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Aula 03
Direito Processual
Civil Delegado PF
Autor
Prof.: Rodrigo Vaslin 21 de Maio de 2025
 
 
 
Sumário 
Tutela Provisória ................................................................................................................................................ 4 
1 - Tutela Definitiva x Provisória e Tutela Satisfativa x Cautelar ................................................................... 4 
1.1 - Tutela Definitiva x Tutela Provisória ......................................................................................................................... 4 
1.2 - Tutela Satisfativa x Tutela Cautelar .......................................................................................................................... 5 
2 - Regras Gerais ............................................................................................................................................ 6 
2.1 - Finalidade ................................................................................................................................................................. 6 
2.2 - Modalidades ............................................................................................................................................................. 6 
2.3 - Legitimados .............................................................................................................................................................. 6 
2.4 - Competência ............................................................................................................................................................. 7 
2.5 – Pagamento de Custas .............................................................................................................................................. 8 
2.6 - Precariedade ............................................................................................................................................................. 8 
3 - Tutela Provisória de Urgência ................................................................................................................... 9 
3.1 - Cabimento ................................................................................................................................................................ 9 
3.2 - Forma de Requerimento ........................................................................................................................................ 11 
3.3 - Requisitos ............................................................................................................................................................... 11 
3.4 - Irreversibilidade ...................................................................................................................................................... 13 
3.5 - Caução .................................................................................................................................................................... 13 
3.6 – Contraditório, Audiência de Justificação e Liminar ............................................................................................... 14 
3.7 - Fungibilidade .......................................................................................................................................................... 16 
3.8 - Responsabilidade Objetiva ..................................................................................................................................... 16 
3.9 - Recursos ................................................................................................................................................................. 17 
4 - Tutela Provisória de Urgência Requerida em Caráter Antecedente ....................................................... 18 
4.1 - Tutela provisória de urgência antecipada (antecedente) ...................................................................................... 19 
4.2 - Tutela provisória de urgência cautelar (antecedente) ........................................................................................... 26 
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5 - Tutela de Evidência ................................................................................................................................. 31 
5.1 - Requisitos ............................................................................................................................................................... 31 
5.2 - Inciso I ..................................................................................................................................................................... 32 
5.3 - Inciso II .................................................................................................................................................................... 33 
5.4 - Inciso III ................................................................................................................................................................... 35 
5.5 - Inciso IV .................................................................................................................................................................. 36 
6 -Tutela Contra a Fazenda Pública ............................................................................................................. 36 
Questões Comentadas ..................................................................................................................................... 40 
Lista de Questões ........................................................................................................................................... 113 
Gabarito.......................................................................................................................................................... 128 
 
 
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TUTELA PROVISÓRIA 
TUTELA PROVISÓRIA 
Das inovações do CPC/15, a tutela provisória recebeu uma atenção especial. 
Além de ter sido bem-organizada, promoveu-se a unificação dos requisitos das tutelas de urgência 
(antecipada ou cautelar); deu-se maior roupagem e embasamento à tutela de evidência; criou-se a 
possibilidade de tutela de urgência antecipada requerida em caráter antecedente, dentre outras coisas. 
Para bem compreender essas novidades, devemos transitar pelos seguintes assuntos: 
1 - Diferenciação entre tutela definitiva x provisória; tutela cautelar x antecipada; 
2 – Regras Gerais 
3 – Tutelas em Espécie 
Antes, já saliento que a instrução normativa n. 39, do TST asseverou o seguinte: 
Art. 3° Sem prejuízo de outros, aplicam-se ao Processo do Trabalho, em face de omissão e compatibilidade, 
os preceitos do Código de Processo Civil que regulam os seguintes temas: 
VI - arts. 294 a 311 (tutela provisória); 
Pois bem. Agora, vamos por partes! 
1 - TUTELA DEFINITIVA X PROVISÓRIA E TUTELA SATISFATIVA X 
CAUTELAR 
Fredie Didier pontua que a compreensão desses quatro conceitos é fundamental. 
1.1 - Tutela Definitiva x Tutela Provisória 
Tutela definitiva é a tutela jurisdicional que tem aptidão para se tornar estável porque fundada em cognição 
exauriente, ensejando coisa julgada. 
Tutela provisória é uma decisão fundada em cognição sumária e, por isso, provisória, ou seja, precisa ser 
substituída por outra, precisa ser ratificada, confirmada. Não há coisa julgada. 
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Atenção: não confundir provisório com temporário. Provisório se contrapõe à definitivo e temporário se 
contrapõe à eterno. 
Provisório é aquilo que tem que ser substituído.35 do FPPC autoriza tutela de evidência contra a fazenda. 
Enunciado 35, FPPC: (art. 311) As vedações à concessão de tutela provisória contra a Fazenda 
Pública limitam-se às tutelas de urgência. (Ou seja, é cabível tutela de evidência contra FP). 
Indo nesse sentido, Leonardo da Cunha aduz que é possível a tutela de evidência contra a Fazenda Pública. 
No entanto, o autor aduz entende que esse enunciado deve ser lido com uma adaptação: as vedações legais 
aplicam-se na hipótese do inciso IV do art. 311 do CPC. 
Em suma, em provas objetivas, a posição mais segura é ficar com o enunciado 35 do FPPC. Em provas 
discursivas, no entanto, também é interessante demonstrar o entendimento esposado no enunciado 14 do 
FNPP. 
 
 
17 Montans pensa de forma contrária, pois o inciso I contém a palavra “parte” e parte só existe no processo. 
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E no inciso I, quando podemos dizer que a Administração Pública está abusando do seu direito 
de defesa ou atuando com manifesto propósito protelatório? 
Enunciado 34, FPPC: (art. 311, I) Considera-se abusiva a defesa da Administração Pública, sempre que 
contrariar entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do 
próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa, salvo se 
demonstrar a existência de distinção ou da necessidade de superação do entendimento. 
Atenção: nada impede que o réu seja punido também pela litigância de má-fé (art. 80, CPC). 
5.3 - Inciso II 
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese 
firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; 
Se o direito puder ser comprovado documentalmente, não precisará de dilação probatória. 
Além disso, a tese deverá ter sido firmada em julgamento de casos repetitivos18 ou em súmula vinculante, 
independente de a decisão paradigma ter transitado em julgado ou não. 
Enunciado 31, Enfam: A concessão da tutela de evidência prevista no art. 311, II, do CPC/2015 
independe do trânsito em julgado da decisão paradigma. 
O inciso II previu apenas precedente advindo de casos repetitivos e súmula vinculante. 
É possível utilizar esse inciso II quando a orientação estiver de acordo com julgado firmado em controle 
concentrado de constitucionalidade, em súmula persuasiva (não vinculante) e em incidente de assunção de 
competência? 
1ª corrente: Não, pois temos de fazer uma interpretação literal do dispositivo. 
Se na prova pedirem a redação o código, adotem a sua literalidade. 
2ª corrente: Sim. É possível fazer uma interpretação extensiva para todas as hipóteses em que a tese do 
autor estiver amparada em precedente obrigatório (art. 927, CPC/15). 
 
 
18 Art. 928. Para os fins deste Código, considera-se julgamento de casos repetitivos a decisão proferida em: I - incidente de 
resolução de demandas repetitivas; II - recursos especial e extraordinário repetitivos. Parágrafo único. O julgamento de casos 
repetitivos tem por objeto questão de direito material ou processual. 
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No art. 927, elencam-se as súmulas persuasivas e as decisões em controle concentrado de 
constitucionalidade. 
Além disso, o art. 332 impõe a improcedência liminar do pedido em casos similares. 
Art. 927. Os juízes e os tribunais observarão: I - as decisões do Supremo Tribunal Federal em 
controle concentrado de constitucionalidade; II - os enunciados de súmula vinculante; III - os 
acórdãos em incidente de assunção de competência ou de resolução de demandas repetitivas e 
em julgamento de recursos extraordinário e especial repetitivos; IV - os enunciados das súmulas 
do Supremo Tribunal Federal em matéria constitucional e do Superior Tribunal de Justiça em 
matéria infraconstitucional; V - a orientação do plenário ou do órgão especial aos quais estiverem 
vinculados. 
Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do 
réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar: I - enunciado de súmula do 
Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça; II - acórdão proferido pelo Supremo 
Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; III - 
entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de 
competência; IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local. 
Ora, não faria sentido os arts. 927 e 332, ambos do CPC, falarem sobre essa obrigatoriedade de o juiz seguir 
esses precedentes e, ao mesmo tempo, o art. 311, II, CPC negar a tutela de evidência nesses casos. 
Nesses casos, o direito é patente, evidente, podendo sim ser encaixado nesse inciso II. 
Concedida a tutela de evidência, o réu poderá alegar distinguishing entre a tese firmada em precedente 
vinculante e o caso concreto; bem como sustentar que os documentos são falsos ou que não comprovam a 
tese do autor. 
Conforme art. 311, parágrafo único c/c art. 9º, parágrafo único, II, ambos do CPC, é autorizada a decisão 
liminar (sem ouvir o réu) nos casos desse inciso II. 
Art. 311, Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente. 
Art. 9o Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida. 
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica: II - às hipóteses de tutela da evidência 
previstas no art. 311, incisos II e III; 
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A respeito dessas possibilidades de concessão liminar, houve ADI apontando a violação ao contraditório dos 
arts. 9º, p.ú, II c/c art. 311, II, III e p.ú. Todavia, o STF19 os reputou constitucionais, uma vez que a tutela de 
evidência se fundamenta também em princípios constitucionais (duração razoável do processo, acesso à 
justiça na sua acepção material, efetividade), de modo que o legislador foi escorreito ao realizar a 
ponderação do princípio do contraditório com esses anteriormente alinhavados. 
5.4 - Inciso III 
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de 
depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação 
de multa; 
Segundo Montans, o prestígio dado à demanda de depósito objetivou reavivar a efetividade que 
antigamente ela tinha. 
Antigamente, o Judiciário pátrio autorizava a prisão civil do depositário infiel. Contudo, após a súmula 
vinculante 25, STF e súmula 419, STJ, adveio a proibição absoluta da prisão civil do depositário infiel, pelo 
fato de o Pacto de San José da Costa Rica (Convenção Americana dos Direitos Humanos) ter status supralegal, 
paralisando a eficácia dos dispositivos do CPC/73 e CC que permitiam essa prisão20. 
 Com o CPC/15, permitiu-se a concessão de tutela de evidência, permitindo a busca imediata do bem. 
Veja que o Enunciado 29, Enfam salientando que não basta o pedido reipersecutório fundado em prova 
documental do contrato de depósito. É necessário que se prove também a mora do réu. 
Enunciado 29, Enfam: Para a concessão da tutela de evidência prevista no art. 311, III, do 
CPC/2015, o pedido reipersecutório deve ser fundado em prova documental do contrato de 
depósito e também da mora. 
Conforme art. 311, parágrafo único c/c art. 9º, parágrafo único, II, ambos do CPC, é autorizada a decisão 
liminar (sem ouvir o réu) nos casos desse inciso III. 
Art. 311, Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente. 
 
 
19 STF, ADI 5.492/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, d.j. 25/4/23 (Info 1092). STF, ADI 5.737/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, redator do acórdão 
Min. RobertoBarroso, d.j. 25/4/23 (Info 1092). 
20 STF. Plenário. RE 466343, Rel. Min. Gilmar Mendes, d.j. 03/12/2008. 
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Art. 9o Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida. 
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica: II - às hipóteses de tutela da evidência 
previstas no art. 311, incisos II e III; 
5.5 - Inciso IV 
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do 
direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável. 
Trata-se de hipótese de concessão de tutela de evidência depois da contestação do réu (ou sua revelia), 
quando este não traz ao processos argumentos e provas capazes de gerar dúvida razoável no juiz. 
Ainda é um julgamento de cognição sumária, devendo haver necessidade de maior dilação probatória. 
Se o juiz, ao revés, entender que não há necessidade de produção de provas, ou quando houver os efeitos 
da revelia, deverá o juiz julgar antecipadamente o mérito (arts. 355 e 356). Aqui, então, não haverá uma 
tutela provisória de evidência, mas sim uma tutela definitiva. 
Art. 355. O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de 
mérito, quando: I - não houver necessidade de produção de outras provas; II - o réu for revel, 
ocorrer o efeito previsto no art. 344 e não houver requerimento de prova, na forma do art. 349. 
É cabível a tutela de evidência em sede de recurso? 
Sim. 
Enunciado 423, FPPC: (arts. 311; 995, parágrafo único; 1.012, §4º; 1.019, inciso I; 1.026, §1º; 
1.029, §5º) Cabe tutela de evidência recursal. 
E em mandado de segurança? 
Sim. 
Enunciado 49, I JDPC do CJF: A tutela da evidência pode ser concedida em mandado de 
segurança. 
6 -TUTELA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA 
O CPC/15 dispôs que as restrições às tutelas provisórias contra a Fazenda Pública continuam a vigorar. O art. 
1.059, CPC diz: 
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Art. 1.059. À tutela provisória requerida contra a Fazenda Pública aplica-se o disposto nos arts. 
1o a 4o da Lei no 8.437, de 30 de junho de 1992, e no art. 7o, § 2o, da Lei no12.016, de 7 de agosto 
de 2009. 
Lei 8.437/92 (fruto da conversão de uma medida provisória editada por Collor): 
Art. 1° Não será cabível medida liminar contra atos do Poder Público, no procedimento cautelar 
ou em quaisquer outras ações de natureza cautelar ou preventiva, toda vez que providência 
semelhante não puder ser concedida em ações de mandado de segurança, em virtude de 
vedação legal. 
§ 1° Não será cabível, no juízo de primeiro grau, medida cautelar inominada ou a sua liminar, 
quando impugnado ato de autoridade sujeita, na via de mandado de segurança, à competência 
originária de tribunal. 
§ 3° Não será cabível medida liminar que esgote, no todo ou em qualquer parte, o objeto da ação. 
§ 5o Não será cabível medida liminar que defira compensação de créditos tributários ou 
previdenciários. (Incluído pela Medida Provisória nº 2,180-35, de 2001) 
Obs1: Essa esgotabilidade do objeto da ação (§3º) seria, na verdade, a irreversibilidade da decisão. 
Mas, como veremos adiante, essa vedação pode ser flexibilizada, se doutro lado houver um interesse jurídico 
preponderante. 
Ex1: realização de cirurgia emergencial. Ora, também há uma irreversibilidade do outro lado. Se não fizer a 
cirurgia, poderá falecer. 
Anos depois, já existindo regulamentação da tutela antecipada (art. 273, CPC/73, desde 1994), foi editada a 
Lei 9.494/97, com o objetivo de estender aquelas vedações já existentes às tutelas antecipadas. 
Art. 1º Aplica-se à tutela antecipada prevista nos arts. 273 e 461 do Código de Processo Civil o 
disposto nos arts. 5º e seu parágrafo único e 7º da Lei nº 4.348, de 26 de junho de 1964, no art. 
1º e seu § 4º da Lei nº 5.021, de 9 de junho de 1966, e nos arts. 1º, 3º e 4º da Lei nº 8.437, de 30 
de junho de 1992. 
A Lei n. 9.494/97 (fruto da conversão da MP 1570/97) vedou ainda a execução provisória (ainda que 
decorrente de sentença) nas seguintes hipóteses: 
Art. 2o-B. A sentença que tenha por objeto a liberação de recurso, inclusão em folha de 
pagamento, reclassificação, equiparação, concessão de aumento ou extensão de vantagens a 
servidores da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, inclusive de suas 
autarquias e fundações, somente poderá ser executada após seu trânsito em julgado. (Incluído 
pela Medida provisória nº 2.180-35, de 2001) 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8437.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8437.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12016.htm#art7§2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12016.htm#art7§2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5869.htm#art273
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5869.htm#art461
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4348.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4348.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5021.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5021.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5021.htm#art1§4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8437.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8437.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8437.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8437.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2180-35.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2180-35.htm#art4
 
 
 
 
 
 
 
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Lei 12.016/2009: 
Art. 7º, § 2o Não será concedida medida liminar que tenha por objeto a compensação de créditos 
tributários, a entrega de mercadorias e bens provenientes do exterior, a reclassificação ou 
equiparação de servidores públicos e a concessão de aumento ou a extensão de vantagens ou 
pagamento de qualquer natureza. 
O art. 1.059, CPC/15, por sua vez, asseverou que essas vedações continuam a ser aplicadas para as tutelas 
provisórias contra a Fazenda Pública. 
Art. 1.059. À tutela provisória requerida contra a Fazenda Pública aplica-se o disposto nos arts. 
1o a 4o da Lei no 8.437, de 30 de junho de 1992, e no art. 7o, § 2o, da Lei no12.016, de 7 de agosto 
de 2009. 
Veja interessante previsão protegendo também a Fazenda Pública nos casos de reintegração de posse: 
Art. 562. Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, sem ouvir o réu, a 
expedição do mandado liminar de manutenção ou de reintegração, caso contrário, determinará 
que o autor justifique previamente o alegado, citando-se o réu para comparecer à audiência que 
for designada. 
Parágrafo único. Contra as pessoas jurídicas de direito público não será deferida a manutenção 
ou a reintegração liminar sem prévia audiência dos respectivos representantes judiciais. 
Qualquer tipo de prestação pode ser determinada em tutela provisória contra a Fazenda Pública? 
Nas prestações de fazer, não fazer ou entregar coisa, não há qualquer diferença no modo de execução de 
um particular ou da Fazenda Pública. Aplicam-se os arts. 497 e seguintes, CPC, podendo os efeitos da tutela 
definitiva ser antecipados na concessão de uma tutela provisória. 
Art. 497. Na ação que tenha por objeto a prestação de fazer ou de não fazer, o juiz, se 
procedente o pedido, concederá a tutela específica ou determinará providências que assegurem 
a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente. 
Parágrafo único. Para a concessão da tutela específica destinada a inibir a prática, a reiteração 
ou a continuação de um ilícito, ou a sua remoção, é irrelevante a demonstração da ocorrência de 
dano ou da existência de culpa ou dolo. 
Art. 498.Na ação que tenha por objeto a entrega de coisa, o juiz, ao conceder a tutela específica, 
fixará o prazo para o cumprimento da obrigação. 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8437.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8437.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12016.htm#art7§2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12016.htm#art7§2
 
 
 
 
 
 
 
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Parágrafo único. Tratando-se de entrega de coisa determinada pelo gênero e pela quantidade, 
o autor individualizá-la-á na petição inicial, se lhe couber a escolha, ou, se a escolha couber ao 
réu, este a entregará individualizada, no prazo fixado pelo juiz. 
Obs1: Lembrem-se que, para algumas dessas obrigações, há vedações expressas nas leis do MS (Lei n. 
12.016/09 – art. 7º, §2º), bem como na Lei n. 8.437/92 (art. 1º). Portanto, poderá haver tutela provisória 
para esses tipos de prestações, desde que não haja vedação específica prevista em lei. 
E nas obrigações de pagar quantia certa? 
Entendimento STJ e STF – a ser adotada em prova: Em regra, não é possível, pois a Fazenda paga seus 
débitos por meio de precatório ou RPV. O art. 100, §5º, CRFB exige o trânsito em julgado para expedição 
do precatório e o art. 100, §3º também exige o trânsito em julgado para a RPV. 
Art. 100, § 5º É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba 
necessária ao pagamento de seus débitos, oriundos de sentenças transitadas em julgado, 
constantes de precatórios judiciários apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento até 
o final do exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados monetariamente. (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009). 
§ 3º O disposto no caput deste artigo relativamente à expedição de precatórios não se aplica aos 
pagamentos de obrigações definidas em leis como de pequeno valor que as Fazendas referidas 
devam fazer em virtude de sentença judicial transitada em julgado. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 62, de 2009). 
Ademais, para alguns casos, há vedação expressa de execução provisória de sentença contra o Poder Público. 
Lei n. 9.494/97, Art. 2o-B. A sentença que tenha por objeto a liberação de recurso, inclusão em 
folha de pagamento, reclassificação, equiparação, concessão de aumento ou extensão de 
vantagens a servidores da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, inclusive de 
suas autarquias e fundações, somente poderá ser executada após seu trânsito em 
julgado. (Incluído pela Medida provisória nº 2.180-35, de 2001) 
Contudo, em casos excepcionais, o STJ e o STF têm excepcionado essa vedação. 
Ex1: o STJ já impôs pagamento imediato de pensão de cunho indenizatório pelo Município para pagar 
despesas médicas e terapêuticas de menor, acometido de encefalopatia grave. 
Ex2: STF, na STA 223 AgR/PE (2008) deu provimento a agravo interno para manter decisão do Tribunal de 
origem que determinou que o Estado de Pernambuco pagasse todas as despesas necessárias à realização de 
cirurgia que implante marcapasso em benefício do autor, que ficou tetraplégico em razão de assalto ocorrido 
em via pública. 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2180-35.htm#art4
 
 
 
 
 
 
 
