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ANATOMIA E FISIOLOGIA OCULAR EXAME 
OFTÁLMICO 
 
 
 
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NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empre-
sários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação 
e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade ofere-
cendo serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a partici-
pação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação 
contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos 
e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber atra-
vés do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Sumário 
ANATOMIA E FISIOLOGIA OCULAR EXAME OFTÁLMICO ............................. 1 
NOSSA HISTÓRIA ............................................................................................. 2 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4 
2.ANATOMIA ...................................................................................................... 5 
2.1Músculos e Anexos Oculares .................................................................... 6 
2.1.1Músculos ............................................................................................. 6 
2.1.2 Anexos Oculares ................................................................................ 8 
2.2 Globo Ocular ........................................................................................... 11 
2.2.1Túnica Fibrosa .................................................................................. 12 
2.2.2 Túnica Vascular................................................................................ 12 
2.2.3 Túnica Nervosa ................................................................................ 14 
2.3 Câmaras de Olho e Humor vitríneo ........................................................ 15 
2.3.1Meios de Refração ............................................................................ 16 
2.4 Irrigação Sanguínea e Inervação do Olho .............................................. 17 
3.EXAME OFTÁLMICO .................................................................................... 18 
3.1 Resenha ................................................................................................. 20 
3.2 Anamnese ............................................................................................... 21 
3.3 Exames ................................................................................................... 22 
3.4 Teste de Produção Lacrimal de Schirmer ............................................... 24 
3.5 Tonometria .............................................................................................. 25 
3.6 Reflexo pupilar fotomotor direto e consensual ........................................ 26 
3.7 Midriáticos (oftalmoscopia) ..................................................................... 27 
3.8 Corantes ................................................................................................. 29 
3.9 Procedimentos específicos ..................................................................... 31 
3.10 Equipamentos ....................................................................................... 32 
3.10.1 Fonte de Luz Artificial (Lanterna) ................................................... 32 
3.10.2 Magnificação dos Campos a Serem Examinados (Lupas) ............. 32 
3.10.3 Transiluminador.............................................................................. 33 
3.10.4 Oftalmoscópio ................................................................................ 33 
3.10.5 Tonômetros .................................................................................... 35 
3.11 Terminologia específica ........................................................................ 36 
CONCLUSÃO ................................................................................................... 37 
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 38 
file:///C:/Users/Tatiane/Desktop/ANATOMIA%20E%20FISIOLOGIA%20OCULAR%20EXAME%20OFTÁLMICO/Apostila%20ANATOMIA%20E%20FISIOLOGIA%20OCULAR%20EXAME%20OFTÁLMICO.docx%23_Toc61939267
 
 
 
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1. INTRODUÇÃO 
 
A visão é um fenômeno sensorial fundamental que oferece uma vanta-
gem de sobrevivência distinta para a maioria dos animais existentes hoje. Neste 
material vamos aprender sobre anatomia e fisiologia do bulbo ocular e seus ane-
xos, entendendo como cada parte do olho funciona e como elas se inter-relacio-
nam. Após entender como a estrutura ocular funciona, vamos estudar como se 
aplicamo os principais exames, tanto para diagnóstico como para tratamento das 
enfermidades, quais são os principais instrumentos utilizados na oftalmologia e 
como se faz um exame oftalmológico completo. 
 Apesar de possuir algumas diferenças substanciais entre as espécies, 
as semelhanças básicas entre os olhos de todos os vertebrados e como eles 
respondem às doenças permitem que o clínico trate com segurança uma ampla 
gama de condições oculares em diversos conjuntos de espécies. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2.ANATOMIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O bulbo ocular e os anexos oculares constituem o sistema ocular dos 
animais. O bulbo é a parte principal do mecanismo de visão, já os anexos são 
responsáveis pela proteção do olho. Formado por três camadas ou túnicas: a 
camada externa, também conhecida como túnica fibrosa (composta por córnea 
e esclera), a camada média ou úvea (composta por íris, corpo ciliar e coroide) e 
a camada mais central ou túnica nervosa (composta por retina e nervo óptico); 
O humor aquoso, a lente e o humor vítreo são os meios transparentes 
do bulbo ocular, fazem a transmissão do raio luminoso para a retina e ajudam a 
manter o bulbo distendido, já o filme lacrimal não é uma camada anatômica e 
sim uma camada fisiológica, mas também faz parte dos meios transparentes do 
bulbo. Os anexos oculares, responsáveis pela proteção do bulbo, são: órbita e 
fáscia orbitária, músculos e gordura extraoculares pálpebras, terceira pálpebra e 
conjuntiva. 
 
 
 
 
 
 
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2.1Músculos e Anexos Oculares 
 
2.1.1Músculos 
 
Segundo Getty (1986), o olho possui vários músculos, entre eles, os ex-
ternos à orbita, destacando o músculo orbicular do olho, que é o esfíncter das 
pálpebras; o músculo levantador medial do ‚ângulo do olho, que corre da fáscia 
nasofrontal, rostromedialmente, para unir-se ao músculo orbicular do olho no 
sentido canto medial, ele levanta a porção medial da pálpebra superior; o mús-
culo retrator lateral do ‚ângulo do olho, que surge da fáscia temporal caudal ao 
canto lateral do olho e corre rostralmente como uma faixa estreita para aprofun-
dar-se no músculo orbicular do olho; e o músculo malar, que é constituído por 
fibras verticais que acendem a pálpebra inferior e age para deprimi-la. Os mús-
culos extra-oculares estão sujeitos depois da a abertura da periórbita. São eles: 
reto superior, reto inferior, reto lateral, reto ventral, oblíquo superior, oblíquo in-
ferior e retrator do bulbo ocular, que não é comum no homem. Os quatro mús-
culos retos inserem-sena esclera, posteriormente ao limbo do globo ocular. Os 
músculos reto, medial, lateral e dorsal possuem origens na periferia do forame 
óptico. O músculo oblíquo ventral tem origem próxima à sutura entre os ossos 
 
 
 
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lacrimal e maxilar. O músculo retrator do bulbo é constituído por 4 feixes muscu-
lares distintos que possuem suas origens próximas à margem medial da fissura 
orbitaria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A órbita é a fossa óssea que separa o olho da cavidade cranial, a envolve 
e a protege, permitindo a passagem de vasos sanguíneos e nervos envolvidos 
nas funções oculares através dos forames. Pode ser fechada, formada pelos 
ossos frontal, lacrimal, esfenoide, zigomático, palatino e maxilar, encontrada nos 
equinos, bovinos, ovinos e caprinos, ou aberta, em que é completada pelo liga-
mento infraorbitário, localizado entre o processo zigomático do osso frontal e o 
processo frontal do osso zigomático, encontrada nos suínos e carnívoros, per-
mitindo maior abertura mandibular. Outra variação encontrada nas espécies é a 
localização da órbita dentro do crânio, nos cães e gatos, os olhos são localizados 
anteriormente, permitindo maior grau de visão binocular e percepção de profun-
didade; já em bovinos, ovinos e equinos, os olhos são localizados lateralmente, 
possibilitando uma visão panorâmica. Os músculos extraoculares são responsá-
veis pelo suporte do bulbo na órbita e têm a função de fornecer motilidade ao 
olho, constituem-se de quatro músculos retos (medial, lateral, superior e inferior), 
dois músculos oblíquos (inferior e superior) e o músculo retrator do bulbo. 
 
