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Fernanda Rodrigues 
DOR PSICOGÊNICA 
(NOCIPLÁSTICA) 
 
 
1. Compreenda a dor psicogênica 
(nociplástica) 
 
Toda dor tem um componente emocional 
associado, o que varia é sua magnitude. A dor 
denominada psicogênica, porém, é uma 
condição inteiramente distinta, na qual não há 
substrato orgânico, sendo gerada por 
condições emocionais. 
 
A localização e a distribuição da dor causada 
primariamente por um distúrbio psicológico 
ou psiquiátrico geralmente não se encaixa nos 
padrões neuroanatômicos normais. 
 
Exemplos incluem a dor com distribuição de 
luva ou de estocadas, dor envolvendo todo o 
corpo ou várias dores dispersas por todo o 
corpo. A irradiação não segue dermátomos. 
Observado em distúrbios psicológicos como 
na depressão e ansiedade generalizada. 
 
Embora essa seja uma denominação 
comumente utilizada para dores sem 
patologia observável associada, certamente 
não é um fingimento ou causada inteiramente 
por processos misteriosos da mente do 
paciente. Mais frequentemente, é um 
comportamento de dor causado por fatores 
ambientais. 
Outros pacientes apresentam síndromes 
miofasciais ignoradas por seus médicos. O uso 
apropriado deste termo diagnóstico requer 
achados positivos que sugerem que processos 
mentais são a única causa da queixa do 
paciente. Esse não deve ser um diagnóstico de 
exclusão, quando não há achados físicos que 
expliquem os sintomas apresentados. 
 
Dor psicogênica é um tipo de dor em relação à 
origem, nesse caso, resultado da interação 
entre fatores físicos e psicológicos. Também 
conhecida como psicofisiológica, está muito 
ligada ao medo e a ansiedade, que tendem a 
tornar os neurônios mais sensíveis à dor por 
reduzirem os níveis das substâncias que 
modelam essa sensação. 
 
Em muitos casos o problema surge após a 
resolução da causa da dor, ou seja, o 
incômodo persiste, e muitas vezes se torna 
ainda mais intenso, apesar da sua origem já 
ter sido tratada. 
 
Para ser classificada como psicogênica, a dor 
não deve envolver nenhum mecanismo 
nociceptivo ou neuropático. Os sintomas 
psicológicos são suficientes para explicá-la, 
embora seu caráter subjetivo torne o 
diagnóstico mais complexo e demorado. 
 
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Fernanda Rodrigues 
Sendo assim, é necessária uma avaliação 
médica criteriosa de cada paciente com 
intuito de identificar a origem da dor. 
 
Nesses casos, os exames geralmente são 
inconclusivos e não demonstram nenhuma 
alteração física, não evidenciando 
enfermidade alguma. Um bom exemplo são 
pacientes que procuram o médico com 
queixas de dores no peito, mas não 
apresentam problemas fisiológicos no 
coração. Sintomas cardíacos são bastante 
comuns em pacientes fóbicos. 
 
Características da Dor Psicogênica: 
 
– Tende a ser uma dor difusa ou de 
localização imprecisa. 
– Algumas vezes, pode ser bem localizada, 
mas, nesse caso, sua topografia corresponde à 
da imagem corporal que o paciente tem da 
estrutura que julga doente. 
– Assim, se ele imagina ter um infarto do 
miocárdio, a área dolorida localiza-se no 
mamilo esquerdo e não na região 
retroesternal ou na face interna do braço 
esquerdo, como ocorre na dor por isquemia 
miocárdica. 
 
A dor psicológica causa uma dor física real, 
embora não esteja relacionada a alterações 
fisiológicas. 
 
Seria possível ao paciente com dor no coração 
identificar se é uma dor física ou se trata-se 
de apenas um sintoma psicológico? 
 
Infelizmente, não. A dor psicológica causa 
uma dor física real, embora não esteja 
relacionada a alterações fisiológicas. 
Geralmente, o sintoma tem similaridades com 
dores já experimentadas em outros 
momentos da vida, que retornam através da 
memória da dor causando episódios 
dolorosos repetitivos e intensos. 
 
Cada paciente descreve a sua dor de uma 
forma. Em sua maioria, queixam-se de dor 
austera e profunda, como uma facada. Outros 
dizem ter a sensação de que estão encostando 
feridas em ferro quente. 
 
Dentre as mais comuns, dor de cabeça, dor 
muscular, dor nas costas, dor no peito e dor 
no estômago são frequentemente 
diagnosticadas como dores psicogênicas. 
 
Se você tem histórico para esse tipo de dor, 
pode suspeitar sim que alguns sintomas 
possuem origem psicológica. Contudo, em 
todo caso, uma investigação é importante 
para descarte de possíveis alterações físicas 
envolvidas. 
 
