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FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS (FGV) PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA, POLÍTICA E BENS CULTURAIS (PPHPBC) DOUTORADO PROFISSIONAL EM BENS CULTURAIS E PROJETOS SOCIAIS RAMON MACIEL FERREIRA PROJETO DE ACESSIBILIDADE INFORMACIONAL (PAI): boas práticas para a cultura de acessibilidade digital em informação pública RIO DE JANEIRO – RJ 2023 RAMON MACIEL FERREIRA PROJETO DE ACESSIBILIDADE INFORMACIONAL (PAI): boas práticas para a cultura de acessibilidade digital em informação pública Texto Dissertativo para apresentação de produto à banca de defesa no programa de Doutorado Profissional em Bens Culturais e Projetos Sociais, da Fundação Getulio Vargas, como requisito para obtenção do título de Doutor. Orientador: Prof. Dr. Eduardo Jordão de Achilles Mello RIO DE JANEIRO – RJ 2023 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Ficha catalográfica elaborada pelo Sistema de Bibliotecas/FGV Ferreira, Ramon Maciel Projeto de acessibilidade informacional (PAI): boas práticas para a cultura de acessibilidade digital em informação pública / Ramon Maciel Ferreira.-- 2023. 333 f. Texto dissertativo (doutorado) – Escola de Ciência Sociais da Fundação Getulio Vargas, Programa de Pós-Graduação em História, Política e Bens Culturais. Orientador: Eduardo Jordão de Achilles Mello. Inclui bibliografia. 1. Projeto de acessibilidade. 2. Sites da Web acessíveis para deficientes. 3. Acesso à internet. 4. Administração pública. I. Mello, Eduardo Jordão de Achilles. II. Escola de Ciência Sociais da Fundação Getulio Vargas. Programa de Pós- Graduação em História, Política e Bens Culturais. III. Título. CDD – 350 Elaborada por Maria do Socorro Almeida – CRB-7/4254 FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS DOUTORADO PROFISSIONAL EM BENS CULTURAIS E PROJETOS SOCIAIS CENTRO DE PESQUISA E DOCUMENTAÇÃO DE HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA DO BRASIL RAMON MACIEL FERREIRA “PROJETO DE ACESSIBILIDADE INFORMACIONAL (PAI): BOAS PRÁTICAS PARA CULTURA DE ACESSIBILIDADE DIGITAL EM INFORMAÇÃO PÚBLICA’’. TESE APRESENTADA AO CURSO DE DOUTORADO PROFISSIONAL EM BENS CULTURAIS E PROJETOS SOCIAIS PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE A, DOUTOR EM BENS CULTURAIS E PROJETOS SOCIAIS. ESTE É UM TRABALHO ORIGINAL ONDE FOI VERIFICADA A NÃO EXISTÊNCIA DE PLÁGIO E DE UTILIZAÇÃO DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL, NÃO EXPLICITADA, NO CORPO DO TRABALHO DATA DA DEFESA: 04/12/2023 ASSINATURA DOS MEMBROS DA BANCA EXAMINADORA PRESIDENTE DA COMISSÃO EXAMINADORA: PROFº EDUARDO JORDAO DE ACHILLES MELLO PROFº EDUARDO JORDAO DE ACHILLES MELLO PROFª SUEMI HIGUCHI ORIENTADOR MEMBRO EXTERNO PROFº FLÁVIO LEAL PROFº THAYRON RODRIGUES RANGEL MEMBRO EXTERNO MEMBRO EXTERNO PROFº JOSEMAR HENRIQUE DE MELO MEMBRO EXTERNO RIO DE JANEIRO, 04 DE DEZEMBRO DE 2023. PROFº CELSO CORRÊA PINTO DE CASTRO PROFº ANTONIO DE ARAUJO FREITAS JUNIOR DIRETOR PRÓ-REITOR DE ENSINO, PESQUISA E PÓS- GRADUAÇÃO D4Sign 501d735d-601b-4a46-84b2-dbdb2d1e6547 - Para confirmar as assinaturas acesse https://secure.d4sign.com.br/verificar Documento assinado eletronicamente, conforme MP 2.200-2/01, Art. 10º, §2. RESUMO A informação é um bem, um ativo intangível, com valor, função e significado atrelados ao contexto no qual está inserida como foi disponibilizada para o usuário. Ao tratarmos da informação em websites públicos algumas características e adequações devem ser respeitadas, para garantir que a informação esteja acessível para todos de forma autônoma. A acessibilidade dos websites de 103 Instituições Federais de Ensino Superior Brasileiras (IFEs) foi analisada mensalmente por 12 meses, nos quais a informação se caracteriza como um bem em depreciação por inadequação aos parâmetros do Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico (eMAG). Também foram mapeadas via websites as ações institucionais de acessibilidade demonstrando o a magnitude da cultura institucional de acessibilidade. Embora a legislação brasileira estabeleça os parâmetros mínimos, o panorama dos níveis de acessibilidade da informação não atinge o alto nível, estabelecido pelo Avaliador e Simulador de Acessibilidade em Sítios (ASES). Assim sendo, o Projeto de Acessibilidade Informacional (PAI) propõe ações de melhoraria deste panorama indo além da adequação do código-fonte, instrumentaliza o órgão e introduz o debate e a participação ativa da comunidade, incentivando a cultura de acessibilidade da informação, e por fim, vislumbrando uma futura aplicação da teoria. Palavras-chave: Acessibilidade da informação; acessibilidade digital; gestão pública; acesso à Informação; eMAG. ABSTRACT Information is a good, an intangible asset, with value, function and meaning linked to the context in which it is inserted and how it was made available to the user and when dealing with information on public websites, some characteristics and adjustments must be respected, to ensure that the information is accessible to everyone independently. The accessibility of the websites of 103 Brazilian Federal Higher Education Institutions (IFEs) were analyzed monthly for 12 months, in which the information is characterized as an asset under depreciation due to inadequacy with the parameters of the Electronic Government Accessibility Model (eMAG). institutional accessibility actions were also mapped via websites, demonstrating the magnitude of the institutional accessibility culture. Although Brazilian legislation establishes the minimum parameters, the panorama of accessibility information levels does not reach the high level, established by the Site Accessibility Evaluator and Simulator (ASES). Therefore, the Information Accessibility Project (PAI) proposes actions of improving this panorama, going beyond the adequacy of the source code, it equips the body and introduces debate and active participation of the community, encouraging a culture of information accessibility, and finally, envisioning a future application of the theory. Keywords: Accessibility of information; digital accessibility; public Management; access to information; eMAG SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................08 2.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...................................................................................... 23 2.1. INFORMAÇÃO PÚBLICA, DIGITAL E ACESSÍVEL....................................................27 2.2. CULTURA DE ACESSIBILIDADE NAS IFES................................................................31e da sociedade civil. Deixando de existir através do Decreto nº 10.148, de 2 de dezembro de 2019 estabeleceu novas diretrizes para a instituição de câmaras técnicas consultivas no âmbito do CONARQ. A mesma conceituação é abordada na Lei de Acesso à Informação (Lei nº 12.527/2011), a lei que garante o acesso às informações públicas como uma regra. determina em seu art. 5º que “é dever do Estado garantir o direito de acesso à informação, que será franqueada, mediante procedimentos objetivos e ágeis, de forma transparente, clara e em linguagem de fácil compreensão”. E em seu art. 4º aponta a conceituação de informação e tratamento da informação, além de estar em acordo com a conceituação da CTDE sobre disponibilidade, autenticidade e integridade. Art. 4º Para os efeitos desta Lei, considera-se: I - informação: dados, processados ou não, que podem ser utilizados para produção e transmissão de conhecimento, contidos em qualquer meio, suporte ou formato; II - documento: unidade de registro de informações, qualquer que seja o suporte ou formato; III - informação sigilosa: aquela submetida temporariamente à restrição de acesso público em razão de sua imprescindibilidade para a segurança da sociedade e do Estado; IV - informação pessoal: aquela relacionada à pessoa natural identificada ou identificável; V - tratamento da informação: conjunto de ações referentes à produção, recepção, 30 classificação, utilização, acesso, reprodução, transporte, transmissão, distribuição, arquivamento, armazenamento, eliminação, avaliação, destinação ou controle da informação; VI - disponibilidade: qualidade da informação que pode ser conhecida e utilizada por indivíduos, equipamentos ou sistemas autorizados; VII - autenticidade: qualidade da informação que tenha sido produzida, expedida, recebida ou modificada por determinado indivíduo, equipamento ou sistema; VIII - integridade: qualidade da informação não modificada, inclusive quanto à origem, trânsito e destino; IX - primariedade: qualidade da informação coletada na fonte, com o máximo de detalhamento possível, sem modificações. (BRASIL, 2011) A conceituação do Dicionário de Biblioteconomia e Arquivologia (2008) aborda característica mais amplas, como entender ser um “registro de um conhecimento”, o que torna a informação um ato intencional, mesmo quando se tratar de fazer cópia, além de aspectos computacionais ligados à informação, o que incluem desde as linhas de programação que coordenam como o website deve ser, se comportar e como deve estar estruturado para que possa transmitir a informação ao usuário, mais uma especificação abordada pelo conceito, que segundo Anna Carla Mariz. “transferência efetua-se quando as informações transmitidas provocam a incorporação do conhecimento ao mundo do usuário. Ela é um processo social em que os ferradores e usuários são sujeitos sociais em interação e têm igual importância para a efetividade do processo. (...) A transferência de informação, portanto, não se limita à entrega do que foi solicitado ao usuário, mas pressupõe a comunicação com ele, por meio de mecanismos intermediários, do recurso de conhecimento. (MARIZ, 2012, p 22) A partir da informação transmitida é necessário que ela mantenha suas características de disponibilidade, autenticidade e integridade, além de garantir que o usuário consiga a utilizar sem que enfrente barreiras de comunicação e informação. A usabilidade, característica imprescindível para a acessibilidade da informação digital, é conceituada por Dias (2003, p. 29), como “uma qualidade de uso de um sistema, diretamente associada ao seu contexto operacional e aos diferentes tipos de usuários, tarefas, ambientes físicos e organizacionais”. Em Cunha e Cavalcanti (2008) temos a conceituação de acessibilidade abordando a interação entre o usuário e a informação, como: “acessibilidade access to information, accessibility, ease of use, information access, information accessibility 1. BIB possibilidade de o usuário obter, rápida e corretamente, a informação que procura. Termo genérico que pode ser empregado em relação a: a) dificuldade ou o não acesso das pessoas aos recursos da internet, da informática ou dos sistemas de telecomunicações; b) capacidade de acessar um recurso independentemente do sistema de acesso a ele. 2. arq documentos que podem ser consultados sem nenhuma restrição. 