 
 
 
 
 
 
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2.1.2 Anexos Oculares 
 
Pálpebras 
 
As pálpebras nos animais domésticos, são em número de três, consti-
tuindo em: superior, inferior e terceira pálpebra. A superior e a inferior convergem 
e se unem, formando os ângulos medial e lateral. O espaço entre elas é deno-
minado de rima da pálpebra (com tamanho variável, dependendo se abertas ou 
fechadas). A face exterior está coberta de pêlos; a interior é revestida pela con-
juntiva, uma camada de túnica mucosa sublinhada por faseia. 
As pálpebras são duas dobras de pele móveis, que se encontram nos 
cantos medial e lateral e se fecham para cobrir o bulbo ocular durante o piscar, 
a abertura de suas bordas livres forma a fissura palpebral. As principais funções 
das pálpebras são proteger o olho por meio do reflexo palpebral, remover corpos 
e materiais estranhos da córnea, prover componentes da lágrima, redistribuir o 
filme de lágrimas, remover as lágrimas por meio de piscada e prover aporte de 
oxigênio à córnea. Seu movimento se dá através do músculo orbicular (locali-
zado imediatamente sob a pele) cuja atividade motora é o reflexo de fechamento 
palpebral. Além do músculo orbicular, o músculo elevador da pálpebra, o mús-
culo de Müller e os músculos superficiais faciais, que também compõem as pál-
pebras, são responsáveis por sua movimentação e por manter aberta a fissura 
palpebral. A terceira pálpebra é uma dobra de conjuntiva, móvel e protetora, que 
se encontra entre o bulbo ocular e a pálpebra inferior, na porção nasal do saco 
conjuntival inferior, contém em seu interior uma placa cartilaginosa em forma de 
“T”, uma glândula túbulo acinar, tecido linfoide e células caliciformes, pode ou 
não ser pigmentada e suas principais funções são a proteção física da córnea, 
produção da camada aquosa do filme lacrimal, distribuição do filme lacrimal e 
suporte imunológico na produção de anticorpos e lisozima. A conjuntiva é a 
membrana mucosa móvel mais exposta do organismo, recobre as superfícies 
internas das pálpebras, superfície interna e externa da terceira pálpebra e porção 
anterior do bulbo ocular. Suas principais funções incluem o aumento da mobili-
dade das pálpebras, prevenção do ressecamento da córnea e atuação como 
barreira contra microrganismos e corpos estranhos. 
 
 
 
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Para a movimentação das pálpebras, estão envolvidos diversos múscu-
los superficiais e um músculo levantador mais profundo. Os músculos superfici-
ais são o músculo orbicular do bulbo, levantador do ângulo do bulbo medial e 
frontal. O músculo orbicular do bulbo circunda completamente a rima da pálpebra 
e é bem desenvolvido. O músculo retrator do ângulo do bulbo surge de uma parte 
do músculo frontal; cruza as fibras do músculo orbicular antes de se entrelaçar 
com suas fibras dispostas concentricamente. 
O músculo levantador da pálpebra superior é um músculo delgado que 
surge na parte caudal da órbita, entre o músculo reto dorsal e o músculo oblíquo 
dorsal. E inervado pelo nervo oculomotor. A conjuntiva da pálpebra é suprida 
pelas artérias palpebral e ciliar anterior. A glândula nictitante está associada à 
cartilagem da terceira pálpebra, produzindo uma secreção seromucóide, que 
funciona como um lubrificante ocular semelhante à secreção da glândula lacri-
mal. Possui formato triangular e não é muito volumosa no gato. 
 
 
 
Aparelho Lacrimal 
 
As glândulas lacrimais são constituídas por células serosas que contém 
no seu ápice grânulos de secreção que se coram fracamente e a sua porção 
secretora é envolvida por células mioepiteliais. Essas glândulas produzem uma 
secreção salina, com a mesma concentração de cloreto de sódio que a do san-
gue, é pobre em proteínas e contém uma enzima, lisozima, que digere a cápsula 
 
 
 
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de certas bactérias. O aparelho lacrimal compreende uma série de glândulas 
serosas, seromucosas e os sistemas de ductos que drenam suas secreções a 
partir do saco conjuntival. A glândula lacrimal é achatada e se localiza entre o 
bulbo do olho e a parede dorsolateral da Orbita, ela produz lágrimas em resposta 
estimulação nervosa parassimpática. O nervo lacrimal surge do nervo oftálmico 
em sua origem e percorre rostrodorsalmente ao longo do músculo reto dorsal 
para terminar na glândula lacrimal. 
Ele emerge no ligamento orbitário e se une aos nervos zigomático e fron-
tal na formação do plexo auricular, no entanto, em alguns casos ele pode surgir 
do nervo maxilar. 
A eliminação da lágrima é realizada através dos pontos e canalículos 
lacrimais e do ducto nasolacrimal, que são constituídos por uma mucosa coberta 
por um epitélio estratificado pavimentoso, que contém algumas glândulas muco-
sas e células ciliadas as quais contribuem para a eliminação lacrimal. 
O filme lacrimal é um leito trilaminar cuja integridade é essencial para a 
manutenção da integridade da superfície ocular . Ele é uma camada de proteção 
essencial, cujo desaparecimento resulta em graves alterações na conjuntiva. Ele 
é secretado pelas glândulas lacrimais, glândulas tarsais, glândulas da terceira 
pálpebra e células globosas da conjuntiva. As três camadas do filme lacrimal são 
divididas em: camada lipídica mais externa, que se origina da secreção das glân-
dulas tarsais e ajuda a espalhar as lágrimas, retardando a dissolução da película. 
A camada aquosa média, derivada das glândulas lacrimais, que umedece e nutre 
a córnea, e a camada de muco mais interna, produzida pelas células caliciformes 
da conjuntiva, que mantém o filme lacrimal bem junto com a córnea. 
 
Filme Pré-corneal 
 
O filme pré-corneal, também conhecido como lágrima, é uma camada de 
proteção essencial às conjuntivas palpebrais e à superfície ocular. Ele é secre-
tado pelas glândulas lacrimal principal (porção aquosa da lágrima), da terceira 
pálpebra (porção aquosa da lágrima) e társicas (porção lipídica da lágrima), além 
das células caliciformes da conjuntiva (porção mucóide da lágrima). As suas fun-
ções são: 
1. Manter uma superfície corneana opticamente uniforme; 
 
 
 
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2. Remover debris e corpos estranhos da córnea e do saco conjuntival; 
3. Fornecer um meio de transferência do oxigénio atmosférico, células 
inflamatórias e anticorpos para a córnea; 
4. Ação antimicrobiana. A inervação da glândula lacrimal e o controlede 
sua secreção são realizados por fibras da divisão oftálmica do nervo trigêmeo, 
facial e ganglionar pterigopalatino, além de fibras simpáticas do plexo carotídeo, 
que chegam à glândula lacrimal. 
 
