental depende do pagamento de custas. 
b) A tutela provisória não conservará a eficácia durante o período de suspensão do processo. 
c) Para a concessão da tutela de urgência o juiz não pode exigir caução real ou fidejussória. 
d) A tutela da evidência poderá ser concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou 
de risco ao resultado útil do processo. 
e) A decisão que concede a tutela fará coisa julgada. 
30. (VUNESP/CM Olímpia - 2018) A tutela de evidência será concedida quando 
a) ficar caracterizado o abuso do direito de defesa, desde que demonstrado o perigo de dano ao processo. 
b) as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente, não podendo, nesse caso, o 
juiz decidir liminarmente. 
c) ficar caracterizado o manifesto propósito protelatório da parte, independentemente da demonstração de 
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo. 
d) se tratar de pedido reipersecutório fundado emprova documental, não podendo, nesse caso, o juiz decidir 
liminarmente. 
e) a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, 
podendo, nesse caso, o juiz decidir liminarmente. 
31. (VUNESP/CM São Joaquim Barra - 2018) Quanto à tutela antecipada requerida em caráter 
antecedente, assinale a alternativa correta. 
a) Concedida, o autor deverá aditar a petição inicial em cinco dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar. 
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b) Poderá ser concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado 
útil do processo. 
c) Deverá ser concedida, se caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório 
da parte. 
d) Caberá, se a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito 
do autor a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável. 
e) Tornar-se-á estável, se da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso. 
32. (VUNESP/Pref SBC - 2018) Depois da contestação, é lícito ao réu deduzir novas alegações quando 
a) a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considerar da substância do ato. 
b) estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto. 
c) relativas a direito ou a fato superveniente. 
d) não competir ao juiz conhecer delas de ofício. 
e) sem expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer tempo e grau de jurisdição. 
33. (VUNESP/TJ-SC - 2018) A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter 
antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e 
o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. No procedimento em questão, deverão ser 
trilhados os seguintes preceitos: 
a) o réu será citado para, no prazo de 10 (dez) dias, contestar o pedido e indicar as provas que pretende 
produzir. 
b) a oferta do pedido principal depende do adiantamento de novas custas processuais. 
c) o indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o pedido principal, nem influi no 
julgamento desse, salvo se o motivo do indeferimento for o reconhecimento de decadência ou de prescrição. 
d) efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no prazo de 15 (quinze) 
dias úteis, caso em que será apresentado nos mesmos autos. 
e) se por qualquer motivo cessar a eficácia da tutela cautelar, a parte fica autorizada a renovar o pedido a 
qualquer momento. 
34. (VUNESP/TJ-MT - 2018) As tutelas provisórias têm como objetivo minimizar as consequências 
nefastas que o tempo do processo pode causar no direito da parte. No entanto, sua efetivação poderá 
causar prejuízos à parte adversa. A respeito do tema, assinale a alternativa correta. 
a) A indenização será liquidada nos autos em que a medida tiver sido concedida, sempre que possível. 
b) A sentença que reconhece a prescrição ou decadência da pretensão do autor não tem o condão de gerar 
a responsabilidade daquele que se beneficiou da efetivação da tutela de urgência. 
c) Por se tratar de dano decorrente de decisão judicial, não há que se falar em responsabilidade pela 
efetivação da tutela provisória de urgência, salvo em caso de culpa do requerente. 
d) A responsabilidade do requerente pela efetivação da tutela provisória que ao final do processo foi cassada 
é subjetiva, depende de apuração da culpa e do prejuízo, devendo ser realizada em autos apartados. 
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e) O prejudicado pela tutela de urgência infundada necessita propor ação de indenização contra o 
requerente para obter o reconhecimento de seu direito e a condenação do responsável. 
35. (VUNESP/Prefeitura de Sorocaba - 2018) A respeito da tutela de evidência, é correto afirmar que 
a) é necessária a comprovação do periculum in mora, consistente no perigo de dano ou de risco ao resultado 
útil do processo. 
b) não pode, em hipótese alguma, ser deferida liminarmente, em atenção ao princípio do contraditório. 
c) em todos os casos, é necessária a existência de jurisprudência firmada nos tribunais superiores em 
consonância com o pedido do autor, aliada a algum fato ensejador de abuso do direito de defesa do réu. 
d) é possível sua concessão, mesmo nos casos em que a prova documental não seja suficiente e não exista 
abuso de direito de defesa ou manifesto propósito protelatório do réu. 
e) pode ser deferida em pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de 
depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa. 
36. (VUNESP/Prefeitura de Sorocaba - 2018) Sobre a antecipação de tutela em caráter antecedente, é 
correto afirmar que: 
a) concedida a tutela antecipada, o autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação de sua 
argumentação, a juntada de novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final, em 5 (cinco) dias 
ou em outro prazo menor que o juiz fixar, sob pena de extinção do processo sem resolução do mérito. 
b) o direito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada estabilizada extingue-se após 2 (dois) anos, 
contados da ciência da decisão que extinguiu o processo, podendo a estabilidade dos respectivos efeitos ser 
afastada por decisão que a revir, reformar ou invalidar, proferida em ação ajuizada por uma das partes. 
c) caso entenda que não há elementos para a concessão de tutela antecipada, o órgão jurisdicional 
determinará a emenda da petição inicial em até 3 (três) dias, sob pena de ser indeferida ou de o processo 
ser extinto com ou sem resolução de mérito. 
d) se o réu não recorrer da tutela antecipada, ocorre a extinção do processo sem julgamento do mérito, e a 
decisão que antecipou a tutela perde seus efeitos, ex tunc, retroagindo as partes ao estado anterior ao 
ajuizamento. 
e) a decisão que estabiliza a antecipação de tutela, por ser decisão que gera os mesmos efeitos da decisão 
de mérito transitada em julgado, mesmo após o prazo de 2 (dois) anos, pode ser rescindida por meio de ação 
rescisória, desde que observado o prazo decadencial desta. 
37. (VUNESP/TJSP - 2018) Se a tutela antecipada for concedida nos casos em que a urgência for 
contemporânea à propositura da ação e a petição inicial limitar-se ao requerimento da tutela antecipada 
e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo 
de dano ou do risco ao resultado útil do processo, e a decisão se tornar estável, o juiz deverá 
a) determinar a contestação da ação. 
b) mandar emendar a inicial. 
c) suspender a ação até seu efetivo cumprimento. 
d) sanear o feito. 
e) julgar extinto o processo. 
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38. (VUNESP/PC-BA - 2018) As tutelas requeridas ao Poder Judiciário podem ter caráter definitivo ou 
provisório. No que diz respeito à tutela provisória de urgência, é correto afirmar que 
a) a tutela antecipada e a de evidência são suas espécies. 
b) quando requerida em caráter incidental, exige o pagamento de custas. 
c) a sua efetivação observará as normas referentes ao cumprimento definitivo da sentença. 
d) pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia. 
e) quando antecedente, como regra, será requerida ao juiz do foro do domicílio do autor. 
FGV 
39. (FGV/TJ-RS - 2020) Atropelado por um carro que invadira a calçada onde se encontrava, José(periculum in mora). 
Assim: 
 
Esse perigo deve ser: 
 concreto, ou seja, certo; 
 atual, ou seja, que está na iminência de ocorrer; e 
TUTELA DE URGÊNCIA
para a literalidade do CPC
“perigo de dano”
“risco ao resultado útil do 
processo”
para a doutrina
“perigo da demora” 
(periculum in mora)
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 grave, vale dizer, com aptidão para prejudicar ou impedir a fruição de direitos. 
Afirma-se, também, que toda tutela provisória depende de configuração da probabilidade do direito, vale 
dizer, há de se verificar a plausibilidade do direito a ser provisoriamente satisfeito ou realizado. Para tanto, 
inicialmente, deve-se verificar a verossimilhança fática do alegado e, em sequência, a plausibilidade jurídica. 
Além do perigo da demora, da plausibilidade do direito, o último requisito apontado pela doutrina, que pode 
configurar a possibilidade de concessão da tutela de urgência, é a irreparabilidade do dano ou, pelo menos, 
deve o dano tratar-se de difícil reparação. 
Em regra, portanto... 
 
Como a concessão de tutela antecipada implica riscos, pois a cognição é sumária, poderá o magistrado exigir 
caução. 
A cognição aprofundada depende do desenvolvimento do procedimento em contraditório e análise 
aprofundada da matéria probatória pelo magistrado. Na tutela provisória, a urgência da demanda requer 
que seja concedido o direito à luz das informações apresentadas na peça inicial e, no máximo, com base na 
justificação da parte contrária. Logo, a decisão é denominada de precária. 
Em face disso, exceto se tratar de pessoa hipossuficiente economicamente, o magistrado poderá exigir 
caução a fim de minimizar os riscos da concessão provisória da tutela. 
O CPC prevê duas formas de concessão da tutela de urgência: 
 sem a oitiva da parte contrária (inauditera altera pars ou in limine); ou 
 com a notificação da parte contrária para apresentar pedido de justificação em face do 
requerimento provisório deduzido. 
A concessão da tutela de uma ou outra forma dependerá de decisão do magistrado, que irá se basear nas 
peculiaridades do caso concreto. 
Para finalizar o dispositivo, note que o §3º impõe uma limitação à concessão de tutela de urgência de caráter 
antecipatório: a irreversibilidade dos efeitos da decisão. Essa limitação NÃO se aplica às tutelas de urgência 
de caráter cautelar, mas apenas às tutelas antecipadas. 
PARA CONFIGURAÇÃO DA 
TUTELA DE URGÊNCIA
periculum in mora; ou
plausibilidade do direito; e
irreparabilidade do dano ou de 
difícil reparação
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Assim, a tutela provisória antecipada concedida à parte deve poder ser revertida, ou seja, deve haver a 
possibilidade de que as partes retornem ao status quo em caso de decisão definitiva que reverta a concessão 
provisória. 
O art. 301 ratifica o que dissemos no início. Não existe mais regras específicas acerca das cautelares, mas 
apenas a disciplina geral que estudamos nesta aula. Ao contrário do CPC73, que expressamente abordava 
cautelares específicas, no CPC elas não mais existem. 
 