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Na ocasião, por meio da ponderação, reconheceu que o interesse fundamental da preservação da vida deve 
prevalecer diante do interesse secundário do Estado (público-financeiro). 
Ex3: Para garantir o fornecimento de medicamentos, o STJ decidiu, em sede de repetitivo, que o juiz pode 
determinar até mesmo bloqueio de valores (STJ. 1ª Seção. REsp 1.069.810-RS, Rel. Min. Napoleão Nunes 
Maia Filho, julgado em 23/10/2013 - recurso repetitivo). 
E se for o caso de deferir a tutela provisória contra a FP, o juiz deve ouvir primeiro o Procurador? 
Em regra, sim. Aplica-se o entendimento do art. 2º, Lei n. 8.437/92. 
Art. 2º No mandado de segurança coletivo e na ação civil pública, a liminar será concedida, 
quando cabível, após a audiência do representante judicial da pessoa jurídica de direito público, 
que deverá se pronunciar no prazo de setenta e duas horas. 
Contudo, doutrina e jurisprudência entendem que se houver urgência urgentíssima, ocasião em que não é 
possível esperar esse prazo, pode conceder e depois abre vista à Fazenda. 
Se o juiz conceder a tutela provisória quando houver vedação legal, o que o Procurador poderá 
fazer? 
1a opção: Agravo de Instrumento (art. 1.015, I, CPC) 
2ª opção: Suspensão dos efeitos da medida (art. 4º, Lei n. 8.437/92), que poderá ser cumulado com agravo 
de instrumento. 
Art. 4° Compete ao presidente do tribunal, ao qual couber o conhecimento do respectivo recurso, 
suspender, em despacho fundamentado, a execução da liminar nas ações movidas contra o 
Poder Público ou seus agentes, a requerimento do Ministério Público ou da pessoa jurídica de 
direito público interessada, em caso de manifesto interesse público ou de flagrante ilegitimidade, 
e para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas. 
3ª opção: Segundo Daniel Assumpção, o STF já entendeu cabível o ingresso de reclamação (Rcl 1.789/DF, d.j. 
24/12/2002), por conta da violação à ADC n. 4, em que o STF declarou a constitucionalidade das vedações 
da Lei n. 9.494/97. 
QUESTÕES COMENTADAS 
Magistratura 
1. (FGV/TRF 3/Juiz Federal/2025) Assinale a alternativa correta: 
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a) A tutela da evidência será concedida quando houver súmula de tribunal regional federal a respeito da 
matéria. 
b) A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito 
ou o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
c) A tutela provisória será requerida ao juiz da causa e, quando antecedente, a qualquer juízo. 
d) A parte não responde pelo prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, salvo 
em hipótese de má-fé. 
e) A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia. 
Comentários 
A alternativa correta é a letra E. A questão trata do tema Tutela Provisória. 
Das inovações do Novo Código de Processo Civil de 2015, a tutela provisória recebeu uma atenção especial. 
Além de ter sido bem-organizada, promoveu-se a unificação dos requisitos das tutelas de urgência 
(antecipada ou cautelar); deu-se maior roupagem e embasamento à tutela de evidência; criou-se a 
possibilidade de tutela de urgência antecipada requerida em caráter antecedente, dentre outras coisas. 
O principal objetivo da tutela provisória é distribuir o ônus do tempo no processo. Se o processo demora um 
tempo razoável até que seja concedida a tutela definitiva, é preciso que o peso do tempo seja repartido 
entre as partes, e não somente o demandante arque com ele. 
A tutela provisória é aquela concedida antes da tutela definitiva, em caráter provisório, com base em uma 
cognição sumária. É gênero do qual decorrem duas espécies: tutela provisória de urgência e tutela provisória 
de evidência. Estão expressamente tratadas nos artigos 294 a 311 do Código de Processo Civil. Assim, 
analisemos as alternativas, cujo conteúdo depende do texto literal do diploma em comento. 
A alternativa A está incorreta. O artigo 311, II, do Código de Processo Civil (CPC) estabelece que a tutela da 
evidência pode ser concedida em hipóteses que envolvem súmula vinculante ou jurisprudência consolidada 
em julgamento de recursos repetitivos, mas não inclui súmulas de tribunais regionais federais. Vejamos: “Art. 
311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de 
riscoao resultado útil do processo, quando: [...] II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas 
documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante”. 
A alternativa B está incorreta. A tutela de urgência exige a presença cumulativa dos dois requisitos: 
probabilidade do direito e perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo, conforme o artigo 300 do 
CPC. Assim: “Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a 
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo”. 
A alternativa C está incorreta. O artigo 299 do CPC determina que a tutela provisória deve ser requerida ao 
juiz da causa e quando antecedente, ao juízo competente para decidir o pedido principal, não podendo ser 
proposta em qualquer juízo. Nesse sentido: “Art. 299. A tutela provisória será requerida ao juízo da causa e, 
quando antecedente, ao juízo competente para conhecer do pedido principal”. 
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A alternativa D está incorreta. O artigo 302 do CPC afirma que a parte responde pelos prejuízos causados 
pela efetivação da tutela de urgência. Confira-se: “Art. 302. Independentemente da reparação por dano 
processual, a parte responde pelo prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa 
[...]”. 
A alternativa E está correta. O artigo 300, §2º, do Código de Processo Civil (CPC) dispõe que a tutela de 
urgência pode ser concedida liminarmente (sem a oitiva da parte contrária) ou após justificação prévia. 
Observe: “§ 2º A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia”. 
2. (FGV/TJ-SC/Juiz Substituto/2024) Em uma ação sob procedimento comum, a tutela provisória foi 
indeferida no início da demanda, mas veio a ser concedida na sentença de primeiro grau, que julgou 
procedentes os pedidos formulados na petição inicial. Contra a sentença, o réu interpôs o recurso de 
apelação cível. 
Considerando o cenário e a necessidade de suspensão dos efeitos da sentença até o julgamento da apelação 
cível, apenas no que se refere ao capítulo objeto da tutela provisória, é correto afirmar que: 
a) a instauração do cumprimento provisório da sentença pelo réu é pressuposto para o autor requerer o 
efeito suspensivo à apelação cível, pois a tutela provisória não produz efeitos imediatos após a publicação 
da sentença; 
b) a eficácia da sentença poderá ser suspensa pelo relator se o apelante demonstrar a probabilidade de 
provimento do recurso, sendo desnecessário, nessa hipótese, comprovar o risco de dano grave ou de difícil 
reparação; e 
c) o pedido de concessão de efeito suspensivo poderá ser dirigido ao Tribunal, no período compreendido 
entre a interposição da apelação e sua distribuição, sendo certo que o julgador que apreciar esse pedido não 
ficará prevento para julgar a apelação; 
d) o pedido de concessão de efeito suspensivo não pode ser formulado por requerimento apartado, devendo 
ser objeto das razões de apelação cível; 
e) caberá ao réu interpor agravo de instrumento contra o capítulo da sentença que deferiu a tutela 
provisória, ficando o relator prevento para julgar a apelação. 
Comentários 
A alternativa correta é a letra B. 
A alternativa A está incorreta. A tutela provisória terá efeitos imediatos quando concedida ou confirmada 
em sentença, nos termos do art. 1.012, §1º, V, do CPC, começando a produzir efeitos imediatamente após a 
sua publicação a sentença: " A apelação terá efeito suspensivo. § 1o Além de outras hipóteses previstas em 
lei, começa a produzir efeitos imediatamente após a sua publicação a sentença que: V - confirma, concede 
ou revoga tutela provisória;". 
Caso a tutela de urgência venha a ser concedida na sentença, a apelação terá efeito devolutivo, apenas. Não 
terá efeito suspensivo, por força do art. 1012, §1º, V do CPC: "A apelação terá efeito suspensivo. § 1o Além 
de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente após a sua publicação a 
sentença que: V - confirma, concede ou revoga tutela provisória;". Ainda nesse sentido, o Enunciado 217 do 
Fórum Permanente de Processualistas Civis diz o seguinte: A apelação contra o capítulo da sentença que 
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concede, confirma ou revoga a tutela antecipada da evidência ou de urgência não terá efeito suspensivo 
automático. 
A alternativa B está correta. A eficácia da sentença poderá ser suspensa pelo relator se o apelante 
demonstrar a probabilidade de provimento do recurso ou se, sendo relevante a fundamentação, houver risco 
de dano grave ou de difícil reparação, conforme assim prevê o art. Art. 1012, § 4º: "Nas hipóteses do § 1º, a 
eficácia da sentença poderá ser suspensa pelo relator se o apelante demonstrar a probabilidade de 
provimento do recurso ou se, sendo relevante a fundamentação, houver risco de dano grave ou de difícil 
reparação.". 
Não é necessário que estejam juntos a probabilidade e o risco, bastando, como nesse caso, a probabilidade 
do risco de dano grave ou de difícil reparação. 
As alternativas C e D estão incorretas. Nesse caso a apelação já foi distribuída, devendo o pedido de 
concessão de efeito suspensivo formulado por requerimento dirigido ao relator, nos termos do art. 1.012, 
§3º, do CPC: “O pedido de concessão de efeito suspensivo nas hipóteses do § 1º poderá ser formulado por 
requerimento dirigido ao: (...) II - relator, se já distribuída a apelação.". Ainda, o pedido de atribuição de 
efeito suspensivo poderá ser feito em apartado, por petição autônoma, dirigida ao tribunal, ou, quando já 
distribuído o recurso, ao relator, por petição própria, nos termos do art. 1.012, §3º, I e II, do CPC. 
Vejamos o seguinte julgado do TJDFT nesse sentido: 
"APELAÇÃO CÍVEL. CIVIL, EMPRESARIAL E PROCESSO CIVIL. DISSOLUÇÃO PARCIAL DE SOCIEDADE 
EMPRESÁRIA. EFEITO SUSPENSIVO. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. ISENÇÃO AO PAGAMENTO DE 
HONORÁRIOS. ARTIGO 603, § 1º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AFASTAMENTO DA REGRA. 
IMPOSSIBILIDADE. CONTESTAÇÃO. INSURGÊNCIA PARCIAL. NÃO DEMONSTRAÇÃO DE 
RESISTÊNCIA À PRETENSÃO DISSOLUTÓRIA. 1. O pedido de atribuição de efeito suspensivo 
formulado em recurso de apelação que já é dotado, por força de lei, do efeito pleiteado, carece 
de interesse recursal e, portanto, não deve ser conhecido. 1.1. O pedido de atribuição de efeito 
suspensivo em recurso de apelação deve ser formulado por petição autônoma, dirigida ao 
tribunal, ou, quando já distribuído o recurso, ao relator, por petição própria, e não como 
preliminar recursal, na forma prevista no artigo 1.012, § 3º, incisos I e II, do Código de Processo 
Civil. 2. Presente uma das hipóteses delineadas pela legislação substantiva é possível dar início à 
dissolução parcial de sociedade empresária. 2.1. Quando o pedido de desmembramento da 
sociedade é judicializado, a depender do comportamento do réu (concordância com o pedido de 
dissolução) a ação pode seguir caminho mais célere, ou seja: decretação da dissolução da 
sociedade e, posterior, ingresso na fase de liquidação e apuração dos haveres. 2.2. Ocorrendo a 
abreviação da demanda, nos termos do § 1º, artigo 603 do Código de Processo Civil, não haverá 
condenação ao pagamento de honorários. 3. Sendo a contestação forma de resposta, sua 
apresentação não implica, necessariamente, na conclusão de que o demandado, diverge da 
totalidade do que fora relatado na inicial. É plenamente possível a irresignação parcial. 4. Tendo 
os recorridos apresentado concordância com o pedido dissolutivo não há que se falar no 
afastamento do regramento presente no artigo 603, § 1º, do Código de Processo Civil. 4.1. O ato 
processual que desautoriza a isenção dos honorários advocatícios é aquele que se mostra 
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resistente à pretensão, isto é, que revela contrariedade ao pleito de dissolução. 5. Apelo 
conhecido parcialmente e, na extensão conhecida, desprovido. Sentença mantida.". 
A alternativa E está incorreta. O recurso cabível é apelação nos termos do art. 1.009 do CPC, pois se trata de 
capítulo da sentença. 
"Art. 1.009. Da sentença cabe apelação". 
3. (FGV/TJ-ES/Juiz Substituto/2023) Acerca da tutela provisória de evidência, é correto afirmar que: 
a) pode ser concedida liminarmente quando as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas 
documentalmente e ficar caracterizado o abuso do direito de defesa da parte; 
b) pode ser concedida liminarmente quando se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova 
documental adequada do contrato de depósito, caso em que o juiz nomeará depositário para avaliação do 
bem custodiado; 
c) pode ser concedida liminarmente quando a petição inicial for instruída com prova documental suficiente 
dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável; 
d) pode ser requerida em caráter antecedente, quando a urgência for contemporânea à propositura da ação; 
e) admite-se sustentação oral no agravo de instrumento interposto contra decisão interlocutória que verse 
sobre tutela de evidência. 
Comentários 
A alternativa correta é a letra E. 
A questão aborda o conhecimento sobre tutela provisória de evidência. 
A tutela de evidência é técnica processual que pretende também redistribuir o ônus que advém do tempo para 
o transcurso do processo. Se a parte já tem um direito patente, evidente, conforme os incisos, não é justo que 
o ônus pela demora processual recaia sobre o autor. 
Assim, a tutela de evidência promove uma sumarização do procedimento, possibilitando à parte que tem um 
direito evidente que já usufrua logo (provisoriamente). 
Percebam que a evidência não é um tipo de tutela jurisdicional. A evidência é fato jurídico processual que 
autoriza que se conceda uma tutela jurisdicional mediante técnica de tutela diferenciada. Evidência é um 
pressuposto fático de uma técnica processual para a obtenção da tutela. 
Portanto, se existir um fato alegado evidente, pode-se valer da técnica processual da tutela de evidência para 
obtenção de qualquer espécie de tutela jurisdicional. 
Carolina Uzeda assevera que “se a parte apresentar ao juiz qualquer das hipóteses previstas nos incisos do art. 
311, ele deverá conceder a inversão requerida, seja antecipando a tutela satisfativa, seja, conforme o caso, 
determinando uma medida cautelar”. 
Dito isso, vamos analisar cada uma das alternativas. 
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A alternativa A está incorreta, pois o abuso de direito de defesa não é hipótese em que o juiz poderá decidir 
liminarmente, conforme art. 311, I, e parágrafo único, CPC: “Art. 311. A tutela da evidência será concedida, 
independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: I - 
ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte; Parágrafo único. 
Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente.” 
A alternativa B está incorreta, pois será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação 
de multa, de acordo com o art. 311, III, CPC: “Art. 311. A tutela da evidência será concedida, 
independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: III 
- se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em 
que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa;” 
A alternativa C está incorreta, pois não é hipótese que o juiz poderá decidir liminarmente, de acordo com o 
art. 311, IV e parágrafo único, CPC: “Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da 
demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: IV - a petição inicial for 
instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha 
prova capaz de gerar dúvida razoável. Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir 
liminarmente.” 
A alternativa D está incorreta, pois tal característica se refere à tutela de urgência. Vejamos o art. 303, CPC: 
“Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-
se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do 
direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo.” 
A alternativa E está correta, pois está em conformidade com o art. 937, VIII, CPC: “Art. 937. Na sessão de 
julgamento, depois da exposição da causa pelo relator, o presidente dará a palavra, sucessivamente, ao 
recorrente, ao recorrido e, nos casos de sua intervenção, ao membro do Ministério Público, pelo prazo 
improrrogável de 15 (quinze) minutos para cada um, a fim de sustentarem suas razões, nas seguintes hipóteses, 
nos termos da parte final do caput do art. 1.021: VIII - no agravo de instrumento interposto contra decisões 
interlocutórias que versem sobre tutelas provisórias de urgência ou da evidência;” 
4. (FGV/1º Exame Nacional da Magistratura – ENAM/2024) Karina formulou requerimento de tutela 
cautelar antecedente em face de Rafael, pleiteando o sequestro de dois automóveis que estão sob a posse 
desse último, com o intuito de preservar a efetividade da futura ação de rescisão do negócio jurídico. 
Rafael não contestou o pedido. 
O juízo deferiu a tutela em 20/05/2023. O sequestro do primeiro automóvel, por sua vez, foi realizado em 
30/05/2023. O sequestro do segundo automóvel, a seu turno, foi efetivado em 20/09/2023. Karina formulou 
o pedido principal em 25/09/2023. 
Sobre o caso narrado, assinale a afirmativa correta. 
a) No momento da formulação do pedido principal, já havia sido ultrapassado o prazo previsto no Código de 
Processo Civil, de modo que a tutela cautelar deverá perder sua eficácia e o processo ser extinto sem exame 
do mérito. 
b) Karina não pode aditar a causa de pedir no momento da formulação do pedido principal. 
c) A formulação do pedido principal prescinde do adiantamento de novas custas processuais. 
d) O prazo para formulação do pedido principal tem início na data de concessão da tutela cautelar. 
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e) A ausência de contestação do pedido não induz à presunção de veracidade dos fatos alegados pela autora. 
Comentários 
A alternativa correta é a letra C. 
A questão trata da tutela cautelar concedida em caráter antecedente. 
A alternativa A está incorreta. Na verdade, o CPC define que o pedido principal deve ser formulado em até 
30 dias, contados da efetivação da tutela cautelar. Isso está expresso no seu art. 308: “Efetivada a tutela 
cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no prazo de 30 (trinta) dias, caso em que será 
apresentado nos mesmos autos em que deduzido o pedido de tutela cautelar, não dependendo do 
adiantamento de novas custas processuais”. Portanto, no cenário apresentado pela questão, verificamos 
que a tutela cautelar foi efetivada em 20/09/2023, enquanto o pedido principal foi apresentado em 
25/09/2023, logo, não foi ultrapassado o prazo legal de 30 dias. Vale ressaltar que a tutela começou a ser 
efetivada já no dia 30/05/2023 (momento em que foi realizado o sequestro do primeiro automóvel), mas o 
prazo de 30 dias ainda não havia começado a correr nesse momento, pois aindafaltava a realização do 
sequestro do segundo automóvel, que somente foi efetivamente realizado em 25/09/2023. Logo, apesar de 
ter ocorrido um interregno de mais de 4 meses entre a decisão concessiva da tutela cautelar e a formulação 
do pedido principal, não houve qualquer ilegalidade no procedimento, pois a legislação é expressa ao afirmar 
que o prazo de 30 dias do art. 308 do CPC somente começa a ser contado a partir da efetivação da tutela. 
A alternativa B está incorreta. Por expressa previsão legal, a causa de pedir apresentada juntamente com o 
pedido de tutela cautelar antecedente pode vir a ser aditada pela parte autora no momento de formulação 
do pedido principal. Isso está no art. 308, §2º, do CPC: “A causa de pedir poderá ser aditada no momento de 
formulação do pedido principal”. Essa previsão é salutar, tendo em vista que, quando a parte autora faz uso 
da tutela cautelar antecedente, ela se vê diante de uma situação de extrema urgência, a qual sequer pode 
aguardar o tempo necessário para a formulação de uma petição inicial completa, de modo que o seu 
advogado apenas fundamenta o seu pedido naquilo que for estritamente necessário para a concessão da 
tutela cautelar, a fim de obter o pronunciamento judicial com a maior brevidade possível. Portanto, uma vez 
efetivada a tutela cautelar e cessado o perigo da demora, será possível que, na formulação do pedido 
principal, o advogado da parte autora realize o aditamento da causa de pedir, expondo com profundidade 
todas as razões fáticas e jurídicas pelas quais o pedido deve ser julgado procedente. 
A alternativa C está correta. A parte autora, ao formular o pedido de tutela cautelar em caráter antecedente, 
já realiza o recolhimento de custas processuais, razão pela qual, no momento de formulação do pedido 
principal, não haverá o pagamento de novas custas, tendo em vista que o pedido principal também será 
formulado nos mesmos autos. Isso pode ser visto na parte final do caput do art. 308 do CPC: “Efetivada a 
tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no prazo de 30 (trinta) dias, caso em que 
será apresentado nos mesmos autos em que deduzido o pedido de tutela cautelar, não dependendo do 
adiantamento de novas custas processuais”. 
A alternativa D está incorreta. Como já mencionado nos comentários da alternativa A, o prazo de 30 dias 
para a formulação do pedido principal é contado a partir da data da efetivação da tutela cautelar (art. 308, 
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CPC). Assim, mesmo que já tenha se passado um período de tempo muito grande desde a data da concessão 
da tutela cautelar (no caso concreto narrado pelo enunciado, passaram-se 4 meses), isso não impedirá a 
formulação do pedido principal. 
A alternativa E está incorreta. A falta de contestação por parte do réu irá resultar na aplicação da revelia e 
do seu efeito material, que é a presunção de veracidade dos fatos alegados pelo autor. Isso pode ser visto 
no art. 307 do CPC: “Não sendo contestado o pedido, os fatos alegados pelo autor presumir-se-ão aceitos 
pelo réu como ocorridos, caso em que o juiz decidirá dentro de 5 (cinco) dias”. Esse dispositivo prevê uma 
hipótese específica de revelia aplicável ao procedimento da tutela cautelar requerida em caráter 
antecedente, e pode ocorrer ainda antes da formulação do pedido principal por parte do autor. Inclusive, na 
situação demonstrada no enunciado, aconteceu exatamente isso, pois Rafael foi devidamente citado para 
contestar a tutela requerida por Karina e, mesmo assim, não apresentou sua defesa, razão pela qual o 
magistrado deve aplicar o regramento do art. 307 do CPC e, consequentemente, fazer incidir o efeito 
material da revelia em desfavor de Rafael. 
5. (Banca FGV/TJ-MS - Juiz Substituto/2023) Caio intentou ação de reintegração de posse em face de 
Tício alegando que este ocupava indevidamente o seu imóvel havia mais de dois anos. Embora 
reconhecendo que a ação possessória que então ajuizava não era de força nova, Caio formulou em sua 
petição inicial requerimento de medida liminar, aferrando-se ao argumento de que o esbulho perpetrado 
por Tício lhe vinha causando enormes prejuízos financeiros, que inclusive estavam comprometendo a sua 
subsistência. 
A despeito do juízo positivo de admissibilidade da demanda, o juiz da causa indeferiu a liminar vindicada. 
Depois de ofertadas a peça contestatória e as petições em que ambas as partes especificavam as provas que 
pretendiam ver produzidas, Caio apresentou nova petição, na qual atribuía a Tício em sua ótica, a prática de 
condutas processuais que, evidenciavam abuso do direito de defesa e propósito manifestamente 
protelatório. 
O autor da ação concluiu o seu arrazoado com o requerimento de decretação imediata de sua reintegração 
de posse em relação ao imóvel objeto da ação. Apreciando os novos argumentos de Caio, o juiz da causa 
concluiu pela sua solidez, razão por que deferiu o seu pleito, para decretar a tutela provisória vindicada. 
No tocante à primeira tutela provisória requerida por Caio, indeferida, e à segunda, deferida, é correto 
afirmar que as suas naturezas jurídicas são, respectivamente, de: 
a) tutela cautelar e tutela antecipada de urgência; 
b) tutela cautelar e tutela antecipada da evidência; 
c) tutela antecipada de urgência e tutela antecipada da evidência; 
d) tutela antecipada da evidência e tutela antecipada de urgência; 
e) tutela antecipada da evidência e tutela antecipada da evidência. 
Comentários 
A resposta correta é a letra C. 
A questão aborda assunto atinente à tutela de evidência e tutela antecipada de urgência incidente. 
A tutela de evidência está disciplinada no art. 311 do Código de Processo Civil. 
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Destaca Fredie Didier Júnior et. al. que a tutela de evidência é uma “[t]écnica processual, que diferencia o 
procedimento, em razão da evidência com que determinadas alegações se apresentem em juízo”, 
pontuando, ainda, que “(...) a evidência não é um tipo de tutela jurisdicional. A evidência é um fato jurídico 
processual que autoriza que se conceda uma tutela jurisdicional, mediante técnica de tutela diferenciada. 
Evidência é um pressuposto fático de uma técnica processual para obtenção da tutela” (MARINONI, Luiz 
Guilherme. Et. al. Curso de Processo Civil. Vol III. 2ª edição. Editora Revista dos Tribunais: São Paulo, 2016. 
p. 617). 
As hipóteses que autorizam a concessão de tutela de evidência estão previstas nos incisos do art. 311, 
segundo os quais “tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de 
dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa 
ou o manifesto propósito protelatório da parte; II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas 
documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; III - 
se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso 
em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa; IV - a petição 
inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu 
não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável”. 
Ressalta-se que apenas “[n]as hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente” (art. 311, 
parágrafo único, do Código de Processo Civil), justamente pelo fato de que, para que se reconheça o abuso 
de direito previsto no inciso I, faz-se necessária que o réu já tenha se manifestado nos autos. 
O regime da tutela antecipada de urgência está regulamentado nos arts. 300 a 302 do Código de Processo 
Civil. 
Note-se que a tutela antecipada de urgência é de carátersatisfativa, ou seja, “(...) antecipa os efeitos da 
tutela definitiva satisfativa, conferindo eficácia imediata ao direito afirmado. Adianta-se, assim, a satisfação 
do direito, com a atribuição do bem da vida” (MARINONI, Luiz Guilherme. Et. al. Curso de Processo Civil. Vol 
III. 2ª edição. Editora Revista dos Tribunais: São Paulo, 2016. p. 569). 
Dispõe o art. 300 acerca da hipótese de cabimento da tutela antecipada, dispondo que “(...) será concedida 
quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao 
resultado útil do processo”. Ademais. Referida tutela pode ser deferida de forma antecedente ou incidental 
ao pedido principal, nos termos do art. 294, parágrafo único, do Código de Processo Civil. 
Nestes termos, no que tange ao caso posto: 
A primeira tutela provisória requerida, ora indeferida, diz respeito à tutela antecipada de urgência, com 
fundamento no art. 300 do CPC. 
A segunda tutela provisória requerida, ora deferida, refere-se à tutela antecipara de evidência, nos termos 
do art. 311, inciso I, do CPC. 
Motivo pelo qual a única alternativa correta é a letra C. 
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6. (Banca FGV/TJ-MS - Juiz Substituto/2023) João apresentou uma petição inicial com pedido de 
tutela cautelar em caráter antecedente, com o objetivo de impedir a realização de uma reunião de sócios 
da sociedade WXYZ, que integra como sócio, alegando que as regras da sociedade não foram observadas 
na respectiva convocação. 
Diante dessa situação jurídica específica, é correto afirmar que: 
a) se a tutela cautelar for deferida e efetivada, joão deverá aditar a petição inicial, com a complementação 
de sua argumentação, a juntada de novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final, no prazo 
de quinze dias, mediante o recolhimento de novas custas; 
b) não sendo contestado o pedido cautelar pelos réus no prazo de cinco dias, os fatos alegados por joão 
presumir-se-ão aceitos pelo réu como ocorridos, caso em que o juiz decidirá dentro de cinco dias; 
c) se a tutela cautelar for deferida, efetivada e estabilizada, o direito de rever, reformar ou invalidar a tutela 
estabilizada extingue-se após dois anos, contados da ciência da decisão que extinguiu o processo; 
d) a eficácia da tutela cautelar cessa se não for efetivada dentro de trinta dias. uma vez cessada a eficácia da 
tutela cautelar, joão poderá renovar o pedido, ainda que sob o mesmo fundamento: 
e) o indeferimento da tutela cautelar impede que joão formule o pedido principal no prazo legal, uma vez 
que o deferimento do pedido cautelar é pressuposto para a análise do pedido principal. 
Comentários 
A resposta correta é a letra B. 
Trata-se de questão que aborda o assunto da tutela cautelar antecedente, regulamentada nos arts. 305 a 
310 do Código de Processo Civil. 
Inicialmente, cumpre ressaltar que “[a] tutela cautelar distingue-se da tutela satisfativa não apenas por 
terem elas objetos distintos (respectivamente, asseguração e certificação/efetivação), mas também porque 
a tutela cautelar tem duas características peculiares: a referibilidade e a temporariedade. A tutela cautelar é 
meio de preservação de outro direito, o direito acautelado, objeto da tutela satisfativa. A tutela cautelar é, 
necessariamente, uma tutela que se refere a outro direito, distinto do direito à própria cautela. Há o direito 
à cautela e o direito que se acautela. (...) A tutela cautelar é, ainda, temporária, por ter sua eficácia limitada 
no tempo. A tutela cautelar dura o tempo necessário para a preservação a que se propõe” (DIDIER JÚNIOR, 
Fredie. Et. at. Curso de Direito Processual Civil. Vol. III. 10ª ed. Editora JusPodivm: Salvador, 2015. p. 562-
563). 
Sob a perspectiva procedimental, tem-se que a “[a] petição inicial da ação que visa à prestação de tutela 
cautelar em caráter antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se 
objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo” (art. 305 do Código de 
Processo Civil). 
Garantido o contraditório (art. 306 do Código de Processo Civil) e efetivada a tutela cautelar, “(...) o pedido 
principal terá de ser formulado pelo autor no prazo de 30 (trinta) dias, caso em que será apresentado nos 
mesmos autos em que deduzido o pedido de tutela cautelar, não dependendo do adiantamento de novas 
custas processuais” (art. 308 do Código de Processo Civil). 
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Ressalta-se, no entanto, que “[n]ão sendo contestado o pedido, os fatos alegados pelo autor presumir-se-ão 
aceitos pelo réu como ocorridos, caso em que o juiz decidirá dentro de 5 (cinco) dias (art. 308 do Código de 
Processo Civil). 
Ainda, nos termos do art. 310 do Código de Processo Civil: O indeferimento da tutela cautelar não obsta a 
que a parte formule o pedido principal, nem influi no julgamento desse, salvo se o motivo do indeferimento 
for o reconhecimento de decadência ou de prescrição.” 
Mesmo tendo sido deferida a tutela cautelar, prevê o art. 309 do Código de Processo Civil que “[c]essa a 
eficácia da tutela concedida em caráter antecedente, se: I - o autor não deduzir o pedido principal no prazo 
legal; II - não for efetivada dentro de 30 (trinta) dias; III - o juiz julgar improcedente o pedido principal 
formulado pelo autor ou extinguir o processo sem resolução de mérito”. Vindo o seu parágrafo único a 
esclarecer que “[s]e por qualquer motivo cessar a eficácia da tutela cautelar, é vedado à parte renovar o 
pedido, salvo sob novo fundamento”. 
Por fim, cumpre ressaltar uma importante diferença procedimental entre a tutela antecipada e cautelar, 
quando de caráter antecedente. Prevê o art. 304 do Código de Processo Civil que ser cabível a estabilização 
da tutela quando se trata de tutela antecipada em caráter antecedente, disposição esta não prevista em 
sede de tutela cautelar, justamente por não se conceder o direito em si neste âmbito, mas apenas preservar 
os fatores necessários à satisfação posterior do direito almejado. 
Diante do exposto, tem-se: 
A alternativa A está incorreta. Não haverá recolhimento de novas custas, nos termos do art. 308 do CPC. 
A alternativa B está correta. Conforme literal disposição do art. 307 do CPC. 
A alternativa C está incorreta. É cabível a estabilização da tutela quando se trata de tutela antecipada em 
caráter antecedente, nos termos do art. 304 do CPC, não na tutela cautelar. 
A alternativa D está incorreta. A renovação do pedido deverá ser realizado sob novo fundamento, nos termos 
do art. 309, parágrafo único, do CPC. 
A alternativa E está incorreta. A apreciação da tutela cautelar não influencia o julgamento do pedido 
principal, nos termos do art. 310 do CPC. 
7. (TRF2/TRF2 – Juiz Federal Substituto/2017) Marque a opção correta: 
a) O requerente de tutela de urgência, desde que esteja de boa-fé, não responde pela reparação de eventual 
prejuízo que a efetivação da medida, mais tarde revogada pela sentença definitiva, tenha causado à 
contraparte. 
b) Se ocorrer a cessação da eficácia da medida, a parte requerente responde pelo prejuízo que a efetivação 
da tutela de urgência cause à parte adversa. 
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c) Os valores de benefício previdenciário recebido por força de tutela antecipada posteriormente revogada 
pela sentença (que transita em julgado) não devem ser devolvidos. 
d) Em hipótese na qual ocorreu, sem caução, o cumprimento provisório de sentença, e depois provimento 
do recurso - que não tinha efeito suspensivo -, o juiz deve verificar o caso concreto e, com equidade, distribuir 
os prejuízos entre as partes.e) Nas hipóteses nas quais, no cumprimento provisório, o CPC prevê a dispensa de caução, é vedado ao juiz 
exigi-la. 
Comentários 
A alternativa B está correta. A parte que obteve a concessão da tutela responde objetivamente, em caso de 
revogação, por quaisquer danos decorridos da decisão judicial. É a aplicação da teoria do risco-proveito. 
Art. 302. Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo prejuízo 
que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, se: I - a sentença lhe for 
desfavorável; II - obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os meios 
necessários para a citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias; III - ocorrer a cessação da 
eficácia da medida em qualquer hipótese legal; IV - o juiz acolher a alegação de decadência ou 
prescrição da pretensão do autor. Parágrafo único. A indenização será liquidada nos autos em 
que a medida tiver sido concedida, sempre que possível. 
A alternativa A está incorreta. Em complemento à explicação da alternativa A, vale dizer que, além de 
responder objetivamente pelos danos causados, se houver má-fé do requerente, poderá sofrer ainda as 
sanções por litigância de má-fé (art. 81). 
Portanto, a responsabilidade objetiva (art. 302) independe se a parte estava de má-fé ou não. 
A alternativa C está incorreta. Segundo Márcio Cavalcante: 
POSIÇÃO DO STJ E DA TNU: 
SIM 
ALGUNS JULGADOS DO STF: 
NÃO 
A reforma da decisão que antecipa a tutela 
obriga o autor da ação a devolver os benefícios 
previdenciários indevidamente recebidos. 
Argumentos: 
• O pressuposto básico do instituto da 
antecipação de tutela é a reversibilidade da 
decisão judicial. Havendo perigo de 
irreversibilidade, não há tutela antecipada (art. 
273, § 2º do CPC 1973 / art. 300, § 3º do CPC 
2015). Por isso, quando o juiz antecipa a tutela, 
Há precedentes do STF neste sentido: 
(...) A jurisprudência do STF já assentou que o 
benefício previdenciário recebido de boa-fé 
pelo segurado, em decorrência de decisão 
judicial, não está sujeito à repetição de 
indébito, em razão de seu caráter alimentar. 
Precedentes. 2. Decisão judicial que reconhece 
a impossibilidade de descontos dos valores 
indevidamente recebidos pelo segurado não 
implica declaração de inconstitucionalidade do 
art. 115 da Lei nº 8.213/1991. (...) (STF. 1ª 
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está anunciando que a decisão não é 
irreversível. Mal sucedida a demanda, o autor 
da ação responde pelo que recebeu 
indevidamente. O argumento de que 
ele confiou no juiz ignora o fato de que a 
parte, no processo, está representada por 
advogado, o qual sabe que a antecipação de 
tutela tem natureza precária. 
• Se a pessoa não tinha direito ao benefício, 
deverá devolver o valor, sob penal de 
enriquecimento sem causa. 
• O art. 115, II, da Lei nº 8.213/91 prevê que os 
benefícios previdenciários pagos 
indevidamente estão sujeitos à repetição. 
 
STJ. 1ª Seção. REsp 1.401.560-MT, Rel. Min. 
Sérgio Kukina, Rel. para acórdão Min. Ari 
Pargendler, julgado em 12/2/2014 (Info 570). 
 
Turma. ARE 734242 AgR, Rel. Min. Roberto 
Barroso, julgado em 04/08/2015. 
 
Vale ressaltar, por outro lado, que existem 
outros julgados do STF afirmando que não cabe 
à Corte analisar o tema, sob o argumento de 
que a matéria seria de natureza 
infraconstitucional: RE 798793 AgR, Rel. Min. 
Luiz Fux, julgado em 10/02/2015. 
É mais correto adotar em prova a posição do STJ, pois já foi decidido em precedente vinculante (art. 927, III, 
CPC). Todavia, o próprio STJ, em 2018, afetou novamente a temática21, podendo, em breve, voltar atrás 
quanto a essa conclusão. 
Isso já caiu em outra prova: 
CESPE/TRF5 – Juiz Federal Substituto/2017 - Com base na jurisprudência do Superior Tribunal de 
Justiça (STJ), julgue os seguintes itens, no que concerne à tutela provisória, à competência e ao 
cumprimento de sentença. 
III. Em demanda previdenciária, os valores recebidos por força de tutela provisória de urgência 
antecipada posteriormente revogada serão irrepetíveis, em razão da natureza alimentar e da boa-fé 
no seu recebimento. 
A alternativa III está incorreta. Há decisão do STJ em sede de recurso repetitivo sobre o tema: 
 
 
21 A questão de ordem foi autuada como Petição 12.482, no âmbito dos REsps 1.734.685, 1.734.627, 1.734.641, 1.734.647, 
1.734.656 e 1.734.698. 
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A reforma da decisão que antecipa a tutela obriga o autor da ação a devolver os benefícios 
previdenciários indevidamente recebidos (STJ. 1ª Seção. REsp 1.401.560-MT, Rel. Min. Sérgio Kukina, 
Rel. para acórdão Min. Ari Pargendler, julgado em 12/2/2014 - Info 570). 
De todo modo, já adverti neste material que o STJ, em 2018, afetou novamente a questão, podendo, 
em breve, decidir de maneira contrária. 
A alternativa D está incorreta. O juiz não poderá distribuir os prejuízos entre as partes. O prejuízo é do 
exequente. Haverá o retorno ao status quo ante. 
Art. 520. O cumprimento provisório da sentença impugnada por recurso desprovido de efeito 
suspensivo será realizado da mesma forma que o cumprimento definitivo, sujeitando-se ao 
seguinte regime: I - corre por iniciativa e responsabilidade do exequente, que se obriga, se a 
sentença for reformada, a reparar os danos que o executado haja sofrido; 
II - fica sem efeito, sobrevindo decisão que modifique ou anule a sentença objeto da 
execução, restituindo-se as partes ao estado anterior e liquidando-se eventuais prejuízos nos 
mesmos autos; 
A alternativa E está incorreta. 
Art. 521. A caução prevista no inciso IV do art. 520 poderá ser dispensada nos casos em que: I - 
o crédito for de natureza alimentar, independentemente de sua origem; II - o credor demonstrar 
situação de necessidade; III – pender o agravo do art. 1.042; (Redação dada pela Lei nº 13.256, 
de 2016); IV - a sentença a ser provisoriamente cumprida estiver em consonância com súmula da 
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça ou em 
conformidade com acórdão proferido no julgamento de casos repetitivos. 
Parágrafo único. A exigência de caução será mantida quando da dispensa possa resultar 
manifesto risco de grave dano de difícil ou incerta reparação. 
No art. 521, parágrafo único, CPC, vemos que, mesmo nas hipóteses legais em que é possível dispensar a 
caução, o juiz poderá manter a fixação da caução. 
8. (TRF4/TRF4 – Juiz Federal Substituto/2016) Dadas as assertivas abaixo, assinale a alternativa 
correta. 
Considerando as regras do Código de Processo Civil de 2015: 
I. A tutela provisória de evidência será concedida pelo juiz quando, presentes a probabilidade do direito e o 
perigo de dano, ficar caracterizado o abuso no direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do 
réu. 
II. A estabilização da tutela de urgência antecipada ocorre quando não for interposto o recurso da decisão 
que a concedeu e implica a extinção do processo, sem formação de coisa julgada, podendo, porém, o juízo 
alterar a medida de urgência a qualquer tempo. 
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III. As modalidades de tutela provisória de urgência são cautelar, antecipada e antecedente. 
IV. Se a tutela de urgência requerida em caráter antecedente for concedida, o autor terá o prazo de 5 dias 
para emendar sua petição inicial, indicando qual a lide principal que será ajuizada, e de 30 dias para a 
propositura da ação principal. 
a) Estão corretas apenas as assertivas I e III. 
b) Estão corretas apenas as assertivas II e III. 
c) Estão corretas apenas as assertivas I, II e IV. 
d) Estão corretas todas as assertivas. 
e) Nenhuma assertiva está correta.Comentários 
A alternativa E está correta. 
O item I está incorreto. 
Art. 311: A tutela de evidencia será concedida, independente da demonstração de perigo de 
dano ou de risco ao resultado útil quando: 
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da 
parte; 
O item II está incorreto. 
Art. 304: A tutela antecipada, concedida nos termos do artigo 303 (tutela de urgencia), TORNA-
SE ESTÁVEL, se da decisão que a conceder não for interposto o recurso respectivo; 
§6º: A decisão que conceder a tutela NÃO FARÁ COISA JULGADA, mas a estabilidade dos 
respectivos efeitos só será afastada por decisão que a revir, reformar ou invalidar, (...)" 
A alteração deve ser requerida pelas partes, não havendo a previsão de mudança de ofício pelo juiz. 
O item III está incorreto. São antecipada e cautelar. 
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O item IV está incorreto. 
Art. 303, §1º: Concedida a tutela antecipada a que se refere o caput deste artigo: 
I- Deverá o autor aditar a petição inicial, com a complementação de sua argumentação, juntada 
de novos documentos e confirmação do pedido de tutela final, no prazo de 15 dias, ou em outro 
maior em que o juiz fixar. 
i- Prazo para aditar a petição inicial caso seja deferida a tutela antecipada em caráter 
antecedente: Pelo menos 15 dias. 
ii- Prazo para emendar a petição inicial caso não seja concedida a tutela antecipada antecedente 
- o órgão jurisdicional determinará a emenda da petição inicial em até 5 (cinco) dias. 
iii- Prazo para rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada estabilizada: 2 (dois) anos. 
9. (CESPE/TJBA – Juiz de Direito Substituto/2019) De acordo com o CPC, o magistrado concederá a 
tutela de urgência durante o curso do processo se 
a) ficar caracterizado abuso do direito pelo réu e as alegações fáticas puderem ser comprovadas apenas 
documentalmente. 
b) houver manifesto propósito protelatório da parte contrária e probabilidade do direito. 
c) as alegações fáticas puderem ser comprovadas apenas documentalmente e existir risco ao resultado útil 
do processo. 
d) for verificada a existência de risco ao resultado útil do processo. 
e) houver constatação do perigo de dano e o réu não apresentar prova capaz de gerar dúvida razoável acerca 
do direito discutido. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta. Em caso de abuso do direito, há possibilidade de concessão de tutela de 
evidência (art. 311, I, CPC). 
 Antecipada 
 TUTELA Urgência antecedente ou incidental 
PROVISÓRIA (art. 300ss ) Cautelar 
(art. 294 e ss.) 
 
 Evidência (art. 311) 
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Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo 
de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte; 
A alternativa B está incorreta. Em caso de manifesto propósito protelatório, há possibilidade de concessão 
de tutela de evidência (art. 311, I, CPC). 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo 
de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte; 
A alternativa C está incorreta. Também é hipótese de tutela de evidência (art. 313, II, CPC). 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo 
de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese 
firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; 
A alternativa D está correta. 
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a 
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
Todavia, diante da interposição de recursos, a banca anulou a questão. 
Isso porque, para ser deferida a tutela de urgência, são necessários requisitos cumulativos (probabilidade 
do direito e periculum in mora) e a alternativa elencou apenas um deles. 
A alternativa E está incorreta. Também é hipótese de tutela de evidência (art. 311, IV, CPC). 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo 
de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do 
direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável. 
10. (CESPE/TJPR – Juiz Estadual/2019) No que concerne às regras estabelecidas para a tutela provisória, 
o Código de Processo Civil determina que a concessão, pelo magistrado, da tutela de evidência 
a) dependerá da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo e ocorrerá nas 
situações em que os efeitos da decisão sejam reversíveis. 
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b) poderá ser deferida liminarmente caso os fatos sejam comprovados apenas pela via documental e exista 
tese firmada em julgamento de casos repetitivos. 
c) será realizada na forma de decisão interlocutória de mérito e produzirá coisa julgada material caso não 
seja impugnada pelo réu. 
d) será cabível somente na hipótese de verificação de abuso do direito de defesa da parte ré, haja vista a 
natureza punitiva dessa modalidade de tutela provisória. 
Comentários 
A alternativa B está correta. 
CPC, Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de 
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese 
firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; 
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente. 
A alternativa A está incorreta. Aprendemos que a concessão da tutela de evidência não depende da 
demonstração do perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo. Ademais, a necessidade de a 
medida ser reversível não é pressuposto para a concessão da medida. 
A alternativa C está incorreta. Na classificação das tutelas, temos que a tutela definitiva é a tutela 
jurisdicional que tem aptidão para se tornar estável porque fundada em cognição exauriente. Nela, há coisa 
julgada. 
Doutro lado, tutela provisória é uma decisão fundada em cognição sumária e, por isso é provisória, ou seja, 
precisa ser substituída por outra, precisa ser ratificada, confirmada. Não há coisa julgada. 
A alternativa D está incorreta. 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo 
de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte; 
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese 
firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; 
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de 
depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação 
de multa; 
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IV - a petição inicial for instruídacom prova documental suficiente dos fatos constitutivos do 
direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável. 
11. (CESPE/TJPR – Juiz Substituto/2017) Ao receber a petição inicial de processo eletrônico que tramita 
pelo procedimento comum, o magistrado, postergando o contraditório, deferiu liminarmente a tutela 
provisória de evidência requerida e intimou o réu para cumprimento no prazo de cinco dias. Considerou o 
juiz que as alegações do autor foram comprovadas documentalmente e que havia tese firmada em 
julgamento de casos repetitivos que amparava a medida liminar. Posteriormente, o réu apresentou 
manifestação alegando a incompetência absoluta do juízo e equívoco do magistrado na concessão da 
tutela provisória. 
Acerca dessa situação hipotética, assinale a opção correta. 
a) O magistrado cometeu error in procedendo, porque viola a ampla defesa a concessão de tutela da 
evidência antes da manifestação do réu. 
b) Ainda que venha a ser reconhecida a incompetência absoluta do juízo, os efeitos da decisão serão 
conservados até que outra seja proferida pelo órgão jurisdicional competente. 
c) O magistrado agiu de forma equivocada, porque o CPC não autoriza a concessão de tutela provisória da 
evidência pelos motivos indicados pelo juiz. 
d) Se reconhecer sua incompetência absoluta, o juiz deverá extinguir o processo sem resolução do mérito, 
justificando a medida na impossibilidade técnica em remeter os autos eletrônicos para o juízo competente. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta. 
Parte inferior do formulário 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo 
de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese 
firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; 
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente. 
 A alternativa B está correta. 
Art. 64 do CPC: A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de 
contestação. 
§ 4o Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida 
pelo juízo incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente. 
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127 
 
 A alternativa C está incorreta. 
Art. 311 do CPC. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de 
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese 
firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; 
A alternativa D está incorreta. 
Se o juízo reconhece a sua incompetência absoluta para conhecer da causa, ele deverá 
determinar a remessa dos autos ao juízo competente e não extinguir o processo sem exame do 
mérito. 
O argumento de impossibilidade técnica do Poder Judiciário em remeter os autos para o juízo 
competente, ante as dificuldades inerentes ao processamento eletrônico, não pode ser 
utilizado para prejudicar o jurisdicionado, sob pena de configurar-se indevido obstáculo ao 
acesso à tutela jurisdicional." STJ. 2ª Turma. REsp 1.526.914-PE, Rel. Min. Diva Malerbi, julgado 
em 21/6/2016 (Info 586). 
12. (VUNESP/TJSP – Juiz de Direito/2017) A tutela provisória de urgência: 
a) exige, além do perigo da demora, prova pré-constituída das alegações de fato em que se funda o autor. 
b) não pode ser concedida na sentença porque, do contrário, a tutela perderia a natureza de provisória. 
c) quando requerida na forma de tutela cautelar antecedente, poderá ser apreciada como tutela antecipada, 
caso o juiz entenda que essa é sua verdadeira natureza. 
d) só pode ser determinada pelo juiz estatal e não pelo árbitro, uma vez que falta a esse último poder de 
coerção para efetivar a medida. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta. 
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a 
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
A alternativa B está incorreta. 
Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência. 
Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em 
caráter antecedente ou incidental. 
A alternativa C está correta. 
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Art. 305. A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter antecedente 
indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o 
perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
Parágrafo único. Caso entenda que o pedido a que se refere o caput tem natureza antecipada, o 
juiz observará o disposto no art. 303. 
A alternativa D está incorreta. 
Art. 22-B. Instituída a arbitragem, caberá aos árbitros manter, modificar ou revogar a medida 
cautelar ou de urgência concedida pelo Poder Judiciário. (Incluído pela Lei nº 13.129, de 2015) 
Parágrafo único. Estando já instituída a arbitragem, a medida cautelar ou de urgência será 
requerida diretamente aos árbitros. (Incluído pela Lei nº 13.129, de 2015) 
13. (CONSULPLAN/TJMG – Juiz de Direito Substituto/2018) Acerca da tutela provisória de urgência 
cautelar ou satisfativa, é correto afirmar que a parte 
A) deve demonstrar apenas o perigo de dano. 
B) somente pode requerer em caráter antecedente. 
C) é responsável pela indenização do dano processual se a sentença for desfavorável para ela. 
D) é responsável pela indenização do dano processual ainda que a sentença seja favorável a ela. 
Comentários 
A alternativa correta é a letra D. 
De início, muitos poderiam pensar que a alternativa C é a correta, por conta do art. 302, I, CPC. 
Art. 302. Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo prejuízo 
que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, se: 
I - a sentença lhe for desfavorável; 
II - obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os meios necessários para 
a citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias; 
III - ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal; 
IV - o juiz acolher a alegação de decadência ou prescrição da pretensão do autor. 
Parágrafo único. A indenização será liquidada nos autos em que a medida tiver sido concedida, 
sempre que possível. 
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Contudo, percebam que nas letras C e D o examinador versa sobre a responsabilidade pelo dano processual. 
Os incisos I a IV tratam da responsabilidade pelos prejuízos causados à parte adversa. Eles não possuem 
nenhuma ligação com o chamado dano processual. 
Apenas o caput trata do dano processual. 
Art. 302. Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo 
prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, se: 
 
E o que seria o dano processual? 
Conforme relata o Prof. Ubirajara22, responde por dano processual quem age de má-fé. Incorrerá, portanto, 
nas sanções do art. 81, CPC. 
E, como se sabe, não é relevante a condição de vencedor ou perdedor na sentença para verificar se a parte 
incorrerá ou não na sanção por litigância de má-fé. 
Assim sendo, a letra D está correta. 
Por outro lado, creio que o examinador interpretou a letra C desse modo: responderá a parte por dano 
processual se (apenas se) a sentença for desfavorável a ela. 
E, como se viu, não responderá apenas se tiver sido desfavorável a ela, pois poderá responder por dano 
processual também se a sentença lhe tiver sido favorável.Temporário é o que não dura para sempre. 
Didier exemplifica: um casal fica morando em um flat enquanto o seu apartamento fica pronto. É uma 
moradia provisória, que será substituída por outra. 
O andaime que é colocado no prédio é temporário e não provisória. É temporário porque ele não vai durar 
indefinidamente, será retirado. E não é provisório, porque não será substituído por nada em seu lugar. 
1.2 - Tutela Satisfativa x Tutela Cautelar 
Tutela satisfativa serve ao reconhecimento ou efetivação do direito material. 
Já a tutela cautelar serve para proteger, resguardar o reconhecimento ou efetivação de um outro direito. É 
uma tutela de segurança, para assegurar um outro direito. 
A tutela cautelar sempre envolve 2 direitos, um que resguarda a obtenção de um outro. 
O doutrinador baiano dá o seguinte exemplo: 2 pessoas brigando por um pedaço de carne. Um quer a carne 
para comer (tutela satisfativa) e o outro a quer que coloque a carne na geladeira até o fim da lide (tutela 
cautelar). 
A tutela jurisdicional, em suma, pode ser dividida em definitiva (satisfativa ou cautelar) e provisória 
(satisfativa ou cautelar). 
Vejam o esquema 
 
 Cautelar 
 DEFINITIVA 
 Satisfativa 
 
 
 Cautelar 
 PROVISÓRIA 
 Satisfativa 
 
TUTELA 
JURISDICIONAL 
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2 - REGRAS GERAIS 
A fim de traçarmos as regras gerais da tutela provisória, tomaremos como base os cursos de Daniel 
Assumpção1, Fredie Didier2 e Renato Montans3. 
2.1 - Finalidade 
O principal objetivo da tutela provisória é distribuir o ônus do tempo no processo. Se o processo demora um 
tempo razoável até que seja concedida a tutela definitiva, é preciso que o peso do tempo seja repartido 
entre as partes, e não somente o demandante arque com ele. 
2.2 - Modalidades 
 
Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência. 
Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em 
caráter antecedente ou incidental. 
2.3 - Legitimados 
A legitimidade do autor é óbvia, estando presente nos pedidos de tutela provisória (urgência ou de 
evidência) feitos de forma incidental ou antecedente. 
Aliás, nos pleitos realizados de forma antecedente, a legitimidade é exclusiva do autor. 
 