Periórbita e Faseias Orbitarias 
 
A periórbita é a camada externa de faseia que circunda o conteúdo da 
órbita. Na faseia da órbita do cão há uma camada distinta que circunda os ven-
tres dos músculos extra-oculares. A faseia do bulbo passa do bulbo para o nervo 
óptico, onde continua como a camada externa de faseia que circunda o nervo 
óptico. 
 
2.2 Globo Ocular 
 
O globo ocular é composto por três túnicas observadas em todos os ver-
tebrados: a camada externa chamada fibrosa (córnea e esclera), a camada mé-
dia ou túnica vascular (íris, corpo ciliar e coróide) e a camada interna ou túnica 
nervosa (retina). O bulbo ocular fornece uma visão monocular ou binocular, de-
pendendo da espécie. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2.2.1Túnica Fibrosa 
 
A córnea é uma estrutura anesférica e transparente que, juntamente com 
a esclera, compõe a túnica fibrosa do olho. A região de transição entre essas 
duas estruturas chama-se limbo esclerocorneal, que é um pouco mais largo nas 
porções inferior e superior. Naturalmente não pigmentada e avascular, desem-
penha as funções de manutenção da forma do olho, além da convergência dos 
raios luminosos nela incidentes. Apresenta importantes propriedades ópticas, 
graças a seu formato, índice refrativo e transparência, funcionando como uma 
lente convergente, responsável por 70% do poder dióptrico do olho do homem e 
por 80% do poder total de refração nas espécies domésticas, comparativamente 
às demais estruturas especializadas nessa função. Confere, também, estrutura 
e proteção ao olho, graças a sua alta resistência mecânica. No cão e em outras 
espécies animais, a córnea é formada por quatro camadas distinguíveis, da mais 
externa para a mais interna: epitélio, estroma, lâmina limitante posterior (mem-
brana de Descemet) e endotélio. 
A esclera é a maior parte da túnica fibrosa do olho. Ela é branca, varia-
velmente cinza ou azul e encontra a córnea em uma região transicional chamada 
limbo. 
 
2.2.2 Túnica Vascular 
 
A túnica vascular ou trato uveal localiza-se entre a camada fibrosa e a 
retina e é constituída pela íris, corpo ciliar e coroide. A íris e o corpo ciliar fazem 
parte da úvea anterior, ao passo que a coroide faz parte da úvea posterior. A 
coroide reveste a esclera a partir do nervo óptico até quase o limbo. Contém uma 
rede compacta de vasos sanguíneos embutida em tecido conjuntivo, intensa-
mente pigmentado. Essa rede capilar é suprida pelas artérias ciliares posteriores 
e drenada pelas veias vorticosas. O tapetum lucidum é uma das camadas da 
 
 
 
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coroide e se caracteriza por uma camada fibrosa ou celular. Sua superfície re-
fletora de luz ou "espelho ocular" orienta a luz incidida sobre a retina no sentido 
das células fotorreceptoras contribuindo para uma visão adaptada ao escuro (vi-
são escotópica). A forma, tamanho, cor e distribuição do tapetum lucidum varia 
entre as espécies. Ele é responsável pelo "brilho dos olhos", observado durante 
o exame de fundo de olho, ou à noite, em condições de iluminação reduzida. O 
corpo altar (continuação anterior da coroide) c um anel em relevo, com arestas 
(conhecidas como processos ciliares) emitidas em direção à lente. O corpo ciliar 
do cão não possui grupos distintos de fibras musculares resultando, assim, em 
uma capacidade limitada de acomodação. No gato, o corpo ciliar só pode produ-
zir acomodação limitada pela modificação do formato da lente. Essa espécie 
possui um grande número de fibras meridionais em seu músculo ciliar, porém 
com reduzido número de fibras radiais e circulares. Assim, a contração do mús-
culo ciliar promove: o relaxamento das zônulas da lente, com mudança no for-
mato da lente e acomodação da visão, bem como a drenagem do humor aquoso. 
A íris é a extensão do revestimento da coroide para o compartimento anterior. 
As suas margens livres da íris, que têm orientação radial, definem o espaço pu-
pilar ou pupila. O tamanho da pupila e a quantidade de luz que atinge a retina 
são regulados pelos músculos esfincterianos e dilatores lisos da íris. Ela possui 
a função de controlar a passagem da luz pelo espaço pupilar. A íris é a porção 
mais anterior da túnica vascular ela consiste em um anel pigmentado que fica 
entre a córnea e o cristalino, tendo como principal função controlar a entrada de 
luz no olho por meio da pupila. A pu-
pila muda de tamanho com a varia-
ção na intensidade da luz ambiente, 
sendo constrita sob luz forte e dila-
tada sob luz fraca, controlando a 
quantidade de luz que entra nos 
olhos. A borda pupilar possui um 
músculo liso, esfinctérico, responsável pela contração da pupila; e um de estru-
tura mioepitelial, dispondo-se radialmente, que ajuda a produzir a dilatação da 
pupila. A inervação motora da Íris é autônoma, com fibras colinérgicas e adre-
 
 
 
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nérgicas inervando tanto o esfíncter quanto o músculo dilatador da pupila, em-
bora se atribua ao primeiro a predominância de uma inervação parassimpática e 
manutenção da tonicidade do segundo uma inervação simpática. 
 
 
2.2.3 Túnica Nervosa 
 
Também conhecida como refina, a túnica nervosa é responsável pela 
recepção e tradução do estímulo luminoso e a transmissão desses sinais pelo 
nervo óptico, na forma de impulsos nervosos, para o córtex visual. A retina se 
inicia onde o nervo óptico penetra na coróide, com o formato de um cálice côn-
cavo, revestindo a coróide e terminando na borda pupilar. Apenas dois terços, 
aproximadamente, da retina podem ser atingidos pela luz que penetra no olho 
através do espaço pupilar. Com isso, apenas essa porção da retina possui célu-
las receptoras. Ela possui dez camadas de tecidos nervosos, sendo a principal 
formada por células fotorreceptoras. Essas células são denominadas de cones 
e bastonetes. Os bastonetes estão relacionados à visão em preto e branco, ao 
passo que os cones, pela visão em cores. Os bastonetes estão distribuídos por 
toda a retina e são em menor número que os cones, que apresentam uma distri-
buição predominante na área central retiniana. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Essa porção central é responsável pela visão sob intensa iluminação e 
pela visão aguda. A porção restante da retina é rica em bastonetes que são res-
ponsáveis pela adaptação da visão ao escuro. Arteríolas e vênulas emergem do 
 
 
 