Veja que a última hipótese traz uma regra geral, que amplia a possibilidade de concessão de cautelares, na 
medida em que forem identificadas as situações necessárias no caso concreto. 
Além disso, é importante conhecer: 
 
ARRESTO 
Medida cautelar que tem por objetivo resguardar o direito à tutela ressarcitória, 
em razão de perigo de algum dano. Objetiva, portanto, resguardar futura execução 
por QUANTIA. 
SEQUESTRO 
Medida cautelar que tem por finalidade proteger o direito à coisa de um perigo de 
dano. Objetiva, portanto, resguardar futura entrega de COISA. 
ARROLAMENTO DE BENS 
Medida cautelar que tem por finalidade apreender, descrever e depositar a 
universalidade de bens que está exposta a risco de dano. Objetiva, portanto, 
garantir futura PARTILHA DE BENS. 
PROTESTO CONTRA 
ALIENAÇÃO DE BENS 
Medida cautelar que visa assegurar os frutos de determinada tutela em razão de 
um perigo de dano. Objetiva, portanto, EVITAR TRANSFERÊNCIA supostamente 
indevida de bem sujeito a registro. 
Por se tratar de medida de caráter provisório, a concessão de tutela provisória gera responsabilidade do 
requerente. 
De acordo com a doutrina, as hipóteses previstas no artigo 302 são de responsabilidade objetiva! O fator 
culpa é irrelevante. 
• arrestos
• sequestros
• arrolamento de bens
• registro de protesto contra alimentação de bem
• QUALQUER outra medida idônea para assegurar o direito
A TUTELA DE URGÊNCIA DE NATUREZA CAUTELAR É UTILIZADA
PARA
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3.2 - Tutela antecipada requerida em caráter antecedente 
No CPC73, o requerimento de tutela antecipada era formulado de forma preliminar em ação ajuizada, com 
o objetivo de atingir a decisão final de mérito. Assim, o magistrado recebia a ação, analisava o requerimento 
de tutela antecipada e dava seguimento ao processo. 
No CPC há a tentativa de facilitar o requerimento da tutela antecipada, que poderá ser formulada em caráter 
antecedente. Logo, temos efetivamente o ajuizamento de uma ação inicial sumarizada (simplificada) cujo 
pedido principal é a concessão da tutela antecipada. 
Para tanto, essa ação inicial sumarizada deve observar seis requisitos, declinados no caput, do art. 303, do 
CPC. 
Portanto, a parte deverá peticionar com: 
 a informação de que se trata de uma tutela provisória de urgência de natureza antecipada; 
 a informação de qual a pretensão final, para que seja possível verificar a correspondência entre a 
tutela inicial e final; 
 a indicação do conflito que surgiu; 
 a referência ao direito que se busca tutelar, denominado tecnicamente de fumus boni iuris; 
 a menção ao perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo, denominado de periculum in 
mora; e 
 a indicação do valor da causa, a fim de que possa ser posteriormente emendada e se torne a ação 
principal. 
Esses são, portanto, os requisitos para a postulação antecedente de pedido de tutela antecipada. 
Encaminhado o processo para o magistrado, podemos ter duas decisões: 
1ª – CONCESSÃO DA TUTELA 
Com a concessão da tutela, o autor será intimado para complementar a argumentação, juntar novos 
documentos e confirmar o pedido da tutela inicial no prazo de 15 dias. 
Em seguida, cita-se o réu para comparecer à audiência de conciliação e de mediação. Se frutífera, o 
termo da autocomposição será homologado e o processo extinto com resolução de mérito. 
Caso não haja autocomposição, o réu sairá intimado da audiência para apresentar a contestação no 
prazo de 15 dias. 
Com isso, o processo seguirá o curso normal. 
2ª – NÃO CONCESSÃO DA TUTELA 
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O autor será intimado para emendar a petição inicial no prazo de 5 dias, a fim de que seja dada 
continuidade à ação na forma regular. 
Caso não haja aditamento, o processo será extinto sem julgamento do mérito. 
Para a prova... 
 
 
Não há lógica na diferença de prazos e expressões utilizados, mas essa é a disciplina do CPC. Portanto, 
cuidado com questões literais. 
 
