Aspectos conceituais

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ASPECTOS CONCEITUAIS DO
TERMO RESPONSABILIDADE
SOCIAL
DEFINIR RESPONSABILIDADE SOCIAL A LUZ DOS TEÓRICOS ABORDANDO A VISÃO EVOLUTIVA DOS
CONCEITOS E EM SEGUIDA DISCUTIR A TEORIA DA ADMINISTRAÇÃO NO ÂMBITO DA GESTÃO VOLTADA
A RESPONSABILIDADE SOCIAL.
AUTOR(A): PROF. SYLVIO QUINTINO JUNIOR
Definindo Responsabilidade Social a luz dos teóricos;
Primeiramente se faz necessário entender que não existe um consenso sobre o significado de
Responsabilidade Social (ou corporativa) entre os teóricos.
Trata-se de um conceito ainda em evolução, cuja interpretação e definição não são unânimes entre os
autores/pesquisadores do assunto.
Afinal o que é responsabilidade social?
Diversos autores e estudiosos sobre a responsabilidade social discutem há algumas décadas qual seria o
melhor significado e aplicação do conceito sem, entretanto, chegar a um acordo.
Para alguns teóricos, Responsabilidade Social seria, a princípio, a obrigação de responder pelas ações.
Então, a organização responsável é aquela que cumpre a legislação vigente? Ou a que desenvolve
programas sociais para seus funcionários? É a organização que se responsabiliza por problemas sociais da
comunidade onde está inserida? Ou seria, ainda, a organização que respeita seu público consumidor?
Como ainda há uma discussão sendo travada e não existem parâmetros definidos, fica fácil para as diversas
organizações se intitularem como “socialmente responsáveis”. A utilização do termo é livre e não há
nenhum mecanismo de controle ou regulação que avalie, ou possa medir, as ações praticadas pelas
empresas. As organizações podem dizer à vontade "nós somos uma empresa responsável socialmente".
Pode ser considerada responsável a empresa que cumpre a legislação vigente, por exemplo, pagando os
salários e impostos corretamente, cumprindo a legislação trabalhista e tributária e respeitando os clientes,
sendo, enfim, uma empresa-cidadã.
Outras vezes, o conceito de Responsabilidade Social é utilizado com o significado de filantropia (ou ação
social), indicando doações ou projetos sociais realizados por uma empresa que beneficiam grupos, tais
como os funcionários da empresa, uma Organização Não Governamental (ONG), ou a comunidade: a
construção de uma creche para abrigar filhos de moradores da vizinhança, por exemplo.
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Outra maneira de interpretar a responsabilidade social é entendê-la como um modelo de gestão adotado
por empresas privadas e públicas que tem por objetivo cuidar e preservar a sua comunidade interna e em
seu entorno, além de realizar inclusão social.
Você já percebeu que não é tarefa fácil indicar o que uma empresa deve fazer para ser considerada
socialmente responsável. No entanto, critérios como o cumprimento da legislação, transparência nos
negócios, respeito aos funcionários, ao poder público, aos clientes e à comunidade em que está inserida
parecem o mínimo necessário para que a empresa possa afirmar "nós somos responsáveis socialmente".
Essa variedade de interpretações acerca do conceito de Responsabilidade Social dá origem a ações e
projetos empresariais dos mais diversos tipos e tamanhos, conforme o setor de atividade da empresa, local
de instalação e situação socioeconômica da região/país.
Por exemplo, podemos citar que em países menos desenvolvidos, provavelmente as organizações realizem
mais projetos e ações que busquem suprir as necessidades básicas da população (alimentação, moradia,
saúde, educação, transporte) que nos países ricos. Ou seja, muitas vezes, a empresa assume a
responsabilidade de resolver problemas sociais que caberiam ao poder público.
Conforme cresce o poder econômico das organizações e diminui a atuação do Estado na solução dos
problemas atuais, aumenta a pressão sobre as empresas para que resolvam as questões sociais mais
urgentes. Também cresce a exigência para que a empresa cumpra com a ética, respeito aos direitos
humanos e ao meio ambiente.