 
1 Manual de Direito Processual Civil: Volume Único; 8ª ed. Salvador: Juspodivm, 2021 e Novo Código de Processo Civil Comentado: 
artigo por artigo, 2ª ed. Salvador: Juspodivm, 2017. 
2 Curso de Direito Processual Civil, 20ª ed. Salvador: Juspodivm, 2018. 
3 Manual de Direito Processual Civil, 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2016 
 Antecipada 
 TUTELA Urgência antecedente ou incidental 
PROVISÓRIA (art. 300ss ) Cautelar 
(art. 294 e ss.) 
 
 Evidência (art. 311) Somente incidental 
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E o réu tem legitimidade para pedir tutela de urgência? 
Sim, podendo requerer a tutela provisória quando for reconvinte, denunciante, quando formular pedido 
contraposto ou quando a ação for dúplice, hipótese em que a sua simples defesa já se constitui o exercício 
de sua pretensão. 
Até mesmo nos casos de simples contestação, Didier, Marinoni e Assumpção são favoráveis à possibilidade 
de o réu requerer, em tutela provisória, a improcedência do pedido do autor. 
2.4 - Competência 
i- se a tutela for requerida incidentalmente, será pleiteada no juízo onde o processo já está tramitando; 
ii- se a tutela for requerida de forma antecedente, será no juízo que seria competente para conhecer do 
pedido principal. A parte aqui faz um juízo de abstração, fixando o juízo competente para julgar o pedido 
principal que ainda não foi feito. 
Art. 299. A tutela provisória será requerida ao juízo da causa e, quando antecedente, ao juízo 
competente para conhecer do pedido principal. 
Parágrafo único. Ressalvada disposição especial, na ação de competência originária de tribunal 
e nos recursos a tutela provisória será requerida ao órgão jurisdicional competente para 
apreciar o mérito. 
No parágrafo único, vê-se que, se o processo é de competência originária, certo que o Tribunal deverá 
analisar o pedido. 
Se o processo é de competência do juízo de 1º grau, havendo interposição de recurso, a parte pedirá a tutela 
provisória por simples petição, podendo ser aplicado por analogia o art. 1.012, §3º e o art. 1.029, §5º, CPC. 
Art. 1.012, § 3o O pedido de concessão de efeito suspensivo nas hipóteses do § 1o poderá ser 
formulado por requerimento dirigido ao: I - tribunal, no período compreendido entre a 
interposição da apelação e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento 
para julgá-la; II - relator, se já distribuída a apelação. 
§ 5o O pedido de concessão de efeito suspensivo a recurso extraordinário ou a recurso especial 
poderá ser formulado por requerimento dirigido: 
I – ao tribunal superior respectivo, no período compreendido entre a publicação da decisão de 
admissão do recurso e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento 
para julgá-lo; (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016) 
II - ao relator, se já distribuído o recurso; 
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8 
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III – ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, no período compreendido entre 
a interposição do recurso e a publicação da decisão de admissão do recurso, assim como no caso 
de o recurso ter sido sobrestado, nos termos do art. 1.037. (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 
2016) 
Enunciado 609, FPPC: (art. 995, parágrafo único) O pedido de antecipação da tutela recursal ou 
de concessão de efeito suspensivo a qualquer recurso poderá ser formulado por simples petição 
ou nas razões recursais. 
É cabível tutela provisória em reclamação e até em ação rescisória. 
Enunciado 64, I JDPC do CJF – Ao despachar a reclamação, deferida a suspensão do ato 
impugnado, o relator pode conceder tutela provisória satisfativa correspondente à decisão 
originária cuja autoridade foi violada. 
Art. 969. A propositura da ação rescisória não impede o cumprimento da decisão rescindenda, 
ressalvada a concessão de tutela provisória. 
2.5 – Pagamento de Custas 
No CPC/15, o recolhimento de custas apenas se dá se a tutela de urgência (cautelar ou antecipada) forem 
requeridas de forma antecedente. 
Se forem requeridas de forma incidental, não haverá pagamento de custas. 
Art. 295. A tutela provisória (qualquer delas) requerida em caráter incidental independe do 
pagamento de custas. 
2.6 - Precariedade 
A revogabilidade é essência do instituto. Como é tutela provisória, ela será substituída por outra. Assim, 
poderá ser modificada, revogada, confirmada na tutela definitiva. 
Art. 296. A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a 
qualquer tempo, ser revogada ou modificada. 
Importante a previsão do art. 296, p.ú, do CPC de que a tutela mantém sua eficácia, mesmo durante o 
período de sua suspensão. 
Art. 296, Parágrafo único. Salvo decisão judicial em contrário, a tutela provisória conservará a 
eficácia durante o período de suspensão do processo. 
Por ser fundada em cognição sumária e precária, a tutelaVamos ver o resultado depois das interposições dos recursos. 
Obs1: Para confundir ainda mais o candidato, lembrem-se que o STJ decidiu que, para aplicação da multa 
por litigância de má-fé, não precisa ser provado o dano processual (STJ. Corte Especial. EREsp 1.133.262-ES, 
Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 3/6/2015 - Info 565). 
14. (TRT4/TRT4 – Juiz do Trabalho Substituto/2016) Considere as assertivas abaixo sobre tutela 
provisória. 
I - A tutela provisória de urgência pode ser classificada, no tocante ao seu conteúdo, em cautelar e 
antecipada, podendo ser concedida, em qualquer das hipóteses, em caráter antecedente ou incidental. 
 
 
22 https://blog.ebeji.com.br/dano-processual-e-fazenda-publica/ 
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https://blog.ebeji.com.br/dano-processual-e-fazenda-publica/
 
 
 
 
 
 
 
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II - A tutela provisória, uma vez concedida, mantém sua eficácia até o julgamento final do processo, podendo 
o julgador, na sentença, mantê-la, revogá- la ou modificá-la, o que não mais é admissível no curso do 
processo. 
III - O Julgador, ao exercer o poder geral de cautela, em tutela provisória, deve observar apenas o quanto 
pretendido pela parte postulante no que tange às medidas de sua efetivação. 
Quais são corretas? 
a) Apenas I 
b) Apenas II 
c) Apenas III 
d) Apenas I e II 
e) I, II e III 
Comentários 
A alternativa A está correta. 
O item I está incorreto. 
 
O item II está incorreto. 
Art. 296. A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a 
qualquer tempo, ser revogada ou modificada. 
O item III está incorreto. Não precisa ficar vinculado ao que a parte requerer. O juiz pode determinar as 
medidas que ele considerar adequadas. 
Art. 297. O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação da 
tutela provisória. 
 Antecipada 
 TUTELA Urgência antecedente ou incidental 
PROVISÓRIA (art. 300ss ) Cautelar 
(art. 294 e ss.) 
 
 Evidência (art. 311) 
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Parágrafo único. A efetivação da tutela provisória observará as normas referentes ao 
cumprimento provisório da sentença, no que couber. 
15. (FGV/1º Exame Nacional da Magistratura – ENAM/2024) Karina formulou requerimento de tutela 
cautelar antecedente em face de Rafael, pleiteando o sequestro de dois automóveis que estão sob a posse 
desse último, com o intuito de preservar a efetividade da futura ação de rescisão do negócio jurídico. 
Rafael não contestou o pedido. 
O juízo deferiu a tutela em 20/05/2023. O sequestro do primeiro automóvel, por sua vez, foi realizado em 
30/05/2023. O sequestro do segundo automóvel, a seu turno, foi efetivado em 20/09/2023. Karina formulou 
o pedido principal em 25/09/2023. 
Sobre o caso narrado, assinale a afirmativa correta. 
a) No momento da formulação do pedido principal, já havia sido ultrapassado o prazo previsto no Código de 
Processo Civil, de modo que a tutela cautelar deverá perder sua eficácia e o processo ser extinto sem exame 
do mérito. 
b) Karina não pode aditar a causa de pedir no momento da formulação do pedido principal. 
c) A formulação do pedido principal prescinde do adiantamento de novas custas processuais. 
d) O prazo para formulação do pedido principal tem início na data de concessão da tutela cautelar. 
e) A ausência de contestação do pedido não induz à presunção de veracidade dos fatos alegados pela autora. 
Comentários 
A alternativa correta é a letra C. 
A questão trata da tutela cautelar concedida em caráter antecedente. 
A alternativa A está incorreta. Na verdade, o CPC define que o pedido principal deve ser formulado em até 
30 dias, contados da efetivação da tutela cautelar. Isso está expresso no seu art. 308: “Efetivada a tutela 
cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no prazo de 30 (trinta) dias, caso em que será 
apresentado nos mesmos autos em que deduzido o pedido de tutela cautelar, não dependendo do 
adiantamento de novas custas processuais”. Portanto, no cenário apresentado pela questão, verificamos 
que a tutela cautelar foi efetivada em 20/09/2023, enquanto o pedido principal foi apresentado em 
25/09/2023, logo, não foi ultrapassado o prazo legal de 30 dias. Vale ressaltar que a tutela começou a ser 
efetivada já no dia 30/05/2023 (momento em que foi realizado o sequestro do primeiro automóvel), mas o 
prazo de 30 dias ainda não havia começado a correr nesse momento, pois ainda faltava a realização do 
sequestro do segundo automóvel, que somente foi efetivamente realizado em 25/09/2023. Logo, apesar de 
ter ocorrido um interregno de mais de 4 meses entre a decisão concessiva da tutela cautelar e a formulação 
do pedido principal, não houve qualquer ilegalidade no procedimento, pois a legislação é expressa ao afirmar 
que o prazo de 30 dias do art. 308 do CPC somente começa a ser contado a partir da efetivação da tutela. 
A alternativa B está incorreta. Por expressa previsão legal, a causa de pedir apresentada juntamente com o 
pedido de tutela cautelar antecedente pode vir a ser aditada pela parte autora no momento de formulação 
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127 
 
do pedido principal. Isso está no art. 308, §2º, do CPC: “A causa de pedir poderá ser aditada no momento de 
formulação do pedido principal”. Essa previsão é salutar, tendo em vista que, quando a parte autora faz uso 
da tutela cautelar antecedente, ela se vê diante de uma situação de extrema urgência, a qual sequer pode 
aguardar o tempo necessário para a formulação de uma petição inicial completa, de modo que o seu 
advogado apenas fundamenta o seu pedido naquilo que for estritamente necessário para a concessão da 
tutela cautelar, a fim de obter o pronunciamento judicial com a maior brevidade possível. Portanto, uma vez 
efetivada a tutela cautelar e cessado o perigo da demora, será possível que, na formulação do pedido 
principal, o advogado da parte autora realize o aditamento da causa de pedir, expondo com profundidade 
todas as razões fáticas e jurídicas pelas quais o pedido deve ser julgado procedente. 
A alternativa C está correta. A parte autora, ao formular o pedido de tutela cautelar em caráter antecedente, 
já realiza o recolhimento de custas processuais, razão pela qual, no momento de formulação do pedido 
principal, não haverá o pagamento de novas custas, tendo em vista que o pedido principal também será 
formulado nos mesmos autos. Isso pode ser visto na parte final do caput do art. 308 do CPC: “Efetivada a 
tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no prazo de 30 (trinta) dias, caso em que 
será apresentado nos mesmos autos em que deduzido o pedido de tutela cautelar, não dependendo do 
adiantamento de novas custas processuais”. 
A alternativa D está incorreta. Como já mencionado nos comentários da alternativa A, o prazo de 30 dias 
para a formulação do pedido principal é contado a partir da data da efetivação da tutela cautelar (art. 308, 
CPC). Assim, mesmo que já tenha se passado um período de tempo muito grande desde a data da concessão 
da tutela cautelar (no caso concreto narrado pelo enunciado, passaram-se 4 meses), isso não impedirá a 
formulação do pedido principal. 
A alternativa E está incorreta. A falta de contestação por parte do réu irá resultar na aplicação da revelia e 
do seu efeito material, que é a presunção de veracidade dos fatos alegados pelo autor. Isso pode ser visto 
no art. 307 do CPC: “Não sendo contestado o pedido,os fatos alegados pelo autor presumir-se-ão aceitos 
pelo réu como ocorridos, caso em que o juiz decidirá dentro de 5 (cinco) dias”. Esse dispositivo prevê uma 
hipótese específica de revelia aplicável ao procedimento da tutela cautelar requerida em caráter 
antecedente, e pode ocorrer ainda antes da formulação do pedido principal por parte do autor. Inclusive, na 
situação demonstrada no enunciado, aconteceu exatamente isso, pois Rafael foi devidamente citado para 
contestar a tutela requerida por Karina e, mesmo assim, não apresentou sua defesa, razão pela qual o 
magistrado deve aplicar o regramento do art. 307 do CPC e, consequentemente, fazer incidir o efeito 
material da revelia em desfavor de Rafael. 
Promotor 
16. (Instituto Consulplan/MP-SC/Promotor de Justiça Substituto/2024) Sobre tutela de evidência, 
julgue os itens a seguir. 
Pode ser concedida independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil 
do processo, observado os demais requisitos previstos em lei. 
Comentários 
O item está certo. 
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A novidade do CPC/15 foi sistematizar a tutela de evidência e assim chamá-la. 
A doutrina já designava alguns dispositivos do antigo CPC/73 como hipóteses de tutela de evidência (ex: art. 
273, II, CPC/73 – abuso do direito de defesa – reproduzido no art. 311, I, CPC/15), mas faltava uma 
sistematização. 
A tutela de evidência é técnica processual que pretende também redistribuir o ônus que advém do tempo 
para o transcurso do processo. Se a parte já tem um direito patente, evidente, conforme os incisos, não é 
justo que o ônus pela demora processual recaia sobre o autor. 
Assim, a tutela de evidência promove uma sumarização do procedimento, possibilitando à parte que tem 
um direito evidente que já usufrua logo (provisoriamente). 
A tutela de evidência não depende do perigo na demora (perigo de dano ou risco ao resultado útil do 
processo), necessitando apenas a probabilidade do direito, que se caracteriza pela subsunção do caso aos 
incisos (I a IV) do art. 311, CPC. 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo 
de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte; 
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese 
firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; 
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de 
depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação 
de multa; 
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do 
direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável. 
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente. 
Fonte: Estratégia Carreira Jurídica. Promotor de Justiça – MPSC. LDI, aula 21.6. 
17. (Instituto Consulplan/MP-SC/Promotor de Justiça Substituto/2024) É sempre deferida em cognição 
sumaria, possuindo caráter provisória e será substituída pelo provimento definitivo, situação que permite 
sua revogação ou modificação a qualquer momento. 
Comentários 
O item está certo. 
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A novidade do CPC/15 foi sistematizar a tutela de evidência e assim chamá-la. 
A doutrina já designava alguns dispositivos do antigo CPC/73 como hipóteses de tutela de evidência (ex: art. 
273, II, CPC/73 – abuso do direito de defesa – reproduzido no art. 311, I, CPC/15), mas faltava uma 
sistematização. 
A tutela de evidência é técnica processual que pretende também redistribuir o ônus que advém do tempo 
para o transcurso do processo. Se a parte já tem um direito patente, evidente, conforme os incisos, não é 
justo que o ônus pela demora processual recaia sobre o autor. 
Assim, a tutela de evidência promove uma sumarização do procedimento, possibilitando à parte que tem 
um direito evidente que já usufrua logo (provisoriamente). 
A tutela de evidência não depende do perigo na demora (perigo de dano ou risco ao resultado útil do 
processo), necessitando apenas a probabilidade do direito, que se caracteriza pela subsunção do caso aos 
incisos (I a IV) do art. 311, CPC. 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou 
de risco ao resultado útil do processo, quando: 
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte; 
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em 
julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; 
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, 
caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa; 
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, 
a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável. 
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente. 
Tutela provisória é uma decisão fundada em cognição sumária e, por isso, provisória, ou seja, precisa ser 
substituída por outra, precisa ser ratificada, confirmada. 
Nos termos do artigo 296 do Código de Processo Civil: A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência 
do processo, mas pode, a qualquer tempo, ser revogada ou modificada. 
Fontes: 
Ebook. Estratégia Carreira Jurídica. Magistratura Estadual. Direito Processual Civil. Prof. Rodrigo Vaslin. Aula 
11, pág. 4. 
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Estratégia Carreira Jurídica. Promotor de Justiça – MPSC. LDI, aula 21.6. 
18. (Instituto Consulplan/MP-SC/Promotor de Justiça Substituto/2024) Poderá ser concedida em caso 
de alegações de fato comprovável por depoimento testemunhal desde que fundada em tese firmada em 
julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante. 
Comentários 
O item está errado. 
A novidade do CPC/15 foi sistematizar a tutela de evidência e assim chamá-la. 
A doutrina já designava alguns dispositivos do antigo CPC/73 como hipóteses de tutela de evidência (ex: art. 
273, II, CPC/73 – abuso do direito de defesa – reproduzido no art. 311, I, CPC/15), mas faltava uma 
sistematização. 
A tutela de evidência é técnica processual que pretende também redistribuir o ônus que advém do tempo 
para o transcurso do processo. Se a parte já tem um direito patente, evidente, conforme os incisos, não é 
justo que o ônus pela demora processual recaia sobre o autor. 
Assim, a tutela de evidência promove uma sumarização do procedimento, possibilitando à parte que tem 
um direito evidente que já usufrua logo (provisoriamente). 
A tutela de evidência não depende do perigo na demora (perigo de dano ou risco ao resultado útil do 
processo), necessitando apenas a probabilidade do direito, que se caracteriza pela subsunção do caso aos 
incisos (I a IV) do art. 311, CPC. 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou 
de risco ao resultado útil do processo, quando: 
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte; 
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em 
julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; 
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, 
caso em que serádecretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa; 
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, 
a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável. 
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente. 
Tutela provisória é uma decisão fundada em cognição sumária e, por isso, provisória, ou seja, precisa ser 
substituída por outra, precisa ser ratificada, confirmada. 
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Nos termos do artigo 296 do Código de Processo Civil: A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência 
do processo, mas pode, a qualquer tempo, ser revogada ou modificada. 
Nos termos do artigo 311 do Código de Processo Civil: A tutela da evidência será concedida, 
independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
(...) II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em 
julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; 
Fontes: 
Ebook. Estratégia Carreira Jurídica. Magistratura Estadual. Direito Processual Civil. Prof. Rodrigo Vaslin. Aula 
11, pág. 4. 
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19. (VUNESP/MPE-RJ/Promotor de Justiça Substituto/2024) O pronunciamento judicial que 
condicionar a análise de pedido de tutela provisória a qualquer exigência é 
a) irrecorrível. 
b) passível de apelação. 
c) nulo. 
d) agravável. 
e) passível de reclamação. 
Comentários 
A alternativa correta é a letra D. 
A questão exigiu do candidato o conhecimento acerca do Agravo de Instrumento. 
O rol de hipóteses de cabimento do agravo de instrumento vem previsto no artigo 1.015 do Código de 
Processo Civil, segundo qual: 
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: 
I - tutelas provisórias; 
II - mérito do processo; 
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem; 
IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica; 
V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação; 
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VI - exibição ou posse de documento ou coisa; 
VII - exclusão de litisconsorte; 
VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio; 
IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros; 
X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução; 
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1º ; 
XII - (VETADO); 
XIII - outros casos expressamente referidos em lei. 
Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias 
proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de 
execução e no processo de inventário. 
Quando o CPC/15 foi gestado, dizia-se que o rol do art. 1.015 era taxativo. Contudo, no dia 5/12/18, a Corte 
Especial do STJ entendeu (com modulação de efeitos – a partir da publicação do acórdão), por 7x5, que o 
art. 1.015 tem taxatividade mitigada, isto é, é possível interposição do AI quando se discute questões 
urgentes e de difícil reparação, caso não sejam apreciadas quando questionadas. Enfim, admite-se a 
interposição de agravo de instrumento quando verificada a urgência decorrente da inutilidade do julgamento 
da questão no recurso de apelação. 
No julgamento, o STJ resumiu bem as correntes: Inicialmente, é importante destacar as conflitantes posições 
doutrinárias e, aparentemente indissolúveis, divergências jurisprudenciais sobre as quais se pretende pacificar 
o entendimento desta Corte. São elas: 
a) o rol do art. 1.015 do CPC é absolutamente taxativo e deve ser interpretado restritivamente; 
b) o rol do art. 1.015 do CPC é taxativo, mas admite interpretações extensivas ou analógicas; e 
c) o rol do art. 1.015 é exemplificativo, admitindo-se o recurso fora das hipóteses de cabimento previstas no 
dispositivo. 
Nesse sentido, conforme previsto no artigo 1.015, I, do Código de Processo Civil, segundo qual “Cabe agravo 
de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: I - tutelas provisórias”, a alternativa 
correta é a letra D. 
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https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art373%C2%A71
 
 
 
 
 
 
 
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Fonte: Estratégia Carreira Jurídica. LDI – Direito Processual Civil. Ministério Público Estadual. 
20. (MPE-GO/MPE-GO – Promotor de Justiça Substituto/2019) Sobre a tutela provisória, de acordo 
com o Código de Processo Civil, é incorreto afirmar que: 
a) Concedida a tutela antecipada requerida em caráter antecedente, o autor deverá aditar a petição inicial, 
com a complementação de sua argumentação, a juntada de novos documentos e a confirmação do pedido 
de tutela final, em 15 (quinze) dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar. 
b) No procedimento da tutela cautelar requerida em caráter antecedente, o réu será citado para, no prazo 
de 5 (cinco) dias, contestar o pedido e indicar as provas que pretende produzir. 
c) Nem todas as hipóteses da tutela da evidência comportam apreciação liminar pela autoridade judiciária. 
d) O direito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada estabilizada, extingue-se após dois anos, 
contados da concessão da tutela de urgência. 
Comentários 
A alternativa D está incorreta 
Art.304, §5°. O direito de rever reformar ou invalidar tutela antecipada estabilizada , extingue-se 
após 2 anos, contados da ciência da decisão que extinguiu o processo. 
A alternativa A está correta. 
Feito o pedido de tutela antecipada antecedente, há duas hipóteses: 
1ª hipótese: O magistrado pode indeferir a tutela. Nesses casos, aplica-se o art. 303, §6º: 
§ 6o Caso entenda que não há elementos para a concessão de tutela antecipada, o órgão 
jurisdicional determinará a emenda da petição inicial em até 5 (cinco) dias, sob pena de ser 
indeferida e de o processo ser extinto sem resolução de mérito. 
Referida decisão é impugnável por agravo de instrumento (art. 1.015, I). 
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: 
I - tutelas provisórias; 
Caso o autor emende, o processo prossegue conforme procedimento comum. Caso não emende, o processo 
será extinto sem resolução do mérito. 
2ª hipótese (caso da questão): O magistrado pode deferir a tutela. Nesses casos, procede-se conforme art. 
303, §§1º a 5º: 
Art. 303, § 1o Concedida a tutela antecipada a que se refere o caput deste artigo: 
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I - o autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação de sua argumentação, a juntada 
de novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final, em 15 (quinze) dias ou em outro 
prazo maior que o juiz fixar23; 
II - o réu será citado e intimado para a audiência de conciliação ou de mediação na forma do art. 
334; 
III - não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma do art. 335. 
§ 2o Não realizado o aditamento a que se refere o inciso I do § 1o deste artigo, o processo será 
extinto sem resolução do mérito. 
§ 3o O aditamento a que se refere o inciso I do § 1o deste artigo dar-se-á nos mesmos autos, sem 
incidência de novas custas processuais. 
A alternativa B está correta. 
Feito o pedido de tutela cautelar antecedente, há duas hipóteses: 
1ª hipótese: Se houver pedido liminar, o juiz deverá apreciá-lo. 
2ª hipótese (caso da questão): Se não houver pedidoliminar, deverá citar a parte contrária para que, em 5 
(cinco) dias, ofereça contestação. 
Art. 306. O réu será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, contestar o pedido e indicar as 
provas que pretende produzir. 
Se o réu não contestar, será considerado revel, e os fatos alegados pelo autor serão considerados 
verdadeiros (art. 344, CPC). A partir dal, o juiz decidirá em 5 (cinco) dias. 
Art. 307. Não sendo contestado o pedido, os fatos alegados pelo autor presumir-se-ão aceitos 
pelo réu como ocorridos, caso em que o juiz decidirá dentro de 5 (cinco) dias. 
Se o réu contestar, seguirá o procedimento comum, podendo o juiz inclusive intimar novamente o autor para 
réplica. 
 
 
23 Enunciado 581, FPPC. (art. 303, §1º, I; Art. 139, VI) O poder de dilação do prazo, previsto no inciso VI do art. 139 e no inciso I do 
§1º do art. 303, abrange a fixação do termo final para aditar o pedido inicial posteriormente ao prazo para recorrer da tutela 
antecipada antecedente. 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art334
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art334
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art335
 
 
 
 
 
 
 