 
No art. 304, do CPC, passamos a tratar de uma novidade no direito processual civil: a estabilização da tutela 
antecipada com caráter antecedente. 
DA DECISÃO
concessiva
aditamento
prazo de 15 dias
denegatória
emenda
prazo de 5 dias
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graves lesões, o que o levou a intentar ação indenizatória em face de Luiz, proprietário e condutor do 
veículo. Em sua petição inicial, José pleiteou a condenação de Luiz a lhe pagar verbas reparatórias dos 
danos morais e ressarcitórias dos danos materiais, incluindo as despesas com tratamentos médicos e 
hospitalares que se faziam necessários. 
Alegando não ter condições financeiras de arcar com tais tratamentos, e que estes não poderiam ser 
interrompidos, o autor requereu, também, a concessão de tutela inaudita altera parte, consubstanciada na 
determinação para que o réu imediatamente custeasse essas despesas, até o julgamento do mérito do 
processo. 
Reputando, à luz de uma cognição sumária, satisfatoriamente comprovadas as alegações de José, o 
magistrado, sem prejuízo do juízo positivo de admissibilidade da ação, deferiu a medida requerida, que tem 
a natureza de tutela: 
a) de urgência cautelar; 
b) tutela de urgência antecipada; 
c) da evidência; 
d) definitiva; 
e) executiva. 
40. (FGV/TJ-AL - 2018) No que se refere às tutelas provisórias, é correto afirmar que: 
a) as deferidas contra o Poder Público somente podem ter a eficácia suspensa com o manejo do recurso 
cabível; 
b) têm natureza cautelar, na hipótese de concessão de alimentos provisórios; 
c) a tutela de urgência, caso tenha natureza antecipatória, pode ser deferida em caráter incidental, mas não 
antecedente; 
d) caso deferida, a tutela de urgência acautelatória não pode ser modificada ou revogada; 
e) são impugnáveis, caso concedidas pelo juízo de primeira instância, pelo recurso de agravo de instrumento. 
41. (FGV/MPE-AL - 2018) Sobre a tutela provisória, analise as afirmativas a seguir. 
I. Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução. 
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II. Uma vez estabilizada a tutela antecipada antecedente, pode o interessado propor ação rescisória no prazo 
de dois anos. 
III. O indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o pedido principal, nem influi no 
julgamento desse, salvo se o motivo do indeferimento for o reconhecimento de decadência ou de prescrição. 
Está correto o que se afirma em 
a) II, apenas. 
b) I e II, apenas. 
c) I e III, apenas. 
d) II e III, apenas. 
e) I, II e III. 
42. (FGV/ALERO - 2018) Proposta demanda em que o autor visa apenas à concessão de tutela de 
urgência de natureza cautelar, o réu, depois de citado, ofertou contestação em que suscitou, entre outras 
matérias defensivas, a ocorrência da prescrição, a fulminar o próprio direito subjetivo afirmado na inicial. 
Na sequência, o juiz proferiu sentença em que reconhecia a prescrição, decisão esta que, à falta de 
interposição de qualquer recurso, transitou em julgado. O autor, pouco tempo depois, intentou demanda 
em que formulou o pedido principal. 
O juiz da causa deve 
a) julgar extinto o processo, sem resolução do mérito, haja vista o óbice da coisa julgada material. 
b) conhecer do mérito do processo, pois a sentença proferida no feito precedente não deu azo à formação 
da coisa julgada material. 
c) conhecer do mérito do processo, desde que a petição inicial tenha sido instruída com prova nova. 
d) julgar extinto o processo, sem resolução do mérito, haja vista o óbice da litispendência. 
e) suspender o curso do processo, até que o autor pleiteie e obtenha, em ação impugnativa autônoma, a 
desconstituição da sentença proferida no feito precedente. 
43. (FGV/ALERO - 2018) Acerca da tutela provisória no Código de Processo Civil, é correto afirmar que: 
a) é requisito essencial para as tutelas provisórias o risco de dano ao direito em jogo ou ao resultado útil do 
processo. 
b) a tutela provisória requerida em caráter antecedente independe do pagamento de custas. 
c) cessa a eficácia da tutela concedida em caráter antecedente, se o autor não deduzir o pedido principal no 
prazo legal. 
d) o réu será citado para, no prazo de quinze dias, contestar o pedido e indicar as provas que pretende 
produzir. 
e) se por qualquer motivo cessar a eficácia da tutela cautelar, é vedado à parte renovar o pedido, sob 
qualquer fundamento. 
44. (FGV/TJ-AL - 2018) O credor, ao perceber que o devedor estaria alienando todos os seus bens, e 
que esse comportamento poderia caracterizar uma tentativa de insolvência para não realizar o pagamento 
na data estipulada, distribuiu uma petição inicial visando à prestação de tutela cautelar em caráter 
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antecedente. Para tanto, indicou a lide e seu fundamento, expôs de forma sumária seu direito que 
objetivava assegurar e revelou que a atitude do réu traz risco ao resultado útil do processo. 
Nesse sentido, é correto afirmar que: 
a) o réu será citado para, no prazo de cinco dias, contestar o pedido e indicar as provas que pretende 
produzir; 
b) não sendo contestado o pedido, o réu será considerado revel e o juiz decidirá dentro de dez dias; 
c) efetivada a tutela cautelar, o pedido principal deverá ser formulado em trinta dias em autos apartados; 
d) na formulação do pedido principal não poderá a causa de pedir ser aditada; 
e) apresentado o pedido principal, o autor será intimado, e o réu citado, para a audiência de conciliação ou 
mediação. 
45. (FGV/TJ-SC - 2018) Proposta ação rescisória para alvejar uma sentença que o havia condenado a 
pagar quantia vultosa, o seu autor, sem prejuízo da formulação do pedido principal, pleiteou a concessão, 
inaudita altera para, de tutela provisória, consubstanciada na ordem de suspensão imediata da execução 
do título judicial, a qual já tinha curso normal no feito primitivo, até o julgamento do mérito da ação 
autônoma de impugnação. 
Trata-se da seguinte medida liminar: 
(A) tutela de evidência, de natureza antecipada; 
(B) tutela de evidência, de natureza cautelar; 
(C) tutela de urgência, de natureza antecipada; 
(D) tutela de urgência, de natureza cautelar; 
(E) tutela jurisdicional definitiva. 
46. (FGV/TJ-SC - 2018) Joana, avó paterna, tem a guarda de fato de seu neto Lucas desde que ele 
nasceu. O menor tem hoje 7 anos de idade. A genitora faleceu no parto e é desconhecido o paradeiro do 
genitor. Havendo necessidade de matricular o infante em estabelecimento de ensino, foi exigido da avó 
Joana que apresentasse a certidão de guarda do menor. 
Para tanto, a avó procurou a Defensoria Pública, que pode: 
a) ajuizar ação de guarda, e requerer, em tutela de urgência, a busca e apreensão do menor, de natureza 
satisfativa, em caráter incidental; 
b) ajuizar ação de guarda, e requerer, em tutela de evidência, a guarda provisória, de natureza antecipada, 
em caráter antecedente ou incidental; 
c) ajuizar ação de guarda, e requerer, em tutela de urgência, a guarda provisória, de natureza antecipada, 
em caráter antecedente ou incidental; 
d) encaminhar os autos ao Ministério Público para que esse ajuíze ação de guarda para a avó, uma vez que 
ela não pode ser parte legítima em ação de guarda do neto; 
e) encaminhar os autos ao Ministério Público para que esse represente o menor e proponha a ação de 
guarda, em nome próprio, na defesa dos interesses do menor. 
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CONSULPLAN 
47. (CONSULPLAN/TJ-MG - 2018) Sobre tutela provisória antecipatória assinale a afirmativa 
INCORRETA. 
a) No caso de estabilização da tutela antecipatória, a formação da coisa julgada poderá ser questionada 
através da ação rescisória. 
b) A execução fundada na decisão estabilizada poderá serdefinitiva, considerando que não existe relação 
entre a execução ser definitiva e a circunstância de se operar a coisa julgada material. 
c) A decisão que concede a tutela provisória, mesmo estabilizada pela inércia do Poder Público não está 
sujeita ao reexame necessário, em que pese seja proferida contra a União, Estados, Distrito Federal e 
Municípios. 
d) Uma vez concedida a tutela antecipada requerida em caráter antecedente, a estabilização depende da 
postura do autor e do réu. Se o autor não aditar a inicial, o processo será extinto sem resolução do mérito, 
o que implicará revogação da tutela antecipada concedida, inviabilizando a estabilização. 
48. (CONSULPLAN/TJ-MG - 2018) Sobre Tutelas Provisórias no novo Código de Processo Civil, é 
INCORRETO afirmar que: 
a) O prazo para aditamento da petição inicial na tutela antecipatória vai depender se a tutela antecipada foi 
ou não concedida. 
b) Efetivada a tutela cautelar antecedente, o pedido principal deve ser formulado pelo autor no trintídio 
legal sob pena de caducidade da medida. 
c) Não será possível a estabilização da tutela provisória antecipatória ou cautelar caso a parte contrária 
maneje o respectivo recurso contra a decisão que a concedeu. 
d) A tutela provisória da evidência pode ser requerida quando houver tese firmada em julgamento de casos 
repetitivos ou em súmula vinculante e os fatos possam ser comprovados tão somente por meio de 
documentos. 
49. (CONSULPLAN/TJ-MG - 2018) Acerca da tutela provisória de urgência cautelar ou satisfativa, é 
correto afirmar que a parte 
a) deve demonstrar apenas o perigo de dano. 
b) somente pode requerer em caráter antecedente. 
c) é responsável pela indenização do dano processual se a sentença for desfavorável para ela. 
d) é responsável pela indenização do dano processual ainda que a sentença seja favorável a ela. 
50. (CONSULPLAN/TJ-MG - 2017) Relativamente à tutela de urgência, dentre as afirmativas abaixo, 
apenas uma é INCORRETA. Assinale-a: 
a) Será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano 
ou risco ao resultado útil do processo. 
b) Poderá ser concedida liminarmente ou após justificação prévia. 
c) Em hipótese alguma a caução real ou fidejussória poderá ser dispensada. 
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d) A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade 
dos efeitos da decisão. 
Outras Bancas 
51. (IBFC/TRE-PA - 2020) No tocante à disciplina das tutelas provisórias, tal qual previstas no Código de 
Processo Civil, assinale a alternativa incorreta. 
a) Para a concessão de tutela de urgência ou evidência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou 
fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser 
dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la. 
b) A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco 
ao resultado útil do processo, quando as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas 
documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante, caso 
em que o juiz poderá decidir liminarmente. 
c) Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo prejuízo que a efetivação 
da tutela de urgência causar à parte adversa, entre outras hipóteses, obtida liminarmente a tutela em caráter 
antecedente, não fornecer os meios necessários para a citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias. 
d) Efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no prazo de 30 (trinta) 
dias, caso em que será apresentado nos mesmos autos em que deduzido o pedido de tutela cautelar, não 
dependendo do adiantamento de novas custas processuais. 
52. (QUADRIX/CREA-GO - 2019) Para a concessão da tutela de evidência, o autor deverá demonstrar o 
perigo de dano e o risco ao resultado útil do processo. 
53. (INAZ do Pará/CORE-SP - 2019) No que diz respeito à Tutela de Urgência e de Evidência reguladas 
pelo Código de Processo Civil vigente, marque a alternativa correta 
a) A tutela de urgência de natureza antecipada será concedida quando houver elementos que evidenciem a 
probabilidade do direito, o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo, ainda que exista perigo 
de irreversibilidade dos efeitos da decisão. 
b) O juiz não poderá exigir caução real ou fidejussória, pois não há obrigação nesse sentido prevista no atual 
Código de Processo Civil. 
c) A concessão da Tutela de Evidência independe da demonstração de perigo de dano ou de risco ao 
resultado útil do processo quando ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito 
protelatório da outra parte. 
d) Concedida a tutela antecipada em caráter antecedente, o autor deverá aditar a inicial, complementando 
sua argumentação, juntando novos documentos e confirmando o pedido de tutela final, no prazo legal de 30 
(trinta) dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar. 
e) O Novo Código de Processo Civil traz a possibilidade da tutela de urgência ser concedida em caráter 
liminar, não trazendo, contudo, a possibilidade de concessão após audiência de justificação prévia, pois, 
neste caso, perderia sua natureza provisória. 
54. (IAUPE/UPE – 2019) A respeito da tutela provisória, é CORRETO afirmar que 
a) a tutela provisória de urgência, assim como a tutela provisória de evidência, pode ser concedida em 
caráter antecedente ou incidente. 
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b) é cabível ação rescisória no prazo decadencial de dois anos da decisão que estabiliza os efeitos da tutela 
antecipada. 
c) a tutela de evidência prescinde de risco ao resultado útil do processo e do perigo de dano e poderá ser 
concedida de maneira liminar, quando ficar caracterizado o abuso do direito de defesa. 
d) apenas o réu poderá demandar com o intuito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada 
estabilizada. 
e) é vedada a exigência de recolhimento de custas para apreciar requerimento de tutela provisória 
incidental, cuja decisão, se assim subordiná-lo, é recorrível por meio de agravo de instrumento. 
55. (FUNDEP/DPE-MG – 2019) Sobre tutela provisória, assinale a alternativa incorreta. 
a) Sendo carente a parte que requer a tutela de urgência, poderá o juiz dispensar apresentação de caução 
destinada a ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer em virtude da efetivação da medida. 
b) O autor responde objetivamente pelos danos ocasionados à outra parte decorrentes da antecipação de 
tutela não confirmada em sentença, independentemente de ordem judicial e de pedido específico do 
interessado. 
c) A tutela provisória de urgência antecipada pode ser concedida na sentença e, havendo omissão judicial 
quanto ao prévio requerimento formulado, nada impede que ela seja concedida na decisão que julga os 
embargos declaratórios. 
d) Ao prever a possibilidade de estabilização da tutela antecipada requerida em caráter incidente, o 
legislador brasileiro equiparou as técnicas processuais de cognição sumária e de cognição exauriente. 
56. (CS UFG/SANEAGO – 2018) São requisitos para a concessão da tutela provisória de urgência, nos 
termos do Código de Processo Civil: 
a) abuso de direito e manifesto propósito protelatório da parte. 
b) probabilidade do direito e manifesto propósito protelatório da parte. 
c) perigo de dano e tese firmada em julgamento de recursos repetitivos ou em súmula vinculante. 
d) probabilidade do direito e perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo. 
57. (NC-UFPR/FOZPREV– 2018) Sobre o regime da defesa do réu, da tutela provisória e da coisa julgada 
no CPC, assinale a alternativa correta. 
a) A incompetência relativa deve ser alegada mediante exceção de incompetência, atendidas as formalidades 
estabelecidas no Código de Processo Civil. 
b) A antecipação de tutela concedida estabiliza-se se o réu não apresentar contestação. 
c) A coisa julgada não favorece nem prejudica terceiros. 
d) Quando alegar sua ilegitimidade ad causam, incumbe ao réu indicar o sujeito passivo da relação jurídica 
discutida sempre que tiver conhecimento. 
e) O Código de Processo Civil veda a antecipação da tutela na ação de embargos de terceiro. 
58. (IDECAN/IPC – 2018) No âmbito das tutelas provisórias, o atual Código de Processo Civil prevê que 
a tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco 
ao resultado útil do processo, quando: 
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I. Houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante, ainda que as alegações 
de fato demandem a produção de prova testemunhal. 
II. Ficar caracterizado o manifesto propósito protelatório da parte. 
III. Houver o abuso do direito de defesa. 
Está(ão) correto(s) o(s) item(ns): 
a) Apenas I e II. 
b) Apenas I e III. 
c) Apenas II e III. 
d) Todos estão corretos. 
59. (IBFC/TRF 2 – 2018) Caio requereu, como tutela provisória de urgência, em caráter antecedente, o 
bloqueio de cem mil reais, na conta-corrente de Tício, a título de garantia para a eventual procedência de 
pedido de condenação pecuniária em face do mesmo, tendo o juiz deferido a medida, que não foi 
impugnada. Em seguida, o juiz considerou estabilizada a demanda e extinguiu o processo sem o 
julgamento do mérito. Em relação ao caso descrito, pode-se afirmar que: 
a) o processo deveria ser extinto com o julgamento do mérito. 
b) o juiz deveria ter aguardado a contestação, tendo em vista que a impugnação à estabilização pode ser 
realizada na contestação. 
c) a tutela provisória concedida não é suscetível de estabilização. 
d) o juiz deveria ter indeferido a tutela em questão porque não cabível em caráter antecedente. 
e) o juiz deveria ter aplicado o princípio da fungibilidade à hipótese. 
60. (COSEAC UFF/Pref Maricá – 2018) Acerca da tutela provisória, é correto afirmar que: 
a) não conserva sua eficácia se o processo for suspenso, salvo decisão judicial em contrário. 
b) ressalvada disposição especial, nos recursos a tutela provisória será requerida ao órgão jurisdicional a 
quo. 
c) nos casos de tutela provisória de urgência em caráter antecedente, não é necessário que a parte indique, 
na petição inicial visando à tutela de urgência antecipada, o valor da causa incluindo o valor do pedido final. 
d) entre as hipóteses de acolhimento de tutela provisória de evidência, não se inclui tese firmada em 
julgamento de casos repetitivos ou súmula vinculante. 
e) em havendo acolhimento de alegação de decadência ou prescrição da pretensão, a parte responderá 
pelos prejuízos que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, independentemente da 
reparação por dano processual. 
61. (FUNRIO/ALERR – 2018) De acordo com o Código de Processo Civil, as tutelas jurisdicional 
provisórias serão concedidas pelo magistrado, utilizando o juízo de cognição sumária, e serão de duas 
espécies: de urgência e de evidência. 
Portanto, pode-se afirmar que a tutela 
a) cautelar requerida em juízo, em caráter antecedente, seguirá em processo autônomo. 
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b) de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem o perigo de dano ou o risco ao 
resultado útil do processo. 
c) da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao 
resultado útil do processo, quando ficar caracterizado o abuso do direito de defesa. 
d) da evidência será concedida quando houver a demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado 
útil do processo, quando se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do 
contrato de depósito. 
62. (CEFETBAHIA/MPE-BA – 2018) Sobre as medidas de urgência no CPC, podemos afirmar: 
a) Que o juiz deverá conceder a tutela de evidência, havendo provas do perigo de dano, quando 
caracterizado manifesto propósito protelatório da parte. 
b) A tutela de urgência exige demonstração de probabilidade do direito, do perigo de dano, além do risco 
ao resultado útil do processo. 
c) Por não ser de urgência, a tutela da evidência prescinde dos requisitos inerentes ao perigo de dano ou 
risco ao resultado útil do processo. 
d) Independentemente da probabilidade do direito alegado, a tutela de urgência é medida acautelatória 
que deve ser concedida se patente o perigo de dano irreparável ou o risco ao resultado útil do processo. 
e) Pelo Novo Código de Processo Civil, não se proferirá decisão contra uma das partes sem ouvi-la 
previamente, sendo esse princípio uma exceção à regra do contraditório diferido, como nas medidas de 
urgência. 
63. (NC-UFPR/COREN PR – 2018) No que toca ao tratamento legal da tutela provisória, pelo Código de 
Processo Civil, assinale a alternativa correta. 
a) As tutelas provisórias de urgência e de evidência podem ser requeridas pela via incidental ou antecedente. 
b) Para a efetivação da tutela provisória, o magistrado encontra-se adstrito às técnicas típicas de execução 
previstas pelo próprio Código de Processo Civil. 
c) A caução real ou fidejussória é imprescindível para a concessão de tutela de evidência. 
d) Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, pode o autor requerer a tutela 
de urgência em caráter antecedente, hipótese em que deverá demonstrar a probabilidade do direito e o 
perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
e) Uma das hipóteses para a concessão de tutela de evidência, prevista no Código de Processo Civil é que a 
matéria controvertida seja unicamente de direito e no juízo já houver sido proferida sentença de total 
procedência em casos idênticos. 
64. (IBADE/IPM JP – 2018) Sobre o instituto da tutela provisória, está correto afirmar que: 
a) a tutela de evidência só pode ser concedida liminarmente nos casos de prova exclusivamente documental 
apresentada pelo autor. acompanhada de tese firmada em casos repetitivos ou súmula vinculante, ou 
quando se tratar de pedido reipersecutório, com prova documental do contrato de depósito. 
b) a concessão de tutela provisória em caráter incidental depende do pagamento das respectivas custas. 