3. inf qualidade dos sistemas informatizados e sistemas de informação que define a facilidade que oferecem aos usuários em termos de instalação e utilização. acessibilidade digital, digital accessibility, digital information accessibility arq bib intern conceito que inclui os direitos e a capacidade das pessoas com necessidades especiais a terem maior grau de utilização dos produtos e serviços da sociedade da informação, o fosso digital. (CUNHA, CAVALCANTI, 2008. p. 2) 31 Em acordo com os conceitos abordados podemos entender que Informação Pública Digital e Acessível como um conjunto de dados estruturados e estruturantes, independente do suporte o qual estejam registrados. Possuem significado lógico e intencional de transmitir um conhecimento, livres de quaisquer barreiras de comunicação e informação, sendo conjunto de dados produzido, acumulado ou em propriedade de instituições de caráter jurídico público e de acesso livre, exceto em casos especificados em lei. Entende-se a acessibilidade como a possibilidade real de viabilizar o acesso, superando as barreiras. A acessibilidade, no cenário arquivístico, representa uma ferramenta de inclusão social para o atendimento das necessidades biopsicossociais dos usuários, possibilitando a entrada e a permanência dos usuários nos espaços dos Arquivos (interno e externo), independentemente se o ambiente é físico ou digital. A acessibilidade nos Arquivos é a condição que possibilita a supressão das barreiras institucionais, garantindo a autonomia dos usuários com deficiência para a participação cidadã. Se materializa com a adoção de Tecnologias Assistivas, uso do design universal e por meio da elaboração de políticas e programas institucionais, onde devem constar de forma explícita, a acessibilidade, a capacitação dos servidores e a criação de documentos orientadores e formativos. (RANGEL, 2023, p. 31) Sobre a importância da Acessibilidade nos estudos arquivístico, visto que esta informação pública digital é proveniente das ações dos servidores públicos atuantes nos órgãos e entidades do Poder Executivo Federal configurando-se, assim, em documentos arquivísticos digitais (RANGEL, 2023). Desta forma, torna-se imprescindível adotar práticas inclusivas, com vistas à acessibilidade, padronização das formas documentais, na produção documental, e dos ambientes de acesso e difusão de documentos e informações públicas digitais, resguardando aspectos e garantias provenientes do arcabouço legal arquivístico, de inclusão e acessibilidade. 32 2.2. CULTURA DE ACESSIBILIDADE NAS IFES A acessibilidade na pesquisa é pontualmente à informação digital, na qual as IFES não apresentam bons resultados, ao serem analisada via ASES, no entanto, este recorte é não representa toda a cultura institucional de acessibilidade promovida no âmbito das instituições de ensino. Nesta seção, foram expostas as definições de cada espectro da acessibilidade, seguidas de uma reflexão sobre a abordagem do MEC sobre a necessidade de interferir e melhorar aspectos da acessibilidade digital. Em seguida apresentaremos um mapeamento das IFES, com o intuito de levantar informações sobre os Núcleos de acessibilidade ou setores equivalentes, levantamento de projetos em desenvolvimento e uma análise do website, considerando a página do núcleo ou setor, no qual o usuário tem acesso às informações, conteúdos e serviços oferecidos. Segundo o MEC (2013c), nos referenciaisde acessibilidade na educação superior, a acessibilidade pode ser dividida em oito espectros, como dispostos, definidos e exemplificados na cultura das IFES, na tabela abaixo. 33 Tabela 02 – Espectros da Acessibilidade segundo SINAES ESPECTRO DA ACESSIBILIDADE DEFINIÇÕES PRÁTICAS E EXEMPLOS RELACIONADOS ÀS IES Acessibilidade atitudinal Refere-se à percepção do outro sem preconceitos, estigmas, estereótipos e discriminações. Todos os demais tipos de acessibilidade estão relacionados a essa, pois é a atitude da pessoa que impulsiona a remoção de barreiras. Essa acessibilidade pode ser notada quando existe, por parte dos gestores institucionais, o interesse em implementar ações e projetos relacionados à acessibilidade em toda a sua amplitude. A priorização de recursos para essas ações é um indicativo da existência de acessibilidade atitudinal. Acessibilidade Arquitetônica (também conhecida como física) Eliminação das barreiras ambientais físicas nas residências, nos edifícios, nos espaços e equipamentos urbanos. Os exemplos mais comuns de acessibilidade arquitetônica são a presença de rampas, banheiros adaptados, elevadores adaptados, piso tátil, entre outras. Acessibilidade metodológica (também conhecida como pedagógica) Ausência de barreiras nas metodologias e técnicas de estudo. Está relacionada diretamente à concepção subjacente à atuação docente: a forma como os professores concebem conhecimento, aprendizagem, avaliação e inclusão educacional irá determinar, ou não, a remoção das barreiras pedagógicas. É possível notar a acessibilidade metodológica nas salas de aula quando os professores promovem processos de diversificação curricular, flexibilização do tempo e utilização de recursos para viabilizar a aprendizagem de estudantes com deficiência, como por exemplo: pranchas de comunicação, texto impresso e ampliado, softwares ampliadores de comunicação alternativa, leitores de tela, entre outros recursos. 34 Acessibilidade Programática Eliminação de barreiras presentes nas políticas públicas (leis, decretos, portarias, normas, regulamentos. Entre outros. Ocorre quando a IES promove processos de sensibilização que envolvem a informação, o conhecimento e a aplicação dos dispositivos legais e políticas relacionadas à inclusão e à acessibilidade de estudantes com deficiência na educação superior. Muitas vezes esses estudantes não têm conhecimento dos seus direitos e, em razão disso, não vislumbram a possibilidade de acessar a universidade. Essa acessibilidade se expressa, também, toda vez que novas leis, decretos, portarias são criadas com o objetivo de fazer avançar os direitos humanos em todos os seus âmbitos. Acessibilidade instrumental Superação das barreiras nos instrumentos, utensílios e ferramentas de estudo (escolar), de trabalho (profissional), de lazer e recreação (comunitária, turística, esportiva). Esse tipo de acessibilidade envolve todas as demais e sua materialidade reflete a qualidade do processo de inclusão plena do estudante na educação superior. Acessibilidade nos transportesi Forma de acessibilidade que elimina barreiras não só nos veículos, mas também nos pontos de paradas, incluindo as calçadas, os terminais, as estações e todos os outros equipamentos que compõem as redes de transporte. Percebe-se a aderência da IES a esse tipo de acessibilidade quando existe transporte coletivo à disposição dos estudantes e aqueles com algum tipo de deficiência física ou mobilidade reduzida consegue fazer uso do mesmo com i A acessibilidade das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida aos sistemas de transporte público está garantida e disciplinada em diversas normas legais, editadas recentemente no país, dentre elas, as Leis 10.048 e 10.098/2000 e o Decreto-Lei 5296/2004. 35 segurança e autonomia, sem nenhum prejuízo para sua locomoção. Acessibilidade nas comunicações É a acessibilidade que elimina barreiras na comunicação interpessoal (face a face, língua de sinais), escrita (jornal, revista, livro, carta, apostila etc., incluindo textos em braile, uso do computador portátil) e virtual (acessibilidade digital). Um dos exemplos de acessibilidade nas comunicações é a presença do intérprete na sala de aula em consonância com a Lei de Libras – e Decreto de Acessibilidade. Acessibilidade digital Direito de eliminação de barreiras na disponibilidade de comunicação, de acesso físico, de equipamentos e programas adequados, de conteúdo e apresentação da informação em formatos alternativos. Evidencia-se a existência dessa acessibilidade quando a IES possui os acervos bibliográficos dos cursos em formato acessível ao estudante com deficiência (prioritariamente os de leitura obrigatória) e utiliza diferentes recursos e ajudas técnicas para que o estudante tenha acesso a informação e ao conhecimento independentemente de sua deficiência. Fonte: Ministério da Educação. Referenciais de acessibilidade na educação superior e a avaliação in loco do sistema nacional de avaliação da educação superior (SINAES). Brasília, DF: Ministério da Educação, 2013c 36 Ao tratarmos de informações digitais a acessibilidade dos websites podemos inferir que, segundo as definições de espectro do MEC (2013c), atingem dois grupos, acessibilidade de comunicações e acessibilidade digital. Em ambos os casos, o Ministério aponta a necessidade de manter aspectos de acessibilidade buscando a eliminação de barreiras. E, conceituando Acessibilidade de Comunicações acaba interrelacionando com Acessibilidade Digital, ao abordar a comunicação virtual (acessibilidade digital), o que incluiria websites, chats e aplicativos de comunicação. Segundo Rangel (2023) “a acessibilidade na comunicação garante a supressão das barreiras na comunicação e no acesso à informação, o que dificulta e impede a expressão e o recebimento de informações de maneira acessível. No âmbito dessa dimensão há a acessibilidade digital”. E corroborando esta perspectiva, com base no arcabouço legal temos a conceituação de Acessibilidade Digital, a eliminação de barreiras é apontado como direito, ampliando à adequação de programas, equipamentos, ambiente físico de acesso à informação e no que tange o conteúdo e os eventuais formatos de exibição da informação, acompanhando a Constituição Federal de 1988, o Estatuto da Pessoa com Deficiência, Governo Digital e a Lei de proteção e defesa dos direitos do usuário dos serviços públicos da administração pública E, bem como apontado na Tabela 02 – Espectros da Acessibilidade segundo SINAES, na coluna “práticas e exemplos relacionados à IES” do espectro acessibilidade digital ao indicar a utilização de “diferentes recursos e ajudas técnicas para que o estudante tenha acesso a informação e ao conhecimento independentemente de sua deficiência” (MEC, 2013c, p.37), reforçando a necessidade de ações que garantam altos níveis de acessibilidade nos websites institucionais embora não constem indicadores específicos para esta análise nos instrumentos externos de avaliação do MEC, o que reforça a nota técnica produzida nesta pesquisa, atingindo dois dos espectros de acessibilidade. Sobre os demais espectros, foi necessário mapear as ações dos núcleos e setores responsáveis pela manutenção, propagação e melhoramento das características de acessibilidade na instituição. O que confirma que a cultura de acessibilidade existe, no entanto não abarca a informação digital dos websites, como disposto nos Apêndice 7.6. Tabela 19 – Mapeando núcleos de acessibilidade e inclusão, Apêndice 7.7. Tabela 20 – Ações dos núcleos de acessibilidade e inclusão e Apêndice 7.8 – Tabela 21 – Normativas institucionais de Acessibilidade e Inclusão. Dentre todas as IFES pesquisadas em 29 delas nãofoi possível identificar a documentação pesquisada, normativas institucionais sobre acessibilidade e inclusão. E, para 37 tais instituições, foram enviados emails aos contatos coletados, segundo Apêndice 7.6. Dentre essas, foi possível identificar através das informações do website e respostas de emails que 13 delas apresentam minutas e 16 delas não foi possível encontrar a informação ou responderam ao contato via email. 