A visão evolutiva dos conceitos
Ao discutirmos a evolução dos conceitos que tratam sobre Responsabilidade Social podemos identificar nos
cidadãos, seja numa análise individual ou em uma análise conjuntural, que todos acabam assumindo junto
a sua comunidade obrigações visando melhorar as condições de vida daqueles que ali se encontram
presentes.
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Responsabilidade Social Empresarial é a forma de gestão que se define pelo compromisso
público de implementação de processos produtivos, comerciais e gerenciais baseados em
relações éticas, transparentes e solidárias da empresa com todos os públicos afetados
pelas suas atividades e pelo estabelecimento de metas empresariais compatíveis com a
sustentabilidade da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para gerações
futuras, respeitando a diversidade e promovendo a igualdade.
INSTITUTO ETHOS
Vale ressaltar que o conceito e as ideia se baseiam também numa visão que se deve ter, em maior ou menor
grau, dos impactos que determinadas ações promoverão nas vidas das pessoas e da coletividade, se
implementadas na comunidade.
Nesse sentido podemos afirmar que o reconhecimento de quem adota Responsabilidade Social está na sua
implementação, concretização e preservação de ações sociais, práticas construtivas e de uma visão de bem-
estar comum a todos, buscando melhorar a qualidade de vida das pessoas.
Responsabilidade Social para o Instituto Ethos se resume em:
 
Podemos pôr fim entender que Responsabilidade Social trata-se de um  compromisso permanente  dos
empresários e da Administração Pública em  adotar um comportamento ético   que vise  contribuir para o
desenvolvimento econômico, melhorando, simultaneamente, a qualidade de vida de seus empregados,
colaboradores e ou servidores públicos e de suas famílias, da comunidade local e da sociedade como um ?
todo".
Podemos também interpretar a responsabilidade social e entendê-la como um  modelo de gestão  adotado
por empresas privadas e públicas que tem por objetivo cuidar e preservar o meio ambiente, além de realizar
inclusão social.
 
Teoria da Administração no âmbito da gestão voltada a Responsabilidade Social
No que diz respeito ao conjunto teórico que trata sobre Administração no âmbito da gestão voltada a
Responsabilidade Social podemos afirmar que tem tal conjunto teórico se concretiza quando as empresas
praticam, de forma integrada, os princípios propostos pela  Escola Científica  ou Clássica (Frederick W.
Taylor e Henry Ford, por exemplo, propõem a divisão das tarefas e a melhoria da produtividade com suas
ideias de racionalização do trabalho), pela  Escola Burocrática  (de Max Weber, ao dizer que a burocracia
prima pela total eficiência da organização e, para que se alcance a eficiência, todos os detalhes formais
devem ser vistos com antecedência, a fim de que não existam interferências pessoais que acabem por
atrapalhar o processo.
Pela Escola das Relações Humanas ou Neoclássica (Elton Mayo e outros pensadores adeptos, por exemplo,
propõem que as pessoas devem ser consideradas mais importantes do que as máquinas e processos fabris).
Ressalte-se que foi com a Escola das Relações Humanas que surgiram os primeiros movimentos voltados
para estudos sobre Responsabilidade Social da Empresas.
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Também faz parte da evolução das teorias da Administração a chamada  Escola Contingencial e Escola
Sistêmica que entendem ser a empresa um sistema aberto e, portanto, sujeita às variações desse ambiente
(mercado em que atua).
Ao adotarem os pressupostos mais relevantes de cada uma das Escolas da Administração, as empresas
estarão dando um passo importante para adotar as boas práticas de Responsabilidade Social.
Desta feita podemos dizer que o novo modelo de organização do século XXI deve considerar todas as
abordagensteóricas desenvolvidas pela ciência administrativa e com isso passar a ser uma ?empresa
inteligente?, ou seja, aquela que mescla sua estrutura mecanicista com uma estrutura orgânica.
Diga-se de passagem, que ?estrutura mecanicista? é aquela que preza apenas pelo aumento da
produtividade a qualquer custo, enquanto a ?estrutura orgânica? preza pelo ambiente interno saudável em
suas relações interpessoais somado a uma visão de mercado externo.