c) na tutela de evidência, exige-se a comprovação do requisito do risco de dano grave, irreparável ou de 
difícil reparação. 
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d) a tutela de urgência pode ser concedida mesmo nos casos em que houver perigo de irreversibilidade dos 
efeitos da decisão. 
e) não é cabível em grau recursal. 
65. (Legalle/MPE-GO – 2018) Segundo o Código de Processo Civil, afirma-se que independentemente 
da reparação por dano processual, a parte responde pelo prejuízo que a efetivação da tutela de urgência 
causar à parte adversa se obtida liminarmente em caráter antecedente, não fornecer os meios necessários 
para a citação do requerido em que prazo? 
a) 30 dias. 
b) 10 dias. 
c) 5 dias. 
d) 3 dias. 
66. (MPE-MS/MPE-MS – 2018) A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência. A 
esse respeito, é correto afirmar: 
a) A tutela cautelar de urgência não pode ser efetivada mediantearresto, sequestro ou arrolamento de 
bens, porquanto sujeitos a procedimento cautelar específico. 
b) Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação e a petição inicial pode limitar-se 
ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, se concedida a tutela 
antecipada, o autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação de sua argumentação, a juntada 
de novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final, em quinze dias ou em outro prazo fixado 
pelo juiz. 
c) A tutela de evidência será concedida se demonstrado perigo de dano ou de risco ao resultado útil do 
processo, quando ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da 
parte ou se as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada 
em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante. 
d) A petição inicial, na ação judicial que pleiteia tutela cautelar em caráter antecedente, indicará a lide e o 
seu fundamento, a exposição sumária do direito que se visa assegurar e o perigo de dano ou risco ao 
resultado útil do processo, porém será a petição inicial indeferida se o pedido tiver natureza antecipatória. 
e) Concedida a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no prazo de trinta dias, 
em autos apartados e mediante a complementação de custas processuais. 
67. (MPE-MS/MPE-MS – 2018) A requerimento da parte, o juiz poderá antecipar, total ou parcialmente, 
os efeitos da tutela judicial pretendida. Assinale a alternativa correta. 
a) O autor da ação não responde pelos danos sofridos pela parte contrária decorrentes da antecipação de 
tutela que não for confirmada em sentença. 
b) A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, não podendo ser revogada ou 
modificada, salvo no caso de interposição de recurso. 
c) Ainda que requerida em caráter incidental, a tutela provisória depende do pagamento de custas. 
d) É possível a antecipação da tutela em sede de recurso, desde que presentes os requisitos legais. 
e) Concedida a tutela antecipada em caráter antecedente, ela se tornará estável independentemente da 
interposição de recurso. 
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68. (CESGRANRIO/LIQUIGÁS – 2018) Nos termos do Código de Processo Civil em vigor, concedida a 
tutela antecipada, o autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação de sua argumentação, a 
juntada de novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final, não havendo outro prazo fixado 
pelo juiz, em 
a) cinco dias 
b) dez dias 
c) quinze dias 
d) vinte dias 
e) trinta dias 
69. (IESES/TJ-AM – 2018) Em relação a tutela provisória no Código de Processo Civil, é INCORRETO: 
a) Na tutela da evidência será exigido conforme norma expressa no Código de Processo Civil, a demonstração 
de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo. 
b) Na tutela de urgência, deferida em caráter antecedente, o réu será citado e intimado para audiência de 
conciliação ou de mediação, e não havendo autocomposição, o prazo para contestar terá sua fluência da 
negativa de acordo. 
c) Na tutela de urgência, independente da natureza da medida, cautelar ou antecipada os requisitos legais 
para devida concessão são respectivamente, a probabilidade do direito e o risco de dano ou resultado útil 
do processo, podendo ser dispensada a caução, caso a parte interessada comprove a sua hipossuficiência. 
d) As decisões interlocutórias que dizem respeito a tutela provisória serão recorríveis via agravo de 
instrumento, já as sentenças que confirmam, concedem, ou revogam a tutela provisória serão recorríveis 
por meio de apelação, a qual será desprovida de efeito suspensivo. 
70. (NC-UFPR/Prefeitura de Curitiba-PR – 2019) A Emenda Constitucional nº 45 consagrou o direito 
fundamental das partes à razoável duração do processo judicial e administrativo e dos meios que 
assegurem a celeridade de sua tramitação. Também é de se dizer que o artigo 5º, XXXV, da Constituição 
Federal, quando trata do direito de acesso à justiça, apresenta a necessidade de que a proteção 
jurisdicional seja efetiva. Assim, na busca pela razoável duração e celeridade processual, o Código de 
Processo Civil prevê as tutelas provisórias, entre elas as tutelas de urgência, que têm por objetivo 
assegurar ou proteger o direito da parte de uma possível demora na tramitação do processo. A respeito 
das tutelas provisórias previstas no Código de Processo Civil, assinale a alternativa correta. 
a) As tutelas provisórias previstas no Código de Processo Civil têm por objetivo minimizar os efeitos da 
demora no processo, especialmente quando há evidências de que o demandante tem razão em seu pedido, 
mas ainda não existam nos autos elementos suficientes para o julgamento definitivo de procedência. 
b) Segundo o Código de Processo Civil, a tutela provisória de urgência antecipada pode ser concedida em 
caráter antecedente ou incidental, mas a tutela provisória de urgência cautelar não poderá ser apresentada 
em caráter incidental. 
c) O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação da tutela provisória, mas 
a tutela concedida não conservará a sua eficácia nos períodos em que o processo estiver suspenso. 
d) Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se 
ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do 
direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo. Nesse caso, caso 
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entenda que não há elementos para a concessão de tutela antecipada, o órgão jurisdicional 
obrigatoriamente indeferirá a petição inicial. 
e) A tutela antecipada antecedente torna-se estável se da decisão que a conceder não for interposto o 
respectivo recurso, caso em que tal decisão estará sujeita aos efeitos da coisa julgada, tornando-se imutável 
e indiscutível. 
71. (FUNRIO /ALE-RR - 2018) André, menor impúbere, beneficiário do plano de saúde coletivo Z, 
começa a sentir fortes dores abdominais, vomitando durante a madrugada, e é socorrido por seus pais 
que o levaram para o Hospital Y, credenciado ao plano de saúde. O pediatra que fez o atendimento inicial 
de André diagnosticou um quadro clínico muito grave, com risco de morte, sendo necessário o imediato 
encaminhamento do menor para o Centro de Terapia Intensiva (CTI) do hospital. Os funcionários 
administrativos do hospital entraram em contato com o plano de saúde Z, pedindo autorização para 
internação e cirurgia do menor, mas a autorização foi negada, uma vez que André ainda não havia 
cumprido o período de carência exigido em contrato. Ao saber a resposta do plano de saúde, a mãe, que 
é advogada, resolve elaborar uma petição de ação de obrigação de fazer com pedido de tutela provisória 
numa das varas cíveis da Comarca Capital do Tribunal de Justiça X. 
Diante do caso hipotético apresentado e, levando-se em consideração o Código de Processo Civil no que 
tange à utilização do instituto da tutela provisória, assinale a alternativa CORRETA. 
a) Devido à urgência do caso, contemporânea à propositura da ação, a petição inicial poderá limitar-se 
simplesmente ao requerimento da tutela antecipada, com a exposição do direito que se busca realizar e do 
perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo. 
b) A petição inicial da ação de obrigação de fazer, que visa também à prestação de tutela cautelar em caráter 
antecedente, indicará somente a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar. 
c) Devido à urgênciado caso, contemporânea à propositura da ação, a petição inicial que será redigida 
poderá limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido final. Concedida a tutela 
antecipada, o autor deverá aditar a petição inicial em 15 (quinze) dias ou em outro prazo maior que o juiz 
fixar. 
d) Para que o magistrado conceda a tutela de evidência em favor de André, autorizando sua internação no 
CTI do hospital, bem como a cirurgia; a petição inicial deverá obrigatoriamente demonstrar a existência de 
perigo de dano e risco ao resultado útil do processo. 
72. (CEBRASPE/PGM-Manaus - 2018) À luz das disposições do CPC relativas aos atos processuais, julgue 
os itens subsequentes. 
Para a concessão da tutela de evidência, o juiz deverá verificar, além da probabilidade de direito, o perigo 
de dano ou de risco ao resultado último do processo. 
73. (IDECAN/CRF-SP – 2018)“José, casado com Maria e pai de 5 filhos, omitiu durante toda sua vida a 
existência de seu filho João, nascido antes do casamento, o qual foi por ele devidamente registrado. Após 
o falecimento de José, Maria e seus filhos procederam com o inventário dos bens por ele deixados, não 
indicando, contudo, João como herdeiro. João apenas veio tomar conhecimento da situação quando já era 
findo o inventário e, diante do desejo de resguardar sua parte do quinhão, ingressou com Medida Cautelar 
de Sequestro.” A respeito da medida tomada por João, é correto afirmar que: 
A) João acertadamente ingressou com Cautelar de Sequestro, a qual assegurará a qualidade e a quantidade 
dos bens, convertendo-se em penhora, quando declarada a dívida dos irmãos para com ele. 
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129 
B) João equivocou-se quanto a cautelar interposta, uma vez que a medida pertinente seria o arresto dos 
bens, garantindo, assim, uma futura penhora e consequente expropriação dos bens, evitando a dilapidação 
do patrimônio que lhe cabe por direito. 
C) A Cautelar de Arresto é a medida pela qual João obterá a constrição de bens específicos, sobre os quais 
pretende discutir judicialmente. Tal constrição busca assegurar que estes não pereçam ou venham a ser 
danificados e não será seguida de penhora. 
D) A Cautelar de Sequestro se destina à constrição de bens específicos, sobre os quais João discutirá 
judicialmente. Tal constrição busca assegurar que os bens não pereçam ou venham a ser danificados. Não se 
seguirá de penhora, mas de possível entrega do bem. 
 