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disco óptico e se fundem de várias formas para nutrir e drenar a retina. As arte-
ríolas são ramos da artéria central da retina que chega ao disco do nervo óptico 
em seu centro. A distribuição dos vasos retinianos varia entre as espécies do-
mésticas. A maioria dos animais domésticos (grandes e pequenos ruminantes, 
suínos e carnívoros) e primatas possui um padrão vascular denominado holan-
giótico, caracterizado pela distribuição dos vasos retinianos principais, a partir 
da papila óptica. Os equinos possuem um padrão parangiótico, que se caracte-
riza pela presença de poucos vasos sanguíneos restritos à área da papila óptica. 
O cão possui um fundo de olho em que os vasos sanguíneos são uma continu-
ação direta das artérias principais ou uma rede ciliorretiniana. Normalmente, há 
duas ordens ou tamanhos de veias e uma ordem de artérias visíveis, quando o 
fundo do olho for examinado por meio de oftalmoscopia. As veias do fundo do 
olho são menos tortuosas que as artérias. Tanto a ordem primária de veias como 
a secundária são maiores que as artérias, sendo a circulação venosa de um 
vermelho mais escuro que a arterial. As veias estão dispostas ao redor do disco 
óptico, de tal modo que pode haver um vaso dor sal, ventral, ventronasal e ven-
trotemporal. As veias fúndicas primárias formam um círculo, um semicírculo ou 
um "Y" invertido dentro do disco. A papilaóptica (disco) pode ser redonda, oval, 
triangular e até quadrangular. A coloração varia do cinza ao cor-de-rosa e pode 
estar alterada pelo grau de plenitude das anastomoses venosas dentro do disco. 
O epitélio pigmentar da retina é a sua camada mais externa, sendo pigmentada 
(coloração homogénea marrom) apenas no pólo inferior da retina. A função 
desse epitélio pigmentar é essencial para a integridade e funcionabilidade da 
retina. A retina é a membrana metabolicamente mais ativa do corpo, indicada 
pelo alto consumo de oxigénio. Interrupção em qualquer vaso coroidal ou retini-
ano resulta em rápida isquemia com grave e irreversível perda de função. 
 
2.3 Câmaras de Olho e Humor vitríneo 
 
O olho pode ser dividido em dois segmentos, o anterior e o posterior, 
onde o anterior se encontra anterior a lente e o posterior a lente. Ainda podemos 
encontrar uma divisão no segmento anterior, que é a câmera anterior do bulbo 
onde sua limitação anteriormente é a córnea e posteriormente a íris, e a câmara 
posterior onde limita-se entre a íris e a lente, há uma comunicação entre essas 
 
 
 
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câmaras através da pupila. Essas câmaras são preenchidas por um líquido de-
nominado humor aquoso. Posteriormente, entre a lente e a retina está a câmara 
vítrea que contém o corpo vítreo. 
O humor aquoso é um liquido transparente encontrado nas câmeras an-
terior e posterior do olho. Sua taxa de produção e absorção é suficientemente 
elevada para repor o volume total das câmaras, várias vezes ao dia 
 
 
2.3.1Meios de Refração 
 
Os meios de refração dos olhos são: córnea, câmara anterior, lente e 
vítreo. A lente é uma estrutura biconvexa composta de células e seus processos. 
As células crescem de tal modo que a lente é formada por lâminas concêntricas 
de fibras lenticulares. Existem quatro estruturas distintas na lente: as cápsulas 
anterior e posterior da lente, córtex e núcleo da lente. A lente é transparente, 
avascular e está presa pelo seu equador por meio das zônulas da lente (liga-
mentos suspensórios), que são fibras colágenas atadas ao corpo ciliar. Altera-
ções na tensão dessas fibras mudam a curvatura das superfícies da lente, resul-
tando em acomodação visual, já descrita anteriormente. A face interna da cáp-
sula anterior possui um epitélio composto por células epiteliais cubóides e epite-
liais colunares. Esse epitélio é importante no transporte de cátions pela cápsula 
da lente. As células da lente produzem a substância do córtex e as arranja em 
sucessivas camadas presas umas às outras pelo cemento. Devido ao fato de ser 
avascular, o seu metabolismo é precário e depende de um constante forneci-
mento de nutrientes pelo humor aquoso. Qualquer distúrbio na composição do 
mesmo afeta o metabolismo da lente, podendo levar a opacificações das suas 
estruturas, caracterizando o que se denomina de catarata. 
A córnea é a parte transparente da túnica fibrosa e a camada refratária 
mais poderosa do olho. Sua transparência e curvatura regular são elementos 
essenciais para o foco da luz na retina. Ela é avascular e sua nutrição se dá 
pelos vasos do limbo e do fluido da câmara anterior do olho. 
O Vitríneo ocupa o espaço situado entre o cristalino e a retina, compri-
mindo-a contra a coroide. Consiste numa massa de consistência gelatinosa, que 
 
 
 
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adquire a forma da cavidade, formada por água e por um estroma de fibras deli-
cadas, sendo o seu volume constante 
 
2.4 Irrigação Sanguínea e Inervação do Olho 
 
Nos animais domésticos, a irrigação do olho é feita pela artéria oftálmica 
interna rudimentar. A principal irrigação nos mamíferos domésticos é dada pela 
artéria oftálmica externa, um ramo derivado da artéria maxilar que passa ventral-
mente à órbita para irrigar estruturas mais rostrais da face. Essas artérias podem 
ser divididas em três grupos: 
1. ramo da artéria oftálmica externa (que irriga o bulbo ocular, túnica 
vascular e retina); 
2. vasos que irrigam os músculos extraoculares; 
 3. vasos que deixam a órbita para irrigar os anexos oculares 
 
 
A inervação do olho é feita por seis nervos cranianos: nervo óptico (II 
par), nervo oculomotor (III par), nervo troclear (IV par), nervo trigêmeo (V par), 
nervo abducente (VI par) e nervo facial (VII par). A maioria entra no cone orbitá-
rio, mas alguns atingem diretamente as estruturas acessórias. A via visual inclui 
o nervo óptico, o quiasma óptico, núcleos geniculados laterais, as radiações óp-
ticas e o lobo occipital do córtex cerebral. 
 
 
 
 
 
 
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3.EXAME OFTÁLMICO 
 
O exame ocular é extremamente gratificante procedimento para o exa-
minador porque o olho empresta se à inspeção visual como nenhum outro órgão 
e muitas vezes permite que um diagnóstico clínico instantâneo seja feito no mo-
mento da consulta. O exame ocular também pode fornecer informações impor-
tantes sobre outros sistemas orgânicos. No que diz respeito ao sistema nervoso, 
o exame ocular não permite apenas a avaliação dos reflexos neuro-oftálmicos, 
mas o examinador é também é capaz de inspecionar visualmente o nervo óptico, 
que é em comunicação direta com o cérebro e é sur-arredondado pelas menin-
ges e líquido cefalorraquidiano (CSF). O exame básico permite inspeção visual 
de veias e artérias e fornece informações importantes informações sobre o sis-
tema cardiovascular. Fundoscopia pode ser uma maneira rápida e barata de 
alertar o examinador para a possível presença de hipertensão, especialmente 
em gatos idosos. Por detectar hemorragias conjuntivais ou retinais, o exame ine-
rente pode ser direcionado para um sistema coagulopatia, e muitas doenças me-
tabólicas podem presente com sinais oculares no início do curso da doença fa-
cilidade (por exemplo, formação de catarata em diabetes mellitus e icterícia na 
doença hepática). A saúde da córnea superfície pode ser um indicador para mui-
tos meios imunológicos condições infectadas e infecciosas, e até mesmo a po-
sição do globo dentro da órbita e a posição do terceira pálpebra pode dar ao 
examinador observador informações do paciente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
 