38 2.3. ARCABOUÇO LEGAL DE SUPORTE AO PAI Iniciando pela apresentação dos cinco princípios fundamentais da Administração Pública, constitucionalmente estabelecidos pelo art. 37 da Constituição Federal de 1988 (CF88), estes princípios devem estar presentes nos atos e no planejamento de toda e qualquer instituição, orientando o agente público em suas práticas e responsabilidades administrativas. O princípio da Legalidade, aponta que toda e qualquer ação no âmbito da administração pública independente da instituição, deve ser pautado por normas, instrumentos legais e regulamentos que regem como deve ser realizada a atividade, resguardando o agente público que age como determina a lei. Ou seja, em questões práticas para esta pesquisa, posso afirmar aqui que todos os órgãos públicos, por lei, têm a obrigação de manter seus websites acessíveis. A Impessoalidade, trata de aspectos do direito de igualdade, ou seja, a um agente público não é permitido não realizar uma atividade de suas funções simplesmente porque ela foi solicitada por um cidadão o qual ele não tem empatia. Outro aspecto é que por adotar a impessoalidade como princípio o Estado se prontifica a tratar todos com igualdade, sem que suas subjetividades ou apreço interfiram na ação. Para esta pesquisa isto significa que tornar os websites mais acessíveis não será para agradar a mim, o pesquisador, ou a outro cidadão, simplesmente deve ser realizado por ato Impessoal. Assim está e demais atividades abarcarão a todos sem nenhuma distinção, reforçado pela igualdade constitucional, revisitando o princípio da Legalidade. Atrelada as ações de qualquer cidadão há um código moral que o orienta, isso não é diferente no caso da Administração Pública, que adota o princípio da Moralidade. Este princípio, vai um pouco além do agir por agir, todos temos códigos de conduta e moral, nos quais toda e qualquer ação, ato ou atividade pública deve estar sob os preceitos éticos institucionais. Assim sendo fator inacessibilidade, se configura como um ato imoral para todo e qualquer órgão público por possibilitar ou não buscar meios que permitiriam a um cidadão PCD e demais cidadãos que possam a necessitar elementos acessíveis no código-fonte para ter acesso à informação disponibilizada em seus websites, no entanto a moralidade administrativa em discordância com a legalidade instituída, seja por ato proposital, por omissão ou desconhecimento, ainda assim, se configura um panorama de ilegalidade. Até aqui temos uma construção didática e aplicável à pesquisa, que aponta que a necessidade de manter e programar websites acessíveis proporcionará um ganho para todos, um 39 bem comum, sendo um ato Impessoal, respaldado pela Legalidade e constituído de valor Moral profícuo. A Publicidade, outro princípio fundamental, aponta que órgãos públicos tem como base a publicidade de atos, constitucionalmente estabelecido, e regido pela LAI, em seu art. 5º aponta o direito de acesso como regra geral, salvo exceções previamente estipuladas. No caso desta pesquisa temos um nó crítico, a publicidade para ser considerada universal deve estar disponível para todos os cidadãos. E no caso, websites com baixo nível de acessibilidade, não permitem que a informação seja consumida por todos da mesma forma, visto a perda de conteúdo, por exemplo com imagens sem a descrição textual, o que permitiria ao usuário com baixa visão ou cego perceber a imagem, obtendo a possibilidade de consumir toda a informação disponibilizada pela instituição. Por último temos o princípio da eficiência, no qual toda e qualquer ação, atividade ou atos desenvolvidos no âmbito da administração pública devem ter um grau de eficiência positiva que garanta ao usuário a prestação de serviço de qualidade, um atendimento de excelência e na busca por eximir eventuais erros que possam vir a surgir. Ou seja, cumprir a base dos Princípios Fundamentais da Administração é dever do Estado. Logo, manter níveis eficientes no grau de acessibilidade informacional dos conteúdos disponibilizados nos websites públicos federais, este ato é impessoal, embora atinja diretamente a todos os cidadãos, ele além de ser respaldado pela Legalidade ainda apresenta, pelo mesmo princípio, a obrigatoriedade de agir para garantir a Publicidade de seus atos e informativos, pautado pela Moralidade e constituindo um serviço Eficiente. Cabe agora construir uma elucidação do que vem a ser esta eficiência pública em meio digital, fundamentado pela Lei nº 14.129, de 29 de março de 2021, que dispõe sobre princípios, regras e instrumentos para o Governo Digital e para o aumento da eficiência pública. A Lei sobre o Governo Digital e o aumento da eficiência aponta no art. 3º princípios e diretrizes, dentre elas: VII - o uso de linguagem clara e compreensível a qualquer cidadão; VIII - o uso da tecnologia para otimizar processos de trabalho da administração pública; XIX - a acessibilidade da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, nos termos da Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência). (BRASIL, 2021) Ou seja, uma linguagem compreensível para a todos, o que retoma a necessidade de monitorar e adequar o conteúdo dos websites a padrões acessíveis, assim como definido pelo eMAG, seja através de melhorias ou tecnologias assistivas que permitam a otimização do 40 serviço público de informar, o qual obrigatoriamente deve estar acessível a todos, situação corroborada e enfatizada na Seção II, Do Governo Digital: Seção II Do Governo Digital Art. 14. A prestação digital dos serviços públicos deverá ocorrer por meio de tecnologias de amplo acesso pela população, inclusive pela de baixa renda ou residente em áreas rurais e isoladas, sem prejuízo do direito do cidadão a atendimento presencial. Parágrafo único. O acesso à prestação digital dos serviços públicos será realizado, preferencialmente, por meio do autosserviço. Art. 15. A administração pública participará, de maneira integrada e cooperativa, da consolidação da Estratégia Nacional de Governo Digital, editada pelo Poder Executivo federal, que observará os princípios e as diretrizes de que trata o art. 3º desta Lei. Art. 16. A administração pública de cada ente federado poderá editar estratégia de governo digital, no âmbito de sua competência, buscando a sua compatibilização com a estratégia federal e a de outros entes. (BRASIL, 2021) Como podemos perceber o Governo Federal é regido e estruturado por normas, no entanto algumas características podem estar em desacordo com o proposto legalmente. Por exemplo a eficiência da informação disponibilizada nos websites das IFES, ou seja, os registros públicos devem estar disponíveis para todo e qualquer cidadão. Eles devem ser acessíveis, com integridade inalterada, com autenticidade comprovada e em perfeito estado de utilização até que seu ciclo de vida seja finalizado. No entanto, quando um cidadão não consegue ler todo o conteúdo disponibilizado em algum website público, por consequência de inadequações aos parâmetros de acessibilidade estabelecidos pelo eMAG, isto torna o conteúdo excludente, ou seja, ilegal por não estar disposto para todos, imoral, por não buscar o processo empático com PCD e demais cidadão que necessitam de acessibilidade e/ou tecnologias assistivas, restringindo sua cidadania. O órgão responsável age também contrário ao princípioda Publicidade, já que parte dos usuários está com a informação incompleta ou fora dos padrões de qualidade, além de ir contrariamente aos aspectos estabelecidos pelo princípio da Eficiência. E que pode ser mensurado por sua usabilidade, ou seja, a característica que bens, serviços ou sistemas precisa tem e garanta que ele seja utilizado e manipulado de forma correta, sem empecilhos e com qualidade compatível com o esperado, que no caso da informação pública é constitucionalmente esperada uma usabilidade máxima e sem barreiras de comunicação. Segundo a NBR ISO 9241-171/2018, Ergonomia da interação humano-sistema (orientações sobre acessibilidade de software) a acessibilidade pode ser definida pela alta ou total abrangência de um bem ou serviço, englobando o universo de usuários e sua multiplicidade de variáveis, quanto mais acessível maior número e tipos de usuários será atendida pelo produto ou serviço, quanto maior a abrangência menor o número de usuários excluídos, e também 41 através desta NBR é possível perceber que acessibilidade e usabilidade podem ser mensuradas e analisados quanto ao seus níveis de eficácia, eficiência e de satisfação. No ambiente virtual a análise da usabilidade é muito utilizada em pesquisas com ferramentas, funções, extensões e até mesmo da informação enquanto conteúdo disponibilizado, que é o nosso caso em específico. Define usabilidade como a eficiência, efetividade e satisfação alcançadas com o uso do produto durante a execução de tarefas por utilizadores Sobre websites, entendo que a usabilidade para que