Mecanismo da dor 
 
O mecanismo da dor psicogênica ainda é 
pouco compreendido, embora venha 
chamando a atenção de estudiosos. 
 
Acredita-se que fatores ambientais podem 
estar envolvidos, em especial aqueles 
relacionados a alterações do estado e da 
função do sistema nervoso. 
 
Até então é aceita a participação de uma 
combinação complexa de eventos envolvendo 
questões físicas e psicogênicas. 
 
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Fernanda Rodrigues 
No entanto, cada caso é único e deve ser 
avaliado de maneira individualizada. 
Situações particulares estão envolvidas com a 
iniciação dos sintomas e podem ser 
associadas às suas causas. 
Basta comparar as reações de diferentes 
indivíduos em circunstâncias similares. 
 
Talvez você sinta muita dor de cabeça quando 
passa por momentos estressantes, enquanto 
outros indivíduos descrevem dor no peito, 
por exemplo. 
Mais uma vez ressaltamos a importância da 
análise clínica de cada paciente. 
 
“A dor, por ser diretamente influenciada por 
fatores psicológicos, irá demandar um 
acompanhamento com equipe 
multidisciplinar, que deverá contar com um 
psicólogo ou um psiquiatra.” 
 
Tratamento para dor psicogênica 
 
Embora ainda se entenda pouco sobre o 
mecanismo por trás desse tipo de dor, e suas 
causas ainda não sejam conhecidas, existem 
diferentes opções terapêuticas capazes de 
ajudar pacientes que convivem com esse 
problema. 
O tratamento deve ser adequado às 
necessidades individuais de cada paciente 
com o objetivo de melhorar tanto sua saúde 
física como psicológica. 
 
Tratamento medicamentoso 
 
Alguns medicamentos podem ajudar no alívio 
da dor. O tratamento medicamentoso é 
importante para controlar possíveis 
complicações da dor psicogênica como 
insônia, ansiedade e depressão. 
 
Antidepressivos tricíclicos como a 
imipramina e os inibidores seletivos de 
serotonina e noradrenalina são os mais 
usados nesses casos. 
 
O uso de fármacos deve ser feito estritamente 
sob prescrição médica. A automedicação é 
contraindicada e pode trazer prejuízos à 
saúde. 
 
Psicoterapia 
 
Geralmente, a psicoterapia é o primeiro 
recurso terapêutico escolhido para combate a 
dor psicogênica. O tratamento é realizado por 
meio do diálogo entre o paciente e o 
terapeuta, que lança mão de diferentes 
ferramentas na tentativa de ajudar o 
indivíduo a compreender a si mesmo, seus 
sentimentos e comportamentos. 
 
Com a ajuda de um psicólogo, é possível se 
aproximar das causas da dor, tratar distúrbios 
psicológicos e eliminar sintomas que 
prejudicam a qualidade de vida do indivíduo. 
 
Técnicas de relaxamento 
 
Aquietar o corpo é um meio de aquietar 
também a mente. Hoje em dia muitas pessoas 
sentem dificuldades de relaxar. Aprender a 
assumir o controle de si mesmo é muito 
importante. As técnicas de relaxamento são 
uma excelente forma de lidar com a dor 
psicogênica. 
 
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É preciso treino para controlar a respiração. 
Você não conseguirá fazer isso enquanto faz 
suas atividades diárias. Sendo assim, é 
necessário um momento específico, um 
tempo para que você possa acessar a sua 
mente e estimular o seu corpo a encontrar 
calmaria. 
 
Alguns profissionais podem te ajudar nesse 
sentido, em especial o terapeuta. Geralmente, 
músicas leves, chás, um ambiente confortável, 
massagens corporais são boas alternativas 
para você que deseja começar sozinho. 
 
Técnicas de meditação 
 
A meditação é o caminho para quem precisa 
desenvolver disciplina emocional, o que pode 
ajudar muitas pessoas que sofrem com dores 
psicogênicas. A técnica é super acessível e 
você pode optar por contar com a ajuda de 
um profissional ou mesmo fazer sozinho. 
 
Meditar é uma forma de aquietar a mente,lidar com o estresse do mundo e assumir o 
controle de si. 
 
Essa é uma excelente ferramenta para lidar 
com fatores que estejam nos influenciando 
negativamente. 
 
Os benefícios são muitos, melhora a 
concentração, a consciência, promove 
autodisciplina, relaxamento muscular e ajuda 
a focar a mente, propiciando o alcance de um 
estado de maior clareza mental. 
 
 
 
 
TENS 
 
Muito usada no tratamento dos mais diversos 
tipos de dores, a sigla TENS vem do inglês 
Transcutaneous electrical nerve stimulation, 
que significa neuroestimulação elétrica 
transcutânea, técnica baseada na teoria das 
comportas de dor. Sua principal finalidade é a 
analgesia, para a qual tem se mostrado 
bastante efetiva. 
 