 
 
É fundamental que a sala para se realizar o exame oftálmico seja calma 
e com luminosidade controlada com a possibilidade de fornecer escuridão com-
pleta. A iluminação controlada permite avaliar a simetria pupilar e fazer testes 
como o do labirinto em ambiente iluminado (condições fotópicas) e de pouca 
luminosiodade (condições escotópica). Os instrumentos necessários para se fa-
zer um exame oftálmico são: 
- lanterna; 
- oftalmoscópico; 
 - tonômetro; 
 - testes lacrimais de Schirmer; 
 - corante de fluoresceína; 
- anestesia ocular tópica; 
- sedativos; 
- midriáticos tópicos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
 
 Os instrumentos requerem prática e paciência para serem manipulados 
corretamente, mas facilitam o veterinário no sentido de completar o exame ocu-
lar. Swabs estéreis para cultura e lâmina de microscopia são necessários para 
obter amostras para cultura e citologia. Formulários ajudam a fazer um exame 
oftálmico completo sem correr o risco de pular etapas, didaticamente dividiremos 
o exame em três partes (resenha, anamnese e exame oftalmológico). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.1 Resenha 
 
A raça, idade e sexo trazem informações importantes para o diagnóstico 
e o prognóstico. 
Raça - muitas raças têm predisposição para doenças oculares como, por 
exemplo, o entrópio em cães Shar-Pei e luxação primária da lente em cães Ter-
riers. 
 Idade - a idade é fator predisponente para certas doenças oculares 
como a nictalopatia e comprometimento visual em filhotes de cães e gatos com 
displasia dos fotorreceptores. 
A esclerose nuclear da lente ocorre com mais frequências em cães com 
mais de seis a oito anos de idade. Filhotes de cães e gatos têm as pálpebras 
fundidas (anciloblefaro) nos primeiros sete a 14 dias de vidao que impede o 
exame ocular. A visão é limitada no neonato, pois o desenvolvimento das vias 
visuais e do olho prossegue durante os primeiros meses de vida, a retina e a 
coróide nos cães e gatos se completa aos três meses de idade. 
 
 
 
21 
O reflexo de ameaça é aprendido e em geral não está presente até o 
animal completar três meses. 
Sexo - a atrofia progressiva da retina, ligada ao cromossomo X, no Husky 
Siberiano macho, é uma doença ocular relacionado ao sexo. 
 
3.2 Anamnese 
 
É um dos passos mais importante para chegar ao diagnóstico. Corri-
mento ocular, olho congestionado, dor no olho, alteração da cor, tamanho ou 
forma do globo ocular ou das pupilas e cegueira são as queixas mais comuns. 
Com estas informações o clínico chega a uma lista de problemas provisórios e 
obtém uma anamnese ocular abrangente e específica. É importante determinar: 
- duração dos sinais clínicos e velocidade da evolução; 
- comprometimento uni ou bilateral; 
 - corrimento ou alteração de cor com o tempo; 
 - doença sistêmica associada e medicamentos que já foram ou estão 
sendo usados; 
 - antecedentes familiares de doenças oculares. 
 
Itens importantes: 
 
 Idade, espécie, género e raça do animal 
 Contacto com outros animais e historial de viagem 
 Apetite (incluindo tipo de dieta), consumo de água, sinais gastrointesti-
nais, 
 Sinais respiratórios, manutenção do peso corporal 
 Patologias anteriores 
 Intervenções cirúrgicas e episódios anestéticos anteriores 
 Medicações 
 
Anamnese oftalmológica 
 
 Apresentação inicial 
 Alteração da cor ou transparência do olho 
 Alteração do tamanho ocular 
 Blefarospasmo ou fotofobia 
 Deficits visuais ou cegueira (dependente da luminosidade) 
 Tipo de corrimento ocular 
 Progressão o Aguda o Gradual 
 Uni ou bilateral 
 
 
 
 
 
22 
 
 
 
 
 
3.3 Exames 
 
O exame oftálmico segue uma ordem cronológica. O exame dos compo-
nentes é feito sistematicamente na sequência dos tecidos oculares superficiais 
para os profundos, de forma ordenada e minuciosa. Alguns procedimentos (tes-
tes) interferem no resultado de outros, portanto deve-se seguir a cronologia dos 
gestos diagnósticos. 
O exame oftalmológico completo requer metodologia para sua correta 
execução. Dentro dos procedimentos básicos a serem realizados estão inspeção 
previa, avaliação da visão, teste de lágrima, colorações, tonometria, oftalmosco-
pia, biomicroscopia entre outros. Mesmo depois de exame completa nem sempre 
é possível chega a um diagnóstico final e muitas vezes é necessária um auxílio 
de exames que visam complementar o estudo da enfermidade.Entre os exames 
complementares mais comuns solicitados pela medicina veterinária, podemos 
mencionar, coleta de amostras, ultrassonografia ocular e eletrorretinografia. Ba-
sicamente, são necessários para a realização de um exame oftálmico completo: 
uma sala escura, fonte de luz artificial e uma lupa com pala, alguns instrumentos 
específicos, colírios para promover a dilatação pupilar e colírios à base de co-
rantes vitais 
 
Exame à distância 
 
 Avaliação da visão 
 Comportamento visual (com iluminação e às escuras) o Avaliação de pa-
tologia bilateral ou unilateral 
 Avaliação da região periocular incluindo pele (alopécia, eczema) 
 Avaliação da simetria e conformação do globo ocular, pálpebras (incluindo 
terceira pálpebra) e órbita 
 Avaliação da posição (ex. estrabismo), tamanho e movimento (ex. nis-
tagmo) do globo ocular 
 
 
 
23 
 Avaliação da natureza do corrimento ocular 
 
 
Contenção do animal 
Muitas vezes, há uma certa relutância em se realizar o exame oftálmico, 
pensando-se que são necessários equipamentos de última geração e de elevado 
custo. Obviamente, tê-los à disposição para realização de um exame detalhado 
e preciso do olho constitui-se em um fato importante. Talvez isso desencoraje os 
clínicos gerais a possuírem apreço à Oftalmologia Veterinária. 
A contenção deve permitir o exame oftalmológico e garantir o comforto 
do animal e segurança do examinador e auxiliar. O animal deve estar sentado 
ou deitado sobre o esterno e mantido ao nível dos olhos do examinador. O/a 
auxiliar deve conter o animal por detrás usando o baixo ventre para suster a 
região lombar do animal. Uma mão suporta a zona ocipital e a outra é colocada 
na área ventral do focinho. O uso de açaime é recomendado em animais mais 
nervosos. 
 Deve evitar tensão na zona periocular e pressão sobre o pescoço 
do animal 
 
 
 