seja mensurada com altos níveis, deve estar eficiente no processo de comunicação, efetivando o fluxo da informação, transpondo barreiras até a recepção pelo usuário que interpretará a informação sozinho ou com auxílio de tecnologias assistivas, garantindo assim a satisfação do usuário com o serviço de comunicação eficiente. A usabilidade da informação é dependente de um processo de comunicação completo e livre de barreiras, ou seja, a informação inserida no website deve chegar ao usuário final intacta, sem nenhuma depreciação, no caso, com suas características sem comprometimento, ruptura ou incompatibilidade de interpretação do código-fonte ou da informação por completa, o que incluem gráficos, músicas, imagens e demais conteúdos não textuais. A conceituação de depreciação é exatamente o que a palavra diz, perda do preço uma desvalorização. Em âmbito público por se tratar de bem público, tudo deve estar normatizado, para que os padrões de eficiência sejam cumpridos, gastos aprovisionados e se obtenha uma melhor gestão, mais eficiente e com menor custo. Dentre as Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC), temos a NBC T 16.10, sobre Avaliação e Mensuração de Ativos e Passivos em Entidades do Setor público, que corrobora a conceituação do parágrafo anterior, ao definir avaliação patrimonial como o ato público de atribuir valor monetário a itens componentes do patrimônio público, sem que o princípio da razoabilidade seja infringido. A obrigatoriedade da aplicação de métodos de avaliação e métodos de mensuração que possibilitem calcular ganhos ou perdas patrimoniais, também é tratada pela norma aplicada à informação, ativo intangível e bem público. No setor público brasileiro, esta conceituação e demais ordenamentos fica a cargo das NBC, CFC Resolução, 1.137/2008. O Pronunciamento Técnico CPC 04 (R1) Ativo Intangível, de 05 de novembro de 2010, aprovado pelo Coordenadoria Técnica do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), normatiza o reconhecimento de Ativos Intangíveis, mesmo aqueles gerados internamente. E em sua abordagem são consideráveis intangíveis, os ativos não monetários ou fisicamente estabelecidos no órgão. 42 No seu item 21 condiciona o reconhecimento como ativo intangível à identificação de futuros benefícios econômicos e o custo do ativo possa ser mensurado, possibilite direitos legais sobre o produto e possibilite a desvinculação com a instituição. Características existentes no serviço de informação digital via website das IFES. Enquanto meio de vinculação em massa ele é o canal de maior procura e efetivação do seu propósito, transmitir informação pública ao cidadão através da disponibilização do conteúdo digital eficiente. A Portaria nº 47 do Arquivo Nacional, Ministério da Justiça, de 14 de fevereiro de 2020 publica o Código de Classificação e Tabela de Temporalidade e Destinação de Documentos relativos às atividades-meio do Poder Executivo Federal - TTDD, instrumento arquivístico construído para externar o funcionamento administrativo, através de uma organização por códigos baseada na análise documental por assunto. Para conhecimento, existe também o Código de Classificação e a Tabela de Temporalidade e Destinação de Documentos de Arquivo Relativos às Atividades-Fim das Instituições Federais de Ensino Superior publicado pela Portaria Nº 092, de 23/09/11, assim como outros instrumentos específicos de seus órgãos e representativo de suas atividades-fim. As informações e documentos públicos também são regidos por cinco princípios: proveniência; respeito à ordem original, organicidade, unicidade e integralidade. Logo, ao pensar em documentos e informações públicas, todos estes princípios foram considerados durante as atividades de classificação e avaliação de documentos e informações necessárias para a normatização dos códigos de classificação e determinação dos prazos de preservação e salvaguarda da informação por base em seu valor para a instituição. O valor primário abarca as finalidades administrativa, legal e fiscal daquela informação ou documento, ou seja, para qual motivo a informação está ali, qual a sua verdadeira necessidade institucional. Sendo dividido em: valor administrativo, está interligado ao propósito daquele documento, para qual ato ou atividade institucional ele foi criado; valor fiscal, documentos de registros financeiros e de operações de fiscalização; e o valor legal, dependente da legislação em vigor a qual a instituição está atrelada. A valor secundário é inerte características distintas da sua necessidade de criação, podendo ser de caráter probatório, ou informativo. Organizados para permitir que o usuário, consiga analisar e perceber a representação institucional, organização e seu funcionamento, através de documentos informações, desde que este acervo tenha sido organizado, pensado e tratado de forma adequada respeitando os prazos legais e as responsabilidades administrativa, social e moral da instituição. 43 Os procedimentos arquivísticos de classificação de documentos e informações tem como um dos objetivos a representação orgânica da instituição alvo, tendo suas atividades e funcionalidades analisadas, interpretadas e materializadas, em códigos de classificação. Instrumentos arquivísticos hierarquicamente concebido por códigos representativos, no caso das IFES, o código foi instrumentalizado considerando o assunto da informação. Já os prazos de guarda, temporária ou permanente, são estabelecidos e desenvolvidos através de procedimentos arquivísticos de avaliação de documentos e informações, concomitantemente aos procedimentos de classificação, que estruturam e codificam a representação da instituição e suas atividades. Estando a composição do Patrimônio Informacional e Documental de um órgão dependente das atividades de avaliação, que consideram o valor primário e secundário, para estabelecer os prazos de guarda em cada uma das fases de vida do documento até a sua destinação final, podendo ser conduzida pelos procedimentos públicos de eliminação de documentos ou para a guarda permanente. Como exemplo, apresento a estrutura da Tabela de Temporalidade e destinação de Documentos Relativos às atividade-meio do Poder Executivo Federal, apresentada em seu formato e layout original,mas com texto explicativo. 44 Tabela 03 – Conhecendo a Tabela de Temporalidade e destinação de Documentos Relativos às atividade-meio do Poder Executivo Federal Tabela de Temporalidade e destinação de Documentos Relativos às atividade-meio do Poder Executivo Federal. Código Descritor do código Prazos de guarda Destinação final Observações Neste espaço na TTDD você encontrará indicações técnicas e explicativas, sobre algum prazo ou peculiaridades da destinação final. É o tempo que o documento ou a informação deverá ser mantido em cada uma das fases da gestão de documentos. Fase corrente Fase intermediária A tabela é estruturada por duas classes, comuns a toda Administração Pública Federal, a Classe 000 - Administração Geral; e a Classe 900 – Administração de Atividades Acessórias A classe 000 – Administração Geral tem como subclasses: • 010 – Organização e Funcionamento • 020 – Gestão de Pessoas • 030 – Gestão de Materiais • 040 – Gestão de Bens Patrimoniais e de Serviços • 050 – Gestão Orçamentária e Financeira • 060 – Gestão da O descritor é o resultado do processo intelectual capaz de sintetizar elementos formais e o conteúdo textual adequando ao instrumento de pesquisa. Funciona como um esclarecimento textual e de caráter orientativo de como classificar de maneira segura e eficiente. Trata-se da primeira fase de vida de um documento. Estando o Valor Primário ainda válido e em desenvolvimento das atividades para as quais estes documentos e informações foram criados. Dentre as principais características deste acervo estão o alto fluxo de consultas, embora restrito aos setores e agentes públicos Conjunto de documentos e informações que não são mais necessários para o desenvolvimento da atividade para a qual foram criados, no entanto sustentam características que não permitem que tenham sua destinação final executada, a utilização destas informações ainda continua restrita aos agentes públicos e setores os quais estejam Constitui-se como uma operação arquivística baseada nos prazos de guarda, previamente estabelecidos, pelos procedimentos de Avaliação de Documentos e Informações da instituição. Quando atingido o prazo de guarda temporária (fase intermediária) o documento tem dois destinos, a Eliminação de documentos e a Guarda Permanente. Alguns códigos não Utilizando a mesma lógica, aponto duas legislações sobre eliminação. Lei federal nº 8.159/91 determina em seu art. 9° que "a eliminação de documentos produzidos por instituições públicas e de caráter público será realizada mediante autorização da instituição arquivística pública, na sua específica esfera de competência" Resolução.” Resolução nº 44, de 14 de fevereiro de 2020 45 Documentação e da Informação • 070 – Gestão dos Serviços Postais e de Telecomunicações • 080 – Pessoal Militar • 090 – vaga A Classe 900 – Administração de Atividades Acessórias tem como subclasses: • 910 – Gestão de Eventos • 920 – Promoção de Visitas • 930 – vaga • 940 – vaga • 950 – vaga • 960 – vaga • 970 – vaga • 980 – vaga • 990 – Outras ações referentes à Administração de Atividades Acessórias envolvidos nas atividades naturais do documento ou informação, salvo casos de credenciais de acesso institucional superior que permitam o acesso à informação. administrativamente envolvidos. apresentam tempo de guarda intermediária, por não ser necessário administrativamente, assim sua destinação final é realizada diretamente da fase corrente, no entanto em ambas as situações o ato de eliminação de documentos públicos deve ser regido pela Lei federal nº 8.159, de 08 de janeiro de 1991 e pela Resolução nº 44, de 14 de fevereiro de 2020. “Art. 1º A eliminação de documentos digitais e não digitais no âmbito dos órgãos e entidades integrantes do SINAR ocorrerá depois de concluído o processo de avaliação e seleção conduzido pelas respectivas Comissões Permanentes de Avaliação de Documentos - CPAD e será efetivada quando cumpridos os procedimentos estabelecidos nesta Resolução. Fonte: Brasil (1991), Arquivo Nacional (2014, 2020 e 2020a) e Da Cunha e Cavalcanti (2008). Informações atualizadas pelo autor. 