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Trabalho Fernanda

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UNIVERSIDADE ANHANGUERATrabalho de Relações Ambiente e Microorganismos - Malária
Enfermagem 2º Semestre
ANDREA DA COSTA ALMEIDA RA: 8823359286
ANTONIO GARCIA MARIANO SOUZA RA;1575171030
CARINE SANTOS SILVA RA: 1375276650
CLERIA SILVA CAMARGO SOARES RA: 1597855184
MARIA MONICA DA SILVA RA: 1427150508
MONIQUE RIBEIRO RA: 1593856351
PÂMELLA RODRIGUES DE OLIVEIRA RA: 1587698512
TAMIRES RODRIGUES DA PAIXÃO RA: 1581980301
1° SEMESTRE
ROSIANE ALEIXO DOS SANTOS RA: 0051571876
 
São Paulo
2015 
Introdução
Malária e uma doença parasitaria de maior incidência no mundo, matando mais pessoas que qualquer outra transmissível, exceto a tuberculose. A Malária e uma doença que já causou o maior dano a milhões de pessoas nas regiões tropicais e subtropicais do globo. O impacto social, econômico e político dessa doença sobre a humanidade foi severo, durante vários séculos.
A cada ano, de 300 a 500 milhões de pessoas contraem malária em todo mundo, e aproximadamente 3 milhões de óbitos, a maioria, são de crianças a baixo de 5 anos e idosos. Em números absolutos, a malária mata três crianças por dia com idade abaixo de 5 anos.
Em muitos países em desenvolvimento a África a malária representa um fardo, devido ao custo médico e dias de trabalho perdidos com pessoas doentes.
É transmitida por meio da picada de fêmeas de mosquito do gênero Anopheles, por transfusão de sangue ou, mais dificilmente, por compartilhamento de agulhas e seringas infectadas por Plasmódio.
 Desenvolvimento
Aspectos Gerais/Histórico
Agente Etiológico
Estado Semi-Imune/Epidemiologia
Malária no Brasil/Campanha de Erradicação da Malaria no Brasil
Medidas de prevenção e controle/Conduta em relação à doença
Descentralização do controle da Malária no sistema único de saúde 
Aspectos Gerais - Históricos
 No ano 400 a.c, Hipocrates foi quem legou a humanidade ele fez a mais correta descrição a respeito da malaria, em seu livro epidemias, com suas observações e análise sobre a parasitose se assemelha, com a qual e feita nos dias de hoje. Na primeira guerra mundial, vários homens dos exércitos foram vitimados por causa da doença, com a situação do pós-guerra, destruição, desorganização no plano econômico e nos sistema de irradiação, áreas cultivadas tornaram-se pântanos criadouros de anofelinos. Entre os grandes personagens da historia vitimadas pela parasitose foi, Alexandre Magno, Papa Sisto v, Papa urbano Vll e Oliver Cromwell.
 A descoberta do agente etiológico ocorreu no ano de 1880 foi por Charles Alphonse Louis Laveran. Mas o Vitor e desconhecido achava-se que a malaria era contraída através do ar contaminado o termo malaria e de origem italiana significa ‘ mal aire ‘ por que acreditava-se que a doença fosse causada pela emanações dos pântanos .em termos Frances origina o nome paludismo ou impaludismos, algumas mais populares são maleita ,sezão , febre palustre , carneirada ,batedeira e tremedeira. Em 1899 descobriu-se que a transmissão da doença ocorreria pela picada do mosquito do gênero anopheles. Na década de 40 foi descoberto antimaláricos e inseticidas muito eficientes para erradicar a doença e controlá-la em varias partes do mundo e na década de 60 surgiu cepas do plasmódio e espécies de anopheles resistentes. 
Agente Etiológico
A malária humana é uma doença parasitaria que é transmitida hoje principalmente através da picada do mosquito do gênero Anophelesinfectaos com Plasmodium (parasita unicelular protozoário).
O agente etiológico da malária, isto é, o agente causador da malária, é o mosquito Anopheles fêmea, que pode estar contaminado com 4 tipos de parasitas diferentes. São eles:
Plasmodium falciparum: causa malária maligna;
Plasmodium vivax: causa malária benigna;
Plasmodium malariae: causa malária benigna;
Plasmodium ovale: causa malária benigna.