 
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129 
129 
GABARITO 
1. E 
2. C 
3. E 
4. A 
5. D 
6. E 
7. CORRETA 
8. INCORRETA 
9. B 
10. D 
11. INCORRETA 
12. D 
13. CORRETA 
14. C 
15. A 
16. INCORRETA 
17. INCORRETA 
18. CORRETA 
19. C 
20. C 
21. B 
22. D 
23. D 
24. A 
25. E 
26. D 
27. E 
28. B 
29. D 
30. C 
31. E 
32. C 
33. C 
34. A 
35. E 
36. B 
37. E 
38. D 
39. B 
40. E 
41. C 
42. A 
43. C 
44. A 
45. D 
46. C 
47. A 
48. C 
49. C 
50. C 
51. A 
52. INCORRETA 
53. C 
54. E 
55. D 
56. D 
57. D 
58. C 
59. C 
60. E 
61. C 
62. C 
63. D 
64. A 
65. C 
66. B 
67. D 
68. C 
69. A 
70. A 
71. C 
72. INCORRETA 
73. D 
 
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TE
informação de que se trata de tutela provisória de urgência de natureza antecipada;
pretensão final (correspondência);
conflito
fumus boni iuris
periculum in mora
valor da causa
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16 
129 
Esse dispositivo intenta a estabilização das decisões provisórias. Por exemplo, determinada parte entra com 
uma ação e pede a tutela antecipada. Se após concedida pelo magistrado, não houver insurgência do réu e 
nenhum outro pedido da parte autora, a tutela antecipada se estabiliza e torna-se perene. 
De acordo com o caput, do art. 304, a estabilização da demanda ocorrerá com a não interposição de recurso, 
o que implicará a extinção no processo na forma do §1º, do art. 304, do CPC. 
Assim, da concessão da tutela antecipada, o réu deverá interpor o recurso – no caso o agravo de instrumento 
– sob pena de estabilização da tutela antecipada. Como a tutela antecipada é provisória, admite-se, a 
qualquer tempo, que o réu ingresse com pedido revisional dessa tutela, a fim de modificá-la ou extingui-la. 
Esse dispositivo é criticado pela doutrina, pois não atende a algumas situações específicas. De todo modo, 
para fins de prova, devemos nos pautar pela legalidade. 
(i) a estabilização ocorre apenas no pedido de tutela antecipada antecedente, pois não há previsão para a 
estabilização no caso de a tutela antecipada constar de pedido preliminar no bojo de ação principal ajuizada. 
Além disso, é importante destacar que a estabilização da demanda não se aplica à tutela provisória de 
natureza cautelar, pois ela tem caráter conservativo e não satisfativo. 
Do mesmo modo, por faltar previsão, não se fala em aplicação da estabilização da demanda em tutela de 
evidência. 
Assim, não obstante as dúvidas que ainda pairam sobre o assunto, para a prova... 
A ESTABILIZAÇÃO DA DEMANDA APLICA-SE APENAS À TUTELA PROVISÓRIA 
ANTECIPADA ANTECEDENTE. 
(ii) outro ponto importante é o fato de que o caput afirma que o recurso impede a estabilização. 
Literalmente, o recurso cabível dessa decisão interlocutória que concede a tutela antecipada antecedente é 
o agravo de instrumento. 
Contudo, e se a parte apresentar contestação à ação? Não haveria estabilização? 
1ª CORRENTE – apenas o agravo de instrumento é capaz de evitar a estabilização da tutela antecipada 
antecedente, muito embora sejam admitidos sucedâneos de insurgência, como o mandado de 
segurança ou a reclamação. 
2º CORRENTE – qualquer meio de impugnação, abrangendo além do agravo de instrumento a 
contestação. 
Segundo entendimento do STJ, divulgado no Informativo 639, deve-se tomar como base uma interpretação 
sistemática e teleológica do instituto, é que a estabilização somente ocorrerá se não houver qualquer tipo 
de impugnação pela parte contrária, sob pena de se estimular a interposição de agravos de instrumento e 
do ajuizamento da ação autônoma, a fim de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada estabilizada. 
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A regra é que a tutela antecipada antecedente estabilizada é provisória e, por isso, poderá ser revisada a 
qualquer tempo pelas partes. A revisão da tutela antecipada estabilizada dependerá de uma ação, em autos 
apartados, podendo ser requerido o desarquivamento do processo anterior. Nesse caso, o juízo competente 
para essa ação será o mesmo juízo da decisão estabilizada. 
 