46 A tabela 03, acima, deixa claro mais uma vez que à informação pública são resguardadas ações específicas do Estado para que suas características sejam mantidas e que a informação esteja integra por períodos, pré-determinados. Ou seja, suas características devem ser preservadas, para que documentos e informações cumpram com eficiência por prazo igual ao já estipulado pela TTDD. A intenção é construir um comparativo entre os procedimentos públicos de valorização e depreciação do Patrimônio Público Material, na falta de normativas direcionadas à ativos intangíveis e meios de analisar sua depreciação. No entanto a informação pública é gerida por instrumentos que regulam o tempo de guarda e sua destinação final, baseando-se em métodos de avaliação de documentos e informações públicas. Os procedimentos arquivísticos já estão representados e normatizados por instrumentos públicos de gestão e destinação documental, enquanto Patrimônio Público Informacional, já instituído e avaliado por assunto, classificado e codificado desde sua criação até sua destinação final. Ou seja, a informação já tem sua depreciação pré-estabelecida através de procedimentos de avaliação documental e análise institucional para garantir sua eficiência e função a esta informação pública são constitucionalmente resguardados atos de preservação e salvaguarda da informação por todo seu período da gestão de documentos, seja guarda permanente ou mesmo enquanto aguarda os procedimentos legais de eliminação de documentos e informações e segundo Resolução nº 44 do CONARQ: Art. 1º A eliminação de documentos digitais e não digitais no âmbito dos órgãos e entidades integrantes do SINAR ocorrerá depois de concluído o processo de avaliação e seleção conduzido pelas respectivas Comissões Permanentes de Avaliação de Documentos - CPAD e será efetivada quando cumpridos os procedimentos estabelecidos nesta Resolução." (ARQUIVO NACIONAL, 2020) O tempo de guarda de cada documento é iniciado ao longo do período de gestão documental, desde a criação do item informacional até a destinação final, já estabelecida e normatizada por assuntos no Código de Classificação e na Tabela de Temporalidade e Destinação de Documentos de Arquivo. Enquanto o documento estiver sob a guarda institucional conforme estabelecido por sua temporalidade, suas características e sua integridade devem ser preservadas de eventuais depreciações. Vale recordar que em seu art. 8º a Lei 12.527/2011 aponta que a informação pública deve estar livre e de fácil acesso, independentemente de solicitação quando o conteúdo documental for de interesse público, salvo exceções legais, ou seja, deverá ser disponibilizada 47 de forma ativa, e sobre o meio de divulgação, em seu § 2º, aborda da obrigatoriedade de publicação via internet, ou seja, através de seus websites institucionais. No § 3º da Lei de Acesso à Informação (2011), temos: “VI - garantir autenticidade e integridade das informações disponíveis para acesso; [...] VIII - garantir a acessibilidade de conteúdo para pessoas com deficiência.” Brasil (2011). Quando em seu texto aponta como dever do Estado a garantia dos princípios da autenticidade e do princípio da integridade arquivística, além da garantia da adequação de parâmetros de acessibilidade de conteúdo. Ou seja, a integridade garante que a informação não seja depreciada e as garantias de acessibilidadedevem estar constituindo esta informação por todo o seu período de existência enquanto bem público. O conjunto de informações aqui analisado está disponibilizado nos websites, que tem a garantia da adequação aos parâmetros de acessibilidade estabelecidos pelo eMAG, por responsabilidade e dever do Estado. Por conseguinte, ao longo do período legal de salvaguarda, estas características necessariamente e obrigatoriamente devem estar presentes na informação. Disciplinado, por esta assertiva, temos que a informação íntegra é aquela que não sofreu danos e apresenta todas as características de sua produção ou normativa que rege sua produção. Logo se o grau de acessibilidade dos websites não está em Alto Nível, temos que a conteúdo disponibilizado também não está. Ou seja, características obrigatórias não acompanham a informação pública digital. Logo se os parâmetros de adequação de acessibilidade não compõem a construção na informação, significa que ela não é uma informação íntegra, ferindo o princípio da integridade arquivística, ou seja, uma da depreciação do patrimônio Informacional. Estas características, quando pensamos em processos inclusivos garantem a usabilidade e eficiência da informação, até que todos os procedimentos públicos de eliminação de documentos sejam finalizados. Por consequência têm-se que, mesmo documentos e as informações com destinação final estabelecida, devem ser alvo de atividades e tecnologias que impeçam qualquer tipo de depreciação até que todos os procedimentos de eliminação de documentos públicos sejam finalizados. O website, neste momento, será tratado como um serviço prestado, no qual espera-se uma eficiência conforme determinado por lei, a ser comparado com as divisões por níveis de conformidade e qualidade das características de acessibilidade dispostos pelo ASES, como descritas acima, funcionam como uma gradação da eficiência dos websites das Instituições Federais de Ensino. 48 No entanto, para arguir sobre a eficiência da informação, é preciso resgatar sua característica de ser um Patrimônio Público e consequentemente pela estrutura constitucional do Estado ela também é um bem de acesso universal, com finalidade de sustentar e documentar atos públicos, de atividades-meio ou finalísticas, racionalizando ações de disseminação, recuperação e preservação da informação. O período de guarda de um documento ou informação pública está previamente estabelecida e estruturada pelos códigos de classificação e tabela de temporalidade e respectivos valores administrativos em cada uma das fases de sua vida pública, desde sua fase corrente, a iniciar em sua produção. O tempo de guarda desta informação no ambiente público também é um marco para sua integridade, ou seja, se a informação deve estar preservada por 10 anos, significa que ela deve estar integra pelo mesmo período, esta lógica se aplica a informações de 1 ano de guarda até mesmo as que, após avaliação, tiveram como destinação final a guarda permanente. Exemplificando assim a obrigatoriedade da preservação da informação pública, mantendo sua integridade, possibilitando altos níveis de eficiência na prestação do serviço por tempo de guarda equivalente aos prazos estabelecidos por lei, que regulam os instrumentos arquivísticos, Código de Classificação e a Tabela de Temporalidade e Destinação de Documentos de Arquivo relativos às Atividades-Fim das Instituições Federais de Ensino Superior – IFES e Código de Classificação e Tabela de Temporalidade e Destinação de Documentos relativos às atividades-meio do Poder Executivo Federal. Eventuais danos podem impedir que o usuário final, consiga acessar o conteúdo dos websites de maneira autônoma ou através de tecnologias assistivas. A existência de barreiras de comunicação, impedem um contínuo fluxo interpretativo, diminuindo a usabilidade do website e resultando em um serviço com grau de acessibilidade abaixo do esperado para ações do Estado. Como parâmetro de análise, utilizo as faixas estabelecidas no relatório do software ASES, por comparativo entendo que para que um website seja considerado eficiente é necessário atingir o nível “Alto grau de acessibilidade, Maior ou igual a 95%”. O quantitativo de instituições com nível mensal analisado que não alcançaram o nível alto de acessibilidade foi de 1191 Relatórios ASES de um total de 1236 o que corresponde a um percentual 96,35% da amostra, ou seja, não apresentaram grau satisfatório quanto ao nível de acessibilidade. Deste percentual, apenas 740 relatórios encontram-se no nível Médio, cerca de 59,87% o dos websites de IFES, o que indica que embora esteja abaixo do nível desejado ações planejadas podem mudar este panorama. 49 Por analogia ao processo de depreciação que o patrimônio pode sofrer, posso afirmar que no universo analisado a prestação deste serviço público não atingiu bons índices de qualidade, tornando o serviço pouco eficiente. A comparação entre a classificação de bens conforme artigo 3° do Decreto 9.373./2018 e os níveis de graus de acessibilidades estabelecidos no ASES, é o mesmo que o grau de eficiência do serviço prestado, no caso o website como um canal de informação e comunicação oficial. A análise do grau de Acessibilidade da IFES pode ser replicada em outras instituições e órgãos públicos do âmbito do Executivo Federal, visto que a legislação é ampla e abarca todo o governo federal, não obstante do ampliamento da proposta de acompanhamento e adequação do grau de acessibilidade em websites a todos os órgãos públicos federais, apoiado pela constitucionalidade do direito ao acesso à informação pública. Extraída a informação do Decreto nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004 entendo acessibilidade como um conjunto de condições que oportunizem de forma autônoma e segura a convivência social plena, tendo nas ferramentas e tecnologias assistidas meios de promoção da equidade, eliminando barreiras na garantia de direitos e exercício da cidadania. Também neste decreto é conceituado Barreiras como obstáculo de acesso e expõe os três tipos, urbanísticas, nas edificações, nos transportes e as barreiras de comunicação e informações, é nesta última que as inadequações do código-fonte dos websites das IFES se enquadram. O código-fonte utilizado no fluxo informacional deve ser condizente ao público-alvo da comunicação, ou seja, universal. O que significa que o conteúdo deve estar preparado para atingir a todos garantindo seu acesso e utilização autônoma ou assistida, como por exemplo tradução em Língua Brasileira de Sinais - Libras através de tecnologias e aplicativos assistivos. O Governo Federal introduziu em seus websites a extensão VLibras, um conjunto de ferramentas de código aberto capaz de traduzir arquivos em sonoros e textuais auxiliando e oportunizando a pessoas surdas uma ferramenta sem que seja necessário realizar o download. A tradução transporta a informação para dentro do universo da Cultura Surda, através de um avatar que possibilita a tradução para Libras, tornando a navegação mais empática, inclusiva ao mesmo tempo que reduz barreiras de acesso à informação disponibilizada nos websites institucionais. A suite VLibras é um conjunto de ferramentas gratuitas e de código aberto que traduz conteúdos digitais (texto, áudio e vídeo) em Português para Libras, tornando computadores, celulares e plataformas Web mais acessíveis para as pessoas surdas. O Vlibras é o resultado de uma parceria entre o Ministério da Economia (ME), por meio da Secretaria de Governo Digital (SGD), e a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), 50 através do Laboratório de Aplicações de Vídeo Digital (LAVID). (MINISTÉRIO DA GESTÃO E DA INOVAÇÃO EM SERVIÇOS PÚBLICOS. 