Os parasitas presentes no mosquito instalam-se no fígado humano após a picada e amadurecem em 2 a 4 semanas. Após esse período invadem e destroem as células vermelhas do sangue causando os sintomas típicos da doença.
Pode ser também ser infectado através de transfusões de sangue ou até mesmo com uso de seringas entre usuários de drogas da mesma forma como se é infectado com AIDS e Hepatite.
Por este e outros motivos existem critérios rigorosos para doações de sangue impedindo que outras pessoas sejam infectadas.
Áreas Endêmicas
Áreas endêmicas ou de transmissão de malária são aquelas que apresentam registros contínuos de casos da doença durante todo o ano.
Como áreas de transmissão natural de malária (pela picada do mosquito) estão classificados 88 países, a grande maioria localizada na faixa tropical do planeta. Entre eles estão à maioria dos países africanos localizados abaixo do deserto do Saara; os países da América Central e Caribe, do Centro Sul e do Sudeste da Ásia, do Oriente Médio o do Extremo Oriente (china), Papua Nova Guine, Ilhas Salomão e Vanuato, Além do Paraguai e todos os países amazônicos da América do Sul (Brasil, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Francesa. No Brasil, a sua grande área Endêmica é formada por todos os estados da Amazônia Legal. São eles: Acre, Amapá, Amazonas, Para, Rondônia e Roraima, além das Regiões a oeste do Estado do Maranhão, ao noroeste do Estado do Tocantins e ao Norte do estado do Mato Grosso. O Brasil tem raros registros de mata casos de transmissão natural de malária em áreas de Mata Atlântica na Região sudeste e no vale do Rio Paraná.
Medidas de Prevenção
As medidas de proteção individual são as mais efetivas considerando que não existe uma vacina disponível contra a malária.
Em áreas de transmissão é considerado comportamento de risco áreas próximas a rios principalmente em fins de tarde onde tem a maior concentração de mosquito transmissor.
Muito importante também nestes locais é diminuir ao mínimo as áreas do corpo descobertas usando blusas e calcas compridas.
O uso de repelente é fundamental principalmente usado sobre as roupas.
Importante também são o uso de cortinados e mosquiteiros impregnados de inseticida (a base de piretroides) sobre a cama ou redes, telas em portas e janelas e inseticida no ambiente onde se dorme. Esses cuidados protegem contra o mosquito da malária entre outros transmissores de doenças.
Quimioprofilaxia em malária nada mais é do que o uso de medicamento antimalárico para uma malária que ainda não se contraiu e que não sabemos se vamos contrair.
Estado Semi-Imune - Epidemiologia
Estado semi-imune
Pessoas que nascem em áreas de malária não têm a doença durante o primeiro ano de vida (é muito raro). Pois são protegidas pelos anticorpos maternos durante essa fase. Já do primeiro ao quinto ano de vida em áreas endêmicas como a áfrica as pessoas podem ficar doente de 3 a 4 vezes.
Quando não morre diminui o numero de vezes que fica doente, e também a chance de contrai a forma grave da malária diminui. Na idade adulta a pessoa tem a infecção, faz a parasitemia pelo plasmódio e não tem qualquer manifestação clinica. Em áreas endêmicas os únicos que tem a forma grave da malária são crianças e mulheres grávidas.
Epidemiologia
Segundo dados da ONU estima-se que 250 milhões de pessoas foram infectadas pelos agentes da malária em 1997. De pessoas que morrem com malária 90% na África, 6-8% na Ásia e 1-2% nas Américas.
Isto da uma média de 1.300.000 casos de malária nas Américas, onde 3 países são responsáveis por 70-72% dos casos : Brasil, Peru e Colômbia. O Brasil sempre foi um país onde se teve muita malária.
Graças a um programa que foi implantado na metade da década de 50, onde tínhamos por volta de 70 milhões de habitantes e 5 milhões de caso de malaria a cada ano. Mas, a partir de 1974, a malária volta aumentar e em 1987 já ultrapassava 500mil casos/ano e assim vem ate hoje.