Pergunta-se: a tutela antecipada poderá permanecer estabilizada para sempre, permitindo à parte 
requerer a revisão, a reforma ou a invalidação a qualquer tempo? De acordo com o §5º, do art. 304, a tutela 
PERMANECERÁ ESTABILIZADA PELO PRAZO DE DOIS ANOS. Decorrido o prazo de dois anos, a tutela 
antecipada torna-se definitiva. 
Em razão do prazo acima, faz-se outro questionamento: após os dois anos, se não houver pedido revisional 
da parte interessada, há formação da coisa julgada? 
Existem três correntes: 
1ª CORRENTE – não faz coisa julgada e, portanto, poderá ser revista a qualquer tempo. Registre-se que 
essa corrente contraria expressamente o §5º, do art. 304, acima citado, que fixa um lapso para a 
revisão. 
2ª CORRENTE – não há formação da coisa julgada e também não há possibilidade de ajuizamento de 
ação rescisória contra essa decisão. O legislador apenas definiu um prazo máximo para a ação 
revisional. 
3ª CORRENTE – findo o prazo de dois anos, há formação da coisa julgada material, com possibilidade de 
ação rescisória caso adentre nas hipóteses legais. 
Novamente: 
Qual posição adotar para a prova? 
Não há consenso para fins de prova de concurso público, nem mesmo questões anteriores retrataram o tema 
de modo a nos conceder segurança. O entendimento que tende a se consolidar é no sentido de que não é 
cabível ação rescisória nos casos de estabilização da tutela antecipada urgência, conforme o Enunciado 33 
do Fórum Permanente e Processualistas Civis. 
Assim, acreditamos que a 2ª corrente é a que deve prevalecer. 
• ação a ser ajuizada a qualquer tempo pelas partes
• será feita em autos apartados
• pode ser requerido o desarquivamento do processo anterior para ser usado na instrução
• será distribuída ao mesmo juízo que foi competente para a concessão da tutela
REVISÃO DE TUTELA ANTECIPADA ESTABILIZADA
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129 
3.3 - Tutela cautelar requerida em caráter antecedente 
A disciplina da tutela cautelar requerida em caráter antecedente está disciplinada nos arts. 305 ao 310 do 
CPC. O caput, do art. 305, indica que a ação cautelar antecedente deve conter: 
 indicação do conflito e do fundamento; 
 exposição do direito que se pretende assegurar; e 
 exposição do perigo de dano ou do risco ao resultado útil ao processo. 
Sigamos! 
Distribuída a ação, o réu será citado para apresentar defesa e indicar as provas que pretende produzir no 
prazo de 5 dias. Caso não conteste, presumem-se verdadeiros os fatos alegados pelo autor e o processo será 
remetido à decisão do magistrado no prazo de 5 dias. Assim, a não apresentação da contestação constitui 
presunção das alegações de fato do demandante da probabilidade para a concessão da medida cautelar. 
Portanto, desde já, tome nota em relação aos prazos referidos: 
 
Se o pedido for contestado, o trâmite da ação seguirá o rito comum. Após o trâmite processual, será 
proferida sentença a fim de conceder, ou não, a ação cautelar. 
Veja como o assunto já foi explorado em provas: 
(TRT8ªR - 2015) Sobre o processo cautelar, julgue. 
No processo cautelar antecedente o requerido será citado, para, no prazo de 05 dias, contestar o pedido, 
presumindo-se verdadeiros os fatos alegados pelo requerente, na ausência de contestação. 
Comentários 
Está correta a assertiva, porque está de acordo com os arts. 306 e 307, ambos do CPC. 
Sigamos! 
Concedida a tutela, a parte autora tem o prazo de 30 dias para ajuizar a ação principal, sem necessidade de 
adiantamento de custas processuais, podendo, inclusive, aditar pedidos na forma do §2º, do art. 308, do 
CPC. 
PRAZO PARA CONTESTAR E INDICAR PROVAS 5 dias
PRAZO PARA O MAGISTRADO DECIDIR EM CASO DE 
NÃO MANIFESTAÇÃO DO REQUERIDO
5 dias
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O §1º permite à parte formular o pedido principal conjuntamente com o pedido cautelar. 
O dispositivo acima destaca a necessidade de que o pedido principal serefira à tutela cautelar 
(referibilidade). 
De todo modo, formulado o pedido principal, o magistrado determinará a intimação das partes, por 
intermédio dos respectivos advogados, para comparecimento à audiência de conciliação e de mediação, sem 
necessidade de citar o réu. 
Note que o prazo de aditamento da petição inicial é maior na tutela cautelar. O prazo será de 30 dias, 
enquanto que, na tutela antecipada antecedente, o prazo é de 15 dias para a aditar a petição inicial. 
Se infrutífera a conciliação, a parte ré sai do ato processual intimada para contestar a ação no prazo de 15 
dias. 
Assim: 
 
Veja como o assunto já foi explorado em provas: 
 
(TRT8ªR - 2015) Sobre o processo cautelar, julgue. 
Cessa a eficácia da tutela provisória cautelar se a parte não intentar a ação principal no prazo de 30 dias, 
contados da efetivação da medida, se esta não for executada dentro de 30 dias ou se o juiz declarar extinto 
o processo principal, com ou sem julgamento do mérito, mas, cessada a medida por qualquer desses motivos, 
a parte pode intentar nova ação e repetir o pedido com os mesmos fundamentos. 
Comentários 
Está incorreta a assertiva, uma vez que, na parte final contrária, o parágrafo único do art. 309, do CPC, prevê 
que, por qualquer motivo, a eficácia da tutela cautelar cessará, sendo vedado à parte renovar o pedido, a 
não ser que haja novo fundamento. 
Sigamos! 
• não ajuizamento da ação principal no prazo de 30 dias
• não efetivação da medida conservativa no prazo de 30 dias
• improcedência do pedido principal
• extinção do processo sem resolução do mérito
CESSA A EFICÁCIA DA TUTELA CAUTELAR
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129 
Para a prova... 
 
Veja como o assunto já foi explorado em provas: 
 
(TRT8ªR - 2015) Sobre o processo cautelar, julgue. 
O indeferimento da tutela provisória cautelar não obsta a que a parte intente a ação principal, nem influi no 
julgamento desta, salvo se o juiz, no procedimento cautelar, acolher a alegação de decadência ou de 
prescrição do direito do autor. 
Comentários 
Está correta a assertiva, que está de acordo com o art. 310, do CPC. 
4 - Tutela de Evidência 
A tutela de evidência trabalha com a ideia de que a probabilidade do direito do autor é alta e a defesa possui 
pouca seriedade a fim de poder influenciar o provimento final. Desse modo, a concessão da tutela de 
evidência independe de demonstração do perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo. 
A probabilidade do direito para a concessão da tutela de evidência deve ser altíssima, de modo que a 
doutrina tem se manifestado no sentido de que a verossimilhança para a concessão da tutela de evidência 
deve ser muito superior àquela verificada na prática quando do requerimento formulado pela parte em 
tutelas de urgência. 
Para nosso estudo é relevante compreender bem as quatro hipóteses descritas no art. 311, do CPC: 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, INDEPENDENTEMENTE da demonstração 
de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, QUANDO: 
O INDEFERIMENTO DA 
TUTELA CAUTELAR
não impede o 
ajuizamento da ação 
principal
exceto no caso de 
reconhecimento de 
prescrição ou 
decadência
não influencia o 
julgamento da ação 
principal
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129 
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório 
da parte; 
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver 
tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; 
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do 
contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto 
custodiado, sob cominação de multa; 
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos 
do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável. 
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente. 
Antes de analisar cada uma dessas hipóteses, cumpre observar que não existe impedimento para que 
procedimentos específicos disciplinem outras hipóteses de tutela de evidência. 
Vejamos as hipóteses do CPC: 
 Abuso do direito de defesa ou de manifesto propósito protelatório do réu. 
Nesse caso, é necessário ouvir o réu para a concessão da tutela de evidência, não podendo ser concedida 
liminarmente. 
Trata-se de uma hipótese em que a tutela de evidência é concedida com intuito punitivo, como uma sanção 
à parte que agir de má-fé ou que provoque empecilhos ao regular andamento do processo, capazes de 
comprometer a celeridade e lealdade processuais. 
Cita-se, como exemplo, o fornecimento de endereços errados ou incompletos a fim de dificultar a intimação 
da testemunha. Outro exemplo referido pela doutrina é a retirada dos autos físicos do cartório e a não 
devolução pela parte, não obstante intimação para devolução. 
 Alegações de fato comprovadas apenas com documentos e tese firmada em julgamento de casos 
repetitivos ou em súmula vinculante. 
Atenção aos conectivos! 
 
fato comprovado 
documentalmente 
E 
tese firmada em julgamento 
repetitivo 
OU súmula vinculante 
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Importante destacar que, nesse caso, admite-se a concessão da medida em caráter liminar, em razão do que 
dispõe o parágrafo único do art. 311, do CPC. 
 ação de depósito, quando quem está com algum bem em razão de contrato de depósito e não o entrega 
a quem de direito na forma e nos prazos devidos, poderá a parte demandar tutela de evidência com a 
cominação de multa em caso de não devolução no prazo fixado. 
Do mesmo modo, também se admite a concessão da medida em caráter liminar, em razão do que dispõe o 
parágrafo único do art. 311, do CPC. 
 petição instruída com prova documento suficiente dos fatos constitutivos sem oposição razoável do 
réu. 
Note que, nesse caso, não é necessário haver entendimento jurisprudencial em caso repetitivo ou súmula 
vinculante para subsidiar o pedido. 
Para concessão da tutela de evidência, conforme a referida hipótese, faz-se necessário: 
 prova documental; 
 incapacidade de o réu, documentalmente, causar qualquer dúvida à evidência do direito ou, muito 
menos, de produzir contraprova suficiente a contrapor o autor. 
Nessa hipótese também é necessário ouvir o réu para a concessão da tutela de evidência, não podendo ser 
concedida liminarmente. 
Para a prova... 
 