20 de junho de 2023) Assim como disposto no Estatuto da Pessoa com Deficiência, no Art. 3º o qual aborda e define acessibilidade. E baseadosnas definições apresentadas de acessibilidade sob a ótica da informação digital disponibilizada, define-se acessibilidade como um conjunto de ações, ferramentas e tecnologias condicionantes que possibilitam ao PCD, e demais cidadãos, o exercício do direito de fundamental de acesso e acessibilidade a ambientes físicos e digitais, de caráter público ou privado de uso coletivo. E no caso das IFES, por se tratar de informação pública, a instituição deve ser adequada e em consonância a normativas, legislações e instrumentos institucionais e governamentais de gestão da informação, algo comum a todo órgão público, dentre as quais destacarei duas neste momento. A portaria nº 3, de 7 de maio de 2007, que institucionalizou o eMAG no âmbito do sistema de Administração dos Recursos de Informação e Informática (SISP), o que por si só já justifica todo este trabalho, visto a relação entre obrigatoriedade e descumprimento, a qual pode ser observada no Subproduto Informacional 1 – Tabela 16 - Análise inicial aos critérios de acessibilidade no eMAG. A segunda acerca do art. 5º da Constituição Federal de 1988, a Lei nº 12.257 de 18 de novembro de 2011, Lei de acesso à informação (LAI), que regulamenta o direito constitucional de acessar informações públicas, salvo garantias constitucionais previstas, reafirmando o dever do Estado na promoção e garantia do direito de acesso à informação, apontando procedimentos e diretrizes que assegurem o direito fundamental de acesso à informação de forma transparente, compreensível e acessível, garantindo sua disponibilidade, de forma íntegra e autêntica a todo e qualquer usuário garantindo seu exercício de cidadania. Optou-se por pesquisar no universo das Instituições de Ensino Superior Federal, extraindo cada instituição da amostra do IGC - 2018. Toda a população adota os mesmos princípios públicos e são componentes do MEC, com regras que permitem comparar seus respectivos graus analisados ao longo do levantamento de dados. Esta regularidade estatal porém não é garantia de que todas as instituições sejam iguais, muito pelo contrário, visto que a própria função social das IFES é a representatividade local e acolhimento regional, o que torna cada instituição única em seu complexo universo educacional entrelaçado de multiplicidade sociocultural, características que ocasional momentos 51 diferenciais, investimentos mais eficientes, teorias que resultem em melhores índices ou uma renovação na cultura organizacional que possa impulsionar o fator característico de sucesso. O desenvolvimento da Nota Técnica, que solicitará a inclusão de um indicador de qualidade específico, tendo como referência o Relatório disponibilizado pelo Software ASES, avaliando o grau de acessibilidade. Isso é possível através da análise URL, o link de endereço de acesso dos websites das IFES. Ambos estão integrados à Diretoria de Avaliação da Educação Superior (DAES), subordinada ao SINAES. O Instrumento de Avaliação Institucional Externo (IAIE) é construído por 5 Eixos: Planejamento e Avaliação Institucional; Desenvolvimento Institucional; Políticas Acadêmicas; Políticas de Gestão; e Infraestrutura. O foco do instrumento é definido em seu texto de apresentação como: Para ofertar educação superior, as faculdades privadas devem solicitar ao Ministério da Educação (MEC) o seu credenciamento – entrada da IES no Sistema Federal de Ensino. Posteriormente, de acordo com a legislação pertinente, as instituições se submetem a processo avaliativo para obter o recredenciamento, necessário para a continuidade da oferta. As instituições podem, ainda, solicitar a transformação de organização acadêmica, para tornar-se Centro Universitário ou Universidade. O recredenciamento institucional, assim como a transformação de organização acadêmica, transcorre dentro de um fluxo processual composto por diversas etapas, dentre as quais a avaliação in loco, que culmina em um relatório da comissão de avaliadores, em que constam aferidas as informações apresentadas pela IES, relacionadas à realidade encontrada durante a visita. É gerado, assim, o Conceito Institucional – CI, graduado em cinco níveis, cujos valores iguais ou superiores a três indicam qualidade satisfatória. [...] O cálculo utilizado para obter o CI considera pesos atribuídos aos cinco eixos do instrumento de avaliação. Assim, para o ato de recredenciamento ou transformação de organização acadêmica, os eixos 1 (Planejamento e Avaliação Institucional) e 3 (Políticas acadêmicas) possuem peso 10, enquanto os eixos 2 (Desenvolvimento institucional) e 5 (Infraestrutura) têm peso 30; o eixo 4 (Políticas de gestão) possui peso 20. (BRASIL, 2017a, p.7 – 8) Já o Instrumento de Avaliação de Cursos de Graduação Presencial e a distância (IACG), está organizado em três dimensões: Dimensão 1 – Organização didático-pedagógica; Dimensão 2 – Corpo Docente e Tutorial; e Dimensão 3 – Infraestrutura. Segundo o próprio documento em seu texto introdutório temos que: A partir da entrada das instituições de ensino superior (IES) no Sistema Federal de Ensino, os cursos de graduação devem ter autorização para iniciar suas atividades, para depois receberem o reconhecimento do curso, que possibilitará à IES emitir diplomas aos graduados. Posteriormente, de acordo com a legislação pertinente, as instituições se submetem a processo avaliativo periódico para obter a renovação do reconhecimento, necessário para a continuidade da oferta. O reconhecimento de curso, assim como suas renovações, transcorre dentro de um fluxo processual composto por diversas etapas, dentre as quais a avaliação in loco, que culmina em um relatório da comissão de avaliadores, em que constam aferidas as informações apresentadas pelo curso relacionadas à realidade encontrada durante a visita. É gerado, assim, o Conceito de Curso – CC, graduado em cinco níveis, cujos valores iguais ou superiores a três indicam qualidade satisfatória. [...] O cálculo utilizado para obter o CC considera pesos atribuídos às três dimensões do instrumento de avaliação. Assim, 52 para os atos pertinentes a esse instrumento, a dimensão 1 (Organização Didático- Pedagógica) tem peso 30; a dimensão 2 (Corpo Docente e Tutorial) tem peso 40, e a dimensão 3 (Infraestrutura) tem peso 30. (BRASIL, 2017b, p.7 – 8) Ambos os instrumentos compartilham do mesmo propósito desta pesquisa, quando em seu primeiro parágrafo, do capítulo de apresentação dos dois instrumentos afirmam justamente o que defendo aqui. Um Serviço público e qualidade, exercido por agentes públicos instituídos e orientados por um propósito de nação constitucionalmente baseada no desenho universal. Logo, confio que o MEC compartilha e se compromete a manter um fluxo de melhoramento contínuo de seus serviços públicos, sendo regido pelos Cinco Princípios Fundamentais da Administração Pública quando assume o direcionamento e a finalidade dos instrumentos baseados na busca pela qualidade, assim como registrado no primeiro parágrafo do texto de apresentação dos dois instrumentos de avaliação. No que tange a acessibilidade informacional, esta pesquisa tem objetivos pautados nos mesmos princípios, que visam contribuir para uma melhor e mais eficaz comunicação institucional, além de possibilitar o mapeamento das instituições que estão ou não adequadas aos parâmetros de acessibilidade e eficiência do Estado. O conjunto de dados base desta pesquisa são as informações, tendo como sua principal característica sua nata institucionalização, no caso público e federal. Independente do suporte o qual esteja registrada, forma, formato ou meio de divulgação estas informações carregam um rol de legislações, portarias e decretos que normatizam sua estruturação, iniciando pela constitucionalização como patrimônio público, a ser resguardado, conservado, preservado e instrumentalizadopara que atinja a todos aqueles que almejam a busca por esta informação, garantindo o acesso de qualquer cidadão de forma autônoma ou assistida, quando necessário. E no caso estudado as informações, estão disponibilizadas nos websites das IFES. A informação disponibilizada em meio digital requer necessidades operacionais que possibilitem que o usuário com munido dos instrumentos e tecnologias básicas de acesso tenha a garantia do consumo da informação, ou seja, para qualquer cidadão brasileiro com acesso à rede de internet. Embora já exista aqui um corte populacional por características digitais ou econômicas, é importante salientar que as IFES também garantem o acesso de pessoas sem acesso à internet, através do atendimento presencial ou por telefone, no entanto o foco desta pesquisa é a informação disponibilizada através dos websites institucionais. Estando as garantias do direito de acesso às informações asseguradas, e tratando-se de um ambiente digital, as ferramentas, 53 tecnologias e esforços institucionais devem estar direcionadas para e eliminação de barreiras comunicacionais digitais, garantindo a acessibilidade da informacional digital disponibilizada. O termo mais central deste relatório é a acessibilidade, no nosso caso podemos afunilar gradativamente para que a condução de nosso estudo consiga abarcar melhor a todos aqueles que assim desejarem, afinal, a informação pública está estruturada sob a concepção do desenho universal. Ou seja, toda construção e concepção é estruturada para que não sejam direcionados para ambientes específicos para PCD, esta concepção de desenho universal é o diferencial entre integrar e incluir ao ambiente comum a todos e qualquer cidadão. A publicidade e acessibilidade da informação são direitos constitucionais e alicerçam toda esta pesquisa, assim sendo constrói-se a seguinte gradação para exemplificar sobre qual aspecto da informação desejamos estudar e propor melhorias que atinjam positivamente a qualquer cidadão