Ocorre que 99,8%desta malaria esta apenas na região da Amazônia, quase que restrita a essa região. Na Amazônia sempre teve malária, mas, até o final da década de 80, o Maximo era de 30mil casos/ano. Começou a aumentar em 1995 e 1997 já havia 93mil casos, apresentando hoje a maior taxa de crescimento da endemia.
Outra característica importante é que a transmissão se fazia na área rural (garimpos, rios) e hoje temos um percentual significativo de transmissão urbanas. De 93 mil casos no AM, 27 mil foram em Manaus e 12 mil em áreas urbanas.
Malária no Brasil - Campanha de Erradicação da Malária no Brasil
O inicio da década de 70, a incidência da malaria voltou a aumentar em grande parte dos países da Ásia, da America Latina, no Brasil a Campanha da erradicação foi implantada em 1960, tendo também como objetivo a eliminação da transmissão natural doença de forma permanente. Com esta estratégia, a transmissão da malaria foi interrompida em toda a região sul e sudeste, na quase totalidade da região nordeste e em parte da região centre-oeste.
Hoje estas áreas livres de transmissão da malaria alcançaram uma superfície de 1,8 milhões de quilômetros quadrados e 16 unidades de federação e 3.895 municípios, onde residem 58 milhões de pessoas. O Brasil, que chegou a registrar no inicio dos anos 40em torno de 6 milhões de casos por ano, com o programa de erradicação, logrou reduzir a incidência para aproximadamente 51 mil casos em 1970.
A estratégia da erradicação tinha como principal medida de ataque à doença o combate ao vetor na sua fase adulta, com inseticida de efeito residual, aplicado nas superfícies internas do domicilio. O combate ao mosquito na sua fase larvária e, sobretudo, a assistência aos doentes de malaria, com diagnostico precoce e tratamento completo, efetivo e oportuno eram consideradas atividades secundarias.
Os casos da doença, e a mortalidade por malaria, seriam eliminados com a interrupção da transmissão e, portanto, não eram atividades de rotina na fase de ataque da campanha. A atenção aos pacientes era de responsabilidade exclusiva dos serviços permanentes de saúde. 
Medidas de prevenção e controle - Conduta em relação à doença
Na prevenção da mortalidade causada pela malária e na redução da mesma, o indicado é o diagnóstico precoce e o pronto tratamento ao se descobrir a doença. Essas medidas devem ser aplicadas em unidades do SUS da área em que há casos de contaminação e de modo universal.
Já as medidas destinadas à redução da prevalência e interrupção da malária serão aplicadas de modo seletivo, na mesma região em que houver a prevenção e redução desta, de modo que haja demonstração prévia da aplicação dessas medidas. Dessa maneira, há a justificação das relações custo\benefício para as situações nas quais essas medidas serão utilizadas.
Antes de tudo, o ideal é diagnosticar a doença precocemente e tratá-la eficazmente, para que assim não ocorra o óbito do paciente. Mas para isso é necessário que a haja a conscientização da população a respeito dos sintomas desta doença e ao serem detectados, é necessário que o paciente se dirija imediatamente para redes hospitalares com recursos adequados para o tratamento. 
Muitas vezes, principalmente nas periferias, é mais difícil encontrar centros hospitalares especializados no diagnóstico e tratamento da doença, por isso, até que o paciente seja dirigido a locais próprios, o que se deve fazer é tratar inicialmente o paciente com drogas antimaláricas adequadas e disponíveis, mas sempre administradas por profissionais capacitados e nunca pelo próprio paciente.
A infestação ocorre principalmente em áreas econômica e socialmente menos desenvolvidas, pelo fato de os serviços básicos não existirem nessas regiões. Isso faz com que a população possua uma baixa imunidade e esteja mais apta à contração de doenças como essa, fazendo com que assim epidemias sejam mais comuns, dentre elas, a de malária grave. 
Além de objetivar a prevenção e redução de óbitos causados pela malária, outro objetivo visado pelo programa é que haja o diagnóstico precoce e o tratamento preventivo anterior ao aparecimento dos sintomas causados por esta. Diante disso, faz-se necessária a criação e implantação de laboratórios especializados em diagnosticar a doença e fazer o tratamento adequado para cada parasita após a descoberta do mesmo.