O método é seguro, rápido e não invasivo. 
Além disso, pode ser usado para dores 
crônicas e agudas de diferentes origens, 
reduzindo a necessidade de uso de 
medicamentos, que poderiam vir a causar 
efeitos colaterais. 
Na prática, consiste na aplicação de impulsos 
elétricos na pele por meio de aparelhos 
específicos. A eletricidade ativa mecanismos 
internos de controle da dor, fazendo com que 
o sistema nervoso libera analgésicos naturais, 
ou bloqueando os sinais de dor enviados ao 
cérebro. 
 
O procedimento dura entre 20 a 40 minutos e 
pode ser realizado no consultório, não há 
necessidade de anestesia e os riscos de 
complicações são baixíssimos. A maioria dos 
pacientes apresenta ótimos resultados, 
ficando satisfeitos com o tratamento. 
 
Biofeedback 
 
O biofeedback também é muito usado no 
tratamento da dor psicogênica. A ideia é 
permitir que a pessoa desenvolva 
autorregulação, o que pode ser útil nos mais 
diversos distúrbios. 
 
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Fernanda Rodrigues 
O indivíduo aprende a regular suas reações 
fisiológicas e emocionais por meio de um 
treinamento que envolve conscientização e 
relaxamento, principalmente. 
 
Todo esse processo torna-se possível por 
meio da medição de processos biológicos 
como frequência cardíaca, pressão arterial, 
tensão muscular, atividade cerebral, entre 
outros. A partir dessa análise a percepção 
corporal do indivíduo é ampliada, o que 
permite não só o controle da dor psicogênica, 
mas alivia dores de cabeça, melhora a 
concentração e ajuda na prevenção de 
diversas doenças, inclusive de problemas no 
coração. 
 
Um aparelho sensível a tais processos 
fisiológicos é utilizado para amplificar cada 
resposta, convertendo-as em informações 
significativas, em sua maioria sinais visuais. 
São esses sinais que guiarão o paciente ao 
autocontrole. 
 
Fisioterapia 
 
A fisioterapia oferece diversos recursos para 
pacientes que sofrem com dor psicogênica. O 
tratamento exige uma avaliação completa do 
paciente para que se descubra quais são os 
instrumentos válidos para cada caso. 
Geralmente, conta-se com uma equipe 
multidisciplinar, o que traz uma abordagem 
mais abrangente. 
 
Além de melhorar a qualidade de vida dessas 
pessoas, o tratamento coopera para a 
reabilitação e controle dos sintomas. São 
muitas as vantagens e praticamente nulos os 
riscos de complicações. 
Deve-se, contudo, sempre respeitar os limites 
de cada um. 
 
A termoterapia, a eletroterapia, a 
cinesioterapia e as massagens são alguns dos 
recursos mais usados. Uma combinação deles 
pode ser indicada, potencializando os 
resultados do tratamento. 
 
REFERÊNCIA: 
 
– Onofre 
– Psicofisiologia da dor: uma revisão 
bibliográfica. 
 
2. Sobre a Fibromialgia, discorra: 
a) Conceito. 
 
A fibromialgia (FM) é uma síndrome clínica 
comumente observada na prática médica, sem 
etiopatogenia bem definida. Sua prevalência 
atinge até 5% da população geral e, no Brasil, 
é a segunda doença reumática mais comum 
depois da osteoartrite. 
 
b) Etiologia. 
 
É uma síndrome dolorosa crônica que afeta 
principalmente o sistema 
musculoesquelético. Ainda não é bem 
conhecida. Acredita-se que sua causa seja, 
essencialmente, multifatorial, com aspectos 
genéticos e psicológicos exercendo papel 
sobre o desenvolvimento da doença. 
 
 
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Epidemiologia da fibromialgia 
A fibromialgia (FM) é uma das condições 
clínicas dermatológicas mais comuns, sendo 
uma causa frequente de dor crônica, atrás 
apenas da osteoartrite, e a causa mais comum 
de dor musculoesquelética generalizada em 
mulheres entre 20 e 55 anos. 
 
Em estudos feitos nos EUA e na Europa a 
prevalência encontrada foi de até 5% na 
população geral e ultrapassou 10% dos 
atendimentos em clínicas reumatológicas. No 
Brasil, estima-se que a prevalência seja de 
2,5%, predominante no sexo feminino, 
principalmente entre os 35 e 44 anos. 
 