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Art. 307, Parágrafo único. Contestado o pedido no prazo legal, observar-se-á o procedimento 
comum. 
Enunciado 381, FPPC: (arts. 9º, 350, 351 e 307, parágrafo único) É cabível réplica no 
procedimento de tutela cautelar requerida em caráter antecedente. 
A alternativa C está correta. 
Conforme disposto no art. 311, parágrafo único c/c art. 9º, parágrafo único, II, ambos do CPC, é autorizada 
a decisão liminar (sem ouvir o réu) apenas nos incisos II e III do art. 311. 
Art. 311, II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver 
tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; 
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de 
depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação 
de multa; 
Art. 311, Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente. 
Art. 9o Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida. 
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica: 
II - às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e III; 
21. (MPE-SC/MPE-SC – Promotor de Justiça/2019) Nos termos do Código de Processo Civil, pode 
requerer a tutela de urgência aquele que pretende antecipar um ou alguns dos efeitos que só alcançaria 
com o provimento final, possibilitando que o réu pleiteie a antecipação dos efeitos da tutela, de forma 
incidental, para assegurar direito seu em risco por conduta do autor e objeto de processo judicial, sem 
necessidade de pagamento de custas. 
Comentários 
A assertiva está correta. Tanto o autor quanto o réu podem requerer tutela de urgência e, sendo ela 
pleiteada no curso do processo, independe do pagamento de custas. 
Art. 295. A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do pagamento de custas. 
22. (MPE-SC/MPE-SC – Promotor de Justiça/2019) Nos termos do Código de Processo Civil, no 
procedimento da tutela cautelar requerida em caráter antecedente, o réu será citado para, no prazo de 5 
(cinco) dias, contestar o pedido e indicar as provas que pretende produzir. 
Comentários 
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A assertiva está correta. 
CPC, Art. 306. O réu será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, contestar o pedido e indicar as 
provas que pretende produzir. 
23. (MPE-SP/MPE-SP – Promotor de Justiça/2019) A tutela da evidência será concedida, 
independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo. Poderá 
ser concedida liminarmente quando 
a) ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte. 
b) se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova testemunhal adequada do contrato de depósito, 
caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa. 
c) as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em 
julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante. 
d) a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, 
a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável. 
e) se tratar de pedido possessório fundado em prova documental adequada, caso em que será decretada a 
ordem de reintegração ou manutenção da posse, sob cominação de multa. 
Comentários 
A alternativa C está correta. Conforme disposto no art. 311, parágrafo único c/c art. 9º, parágrafo único, II, 
ambos do CPC, é autorizada a decisão liminar (sem ouvir o réu) nos casos do art. 311, II e III. 
Art. 311, Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente. 
Art. 9o Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida. 
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica: 
II – às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e III. 
A alternativa em comenta reproduz exatamente o inciso II do art. 311. 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo 
de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
II – as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese 
firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; 
A alternativa A está incorreta. 
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Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo 
de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
I – ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da 
parte; 
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente. 
Art. 9o Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida 
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica: 
II – às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e III. 
A alternativa B está incorreta. Houve menção à exigibilidade de prova testemunhal, enquanto que o art. 311, 
III prevê que o pedido reipersecutório deverá estar embasado em prova documental. 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo 
de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
III – se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de 
depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação 
de multa; 
A alternativa D está incorreta. Reproduz o art. 311, IV, CPC, mas referido inciso não pode ser fundamento 
para uma decisão liminar. 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo 
de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
IV – a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do 
direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável. 
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente. 
Art. 9o Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida 
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica: 
II – às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e III. 
A alternativa E está incorreta. Daniel Assumpção até equipara a decisão liminar nasações possessórias à 
tutela de evidência, porquanto não será preciso comprovar o periculum in mora para que o art. 562, CPC 
seja aplicado. 
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Art. 562. Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, sem ouvir o réu, a 
expedição do mandado liminar de manutenção ou de reintegração, caso contrário, determinará 
que o autor justifique previamente o alegado, citando-se o réu para comparecer à audiência que 
for designada. 
Contudo, percebam que o dispositivo não exige que haja apenas por prova documental. 
Aliás, é possível que o magistrado determine audiência de justificação, em que o autor pode produzir, 
inclusive, prova testemunhal. 
Se a petição inicial não traz provas suficientes para justificar a expedição de mandado liminar de 
posse, deve o juiz cumprir o que dispõe a segunda parte do art. 928 do CPC/73 (atual art. 562, 
CPC/15) e determinar a realização de audiência de justificação prévia com o fim de permitir ao 
autor a oportunidade de comprovar suas alegações. 4. Recurso especial conhecido em parte e 
provido. (STJ, REsp 900534/RS, Rel. Min. João Otávio de Noronha, d.j. 01/12/2009). 
24. (CESPE/MPE-RR – Promotor de Justiça/2017) De acordo com expressa previsão do CPC, o fenômeno 
processual denominado estabilização da tutela provisória de urgência aplica-se apenas à tutela 
a) cautelar, requerida em caráter antecedente. 
b) antecipada, incidental ou antecedente. 
c) cautelar, incidental ou antecedente. 
d) antecipada, requerida em caráter antecedente. 
Comentários 
A alternativa correta é a letra D. 
Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial 
pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, 
com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao 
resultado útil do processo. 
Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da decisão 
que a conceder não for interposto o respectivo recurso. 
Defensor 
25. (FUNDEP/DPE-MG – Defensor Público/2019) Sobre tutela provisória, assinale a alternativa 
incorreta. 
A) Sendo carente a parte que requer a tutela de urgência, poderá o juiz dispensar apresentação de caução 
destinada a ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer em virtude da efetivação da medida. 
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B) O autor responde objetivamente pelos danos ocasionados à outra parte decorrentes da antecipação de 
tutela não confirmada em sentença, independentemente de ordem judicial e de pedido específico do 
interessado. 
C) A tutela provisória de urgência antecipada pode ser concedida na sentença e, havendo omissão judicial 
quanto ao prévio requerimento formulado, nada impede que ela seja concedida na decisão que julga os 
embargos declaratórios. 
D) Ao prever a possibilidade de estabilização da tutela antecipada requerida em caráter incidente, o 
legislador brasileiro equiparou as técnicas processuais de cognição sumária e de cognição exauriente. 
Comentários 
A alternativa D está incorreta. 
Primeiro, precisamos saber o que é cognição sumária e exauriente para, depois, verificar a 
correção/incorreção da assertiva. 
A cognição pode ser analisada em duas direções: no sentido horizontal, quando a cognição pode ser plena 
ou parcial; e no sentido vertical, em que a cognição pode ser exauriente, sumária e superficial. 
No plano horizontal (extensão ou amplitude), a cognição tem por limite os elementos objetivos do processo 
(trinômio: questões processuais, condições da ação e mérito). Nesse plano, como ensina Kazuo Watanabe, 
a cognição pode: 
a) ser plena → será plena quando todos os elementos do trinômio que constitui o objeto da cognição 
estiverem submetidos à atividade cognitiva do juiz. Não há limitação do que o juiz possa conhecer. 
Ex1: no procedimento comum, não há restrição de matérias que podem ser ou não apreciadas pelo 
magistrado. 
 b) Limitada → ocorre quando há alguma limitação ao espectro de abrangência da cognição, ou seja, quando 
algum dos elementos do trinômio for eliminado da atividade cognitiva do juiz. O procedimento limita o que 
o juiz pode ou não apreciar. 
Ex1: no procedimento de desapropriação por necessidade ou utilidade pública, regido pelo Decreto-lei n. 
3.365, o juiz só poderá analisar duas coisas: vícios do processo ou preço. Veja o art. 20 desse diploma, “a 
contestação só poderá versar sobre vício do processo judicial ou impugnação do preço; qualquer outra 
questão deverá ser decidida por ação direta”. 
Ex2: nos procedimentos especiais possessórios, não se pode conhecer de questão referente 
ao domínio formulada em defesa pelo réu (art. 1.210, § 2º, do Código Civil e art. 557, NCPC). 
No plano vertical, a cognição pode ser classificada, segundo o grau de sua profundidade, em: 
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a) exauriente (completa) → ocorre quando ao juiz só é lícito emitir seu provimento baseado num juízo de 
certeza. É o que normalmente acontece no processo de conhecimento. 
b) sumária (incompleta) → quando o provimento jurisdicional deve ser prolatado com base num juízo de 
probabilidade, assim como ocorre ao se examinar um pedido de antecipação de tutela. 
Após esses conceitos prévios, a doutrina diferencia as tutelas com base na cognição vertical. 
1) Tutela provisória: gerada pela cognição sumária – juízo de probabilidade. Ocorre em decisões 
interlocutórias e até finais, desde que fundadas em mero juízo de probabilidade, em decorrência da cognição 
sumária desenvolvida pelo juiz. 
2) Tutela definitiva: gerada pela cognição exauriente – juízo de certeza. Há tutela definitiva na prolação de 
sentença, de acórdãos e decisões monocráticas que substituem os acórdãos nos tribunais. 
Entrando na questão, a estabilização de tutela antecipada requerida em caráter antecedente (art. 303 e 304, 
CPC) não equiparou as técnicas processuais de cognição sumária e de cognição exauriente. 
Ora, a tutela que se estabiliza continua a ser provisória, proferida em cognição sumária, num juízo de 
probabilidade e não de certeza. 
Tanto é assim que a estabilização de tutela não se confunde com a coisa julgada material (art. 304, §6º), que 
só pode ser formada por meio de tutela definitiva, proferida em cognição exauriente, num juízo de certeza. 
A alternativa A está correta. 
Art. 300, § 1 o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução 
real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo 
a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la. 
A alternativa B está correta. 
A parte que obteve a concessão da tutela responde objetivamente, em caso de revogação, por quaisquer 
danos decorridos da decisão judicial. É a aplicação da teoria do risco-proveito. Ainda, se houver má-fé do 
requerente, poderá sofrer ainda as sanções por litigância de má-fé (art. 81). 
Assim, não só a execução provisória é obstada, como também a restituição ao status quo ante gera o dever 
de indenizar, se for o caso, a parte contra quem a tutela foi deferida. 
Art. 302. Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo prejuízo 
que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, se: 
I - a sentença lhe for desfavorável; 
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II - obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os meios necessários para 
a citaçãodo requerido no prazo de 5 (cinco) dias; 
III - ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal; 
IV - o juiz acolher a alegação de decadência ou prescrição da pretensão do autor. 
Parágrafo único. A indenização será liquidada nos autos em que a medida tiver sido concedida, 
sempre que possível. 
Art. 520. O cumprimento provisório da sentença impugnada por recurso desprovido de efeito 
suspensivo será realizado da mesma forma que o cumprimento definitivo, sujeitando-se ao 
seguinte regime: 
I - corre por iniciativa e responsabilidade do exequente, que se obriga, se a sentença for 
reformada, a reparar os danos que o executado haja sofrido; 
Diz-se que o dever de indenizar os prejuízos sofridos pela parte contrária é efeito secundário da sentença 
que revoga (ainda que implicitamente) a tutela provisória concedida, devendo o juiz decidir de ofício, por 
se tratar de matéria de ordem pública. 
Não precisará, portanto, de pedido expresso do réu. O juiz poderá fixar a indenização de ofício. Nessa linha, 
pode ser considerado mais uma espécie de pedido implícito. 
Ademais, esses prejuízos serão liquidados nos próprios autos. 
Vejam julgado do STJ em que constam todos esses posicionamentos. 
(...) 2.1. Os danos causados a partir da execução de tutela antecipada (assim também a tutela 
cautelar e a execução provisória) são disciplinados pelo sistema processual vigente à revelia da 
indagação acerca da culpa da parte, ou se esta agiu de má-fé ou não. Basta a existência do dano 
decorrente da pretensão deduzida em juízo para que sejam aplicados os arts. 273, § 3º, 475-O, 
incisos I e II, e 811 do CPC. Cuida-se de responsabilidade objetiva, conforme apregoa, de forma 
remansosa, doutrina e jurisprudência. 
2.2. A obrigação de indenizar o dano causado ao adversário, pela execução de tutela antecipada 
posteriormente revogada, é consequência natural da improcedência do pedido, decorrência ex 
lege da sentença e da inexistência do direito anteriormente acautelado, responsabilidade que 
independe de reconhecimento judicial prévio, OU de pedido do lesado na própria ação ou em 
ação autônoma ou, ainda, de reconvenção, bastando a liquidação dos danos nos próprios 
autos, conforme comando legal previsto nos arts. 475-O, inciso II, c/c art. 273, § 3º, do CPC. 
Precedentes. 
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2.3. A complexidade da causa, que certamente exigia ampla dilação probatória, não exime a 
responsabilidade do autor pelo dano processual. Ao contrário, neste caso a antecipação de tutela 
se evidenciava como providência ainda mais arriscada, circunstância que aconselhava conduta 
de redobrada cautela por parte do autor, com a exata ponderação entre os riscos e a comodidade 
da obtenção antecipada do pedido deduzido. 
3. Recurso especial do Condomínio do Shopping Conjunto Nacional não provido e recurso de 
Mozariém Gomes do Nascimento provido. (REsp 1191262/DF, Rel. Ministro LUIS FELIPE 
SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 25/09/2012, DJe 16/10/2012) 
A alternativa C está correta. 
Se a tutela antecipada pode ser concedida a qualquer momento (art. 273 do CPC), antes mesmo 
da prova e do juízo final favorável à pretensão do autor, nada justifica impedir sua concessão 
depois da instrução e da sentença procedente do pedido, em decisão aos embargos 
declaratórios. REsp 279.251-SP, Rel. Min. Ruy Rosado, julgado em 15/2/2001 (informativo 84). 
26. (CESPE/DPE-AL – Defensor Público/2017) De acordo com o Código de Processo Civil (CPC), é passível 
de estabilização a tutela 
a) cautelar de urgência requerida em caráter antecedente, mediante a negociação expressa entre as partes. 
b) antecipada concedida em caráter antecedente, se da decisão houver interposição de recurso por 
assistente simples e o réu não se manifestar. 
c) cautelar concedida em caráter antecedente, se da decisão não houver interposição de recurso cabível. 
d) antecipada de urgência requerida em caráter antecedente, mediante negociação expressa entre as partes. 
e) provisória concedida em caráter incidental, se da decisão não houver interposição tempestiva de recurso. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta. A tutela cautelar antecedente não estabiliza. Isso ocorre apenas com a tutela 
antecipada antecedente. 
A alternativa B está incorreta. Se houver recurso, a tutela concedida não se estabiliza. 
Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da decisão 
que a conceder não for interposto o respectivo recurso. 
A alternativa C está incorreta. A tutela cautelar antecedente não estabiliza. Isso ocorre apenas com a tutela 
antecipada antecedente. 
A alternativa D está correta. 
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Enunciado 32, FPPC: (art. 304) Além da hipótese prevista no art. 304, é possível a estabilização 
expressamente negociada da tutela antecipada de urgência antecedente. 
A alternativa E está incorreta. A estabilização ocorre apenas com a tutela antecipada antecedente. 
Não ocorre nos pleitos feitos de forma incidental. 
27. (VUNESP/PC-BA – Delegado/2018) As tutelas requeridas ao Poder Judiciário podem ter caráter 
definitivo ou provisório. No que diz respeito à tutela provisória de urgência, é correto afirmar que 
a) a tutela antecipada e a de evidência são suas espécies. 
b) quando requerida em caráter incidental, exige o pagamento de custas. 
c) a sua efetivação observará as normas referentes ao cumprimento definitivo da sentença. 
d) pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia. 
e) quando antecedente, como regra, será requerida ao juiz do foro do domicílio do autor. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta. 
Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência. 
Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em 
caráter antecedente ou incidental. 
A alternativa B está incorreta. 
Art. 295. A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do pagamento de custas. 
A alternativa C está incorreta. 
Art. 297, parágrafo único. A efetivação da tutela provisória observará as normas referentes ao 
cumprimento provisório da sentença, no que couber. 
A alternativa D está correta. 
Art. 300, § 2º A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia. 
A alternativa E está incorreta. 
28. (CEBRASPE/DPE-AC - Defensor Público/2024) No tocante às tutelas provisórias e aos meios para 
sua efetivação de acordo com o Código de Processo Civil (CPC) e a jurisprudência do STI, assinale a opção 
correta. 
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a) Para a concessão da tutela de urgência, o juiz deve exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir 
os danos que a outra parte possa vir a sofrer, sendo vedada a dispensa de caução em qualquer circunstância 
b) O valor das astreintes não pode ser modificado a qualquer tempo pelo órgão julgador, ainda que se mostre 
irrisório o exorbitante, sob pena de ofensa ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada 
c) Embora a parte responda objetivamente pelo prejuízo que a efetivação da tutela de urgência cause à parte 
adversa quando a sentença lhe for desfavorável, a indenização deve ser liquidada em processo específico. 
d) Dadas as dificuldades inerentes ás compras públicas, não é possível a imposição de multa diária a ente 
público a fim de compeli-lo a fornecer medicamento a pessoa desprovida de , recursos financeiros 
e) Nas ações de fornecimento de medicamentos, cabe ao juízo adotar medidas eficazes à efetivação de suas 
decisões podendo, se necessário, determinar até mesmo o sequestro de valores do ente público. 
ComentáriosA alternativa correta é a letra E. 
Tutela provisória é uma decisão fundada em cognição sumária e, por isso, provisória, ou seja, precisa ser 
substituída por outra, precisa ser ratificada, confirmada. Não há coisa julgada. 
O principal objetivo da tutela provisória é distribuir o ônus do tempo no processo. Se o processo demora um 
tempo razoável até que seja concedida a tutela definitiva, é preciso que o peso do tempo seja repartido 
entre as partes, e não somente o demandante arque com ele. 
De acordo com o artigo 294 do Código de Processo Civil “A tutela provisória pode fundamentar-se em 
urgência ou evidência. Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser 
concedida em caráter antecedente ou incidental”. 
A tutela provisória de urgência é cabível tanto em procedimento comum (art. 318, CPC) quanto especial 
(enunciado 42, FPPC). Ainda, é também autorizada no procedimento sumaríssimo (Juizados Especiais - 
Enunciados 26, FONAJE e 418, FPPC e art. 4º, Lei 10.259/01). 
A tutela de urgência (seja antecipada ou cautelar) pode ser veiculada de forma: 
a) incidental: dentro do processo no qual se pede a tutela definitiva (não paga custas – art. 295, CPC); 
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b) antecedente: pede-se antes do pedido da tutela definitiva, no mesmo juízo que será competente para 
conhecer do pedido principal (art. 299). 
O CPC/15, porém, unificou o tratamento, exigindo os mesmos requisitos para ambas: 
a) probabilidade do direito; 
b) perigo da demora (perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo). 
Probabilidade do Direito à O juiz, por meio de indícios e início de prova, verifica a aparência do direito, a 
fumaça do bom direito (fumus boni iuris). O juízo de certeza pertence à tutela definitiva. Aqui, há um juízo 
de probabilidade. 
Perigo da Demora à é necessária a demonstração do perigo de dano que ocorrerá se se aguardar até a tutela 
definitiva. 
Feita essa análise, passemos ao exame das alternativas apresentadas. 
A alternativa A está incorreta. Nos termos do artigo 300, §1º, CPC: Para a concessão da tutela de urgência, 
o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra 
parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não 
puder oferecê-la. 
A alternativa B está incorreta. É possível que o magistrado, a qualquer tempo, e mesmo de ofício, revise o 
valor desproporcional das astreintes. (STJ, EAREsp 650.536/RJ, Rel. Min. Raul Araújo, Corte Especial, por 
maioria, julgado em 07/04/2021) 
A alternativa C está incorreta. Consoante ao artigo 302, parágrafo único, do CPC: A indenização será 
liquidada nos autos em que a medida tiver sido concedida, sempre que possível. 
A alternativa D está incorreta. Conforme jurisprudência do STJ: É possível a imposição de astreintes contra 
a Fazenda Pública para fornecimento de medicamento. (STJ, REsp 1474665/RS, Rel. Ministro BENEDITO 
GONÇALVES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 26/04/2017, DJe 22/06/2017) 
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A alternativa E está correta. Consoante à jurisprudência do STJ firmada em recursos repetitivos: Tratando-
se de fornecimento de medicamentos, cabe ao Juiz adotar medidas eficazes à efetivação de suas decisões, 
podendo, se necessário, determinar até mesmo o sequestro de valores do devedor (bloqueio), segundo o 
seu prudente arbítrio, e sempre com adequada fundamentação. (STJ, tema repetitivo 84) 
Fonte: Estratégia Carreira Jurídica. Livro Digital Interativo- LDI. Defensoria Pública Estadual – Acre. Direito 
Processual Civil, Aula 20. 
Procurador 
29. (VUNESP/PGM-Sorocaba/Procurador/2024) Obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, 
se o requerente não fornecer os meios necessários para a citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias, 
a) independentemente da reparação por dano processual, o requerente responde pelo prejuízo que a 
efetivação da tutela de urgência causar ao requerido. 
b) haverá revogação da liminar concedida, bem como condenação do autor ao pagamento, em dobro, dos 
danos processuais. 
c) o juiz julgará o mérito da tutela final pretendida antecipadamente. 
d) haverá julgamento sem resolução do mérito. 
e) o juiz ordenará a emenda da petição inicial, aplicando pena de litigância de má-fé ao requerente. 
Comentários 
A alternativa correta é a letra A. A questão tratou sobre tutela provisória de urgência. 
Na 4ª fase de desenvolvimento da história do processo civil o instituto da "tutela" ganhou bastante destaque, 
chegando a ser apontado como polo metodológico autônomo do processo civil, sendo estudada ao lado da 
ação, da jurisdição e do processo. 
As tutelas, portanto, podem ser definitivas (baseadas em cognição exauriente) ou provisórias (baseadas em 
cognição não exauriente). 
As tutelas provisórias, por sua vez, se subdividem em tutelas de urgência e tutelas de evidência. 
As tutelas provisórias de urgência se fundam em dois elementos centrais (art. 300 do CPC): (a) probabilidade 
do direito: também chamado de fumus bonis iuris, e; (b) perigo de dano ou risco ao resultado útil do 
processo: também chamado de periculum in mora. 
As tutelas provisórias de urgência podem ser ainda cautelares ou satisfativas. 
No primeiro caso (cautelares), a finalidade é deixar o bem da vida preservado para o fim do processo, no 
segundo caso (satisfativas) a finalidade é antecipar desde logo o objeto pretendido pela parte ou a sua 
fruição. 
Já as tutelas provisórias de evidência dispensam o segundo elemento, isto é, basta que a parte demonstre a 
probabilidade (evidência) do seu direito (art. 311 do CPC). 
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A alternativa A está de acordo com a redação literal do art. 302, II, do CPC: “Art. 302. Independentemente 
da reparação por dano processual, a parte responde pelo prejuízo que a efetivação da tutela de urgência 
causar à parte adversa, se: [...] II - obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os 
meios necessários para a citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias”. 
As alternativas B, C, D e E estão incorretas, pois não há no CPC a previsão de tal efeito como consequência 
da obtenção liminar da tutela em caráter antecedente. 
30. (Fundação Vunesp/PGM - Mugi das Cruzes/Procurador/2024) Acerca da estabilização da tutela 
provisória de urgência antecipada antecedente, assinale a alternativa correta. 
a) A tutela antecipada torna-se estável se da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso 
com efeito suspensivo. 
b) Apenas a parte sucumbente poderá demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou invalidar a 
tutela antecipada estabilizada. 
c) O direito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada extingue-se após 2 (dois) anos, contados da 
data em que foi proferida a decisão que extinguiu o processo. 
d) A decisão que concede a tutela não fará coisa julgada, mas a estabilidade dos respectivos efeitos só será 
afastada por decisão que a revir, reformar ou invalidar, proferida em ação ajuizada por uma das partes. 
e) A tutela antecipada conservará seus efeitos enquanto não revista, reformada ou invalidada por qualquer 
decisão, de mérito ou não, proferida na ação que tenha o intuito de rever, reformar ou invalidar a tutela 
antecipada estabilizada. 
Comentários 
A alternativa correta é a letra D. 
A questão tratou da tutela provisória de urgência antecipada antecedente. 
Na 4ª fase de desenvolvimento da história do processo civil o instituto da "tutela" ganhou bastante destaque, 
chegando a ser apontado como polo metodológico autônomo do processocivil, sendo estudada ao lado da 
ação, da jurisdição e do processo. 
As tutelas, portanto, podem ser definitivas (baseadas em cognição exauriente) ou provisórias (baseadas em 
cognição não exauriente). 
As tutelas provisórias, por sua vez, se subdividem em tutelas de urgência e tutelas de evidência. 
As tutelas provisórias de urgência se fundam em dois elementos centrais (art. 300 do CPC): 
- probabilidade do direito: também chamado de fumus bonis iuris, e; 
- perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo: também chamado de periculum in mora. 
As tutelas provisórias de urgência podem ser ainda cautelares ou satisfativas. 
No primeiro caso (cautelares), a finalidade é deixar o bem da vida preservado para o fim do processo, no 
segundo caso (satisfativas) a finalidade é antecipar desde logo o objeto pretendido pela parte ou a sua 
fruição. 
Já as tutelas provisórias de evidência dispensam o segundo elemento, isto é, basta que a parte demonstre a 
probabilidade (evidência) do seu direito (art. 311 do CPC). 
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Em especial, a tutela provisória de urgência antecipada antecedente se insere no campo das tutelas 
satisfativas, de modo que a alternativa correta da questão está conforme redação expressa do art. 304, §§ 
2º e 6º, do CPC: 
“Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303 , torna-se estável se da decisão que a 
conceder não for interposto o respectivo recurso. [...] § 2º Qualquer das partes poderá demandar a outra 
com o intuito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada estabilizada nos termos do caput . [...] § 6º 
A decisão que concede a tutela não fará coisa julgada, mas a estabilidade dos respectivos efeitos só será 
afastada por decisão que a revir, reformar ou invalidar, proferida em ação ajuizada por uma das partes, nos 
termos do § 2º deste artigo”. 
A alternativa A está incorreta, pois basta a interposição do recurso para impedir a estabilização, não sendo 
necessário o efeito suspensivo, conforme a literalidade do “caput” do art. 304 do CPC. 
Além disso, doutrina e jurisprudência entendem que não apenas o recurso, mas qualquer forma de 
insurgência pelo réu é suficiente de impedir a estabilização (ex.: contestação, pedido de reconsideração, 
pedido de suspensão de liminar pela Fazenda etc.). 
A alternativa B está incorreta, pois não é apenas a parte sucumbente que poderá demandar para rever, 
reformar ou invalidar a tutela estabilizada, mas “qualquer das partes”, conforme o já mencionado art. 304, 
§ 2º, do CPC. 
A alternativa C está incorreta, pois o prazo não é contado da data em que foi proferida a decisão, mas da 
sua ciência, conforme art. 304, § 5º, do CPC: 
“Art. 304 [...] § 5º O direito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada, previsto no § 2º deste artigo, 
extingue-se após 2 (dois) anos, contados da ciência da decisão que extinguiu o processo, nos termos do § 
1º”. 
A alternativa E está incorreta, pois a decisão que revisar, reformar ou invalidar a tutela provisória estabilizada 
será necessariamente de mérito, nos termos do art. 304, § 3º, do CPC: 
“Art. 304 [...] § 3º A tutela antecipada conservará seus efeitos enquanto não revista, reformada ou invalidada 
por decisão de mérito proferida na ação de que trata o § 2º”. 
31. (VUNESP/PGM-Sorocaba/Procurador/2024) Obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, 
se o requerente não fornecer os meios necessários para a citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias, 
a) independentemente da reparação por dano processual, o requerente responde pelo prejuízo que a 
efetivação da tutela de urgência causar ao requerido. 
b) haverá revogação da liminar concedida, bem como condenação do autor ao pagamento, em dobro, dos 
danos processuais. 
c) o juiz julgará o mérito da tutela final pretendida antecipadamente. 
d) haverá julgamento sem resolução do mérito. 
e) o juiz ordenará a emenda da petição inicial, aplicando pena de litigância de má-fé ao requerente. 
Comentários 
A alternativa correta é a letra A. A questão tratou sobre tutela provisória de urgência. 
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Na 4ª fase de desenvolvimento da história do processo civil o instituto da "tutela" ganhou bastante destaque, 
chegando a ser apontado como polo metodológico autônomo do processo civil, sendo estudada ao lado da 
ação, da jurisdição e do processo. 
As tutelas, portanto, podem ser definitivas (baseadas em cognição exauriente) ou provisórias (baseadas em 
cognição não exauriente). 
As tutelas provisórias, por sua vez, se subdividem em tutelas de urgência e tutelas de evidência. 
As tutelas provisórias de urgência se fundam em dois elementos centrais (art. 300 do CPC): (a) probabilidade 
do direito: também chamado de fumus bonis iuris, e; (b) perigo de dano ou risco ao resultado útil do 
processo: também chamado de periculum in mora. 
As tutelas provisórias de urgência podem ser ainda cautelares ou satisfativas. 
No primeiro caso (cautelares), a finalidade é deixar o bem da vida preservado para o fim do processo, no 
segundo caso (satisfativas) a finalidade é antecipar desde logo o objeto pretendido pela parte ou a sua 
fruição. 
Já as tutelas provisórias de evidência dispensam o segundo elemento, isto é, basta que a parte demonstre a 
probabilidade (evidência) do seu direito (art. 311 do CPC). 
A alternativa A está de acordo com a redação literal do art. 302, II, do CPC: “Art. 302. Independentemente 
da reparação por dano processual, a parte responde pelo prejuízo que a efetivação da tutela de urgência 
causar à parte adversa, se: [...] II - obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os 
meios necessários para a citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias”. 
As alternativas B, C, D e E estão incorretas, pois não há no CPC a previsão de tal efeito como consequência 
da obtenção liminar da tutela em caráter antecedente. 
32. (AvançaSP/PGM-Guarulhos/Procurador/2024) A respeito da tutela provisória, é correto afirmar: 
a) a concessão de tutela de urgência "inaudita altera pars" é uma exceção ao princípio da cooperação, que 
prevê o dever de consulta pelo juiz, ouvindo as partes, antes de analisar qualquer questão. 
b) para a concessão da tutela de urgência, não é cabível a exigência de caução, real ou fidejussória, ou 
qualquer espécie de garantia, podendo, porém, ser prevista sua obrigatoriedade por negócio jurídico 
processual. 
c) se a tutela de urgência for revogada haverá uma responsabilidade objetiva do requerente. Logo, o juiz não 
pode conceder de ofício a tutela antecipada. 
d) não é possível antecipar a tutela em ação declaratória e em ação constitutiva, vez que o adiantamento 
resultaria em efeitos práticos decorrentes da declaração ou da constituição. 
e) a ausência de perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão é requisito próprio da tutela antecipada, 
elemento definido no conceito de estabilização da tutela antecipada antecedente. 
Comentários 
A alternativa correta é a letra A. 
A questão trata de temas diversos relativos às tutelas provisórias. 
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A alternativa A está correta. O princípio da cooperação, estabelecido no art. 6º do CPC, é responsável por 
impor diversos às partes, e, também, ao próprio juiz. Os deveres impostos ao juiz são costumeiramente 
divididos em quatro categorias, que são: dever de esclarecimento, dever de prevenção, dever de auxílio e 
dever de consulta. Para responder essa questão, era necessário ter conhecimento do dever de consulta, que 
consiste, basicamente, na obrigatoriedade de o juiz ouvir as partes antes de decidir sobre uma matéria, 
mesmo que ela seja de ordempública. Além de outros dispositivos, esse dever está materializado nos arts. 
9º e 10 do CPC: “Art. 9º Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida. 
Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual 
não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva 
decidir de ofício”. Todavia, apesar de essa ser a regra geral, o inciso I do parágrafo único do art. 9º do CPC 
excepciona essa exigência para a decisão proferida no âmbito da tutela provisória de urgência, de modo que, 
consequentemente, é possível afirmar que ela é uma exceção ao dever de consulta, que é uma das facetas 
do princípio da cooperação. 
A alternativa B está incorreta. Por expressa disposição legal, é possível que o juiz subordine a concessão da 
tutela de urgência ao oferecimento, por parte de quem realizar o requerimento, de uma caução real ou 
fidejussória idônea, que se destina a ressarcir os eventuais danos que a outra parte possa vir a sofrer com a 
implementação da tutela. Essa possibilidade está no §1º do art. 300 do CPC: “Para a concessão da tutela de 
urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que 
a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente 
não puder oferecê-la”. 
Por fim, observe que a parte final do dispositivo legal citado acima expressamente autoriza a dispensa da 
caução na hipótese em que a parte seja comprovadamente hipossuficiente e, em razão disso, não possa 
oferecê-la. Trata-se de uma previsão salutar, que visa impedir que a mera falta de condições financeiras atue 
como um óbice para a obtenção de um provimento jurisdicional favorável àquela parte, que, em muitas 
situações, não pode aguardar o final do processo para ter o seu direito resguardado (como ocorre, por 
exemplo, nas ações que demandam o fornecimento de medicamentos ou a realização de um tratamento 
cirúrgico). 
A alternativa C está incorreta. Apesar de existir uma controvérsia doutrinária a respeito do tema, é possível 
afirmar que a corrente majoritária (Daniel Assumpção, Cássio Scarpinella Bueno e Daniel Mitidiero, por 
exemplo) entende que, em situações excepcionais, ainda que não haja previsão legal, o juiz está autorizado 
a conceder uma tutela provisória de ofício, com base no seu poder geral de cautela (art. 297, CPC). Essas 
hipóteses excepcionais, em suma, seriam aquelas nas quais a não concessão da tutela implicaria no 
perecimento de seu direito. Isso pode ser verificado, por exemplo, no seguinte precedente do STJ: “Não 
contraria o princípio da adstrição o deferimento de medida cautelar que diverge ou ultrapassa os limites do 
pedido formulado pela parte, se entender o magistrado que essa providência milita em favor da eficácia da 
tutela jurisdicional” (AgInt na Pet 15.420, 2022). Além disso, a título de complementação, podemos citar o 
art. 4º da Lei 5.478/1968, que, nas ações de alimentos, autoriza o magistrado a fixar alimentos provisórios 
em favor do autor independentemente de pedido expresso (trata-se, portanto, de uma concessão de tutela 
provisória de ofício). 
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A alternativa D está incorreta. Na verdade, o STJ possui o entendimento de que, mesmo nas ações 
meramente declaratórias ou constitutivas, é possível a antecipação dos efeitos da tutela, desde que estejam 
presentes todos os requisitos legais (notadamente a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao 
resultado útil do processo). A título de exemplo, vejamos o seguinte julgado, proferido ainda na égide do 
CPC anterior: “Consoante a jurisprudência desta Corte Superior, é cabível, em tese, a antecipação dos efeitos 
da tutela em toda ação de conhecimento, seja declaratória, seja constitutiva (negativa ou positiva), 
condenatória ou mandamental, desde que se façam presentes os requisitos do art. 273, CPC” (STJ, AgRg no 
AREsp 521.327, 2015). 
A alternativa E está incorreta. De fato, o CPC estabelece a ausência de perigo de irreversibilidade dos efeitos 
da decisão como um requisito próprio da tutela antecipada, como se vê no §3º do art. 300: “A tutela de 
urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos 
da decisão”. Todavia, a parte final da alternativA está incorreta, porque essa irreversibilidade não possui 
qualquer relação com a estabilização dos efeitos da tutela antecipada. Na verdade, a estabilização consiste 
na perpetuação da tutela antecipada antecedente, que irá vigorar até que seja ajuizada uma eventual ação 
autônoma para rever, reformar ou invalidar a decisão em questão (art. 304, §6º, CPC), enquanto a 
irreversibilidade dos efeitos da decisão consiste em um requisito negativo da tutela antecipada (ou seja, não 
pode estar presente) e que, em suma, impede a concessão da tutela nas hipóteses em que não for permitido 
o futuro retorno das partes ao estado inicial, tendo em vista que, nessa situação, a tutela não seria mais 
provisória, e, sim, definitiva. Além disso, a irreversibilidade se aplica tanto para a tutela antecipada incidental 
quanto para a tutela antecipada antecedente, logo, ela não está definida no conceito de estabilização da 
tutela antecedente. 
Por fim, destacamos que existe um entendimento doutrinário que afirma que o requisito da ausência de 
perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão pode vir a ser afastado se, no caso concreto, ele resultar 
em uma negativa de prestação jurisdicional. Isso está no Enunciado 25 da ENFAM: “A vedação da concessão 
de tutela de urgência cujos efeitos possam ser irreversíveis (art. 300, §3º, do CPC/2015) pode ser afastada 
no caso concreto com base na garantia do acesso à Justiça (art. 5º, XXXV, da CRFB)”. 
33. (IBADE– PGM-Rio Branco – Procurador Municipal – 2023) Leia as assertivas abaixo. 
I – Incumbirá ao juiz dilatar os prazos processuais, porém, será vedado alterar a ordem de produção dos 
meios de prova. 
II – O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do ordenamento jurídico. 
III - O juiz responderá, civil e regressivamente, por perdas e danos quando recusar, omitir ou retardar, sem 
justo motivo, providência que deva ordenar de ofício ou a requerimento da parte. 
IV - Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, porém, justificando as razões pelas quais 
se afastará. 
Estão corretas as assertivas: 
a) I e II 
b) II e IV 
c) I e III 
d) II e III 
e) III e IV 
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Comentários 
A alternativa correta é a letra D. Para resolver a questão, devemos conhecer os poderes, deveres e 
responsabilidades do juiz, previstos no Título IV, Capítulo I, do CPC. 
Em comparação com o art. 125 do CPC/73, o art. 139 do CPC/15 delineou de forma mais clara os poderes do 
juiz, bem como trouxe algumas novidades, a exemplo dos incisos IV, VI, VII e IX do art. 139. Vejamos: 
Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe: 
I - assegurar às partes igualdade de tratamento; 
II - velar pela duração razoável do processo; 
III - prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da justiça e indeferir postulações 
meramente protelatórias; 
IV - determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias 
necessárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que tenham 
por objeto prestação pecuniária; 
V - promover, a qualquer tempo, a autocomposição, preferencialmente com auxílio de 
conciliadores e mediadores judiciais; 
VI - dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova, adequando-
os às necessidadesdo conflito de modo a conferir maior efetividade à tutela do direito; 
VII - exercer o poder de polícia, requisitando, quando necessário, força policial, além da 
segurança interna dos fóruns e tribunais; 
VIII - determinar, a qualquer tempo, o comparecimento pessoal das partes, para inquiri-las sobre 
os fatos da causa, hipótese em que não incidirá a pena de confesso; 
IX - determinar o suprimento de pressupostos processuais e o saneamento de outros vícios 
processuais; 
X - quando se deparar com diversas demandas individuais repetitivas, oficiar o Ministério Público, 
a Defensoria Pública e, na medida do possível, outros legitimados a que se referem o art. 5º da 
Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985 , e o art. 82 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 , 
para, se for o caso, promover a propositura da ação coletiva respectiva. 
Parágrafo único. A dilação de prazos prevista no inciso VI somente pode ser determinada antes 
de encerrado o prazo regular. 
Passemos à análise de cada item. 
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O item I é falso, pois o juiz pode alterar a ordem de produção dos meios de prova visando a eficiência do 
processo, nos termos do art. 139, VI, do CPC: “Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições 
deste Código, incumbindo-lhe: VI - dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de 
prova, adequando-os às necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à tutela do direito;”. 
O item II é verdadeiro, nos termos do art. 140, do CPC, que trata do dever que o juiz tem de decidir, 
enfrentando os pleitos submetidos à apreciação do Poder Judiciário: “Art. 140. O juiz não se exime de decidir 
sob a alegação de lacuna ou obscuridade do ordenamento jurídico.”. 
O item III é verdadeiro, nos termos do art. 143, II, do CPC, tratando da responsabilidade do juiz quando 
praticar ato danoso: “Art. 143. O juiz responderá, civil e regressivamente, por perdas e danos quando: II - 
recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que deva ordenar de ofício ou a requerimento da 
parte.”. 
O item IV é falso, e versa sobre a suspeição do juiz, cujas hipóteses encontram-se previstas nos incisos do art. 
145. Ademais, o juiz não precisa declarar as razões pelas quais se declarou suspeito quando for por motivo 
de foro íntimo, nos termos do art. 145, §1º, do CPC: “Art. 145, § 1º Poderá o juiz declarar-se suspeito por 
motivo de foro íntimo, sem necessidade de declarar suas razões.”. 
34. (CEBRASPE/PGM-Natal/Procurador/2023) Acerca da fazenda pública em juízo, assinale a opção 
correta. 
a) A execução de sentença condenatória contra a fazenda pública deve ser feita em procedimento autônomo, 
citando-se a fazenda pública para a oposição de embargos. 
b) É possível a realização de intimação pessoal da fazenda pública por meio eletrônico. 
c) Conta-se em quádruplo o prazo para a fazenda pública contestar, ao passo que o prazo para recorrer e 
manifestar-se é contado em dobro. 
d) Na hipótese de condenação em embargos de declaração, é exigível o pagamento de multa pela fazenda 
pública como requisito para recorrer. 
e) Fica sujeita à remessa necessária a sentença proferida contra o Estado, desde que baseada em 
entendimento coincidente com orientação vinculante estabelecida no âmbito administrativo do próprio ente 
público e consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa. 
Comentários 
A Fazenda Pública no processo civil é um tema recorrente em provas, tendo em vista que a Fazenda é o maior 
litigante do Poder Judiciário, em que pese os implementos de uma série de mecanismos de autocomposição e 
a própria mudança gradual de postura dos entes públicos, visando reduzir a litigiosidade e aumentar a 
eficiência da defesa dos interesses da Fazenda. 
Assim, alguns temas são tratados na questão e vamos a eles. 
Inicialmente, sobre a execução contra a Fazenda, deve-se fazer a distinção entre execução (tradicional) e 
cumprimento de sentença. 
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Na execução, o título executivo que fundamenta pretensão executória é um daqueles indicados no art. 784 do 
Código de Processo Civil, sendo atacada pelo executado, em regra, por ação autônoma (embargos à execução). 
No cumprimento de sentença, o título executivo que fundamenta a pretensão da parte é um daqueles indicados 
no art. 515 do Código de Processo Civil e a impugnação se dá nos mesmos autos, conforme art. 534 e art. 535 
do Código de Processo Civil. 
Assim, vê-se claramente que a distinção entre título executivo judicial e extrajudicial não é somente 
terminológica, existindo diferenças substanciais entre os procedimentos executivos, especialmente em relação 
à forma de impugnação e natureza dos títulos executivos. 
Em se tratando da comunicação dos atos, a intimação pessoal é uma prerrogativa dos entes públicos e sua 
realização por meio eletrônico é admitida. 
Sobre os prazos diferenciados, a Fazenda Pública sempre que atua em juízo, seja como parte, assistente ou 
interveniente, inclusive em sede de ação monitória, gozará de prazo em dobro, em substituição à previsão de 
prazo em quádruplo prevista no CPC de 1973 (art. 188). 
Entretanto, há uma exceção à regra do prazo em dobro que é quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo 
próprio para o ente público (Exemplo: prazo da contestação na ação popular - 20 dias). 
Feitos os esclarecimento iniciais, vamos à análise das alternativas. 
A alternativa correta da questão é a letra B, que exigiu o conhecimento do art. 246, §§ 1º e 2º, do CPC: 
Art. 246 [...] § 1º As empresas públicas e privadas são obrigadas a manter cadastro nos sistemas 
de processo em autos eletrônicos, para efeito de recebimento de citações e intimações, as quais 
serão efetuadas preferencialmente por esse meio. 
§ 2º O disposto no § 1º aplica-se à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios e às 
entidades da administração indireta. 
A alternativa A está incorreta, pois a Fazenda Pública deve impugnar o cumprimento de sentença nos 
mesmos autos, conforme art. 535 do CPC: 
Art. 535. A Fazenda Pública será intimada na pessoa de seu representante judicial, por carga, 
remessa ou meio eletrônico, para, querendo, no prazo de 30 (trinta) dias e nos próprios autos, 
impugnar a execução, podendo arguir: 
A alternativa C está incorreta, pois a contagem do prazo é em dobro, nos termos do art. 183 do CPC: 
Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e 
fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações 
processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal. 
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A alternativa D está incorreta, pois contraria a redação do art. 1º-A da Lei nº 9.494/1997: 
Art. 1º-A. Estão dispensadas de depósito prévio, para interposição de recurso, as pessoas 
jurídicas de direito público federais, estaduais, distritais e municipais. 
A alternativa E está incorreta, pois ela não está de acordo com o art. 496, § 4º, IV, do CPC: 
Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de 
confirmada pelo tribunal, a sentença: 
[...] 
§ 4º Também não se aplica o disposto neste artigo quando a sentença estiver fundada em: 
[...] 
IV - entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do 
próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa. 
35. (CEBRASPE/PGFN - Procurador/2023) A respeito da tutela provisória, assinale a opção correta. 
a) É vedado, em qualquer das hipóteses previstas pelo legislador,provisória não faz coisa julgada 
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3 - TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA 
Já representamos graficamente como o CPC/15 dispôs a tutela provisória em geral. 
 