Descentralização do controle da Malária no sistema único de saúde
A descentralização do controle da atual política de saúde vigente no Brasil, no caso particular em questão a malária, a descentralização das decisões de execução das medidas de intervenção coincide com a mudança de estratégias da luta contra esta doença. O programa de controle da malária no sistema único de saúde o SUS exige determinados requisitos para que sejam bem sucedidos, como recursos humanos, matérias e financeiros adequados , assim como a participação da comunidade no controle da malária ,quanto mais informação sobre suas manifestações clinica da doença e sobre sua gravidade, mais chances de mortalidade as medidas disponíveis para a redução da influência destes fatores.
 Assim também a articulação intersertorial, estando na dependência de fatores externos ao setor de saúde, o envolvimento de outros setores como saneamento ambiental, o agropecuário, o energético e de mineração e de construção, a construção de estradas poderão contribuir para a redução de incidência a gravidade da malária. É fundamental ainda a capacitação de pessoal em todos os níveis, para assumir as responsabilidades de coordenação, planejamento, organização, gerenciamento, supervisão e avaliação das atividades de controle. Existe o novo modelo de controle da malária no Brasil que valoriza a analise e epidemiológica, o que demanda a capacitação prioritária nesta área, tanto a nível universitário como nível médio. Temos duas linhas gerais que cabe a formulação de diretrizes são elas: federal que tem a assessoria técnica, o apoio financeiro a consolidação das informações a nível nacional e a avaliação geral do programa, e aos de níveis estadual e municipal que compete o planejamento e execuções das ações, bem como a sua supervisão, avaliação e controle de suas manifestações.
Considerações finais
O surgimento da Malária vem ocorrendo em áreas onde a doença era considerada sob controle. A razão para este fato permanecem obscuras, mas podem ser parcialmente explicadas pelo desenvolvimento de resistência dos mosquitos transmissores da doença aos inseticidas, pela resistência dos parasitas as drogas clássicas antimaláricas e também por problemas administrativos e operacionais, associados á instabilidade política em algumas regiões e a falta de pessoas técnicos para atuar nessas áreas.
A malária e uma doença curável se prontamente diagnosticada e adequadamente tratada. A forma de controle dos seus efeitos e expansão pode ser realizada através de medidas preventivas, incluindo medidas pessoais como roupas adequadas, repelentes, e mosquiteiros, ou administração de inseticidas nas comunidades. Em combinação com novas drogas e novas pesquisas, as quais surgirão do seqüenciamento do projeto genoma, brevemente teremos o total controle da doença.
É fundamental o reconhecimento dos casos graves e de suas complicações principais, como coma neurológico, insuficiência renal, insuficiência pulmonar, hipoglicemia, distúrbios do equilíbrio hidroeletrolítico e acidobásico, anemia, choque circulatório e distúrbios da coagulação sanguínea. Estes casos devem ser imediatamente encaminhados para centros hospitalares com recursos médicos e de enfermagem adequados para atendimento destes tipos de complicação. O nível periférico, enquanto se providencia o encaminhamento destes pacientes, o que se pode fazer é administrar drogas antimaláricas adequadas e disponíveis nestas localidades, por pessoal treinado, quer sejam médicos, enfermeiras ou auxiliares de saúde. As epidemias de malária grave ocorrem quando populaçõescom baixa imunidade específica ficam expostas a uma elevada intensidade de transmissão. Áreas de população instável do ponto de vista social e econômico, ecologicamente afetadas, onde os serviços básicos não existem como em garimpos na Amazônia, podem ser sedes de epidemias de malária grave.
Referências Bibliográficas
 
MINISTÉRIO DA SAÚDE. FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE. GERÊNCIA TÉCNICA DE MALÁRIA. Avaliação Epidemiológica da Malária no Brasil. Boletim Informativo, Brasília, março, 1997.
http://www.scielosp.org/pdf/csp/v11n1/v11n1a11.pdf
http://www.scielosp.org/pdf/rpsp/v11n4/10469.pdf

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