A FM é mais comum em mulheres do que 
homens e ocorre em crianças e adultos. É seis 
vezes mais comum em mulheres em 
relatórios de clínicas especializadas, embora a 
predominância do sexo feminino não seja tão 
marcante na comunidade e quando se usa 
critérios de pesquisa que não requerem um 
exame de pontos dolorosos. 
 
c) Fisiopatologia. 
O que é a fibromialgia? 
A fibromialgia (FM) é uma síndrome de 
amplificação da dor, ou seja, o cérebro e a 
medula espinhal processam a dor de forma 
exagerada. Isso faz com que os pacientes 
sejam muito sensíveis a estímulos que 
normalmente não seriam dolorosos, como 
toque leve, frio, calor ou pressão. Além disso, 
há sensibilidade aumentada à luz, som e 
cheiros. 
O que acontece no sistema nervoso? 
1. Sensibilização central 
○ Normalmente, o sistema 
nervoso precisa de um certo 
nível de estímulo para gerar 
dor. Mas na fibromialgia, esse 
limiar é muito baixo. 
Pequenos estímulos já ativam 
os circuitos de dor, tornando o 
paciente cronicamente 
sensível. 
○ Isso acontece porque há uma 
redução no limiar nociceptivo 
(nível mínimo para sentir dor) 
no corno dorsal da medula 
espinhal e no encéfalo. 
2. Mecanismo do "wind-up" (somação 
temporal da dor) 
○ Imagine que cada estímulo 
doloroso seja como um "botão 
de volume" da dor. Nos 
pacientes com FM, esse botão 
vai aumentando de volume a 
cada estímulo repetido, 
intensificando a dor. 
○ Isso ocorre porque um 
receptor chamado NMDA, que 
normalmente fica inativo, é 
ativado por excesso de 
glutamato (um 
neurotransmissor), 
permitindo grande influxo de 
cálcio e amplificando os sinais 
de dor. 
 
 
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3. Participação das substâncias químicas 
do sistema nervoso 
○ Substância P: encontrada em 
níveis três vezes maiores no 
líquido cefalorraquidiano de 
pacientes com FM. Essa 
substância amplifica e espalha 
a dor no sistema nervoso. 
○ Serotonina e norepinefrina: 
substâncias que ajudam a 
inibir a dor estão em menor 
quantidade, prejudicando o 
alívio da dor. 
○ Receptores opióides: são 
menos ativados, o que 
significa que os analgésicos 
comuns podem ser ineficazes. 
○ GABA: neurotransmissor 
inibitório que também tem 
redução na sua ação, 
dificultando o controle da dor. 
Por que a dor é persistente? 
1. Excitabilidade exagerada dos 
neurônios da medula espinhal: os 
neurônios ficam hiper-reativos 
mesmo com poucos estímulos. 
2. Ampliação dos campos receptivos: 
significa que uma dor localizada pode 
se espalhar para outras regiões do 
corpo. 
3. Recrutamento de estímulos 
não-dolorosos: coisas normais, como 
um simples toque, podem ser 
interpretadas como dor intensa 
(fenômeno chamado alodinia). 
 
Impactos no dia a dia do paciente 
● Pequenas atividades do dia a dia, 
como pegar um objeto ou vestir uma 
roupa, podem gerar dor intensa. 
● Como o sistema nervoso está sempre 
"ligado", o alívio da dor demora muito 
tempo. Isso explica por que muitas 
intervenções médicas de curta 
duração não funcionam. 
● Distúrbios do sono e alterações 
hormonais também agravam a 
fibromialgia, piorando a qualidade de 
vida. 
d) Quadro clínico. 
1. O principal sintoma: DOR CRÔNICA E 
DIFUSA 
A dor na fibromialgia é: 
✅ Crônica (dura meses ou anos). 
✅ Difusa (espalhada pelo corpo, sem 
localização exata). 
✅ Variável (pode mudar de intensidade e 
local). 
📌 O paciente pode sentir dor em áreas como 
músculos, ligamentos,tendões e bursas 
(estruturas próximas às articulações). Muitas 
vezes, ele aponta para a dor, mas não 
consegue especificar exatamente onde dói. 
🔹 Fatores que pioram a dor: 
● Estresse emocional 🧠 
● Esforço físico 󰝊 
● Frio ❄ 
 
 
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2. Sensações estranhas: parestesia e edema 
subjetivo 
🔸 Muitos pacientes relatam formigamento 
(parestesia) e sensação de inchaço (edema), 
principalmente nas mãos e nos antebraços. 
❗ Mas atenção: quando o médico examina, 
não encontra nenhum inchaço real ou 
inflamação. 
📍 Outros sintomas que podem estar 
presentes: 
● Fenômeno de Raynaud (mãos e pés 
frios, que mudam de cor com a 
temperatura). 
● Boca seca. 
● Tontura e outros sintomas de 
disautonomia (problemas na 
regulação automática do corpo, como 
pressão e temperatura). 
3. Os famosos tender points (pontos 
dolorosos) 
📌 São 18 pontos específicos (9 pares), que 
ficam doloridos ao toque com uma pressão 
leve (cerca de 4 kg/cm², equivalente à 
pressão do dedo). 
💡 Quando o médico aperta essas áreas, o 
paciente sente dor e pode até retirar a região 
pressionada rapidamente. 
 