Consoante art. 294, caput, a tutela provisória poderá se fundamentar em urgência ou evidência. 
Conforme gráfico acima, a tutela provisória de urgência (antecipada e cautelar), está regulamentada no art. 
300 e seguintes, ao passo que a tutela de evidência se rege pelo art. 311, CPC. 
Vamos por partes! 
Primeiro, abordaremos as Tutelas Provisórias de Urgência (antecipada e cautelar). 
Depois, trataremos da tutela antecipada requerida em caráter antecedente, bem como da tutela cautelar 
requerida em caráter antecedente. 
Por fim, falaremos sobre a Tutela de Evidência. 
3.1 - Cabimento 
A tutela provisória de urgência é cabível tanto em procedimento comum (art. 318, CPC) quanto especial 
(enunciado 42, FPPC). Ainda, é também autorizada no procedimento sumaríssimo (Juizados Especiais - 
Enunciados 26, FONAJE e 418, FPPC e art. 4º, Lei 10.259/01). 
Art. 318. Aplica-se a todas as causas o procedimento comum, salvo disposição em contrário 
deste Código ou de lei. 
Parágrafo único. O procedimento comum aplica-se subsidiariamente aos demais procedimentos 
especiais e ao processo de execução. 
Enunciado 422, FPPC: (art. 311) A tutela de evidência é compatível com os procedimentos 
especiais. 
 Antecipada 
 TUTELA Urgência antecedente ou incidental 
PROVISÓRIA (art. 300ss ) Cautelar 
(art. 294 e ss.) 
 
 Evidência (art. 311) Somente incidental 
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Enunciado 26, Fonaje: São cabíveis a tutela acautelatória e a antecipatória nos Juizados Especiais 
Cíveis. 
Enunciado 418, FPPC: (arts. 294 a 311; Leis 9.099/1995, 10.259/2001 e 12.153/2009). As tutelas 
provisórias de urgência e de evidência são admissíveis no sistema dos Juizados Especiais. 
Art. 4o O Juiz poderá, de ofício ou a requerimento das partes, deferir medidas cautelares no 
curso do processo, para evitar dano de difícil reparação. 
Segundo o enunciado 42, da I JDPC do CJF, é também cabível no incidente de desconsideração da 
personalidade jurídica. 
Enunciado 42, I JDPC do CJF: É cabível a concessão de tutela provisória de urgência em incidente 
de desconsideração da personalidade jurídica. 
Vale dizer, porém, que, em procedimentos especiais, é possível que a lei exija outros requisitos, distintos 
daqueles dos arts. 303, 305 e 311, CPC. 
Ex: ações possessórias 
Art. 560. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação e reintegrado em 
caso de esbulho. 
Art. 561. Incumbe ao autor provar: I - a sua posse; II - a turbação ou o esbulho praticado pelo 
réu; III - a data da turbação ou do esbulho; IV - a continuação da posse, embora turbada, na ação 
de manutenção, ou a perda da posse, na ação de reintegração. 
Art. 562. Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, sem ouvir o réu, a 
expedição do mandado liminar de manutenção ou de reintegração, caso contrário, determinará 
que o autor justifique previamente o alegado, citando-se o réu para comparecer à audiência que 
for designada. 
Art. 565. No litígio coletivo pela posse de imóvel, quando o esbulho ou a turbação afirmado na 
petição inicial houver ocorrido há mais de ano e dia, o juiz, antes de apreciar o pedido de 
concessão da medida liminar, deverá designar audiência de mediação, a realizar-se em até 30 
(trinta) dias, que observará o disposto nos §§ 2o e 4o. 
Enunciado 66, FPPC: (art. 565) A medida liminar referida no art. 565 é hipótese de tutela 
antecipada. 
Última pergunta: E se houver a afetação de um recurso repetitivo e o Tribunal respectivo determinar o 
sobrestamento de todos os processos que tratam daquela matéria. 
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É possível o pleito e concessão da tutela de urgência? 
Sim. 
Enunciado 41, I Jornada CJF: Nos processos sobrestados por força do regime repetitivo, é 
possível a apreciação e a efetivação de tutela provisória de urgência, cuja competência será do 
órgão jurisdicional onde estiverem os autos. 
Assim, se os autos forem sobrestados no juízo de 1º grau, ele deverá analisar o pedido. 
Art. 982, § 2o Durante a suspensão, o pedido de tutela de urgência deverá ser dirigido ao juízo 
onde tramita o processo suspenso. 
3.2 - Forma de Requerimento 
A tutela de urgência (seja antecipada ou cautelar) pode ser veiculada de forma: 
a) incidental: dentro do processo no qual se pede a tutela definitiva (não paga custas – art. 295, CPC); 
b) antecedente: pede-se antes do pedido da tutela definitiva, no mesmo juízo que será competente para 
conhecer do pedido principal (art. 299). 
Já a tutela de evidência só pode ser veiculada de forma incidental, uma vez que a previsão legal do art. 294 
só permite a forma antecedente para a tutela de urgência. 
Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência. Parágrafo único. A 
tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter 
antecedente ou incidental. 
Enunciado 496, FPPC: (art. 294, parágrafo único; art. 300, caput e §2º; art. 311) Preenchidos os 
pressupostos de lei, o requerimento de tutela provisória incidental pode ser formulado a 
qualquer tempo, não se submetendo à preclusão temporal. 
Tomando por base a tutela requerida de forma incidental (a tutela antecedente será tratada 
posteriormente), uma vez formulado o pedido, passamos à decisão do juiz, que verificará a presença dos 
requisitos. 
3.3 - Requisitos 
No que tange à tutela provisória de urgência, seus requisitos são: 
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Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a 
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
a) probabilidade do direito; 
b) perigo da demora (perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo). 
Art. 300. A tutela de urgência (antecipada ou cautelar) será concedida quando houver elementos 
que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do 
processo. 
Numa primeira leitura, pode-se achar que o “perigo de dano” seria da tutela antecipada e o “risco ao 
resultado útil do processo” da tutela cautelar. Contudo, Assumpção destaca que, na verdade, o fundamento 
é o mesmo, qual seja, impossibilidade de espera da decisão definitiva, sob pena de dano ou risco de o 
resultado final se tornar inútil em razão do tempo. 
Assim, tanto tutela antecipada quanto cautelar exigem probabilidade do direito e perigo da demora. 
Enunciado 143, FPPC: (art. 300, caput) A redação do art. 300, caput, superou a distinção entre 
os requisitos da concessão para a tutela cautelar e para a tutela satisfativa de urgência, erigindo 
a probabilidade e o perigo na demora a requisitos comuns para a prestação de ambas as tutelas 
de forma antecipada. 
Probabilidade do Direito → O juiz, por meio de indícios e início de prova, verifica a aparência do direito, a 
fumaça do bom direito (fumus boni iuris). O juízo de certeza pertence à tutela definitiva. Aqui, há um juízo 
de probabilidade. 
Perigo da Demora → é necessária a demonstração do perigo de dano que ocorrerá se se aguardar até a 
tutela definitiva. 
Segundo o saudoso Teori Zavaski4, o perigo de danoo deferimento de tutela de evidência antes 
da manifestação do réu. 
b) A estabilização de tutela antecipada antecedente que imponha obrigação de pagar quantia certa para 
fazenda pública é incompatível com o regime de execução por precatório. 
c) A responsabilidade do autor por prejuízo causado ao réu pela concessão de tutela de urgência que tenha 
sido posteriormente revogada na sentença possui natureza subjetiva. 
d) Caracterizado o abuso do direito de defesa do réu, o magistrado deverá imediatamente deferir a tutela 
da evidência, por meio de julgamento antecipado parcial do mérito. 
e) A concessão de tutela provisória na própria sentença de mérito caracteriza violação do dever de boa fé do 
magistrado. 
Comentários 
A alternativa correta é a letra B. 
A alternativa A está incorreta, porque é possível a tutela de evidência liminarmente nas hipóteses em que a 
pretensão do autor tem base fática demonstrada por prova documental e jurídica lastreada em tese fixada 
em súmula vinculante ou recursos repetitivos, ou, em ações de depósito, o autor fizer prova documental de 
seu direito, tudo conforme art. 9º, parágrafo único II c/c art. 311, II e III, e parágrafo único, ambos do CPC. 
Veja-se o texto dos dispositivos legais em questão: "art. 9º. Não se proferirá decisão contra uma das partes 
sem que ela seja previamente ouvida. Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica: [...] II - às hipóteses 
de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e III.". "Art. 311. A tutela da evidência será concedida, 
independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
[...] II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em 
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julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; III - se tratar de pedido reipersecutório fundado 
em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega 
do objeto custodiado, sob cominação de multa; [...] Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz 
poderá decidir liminarmente.". 
A alternativa B está correta, pois só é possível a expedição de precatório ou RPV após o trânsito em julgado, 
o que não ocorre na tutela antecipada estabilizada. Nesse sentido, o Enunciado 532 do FPPC: "A expedição 
do precatório ou da RPV depende do trânsito em julgado da decisão que rejeita as arguições da Fazenda 
Pública executada.". Esse é o expresso texto do art. 304, §6º, do CPC: "A decisão que concede a tutela não 
fará coisa julgada, mas a estabilidade dos respectivos efeitos só será afastada por decisão que a revir, 
reformar ou invalidar, proferida em ação ajuizada por uma das partes, nos termos do § 2º deste artigo." 
Ainda, cita-se o texto do art. 2º-B, da Lei 9.494/1997: "A sentença que tenha por objeto a liberação de 
recurso, inclusão em folha de pagamento, reclassificação, equiparação, concessão de aumento ou extensão 
de vantagens a servidores da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, inclusive de suas 
autarquias e fundações, somente poderá ser executada após seu trânsito em julgado.". 
A alternativa C está incorreta, pois a responsabilidade do autor que teve sua tutela provisória revogada, em 
indenizar os prejuízos do réu, é objetiva, com base na teoria do risco, conforme art. 302, caput, do CPC: " 
Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo prejuízo que a efetivação da 
tutela de urgência causar à parte adversa [...]". No mesmo sentido, a jurisprudência do STJ: "RECURSO 
ESPECIAL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER. MANUTENÇÃO DO PLANO DE SAÚDE COM O PAGAMENTO DE 
VALORES A MENOR. DEFERIMENTO DA ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA. SENTENÇA DE 
IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. RESPONSABILIDADE PELO PREJUÍZO QUE A 
EFETIVAÇÃO DA TUTELA DE URGÊNCIA CAUSOU À PARTE CONTRÁRIA. RESPONSABILIDADE PROCESSUAL 
OBJETIVA. MORA EX RE. INCIDÊNCIA DOS JUROS DE MORA. VENCIMENTO DE CADA PRESTAÇÃO.[...] 4. 
Entretanto, por força da responsabilidade processual objetiva e da natureza da mora ex re, nos casos em que 
o próprio devedor dá causa à inadimplência relativa, ao obter a efetivação da tutela provisória, deve se 
sujeitar ao pagamento de juros e multa moratória, em razão da posterior cassação da liminar, com retorno 
ao statu quo ante. [...] (REsp n. 1.992.191/RS, relatora Ministra Nancy Andrighi, Terceira Turma, julgado em 
10/5/2022, DJe de 3/6/2022.)". 
A alternativa D está incorreta, pois o julgamento antecipado e parcial do mérito só ocorre nas hipóteses em 
que houver possibilidade de decisão com base em cognição exauriente, conforme o previsto no art. 356, I e 
II do CPC: "O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos formulados ou parcela 
deles: I - mostrar-se incontroverso; II - estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do art. 
355." Logo, a única hipótese de tutela de evidência que se amolda à espécie é a prevista no art. 311, IV, ou 
seja, quando o autor já tiver provado o fato constitutivo de seu direito por documentos e não houver 
necessidade de dilação probatória por ausência de defesa séria capaz de justificar a produção de prova oral 
ou pericial a partir da leitura da defesa do réu. Veja-se o texto legal citado: "[...] a petição inicial for instruída 
com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova 
capaz de gerar dúvida razoável. 
Nos casos de abuso do direito de defesa do réu, por outro lado, há a necessidade de verificação da ocorrência 
do requisito da verossimilhança (plausibilidade das alegações), o que não importa em automática concessão 
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da tutela de evidência, já que está dispensado, apenas, o requisito da urgência. Aqui se trata de providência 
de inversão do ônus da mora do processo, suportado, em regra, pelo autor, sendo hipótese de tutela 
provisória, já que pautada em cognição sumária e superficial. 
36. A alternativa E está incorreta, pois há expressa previsão legal para a concessão da tutela provisória 
na sentença, conforme art. 1.012, §1º, V, do CPC: " Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a 
produzir efeitos imediatamente após a sua publicação a sentença que: [...] V - confirma, concede ou revoga 
tutela provisória." (CESPE/CEBRASPE – PGM-São Paulo – Procurador do Município – 2023) Quanto aos 
tipos de tutela jurisdicional dispostos no CPC, assinale a opção correta. 
a) A concessão da tutela de urgência pode ocorrer tanto de forma liminar quanto após a justificação prévia. 
b) A tutela antecipada, por ter natureza precária, jamais poderá tornar-se estável. 
c) O requerimento de tutela provisória em caráter incidental dependerá do pagamento de custas 
complementares. 
d) A tutela concedida em caráter antecedente perderá a sua eficácia se não for efetivada em até quinze dias. 
e) Não é permitido ao juiz exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir danos que a outra parte 
possa vir a sofrer na concessão da tutela de urgência. 
Comentários 
A alternativa correta é a letra A. 
A tutela provisória baseia-se num juízo de probabilidade, mediante uma cognição sumária do mérito da ação. 
De acordo com o art. 294 do CPC, ela pode ser classificada em tutela de urgência e de evidência. Ainda, a 
tutela de urgência pode ser cautelar ou antecipada, cabendo ser concedida em caráter antecedente ou incidental. 
De acordo com o art. 295 do CPC, não há necessidade de pagamento de custas quando o pedido de tutela de 
urgência se der em caráter incidental. Assim, a alternativa C está incorreta. 
O art. 297 do CPC prevê um poder geral de cautela ao juiz, permitindo que o magistrado determine as medidas 
que consideraradequadas para efetivação da tutela provisória. 
A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o 
perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo, nos termos do art. 300 do CPC, podendo ser concedida 
liminarmente ou após justificação prévia. Por isso, a alternativa A está correta. Ainda, o § 1º do artigo 
supracitado prevê que o juiz pode exigir, para a concessão da tutela, caução real ou fidejussória idônea para 
ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte 
economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la. Logo, a alternativa E está incorreta. 
O art. 302 do CPC prevê a responsabilização da parte pela tutela de urgência concedida: “Independentemente 
da reparação por dano processual, a parte responde pelo prejuízo que a efetivação da tutela de urgência 
causar à parte adversa, se: I - a sentença lhe for desfavorável; II - obtida liminarmente a tutela em caráter 
antecedente, não fornecer os meios necessários para a citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias; III - 
ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal; IV - o juiz acolher a alegação de 
decadência ou prescrição da pretensão do autor.” No parágrafo único do mesmo artigo, o legislador previu 
que a indenização deve ser prioritariamente liquidada nos mesmos autos. 
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A tutela antecipada busca antecipar os efeitos da sentença. Quando a urgência for contemporânea à propositura 
da ação, a tutela pode ser requerida em caráter antecedente. Nesse caso, a petição inicial pode limitar-se ao 
requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do direito 
que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo, nos termos do art. 303 do 
CPC. 
A tutela antecipada concedida em caráter antecedente torna-se estável se da decisão que a conceder não for 
interposto o respectivo recurso, sendo extinto o processo (art. 304, caput e § 1º, CPC). O parágrafo 5º do 
mesmo artigo prevê o seguinte: “O direito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada, previsto no § 
2º deste artigo, extingue-se após 2 (dois) anos, contados da ciência da decisão que extinguiu o processo, nos 
termos do § 1º.” Assim, a alternativa B está incorreta. 
Já a tutela cautelar buscar preservar o objeto da ação, possibilitando a efetivação do direito da parte ao final 
da lide. O art. 305 prevê a possibilidade de concessão da tutela cautelar em caráter antecedente: “A petição 
inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter antecedente indicará a lide e seu 
fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao 
resultado útil do processo.” 
Concedida a medida cautelar em caráter antecedente, a eficácia da tutela cessa se o autor não deduzir o pedido 
principal no prazo legal, se não for efetivada dentro de 30 (trinta) dias, ou se o juiz julgar improcedente o 
pedido principal formulado pelo autor ou extinguir o processo sem resolução de mérito (art. 309, CPC). Por 
consequência, a alternativa D está incorreta. 
A tutela de evidência, diferentemente da tutela de urgência, não necessita de demonstração de perigo de dano 
ou de risco ao resultado útil do processo. O artigo 311 traz as hipóteses de cabimento: 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo 
de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte; 
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese 
firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; 
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de 
depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação 
de multa; 
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do 
direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável. 
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente. 
Assim como a tutela antecipada, a tutela de evidência busca adiantar os efeitos da decisão final. Todavia, ao 
contrário da tutela de urgência, não há possibilidade de concessão da tutela de evidência em caráter 
antecedente. 
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37. (CESPE/PGM – Campo Grande/2019) Em ação de natureza civil, o autor requereu que determinado 
estado da Federação fosse condenado ao fornecimento de medicamento de alto custo. O demandante, de 
forma incidental, fez pedido de tutela provisória antecipada, alegando que o seu direito é certo e que corre 
risco de morte caso não receba o medicamento com brevidade. Todos os fatos alegados pela parte autora 
foram exaustivamente comprovados por documentos idôneos, razão pela qual o juízo concedeu a referida 
tutela antecipada e determinou a intimação do requerido para que cumprisse a decisão. 
Considerando essa situação hipotética, julgue os itens que se seguem, concernentes à tutela provisória. 
O pedido de tutela provisória de urgência de caráter incidental exige que a parte que a requer realize o 
pagamento de custas processuais. 
Comentários 
A alternativa está incorreta. 
Art. 295. A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do pagamento de custas. 
38. (CESPE/PGM – Campo Grande/2019) Caso o Estado da Federação não interponha recurso contra a 
concessão da tutela antecipada, essa decisão se tornará estável, não podendo ser modificada ou revogada 
pelo poder judiciário. 
A alternativa está incorreta. 
A assertiva aborda a estabilização de tutela, instituto novel trazido pelo NCPC. 
a) Não houver recurso interposto pela parte contrária, pelo litisconsorte ou assistente simples; 
b) O autor não manifestar interesse em prosseguir com a demanda, pois ele pode querer a obtenção da coisa 
julgada e não apenas a estabilização. 
Nos casos de concessão de tutela provisória de urgência antecipada, ocorre a estabilização, instituto de 
inspiração francesa (référé) se: 
Não houver recurso interposto pela parte contrária, pelo litisconsorte ou assistente simples24; 
O autor não manifestar interesse em prosseguir com a demanda, pois ele pode querer a obtenção da coisa 
julgada e não apenas a estabilização. 
 
 
24 Enunciado 501, FPPC: (art. 304; art. 121, parágrafo único) A tutela antecipada concedida em caráter antecedente não se 
estabilizará quando for interposto recurso pelo assistente simples, salvo se houver manifestação expressa do réu em sentido 
contrário. 
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Obs1: o artigo 304, caput, diz claramente que, se não houver interposição de recurso (agravo de 
instrumento), a tutela se estabiliza. 
Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da decisão 
que a conceder não for interposto o respectivo recurso. 
Contudo, muitos doutrinadores (Daniel Assumpção, Scarpinella Bueno, Mitidiero, Didier etc.) dizem que 
basta o réu manifestar algum grau de inconformismo (ex: basta contestar, formular pedido de 
reconsideração, suspensão de segurança etc. para impedir a estabilização). 
Foi exatamente este o entendimento do STJ no REsp 1.760.966. 
(...) É de se observar, porém, que, embora o caput do art. 304 do CPC/2015 determine que "a 
tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da decisão que a 
conceder nãofor interposto o respectivo recurso", a leitura que deve ser feita do dispositivo 
legal, tomando como base uma interpretação sistemática e teleológica do instituto, é que a 
estabilização somente ocorrerá se não houver QUALQUER tipo de impugnação pela parte 
contrária, sob pena de se estimular a interposição de agravos de instrumento, 
sobrecarregando desnecessariamente os Tribunais, além do ajuizamento da ação autônoma, 
prevista no art. 304, § 2º, do CPC/2015, a fim de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada 
estabilizada. 
4. Na hipótese dos autos, conquanto não tenha havido a interposição de agravo de instrumento 
contra a decisão que deferiu o pedido de antecipação dos efeitos da tutela requerida em caráter 
antecedente, na forma do art. 303 do CPC/2015, a ré se antecipou e apresentou contestação, 
na qual pleiteou, inclusive, a revogação da tutela provisória concedida, sob o argumento 
de ser impossível o seu cumprimento, razão pela qual não há que se falar em estabilização da 
tutela antecipada, devendo, por isso, o feito prosseguir normalmente até a prolação da 
sentença. (STJ, REsp 1760966/SP, Rel. Min. Marco Aurélio Belizze, d.j. 04/12/2018). 
Pois bem. 
Percebam, porém, que a estabilização da tutela ocorre apenas nos casos de tutela antecipada requerida em 
caráter antecedente. 
E, na questão, o enunciado é bastante claro que a tutela antecipada foi requerida em caráter incidental. 
Ademais, a tutela antecipada requerida de forma antecedente se justifica exatamente pelo fato de a urgência 
ser contemporânea à propositura da ação (art. 303, CPC) e a parte não dispor de todos os documentos 
elucidativos da lide. 
O enunciado da questão, ao revés, deixou claro que a parte autora juntou aos autos todos os documentos 
pertinentes à demanda. 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art303
 
 
 
 
 
 
 
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Portanto, a assertiva n. 55 seria correta somente se o caso abordasse tutela antecipada antecedente, mas 
não foi o caso. 
39. (CESPE/CEBRASPE – PGM-São Paulo – Procurador do Município – 2023) Quanto aos tipos de tutela 
jurisdicional dispostos no CPC, assinale a opção correta. 
a) A concessão da tutela de urgência pode ocorrer tanto de forma liminar quanto após a justificação prévia. 
b) A tutela antecipada, por ter natureza precária, jamais poderá tornar-se estável. 
c) O requerimento de tutela provisória em caráter incidental dependerá do pagamento de custas 
complementares. 
d) A tutela concedida em caráter antecedente perderá a sua eficácia se não for efetivada em até quinze dias. 
e) Não é permitido ao juiz exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir danos que a outra parte 
possa vir a sofrer na concessão da tutela de urgência. 
Comentários 
A alternativa correta é a letra A. 
A tutela provisória baseia-se num juízo de probabilidade, mediante uma cognição sumária do mérito da ação. 
De acordo com o art. 294 do CPC, ela pode ser classificada em tutela de urgência e de evidência. Ainda, a 
tutela de urgência pode ser cautelar ou antecipada, cabendo ser concedida em caráter antecedente ou incidental. 
De acordo com o art. 295 do CPC, não há necessidade de pagamento de custas quando o pedido de tutela de 
urgência se der em caráter incidental. Assim, a alternativa C está incorreta. 
O art. 297 do CPC prevê um poder geral de cautela ao juiz, permitindo que o magistrado determine as medidas 
que considerar adequadas para efetivação da tutela provisória. 
A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o 
perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo, nos termos do art. 300 do CPC, podendo ser concedida 
liminarmente ou após justificação prévia. Por isso, a alternativa A está correta. Ainda, o § 1º do artigo 
supracitado prevê que o juiz pode exigir, para a concessão da tutela, caução real ou fidejussória idônea para 
ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte 
economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la. Logo, a alternativa E está incorreta. 
O art. 302 do CPC prevê a responsabilização da parte pela tutela de urgência concedida: “Independentemente 
da reparação por dano processual, a parte responde pelo prejuízo que a efetivação da tutela de urgência 
causar à parte adversa, se: I - a sentença lhe for desfavorável; II - obtida liminarmente a tutela em caráter 
antecedente, não fornecer os meios necessários para a citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias; III - 
ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal; IV - o juiz acolher a alegação de 
decadência ou prescrição da pretensão do autor.” No parágrafo único do mesmo artigo, o legislador previu 
que a indenização deve ser prioritariamente liquidada nos mesmos autos. 
A tutela antecipada busca antecipar os efeitos da sentença. Quando a urgência for contemporânea à propositura 
da ação, a tutela pode ser requerida em caráter antecedente. Nesse caso, a petição inicial pode limitar-se ao 
requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do direito 
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que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo, nos termos do art. 303 do 
CPC. 
A tutela antecipada concedida em caráter antecedente torna-se estável se da decisão que a conceder não for 
interposto o respectivo recurso, sendo extinto o processo (art. 304, caput e § 1º, CPC). O parágrafo 5º do 
mesmo artigo prevê o seguinte: “O direito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada, previsto no § 
2º deste artigo, extingue-se após 2 (dois) anos, contados da ciência da decisão que extinguiu o processo, nos 
termos do § 1º.” Assim, a alternativa B está incorreta. 
Já a tutela cautelar buscar preservar o objeto da ação, possibilitando a efetivação do direito da parte ao final 
da lide. O art. 305 prevê a possibilidade de concessão da tutela cautelar em caráter antecedente: “A petição 
inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter antecedente indicará a lide e seu 
fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao 
resultado útil do processo.” 
Concedida a medida cautelar em caráter antecedente, a eficácia da tutela cessa se o autor não deduzir o pedido 
principal no prazo legal, se não for efetivada dentro de 30 (trinta) dias, ou se o juiz julgar improcedente o 
pedido principal formulado pelo autor ou extinguir o processo sem resolução de mérito (art. 309, CPC). Por 
consequência, a alternativa D está incorreta. 
A tutela de evidência, diferentemente da tutela de urgência, não necessita de demonstração de perigo de dano 
ou de risco ao resultado útil do processo. O artigo 311 traz as hipóteses de cabimento: 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo 
de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte; 
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese 
firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; 
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de 
depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação 
de multa; 
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do 
direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável. 
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidirliminarmente. 
Assim como a tutela antecipada, a tutela de evidência busca adiantar os efeitos da decisão final. Todavia, ao 
contrário da tutela de urgência, não há possibilidade de concessão da tutela de evidência em caráter 
antecedente. 
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40. (NC-UFPR/PGM – Curitiba/2019) A Emenda Constitucional nº 45 consagrou o direito fundamental 
das partes à razoável duração do processo judicial e administrativo e dos meios que assegurem a 
celeridade de sua tramitação. Também é de se dizer que o artigo 5º, XXXV, da Constituição Federal, quando 
trata do direito de acesso à justiça, apresenta a necessidade de que a proteção jurisdicional seja efetiva. 
Assim, na busca pela razoável duração e celeridade processual, o Código de Processo Civil prevê as tutelas 
provisórias, entre elas as tutelas de urgência, que têm por objetivo assegurar ou proteger o direito da 
parte de uma possível demora na tramitação do processo. A respeito das tutelas provisórias previstas no 
Código de Processo Civil, assinale a alternativa correta. 
a) As tutelas provisórias previstas no Código de Processo Civil têm por objetivo minimizar os efeitos da 
demora no processo, especialmente quando há evidências de que o demandante tem razão em seu pedido, 
mas ainda não existam nos autos elementos suficientes para o julgamento definitivo de procedência. 
b) Segundo o Código de Processo Civil, a tutela provisória de urgência antecipada pode ser concedida em 
caráter antecedente ou incidental, mas a tutela provisória de urgência cautelar não poderá ser apresentada 
em caráter incidental. 
c) O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação da tutela provisória, mas 
a tutela concedida não conservará a sua eficácia nos períodos em que o processo estiver suspenso. 
d) Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se 
ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do 
direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo. Nesse caso, caso 
entenda que não há elementos para a concessão de tutela antecipada, o órgão jurisdicional 
obrigatoriamente indeferirá a petição inicial. 
e) A tutela antecipada antecedente torna-se estável se da decisão que a conceder não for interposto o 
respectivo recurso, caso em que tal decisão estará sujeita aos efeitos da coisa julgada, tornando-se imutável 
e indiscutível. 
Comentários 
A alternativa A está correta. 
A alternativa B está incorreta. 
Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência. 
Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em 
caráter antecedente ou incidental. 
A alternativa C está incorreta. A primeira parte está correta. 
Art. 297. O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação da 
tutela provisória. 
A segunda parte que está equivocada. 
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Art. 296. A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a 
qualquer tempo, ser revogada ou modificada. 
A alternativa D está incorreta. 
Art. 303, § 6º Caso entenda que não há elementos para a concessão de tutela antecipada, o órgão 
jurisdicional determinará a emenda da petição inicial em até 5 (cinco) dias, sob pena de ser 
indeferida e de o processo ser extinto sem resolução de mérito. 
A alternativa E está incorreta. Não há coisa julgada material. 
Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da decisão 
que a conceder não for interposto o respectivo recurso. 
§ 6º A decisão que concede a tutela não fará coisa julgada, mas a estabilidade dos respectivos 
efeitos só será afastada por decisão que a revir, reformar ou invalidar, proferida em ação ajuizada 
por uma das partes, nos termos do § 2º deste artigo. 
41. (Cespe/PGE-PE – Procurador do Estado/2018) A respeito da aplicação da tutela de urgência, 
assinale a opção correta. 
a) Poderá ser deferida e efetivada contra o poder público antes do trânsito em julgado do processo. 
b) Cassada em sentença, somente poderá ser restabelecida mediante o deferimento de pedido nesse sentido 
constante no respectivo recurso. 
c) Será concedida sempre que caracterizado o manifesto propósito protelatório da parte adversa ou o abuso 
do direito de defesa, independentemente de demonstração de perigo de dano. 
d) Não poderá ser concedida nos processos sobrestados por força do regime repetitivo. 
e) Não poderá ser concedida em incidente de desconsideração da personalidade jurídica. 
Comentários 
A questão estava quase toda nos enunciados da I Jornada de Direito Processual Civil do Conselho da Justiça 
Federal: 
A alternativa A está correta. 
Enunciado 38. As medidas adequadas para efetivação da tutela provisória independem do 
trânsito em julgado, inclusive contra o Poder Público (art. 297 do CPC). 
A alternativa B está incorreta. 
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Enunciado 39. Cassada ou modificada a tutela de urgência na sentença, a parte poderá, além de 
interpor recurso, pleitear o respectivo restabelecimento na instância superior, na petição de 
recurso ou em via autônoma. 
A alternativa C está incorreta. 
Item se refere à uma das hipóteses de tutela de evidência e não urgência. No mais, acerta em dizer que 
independe de perigo de dano. 
A alternativa D está incorreta. 
Enunciado 41. Nos processos sobrestados por força do regime repetitivo, é possível a apreciação 
e a efetivação de tutela provisória de urgência, cuja competência será do órgão jurisdicional 
onde estiverem os autos. 
A alternativa E está incorreta. 
Enunciado 42. É cabível a concessão de tutela provisória de urgência em incidente de 
desconsideração da personalidade jurídica. 
42. (CESPE/PGE-AM – Procurador do Estado/2016) Acerca de tutela provisória, cumprimento de 
sentença e processos nos tribunais, julgue o item a seguir. 
A tutela provisória antecipada poderá ser concedida em caráter antecedente, liminarmente e 
incidentalmente a qualquer tempo, ao passo que a tutela provisória cautelar só poderá ser concedida em 
caráter antecedente. 
Comentários 
A alternativa está incorreta. 
Parte superior do formulário 
Parte inferior do formulário 
Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência. 
Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em 
caráter antecedente ou incidental. 
43. (CESPE/Procurador do Município – BH/2017) A respeito da tutela provisória, assinale a opção 
correta. 
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a) Em caso de tutela provisória antecipada requerida em caráter antecedente, as despesas processuais de 
preparo serão comprovadas quando do aditamento do pedido de tutela definitiva, momento em que a parte 
deverá indicar o valor atribuído à causa. 
b) Estando o processo no tribunal para julgamento de recurso, a competência para analisar pedido de tutela 
provisória será do juízo que tiver julgado originariamente a causa. 
c) O juiz poderá exigir, para a concessão de liminar de tutela provisória de urgência, a prestação de caução a 
ser garantida pelo requerente, salvo no caso de hipossuficiência econômica, situação em que tal garantia 
poderá ser dispensada. 
d) Concedida a tutela provisória antecipada em caráter antecedente, caso o autor não promova o aditamento 
da petição inicial com o pedido de confirmação de tuteladefinitiva dentro do prazo legal, o processo será 
extinto sem resolução de mérito, e a liminar será revogada. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta. 
Preparo só exigível quando se tratar de recurso e o valor da causa deverá ser indicado na petiçao inicial e 
não no aditamento. 
Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial 
pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, 
com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao 
resultado útil do processo. 
§ 4o Na petição inicial a que se refere o caput deste artigo, o autor terá de indicar o valor da 
causa, que deve levar em consideração o pedido de tutela final. 
 