brasileiro, ou seja, todos serão atingidos direta e indiretamente com a proposição da Nota técnica solicitando o indicador específico para acessibilidade dos websites. Alguns exemplos podem elucidar e embasar tal afirmação sobre os benefícios do sucesso desta pesquisa, como pessoas com deficiências temporárias, usuários de dispositivos móveis, crianças, idosos ou pessoas em situação de aprendizado sobre internet, o fato é que desde a ação de aumentar o zoom, já configura uma adequação do conteúdo para a realidade do usuário, seja por problemas de visão ou por que simplesmente o texto estar muito pequeno para aquele leitor, ambas são situações de uso de uma tecnologia assistiva, aumento ou diminuição da escala de apresentação do conteúdo no website. Como a adoção de Tecnologias assistivas, assim como pautado no art. 28 da Lei nº 13.146 de julho de 2015, Lei Brasileira de Inclusão, no qual o poder público é incumbido da criação, desenvolvimento, implementação, incentivo, acompanhamento e avaliação de ações e adequações que garantam meios de utilização e inclusão no ambiente do sistema educacional, independentemente do nível de ensino ou modalidade disponibilizada pela instituição. No capítulo II, do acesso à informação e à comunicação Art. 63, a obrigatoriedade de adoção de critérios de acessibilidade, novamente é apontada, no entanto desta vez especificamente para websites. Art. nº 63. É obrigatória a acessibilidade nos sítios da internet mantidos por empresas com sede ou representação comercial no País ou por órgãos de governo, para uso da pessoa com deficiência, garantindo-lhe acesso às informações disponíveis, conforme as melhores práticas e diretrizes de acessibilidade adotadas internacionalmente. (BRASIL, 2015) 54 Já no Art. 64. a acessibilidade nos websites da internet é apontada como um fator decisório para ordenação de recursos público, no entanto não especifica como será avaliada ou qual será o indicador utilizado. No caso das IFES, o IGC 2018, utilizado como base, também não aponta nada específico, abrindo a possibilidade acadêmica e gerencial da NT tornar-se o norteador do meio de avaliação no âmbito da Educação, quanto à autorização não obstante de sua replicação em demais órgãos públicos. Art. 64. A acessibilidade nos sítios da internet de que trata o art. 63 desta Lei deve ser observada para obtenção do financiamento de que trata o inciso III do art. 54 desta Lei. (...) Art. 54. São sujeitas ao cumprimento das disposições desta Lei e de outras normas relativas à acessibilidade, sempre que houver interação com a matéria nela regulada: I - a aprovação de projeto arquitetônico e urbanístico ou de comunicação e informação, a fabricação de veículos de transporte coletivo, a prestação do respectivo serviço e a execução de qualquer tipo de obra, quando tenham destinação pública ou coletiva; II - a outorga ou a renovação de concessão, permissão, autorização ou habilitação de qualquer natureza; (BRASIL, 2015) A Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004, que implementa o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – SINAES, responsável pelo IGC, objetiva um processo de avaliação em nível nacional das IFES na busca por melhorias e adequações contínuas, mas ainda não apresenta um indicador específico para avaliar a informação disponibilizada nos websites institucionais. Embora seja uma obrigatoriedade, os instrumentos de avaliação externa do MEC não abordam especificamente para a análise de eficiência da informação ou mensuração do grau de acessibilidade da informação disponibilizada nos websites da IFES. Dentre as ações governamentais, em prol da inclusão, foi instituído pelo Decreto nº10.094, de 6 de novembro de 2019, o Comitê Interministerial de Tecnologia Assistiva, em obediência ao disposto no Art. 75 do Estatuto da Pessoa com deficiência, ressalta a necessidade do poder público em desenvolver um plano com suas finalidades definidas por: I - facilitar o acesso a crédito especializado, inclusive com oferta de linhas de crédito subsidiadas, específicas para aquisição de tecnologia assistiva; II - agilizar, simplificar e priorizar procedimentos de importação de tecnologia assistiva, especialmente as questões atinentes a procedimentos alfandegários e sanitários; III - criar mecanismos de fomento à pesquisa e à produção nacional de tecnologia assistiva, inclusive por meio de concessão de linhas de crédito subsidiado e de parcerias com institutos de pesquisa oficiais; IV - eliminar ou reduzir a tributação da cadeia produtiva e de importação de tecnologia assistiva; V - facilitar e agilizar o processo de inclusão de novos recursos de tecnologia assistiva no rol de produtos distribuídos no âmbito do SUS e por outros órgãos governamentais. Parágrafo único. Para fazer cumprir o disposto neste artigo, os procedimentos constantes do plano específico de medidas deverão ser avaliados, pelo menos, a cada 2 (dois) anos. (BRASIL, 2015) O Comitê Interministerial de Tecnologia Assistiva (CITA), por sua vez, lança no ano de 2021 o Plano Nacional de Tecnologia Assistiva (PNTA), apoiada em 24 iniciativas e 47 metas planejadas para execução no período do ano de 2021 ao ano de 2024. 55 Art. 2º O Comitê Interministerial de Tecnologia Assistiva é órgão destinado a assessorar na estruturação, na formulação, na articulação, na implementação e no acompanhamento de plano de tecnologia assistiva, com vistas a garantir à pessoa com deficiência acesso a produtos, recursos, estratégias, práticas, processos e serviços que maximizem sua autonomia, sua mobilidade pessoal e sua qualidade de vida, observado o disposto na Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015 - Estatuto da Pessoa com Deficiência. (BRASIL, 2019) O PNTA publicado contendo 24 iniciativas e 47 metas divididas entre 5 eixos principais: I - Pesquisa, desenvolvimento,inovação e empreendedorismo em tecnologia assistiva; II: Capacitação em tecnologia assistiva; III: Promoção da cadeia produtiva em tecnologia assistiva; IV. Regulamentação, certificação e registro de tecnologia assistiva; e V: Promoção do acesso à tecnologia assistiva. Com o objetivo geral de: Estruturar e orientar as ações do Estado Brasileiro para apoiar a pesquisa, o desenvolvimento tecnológico, a inovação e a disponibilização de produtos e dispositivos de tecnologia assistiva, além de estabelecer diretrizes para realização de ações, iniciativas, práticas e estudos envolvendo tecnologia assistiva e ajudas técnicas, como meio de promover o desenvolvimento da autonomia e da independência das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, visando a superação da exclusão social e das barreiras para o acesso à educação, à saúde, ao trabalho, ao lazer, ao transporte e à moradia, tendo em vista a proteção social, o cuidado adequado e o pleno exercício da cidadania. (BRASIL, 2021, p.31) Os websites institucionais da IFES, hoje são como um nó crítico, isto por que o IAIE e o IACG não abordam dentre seus indicadores e avaliação externa, realizadas pelo MEC, mesmo tendo influência direta e comprometendo a efetivação do direito de acesso e acessibilidade informacional. E a já comprovada obrigatoriedade de tornar a informação acessível e universal. Sendo possível apontar que a inadequação destes canais de comunicação está efetivamente abaixo dos índices mínimos para que sejamos considerados eficientes. Esta constatação está consolidada através do primeiro subproduto informacional 01 (SInf 01), que permite comparar com os resultados obtidos nas primeiras análises de adequação, pelo ASES, às recomendações de acessibilidade pelas instituições e as faixas graduadas determinadas pelo eMAG como: Alto grau de acessibilidade, Maior ou igual a 95%; Médio grau de acessibilidade menor que 95% e maior ou igual a 85%; Baixo grau de acessibilidade, menor que 85% e maior que 70%; e Baixíssimo grau de acessibilidade, menor ou igual que 70%. Os websites são os veículos de comunicação institucional que alcançam as maiores distâncias e da forma mais rápida, através da transmissão de dados digitais, construídos através de código-fonte de programação que através de um conjunto de comandos estrutura a aparência, as funcionalidades e o conteúdo digital disponibilizado e interpretado por outros equipamentos 56 de leitura de dados desde um computador de mesa até um smartphone, possibilitando que um número maior de usuários tenha acesso ao conteúdo de forma rápida através da internet conseguindo ser replicada de maneira a ser considerada “viral” ao ser comparada com a propagação de um vírus que em progressão geométrica atinge todo e qualquer usuário que tenha acesso à informação disponibilizada. Em questões numéricas será possível aferir o grau de acessibilidade através da análise dos sites baseando-se nas recomendações do eMAG e através das últimas avaliações externas realizadas pelo MEC, será possível coletar dados sobre cada uma das instituições, em cada um dos indicadores dos Instrumentos de Avaliação, correlacionando-os com os dados do eMAG para construir um panorama informacional que será o ponto de partida do estudo comparativo entre as IFES que permitirá uma construção teórica aplicável que justifique a implementação do PAI. Nos portais eletrônicos do Governo Federal impetra a obrigatoriedade de manter a padronização na construção da linguagem e programação, segundo Portaria Nº 483, de 28 de agosto de 2020 e aprova o Manual de Diretrizes para a padronização dos portais do Governo federal no novo Portal Institucional denominado Gov.Br: Por meio de uma arquitetura de informação, o Gov.br padroniza layout e orientações editoriais comuns, as informações publicadas por ministérios, secretarias e demais órgãos federais, se comunicando com o público de forma clara e possibilitando uma experiência unificada nos sites e portais. Os padrões, códigos e documentação que formam o Design System do Gov.br devem ser seguidos por designers e desenvolvedores que criam para o governo, para que mantenha unidade do portal, a consistência e a qualidade da interface. (BRASIL, 2020, p. 01) Assim sendo, é necessário tratarmos de websites de Universidades e Institutos Federais de Ensino espera-se uma padronização instituída pela Portaria Nº 483, de 28 de agosto de 2020, o que deveria conduzir os canais de comunicação digital das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) a ter uma aparência similar, o que também facilitaria a navegabilidade através do uso contínuo dos websites destas instituições. Além do entendimento arquivístico na análise dos websites como documentos arquivísticos, os quais devem ser preservados segundo a Resolução nº 52, que institui a Política de Preservação de Websites e Mídias Sociais no âmbito do Sistema Nacional de Arquivos (Sinar) e a Resolução nº 53, que define requisitos mínimos para cumprimento da Política. 