 
 
 
 
 
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4. Fadiga e sono não reparador 
🛏 O paciente acorda cansado, mesmo 
dormindo a noite toda. 
📉 Isso acontece porque o sono profundo 
(fase delta) é interrompido por ondas alfa, 
que são típicas do estado de vigília. 
😴 Ou seja, mesmo dormindo, o cérebro do 
paciente não relaxa completamente, o que 
piora o cansaço e a dor. 
5. Problemas emocionais: depressão e 
ansiedade 
📌 Muitos pacientes com fibromialgia 
apresentam transtornos de humor, como: 
✅ Depressão maior 😞 
✅ Ansiedade 😟 
✅ Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) 
🔄 
✅ Síndrome do pânico 😰 
💡 Esses problemas podem agravar a dor e 
dificultar o enfrentamento da doença. Além 
disso, podem reduzir a produtividade no 
trabalho, levando ao afastamento. 
6. Sintomas satélites (outras doenças 
associadas) 
A fibromialgia pode estar acompanhada de 
outros problemas, que pioram ainda mais a 
qualidade de vida: 
● Síndrome da fadiga crônica (cansaço 
extremo sem explicação). 
● Síndrome do cólon irritável (dor 
abdominal e alterações no intestino). 
● Cistite intersticial (dor na bexiga sem 
infecção). 
● Cefaleia (dor de cabeça) crônica. 
● Disfunção da articulação 
temporomandibular (ATM) (dor ao 
mastigar ou abrir a boca). 
● Síndrome das pernas inquietas 
(sensação de desconforto nas pernas 
à noite, causando insônia). 
📌 Resumo final 
A fibromialgia não causa apenas dor. Ela afeta 
o sono, a energia, o humor e vários outros 
sistemas do corpo, tornando a vida dos 
pacientes muito difícil. Além da dor difusa e 
crônica, sintomas como fadiga, distúrbios do 
sono e transtornos emocionais são 
frequentes, piorando a qualidade de vida e 
dificultando o diagnóstico. 
e) Diagnóstico. 
 
Em 1990, a American College of 
Rheumatology criou critérios para 
classificação da fibromialgia. No entanto, 
esses critérios foram criados com o objetivo 
de facilitar a condução de ensaios clínicos, 
não para uso na prática clínica. De qualquer 
forma, acabaram por ser adotados por muitos 
profissionais para o diagnóstico de 
fibromialgia. Tais critérios estão descritos 
abaixo: 
 
●Dor musculoesquelética generalizada: 
presente nos últimos 3 meses, deve aparecer 
nos quatro quadrantes (divide-se o corpo 
abaixo e acima da cintura e dos lados direito e 
esquerdo). A dor também deve envolver uma 
área axial, como coluna cervical, torácica e 
lombar 
 
●No exame físico, indução da dor à palpação 
em 11 dos 18 tender points: 
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•Suboccipital: na inserção do músculo 
subocciptal 
•Cervical baixo: na altura do ligamento 
intertransverso C5-C6 
•Segunda junção costocondral: lateral à 
junção, na origem do músculo peitoral maior 
•Trapézio: ponto médio da borda superior do 
músculo 
•Supraespinhoso: acima da escápula, próximo 
à borda medial 
•Epicôndilo lateral: 3 a 5 cm distal ao 
epicôndilo lateral 
•Glúteo médio: na parte média do quadrante 
superoexterior, na porção anterior do 
músculo glúteo médio 
•Trocantérico: posterior à proeminência do 
grande trocânter 
•Joelho: no coxim gorduroso, pouco acima da 
linha média do joelho. 
 
No entanto, essa classificação limitava a 
investigação da doença na medida em que não 
levava em consideração alterações do sono, 
fadiga e distúrbios cognitivos. 
 
Assim, em 2010, a American College of 
Rheumatology mais uma vez se reuniu e 
elaborou os critérios de 2010, utilizando o 
índice de dor generalizada (IDG) e a escala de 
gravidade dos sintomas (EGS). 
 
Neste critério foram retirados os pontos 
dolorosos e incluídos outros sintomas além 
da dor. Eles devem estar presentes na mesma 
intensidade, há pelo menos 3 meses, e não 
pode existir outra condição que os justifique. 
 
Foram estabelecidos dois escores para 
avaliação da FM, um referente à dor e outro 
aos sintomas associados. O índice de dor 
generalizada (IDG) é formado por 19 
possíveis áreas dolorosas. Já a escala de 
gravidade dos sintomas (ES) pontua até 12 
pontos, de acordo com a gravidade dos 
sintomas. 
 
● IDG: Marcar as áreas em que o paciente 
sentiu dor nos últimos 7 dias. 
 