24 
 A contenção de animais braquicefálicas deve ter em conta a faci-
lidade de induzir proptose do globo ocular 
 
3.4 Teste de Produção Lacrimal de Schirmer 
 
O teste de Produção Lacrimal de 
Schirmer é uma importante ferramenta 
para exames oftalmológicos em gatos, co-
elhos, cavalos e principalmente em cães, 
que estão cada vez mais próximos dos se-
res humanos e estes colocam como prio-
ridade a saúde e estética dos mesmos. 
Este teste tem como objetivo ava-
liar a produção lacrimal do animal para detectar doenças principalmente ligadas 
à córnea e a conjuntiva, como ceratoconjuntivite seca. 
O método mais utilizado compreende colocação da ponta da fita de Schi-
rmer no saco conjuntival do olho do animal, cronometrados 60 segundos e rapi-
damente feita a leitura em milímetros da região que absorveu a lágrima, oriunda 
da produção basal e reflexa, ficando umedecida neste tempo devido à irritação 
causada pela fita teste. Se não feita a leitura imediatamente após a retirada da 
fita se faz necessário o descarte da mesma e um novo teste para obtenção de 
dados exatos. O valor de referência em um animal saudável para este tipo de 
teste é de aproximadamente 15 a 20 mm, sendo base para o diagnóstico de 
ceratoconjuntivite seca um número inferior à 5 mm. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
As fitas de Schirmer são importadas e comercializadas em Kits, o que 
torna um teste de alto custo. Assim sendo, materiais alternativo vêm sendo tes-
tados para diminuir este custo, se tornando mais acessível à população. 
Ex: Teste de produção lacrimal (Teste de Schirmer) 
Cão (normal ≥ 15mm/minuto) 
 11-14 mm/minuto (suspeita de queratoconjuntivite seca) 
 6-10 mm/minuto (queratoconjuntivite seca) 
Gato 
 Os valores de produção lacrimal são variáveis 
 
3.5 Tonometria 
 
A tonometria é o método que mede a pressão intra ocular a qual é men-
surada em medicina veterinária por 3 métodos, palpação digital; tonometria de 
identação e tonometria de aplanação. Considera-se a PIO normal em cães de 
15-25 mm Hg. 
 
 
 
A tonometria é o exame para mensuração da pressão intraocular (PIO), 
que pode estar alterada em algumas doenças oculares. Para isto, anestesia-se 
a córnea com uma a duas gotas de anestésico tópico e posiciona-se o tonômetro 
na região central da córnea, enquanto contem-se as pálpebras. A tonometria de 
aplanação digital , estima a pressão pelo achatamento da córnea. A força desse 
achatamento é automaticamente convertida em mmHg. O tonômetro é posicio-
nado perpendicularmente à superfície encurvada da córnea onde ocorre uma 
 
 
 
26 
leve pressão. Faz-se esse movimento durante três vezes e o próprio tonômetro 
lhe dá a média da pressão com um erro de apenas 5%. 
O exame é de simples realização e não requer preparo prévio. É neces-
sário apresentação de guia de solicitação de exame do veterinário responsável 
e exame clínico descartando-se presença de úlcera de córnea. 
 
3.6 Reflexo pupilar fotomotor direto e consensual 
 
O reflexo pupilar fotomotor direto (RPFMd) é obtido incidindo-se uma luz 
brilhante através da pupila observando-se uma imediata miose daquele olho. 
Este processo requer: - ativação dos fotorreceptores; - nervo óptico ipsilateral 
como uma via aferente; - via parassimpática no nervo oculomotor ipsilateral 
como uma via eferente e o músculo constritor da íris funcional. O reflexo pupilarfotomotor consensual (RPFMc) é provocado observando-se a pupila contralate-
ral enquanto se dirige um foco luminoso brilhante através da pupila ipsolateral. 
Este exame requer: - ativação de fotorreceptores; - nervo óptico ipsolateral como 
uma via aferente; - via parassimpática contralateral no nervo oculomotor ipsola-
teral como uma via eferente; - músculo constritor da íris contralateral funcional. 
O RPFMc ocorre devido a decussação de algumas fibras do nervo óptico no 
quiasma óptico e na região pré-tectal. Pode ocorrer em animais cegos que apre-
sentam lesão central, também ocorre quando a doença é retiniana ou do nervo 
óptico em que permanecem poucos fotorreceptores e axônios do nervo óptico 
funcionais. Tanto o consensual como o direto necessitam poucos fotorreceptores 
funcionais enquanto a visão necessita de um grande número de fotorreceptores 
funcionais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
 
Reflexo palpebral 
Este reflexo é desencadeado quando ocorre um toque no canto temporal 
e nasal do olho. A resposta normal é uma piscadela, e a falha em piscar indica 
uma lesão na via nervosa ou no músculo encarregado desse reflexo. Os ramos 
aferentes para esse reflexo incluem o ramo oftálmico do nervo trigêmeo, a partir 
do canto nasal, e o ramo maxilar do nervo trigêmeo no canto temporal. O nervo 
eferente é o ramo auriculopalpebral do nervo facial, também é necessário que o 
músculo orbicular do olho esteja funcional. 
 
3.7 Midriáticos (oftalmoscopia) 
 
A midríase é obtida com a administração tópica de um midriático na cór-
nea. A tropicamida 5% é o midriático mais indicado por ter início rápido, curta 
duração e ausência da cicloplegia (paresia do músculo ciliar). Instila-se uma gota 
na córnea e repete-se após 10 minutos. Em 20 minutos as pupilas estarão dila-
tadas e ficam assim por cerca de 4 horas. A dilatação permite o exame das es-
truturas mais profundas do globo. A sala para esse exame deve ser completa-
mente escura. Um foco luminoso é direcionado para a córnea para avaliar a 
transparência e a curvatura. A câmara anterior e a íris são examinadas da 
mesma forma, porém o ângulo do feixe de luz é agudo e obtuso com olho. Para 
a avaliação da lente e da câmara posterior é necessário um oftalmoscópio direto, 
transiluminador ou oftalmoscópio indireto e lentes convergentes com dilatação 
pupilar (midríase). Quando é incidido um feixe de luz em direção ao olho midriá-
tico, em um ambiente escuro é possível observar três reflexões: (córnea, cápsula 
anterior da lente e cápsula posterior da lente). Essas três reflexões permitem ao 
examinador localizar a posição aproximada da lesão. Por exemplo, uma lesão 
na cápsula anterior da lente pode alterar a terceira imagem, já uma lesão na 
córnea altera a visão das duas estruturas subseqüentes (cápsula anterior e pos-
terior da lente). 
 
 
 
 
 
 
28 
 
 
Exame das estruturas do olho com oftalmoscópio direto 
Ao iniciar o exame de fundo de olho com o oftalmoscópio direto, a pri-
meira estrutura a ser observada é a retina em dioptria zero. De início o disco 
óptico deve ser localizado. Observa-se seu contorno, bem como os vasos retini-
anos à medida que cruzam o disco. Para examinar o fundo de olho, devemos 
dividi-lo em quadrantes. Em espécies cuja retina é holangiótica (completamente 
vascularizada), como bovinos, ovinos, caprinos, suínos, cães e gatos os vasos 
dividem o fundo de olho em quadrantes. A retina dos eqüinos é paurangiótica, o 
que significa que os vasos estão limitados a periferia do disco óptico, nessa es-
pécie os quadrantes são estabelecidos de forma arbitrária. Examina-se cada 
quadrante, começando no disco óptico e prosseguindo para fora dos orifícios 
ciliares da retina. As estruturas a serem examinadas são: retina (normalmente 
translúcida); vasos sanguíneos retinianos; região tapetal e extra tapetal. 
 