A alternativa B está incorreta. 
Art. 299. A tutela provisória será requerida ao juízo da causa e, quando antecedente, ao juízo 
competente para conhecer do pedido principal. 
Parágrafo único. Ressalvada disposição especial, na ação de competência originária de tribunal e 
nos recursos a tutela provisória será requerida ao órgão jurisdicional competente para apreciar 
o mérito. 
 A alternativa C está correta. 
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a 
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
§ 1o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou 
fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução 
ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la. 
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 A alternativa D está incorreta. 
Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial 
pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, 
com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao 
resultado útil do processo. 
§ 1o Concedida a tutela antecipada a que se refere o caput deste artigo: 
I - o autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação de sua argumentação, a 
juntada de novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final, em 15 (quinze) dias 
ou em outro prazo maior que o juiz fixar; 
§ 2o Não realizado o aditamento a que se refere o inciso I do § 1o deste artigo, o processo será 
extinto sem resolução do mérito. 
§ 3o O aditamento a que se refere o inciso I do § 1o deste artigo dar-se-á nos mesmos 
autos, sem incidência de novas custas processuais. 
O erro do último item consiste em dizer que a liminar seria revogada. Na verdade, apesar da extinção do 
processo sem resolução de mérito, não haverá revogação da liminar, ocorrendo a estabilização da tutela 
antecipada requerida em caráter antecedente, nos termos do art. 304 do CPC. 
 Veja-se, a propósito, o artigo em comento: 
Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da decisão 
que a conceder não for interposto o respectivo recurso. 
§ 1o No caso previsto no caput, o processo será extinto. 
44. (CESPE/PGM - Manaus/2018) À luz das disposições do CPC relativas aos atos processuais, julgue o 
item subsequente. 
Para a concessão da tutela de evidência, o juiz deverá verificar, além da probabilidade de direito, o perigo 
de dano ou de risco ao resultado útil do processo. 
Comentários 
A alternativa está incorreta. 
A tutela de evidência necessita da probabilidade do direito, mas independe do perigo de dano na demora. 
Art. 311 do CPC. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de 
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
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45. (CESPE/Procurador do Município – Fortaleza/2017) Julgue o item seguinte, com base no que dispõe 
o CPC sobre atos processuais, deveres das partes e dos procuradores e tutela provisória. 
Com a consagração do modelo sincrético de processo, as tutelas provisórias de urgência e da evidência 
somente podem ser requeridas no curso do procedimento em que se pleiteia a providência principal. 
Comentários 
A alternativa está incorreta. 
A tutela provisória de urgência pode ser requerida de forma incidental ou antecedente. 
Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência. 
Parágrafo único A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em 
caráter antecedente ou incidental. 
Já a tutela de evidência só é cabível de forma incidental. 
46. (Cespe/Procurador do Município – Fortaleza/2017) No que tange à fazenda pública em juízo, julgue 
o item subsecutivo. 
Se, antes do trânsito em julgado, ocorrer a estabilização da tutela antecipada requerida contra a fazenda 
pública, decorrente da não interposição de recurso pelo ente público, será possível a imediata expedição de 
precatório. 
Comentários 
A alternativa está incorreta. 
É possível a estabilização da tutela contra o Poder Público. 
Contudo, o trânsito em julgado da decisão é necessário para a expedição de precatório: 
Enunciado 532 do FPPC - A expedição do precatório ou da RPV depende do trânsito em julgado 
da decisão que rejeita as arguições da Fazenda Pública executada. 
47. (CESPE/DPDF – Defensor Público/2019) Ao contrário da tutela de urgência, a tutela de evidência 
independe da demonstração de perigo de demora na prestação jurisdicional. 
Comentários 
A alternativa está correta. 
A tutela de urgência exige o preenchimento dos requisitos: 
a) probabilidade de direito (fumus boni iuris); 
b) perigo de dano na demora (periculum in mora) 
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Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a 
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
Por outro lado, a tutela de evidência não depende do perigo na demora (perigo de dano ou risco ao resultado 
útil do processo), necessitando apenas a probabilidade do direito, que se caracteriza pela subsunção do caso 
aos incisos (I a IV) do art. 311, CPC. 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo 
de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
Portanto, a alternativa está correta. 
Art. 299. A tutela provisória será requerida ao juízo da causa e, quando antecedente, ao juízo 
competente para conhecer do pedido principal. 
48. (AvançaSP/PGM-Guarulhos/Procurador/2024) A respeito da tutela provisória, é correto afirmar: 
a) a concessão de tutela de urgência "inaudita altera pars" é uma exceção ao princípio da cooperação, que 
prevê o dever de consulta pelo juiz, ouvindo as partes, antes de analisar qualquer questão. 
b) para a concessão da tutela de urgência, não é cabível a exigência de caução, real ou fidejussória, ou 
qualquer espécie de garantia, podendo, porém, ser prevista sua obrigatoriedade por negócio jurídico 
processual. 
c) se a tutela de urgência for revogada haverá uma responsabilidade objetiva do requerente. Logo, o juiz não 
pode conceder de ofício a tutela antecipada. 
d) não é possível antecipar a tutela em ação declaratória e em ação constitutiva, vez que o adiantamento 
resultaria em efeitos práticos decorrentes da declaração ou da constituição. 
e) a ausência de perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão é requisito próprio da tutela antecipada, 
elemento definido no conceito de estabilização da tutela antecipada antecedente. 
Comentários 
A alternativa correta é a letra A. 
A questão trata de temas diversos relativos às tutelas provisórias. 
A alternativa Aestá correta. O princípio da cooperação, estabelecido no art. 6º do CPC, é responsável por 
impor diversos às partes, e, também, ao próprio juiz. Os deveres impostos ao juiz são costumeiramente 
divididos em quatro categorias, que são: dever de esclarecimento, dever de prevenção, dever de auxílio e 
dever de consulta. Para responder essa questão, era necessário ter conhecimento do dever de consulta, que 
consiste, basicamente, na obrigatoriedade de o juiz ouvir as partes antes de decidir sobre uma matéria, 
mesmo que ela seja de ordem pública. Além de outros dispositivos, esse dever está materializado nos arts. 
9º e 10 do CPC: “Art. 9º Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida. 
Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual 
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não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva 
decidir de ofício”. Todavia, apesar de essa ser a regra geral, o inciso I do parágrafo único do art. 9º do CPC 
excepciona essa exigência para a decisão proferida no âmbito da tutela provisória de urgência, de modo que, 
consequentemente, é possível afirmar que ela é uma exceção ao dever de consulta, que é uma das facetas 
do princípio da cooperação. 
A alternativa B está incorreta. Por expressa disposição legal, é possível que o juiz subordine a concessão da 
tutela de urgência ao oferecimento, por parte de quem realizar o requerimento, de uma caução real ou 
fidejussória idônea, que se destina a ressarcir os eventuais danos que a outra parte possa vir a sofrer com a 
implementação da tutela. Essa possibilidade está no §1º do art. 300 do CPC: “Para a concessão da tutela de 
urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que 
a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente 
não puder oferecê-la”. 
Por fim, observe que a parte final do dispositivo legal citado acima expressamente autoriza a dispensa da 
caução na hipótese em que a parte seja comprovadamente hipossuficiente e, em razão disso, não possa 
oferecê-la. Trata-se de uma previsão salutar, que visa impedir que a mera falta de condições financeiras atue 
como um óbice para a obtenção de um provimento jurisdicional favorável àquela parte, que, em muitas 
situações, não pode aguardar o final do processo para ter o seu direito resguardado (como ocorre, por 
exemplo, nas ações que demandam o fornecimento de medicamentos ou a realização de um tratamento 
cirúrgico). 
A alternativa C está incorreta. Apesar de existir uma controvérsia doutrinária a respeito do tema, é possível 
afirmar que a corrente majoritária (Daniel Assumpção, Cássio Scarpinella Bueno e Daniel Mitidiero, por 
exemplo) entende que, em situações excepcionais, ainda que não haja previsão legal, o juiz está autorizado 
a conceder uma tutela provisória de ofício, com base no seu poder geral de cautela (art. 297, CPC). Essas 
hipóteses excepcionais, em suma, seriam aquelas nas quais a não concessão da tutela implicaria no 
perecimento de seu direito. Isso pode ser verificado, por exemplo, no seguinte precedente do STJ: “Não 
contraria o princípio da adstrição o deferimento de medida cautelar que diverge ou ultrapassa os limites do 
pedido formulado pela parte, se entender o magistrado que essa providência milita em favor da eficácia da 
tutela jurisdicional” (AgInt na Pet 15.420, 2022). Além disso, a título de complementação, podemos citar o 
art. 4º da Lei 5.478/1968, que, nas ações de alimentos, autoriza o magistrado a fixar alimentos provisórios 
em favor do autor independentemente de pedido expresso (trata-se, portanto, de uma concessão de tutela 
provisória de ofício). 
A alternativa D está incorreta. Na verdade, o STJ possui o entendimento de que, mesmo nas ações 
meramente declaratórias ou constitutivas, é possível a antecipação dos efeitos da tutela, desde que estejam 
presentes todos os requisitos legais (notadamente a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao 
resultado útil do processo). A título de exemplo, vejamos o seguinte julgado, proferido ainda na égide do 
CPC anterior: “Consoante a jurisprudência desta Corte Superior, é cabível, em tese, a antecipação dos efeitos 
da tutela em toda ação de conhecimento, seja declaratória, seja constitutiva (negativa ou positiva), 
condenatória ou mandamental, desde que se façam presentes os requisitos do art. 273, CPC” (STJ, AgRg no 
AREsp 521.327, 2015). 
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A alternativa E está incorreta. De fato, o CPC estabelece a ausência de perigo de irreversibilidade dos efeitos 
da decisão como um requisito próprio da tutela antecipada, como se vê no §3º do art. 300: “A tutela de 
urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos 
da decisão”. Todavia, a parte final da alternativA está incorreta, porque essa irreversibilidade não possui 
qualquer relação com a estabilização dos efeitos da tutela antecipada. Na verdade, a estabilização consiste 
na perpetuação da tutela antecipada antecedente, que irá vigorar até que seja ajuizada uma eventual ação 
autônoma para rever, reformar ou invalidar a decisão em questão (art. 304, §6º, CPC), enquanto a 
irreversibilidade dos efeitos da decisão consiste em um requisito negativo da tutela antecipada (ou seja, não 
pode estar presente) e que, em suma, impede a concessão da tutela nas hipóteses em que não for permitido 
o futuro retorno das partes ao estado inicial, tendo em vista que, nessa situação, a tutela não seria mais 
provisória, e, sim, definitiva. Além disso, a irreversibilidade se aplica tanto para a tutela antecipada incidental 
quanto para a tutela antecipada antecedente, logo, ela não está definida no conceito de estabilização da 
tutela antecedente. 
Por fim, destacamos que existe um entendimento doutrinário que afirma que o requisito da ausência de 
perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão pode vir a ser afastado se, no caso concreto, ele resultar 
em uma negativa de prestação jurisdicional. Isso está no Enunciado 25 da ENFAM: “A vedação da concessão 
de tutela de urgência cujos efeitos possam ser irreversíveis (art. 300, §3º, do CPC/2015) pode ser afastada 
no caso concreto com base na garantia do acesso à Justiça (art. 5º, XXXV, da CRFB)”. 
Delegado 
49. (CESPE/PC-MA – Delegado/2018) Julgue os itens a seguir, a respeito do procedimento da tutela 
antecipada requerida em caráter antecedente. 
 Concedida a tutela antecipada, o autor deverá aditar a petição inicial com a complementação de 
argumentação e confirmação do pedido de tutela final e, se for o caso, com a juntada de novos documentos. 
II O aditamento da petição inicial deverá ocorrer nos mesmos autos, no prazo de quinze dias, mediante o 
pagamento de novas custas processuais. 
III O processo será extinto sem resolução do mérito quando não for realizado o aditamento à petição inicial. 
Assinale a opção correta. 
a) Apenas o item I está certo. 
b) Apenas o item II está certo. 
c) Apenas os itens I e III estão certos. 
d) Apenas os itens II e III estão certos. 
e) Todos os itens estão certos. 
Comentários 
O item I está correto. 
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Art. 303 § 1o Concedida a tutela antecipada a que se refere o caput deste artigo: 
I - o autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação de sua argumentação, a 
juntada de novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final, em 15 (quinze) dias 
ou em outro prazo maior que o juiz fixar;O item II está incorreto. 
Art. 303: § 3o O aditamento a que se refere o inciso I do § 1o deste artigo dar-se-á nos mesmos 
autos, sem incidência de novas custas processuais. 
O item III está correto. 
Art. 303 § 2o Não realizado o aditamento a que se refere o inciso I do § 1o deste artigo, o 
processo será extinto sem resolução do mérito. 
Outros 
50. (CESPE/TCE-PA – Auditor de Controle Externo/2016) No que se refere à formação, extinção e 
suspensão do processo bem como à tutela provisória, julgue o item que se segue. 
A tutela provisória requerida pela parte em caráter incidental depende de pagamento de custas. 
Comentários 
A alternativa está incorreta. 
Art. 295, CPC. A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do pagamento de 
custas. 
Na antecedente, há custas (§ 3º, art. 303). 
Art. 303, § 3o O aditamento a que se refere o inciso I do § 1o deste artigo dar-se-á nos mesmos 
autos, sem incidência de novas custas processuais. 
51. (CESPE/TCE-PA – Auditor de Controle Externo/2016) Julgue o item a seguir, referentes à tutela 
provisória e aos meios de impugnação das decisões judiciais conforme o novo Código de Processo Civil. 
A denominada tutela provisória não pode ter natureza satisfativa, uma vez que essa modalidade de tutela 
jurisdicional se presta unicamente a assegurar a futura eficácia de tutela definitiva, resguardando direito a 
ser satisfeito. 
Comentários 
A alternativa está incorreta. 
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A tutela provisória se divide em: 
a) Tutela de Urgência (cautelar e antecipada); 
b) Tutela de Evidência 
Sobre as tutelas de urgência, vimos que pode haver tutela cautelar ou antecipada (esta também conhecida 
como satisfativa). 
A descrição da questão (tutela jurisdicional se presta unicamente a assegurar a futura eficácia de tutela 
definitiva, resguardando direito a ser satisfeito) é a descrição da tutela cautelar. 
Já a tutela de urgência antecipada (satisfativa) se destina a antecipar os efeitos da decisão final. 
52. (CESPE/TCE-RJ - Assessor/2015) No que diz respeito às normas processuais, à função jurisdicional, 
à petição inicial e ao tempo e lugar dos atos processuais, conforme o Novo Código de Processo Civil, julgue 
o item que se segue. 
Com o objetivo de garantir valores fundamentais estabelecidos na Constituição Federal de 1988, é vedado 
ao juiz conceder tutela provisória de urgência contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida. 
Comentários 
A alternativa está incorreta. 
A regra é que todas as decisões somente serão proferidas depois de ouvidos os sujeitos envolvidos, em 
contraditório (art. 9º, do NCPC). 
 Ocorre que o parágrafo único excepciona algumas hipóteses. Dentre elas, a tutela provisória de urgência. 
Art. 9º Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida. 
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica: 
I - à tutela provisória de urgência; 
II - às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e 
III; 
III - à decisão prevista no art. 701. 
53. (Cespe/TCE-PR - Auditor/2016) Com relação à tutela provisória, assinale a opção correta. 
a) Requerida após o protocolo da petição inicial, embora processada nos mesmos autos do pedido principal, 
a tutela provisória dependerá do pagamento de custas. 
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b) Diferentemente do que ocorre com a medida cautelar, as regras de competência para a concessão 
antecipada da tutela provisória são mitigadas. 
c) Preenchidos os requisitos de probabilidade do direito alegado e comprovado o perigo na demora da 
prestação jurisdicional, é vedado ao juiz exigir caução para a concessão. 
d) Por ser a tutela provisória regra de exceção revestida de provisoriedade, os meios de sua concretização 
são elencados taxativamente no CPC. 
e) Poderá o juiz suspender a eficácia da tutela provisória concedida durante período de suspensão do 
processo. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta. 
Parte inferior do formulário 
Art. 295 - A tutela provisória requerida em caráter incidental (dentro do processo), independe 
do pagamento de custas. 
A alternativa B está incorreta. 
Art. 299 - A tutela provisória será requerida ao juízo da causa (quando incidental) e, quando 
antecedente (antes da propositura da ação), ao juízo competente para conhecer do pedido 
principal. 
A alternativa C está incorreta. 
Art. 300 - A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a 
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
Parágrafo 1º - Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, exigir caução (...), podendo 
esta ser dispensada se a parte econimicamente hipossuficiente não puder oferecê-la. 
A alternativa D está incorreta. 
Art. 297 - O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para a efeitvação da 
tutela provisória (poder geral de cautela). 
A alternativa E está correta. 
Art. 296 - A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo (...) 
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Parágrafo único - Salvo decisão judicial em contrário (exceção), a tutela provisória conservará 
sua eficácia durante o período de suspensão do processo (regra). 
54. (Cespe/SEDF - Analista/2017) Acerca do Ministério Público e da tutela de urgência, julgue o 
próximo item. 
Concedida e efetivada a tutela provisória de urgência antecipada em caráter antecedente, se o réu não 
interpuser recurso contra essa decisão, a tutela concedida se estabilizará mesmo que o processo seja extinto 
sem resolução de mérito. Todavia, essa decisão poderá ser revista, reformada ou invalidada a pedido da 
parte interessada no prazo de dois anos, contados da ciência da decisão que extinguir o processo. 
Comentários 
A alternativa está correta. 
Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da decisão 
que a conceder não for interposto o respectivo recurso. 
§ 1o No caso previsto no caput, o processo será extinto. 
§ 2o Qualquer das partes poderá demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou invalidar 
a tutela antecipada estabilizada nos termos do caput. 
§ 3o A tutela antecipada conservará seus efeitos enquanto não revista, reformada ou invalidada 
por decisão de mérito proferida na ação de que trata o § 2o. 
§ 4o Qualquer das partes poderá requerer o desarquivamento dos autos em que foi concedida a 
medida, para instruir a petição inicial da ação a que se refere o § 2o, prevento o juízo em que a 
tutela antecipada foi concedida. 
§ 5o O direito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada, previsto no § 2o deste artigo, 
extingue-se após 2 (dois) anos, contados da ciência da decisão que extinguiu o processo, nos 
termos do § 1o. 
55. (CESPE/TRF1 – Analista/2017) A respeito da petição inicial, da tutela provisória, da suspensão do 
processo e das nulidades, julgue o próximo item à luz do Código de Processo Civil vigente. 
Para a concessão da tutela de evidência, é exigido que a parte demonstre o perigo de dano ao direito alegado. 
Comentários 
A alternativa está incorreta. 
Art. 311 do CPC. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de 
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art303
 
 
 
 
 
 
 
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56. (CESPE/FUNPRESP-JUD - Analista/2016) Acerca dos processosnos tribunais e dos meios de 
impugnação das decisões judiciais, julgue o item subsequente. 
Admitido o incidente de resolução de demandas repetitivas, o relator deverá suspender os processos 
pendentes e, durante esse período, será o responsável por analisar os pedidos de tutela de urgência. 
Comentários 
A alternativa está incorreta. 
Art. 982. § 2º Durante a suspensão, o pedido de tutela de urgência deverá ser dirigido ao juízo 
onde tramita o processo suspenso. 
Assim, se os autos forem sobrestados no juízo de 1º grau, ele deverá analisar o pedido. 
Enunciado 41, I Jornada CJF: Nos processos sobrestados por força do regime repetitivo, é 
possível a apreciação e a efetivação de tutela provisória de urgência, cuja competência será do 
órgão jurisdicional onde estiverem os autos. 
LISTA DE QUESTÕES 
Magistratura 
1. (FGV/TRF 3/Juiz Federal/2025) Assinale a alternativa correta: 
a) A tutela da evidência será concedida quando houver súmula de tribunal regional federal a respeito da 
matéria. 
b) A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito 
ou o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
c) A tutela provisória será requerida ao juiz da causa e, quando antecedente, a qualquer juízo. 
d) A parte não responde pelo prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, salvo 
em hipótese de má-fé. 
e) A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia. 
2. (FGV/TJ-SC/Juiz Substituto/2024) Em uma ação sob procedimento comum, a tutela provisória foi 
indeferida no início da demanda, mas veio a ser concedida na sentença de primeiro grau, que julgou 
procedentes os pedidos formulados na petição inicial. Contra a sentença, o réu interpôs o recurso de 
apelação cível. 
Considerando o cenário e a necessidade de suspensão dos efeitos da sentença até o julgamento da apelação 
cível, apenas no que se refere ao capítulo objeto da tutela provisória, é correto afirmar que: 
a) a instauração do cumprimento provisório da sentença pelo réu é pressuposto para o autor requerer o 
efeito suspensivo à apelação cível, pois a tutela provisória não produz efeitos imediatos após a publicação 
da sentença; 
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b) a eficácia da sentença poderá ser suspensa pelo relator se o apelante demonstrar a probabilidade de 
provimento do recurso, sendo desnecessário, nessa hipótese, comprovar o risco de dano grave ou de difícil 
reparação; e 
c) o pedido de concessão de efeito suspensivo poderá ser dirigido ao Tribunal, no período compreendido 
entre a interposição da apelação e sua distribuição, sendo certo que o julgador que apreciar esse pedido não 
ficará prevento para julgar a apelação; 
d) o pedido de concessão de efeito suspensivo não pode ser formulado por requerimento apartado, devendo 
ser objeto das razões de apelação cível; 
e) caberá ao réu interpor agravo de instrumento contra o capítulo da sentença que deferiu a tutela 
provisória, ficando o relator prevento para julgar a apelação. 
3. (FGV/TJ-ES/Juiz Substituto/2023) Acerca da tutela provisória de evidência, é correto afirmar que: 
a) pode ser concedida liminarmente quando as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas 
documentalmente e ficar caracterizado o abuso do direito de defesa da parte; 
b) pode ser concedida liminarmente quando se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova 
documental adequada do contrato de depósito, caso em que o juiz nomeará depositário para avaliação do 
bem custodiado; 
c) pode ser concedida liminarmente quando a petição inicial for instruída com prova documental suficiente 
dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável; 
d) pode ser requerida em caráter antecedente, quando a urgência for contemporânea à propositura da ação; 
e) admite-se sustentação oral no agravo de instrumento interposto contra decisão interlocutória que verse 
sobre tutela de evidência. 
4. (FGV/1º Exame Nacional da Magistratura – ENAM/2024) Karina formulou requerimento de tutela 
cautelar antecedente em face de Rafael, pleiteando o sequestro de dois automóveis que estão sob a posse 
desse último, com o intuito de preservar a efetividade da futura ação de rescisão do negócio jurídico. 
Rafael não contestou o pedido. 
O juízo deferiu a tutela em 20/05/2023. O sequestro do primeiro automóvel, por sua vez, foi realizado em 
30/05/2023. O sequestro do segundo automóvel, a seu turno, foi efetivado em 20/09/2023. Karina formulou 
o pedido principal em 25/09/2023. 
Sobre o caso narrado, assinale a afirmativa correta. 
a) No momento da formulação do pedido principal, já havia sido ultrapassado o prazo previsto no Código de 
Processo Civil, de modo que a tutela cautelar deverá perder sua eficácia e o processo ser extinto sem exame 
do mérito. 
b) Karina não pode aditar a causa de pedir no momento da formulação do pedido principal. 
c) A formulação do pedido principal prescinde do adiantamento de novas custas processuais. 
d) O prazo para formulação do pedido principal tem início na data de concessão da tutela cautelar. 
e) A ausência de contestação do pedido não induz à presunção de veracidade dos fatos alegados pela autora. 
5. (Banca FGV/TJ-MS - Juiz Substituto/2023) Caio intentou ação de reintegração de posse em face de 
Tício alegando que este ocupava indevidamente o seu imóvel havia mais de dois anos. Embora 
reconhecendo que a ação possessória que então ajuizava não era de força nova, Caio formulou em sua 
petição inicial requerimento de medida liminar, aferrando-se ao argumento de que o esbulho perpetrado 
por Tício lhe vinha causando enormes prejuízos financeiros, que inclusive estavam comprometendo a sua 
subsistência. 
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A despeito do juízo positivo de admissibilidade da demanda, o juiz da causa indeferiu a liminar vindicada. 
Depois de ofertadas a peça contestatória e as petições em que ambas as partes especificavam as provas que 
pretendiam ver produzidas, Caio apresentou nova petição, na qual atribuía a Tício em sua ótica, a prática de 
condutas processuais que, evidenciavam abuso do direito de defesa e propósito manifestamente 
protelatório. 
O autor da ação concluiu o seu arrazoado com o requerimento de decretação imediata de sua reintegração 
de posse em relação ao imóvel objeto da ação. Apreciando os novos argumentos de Caio, o juiz da causa 
concluiu pela sua solidez, razão por que deferiu o seu pleito, para decretar a tutela provisória vindicada. 
No tocante à primeira tutela provisória requerida por Caio, indeferida, e à segunda, deferida, é correto 
afirmar que as suas naturezas jurídicas são, respectivamente, de: 
a) tutela cautelar e tutela antecipada de urgência; 
b) tutela cautelar e tutela antecipada da evidência; 
c) tutela antecipada de urgência e tutela antecipada da evidência; 
d) tutela antecipada da evidência e tutela antecipada de urgência; 
e) tutela antecipada da evidência e tutela antecipada da evidência. 
6. (Banca FGV/TJ-MS - Juiz Substituto/2023) João apresentou uma petição inicial com pedido de 
tutela cautelar em caráter antecedente, com o objetivo de impedir a realização de uma reunião de sócios 
da sociedade WXYZ, que integra como sócio, alegando que as regras da sociedade não foram observadas 
na respectiva convocação. 
Diante dessa situação jurídica específica, é correto afirmar que: 
a) se a tutela cautelar for deferida e efetivada, joão deverá aditar a petição inicial, com a complementação 
de sua argumentação, a juntada de novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final, no prazo 
de quinze dias, mediante o recolhimento de novas custas; 
b) não sendo contestado o pedido cautelar pelos réus noprazo de cinco dias, os fatos alegados por joão 
presumir-se-ão aceitos pelo réu como ocorridos, caso em que o juiz decidirá dentro de cinco dias; 
c) se a tutela cautelar for deferida, efetivada e estabilizada, o direito de rever, reformar ou invalidar a tutela 
estabilizada extingue-se após dois anos, contados da ciência da decisão que extinguiu o processo; 
d) a eficácia da tutela cautelar cessa se não for efetivada dentro de trinta dias. uma vez cessada a eficácia da 
tutela cautelar, joão poderá renovar o pedido, ainda que sob o mesmo fundamento: 
e) o indeferimento da tutela cautelar impede que joão formule o pedido principal no prazo legal, uma vez 
que o deferimento do pedido cautelar é pressuposto para a análise do pedido principal. 
7. (TRF2/TRF2 – Juiz Federal Substituto/2017) Marque a opção correta: 
a) O requerente de tutela de urgência, desde que esteja de boa-fé, não responde pela reparação de eventual 
prejuízo que a efetivação da medida, mais tarde revogada pela sentença definitiva, tenha causado à 
contraparte. 
b) Se ocorrer a cessação da eficácia da medida, a parte requerente responde pelo prejuízo que a efetivação 
da tutela de urgência cause à parte adversa. 
c) Os valores de benefício previdenciário recebido por força de tutela antecipada posteriormente revogada 
pela sentença (que transita em julgado) não devem ser devolvidos. 
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d) Em hipótese na qual ocorreu, sem caução, o cumprimento provisório de sentença, e depois provimento 
do recurso - que não tinha efeito suspensivo -, o juiz deve verificar o caso concreto e, com equidade, distribuir 
os prejuízos entre as partes. 
e) Nas hipóteses nas quais, no cumprimento provisório, o CPC prevê a dispensa de caução, é vedado ao juiz 
exigi-la. 
8. (TRF4/TRF4 – Juiz Federal Substituto/2016) Dadas as assertivas abaixo, assinale a alternativa 
correta. 
Considerando as regras do Código de Processo Civil de 2015: 
I. A tutela provisória de evidência será concedida pelo juiz quando, presentes a probabilidade do direito e o 
perigo de dano, ficar caracterizado o abuso no direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do 
réu. 
II. A estabilização da tutela de urgência antecipada ocorre quando não for interposto o recurso da decisão 
que a concedeu e implica a extinção do processo, sem formação de coisa julgada, podendo, porém, o juízo 
alterar a medida de urgência a qualquer tempo. 
III. As modalidades de tutela provisória de urgência são cautelar, antecipada e antecedente. 
IV. Se a tutela de urgência requerida em caráter antecedente for concedida, o autor terá o prazo de 5 dias 
para emendar sua petição inicial, indicando qual a lide principal que será ajuizada, e de 30 dias para a 
propositura da ação principal. 
a) Estão corretas apenas as assertivas I e III. 
b) Estão corretas apenas as assertivas II e III. 
c) Estão corretas apenas as assertivas I, II e IV. 
d) Estão corretas todas as assertivas. 
e) Nenhuma assertiva está correta. 
9. (CESPE/TJBA – Juiz de Direito Substituto/2019) De acordo com o CPC, o magistrado concederá a 
tutela de urgência durante o curso do processo se 
a) ficar caracterizado abuso do direito pelo réu e as alegações fáticas puderem ser comprovadas apenas 
documentalmente. 
b) houver manifesto propósito protelatório da parte contrária e probabilidade do direito. 
c) as alegações fáticas puderem ser comprovadas apenas documentalmente e existir risco ao resultado útil 
do processo. 
d) for verificada a existência de risco ao resultado útil do processo. 
e) houver constatação do perigo de dano e o réu não apresentar prova capaz de gerar dúvida razoável acerca 
do direito discutido. 
10. (CESPE/TJPR – Juiz Estadual/2019) No que concerne às regras estabelecidas para a tutela provisória, 
o Código de Processo Civil determina que a concessão, pelo magistrado, da tutela de evidência 
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a) dependerá da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo e ocorrerá nas 
situações em que os efeitos da decisão sejam reversíveis. 
b) poderá ser deferida liminarmente caso os fatos sejam comprovados apenas pela via documental e exista 
tese firmada em julgamento de casos repetitivos. 
c) será realizada na forma de decisão interlocutória de mérito e produzirá coisa julgada material caso não 
seja impugnada pelo réu. 
d) será cabível somente na hipótese de verificação de abuso do direito de defesa da parte ré, haja vista a 
natureza punitiva dessa modalidade de tutela provisória. 
11. (CESPE/TJPR – Juiz Substituto/2017) Ao receber a petição inicial de processo eletrônico que tramita 
pelo procedimento comum, o magistrado, postergando o contraditório, deferiu liminarmente a tutela 
provisória de evidência requerida e intimou o réu para cumprimento no prazo de cinco dias. Considerou o 
juiz que as alegações do autor foram comprovadas documentalmente e que havia tese firmada em 
julgamento de casos repetitivos que amparava a medida liminar. Posteriormente, o réu apresentou 
manifestação alegando a incompetência absoluta do juízo e equívoco do magistrado na concessão da 
tutela provisória. 
Acerca dessa situação hipotética, assinale a opção correta. 
a) O magistrado cometeu error in procedendo, porque viola a ampla defesa a concessão de tutela da 
evidência antes da manifestação do réu. 
b) Ainda que venha a ser reconhecida a incompetência absoluta do juízo, os efeitos da decisão serão 
conservados até que outra seja proferida pelo órgão jurisdicional competente. 
c) O magistrado agiu de forma equivocada, porque o CPC não autoriza a concessão de tutela provisória da 
evidência pelos motivos indicados pelo juiz. 
d) Se reconhecer sua incompetência absoluta, o juiz deverá extinguir o processo sem resolução do mérito, 
justificando a medida na impossibilidade técnica em remeter os autos eletrônicos para o juízo competente. 
12. (VUNESP/TJSP – Juiz de Direito/2017) A tutela provisória de urgência: 
a) exige, além do perigo da demora, prova pré-constituída das alegações de fato em que se funda o autor. 
b) não pode ser concedida na sentença porque, do contrário, a tutela perderia a natureza de provisória. 
c) quando requerida na forma de tutela cautelar antecedente, poderá ser apreciada como tutela antecipada, 
caso o juiz entenda que essa é sua verdadeira natureza. 
d) só pode ser determinada pelo juiz estatal e não pelo árbitro, uma vez que falta a esse último poder de 
coerção para efetivar a medida. 
13. (CONSULPLAN/TJMG – Juiz de Direito Substituto/2018) Acerca da tutela provisória de urgência 
cautelar ou satisfativa, é correto afirmar que a parte 
A) deve demonstrar apenas o perigo de dano. 
B) somente pode requerer em caráter antecedente. 
C) é responsável pela indenização do dano processual se a sentença for desfavorável para ela. 
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D) é responsável pela indenização do dano processual ainda que a sentença seja favorável a ela. 
14. (TRT4/TRT4 – Juiz do Trabalho Substituto/2016) Considere as assertivas abaixo sobre tutela 
provisória. 
I - A tutela provisória de urgência pode ser classificada, no tocante ao seu conteúdo, em cautelar e 
antecipada, podendo ser concedida, em qualquer das hipóteses, em caráter antecedente ou incidental. 
II - A tutela provisória, uma vez concedida, mantém sua eficácia até o julgamento final do processo, podendo 
o julgador, na sentença, mantê-la, revogá- la ou modificá-la, o que não mais é admissível no curso do 
processo. 
III - O Julgador, ao exercer o poder geral de cautela, em tutela provisória, deve observar apenas o quanto 
pretendido pela partepostulante no que tange às medidas de sua efetivação. 
Quais são corretas? 
a) Apenas I 
b) Apenas II 
c) Apenas III 
d) Apenas I e II 
e) I, II e III 
15. (FGV/1º Exame Nacional da Magistratura – ENAM/2024) Karina formulou requerimento de tutela 
cautelar antecedente em face de Rafael, pleiteando o sequestro de dois automóveis que estão sob a posse 
desse último, com o intuito de preservar a efetividade da futura ação de rescisão do negócio jurídico. 
Rafael não contestou o pedido. 
O juízo deferiu a tutela em 20/05/2023. O sequestro do primeiro automóvel, por sua vez, foi realizado em 
30/05/2023. O sequestro do segundo automóvel, a seu turno, foi efetivado em 20/09/2023. Karina formulou 
o pedido principal em 25/09/2023. 
Sobre o caso narrado, assinale a afirmativa correta. 
a) No momento da formulação do pedido principal, já havia sido ultrapassado o prazo previsto no Código de 
Processo Civil, de modo que a tutela cautelar deverá perder sua eficácia e o processo ser extinto sem exame 
do mérito. 
b) Karina não pode aditar a causa de pedir no momento da formulação do pedido principal. 
c) A formulação do pedido principal prescinde do adiantamento de novas custas processuais. 
d) O prazo para formulação do pedido principal tem início na data de concessão da tutela cautelar. 
e) A ausência de contestação do pedido não induz à presunção de veracidade dos fatos alegados pela autora. 
Promotor 
16. (Instituto Consulplan/MP-SC/Promotor de Justiça Substituto/2024) Sobre tutela de evidência, 
julgue os itens a seguir. 
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Pode ser concedida independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil 
do processo, observado os demais requisitos previstos em lei. 
17. (Instituto Consulplan/MP-SC/Promotor de Justiça Substituto/2024) É sempre deferida em cognição 
sumaria, possuindo caráter provisória e será substituída pelo provimento definitivo, situação que permite 
sua revogação ou modificação a qualquer momento. 
18. (Instituto Consulplan/MP-SC/Promotor de Justiça Substituto/2024) Poderá ser concedida em caso 
de alegações de fato comprovável por depoimento testemunhal desde que fundada em tese firmada em 
julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante. 
19. (VUNESP/MPE-RJ/Promotor de Justiça Substituto/2024) O pronunciamento judicial que 
condicionar a análise de pedido de tutela provisória a qualquer exigência é 
a) irrecorrível. 
b) passível de apelação. 
c) nulo. 
d) agravável. 
e) passível de reclamação. 
20. (MPE-GO/MPE-GO – Promotor de Justiça Substituto/2019) Sobre a tutela provisória, de acordo 
com o Código de Processo Civil, é incorreto afirmar que: 
a) Concedida a tutela antecipada requerida em caráter antecedente, o autor deverá aditar a petição inicial, 
com a complementação de sua argumentação, a juntada de novos documentos e a confirmação do pedido 
de tutela final, em 15 (quinze) dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar. 
b) No procedimento da tutela cautelar requerida em caráter antecedente, o réu será citado para, no prazo 
de 5 (cinco) dias, contestar o pedido e indicar as provas que pretende produzir. 
c) Nem todas as hipóteses da tutela da evidência comportam apreciação liminar pela autoridade judiciária. 
d) O direito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada estabilizada, extingue-se após dois anos, 
contados da concessão da tutela de urgência. 
21. (MPE-SC/MPE-SC – Promotor de Justiça/2019) Nos termos do Código de Processo Civil, pode 
requerer a tutela de urgência aquele que pretende antecipar um ou alguns dos efeitos que só alcançaria 
com o provimento final, possibilitando que o réu pleiteie a antecipação dos efeitos da tutela, de forma 
incidental, para assegurar direito seu em risco por conduta do autor e objeto de processo judicial, sem 
necessidade de pagamento de custas. 
22. (MPE-SC/MPE-SC – Promotor de Justiça/2019) Nos termos do Código de Processo Civil, no 
procedimento da tutela cautelar requerida em caráter antecedente, o réu será citado para, no prazo de 5 
(cinco) dias, contestar o pedido e indicar as provas que pretende produzir. 
23. (MPE-SP/MPE-SP – Promotor de Justiça/2019) A tutela da evidência será concedida, 
independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo. Poderá 
ser concedida liminarmente quando 
a) ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte. 
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b) se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova testemunhal adequada do contrato de depósito, 
caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa. 
c) as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em 
julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante. 
d) a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, 
a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável. 
e) se tratar de pedido possessório fundado em prova documental adequada, caso em que será decretada a 
ordem de reintegração ou manutenção da posse, sob cominação de multa. 
24. (CESPE/MPE-RR – Promotor de Justiça/2017) De acordo com expressa previsão do CPC, o fenômeno 
processual denominado estabilização da tutela provisória de urgência aplica-se apenas à tutela 
a) cautelar, requerida em caráter antecedente. 
b) antecipada, incidental ou antecedente. 
c) cautelar, incidental ou antecedente. 
d) antecipada, requerida em caráter antecedente. 
Defensor 
25. (FUNDEP/DPE-MG – Defensor Público/2019) Sobre tutela provisória, assinale a alternativa 
incorreta. 
A) Sendo carente a parte que requer a tutela de urgência, poderá o juiz dispensar apresentação de caução 
destinada a ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer em virtude da efetivação da medida. 
B) O autor responde objetivamente pelos danos ocasionados à outra parte decorrentes da antecipação de 
tutela não confirmada em sentença, independentemente de ordem judicial e de pedido específico do 
interessado. 
C) A tutela provisória de urgência antecipada pode ser concedida na sentença e, havendo omissão judicial 
quanto ao prévio requerimento formulado, nada impede que ela seja concedida na decisão que julga os 
embargos declaratórios. 
D) Ao prever a possibilidade de estabilização da tutela antecipada requerida em caráter incidente, o 
legislador brasileiro equiparou as técnicas processuais de cognição sumária e de cognição exauriente. 
26. (CESPE/DPE-AL – Defensor Público/2017) De acordo com o Código de Processo Civil (CPC), é passível 
de estabilização a tutela 
a) cautelar de urgência requerida em caráter antecedente, mediante a negociação expressa entre as partes. 
b) antecipada concedida em caráter antecedente, se da decisão houver interposição de recurso por 
assistente simples e o réu não se manifestar. 
c) cautelar concedida em caráter antecedente, se da decisão não houver interposição de recurso cabível. 
d) antecipada de urgência requerida em caráter antecedente, mediante negociação expressa entre as partes. 
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e) provisória concedida em caráter incidental, se da decisão não houver interposição tempestiva de recurso. 
27. (VUNESP/PC-BA – Delegado/2018) As tutelas requeridas ao Poder Judiciário podem ter caráter 
definitivo ou provisório. No que diz respeito à tutela provisória de urgência, é correto afirmar que 
a) a tutela antecipada e a de evidência são suas espécies. 
b) quando requerida em caráter incidental, exige o pagamento de custas. 
c) a sua efetivaçãodeve ser: 
i- concreto (certo) e não hipotético ou eventual, decorrente de mero temor subjetivo da parte; 
ii- atual, estando na iminência de ocorrer ou esteja acontecendo; 
iii- grave, que seja de média ou grande intensidade e tenha aptidão para prejudicar ou impedir a fruição de 
um direito. 
 