 
● EGS: Marcar a gravidade dos seguintes 
sintomas nos últimos 7 dias 
 
• Fadiga (cansaço ao executar atividades): (0) 
(1) (2) (3) 
• Sono não reparador (acordar cansado): (0) 
(1) (2) (3) 
• Sintomas cognitivos (dificuldade de 
memória, concentração): (0) (1) (2) (3) 
 
Sendo que: 
0 = ausente; 
1 = leve ou intermitente; 
2 = moderado: intensidade moderada, 
sintoma geralmente presente; 
3 = grave: sintoma persistente, contínuo, com 
prejuízo da qualidade de vida e 
funcionalidade. 
 
Subtotal:___________ (máximo de 9). 
 
Sintomas somáticos: responder às seguintes 
questões 
 
Você apresentou um desses sintomas nos 
últimos 6 meses? 
Dor abdominal: Não (0) Sim (1) 
Cefaleia: Não (0) Sim (1) 
Depressão: Não (0) Sim (1) 
 
Total do EGS: _____________ (máximo de 12) 
Total do IDG e EGS: _____________ (máximo de 
18 pontos) 
 
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Em 2016, realizou-se revisão dos critérios 
anteriores, com a proposta de que a FM pode 
ser diagnosticada caso todos os critérios a 
seguir estejam presentes: 
 
- Dor generalizada (em 4 de 5 regiões 
preestabelecidas); 
- Sintomas presentes por pelo menos 3 
meses; 
- Pontuações: IDG ≥ 7 e ES ≥ 5 ou IDG 4 
a 6 e ES ≥ 9; 
- O diagnóstico da FM é válido a 
despeito de outros diagnósticos, 
porém não exclui outras condições 
clínicas ou doenças relevantes. 
 
EXAMES LABORATORIAIS 
 
Na consulta inicial, o médico deve solicitar 
exames para descartar doenças graves, 
infecções e neoplasias, principalmente se os 
sintomas aparecerem em pacientes maiores 
que 55 a 60 anos. 
 
Obs. Lembre-se que a fibromialgia não é uma 
condição inflamatória, logo, provas 
inflamatórias não estão tipicamente alteradas. 
 
 
Após avaliação clínica com obtenção de 
história e exame físico, podem-se solicitar, de 
acordo com a necessidade, exames de 
hormônio tireoideoestimulante (TSH), 
tiroxina-4 livre (T4 livre), cálcio, fósforo, 
paratormônio (PTH), vitamina D-25OH, 
creatinofosfoquinase (CPK), aldolase, 
eletroforese de proteínas séricas, sorologias 
virais, proteína C reativa (PCR) e velocidade 
de hemossedimentação (VHS). Não é 
necessário pedir fatores antinúcleo (FAN) e 
reumatoide (FR), caso não haja sintomas e 
sinais de doença reumática autoimune. 
 
Diagnóstico diferencial 
 
Deve ser feito com todas as doenças que 
podem causar dor difusa, como 
hipotireoidismo, hiperparatireoidismo, 
osteomalacia, miopatias, mieloma múltiplo, 
infecções virais, síndromes paraneoplásicas, 
doenças autoimunes, síndrome da fadiga 
crônica e miofascial, entre outras. 
 
 
 
Diagnóstico da Fibromialgia (FM) 
A fibromialgia é diagnosticada com base em 
critérios clínicos, pois não há exames 
laboratoriais específicos para identificá-la. O 
diagnóstico se dá principalmente pela 
presença de dor difusa e persistente,associada a outros sintomas, como fadiga e 
alterações do sono. 
Critérios Diagnósticos ao Longo do Tempo 
Os critérios de diagnóstico evoluíram ao 
longo dos anos: 
1⃣ Critérios de 1990 (American College of 
Rheumatology - ACR) 
🔹 Criados para pesquisas, mas amplamente 
utilizados na prática clínica. 
🔹 Baseiam-se em dois fatores principais: 
● Dor musculoesquelética generalizada 
por pelo menos 3 meses (atingindo os 
4 quadrantes do corpo e alguma 
região axial – cervical, torácica ou 
lombar). 
● Presença de dor em pelo menos 11 
dos 18 tender points (pontos 
dolorosos específicos). 
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📍 Os tender points são locais do corpo onde 
a pressão causa dor intensa, como: 
● Região cervical, trapézio, glúteo 
médio, joelho, entre outros. 
🚨 Limitação desse critério: Não considerava 
outros sintomas importantes, como fadiga, 
sono não reparador e dificuldades cognitivas. 
2⃣ Critérios de 2010 (Revisados pela ACR) 
🔹 Eliminou os tender points e passou a 
incluir outros sintomas, além da dor. 
🔹 Criou dois novos sistemas de pontuação: 
✔ Índice de Dor Generalizada (IDG) → Avalia 
19 regiões dolorosas nos últimos 7 dias. 
✔ Escala de Gravidade dos Sintomas (EGS) → 
Mede fadiga, sono não reparador e sintomas 
cognitivos (cada um pontuado de 0 a 3). 
📌 Outros sintomas avaliados na EGS: 
● Dor abdominal 
● Cefaleia 
● Depressão 
📊 Cálculo da pontuação: 
● IDG ≥ 7 e EGS ≥ 5 → Sugere 
diagnóstico de FM. 
● IDG entre 4 e 6 e EGS ≥ 9 → Também 
pode indicar FM. 
● Os sintomas devem persistir por pelo 
menos 3 meses e não serem 
explicados por outra doença. 
 