 
 
 
 
 
29 
 
 
 
 
Quando o fundo de olho for albino é possível observar os vasos da co-
róide e partes da esclerótica. Após completar o exame fúndico é necessário al-
terar a dioptria tornando-a mais positiva, tomando o cuidado de manter a mesma 
distância entre o oftalmoscópio e o animal, possibilitando a visualização das es-
truturas anteriores (corpo vítreo e lente), onde qualquer alteração observada 
deve ser anotada em um prontuário. 
 
3.8 Corantes 
 
Coloração com fluoresceína 
 
Faz se a aplicação da fluoresceína através de um tira de papel ou colírio de 
fluoresceína. O colírio, após aberto, é meio de cultura para bactérias produtoras 
de colagenase. Este teste tem como objetivo: 
 
 detectar úlceras; 
 avaliar a integridade da córnea; 
 determinar a qualidade da película lacrimal; 
 avaliar a patência do ducto nasolacrimal. 
 
 
 
 
 
 
 
Ex: A sem a fluresceína, B com a flurosceína. 
 
A fluoresceína cora primeiramente a película lacrimal, estroma (quando 
houver lesão) e a conjuntiva bulbar. Quando o epitélio estiver lesado (úlcera de 
 
 
 
30 
córnea) a fluoresceína irá se ligar ao estroma (segunda camada da córnea), con-
firmando assim a presença de ceratite e tendo a possibilidade de avaliar a pro-
fundidade da lesão (o estroma é hidrofílico e tem afinidade pelo corante de fluo-
resceína). 
A fluoresceína é utilizada da seguinte forma: 
1 - Instile uma gota do corante ou coloque a tira de papel na córnea do 
olho a ser testado; 
2 - Aguarde quinze segundos; 
3 - Remova o excesso do corante com solução fisiológica; 
4 - Observa-se em sala com pouca luminosidade (escotópica) com a luz azul 
cobalto ou ultravioleta (lâmpada de Wood). Onde o corante estiver presente é o 
local da lesão. 
 Com o mesmo corante procede-se o teste de Robert Jones. Instila-se o colírio 
na córnea e, se o ducto estiver patente, observa-se o corante na narina ipsilateral 
ou na língua dentro de três a cinco minutos. 
 
Coloração com rosa bengala 
O corante de rosa bengala, que é vendido em colírio ou tiras, é um co-
rante supravital utilizado para corar tecidos necróticos ou células epiteliais em 
degeneração. O colírio é aplicado sobre a córnea e logo em seguida o olho é 
lavado exaustivamente. Quando o corante impregna na córnea é porque existe 
lesão. Ele é mais sensível que o teste de fluoresceína, pois cora células epiteliais 
desvitalizadas. O corante causa grande desconforto ocular. 
 
 
 
EX: A com flurosceína, B com rosa bengala. 
 
 
 
 
31 
 
 
 
 
3.9 Procedimentos específicos 
 
Dentre eles podemos citar a gonioscopia (para avaliação direta e indireta 
do ângulo iridocorneal); biomicroscopia com lâmpada de fenda (permite um 
exame abrangente do segmento anterior, obtendo-se uma imagem aumentada 
da córnea, íris, câmara anterior e posterior da lente e do vítreo anterior); para-
centese da câmara anterior (obtenção de humor aquoso para exames, principal-
mente a citologia); eletrorretinografia (para avaliar a função da retina) e ultra-
sonografia (útil no diagnóstico de neoplasias, hemorragias, luxações de lentes, 
descolamento de retina, entre outros). Sondagem do ducto nasolacrimal. O sis-
tema de drenagem da lágrima do olho é composto por dois pontos (inferior e 
superior) localizados no canto medial de cada olho, e na sequência o ducto pro-
priamente dito. A gravidade e uma certa pressão negativa exercida pelo músculo 
orbicular do olho faz com que a lágrima flua do saco lacrimal até o ponto nasal. 
Quando o animal apresenta epífora crônica é necessário a canulação e irrigação 
deste ducto. Faz-se necessário anestesiar as conjuntivas, os canalículos e o 
ducto nasolacrimal com solução tópica anestésica. A irrigação pode ser normó-
grada (pequenos animais) ou retrógrada (grandes animais). Em pequenos ani-
mais pode se utilizar uma cânula lacrimal curva ou um cateter intravenoso de 
calibre 20 a 24 sem o mandril. Após a adaptação da sonda, deve-se injetar, com 
auxílio de uma seringa, solução fisiológica ou colírio até que o líquidosaia na 
narina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
 
3.10 Equipamentos 
 
3.10.1 Fonte de Luz Artificial (Lanterna) 
 
Uma simples lanterna à pilha é bastante útil para iluminar as estruturas 
extra e intra-ocular a serem examinadas, embora lentes de aumento com luz 
própria sejam melhores. Nesses casos, há no mercado lentes nas quais pode 
ser acoplado um filtro azul para facilitar a observação das lesões que se coram 
pela fluoresceína (úlceras de córnea, por exemplo). 
 
3.10.2 Magnificação dos Campos a Serem Examinados (Lupas) 
 
A magnificação do campo a ser examinado (estruturas extra e intra-ocu-
lares) é essencial para o exame acurado e diagnóstico. No mercado, há muitos 
instrumentos capazes de promover o aumento das estruturas oculares a serem 
examinadas. A utilização de lentes de aumento comuns do mercado deve ser 
considerada, mas as lupas com pala com o aumento de duas até quatro vezes 
 
 
 
33 
são superiores, além de facilitarem a mani-
pulação do paciente Instrumentos ópticos 
mais sofisticados que combinam magnifi-
cação e iluminação (lupas com fontes de 
luz de fibra óptica, lâmpada de fenda e mi-
croscópio cirúrgico) estão disponíveis no 
mercado; no entanto, em muitas situações, 
o custo elevado dos mesmos não justifica 
a sua aquisição. Obviamente, eles apresentam resolução superior e são, muitas 
vezes, essenciais ao diagnóstico e tratamento de algumas afecções oftálmicas. 
 
 
3.10.3 Transiluminador 
 
Esse equipamento pode ser útil 
quando aplicado sobre a esclera, próximo 
ao limbo, para iluminar estruturas da câ-
mara posterior. A luz passa pela esclera e 
contorna o corpo ciliar, podendo ser obser-
vadas estruturas opacas como tumores no 
corpo ciliar e íris, corpos estranhos ou exsu-
datos no interior do olho. Nesse exame, há 
a obrigatoriedade de ser realizado em sala escura. 
 