As mudanças sugeridas no referido paradigma evolutivo da estrutura de uma organização tem sido objeto
de muita discussão entre as várias correntes doutrinárias que colocam a gestão de Responsabilidade Social
em patamares diferentes, como por exemplo, a ideia de que ações sociais corporativas, ao final, trazem às
empresas, sejam privadas ou públicas, resultados abaixo das expectativas e com retorno relativamente
insignificante.
Por outro lado, tais afirmações não são compartilhadas por boa parte dos teóricos que entendem serem as
ações sociais incorporadas pelas empresas privadas e públicas em seus planejamentos, como salutares e
positivas em relação ao seu custo-benefício.
Alerta-se ao fato de que temos que nos conscientizar de que os recursos produtivos utilizados pelas
empresas são escassos e as necessidades do ser humano ilimitadas. Daí uma das dificuldades de satisfação
de ambos!
Sendo assim, na luz dos teóricos emergentes, ?empresa inteligente? deve se voltar para o uso racional
desses recursos e, portanto, deve adotar como modelo de gestão, as boas práticas de Responsabilidade
Social associadas aos seu planejamento. 
No que diz respeito ao grande desafio do século XXI, que é se tornar uma empresa socialmente responsável
é preciso, antes de qualquer coisa, se tornar uma empresa capaz de ser produtiva e competitiva, sabendo
enfrentar o mercado que é cada vez mais competitivo.
Para Tachizawa (2005:62) as barreiras que separavam setores econômicos e verticais do mercado e as
organizações que operavam dentro de tais setores estão rapidamente caindo.
Diante do exposto pode-se afirmar que, para manter-se operante no mercado essa empresa deverá
sobrepor-se aos desafios impostos a ela, que serão sempre crescentes, deverá buscar, dentre outras ações,
aquelas voltadas para redução de custos, ofertas de produtos e serviços aos consumidores cada vez mais
baratos, com qualidade, buscando cada vez mais satisfazer as necessidades humanas.
Daí pode-se concluir a respeito da importância do tema voltado a Responsabilidade Social que,
independentemente da posição doutrinária adotada, sejam com efeitos positivos ou negativos detectados,
certo é que, quaisquer ações sociais, no caso brasileiro, é e sempre serão bem vindas, haja vista não termos
em nossos governos (seja federal, estadual, distrital ou municipal) essa vocação para assumir seu
verdadeiro papel de agente social transformador.
 
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ATIVIDADE
Podemos entender por Responsabilidade Social 
A. trata-se de um compromisso periódico das Empresas Privadas e da Administração Pública em adotar
um comportamento ético que vise contribuir para o desenvolvimento econômico, melhorando,
simultaneamente, a qualidade de vida de seus empregados, colaboradores e ou servidores públicos e
de suas famílias, da comunidade local e da sociedade como um "todo".
B. como um modelo de gestão adotado somente por empresas privadas que tem por objetivo cuidar e
preservar o meio ambiente, além de realizar inclusão social.
C. como um modelo de gestão adotado somente por empresas públicas que tem por objetivo cuidar e
preservar o meio ambiente, além de realizar inclusão social.
D. trata-se de um compromisso permanente das Empresas Privadas e da Administração Pública em
adotar um comportamento ético que vise contribuir para o desenvolvimento econômico,
melhorando, simultaneamente, a qualidade de vida de seus empregados, colaboradores e ou
servidores públicos e de suas famílias, da comunidade local e da sociedade como um "todo".
REFERÊNCIA
DIAS, Reinaldo. Gestão Ambiental - Responsabilidade Social e Sustentabilidade. São Paulo: Atlas, 2006.
MELO NETO, Francisco Paulo. Gestão da responsabilidade social corporativa:  o caso brasileiro - da
filantropia tradicional à filantropia de alto rendimento e ao empreendedorismo social.  Rio de
Janeiro Qualitymark 2001.
TACHIZAWA, Takeshy. Gestão ambiental e responsabilidade social corporativa:  estratégias de negócios
focadas na realidade brasileira. São Paulo: Atlas, 2005.
INSTITUTO ETHOS. O Instituto Ethos. Disponível em
http://www1.ethos.org.br/EthosWeb/pt/31/o_instituto_ethos/o_instituto_ethos.aspx. Acesso em 25.09.2016.
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