 
 
 
 
3⃣ Critérios Revisados em 2016 
🔹 Refinaram ainda mais o diagnóstico e 
destacaram que: 
● A dor deve estar presente em pelo 
menos 4 das 5 regiões do corpo. 
● A FM pode coexistir com outras 
doenças, sem invalidar o diagnóstico. 
● O critério de pontuação foi mantido: 
IDG ≥ 7 + EGS ≥ 5 ou IDG 4-6 + EGS 
≥ 9. 
Exames Laboratoriais 
🛑 Não existem exames específicos para 
diagnosticar fibromialgia! 
Os exames são pedidos para descartar outras 
doenças que podem causar sintomas 
semelhantes, como: 
✔ TSH e T4 livre → Avaliar hipotireoidismo. 
✔ Cálcio, fósforo, PTH, vitamina D → 
Investigar distúrbios metabólicos. 
✔ CPK e aldolase → Verificar miopatias. 
✔ Sorologias virais, PCR, VHS → Descarta 
infecções e processos inflamatórios. 
🚨 Fatores Antinúcleo (FAN) e Fator 
Reumatoide (FR) NÃO são necessários, a 
menos que haja suspeita de doenças 
autoimunes. 
Diagnóstico Diferencial 
A fibromialgia pode ser confundida com 
outras doenças que causam dor crônica, 
como: 
🔹 Hipotireoidismo 
🔹 Hiperparatireoidismo 
🔹 Osteomalacia (deficiência de vitamina D 
severa) 
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Fernanda Rodrigues 
🔹 Miopatias 
🔹 Mieloma múltiplo (tipo de câncer que 
afeta a medula óssea) 
🔹 Síndrome da fadiga crônica 
🔹 Doenças autoimunes (como lúpus e artrite 
reumatoide). 
📌 Resumo Rápido 
✔ A FM é diagnosticada clinicamente, sem 
exames laboratoriais específicos. 
✔ Evoluiu de um modelo baseado apenas na 
dor e tender points para incluir sintomas 
como fadiga, alterações do sono e dificuldades 
cognitivas. 
✔ Os critérios atuais (2016) combinam dor 
difusa + sintomas persistentes por 3 meses + 
pontuação no IDG e EGS. 
✔ Exames laboratoriais servem apenas para 
descartar outras doenças. 
f) Tratamento. 
O tratamento da fibromialgia (FM) não é 
simples e exige uma abordagem 
multidisciplinar. Ou seja, é necessário 
combinar várias estratégias para aliviar a dor, 
melhorar o sono e a qualidade de vida. 
1⃣ Objetivos do Tratamento 
● Reduzir a dor e a fadiga. 
● Melhorar o padrão de sono. 
● Controlar problemas emocionais, 
como depressão e ansiedade. 
● Recuperar a capacidade de realizar 
atividades do dia a dia. 
 
 
 
2⃣ Principais Estratégias de Tratamento 
🔹 1. Educação do Paciente 
O paciente precisa entender que a 
fibromialgia não é uma doença inflamatória e 
não causa deformidades. Explicar isso ajuda a 
reduzir o medo da dor e a aderir ao 
tratamento. 
🔹 2. Exercícios Físicos 
● São a base do tratamento! Combater o 
sedentarismo melhora a dor, o humor 
e o sono. 
● O mais indicado é o exercício aeróbico 
(ex.: caminhada, dança, bicicleta, 
natação). 
● Exercícios liberam serotonina e 
endorfina, substâncias que aliviam a 
dor e a depressão. 
🔹 3. Terapia Cognitivo-Comportamental 
(TCC) 
● Trata a relação entre emoções e dor. 
● Ajuda o paciente a mudar 
pensamentos negativos e adotar 
estratégias para lidar melhor com a 
doença. 
🔹 4. Acupuntura 
● Estimula pontos específicos no corpo. 
● Aumenta a liberação de endorfinas e 
serotonina, funcionando como um 
“analgésico natural”. 
 