 
4 Antecipação de Tutela, 2ª ed. 1999, p. 77. 
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Enunciado 385, FPPC: (art. 99, § 2º) Havendo risco de perecimento do direito, o poder do juiz de 
exigir do autor a comprovação dos pressupostos legais para a concessão da gratuidade não o 
desincumbe do dever de apreciar, desde logo, o pedido liminar de tutela de urgência. 
3.4 - Irreversibilidade 
A tutela provisória de urgência antecipada possui um requisito negativo extra, qual seja, de que não haja 
perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão (art. 300, § 3º). 
Art. 300, § 3o A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver 
perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão. 
De todo modo, não há preceito absoluto no ordenamento. Em casos extremos (ex: direito à saúde), é possível 
aplicar a técnica da ponderação de direitos e conceder a tutela antecipada mesmo que haja irreversibilidade. 
Por exemplo, uma cirurgia para colocação de stent, por óbvio, se revogada a tutela, não será tirado o stent 
do sujeito. Todavia, do outro lado há também uma irreversibilidade – se não colocar stent, irá falecer. 
Nesses casos excepcionais, é possível a concessão da tutela de urgência antecipada. 
Enunciado 40, I JDPC do CJF – A irreversibilidade dos efeitos da tutela de urgência não impede 
sua concessão, em se tratando de direito provável, cuja lesão seja irreversível. 
Enunciado 25, Enfam: A vedação da concessão de tutela de urgência cujos efeitos possam ser 
irreversíveis (art. 300, § 3º, do CPC/2015) pode ser afastada no caso concreto com base na 
garantia do acesso à Justiça (art. 5º, XXXV, da CRFB). 
Enunciado 419, FPPC: (art. 300, § 3º) Não é absoluta a regra que proíbe tutela provisória com 
efeitos irreversíveis. 
3.5 - Caução 
Como há responsabilidade objetiva por eventuais danos causados (art. 302), o juiz pode, conforme o caso, 
exigir caução da parte que pleiteia a fim de ressarcir eventuais danos que a outra parte pode vir a sofrer. 
Se a parte for hipossuficiente economicamente, será dispensada de oferecer a caução, pois não pode a parte 
ser prejudicada apenas porque não tem condições de oferecer caução. 
Art. 300, § 1o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução 
real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo 
a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la. 
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Enunciado 497, FPPC: (art. 297, parágrafo único; art. 300, §1º; art. 520, IV) As hipóteses de 
exigência de caução para a concessão de tutela provisória de urgência devem ser definidas à luz 
do art. 520, IV, CPC. 
Art. 520. O cumprimento provisório da sentença impugnada por recurso desprovido de efeito 
suspensivo será realizado da mesma forma que o cumprimento definitivo, sujeitando-se ao 
seguinte regime: IV - o levantamento de depósito em dinheiro e a prática de atos que importem 
transferência de posse ou alienação de propriedade ou de outro direito real, ou dos quais possa 
resultar grave dano ao executado, dependem de caução suficiente e idônea, arbitrada de plano 
pelo juiz e prestada nos próprios autos. 
Enunciado 498, FPPC: (art. 297, parágrafo único; art. 300, §1º; art. 521) A possibilidade de 
dispensa de caução para a concessão de tutela provisória de urgência, prevista no art. 300, §1º, 
deve ser avaliada à luz das hipóteses do art. 521. 
Art. 521. A caução prevista no inciso IV do art. 520 poderá ser dispensada nos casos em que: I - 
o crédito for de natureza alimentar, independentemente de sua origem; II - o credor demonstrar 
situação de necessidade; III – pender o agravo do art. 1.042; (Redação dada pela Lei nº 13.256, 
de 2016); IV - a sentença a ser provisoriamente cumprida estiver em consonância com súmula da 
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça ou em 
conformidade com acórdão proferido no julgamento de casos repetitivos. Parágrafo único. A 
exigência de caução será mantida quando da dispensa possa resultar manifesto risco de grave 
dano de difícil ou incerta reparação. 
3.6 – Contraditório, Audiência de Justificação e Liminar 
Em primeiro lugar, vale dizer que, se o perigo da demora não for tão premente e o juiz quiser ter mais 
segurança para decidir, pode abrir vista à outra parte para exercer o contraditório antes da análise do pedido, 
de forma justificada. 
Enunciado 30, FPPC: (art. 298) O juiz deve justificar a postergação da análise liminar da tutela 
provisória sempre que estabelecer a necessidade de contraditório prévio. 
Art. 306. O réu será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, contestar o pedido e indicar as provas 
que pretende produzir. 
Previsto para cautelar antecedente, mas tal proceder pode ser aplicado para o procedimento de tutela 
provisória de urgência. 
Inclusive, dessa decisão de postergar a análise da tutela para depois da oitiva do réu é cabível agravo de 
instrumento. 
Enunciado 70, I JDPC do CJF – É agravável o pronunciamento judicial que postergar a análise de 
pedido de tutela provisória ou condicioná-la a qualquer exigência. 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art520iv
 
 
 
 
 
 
 
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Enunciado 29, FPPC: (art. 298, art. 1.015, I) É agravável o pronunciamento judicial que postergar 
a análise do pedido de tutela provisória ou condicionar sua apreciação ao pagamento de custas 
ou a qualquer outra exigência. 
Em segundo lugar, o magistrado poderá designar audiência de justificação prévia, em que para irá proceder 
à oitiva de testemunhas do requerente da tutela. 
Art. 300, § 2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia. 
Em terceiro lugar, se a urgência for tamanha que o pedido tenha de ser analisado sem citação/intimação da 
parte contrária, o juiz pode decidir liminarmente. Decisão liminar significa “in limine litis”, isto é, no início do 
processo, sem que tenha havido citação5 ou oitiva da parte contrária. 
Lembre-se que o CPC/15 veda decisões sem que a parte contrária não seja ouvida - princípio da vedação às 
decisões surpresa (art. 9º, CPC). Contudo, a tutela de urgência (art. 300ss, CPC) e a tutela de evidência (art. 
311), apenas nos seus incisos II e III são exceções a essa regra. 
Art. 9o Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida. 
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica: I - à tutela provisória de urgência; II - às 
hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e III; 
A decisão do juiz, nas três hipóteses acima, possui natureza de decisão interlocutória. 
E se o juiz deixar para a sentença e deferir a tutela apenas nesse momento? Há algum benefício 
de se deferir a tutela provisória de urgência na sentença? 
Sim. Se conceder na sentença, eventual apelação será recebida apenas em seu efeito devolutivo, não 
havendo efeito suspensivo (art. 1.012, § 1º, V, CPC), o que possibilita a execução provisória de sentença. 
Art. 1.012. A apelação terá efeito suspensivo. § 1o Além de outras hipóteses previstas em lei, 
começa a produzir efeitos imediatamente após a sua publicação a sentença que: V - confirma, 
concede ou revoga tutela provisória; 
Enunciado 217, FPPC: (arts. 1.012, § 1º, V, 311) A apelaçãoobservará as normas referentes ao cumprimento definitivo da sentença. 
d) pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia. 
e) quando antecedente, como regra, será requerida ao juiz do foro do domicílio do autor. 
28. (CEBRASPE/DPE-AC - Defensor Público/2024) No tocante às tutelas provisórias e aos meios para 
sua efetivação de acordo com o Código de Processo Civil (CPC) e a jurisprudência do STI, assinale a opção 
correta. 
a) Para a concessão da tutela de urgência, o juiz deve exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir 
os danos que a outra parte possa vir a sofrer, sendo vedada a dispensa de caução em qualquer circunstância 
b) O valor das astreintes não pode ser modificado a qualquer tempo pelo órgão julgador, ainda que se mostre 
irrisório o exorbitante, sob pena de ofensa ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada 
c) Embora a parte responda objetivamente pelo prejuízo que a efetivação da tutela de urgência cause à parte 
adversa quando a sentença lhe for desfavorável, a indenização deve ser liquidada em processo específico. 
d) Dadas as dificuldades inerentes ás compras públicas, não é possível a imposição de multa diária a ente 
público a fim de compeli-lo a fornecer medicamento a pessoa desprovida de , recursos financeiros 
e) Nas ações de fornecimento de medicamentos, cabe ao juízo adotar medidas eficazes à efetivação de suas 
decisões podendo, se necessário, determinar até mesmo o sequestro de valores do ente público. 
Procurador 
29. (VUNESP/PGM-Sorocaba/Procurador/2024) Obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, 
se o requerente não fornecer os meios necessários para a citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias, 
a) independentemente da reparação por dano processual, o requerente responde pelo prejuízo que a 
efetivação da tutela de urgência causar ao requerido. 
b) haverá revogação da liminar concedida, bem como condenação do autor ao pagamento, em dobro, dos 
danos processuais. 
c) o juiz julgará o mérito da tutela final pretendida antecipadamente. 
d) haverá julgamento sem resolução do mérito. 
e) o juiz ordenará a emenda da petição inicial, aplicando pena de litigância de má-fé ao requerente. 
30. (Fundação Vunesp/PGM - Mugi das Cruzes/Procurador/2024) Acerca da estabilização da tutela 
provisória de urgência antecipada antecedente, assinale a alternativa correta. 
a) A tutela antecipada torna-se estável se da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso 
com efeito suspensivo. 
b) Apenas a parte sucumbente poderá demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou invalidar a 
tutela antecipada estabilizada. 
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c) O direito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada extingue-se após 2 (dois) anos, contados da 
data em que foi proferida a decisão que extinguiu o processo. 
d) A decisão que concede a tutela não fará coisa julgada, mas a estabilidade dos respectivos efeitos só será 
afastada por decisão que a revir, reformar ou invalidar, proferida em ação ajuizada por uma das partes. 
e) A tutela antecipada conservará seus efeitos enquanto não revista, reformada ou invalidada por qualquer 
decisão, de mérito ou não, proferida na ação que tenha o intuito de rever, reformar ou invalidar a tutela 
antecipada estabilizada. 
31. (VUNESP/PGM-Sorocaba/Procurador/2024) Obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, 
se o requerente não fornecer os meios necessários para a citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias, 
a) independentemente da reparação por dano processual, o requerente responde pelo prejuízo que a 
efetivação da tutela de urgência causar ao requerido. 
b) haverá revogação da liminar concedida, bem como condenação do autor ao pagamento, em dobro, dos 
danos processuais. 
c) o juiz julgará o mérito da tutela final pretendida antecipadamente. 
d) haverá julgamento sem resolução do mérito. 
e) o juiz ordenará a emenda da petição inicial, aplicando pena de litigância de má-fé ao requerente. 
32. (AvançaSP/PGM-Guarulhos/Procurador/2024) A respeito da tutela provisória, é correto afirmar: 
a) a concessão de tutela de urgência "inaudita altera pars" é uma exceção ao princípio da cooperação, que 
prevê o dever de consulta pelo juiz, ouvindo as partes, antes de analisar qualquer questão. 
b) para a concessão da tutela de urgência, não é cabível a exigência de caução, real ou fidejussória, ou 
qualquer espécie de garantia, podendo, porém, ser prevista sua obrigatoriedade por negócio jurídico 
processual. 
c) se a tutela de urgência for revogada haverá uma responsabilidade objetiva do requerente. Logo, o juiz não 
pode conceder de ofício a tutela antecipada. 
d) não é possível antecipar a tutela em ação declaratória e em ação constitutiva, vez que o adiantamento 
resultaria em efeitos práticos decorrentes da declaração ou da constituição. 
e) a ausência de perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão é requisito próprio da tutela antecipada, 
elemento definido no conceito de estabilização da tutela antecipada antecedente. 
33. (IBADE– PGM-Rio Branco – Procurador Municipal – 2023) Leia as assertivas abaixo. 
I – Incumbirá ao juiz dilatar os prazos processuais, porém, será vedado alterar a ordem de produção dos 
meios de prova. 
II – O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do ordenamento jurídico. 
III - O juiz responderá, civil e regressivamente, por perdas e danos quando recusar, omitir ou retardar, sem 
justo motivo, providência que deva ordenar de ofício ou a requerimento da parte. 
IV - Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, porém, justificando as razões pelas quais 
se afastará. 
Estão corretas as assertivas: 
a) I e II 
b) II e IV 
c) I e III 
d) II e III 
e) III e IV 
34. (CEBRASPE/PGM-Natal/Procurador/2023) Acerca da fazenda pública em juízo, assinale a opção 
correta. 
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a) A execução de sentença condenatória contra a fazenda pública deve ser feita em procedimento autônomo, 
citando-se a fazenda pública para a oposição de embargos. 
b) É possível a realização de intimação pessoal da fazenda pública por meio eletrônico. 
c) Conta-se em quádruplo o prazo para a fazenda pública contestar, ao passo que o prazo para recorrer e 
manifestar-se é contado em dobro. 
d) Na hipótese de condenação em embargos de declaração, é exigível o pagamento de multa pela fazenda 
pública como requisito para recorrer. 
e) Fica sujeita à remessa necessária a sentença proferida contra o Estado, desde que baseada em 
entendimento coincidente com orientação vinculante estabelecida no âmbito administrativo do próprio ente 
público e consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa. 
35. (CEBRASPE/PGFN - Procurador/2023) A respeito da tutela provisória, assinale a opção correta. 
a) É vedado, em qualquer das hipóteses previstas pelo legislador, o deferimento de tutela de evidência antes 
da manifestação do réu. 
b) A estabilização de tutela antecipada antecedente que imponha obrigação de pagar quantia certa para 
fazenda pública é incompatível com o regime de execução por precatório. 
c) A responsabilidade do autor por prejuízo causado ao réu pela concessão de tutela de urgência que tenha 
sido posteriormente revogada na sentença possui natureza subjetiva. 
d) Caracterizado o abuso do direito de defesa do réu, o magistrado deverá imediatamente deferir a tutela 
da evidência, por meio de julgamento antecipado parcial do mérito. 
e) A concessão de tutela provisória na própria sentença de mérito caracteriza violação do dever de boa fé do 
magistrado. 
36. (CESPE/CEBRASPE – PGM-São Paulo – Procurador do Município – 2023) Quanto aos tipos de tutela 
jurisdicional dispostos no CPC, assinale a opção correta. 
a) A concessão da tutela de urgênciapode ocorrer tanto de forma liminar quanto após a justificação prévia. 
b) A tutela antecipada, por ter natureza precária, jamais poderá tornar-se estável. 
c) O requerimento de tutela provisória em caráter incidental dependerá do pagamento de custas 
complementares. 
d) A tutela concedida em caráter antecedente perderá a sua eficácia se não for efetivada em até quinze dias. 
e) Não é permitido ao juiz exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir danos que a outra parte 
possa vir a sofrer na concessão da tutela de urgência. 
37. (CESPE/PGM – Campo Grande/2019) Em ação de natureza civil, o autor requereu que determinado 
estado da Federação fosse condenado ao fornecimento de medicamento de alto custo. O demandante, de 
forma incidental, fez pedido de tutela provisória antecipada, alegando que o seu direito é certo e que corre 
risco de morte caso não receba o medicamento com brevidade. Todos os fatos alegados pela parte autora 
foram exaustivamente comprovados por documentos idôneos, razão pela qual o juízo concedeu a referida 
tutela antecipada e determinou a intimação do requerido para que cumprisse a decisão. 
Considerando essa situação hipotética, julgue os itens que se seguem, concernentes à tutela provisória. 
O pedido de tutela provisória de urgência de caráter incidental exige que a parte que a requer realize o 
pagamento de custas processuais. 
38. (CESPE/PGM – Campo Grande/2019) Caso o Estado da Federação não interponha recurso contra a 
concessão da tutela antecipada, essa decisão se tornará estável, não podendo ser modificada ou revogada 
pelo poder judiciário. 
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39. (CESPE/CEBRASPE – PGM-São Paulo – Procurador do Município – 2023) Quanto aos tipos de tutela 
jurisdicional dispostos no CPC, assinale a opção correta. 
a) A concessão da tutela de urgência pode ocorrer tanto de forma liminar quanto após a justificação prévia. 
b) A tutela antecipada, por ter natureza precária, jamais poderá tornar-se estável. 
c) O requerimento de tutela provisória em caráter incidental dependerá do pagamento de custas 
complementares. 
d) A tutela concedida em caráter antecedente perderá a sua eficácia se não for efetivada em até quinze dias. 
e) Não é permitido ao juiz exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir danos que a outra parte 
possa vir a sofrer na concessão da tutela de urgência. 
40. (NC-UFPR/PGM – Curitiba/2019) A Emenda Constitucional nº 45 consagrou o direito fundamental 
das partes à razoável duração do processo judicial e administrativo e dos meios que assegurem a 
celeridade de sua tramitação. Também é de se dizer que o artigo 5º, XXXV, da Constituição Federal, quando 
trata do direito de acesso à justiça, apresenta a necessidade de que a proteção jurisdicional seja efetiva. 
Assim, na busca pela razoável duração e celeridade processual, o Código de Processo Civil prevê as tutelas 
provisórias, entre elas as tutelas de urgência, que têm por objetivo assegurar ou proteger o direito da 
parte de uma possível demora na tramitação do processo. A respeito das tutelas provisórias previstas no 
Código de Processo Civil, assinale a alternativa correta. 
a) As tutelas provisórias previstas no Código de Processo Civil têm por objetivo minimizar os efeitos da 
demora no processo, especialmente quando há evidências de que o demandante tem razão em seu pedido, 
mas ainda não existam nos autos elementos suficientes para o julgamento definitivo de procedência. 
b) Segundo o Código de Processo Civil, a tutela provisória de urgência antecipada pode ser concedida em 
caráter antecedente ou incidental, mas a tutela provisória de urgência cautelar não poderá ser apresentada 
em caráter incidental. 
c) O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação da tutela provisória, mas 
a tutela concedida não conservará a sua eficácia nos períodos em que o processo estiver suspenso. 
d) Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se 
ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do 
direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo. Nesse caso, caso 
entenda que não há elementos para a concessão de tutela antecipada, o órgão jurisdicional 
obrigatoriamente indeferirá a petição inicial. 
e) A tutela antecipada antecedente torna-se estável se da decisão que a conceder não for interposto o 
respectivo recurso, caso em que tal decisão estará sujeita aos efeitos da coisa julgada, tornando-se imutável 
e indiscutível. 
41. (Cespe/PGE-PE – Procurador do Estado/2018) A respeito da aplicação da tutela de urgência, 
assinale a opção correta. 
a) Poderá ser deferida e efetivada contra o poder público antes do trânsito em julgado do processo. 
b) Cassada em sentença, somente poderá ser restabelecida mediante o deferimento de pedido nesse sentido 
constante no respectivo recurso. 
c) Será concedida sempre que caracterizado o manifesto propósito protelatório da parte adversa ou o abuso 
do direito de defesa, independentemente de demonstração de perigo de dano. 
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d) Não poderá ser concedida nos processos sobrestados por força do regime repetitivo. 
e) Não poderá ser concedida em incidente de desconsideração da personalidade jurídica. 
42. (CESPE/PGE-AM – Procurador do Estado/2016) Acerca de tutela provisória, cumprimento de 
sentença e processos nos tribunais, julgue o item a seguir. 
A tutela provisória antecipada poderá ser concedida em caráter antecedente, liminarmente e 
incidentalmente a qualquer tempo, ao passo que a tutela provisória cautelar só poderá ser concedida em 
caráter antecedente. 
43. (CESPE/Procurador do Município – BH/2017) A respeito da tutela provisória, assinale a opção 
correta. 
a) Em caso de tutela provisória antecipada requerida em caráter antecedente, as despesas processuais de 
preparo serão comprovadas quando do aditamento do pedido de tutela definitiva, momento em que a parte 
deverá indicar o valor atribuído à causa. 
b) Estando o processo no tribunal para julgamento de recurso, a competência para analisar pedido de tutela 
provisória será do juízo que tiver julgado originariamente a causa. 
c) O juiz poderá exigir, para a concessão de liminar de tutela provisória de urgência, a prestação de caução a 
ser garantida pelo requerente, salvo no caso de hipossuficiência econômica, situação em que tal garantia 
poderá ser dispensada. 
d) Concedida a tutela provisória antecipada em caráter antecedente, caso o autor não promova o aditamento 
da petição inicial com o pedido de confirmação de tutela definitiva dentro do prazo legal, o processo será 
extinto sem resolução de mérito, e a liminar será revogada. 
44. (CESPE/PGM - Manaus/2018) À luz das disposições do CPC relativas aos atos processuais, julgue o 
item subsequente. 
Para a concessão da tutela de evidência, o juiz deverá verificar, além da probabilidade de direito, o perigo 
de dano ou de risco ao resultado útil do processo. 
45. (CESPE/Procurador do Município – Fortaleza/2017) Julgue o item seguinte, com base no que dispõe 
o CPC sobre atos processuais, deveres das partes e dos procuradores e tutela provisória. 
Com a consagração do modelo sincrético de processo, as tutelas provisórias de urgência e da evidência 
somente podem ser requeridas no curso do procedimento em que se pleiteia a providência principal. 
46. (Cespe/Procurador do Município – Fortaleza/2017) No que tange à fazenda pública em juízo, julgue 
o item subsecutivo. 
Se, antes do trânsito em julgado, ocorrer a estabilização da tutela antecipada requerida contra a fazenda 
pública, decorrente da não interposição de recurso pelo ente público, serápossível a imediata expedição de 
precatório. 
47. (CESPE/DPDF – Defensor Público/2019) Ao contrário da tutela de urgência, a tutela de evidência 
independe da demonstração de perigo de demora na prestação jurisdicional. 
48. (AvançaSP/PGM-Guarulhos/Procurador/2024) A respeito da tutela provisória, é correto afirmar: 
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a) a concessão de tutela de urgência "inaudita altera pars" é uma exceção ao princípio da cooperação, que 
prevê o dever de consulta pelo juiz, ouvindo as partes, antes de analisar qualquer questão. 
b) para a concessão da tutela de urgência, não é cabível a exigência de caução, real ou fidejussória, ou 
qualquer espécie de garantia, podendo, porém, ser prevista sua obrigatoriedade por negócio jurídico 
processual. 
c) se a tutela de urgência for revogada haverá uma responsabilidade objetiva do requerente. Logo, o juiz não 
pode conceder de ofício a tutela antecipada. 
d) não é possível antecipar a tutela em ação declaratória e em ação constitutiva, vez que o adiantamento 
resultaria em efeitos práticos decorrentes da declaração ou da constituição. 
e) a ausência de perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão é requisito próprio da tutela antecipada, 
elemento definido no conceito de estabilização da tutela antecipada antecedente. 
Delegado 
49. (CESPE/PC-MA – Delegado/2018) Julgue os itens a seguir, a respeito do procedimento da tutela 
antecipada requerida em caráter antecedente. 
 Concedida a tutela antecipada, o autor deverá aditar a petição inicial com a complementação de 
argumentação e confirmação do pedido de tutela final e, se for o caso, com a juntada de novos documentos. 
II O aditamento da petição inicial deverá ocorrer nos mesmos autos, no prazo de quinze dias, mediante o 
pagamento de novas custas processuais. 
III O processo será extinto sem resolução do mérito quando não for realizado o aditamento à petição inicial. 
Assinale a opção correta. 
a) Apenas o item I está certo. 
b) Apenas o item II está certo. 
c) Apenas os itens I e III estão certos. 
d) Apenas os itens II e III estão certos. 
e) Todos os itens estão certos. 
Outros 
50. (CESPE/TCE-PA – Auditor de Controle Externo/2016) No que se refere à formação, extinção e 
suspensão do processo bem como à tutela provisória, julgue o item que se segue. 
A tutela provisória requerida pela parte em caráter incidental depende de pagamento de custas. 
51. (CESPE/TCE-PA – Auditor de Controle Externo/2016) Julgue o item a seguir, referentes à tutela 
provisória e aos meios de impugnação das decisões judiciais conforme o novo Código de Processo Civil. 
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127 
 
A denominada tutela provisória não pode ter natureza satisfativa, uma vez que essa modalidade de tutela 
jurisdicional se presta unicamente a assegurar a futura eficácia de tutela definitiva, resguardando direito a 
ser satisfeito. 
52. (CESPE/TCE-RJ - Assessor/2015) No que diz respeito às normas processuais, à função jurisdicional, 
à petição inicial e ao tempo e lugar dos atos processuais, conforme o Novo Código de Processo Civil, julgue 
o item que se segue. 
Com o objetivo de garantir valores fundamentais estabelecidos na Constituição Federal de 1988, é vedado 
ao juiz conceder tutela provisória de urgência contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida. 
53. (Cespe/TCE-PR - Auditor/2016) Com relação à tutela provisória, assinale a opção correta. 
a) Requerida após o protocolo da petição inicial, embora processada nos mesmos autos do pedido principal, 
a tutela provisória dependerá do pagamento de custas. 
b) Diferentemente do que ocorre com a medida cautelar, as regras de competência para a concessão 
antecipada da tutela provisória são mitigadas. 
c) Preenchidos os requisitos de probabilidade do direito alegado e comprovado o perigo na demora da 
prestação jurisdicional, é vedado ao juiz exigir caução para a concessão. 
d) Por ser a tutela provisória regra de exceção revestida de provisoriedade, os meios de sua concretização 
são elencados taxativamente no CPC. 
e) Poderá o juiz suspender a eficácia da tutela provisória concedida durante período de suspensão do 
processo. 
54. (Cespe/SEDF - Analista/2017) Acerca do Ministério Público e da tutela de urgência, julgue o 
próximo item. 
Concedida e efetivada a tutela provisória de urgência antecipada em caráter antecedente, se o réu não 
interpuser recurso contra essa decisão, a tutela concedida se estabilizará mesmo que o processo seja extinto 
sem resolução de mérito. Todavia, essa decisão poderá ser revista, reformada ou invalidada a pedido da 
parte interessada no prazo de dois anos, contados da ciência da decisão que extinguir o processo. 
55. (CESPE/TRF1 – Analista/2017) A respeito da petição inicial, da tutela provisória, da suspensão do 
processo e das nulidades, julgue o próximo item à luz do Código de Processo Civil vigente. 
Para a concessão da tutela de evidência, é exigido que a parte demonstre o perigo de dano ao direito alegado. 
56. (CESPE/FUNPRESP-JUD - Analista/2016) Acerca dos processos nos tribunais e dos meios de 
impugnação das decisões judiciais, julgue o item subsequente. 
Admitido o incidente de resolução de demandas repetitivas, o relator deverá suspender os processos 
pendentes e, durante esse período, será o responsável por analisar os pedidos de tutela de urgência. 
 
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128 
127 
 
GABARITO 
Magistratura 
1. E 
2. B 
3. E 
4. C 
5. C 
6. B 
7. B 
8. E 
9. D (anulada) 
10. B 
11. B 
12. C 
13. D 
14. A 
15. C 
Promotor 
16. Correta 
17. Correta 
18. Incorreta 
19. D 
20. D 
21. Correta 
22. Correta 
23. C 
24. D 
Defensor 
25. D 
26. D 
27. D 
28. E 
Procurador 
29. A 
30. D 
31. A 
32. A 
33. D 
34. B 
35. B 
36. A 
37. Incorreta 
38. Incorreta 
39. A 
40. A 
41. A 
42. Incorreta 
43. C 
44. Incorreta 
45. Incorreta 
46. Incorreta 
47. Correta 
48. A 
Delegado 
49. E 
Outros 
50. Incorreta 
51. Incorreta 
52. Incorreta 
53. E 
54. Correta 
55. Incorreta 
56. Incorreta 
 
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cj.estrategia.com | 128contra o capítulo da sentença que 
concede, confirma ou revoga a tutela antecipada da evidência ou de urgência não terá efeito 
suspensivo automático. 
 