3.10.4 Oftalmoscópio 
 
Os oftalmoscópios são instrumentos que contém uma fonte luminosa e 
uma série de lentes e espelhos. O objetivo da utilização desses instrumentos é 
visualizar as estruturas localizadas no segmento posterior do globo ocular. Exis-
tem vários modelos de oftalmoscópios, mas apenas dois métodos de oftalmos-
copia: o direto e o indireto (monocular e binocular). Quando comparados, cada 
método apresenta algumas vantagens e algumas limitações. De modo geral, a 
oftalmoscopia direta continua, ainda, sendo o método mais utilizado no Brasil, 
 
 
 
 
34 
 
 
 
 
embora a oftalmoscopia indireta constituísse em um método superior. É impor-
tante lembrar que a oftalmoscopia, tanto direta como indireta, deve ser realizada 
em uma sala de exame semi-escura ou escura e os olhos do paciente devem 
permanecer em midríase induzida por drogas, para que as áreas mais periféricas 
da retina possam ser mais bem visualizadas. O fármaco recomendado para pro-
vocar cicloplegia, em mamíferos, é a tropicamida nas concentrações de 0,5% ou 
1%, instilada sobre a superfície do olho. Possui ação simpatomimética de curta 
duração, provocando midríase durante duas ou três horas. 
 
Oftalmoscópio Direto 
O oftalmoscópio direto não é utilizado apenas para exame da retina, mas 
também para o exame de estruturas do segmento anterior do olho. Isso é possí-
vel graças ao sistema de lentes que o equipamento possui que são reguláveis 
 
 
 
35 
durante o exame permitindo um ajuste da profundidade do foco dentro do olho. 
O aparelho deve ser colocado a 2cm do olho a ser examinado . As dioptrias 
ideais que devem ser ajustadas durante o exame para melhor avaliação das es-
truturas oculares. As mesmas podem variar dependendo do examinador, princi-
palmente naqueles que apresentam alterações de refração como miopia, hiper-
metropia, entre outros. 
 
Oftalmoscópio Indireto 
Nessa técnica, uma lente convexa de 10 a 30 dioptrias é colocada entre 
o olho a ser examinado e o olho do observador clínico (ver Ficha Oftalmológica). 
Uma imagem real invertida é formada entre a lente e o olho do observador. A 
magnificação da imagem do fundo de olho irá depender do comprimento focal 
da lente. A lente mais utilizada nesse exame é a de 20 dioptrias, que fornece 
uma magnificação do campo de quatro a cinco vezes. 
 
3.10.5 Tonômetros 
 
A tonometria implica na avaliação da 
Pressão Intra-ocular (PIO). A PIO resulta na ten-
são na córnea e esclera. Vários métodos são apli-
cados para estimá-la. A PIO pode ser avaliada por 
palpação digital, ou seja, através de palpação do 
globo ocular com os dedos polegares do exami-
nador colocados sobre as pálpebras superiores 
durante o exame físico. No entanto, esta avalia-
ção é pouco precisa, tornando-se inadequada 
para o exame oftálmico de rotina. Deve ser utili-
zada quando não se possuem os equipamentos disponíveis para avaliação da 
PIO e depende da experiência clínica do examinador. Para clínicos experientes, 
consegue-se avaliar se a PIO está aumentada ou diminuída, o que pode auxiliar 
no raciocínio clínico. Existem dois métodos básicos que são úteis na avaliação 
da PIO: a tonometria de indentação e a tonometria de aplanação. 
 
 
 
 
 
36 
 
 
3.11 Terminologia específica 
 
o Anisocoria: assimetria no tamanho das pupilas (mesmo tamanho = iso-
coria) 
o Coloboma: ausência de tecido ocular devido a defeito embriológico 
o Blefarospasmo: fecho da fenda palpebral associado com discomforto 
ocular 
o Buftalmia: aumento patológico do tamanho do globo ocular 
 o Cataratas: opacificação do cristalino e/ou da cápsula 
o Corioretinite: processo inflamatório da coróide e retina 
o Distiquíase: erupção de um cílio pelo orifício da glândula de Meibómio 
o Distriquíase: erupção de cílios pelo orifício da glândula de Meibómio 
o Ectropion: eversão da margem palpebral 
o Endoftalmite: processo inflamatório confinado ao interior do olho 
o Enoftalmia: globo ocular recuado na órbita 
o Entropion: inversão da margem palpebral 
o Epífora: extravasamento de lágrimas. 
o Estrabismo: desvio da direção do globo ocular 
o Exoftalmia: avanço do globo ocular relativemente à órbita 
o Flare do humor aquoso: presença de proteínas na câmara anterior 
(quebra da barreira hematoaquosa) 
o Fotofobia: sensibilidade à luz 
o Glaucoma: aumento patológico da pressão intraocular 
o Heterocromia iridis: coloração diferente da íris o Hifema: presença de 
sangue na câmara anterior 
 o Hipopion: presença de células inflamatórias na câmara anterior o Íris 
bombé: seclusão posterior da íris e subsequente abaulamento periférico da íris 
o Lacrimejamento: aumento da produção de lágrimas 
o Leucocoria: aparência branca da pupila (geralmente devido à presença 
de catarata) o Microftalmia: olho de dimensões inferior ao normal (congénito) o 
Midríase: dilatação pupilar 
o Miose: constrição pupilar 
 
 
 
37 
o Rubeosis iridis: processo inflamatório da íris com formação de neovas-
cularização 
o Papiloedema: edema do disco óptico o Panoftalmite: processo infla-
matório da totalidade do olho (inclusive das túnicas oculares) 
o Panuveíte: processo inflamatório dos segmentos anterior e posterior 
do olho 
 o Phthisis bulbi: processo degenerativo/atrofia do globo ocular 
o Precipitados queráticos: depósito de células no endotélio corneano 
o Proptose: prolapso do globo ocular para além da órbita o Ptose: perda 
de tonicidade da pálpebra superior 
o Quemose: edema da conjuntiva 
o Queratite: processo inflamatório da córnea o Sinéquia anterior: ade-
rência da íris à córnea 
o Sinéquia posterior: aderência da íris ao cristalino 
o Triquíase: pelos palpebrais emergem do local correto mas contatam 
com a córnea 
CONCLUSÃO 
 
 
Os olhos fazem parte dos órgãos especiais dos sentidos e permitem que 
o animal perceba o ambiente no qual se insere, possibilitando não só sua orien-
tação como sua defesa, caça e reprodução. As imagens visuais que são obtidas 
por meio da refração da luz provenientes das superfícies, objetos,plantas, ani-
mais e etc. Os componentes visuais que participam da processo da visão variam 
entre as espécies, o que desperta grande curiosidade em relação sobre como 
as diferentes espécies animais enxergam o mundo. Além disso, “Os fotorrecep-
tores, mais do que qualquer outro receptor sensorial, são fáceis de serem iden-
tificados, isolados, mapeados, clonados e estudados pelas técnicas fisiológicas”. 
Sendo assim, tal sistema apresenta grande complexidade e vem sendo ampla-
mente investigado para melhor se compreender sobre sua fisiologia. 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
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