 
 
 
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Fernanda Rodrigues 
3⃣ Tratamento Medicamentoso 
Os remédios são usados para controlar os 
sintomas, mas não curam a fibromialgia. 
Principais medicamentos utilizados 
🔸 Antidepressivos Tricíclicos (ADT) – são a 
base do tratamento medicamentoso! 
● Amitriptilina: Começa com 10 mg à 
noite. 
● Nortriptilina: Também inicia com 10 
mg/dia. 
🔸 Antidepressivos Duais – ajudam na dor e 
na fadiga! 
● Duloxetina (Cymbalta, Velija): Começa 
com 30 mg/dia. 
● Fluoxetina (Prozac, Daforin): Pode ser 
usada acima de 40 mg/dia. 
🔸 Outros medicamentos 
● Gabapentinoides: Ex.: Pregabalina, 
usada para dor neuropática. 
● Tramadol: Analgésico opioide fraco, 
usado em casos mais graves. 
4⃣ Pontos Gatilho (Trigger Points) 
Os Pontos Gatilho (PG) são regiões de 
sensibilidade extrema nos músculos. Quando 
pressionados, podem causar dor intensa e até 
sintomas como tontura ou formigamento. 
Tipos de Pontos Gatilho 
✅ Ativo → Causa dor espontânea e irradiação 
para outras áreas. 
✅ Latente → Está presente, mas só dói 
quando pressionado. 
✅ Central → Localizado no meio do músculo. 
✅ De Inserção → Fica na junção do músculo 
com o tendão. 
✅ Primário → É o principal responsável pela 
dor na região. 
✅ Secundário → Surge por causa de um PG 
primário, geralmente em um músculo vizinho. 
✅ Satélite → Está em uma área de dor 
referida, mas não é a verdadeira origem da 
dor. 
🔥 Resumo Prático 
✅ Tratamento da fibromialgia é 
multidisciplinar → envolve exercícios, 
psicoterapia e medicações. 
✅ O exercício aeróbico é essencial para 
melhora da dor, sono e humor. 
✅ Antidepressivos tricíclicos (amitriptilina) 
são a principal medicação para dor e sono. 
✅ Os pontos gatilho podem ajudar no 
diagnóstico e devem ser tratados com 
alongamento, fisioterapia e técnicas de 
relaxamento. 
 
 
1. Tratamento Não Medicamentoso (Primeira 
Escolha!) 
💡 Educação do paciente: 
● O paciente precisa entender a doença, 
saber que ela não é inflamatória e que 
o tratamento foca na qualidade de 
vida. 
● Explicar que a dor é real, mas não vem 
de inflamação ou lesão grave. 
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Fernanda Rodrigues 
💪 Exercícios físicos são fundamentais! 
● Aeróbicos (caminhada, bicicleta, 
hidroginástica) pelo menos 2 a 3 
vezes por semana, por 30 minutos. 
● No começo, a dor pode piorar, mas é 
normal! A adaptação leva de 16 a 20 
semanas. 
● Alongamento e fortalecimento 
muscular também ajudam. 
🧠 Tratamento psicológico 
● Técnicas como terapia 
cognitivo-comportamental (TCC) 
ajudam a reduzir ansiedade e 
depressão, melhorando o controle da 
dor. 
● Se houver depressão grave ou 
ansiedade intensa → Encaminhar ao 
psiquiatra. 
2. Tratamento Medicamentoso 
💊 O maior desafio: adesão ao tratamento! 
● Muitos pacientes abandonam o 
tratamento devido aos efeitos 
colaterais dos remédios. 
🛌 Melhoria do sono e controle da dor: 
● Antidepressivos tricíclicos (ex: 
amitriptilina) → Melhoram o sono e 
reduzem a dor ao evitar invasão de 
ondas alfa no sono profundo. 
● Inibidores seletivos da recaptação de 
serotonina (ISRS): 
○ Escitalopram e citalopram não 
são recomendados (muito 
seletivos para serotonina). 
○ Fluoxetina pode ser usada, 
mas só em doses acima de 40 
mg (para agir também na 
norepinefrina). 
● Antidepressivos duais (ex: duloxetina, 
venlafaxina): Boa escolha para 
pacientes com transtornoso quadro álgico. A partir desse relato, podem ser obtidos dados relevantes antes mesmo de pesquisados mais detalhadamente, de acordo com os 10 caracteres propedêuticos da dor, conhecidos também como decálogo da dor. 
	Uma das formas de memorização dos caracteres da dor consiste na sigla ILICIDPFFF, em que cada letra denota um caractere descritivo da dor.o quadro álgico. A partir desse relato, podem ser obtidos dados relevantes antes mesmo de pesquisados mais detalhadamente, de acordo com os 10 caracteres propedêuticos da dor, conhecidos também como decálogo da dor. 
	Uma das formas de memorização dos caracteres da dor consiste na sigla ILICIDPFFF, em que cada letra denota um caractere descritivo da dor.

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