 
• Abuso do direito de defesa ou de manifesto propósito protelatório do réu (liminar).
• Alegações de fato comprovadas apenas com documentos e tese firmada em
julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante (liminar).
• Ação de depósito, quando quem está com algum bem em razão de contrato de
depósito e não a entrega a quem de direito na forma e nos prazos devidos, poderá a
parte demandar tutela de evidência com a cominação de multa em caso de não
devolução no prazo fixado (liminar).
• Petição instruída com prova documento suficiente dos fatos constitutivos sem
oposição razoável do réu (liminar).
HIPÓTESES DE CABIMENTO DA TUTELA DE EVIDÊNCIA
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Com isso, encerramos a parte teórica pertinente à aula de hoje. 
Veja como o assunto já foi explorado em provas: 
 
(MPE-MS - 2015) Julgue: 
Não há possibilidade de tutela provisória no processocivil brasileiro, sem alegação e comprovação de 
urgência. 
Comentários 
Está incorreta a assertiva. Com a previsão a tutela de urgência não só temos a antecipação de tutela como a 
concessão definitiva do direito à parte, nas hipóteses de cabimento. Além disso e o mais importante, 
independe da demonstração de urgência. 
 
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129 
QUESTÕES COMENTADAS 
FCC 
1. (FCC/MPE-PB - 2018) Considere os seguintes enunciados, que concernem à tutela provisória. 
I. A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, só podendo ser revogada por ocasião 
da sentença. 
II. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, só pode ser concedida em caráter antecedente. 
III. A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento 
de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para asseguração do 
direito. 
IV. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se 
ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do 
direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I e III. 
b) I, II e IV. 
c) II, III e IV. 
d) I e II. 
e) III e IV. 
Comentários 
Vamos analisar cada um dos itens. 
O item I está incorreto. De acordo com o art. 296, caput, do CPC, a tutela provisória conserva sua eficácia na 
pendência do processo, mas pode, a qualquer tempo, ser revogada ou modificada. 
O item II está incorreto. A tutela provisória de urgência pode ser requerida em caráter antecedente ou 
incidental. É o que dispõe o parágrafo único, do art. 294, da Lei nº 13.105/15. 
O item III está correto, com base no art. 301, da referida Lei: 
Art. 301. A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, 
sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer 
outra medida idônea para asseguração do direito. 
O item IV está correto, nos termos do art. 303, caput, do CPC: 
Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-
se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do 
direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo. 
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Assim, a alternativa E é correta e gabarito da questão. 
2. (FCC/Pref Caruaru - 2018) A tutela provisória 
a) conserva sua eficácia na pendência do processo, podendo ser revogada ou modificada até o saneador, se 
novos fatos surgirem a justificar tais alterações. 
b) quando requerida em caráter incidental, depende do pagamento de custas. 
c) quando for de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental. 
d) perderá seus efeitos, como regra, durante o período de suspensão do processo. 
e) será decidida liminarmente, cabendo agravo da decisão que a conceder e apelação da decisão que a 
denegar, por ser terminativa. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 296, do CPC, a tutela provisória conserva sua eficácia na 
pendência do processo, mas pode, a qualquer tempo, ser revogada ou modificada. 
A alternativa B está incorreta. A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do pagamento 
de custas. É o que dispõe o art. 295, da Lei nº 13.105/15. 
A alternativa C é correta e gabarito da questão, com base no parágrafo único, do art. 294, da referida Lei: 
Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser 
concedida em caráter antecedente ou incidental. 
A alternativa D está incorreta. O parágrafo único, do art. 296, do CPC, estabelece que salvo decisão judicial 
em contrário, a tutela provisória conservará a eficácia durante o período de suspensão do processo. 
A alternativa E está incorreta. Vejamos o que dispõe o art. 1.015, I, da Lei nº 13.105/15: 
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem 
sobre: 
I - tutelas provisórias; 
3. (FCC/ALESE - 2018) Quanto às tutelas provisórias, é correto afirmar: 
a) A tutela de urgência de natureza antecipada independe e não se vincula ao perigo de irreversibilidade dos 
efeitos da decisão. 
b) Não mais existe a tutela de urgência de natureza cautelar no ordenamento processual civil, subsistindo 
apenas a tutela de urgência antecipatória e a tutela de evidência. 
c) Para conceder a tutela de urgência, o juiz deve exigir caução real ou fidejussória, em nenhuma hipótese 
podendo dispensá-la se do ato potencialmente ocorrerem danos de difícil reparação à parte adversa. 
d) A concessão de tutela de urgência em caráter liminar não pode ocorrer sem justificação prévia, ainda que 
sem a citação da parte contrária. 
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129 
e) Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo prejuízo que a efetivação 
da tutela de urgência causar à parte adversa se, entre outras hipóteses, o juiz acolher a alegação de 
decadência ou prescrição da pretensão do autor. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta. De acordo com o §3º, do art. 300, do CPC, a tutela de urgência de natureza 
antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão. 
A alternativa B está incorreta. Vejamos o que dispõe o art. 301, da Lei nº 13.105/15: 
Art. 301. A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, 
sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer 
outra medida idônea para asseguração do direito. 
A alternativa C está incorreta. Com base no §1º, do art. 300, da referida Lei, a caução pode ser dispensada 
se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la. 
A alternativa D está incorreta. O §2º, do art. 300, do CPC, estabelece que a tutela de urgência pode ser 
concedida liminarmente ou após justificação prévia. 
A alternativa E é correta e gabarito da questão, conforme prevê o art. 302, da Lei nº 13.105/15: 
Art. 302. Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo 
prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, se: 
I - a sentença lhe for desfavorável; 
II - obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os meios 
necessários para a citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias; 
III - ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal; 
IV - o juiz acolher a alegação de decadência ou prescrição da pretensão do autor. 
4. (FCC/PGE-TO - 2018) A tutela provisória 
a) conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a qualquer tempo, ser revogada ou modificada. 
b) na decisão em que concedida, modificada ou revogada, o juiz motivará fundamentadamente seu 
convencimento; quando negar a tutela, porém, não há necessidade de motivação, pois do ato caberá agravo 
interno ao colegiado. 
c) somente pode fundamentar-se na urgência da situação fática. 
d) de urgência será concedida apenas em caráter antecedente; somente a tutela cautelar pode ser concedida 
também em caráter incidental. 
e) dependerá do pagamento de custas, quando concedida em caráter incidental. 
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A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, pois é o que dispõe o art. 296, do CPC: 
Art. 296. A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a 
qualquer tempo, ser revogada ou modificada. 
Vejamos os erros das demais alternativas: 
✓ Alternativa B: 
Art. 298. Na decisão que conceder, negar, modificar ou revogar a tutela provisória, o juiz 
motivará seu convencimento de modo claro e preciso. 
✓ Alternativa C: 
Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência. 
✓ Alternativa D: 
Art. 294 
Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser 
concedida em caráter antecedente ou incidental. 
✓ Alternativa E: 
Art. 295. A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do pagamento de 
custas. 
5. (FCC/DPE-AP - 2018) Em relação ao procedimento da tutela cautelar requerida em caráter 
antecedente, 
a) o indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o pedido principal, nem influi em seu 
julgamento, qualquer que seja o motivo do indeferimento. 
b) o réu será citado para, no prazo de quinze dias, contestar o pedido e indicar as provas a serem produzidas; 
se não contestar, presumir-se-ão os fatos alegados pelo autor como ocorridos. 
c) cessada a eficácia da tutela cautelar, poderá a parte renovar o pedido, mesmo sob igual fundamento, pois 
na hipótese não haverá a formação de coisa julgada. 
d) efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no prazo de trinta dias, 
caso em que será apresentado nos mesmos autos em que deduzido o pedido de tutela cautelar, não 
dependendo do adiantamento de novas custas processuais. 
e) o pedido de tutela cautelar é autônomo, motivo pelo qual o pedido principal deve ser sempre formulado 
separadamente. 
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A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 310, do CPC, o indeferimento da tutela cautelar não 
obsta a que a parte formule o pedido principal, nem influi no julgamento desse, salvo se o motivo do 
indeferimento for o reconhecimento de decadência ou de prescrição. 
A alternativa B está incorreta. O prazo é de 5 dias, e não 15. Vejamos o que dispõe o art. 306, da Lei nº 
13.105/15: 
Art. 306. O réu será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, contestar o pedido e indicar as 
provas que pretende produzir. 
A alternativa C está incorreta. Com base no parágrafo único, do art. 309, da referida Lei, se por qualquer 
motivo cessar a eficácia da tutela cautelar, é vedado à parte renovar o pedido, salvo sob novo fundamento. 
A alternativa D é a correta e gabarito da questão, nos termos do art. 308, do CPC: 
Art. 308. Efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor 
no prazo de 30 (trinta) dias, caso em que será apresentado nos mesmos autos em que 
deduzido o pedido de tutela cautelar, não dependendo do adiantamento de novas custas 
processuais. 
A alternativa E está incorreta. O §1º, do art. 308, da Lei nº 13.105/15, prevê que o pedido principal pode ser 
formulado conjuntamente com o pedido de tutela cautelar. 
6. (FCC/DPE-RS - 2018) Acerca da tutela provisória no Código de Processo Civil, é INCORRETO: 
a) A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303 do Código de Processo Civil, torna-se estável se da 
decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso, mas qualquer das partes poderá demandar 
a outra com o intuito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada estabilizada. 
b) A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito 
e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
c) A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia. 
d) A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a qualquer tempo, ser 
revogada ou modificada. 
e) Durante as férias forenses e nos feriados, não se praticarão atos processuais, excetuando-se, dentre 
outros, as tutelas provisórias. 
Comentários 
A alternativa A está correta. A questão reproduz os termos do art. 304, caput, e do seu § 2º. Confiram: 
Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da 
decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso. 
(...) 
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§ 2o Qualquer das partes poderá demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou 
invalidar a tutela antecipada estabilizada nos termos do caput. 
A alternativa B está correta. Segundo o art. 300, caput: “Art. 300. A tutela de urgência será concedida 
quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao 
resultado útil do processo”. 
A alternativa C está correta. De fato, a tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após 
justificação prévia (art. 300, § 2º) 
A alternativa D está correta. São os termos do art. 296: 
Art. 296. A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a 
qualquer tempo, ser revogada ou modificada. 
A alternativa E, por fim, está incorreta e é o gabarito da questão. Durante as férias forenses e nos feriados, 
não se praticará atos processuais, excetuando-se, dentre outros, a tutela de urgência (e não “as tutelas 
provisórias”, genericamente falando). 
CESPE 
7. (CESPE/TJ-AM - 2019) Caio ajuizou ação contra determinada sociedade empresária e apresentou 
pedido único de repetição de valor decorrente de cobrança indevida, requerendo, ainda, a concessão de 
tutela de urgência. Após a apresentação de defesa pela ré, o juiz prolatou sentença em que concedeu a 
tutela provisória e, no mesmo pronunciamento, julgou o pedido procedente de forma definitiva. A 
sociedade empresária interpôs recurso de apelação requerendo a reforma total da sentença. 
Considerando essa situação hipotética, julgue o item seguinte. 
O juiz está autorizado pelo ordenamento processual a conceder a tutela provisória no momento de prolação 
de sua sentença. 
Comentários 
A assertiva está correta. A tutela provisória pode ser concedida em qualquer fase do processo. A 
possibilidade de concessão em sentença não está positivada no CPC, mas decorre da interpretação do art. 
1.012, §1º, V que determina apenas o efeito devolutivo ao recurso contra a sentença que confirma, concede 
ou revoga a tutela provisória. 
8. (CESPE/TJ-AM - 2019) Rodrigo deixou de cumprir sua parte em obrigação de fazer firmada com 
Vinícius. Para assegurar seu direito, Vinícius ajuizou ação em desfavor de Rodrigo. 
Considerando essa situação hipotética, julgue o item subsequente. 
Na hipótese de Vinícius requerer tutela provisória incidental, esta dependerá do pagamento de custas 
referentes ao feito. 
Comentários 
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A assertiva está incorreta. A tutela provisória, quando requerida em caráter incidental, independe do 
pagamento de custas, consoante dispõe o art. 295 do CPC. Vale lembrar que as custas, se devidas, já foram 
pagas quando da distribuição da ação e, assim, seria incabível um novo pagamento de custas quando do 
requerimento da tutela provisória incidental. 
9. (CESPE/TJ-PR - 2019) No que concerne às regras estabelecidas para a tutela provisória, o Código de 
Processo Civil determina que a concessão, pelo magistrado, da tutela de evidência 
a) dependerá da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processoe ocorrerá nas 
situações em que os efeitos da decisão sejam reversíveis. 
b) poderá ser deferida liminarmente caso os fatos sejam comprovados apenas pela via documental e exista 
tese firmada em julgamento de casos repetitivos. 
c) será realizada na forma de decisão interlocutória de mérito e produzirá coisa julgada material caso não 
seja impugnada pelo réu. 
d) será cabível somente na hipótese de verificação de abuso do direito de defesa da parte ré, haja vista a 
natureza punitiva dessa modalidade de tutela provisória. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta, porque a tutela de evidência não dependerá da demonstração de perigo de 
dano ou de risco ao resultado útil do processo e poderá ocorrer até nas situações em que os efeitos da 
decisão sejam irreversíveis, porque a reversibilidade não é pressuposto dela. Neste sentido, o art. 311, caput, 
do CPC: 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de 
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Dentre as hipóteses de deferimento da tutela de 
evidência encontram-se as alegações de fato que puderem ser comprovadas apenas documentalmente e 
houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos – sem a necessidade de trânsito em julgado – ou 
em súmula vinculante. Ressalte-se, que nessa segunda hipótese, fica evidenciada a necessidade de 
probabilidade de existência do direito do autor, elemento essencial da tutela de evidência. Neste sentido, o 
art. 311, II, do CPC: 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de 
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese 
firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; 
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente. 
A alternativa C está errada. Denomina-se coisa julgada material a autoridade que torna imutável e 
indiscutível a decisão de mérito não mais sujeita a recurso (art. 502 do CPC). Sobre a coisa julgada material 
na decisão que concede a tutela de evidência, deve-se realizar a seguinte diferenciação: 
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Tutela de evidência deferida no CURSO do processo Tutela de evidência deferida na SENTENÇA 
A tutela de evidência pode ser deferida no curso do 
processo, quando terá natureza de decisão 
interlocutória de mérito provisória, não estando apta a 
gerar coisa julgada. 
Pode também ser deferida na sentença, baseada 
em cognição exauriente, hipótese em que é apta 
a fazer coisa julgada. 
A assertiva D está errada. A tutela de evidência, diferente do que ocorre na tutela de urgência, independe 
da demonstração de perigo da demora da prestação da tutela jurisdicional, nos termos do art. 311 do CPC. 
Quanto às hipóteses de cabimento da tutela de evidência, são previstas 4 no CPC, nos seguintes termos: 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de 
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório 
da parte; 
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese 
firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; 
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do 
contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto 
custodiado, sob cominação de multa; 
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos 
do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável. 
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente. 
Logo, o erro da assertiva consiste na previsão de que somente a primeira hipótese de concessão de tutela 
de evidência seria a única possível para a sua concessão. 
10. (CESPE/TJDFT - 2019) Um estudante de 28 anos de idade do oitavo semestre do curso de direito, 
foi aprovado em concurso público para o cargo de analista de tribunal superior. Poucos meses depois da 
aprovação, o concurso foi homologado, e o estudante foi chamado para dar início aos trâmites para sua 
nomeação e posse. No entanto, por não ter ainda concluído o curso de direito, o universitário ficou 
impedido de ser nomeado, pois o edital do concurso exigia bacharelado em direito como requisito de 
investidura no cargo. Com receio de perder a oportunidade, o rapaz procurou um advogado para obter 
medida liminar que lhe resguardasse o direito de manter sua vaga até a conclusão do curso superior. 
Nessa situação hipotética, segundo a legislação vigente, o advogado do estudante poderá 
a) requerer tutela antecipada em caráter antecedente que, após estabilizada, poderá ser desconstituída por 
meio de ação autônoma, que deverá ser ajuizada no prazo de trinta dias a contar da ciência da decisão que 
tiver extinguido o processo. 
b) requerer tutela provisória cautelar, visto que restam configurados os requisitos do periculum in mora e 
do fumus boni iuris. 
c) ajuizar ação de obrigação de fazer cumulada com pedido de tutela provisória cautelar. 
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d) requerer tutela antecipada em caráter antecedente, a qual, não sendo impugnada ou recorrida, passará 
a ser estável no mundo jurídico. 
e) impetrar mandado de segurança diretamente no STJ. 
Comentários 
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Segundo a previsão do art. 304, caput, do CPC, a 
tutela antecipada concedida anteriormente só não se estabiliza na hipótese de interposição de recurso pelo 
réu, que embora não esteja indicado expressamente no dispositivo legal, é o agravo de instrumento, nos 
termos do art. 1.015, I, do CPC. Havendo a interposição do agravo de instrumento pelo réu, estará afastada 
a estabilização da tutela antecipada concedida de forma antecedente, independentemente do resultado do 
recurso. 
Confira a redação do art. 304 do CPC: 
Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303 , torna-se estável se da 
decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso. 
Vejamos as demais alternativas 
A alternativa A está incorreta, pois o direito de invalidar a tutela antecipada estabilizada extingue-se após 2 
anos, contado da ciência da decisão que extinguiu o processo, nos termos do art. 304, §5º, do CPC: 
Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303 , torna-se estável se da 
decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso. 
§ 5º O direito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada, previsto no § 2º deste 
artigo, extingue-se após 2 (dois) anos, contados da ciência da decisão que extinguiu o 
processo, nos termos do § 1º. 
A assertiva B está errada, porque não há o fumus boni iuris, haja vista que o candidato não preencheu os 
requisitos para a investidura no cargo, nem à época da inscrição, nem à época da nomeação e posse. 
A alternativa C está incorreta, porque a tutela não seria cautelar, uma vez que não é assecuratória; ao 
contrário, ela é satisfativa, pois visa garantir antecipadamente o bem final objeto da ação, e só seria 
alcançada pela tutela antecipada. 
A assertiva E está errada, porque não há direito líquido e certo a viabilizar a impetração do mandado de 
segurança, pois o candidato não preencheu os requisitos para a investidura no cargo, nem à época da 
inscrição, nem à época da nomeação e posse. 
11. (CESPE/MPE-PI - 2018) Acerca de normas processuais, atos processuais,

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