 
5 Alguns, porém, entendem que a decisão liminar pode ser dada até antes da sentença e não necessariamente até a citação. 
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Por exemplo, a concessão de tutela de urgência de benefício previdenciário em sentença já tem o efeito de 
impor a implantação da prestação imediatamente. 
3.7 - Fungibilidade 
Art. 305. Parágrafo único. Caso entenda que o pedido a que se refere o caput (cautelar) tem 
natureza antecipada, o juiz observará o disposto no art. 303 (tutela antecipada). 
ENUNCIADO 45, I Jornada, CJF – Aplica-se às tutelas provisórias o princípio da fungibilidade, 
devendo o juiz esclarecer as partes sobre o regime processual a ser observado. 
A redação contempla expressamente a fungibilidade da tutela cautelar para tutela antecipada, não 
prevendo o movimento inverso (fungibilidade da antecipada para cautelar). De todo modo, a doutrina e a 
jurisprudência majoritária entendem que esse movimento inverso também é possível, isto é, a fungibilidade 
é recíproca. 
Enunciado 502, FPPC: (art. 305, parágrafo único) Caso o juiz entenda que o pedido de tutela 
antecipada em caráter antecedente tenha natureza cautelar, observará o disposto no art. 305 e 
seguintes. 
3.8 - Responsabilidade Objetiva 
A parte que obteve a concessão da tutela responde objetivamente, em caso de revogação, por quaisquer 
danos decorridos da decisão judicial, aplicando-se a teoria do risco-proveito. Ainda, se houver má-fé do 
requerente, poderá sofrer ainda as sanções por litigância de má-fé (art. 81). 
Assim, não só a execução provisória é obstada, como também a restituição ao status quo ante gera o dever 
de indenizar, se for o caso, a parte contra quem a tutela foi deferida. 
Art. 302. Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo prejuízo 
que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, se: I - a sentença lhe for 
desfavorável; II - obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os meios 
necessários para a citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias; III - ocorrer a cessação da 
eficácia da medida em qualquer hipótese legal; IV - o juiz acolher a alegação de decadência ou 
prescrição da pretensão do autor. Parágrafo único. A indenização será liquidada nos autos em 
que a medida tiver sido concedida, sempre que possível. 
Art. 520. O cumprimento provisório da sentença impugnada por recurso desprovido de efeito 
suspensivo será realizado da mesma forma que o cumprimento definitivo, sujeitando-se ao 
seguinte regime: I - corre por iniciativa e responsabilidade do exequente, que se obriga, se a 
sentença for reformada, a reparar os danos que o executado haja sofrido; 
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17 
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Diz-se que o dever de indenizar os prejuízos sofridos pela parte contrária é efeito secundário da sentença 
que revoga (ainda que implicitamente) a tutela provisória concedida, devendo o juiz decidir de ofício, por 
se tratar de matéria de ordem pública. 
Não precisará, portanto, de pedido expresso do réu. O juiz poderá fixar a indenização de ofício. Nessa linha, 
pode ser considerado mais uma espécie de pedido implícito. 
Ademais, esses prejuízos serão liquidados nos próprios autos. 
Enunciado 499, FPPC: (art. 302, III, parágrafo único; art. 309, III) Efetivada a tutela de urgência e, 
posteriormente, sendo o processo extinto sem resolução do mérito e sem estabilização da tutela, 
será possível fase de liquidação para fins de responsabilização civil do requerente da medida e 
apuração de danos. 
3.9 - Recursos 
Quanto aos recursos: 
i- da decisão interlocutória, caberá agravo de instrumento; 
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: 
I - tutelas provisórias; 
O conceito de "decisão interlocutória que versa sobre tutela provisória" previsto no art. 1.015, I, 
do CPC/2015, abrange as decisões que examinam a presença ou não dos pressupostos que 
justificam o deferimento, indeferimento, revogação ou alteração da tutela provisória e, 
também, as decisões que dizem respeito ao prazo e ao modo de cumprimento da tutela, a 
adequação, suficiência, proporcionalidade ou razoabilidade da técnica de efetivação da tutela 
provisória e, ainda, a necessidade ou dispensa de garantias para a concessão, revogação ou 
alteração da tutela provisória. 
O art. 1.015, I, do CPC/2015 ("decisão interlocutória que versa sobre tutela provisória") deve ser 
lido e interpretado como uma cláusula de cabimento de amplo espectro, de modo a permitir a 
recorribilidade imediata das decisões interlocutórias que digam respeito não apenas ao núcleo 
essencial da tutela provisória, mas também que se refiram aos aspectos acessórios que estão 
umbilicalmente vinculados a ela, porque, em todas essas situações, há urgência que justifique o 
imediato reexame da questão em 2º grau de jurisdição. Isso não significa dizer, todavia, que 
absolutamente toda e qualquer questão relacionada ao cumprimento, operacionalização ou 
implementação fática da tutela provisória se enquadre no conceito de decisão interlocutória que 
versa sobre tutela provisória e, consequentemente, possa ser impugnada de imediato pelo 
agravo de instrumento. Como exemplo: a necessidade de recolhimento de taxas, despesas ou 
custas para a implementação da medida deferida. Tais providências, não se relacionam, direta e 
nem mesmo indiretamente, com a tutela provisória objeto da decisão interlocutória impugnável, 
mas sim, com a execução, operacionalização e implementação fática da providência que já foi 
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requerida e obtida, descabendo discutir, em âmbito de tutela provisória, a questão relacionada 
ao fato de a parte beneficiária da tutela arcar com as despesas e, ao final, ser ressarcida pelo 
vencido, inclusive como decorrência lógica da necessidade de plena reintegração que permeia a 
tutela jurisdicional efetiva. REsp 1.752.049-PR, Rel. Min. Nancy Andrighi, por unanimidade, 
julgado em 12/03/2019, DJe 15/03/2019 (informativo 644). 
ii- da sentença, caberá apelação (sem efeito suspensivo); 
Enunciado 39, I JDPC do CJF: Cassada ou modificada a tutela de urgência na sentença, a parte 
poderá, além de interpor recurso (apelação), pleitear o respectivo restabelecimento na instância 
superior, na petição de recurso OU em via autônoma. 
iii- se a decisão for monocrática de relator, caberá agravo interno (art. 1.021); 
Art. 1.021. Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão 
colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal. 
Enunciado 142, FPPC: (art. 298; art. 1.021) Da decisão monocrática do relator que concede ou 
nega o efeito suspensivo ao agravo de instrumento ou que concede, nega, modifica ou revoga, 
no todo ou em parte, a tutela jurisdicional nos casos de competência originária ou recursal, cabe 
o recurso de agravo interno nos termos do art. 1.021 do CPC. 
iv- se o acórdão deliberar acerca da tutela provisória, caberá recurso especial ao STJ, para discutir o 
desrespeito ou não da legislação infraconstitucional atinente às tutelas provisórias. 
Não caberá recurso extraordinário, pois não há ofensa à Constituição (súmula 735, STF). 
Súmula 735, STF: Não cabe recurso extraordinário contra acórdão que defere medida liminar. 
Prazo Recursal 
Enunciado 271, FPPC: (art. 231) Quando for deferida tutela provisória a ser cumprida 
diretamente pela parte, o prazo recursal conta a partir da juntada do mandadode intimação, do 
aviso de recebimento ou da carta precatória; o prazo para o cumprimento da decisão inicia-se a 
partir da intimação da parte. 
4 - TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA REQUERIDA EM CARÁTER 
ANTECEDENTE 
O CPC disciplinou de forma diversa a tutela provisória de urgência antecipada requerida de forma 
antecedente - novidade do CPC/15 - e a tutela provisória de urgência cautelar requerida de forma 
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antecedente, que já existia antes – sob o nome cautelar preparatória, mas teve um regramento próprio com 
o CPC/15. 
4.1 - Tutela provisória de urgência antecipada (antecedente) 
Permite-se que o autor demande em juízo uma tutela provisória de urgência antecipada antes mesmo de 
deduzir o pedido da tutela definitiva. 
Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial 
pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada E à indicação do pedido de tutela final, 
com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao 
resultado útil do processo. 
Feito o pedido, há duas hipóteses: 
1ª hipótese: magistrado indefere a tutela, sendo a decisão impugnável por agravo de instrumento. 
Art. 303, § 6o Caso entenda que não há elementos para a concessão de tutela antecipada, o órgão 
jurisdicional determinará a emenda da petição inicial em até 5 (cinco) dias, sob pena de ser 
indeferida e de o processo ser extinto sem resolução de mérito. 
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: 
I - tutelas provisórias; 
Caso o autor emende, o processo segue conforme procedimento comum. Caso não emende, o processo será 
extinto sem resolução do mérito. 
2ª hipótese: magistrado defere a tutela, procedendo-se conforme §§1º a 5º: 
Art. 303, § 1o Concedida a tutela antecipada a que se refere o caput deste artigo: 
I - o autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação de sua argumentação, a juntada 
de novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final, em 15 (quinze) dias ou em outro 
prazo maior que o juiz fixar6; 
 
 
6 Enunciado 581, FPPC. (art. 303, §1º, I; Art. 139, VI) O poder de dilação do prazo, previsto no inciso VI do art. 139 e no inciso I do 
§1º do art. 303, abrange a fixação do termo final para aditar o pedido inicial posteriormente ao prazo para recorrer da tutela 
antecipada antecedente. 
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II - o réu será citado e intimado para a audiência de conciliação ou de mediação na forma do art. 
334; 
III - não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma do art. 335. 
§ 2o Não realizado o aditamento a que se refere o inciso I do § 1o deste artigo, o processo será 
extinto sem resolução do mérito. 
§ 3o O aditamento a que se refere o inciso I do § 1o deste artigo dar-se-á nos mesmos autos, sem 
incidência de novas custas processuais. 
Concedida a tutela provisória de urgência antecipada, ocorre a estabilização, instituto de inspiração francsa 
(référé), se: 
a) Não houver recurso interposto pela parte contrária, pelo litisconsorte ou assistente simples7; 
b) O autor não manifestar interesse em prosseguir com a demanda, pois ele pode querer a obtenção da coisa 
julgada e não apenas a estabilização. 
O artigo 304, caput, diz claramente que, se não houver interposição de recurso (agravo de instrumento), a 
tutela se estabiliza. 
Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da decisão 
que a conceder não for interposto o respectivo recurso. 
Contudo, muitos doutrinadores (Daniel Assumpção, Scarpinella Bueno, Mitidiero, Didier) dizem que, para 
impedir a estabilização, basta o réu manifestar algum grau de inconformismo, como por exemplo, contestar, 
formular pedido de reconsideração, suspensão de segurança etc. 
Qual a posição do STJ? 
1ª corrente (3ª turma do STJ): Encampou o entendimento de grande parcela doutrinária. 
(...) É de se observar, porém, que, embora o caput do art. 304 do CPC/2015 determine que "a 
tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da decisão que a 
conceder não for interposto o respectivo recurso", a leitura que deve ser feita do dispositivo 
legal, tomando como base uma interpretação sistemática e teleológica do instituto, é que a 
estabilização somente ocorrerá se não houver QUALQUER tipo de impugnação pela parte 
 
 
7 Enunciado 501, FPPC: (art. 304; art. 121, parágrafo único) A tutela antecipada concedida em caráter antecedente não se 
estabilizará quando for interposto recurso pelo assistente simples, salvo se houver manifestação expressa do réu em sentido 
contrário. 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art334
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art334
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art335
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art303
 
 
 
 
 
 
 
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contrária, sob pena de se estimular a interposição de agravos de instrumento, 
sobrecarregando desnecessariamente os Tribunais, além do ajuizamento da ação autônoma, 
prevista no art. 304, § 2º, do CPC/2015, a fim de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada 
estabilizada. 
4. Na hipótese dos autos, conquanto não tenha havido a interposição de agravo de instrumento 
contra a decisão que deferiu o pedido de antecipação dos efeitos da tutela requerida em caráter 
antecedente, na forma do art. 303 do CPC/2015, a ré se antecipou e apresentou contestação, 
na qual pleiteou, inclusive, a revogação da tutela provisória concedida, sob o argumento 
de ser impossível o seu cumprimento, razão pela qual não há que se falar em estabilização da 
tutela antecipada, devendo, por isso, o feito prosseguir normalmente até a prolação da 
sentença. (STJ, REsp 1760966/SP, Rel. Min. Marco Aurélio Belizze, d.j. 04/12/2018, informativo 
638). 
2ª corrente (1ª Turma do STJ): Apenas o agravo de instrumento impede a estabilização. 
Apenas a interposição de agravo de instrumento contra a decisão antecipatória dos efeitos da 
tutela requerida em caráter antecedente é que se revela capaz de impedir a estabilização, nos 
termos do disposto no art. 304 do Código de Processo Civil. STJ. 1ª Turma. REsp 1797365-RS, Red. 
acórdão Min(a). Regina Helena Costa, julgado em 03/10/2019 (Info 658). 
Como ambas as Turmas não pertencem à mesma Seção, provavelmente, a Corte Especial se debruçará sobre 
a contenda e adotará um dos lados. 
Se ocorrer a estabilização, o processo será extinto8 e a decisão antecipatória continuará produzindo efeitos, 
enquanto não for ajuizada ação autônoma para revisá-la, reformá-la ou invalidá-la. 
Art. 304, § 1o No caso previsto no caput, o processo será extinto. 
§ 2o Qualquer das partes poderá demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou invalidar 
a tutela antecipada estabilizada nos termos do caput. 
§ 3o A tutela antecipada conservará seus efeitos enquanto não revista, reformada ou invalidada 
por decisão de mérito proferida na ação de que trata o § 2o. 
Agora, vamos supor que o réu não interponha recurso. Ele (réu) ainda pode se insurgir contra essa decisão? 
 
 
8 Didier e Assumpção entendem que é extinção sem resolução do mérito (art. 485, X, CPC), enquanto Gajardoni entende que é 
extinção com resolução do mérito (art. 487, I, CPC). 
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Sim. Há a possibilidade de manejar, noprazo máximo de 2 anos, uma ação que vise rever, reformar ou 
invalidar a tutela antecipada estabilizada. Isso tudo naquele mesmo juízo que havia concedido a tutela, pois 
é o juízo prevento. 
Art. 304, § 4o Qualquer das partes poderá requerer o desarquivamento dos autos em que foi 
concedida a medida, para instruir a petição inicial da ação a que se refere o § 2o, prevento o juízo 
em que a tutela antecipada foi concedida. 
§ 5o O direito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada, previsto no § 2o deste artigo, 
extingue-se após 2 (dois) anos, contados da ciência da decisão que extinguiu o processo, nos 
termos do § 1o. 
O autor também pode propor essa demanda no prazo de 2 anos? 
Sim, pode pleitear a confirmação da tutela já concedida, com o fim de, por meio de cognição exauriente, 
formar coisa julgada material. O art. 304, §4º, CPC fala em “qualquer das partes”. 
Enunciado 26, Enfam: Caso a demanda destinada a rever, reformar ou invalidar a tutela 
antecipada estabilizada seja ajuizada tempestivamente, poderá ser deferida em caráter liminar 
a antecipação dos efeitos da revisão, reforma ou invalidação pretendida, na forma do art. 296, 
parágrafo único, do CPC/2015, desde que demonstrada a existência de outros elementos que 
ilidam os fundamentos da decisão anterior. 
 
Cabimento: 
Embora não pacificado, a doutrina salienta que a estabilização da tutela antecipada antecedente pode 
ocorrer no procedimento comum e especial. Segundo enunciado 178 do Fonajef, porém, não é cabível nos 
juizados especiais (procedimento sumaríssimo). 
Enunciado 178: A tutela provisória em caráter antecedente não se aplica ao rito dos juizados 
especiais federais, porque a sistemática de revisão da decisão estabilizada (artigo 304 do 
CPC/2015) é incompatível com os artigos 4º e 6º da Lei nº 10.259/2001. 
Além disso, há enunciados permitindo-a em tutela referente a alimentos provisórios e contra a Fazenda 
Pública; e não permitindo em ação rescisória. 
Enunciado 500, FPPC: (art. 304) O regime da estabilização da tutela antecipada antecedente 
aplica-se aos alimentos provisórios previstos no art. 4º da Lei 5.478/1968, observado o §1º do 
art. 13 da mesma lei. 
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Enunciado 582, FPPC: (arts. 304, caput; 5º, caput e inciso XXXV, CF) Cabe estabilização da tutela 
antecipada antecedente contra a Fazenda Pública. 
Enunciado 130, II JDPC do CJF: É possível a estabilização de tutela antecipada antecedente em 
face da Fazenda Pública. 
Enunciado 43, I JDPC do CJF – Não ocorre a estabilização da tutela antecipada requerida em 
caráter antecedente, quando deferida em ação rescisória. 
Enunciado 421, FPPC: (arts. 304 e 969) Não cabe estabilização de tutela antecipada em ação 
rescisória. 
Leonardo da Cunha chama a atenção para o fato de que, nos casos em que se permite a tutela de urgência 
contra o Poder Público, é possível haver sim a tutela satisfativa antecedente, com a consequente 
estabilização9, mas há uma exceção: quando houver necessidade de expedição de precatório ou RPV, já que 
essas medidas exigem prévia coisa julgada. 
Enunciado 532 do FPPC: A expedição do precatório ou da RPV depende do trânsito em julgado 
da decisão que rejeita as arguições da Fazenda Pública executada. 
É necessária a remessa necessária para a estabilização de tutela contra a Fazenda Pública? 
Leonardo da Cunha entende desnecessária a remessa para que a estabilização possa ocorrer. De acordo com 
o autor, a estabilização, como se viu, não se confunde com a coisa julgada. 
Há algum benefício para o réu com a estabilização? Há vantagem para o réu se escolher 
permanecer em silêncio, sem interposição de recurso? 
Sim. 
O benefício do réu no fenômeno da estabilização é similar ao da monitória, isto é, não pagará custas, bem 
como pagará apenas 5% de honorários advocatícios de sucumbência. Isso por aplicação análogica com o art. 
701, caput e §1º, ambos do CPC. 
Art. 701. Sendo evidente o direito do autor, o juiz deferirá a expedição de mandado de 
pagamento, de entrega de coisa ou para execução de obrigação de fazer ou de não fazer, 
 
 
9 Nas obrigações de fazer, não fazer e entregar coisa, a Fazenda Pública se submete à mesma execução dos particulares (arts. 497 
e seguintes, CPC). Assim, é cabível a estabilização da tutela para o cumprimento dessas obrigações também. Nesses casos, a 
execução não dependerá do trânsito em julgado. 
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concedendo ao réu prazo de 15 (quinze) dias para o cumprimento e o pagamento de honorários 
advocatícios de cinco por cento do valor atribuído à causa. 
§ 1o O réu será isento do pagamento de custas processuais se cumprir o mandado no prazo. 
É o entendimento do enunciado 18 da Enfam: 
Enunciado 18, Enfam: Na estabilização da tutela antecipada, o réu ficará isento do pagamento 
das custas e os honorários deverão ser fixados no percentual de 5% sobre o valor da causa (art. 
304, caput, c/c o art. 701, caput, do CPC/2015). 
 
Em suma, para que haja a estabilização, é preciso: 
a) que o autor requeira a tutela provisória de urgência antecipada antecedente (só essa permite 
a estabilização10), bem como não peça o prosseguimento do processo; 
b) concessão da tutela antecedente pelo magistrado; 
c) não haja recurso11 (art. 304, caput) da parte ré, litisconsorte ou assistente simples; 
 
O aluno pode pensar: 
 
 
10 É o entendimento dos enunciados 420 e 502, FPPC: 
Enunciado 420: (art. 304) Não cabe estabilização de tutela cautelar. 
Enunciado 502. (art. 305, parágrafo único) Caso o juiz entenda que o pedido de tutela antecipada em caráter antecedente tenha 
natureza cautelar, observará o disposto no art. 305 e seguintes. 
Daniel Assumpção, de forma minoritária, entende que a estabilização deveria abranger também a tutela de evidência, pois esta 
tem características muitos próximas com a tutela antecipada. 
11 Ou, segundo a doutrina, qualquer outra manifestação de inconformismo. 
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Vi que o réu, depois de estabilizada a tutela e extinto o processo, terá o prazo de 2 anos para pleitear a 
revisão, reforma ou invalidação daquela tutela antecipada deferida. Nessa linha, lembrei-me de que o prazo 
de 2 anos é similar à ação rescisória. 
Ora, a pergunta é: Há diferença entre estabilização e coisa julgada? 
Sim. O próprio art. 304, § 6º aduz que a estabilização não se confunde com coisa julgada. 
§ 6o A decisão que concede a tutela não fará coisa julgada, mas a estabilidade dos respectivos 
efeitos só será afastada por decisão que a revir, reformar ou invalidar, proferida em ação ajuizada 
por uma das partes, nos termos do § 2o deste artigo. 
Em primeiro lugar, afirma Didier que não se pode dizer que houve julgamento ou declaração suficiente para 
a coisa julgada. Há a concessão da tutela e posterior extinção do processo sem resolução do mérito. 
Em segundo lugar, o artigo diz que, após dois anos para ajuizar a demanda para rever, invalidar ou reformar 
a tutela, os efeitos se tornam estáveis. O instituto da coisa julgada recai sobre o conteúdo (segundo Barbosa 
Moreira), não sobre os efeitos, residindo aqui mais uma diferença. 
Em terceiro lugar, é preciso dizer que não houve, em cognição exauriente, reconhecimento judicial do direito 
do autor. Procedeu-se apenas à cognição superficial, sumária e se concluiu não pela certeza, mas pela 
probabilidade do direito do autor. Como a coisa julgada exige cognição exauriente, essa estabilização é 
diferente de coisa julgada. 
Não havendo coisa julgada, não cabe rescisória. 
Enunciado 33, FPPC: (art. 304, §§) Não cabe ação rescisória nos casos estabilização da tutela 
antecipada deurgência. 
Obs2: percebam que, na ação monitória, a situação é diferente. 
A inércia do réu transforma, por ficção, uma decisão provisória em definitiva, passando a ter aptidão para a 
coisa julgada (art. 701, §3º), sendo o regime da monitória muito mais rigoroso. 
Art. 701, § 3o É cabível ação rescisória da decisão prevista no caput quando ocorrer a hipótese 
do § 2o. 
Obs3: é possível que essa estabilização ocorra em sede recursal? 
O CPC não tratou do tema de maneira expressa, de modo que essa questão ainda vem sendo objeto de 
debates incipentes no âmbito doutrinário. Como vimos acima, tendo o juiz denegado o pedido de tutela 
antecipada antecedente, a parte poderá interpor o recurso de agravo de instrumento (art. 1015, I, CPC). 
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i- Prazo para aditar a petição inicial caso seja deferida a tutela antecipada em caráter 
antecedente: Pelo menos 15 dias. 
ii- Prazo para emendar a petição inicial caso não seja concedida a tutela antecipada antecedente 
- o órgão jurisdicional determinará a emenda da petição inicial em até 5 (cinco) dias. 
iii- Prazo para rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada estabilizada: 2 (dois) anos. 
4.2 - Tutela provisória de urgência cautelar (antecedente) 
A tutela cautelar é a tutela que serve para proteger, resguardar o reconhecimento ou efetivação de um outro 
direito. Sempre envolve 2 direitos, um direito que resguarde a obtenção de um outro direito. 
Como já dito, ela pode ser requerida em caráter incidental ou antecedente. 
Trataremos, agora, da tutela cautelar requerida em caráter antecedente. 
Segundo Didier, tem por objetivos: 
Adiantar provisoriamente a eficácia da tutela definitiva cautelar; 
Assegurar a futura eficácia da tutela definitiva satisfativa. 
A petição inicial deverá conter: 
a) requerimento de concessão da tutela cautelar antecedente; 
b) indicação da lide e seus fundamentos, expondo a probabilidade do direito e o perigo na demora; 
Art. 305. A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter antecedente 
indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o 
perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
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Segundo enunciado 44, I JDPC do CJF, deverá também indicar o valor da causa, até porque o art. 308, CPC 
diz que, efetivada a tutela, o autor formulará o pedido principal, ocasião na qual não acarretará 
adiantamento de novas custas processuais12. 
Enunciado 44, I Jornada do CJF: É requisito da petição inicial da tutela cautelar requerida em 
caráter antecedente a indicação do valor da causa. 
Feito o pedido, Didier salienta que há duas hipóteses: 
1ª hipótese: Se houver pedido liminar, o juiz deverá apreciá-lo. 
2ª hipótese: Se não houver pedido liminar, deverá citar a parte contrária para que, em 5 (cinco) dias, ofereça 
contestação. 
Art. 306. O réu será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, contestar o pedido e indicar as provas 
que pretende produzir. 
Se o réu não contestar, será considerado revel, e os fatos alegados pelo autor serão considerados 
verdadeiros (art. 344, CPC). A partir dal, o juiz decidirá em 5 (cinco) dias. 
Art. 307. Não sendo contestado o pedido, os fatos alegados pelo autor presumir-se-ão aceitos 
pelo réu como ocorridos, caso em que o juiz decidirá dentro de 5 (cinco) dias. 
Se o réu contestar, seguirá o procedimento comum, podendo o juiz inclusive intimar novamente o autor para 
réplica. 
Art. 307, Parágrafo único. Contestado o pedido no prazo legal, observar-se-á o procedimento 
comum. 
Enunciado 381, FPPC: (arts. 9º, 350, 351 e 307, parágrafo único) É cabível réplica no 
procedimento de tutela cautelar requerida em caráter antecedente. 
A decisão do juiz, por sua vez, pode ser pela improcedência ou pela procedência. 
Improcedência: mesmo que não concedida a tutela provisória cautelar antecedente, pelo fato de a cautelar 
ser autônoma, é possível que o autor formule o pedido principal. 
 
 
12 Art. 308. Efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no prazo de 30 (trinta) dias, caso em 
que será apresentado nos mesmos autos em que deduzido o pedido de tutela cautelar, não dependendo do adiantamento de 
novas custas processuais. 
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Art. 310. O indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o pedido principal, 
nem influi no julgamento desse, salvo se o motivo do indeferimento for o reconhecimento de 
decadência ou de prescrição. 
E qual será o prazo? Adianta-se que é o único prazo que não está claro no CPC. O cenário, portanto, é o 
seguinte. 
Tutela de Urgência Antecipada Antecedente 
Concedida tutela antecedente Aditar a inicial em 15 dias ou em outro prazo 
maior que o juiz fixar (art. 303, §1º, I) 
Indeferida a tutela antecedente Aditar a inicial em 5 dias (art. 303, §6º) 
Tutela de Urgência Cautelar Antecedente 
Feito o pedido Não havendo pleito liminar (em que o juiz 
tem que decidir antes), o réu terá 5 dias para 
contestar (art. 306) 
Concedida a tutela cautelar antecedente Pleito principal em 30 dias a contar da 
efetivação total da cautelar (art. 308) 
Indeferida a tutela cautelar antecedente ? 
No indeferimento da tutela cautelar antecedente, não há prazo expresso no CPC para o pleito principal. De 
todo modo, alguns entendem pela aplicação do mesmo prazo para indeferimento de tutela antecipada 
antecedente art. 303, §6º (5 dias); outros pelo mesmo prazo da concessão da tutela cautelar antecedente 
(30 dias). O STJ, ainda, não pacificou o tema. 
Prosseguindo... 
Doutro lado, concedida a tutela cautelar antecedente, o requerente terá 30 dias para buscar a efetivação da 
medida, sob pena de cessar sua eficácia (art. 309, II, CPC). 
Art. 309. Cessa a eficácia da tutela concedida em caráter antecedente, se: II - não for efetivada 
dentro de 30 (trinta) dias; 
Se o requerente fez o que estava ao seu alcance, mas a medida não foi efetivada porque o réu não cumpriu 
a ordem ou por qualquer outro motivo, a eficácia da tutela cautelar antecedente não cessará. 
O que importa é se houve omissão ou não por parte do requerente. 
Enunciado 46, I JDPC do CJF: A cessação da eficácia da tutela cautelar, antecedente ou incidental, 
pela não efetivação no prazo de 30 dias, só ocorre se caracterizada omissão do requerente. 
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Doutro lado, segundo o STJ13, não atendido o prazo legal de 30 dias para formulação do pedido principal, a 
medida concedida perderá a sua eficácia e o procedimento de tutela antecedente será extinto sem exame 
do mérito. 
Se a tutela cautelar antecedente for concedida, uma vez efetivada a medida (arresto, sequestro, 
arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bens, busca e apreensão etc.), começa a 
correr o prazo de 30 dias úteis14 para que o autor formule o pedido principal (tutela definitiva satisfativa), 
sob pena de cessação da eficácia da cautelar (art. 309, I). 
Atenção1: a 4ª Turma do STJ disse que os 30 dias correm em dias úteis, pois, pelo CPC15, não se trata mais 
de lapso temporal para ajuizamento de uma ação, sujeita aos prazos materiais de prescrição e decadência 
(como era no art. 806 do CPC/73), mas sim ao prazo para a prática de um ato nos próprios autos, no mesmo 
processo, com previsão de ônus processual no caso do seu descumprimento. Assim, sendo prazo processual, 
conta-se em dias úteis. Todavia, no dia seguinte, a 1ª Turma do STJ15 definiu que esse prazo de30 dias para 
ajuizamento da ação principal oriunda de pedido formulado na tutela cautelar antecedente é decadencial. 
Até então, pois, não há uma unanimidade no STJ, tampouco pacificação emanada de sua Corte Especial. 
Atenção2: para que os 30 dias comecem a correr, a medida tem que ser totalmente implementada. Segundo 
o STJ16, o cumprimento parcial da tutela de urgência não tem o condão de fazer com que o prazo de 30 
(trinta) dias comece a fluir para a formulação do pleito principal. 
Art. 308. Efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no prazo 
de 30 (trinta) dias, caso em que será apresentado nos mesmos autos em que deduzido o pedido 
de tutela cautelar, não dependendo do adiantamento de novas custas processuais. § 1o O pedido 
principal pode ser formulado conjuntamente com o pedido de tutela cautelar. § 2o A causa de 
pedir poderá ser aditada no momento de formulação do pedido principal. 
Art. 309. Cessa a eficácia da tutela concedida em caráter antecedente, se: I - o autor não deduzir 
o pedido principal no prazo legal; 
Depois de formulado o pedido principal, o juiz intimará as partes, na pessoa de seus advogados, para 
comparecer à audiência de mediação e conciliação (art. 334, CPC). 
Art. 308, § 3o Apresentado o pedido principal, as partes serão intimadas para a audiência de 
conciliação ou de mediação, na forma do art. 334, por seus advogados ou pessoalmente, sem 
necessidade de nova citação do réu. 
 
 
13 STJ, 3ª T, REsp 2.066.868-SP, Rel. Min. Nancy, d.j. 20/6/23, info 780. 
14 STJ, 4ª T, Resp. 1763736/RJ, Rel. Min. Antônio Carlos Ferreira, d.j. 21/06/22, edição especial 25/07/22. Enunciado 165, III JDPC 
do CJF: Conta-se em dias úteis o prazo do caput do art. 308 do CPC. 
15 STJ, 1ª T, AgInt no Resp 1982986/MG, Rel. Min. Benedito, d.j. 20/06/22, edição 18/07/22. 
16 STJ, Resp. 1954457/GO, Rel. Min. Moura Ribeiro, d.j. 09/11/2021, info 718. 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art334
 
 
 
 
 
 
 
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Se não houver conciliação, o réu terá 15 dias para contestar o pedido principal. 
Art. 308 § 4o Não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma 
do art. 335. 
Prosseguindo o processo conforme o procedimento comum, o juiz poderá intimar o autor para réplica. 
Depois, poderá julgar antecipadamente o mérito (art. 355 ou 356, CPC). 
Caso não o faça, poderá dar início à fase instrutória. 
No fim, irá julgar a tutela cautelar em definitivo (confirmando, modificando ou revogando), bem como a 
tutela satisfativa definitiva (pedido principal). 
Se o juiz julgar extinto o processo sem resolução do mérito; ou improcedente o pedido principal, a eficácia 
da cautelar cessará (art. 309, III, CPC). 
Art. 309. Cessa a eficácia da tutela concedida em caráter antecedente, se: 
III - o juiz julgar improcedente o pedido principal formulado pelo autor ou extinguir o processo 
sem resolução de mérito. 
O enunciado 504, FPPC salienta que mesmo que o pedido for julgado procedente, a eficácia da tutela 
cautelar também cessará, uma vez que a tutela provisória cautelar (natureza provisória) será substituída pela 
tutela definitiva. 
Enunciado 504, FPPC: (art. 309, III) Cessa a eficácia da tutela cautelar concedida em caráter 
antecedente, se a sentença for de procedência do pedido principal, e o direito objeto do pedido 
foi definitivamente efetivado e satisfeito. 
E, uma vez prolatada decisão definitiva, formará coisa julgada material, segundo parcela doutrinária, não 
podendo ser reproposta nos mesmos termos. 
Art. 309, Parágrafo único. Se por qualquer motivo cessar a eficácia da tutela cautelar, é vedado 
à parte renovar o pedido, salvo sob novo fundamento. 
É possível a tutela provisória cautelar antecedente no processo coletivo? 
A jurisprudência não formou sua convicção, mas o enunciado 503, FPPC é favorável. 
Enunciado 503, FPPC: (arts. 305-310; art. 4º da Lei 7347/1985; art. 16 da Lei 8.249/1992) O 
procedimento da tutela cautelar, requerida em caráter antecedente ou incidente, previsto no 
Código de Processo Civil é compatível com o microssistema do processo coletivo. 
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Fungibilidade 
Já falamos sobre fungibilidade, mas é importante pontuar que, embora o art. 305, parágrafo único, mencione 
somente fungibilidade da tutela cautelar para a satisfativa, a doutrina é pacífica em dizer que é possível a 
fungibilidade no duplo sentido. 
Há uma mão dupla entre tutela provisória cautelar e antecipada. Se a parte pede uma e o juiz entende que 
está pedindo outra, poderá apreciar normalmente. 
Art. 305, Parágrafo único. Caso entenda que o pedido a que se refere o caput tem natureza 
antecipada, o juiz observará o disposto no art. 303. 
5 - TUTELA DE EVIDÊNCIA 
A novidade do CPC/15 foi sistematizar a tutela de evidência e assim chamá-la. 
A tutela de evidência é técnica processual que pretende também redistribuir o ônus que advém do tempo 
para o transcurso do processo. Se a parte já tem um direito patente, evidente, conforme os incisos, não é 
justo que o ônus pela demora processual recaia sobre o autor. 
Assim, a tutela de evidência promove uma sumarização do procedimento, possibilitando à parte que tem 
um direito evidente que já usufrua logo (provisoriamente). 
5.1 - Requisitos 
A tutela de evidência não depende do perigo na demora (perigo de dano ou risco ao resultado útil do 
processo), necessitando apenas a probabilidade do direito, que se caracteriza pela subsunção do caso aos 
incisos (I a IV) do art. 311, CPC. 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo 
de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: 
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte; 
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese 
firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; 
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de 
depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação 
de multa; 
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do 
direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável. 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art303
 
 
 
 
 
 
 
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Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente. 
5.2 - Inciso I 
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte; 
O réu, sabedor de que não possui o direito, atua deliberadamente para que o autor suporte o ônus do tempo 
do processo. 
A doutrina17 diz que abuso do direito de defesa se configuraria por meio de atos praticados no processo, 
enquanto que o manifesto propósito protelatório seriam os atos praticados fora do processo. 
Mas apenas esses requisitos (abuso da defesa ou manifesto propósito protelatório) seriam 
suficientes? 
Diz-se que seria absurda a concessão da tutela de evidência apenas com base nessa atitude do réu. Ora, é 
necessário que o autor demonstre, no mínimo, uma probabilidade de seu direito. 
Enunciado 47, FPPC: A probabilidade do direito constitui requisito para concessão da tutela da 
evidência fundada em abuso do direito de defesa ou em manifesto propósito protelatório da 
parte contrária. 
É possível a concessão da tutela de evidência contra a Fazenda Pública? 
Enunciado

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