57 2.4. MODELO DE ACESSIBILIDADE EM GOVERNO ELETRÔNICO – EMAG O Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico – eMAG é a primeira iniciativa governamental federal para garantir e induzir padronização em websites e o alcance de altos níveis de acessibilidade da informação digital. Disponível nos websites no âmbito nacional, com o intuito de garantir o direito de acesso aos seus cidadãos. Sendo resultado de uma parceria firmada entre o Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (Departamento de Governo Digital) e o Projeto de Acessibilidade Virtual do IFRS (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul). O modelo proposto é uma versão brasileira para a introdução de boas práticas de acessibilidade, tendo como base teórica o Web Content Accessibility Guidelines (Recomendações de Acessibilidade para Conteúdo Web). Sua elaboração foi realizada através de uma estrutura comparativa entre normas internacionais e as necessidades nacional. Dentre as principais normas internacionais utilizadas estão a norma Norte Americana intitulada section 508 (Seção 508), além dos padrões Common Look and Feel – CLF (Padrões comuns de aparência e comportamento) do Canadá, além das normas e diretrizes da Irlanda, através da National Disability Authority – NDA (Autoridade Nacional para a Deficiência). A Seção 508 dos Norte Americana, teve como objetivo principal exigir que produtos eletrônicos e de tecnologia da informação mantenha características de acessibilidade. A Seção 508, está imersa e altera nos anos de 1998 e 2000, a Lei de Recuperação de Força de Trabalho dos Estados Unidos de 1973 (29 US Code § 794d). A lei, também conhecida como Lei da Reabilitação de 1973, na qual fica proibida quaisquer ações discriminatórias baseadas em tipos de deficiência em nível federal, apontando como um gestor de programas de acessibilidade deve agir. Um Gerente de Programa de Acessibilidade de TI/508 (PM) tem um trabalho complexo que requer conhecimento profundo dos processos de negócios e aquisições de tecnologia da informação (TI) da agência, apreciação das necessidades de indivíduos com deficiência e uma compreensão clara das leis, padrões e políticas que regem a acessibilidade de TI no governo federal. Para atender a essas necessidades em toda a agência, o PM deve defender a tecnologia acessível e promover o acesso a treinamento, ferramentas e recursos que permitam que os componentes da agência forneçam soluções que atendam às necessidades de todos os usuários. (SECTION508.GOV. Agosto de 2018) [Tradução do autor] No Canadá foi aprovada a Lei de Acessibilidade do Canadá, um projeto construído pelo Escritório de Acessibilidade do Serviço Público (OPSA) e apoiado por movimentos sociais, que entrou em vigor em 11 de junho de 2019 e aborda como exigência regrasde acessibilidade 58 e tem por meta o programa governamental “acessível até 2040”, na qual exige que todas as entidades canadenses registrem seus planos de acessibilidade, relatórios de progresso e implementem ferramentas de acessibilidade. Estando as entidades, propensas a serem auditadas sobre a conformidade e adequação aos critérios estabelecidos e desenvolvidos pela Accessibility Standards Canada (ASC), em caso de desconformidade podem sofrer sanções como multa advertências ou sanções administrativas. Os Padrões comuns de aparência e comportamento na internet do Canadá teve seu início com sua publicação no ano de 1998. Em 2000, é publicada o Common Look and Feel (NSI) versão 1.0. Um documento orientador para os padrões de acessibilidade de websites, Common Look and Feel (NSI) versão 1.0, atualizada em 2006, que exigia de seus órgãos governamentais estar em conformidade com as Diretrizes de Acessibilidade de Conteúdo da Web 1.0 (WCAG 1.0) reconhecidas internacionalmente. (GOVERNMENT OF CANADA. 30 de abril de 2013) Na Irlanda, o processo de instrumentalização do Estado é executado pela NDA. Órgão estatutário independente que atua no aconselhamento e direcionamento de políticas e práticas acessíveis no país, o que incluem ações e parâmetros de acessibilidade para websites. O órgão é responsável por analisar e acompanhar a execução de boas práticas na política para pessoas com deficiência, além do monitoramento e instrumentalização do Estado com ações de orientação e informação sobre a temática acessibilidade para órgãos públicos na busca de serviços com alto nível de qualidade. Em comum os três exemplos apresentados estão interligados pela World Wide Web (W3C) e norteados pela Web Accebility Initiative (WAI). A W3C é uma organização internacional, com escritório no Brasil desde 2007, que busca desenvolver e orientar padrões de qualidade para internet, através de protocolos e diretrizes que garantam a construção de conteúdos acessíveis e para todos. A grande maioria dos trabalhos no W3C gira em torno da padronização de tecnologias web. Para realizar esse trabalho, o W3C segue processos que promovam o desenvolvimento de padrões de qualidade baseados no consenso da comunidade. Uma introdução ao processo do W3C dá uma noção de como acontece o trabalho em torno dos padrões no W3C. Todos os interessados podem ter voz no desenvolvimento do W3C, incluindo filiados grandes e pequenos, além do público em geral. O processo do W3C busca ser equânime, responsável e alcançar todas as nuances da missão do W3C. (W3C BRASIL. Sem data de publicação) Como por exemplo de trabalhos temos a criação do WAI, que se trata de uma ação mundial para induzir e promover parâmetros de acessibilidade da informação digital em websites, para que seja possível o acesso autônomo, ou através de tecnologias assistivas, garantindo parâmetros universais de usabilidade e acessibilidade. 59 A Web Content Accessibility Guidelines (WCAG), Diretrizes de Acessibilidade para Conteúdo Web, tem como foco proporcionar a informação necessária para tornar o conteúdo disponibilizado nos websites mais acessível, lançado inicialmente em 1999 (WCAG 1.0) e atualizado em 2008 (WCAG 2.0), este instrumento explica como produzir um conteúdo informacional digital acessível, com o propósito de que as interfaces dos websites, que estejam em conformidade, se tornem possíveis de serem interpretados, compreendidos por tecnologias assistiva e possam ser avaliados sobre suas funcionalidades, operacionalidade e usabilidade, podendo ser acometido a testes de automatização e conformidade sobre as diretrizes de acessibilidade. Essas diretrizes explicam como tornar o conteúdo da Web acessível a pessoas com deficiências. As diretrizes destinam-se a todos os desenvolvedores de conteúdo da Web (autores de páginas e designers de sites) e a desenvolvedores de ferramentas de autoria. O principal objetivo dessas diretrizes é promover a acessibilidade. No entanto, segui-los também tornará o conteúdo da Web mais disponível para todos os usuários, seja qual for o agente de usuário que eles estejam usando (por exemplo, navegador de desktop, navegador de voz, telefone celular, computador pessoal baseado em automóvel, etc.) ou restrições sob as quais eles possam estar operando (ex., ambientes ruidosos, salas pouco ou muito iluminadas, num ambiente mãos livres, etc.). Seguir essas diretrizes também ajudará as pessoas a encontrar informações na Web mais rapidamente. Essas diretrizes não desencorajam os desenvolvedores de conteúdo a usar imagens, vídeos etc., mas explicam como tornar o conteúdo multimídia mais acessível a um público amplo. (W3C®. 18 de maio de 2021) No Brasil a estruturação governamental sobre acessibilidade da informação, leva também o WCAG 2.0 como base teórica para elaboração do primeiro documento federal voltado e direcionado para ações de adaptação e conformidade que resultariam em melhores níveis de acessibilidade da informação disponibilizada em seus websites, elaborando e publicando o Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico (eMAG), publicado através da Portaria nº 3, de 7 de maio, que institucionalizou o eMAG no âmbito do sistema de Administração dos Recursos de Informação e Informática – SISP, tornando sua observância obrigatória nos sítios e portais do governo brasileiro, sendo atualizado para melhor inferir nos órgãos públicos buscando uma maior integração entre os usuários e os websites. O eMAG foi desenvolvido em 2004 baseado no estudo de 14 normas existentes em outros países acerca de acessibilidade digital. Dentre as normas analisadas estavam a Section 508 do governo dos Estados Unidos, os padrões CLF do Canadá, as diretrizes irlandesas de acessibilidade e documentos de outros países como Portugal e Espanha. Também foi realizada uma análise detalhada das regras e pontos de verificação do órgão internacional WAI/W3C, presentes na WCAG 1.0. Assim, a primeira versão do eMAG, a 1.4, elaborada pelo Departamento de Governo Eletrônico em parceria com a ONG Acessibilidade Brasil, foi disponibilizada para consulta pública em 18 de janeiro de 2005, e a versão 2.0, com as alterações propostas, foi disponibilizada em 14 de dezembro do mesmo ano. (...) A revisão do modelo 2.0, que resultou na versão 3.0, foi desenvolvida através da parceria entre o Departamento de Governo Eletrônico e o Projeto de Acessibilidade Virtual da RENAPI (Rede de Pesquisa e Inovação em 60 Tecnologias Digitais). (PORTAL DO GOVERNO BRASILEIRO [eMAG]. Abril de 2014) O diferencial do modelo proposto nacionalmente em relação ao WCAG, está evidenciada na intencionalidade institucional, ou seja, toda a construção do documento e de suas recomendações foi idealizada visando atender peculiaridades populacionais e do comportamento digital brasileiro, sendo publicada a terceira versão do eMAG, em setembro de 2011, trazendo três distinções em referência ao modelo 2.0. A primeira foi a aglutinação do conteúdo, deixando de existir duas visões, a do cidadão e a visão técnica. Outra modificação é baseada nos níveis de prioridade, que seriam utilizados no caso de optar por qual adequação deveria ser executada, isto se deu visto a obrigatoriedade de tornar-se acessível de forma plena, independente da recomendação. A última modificação é baseada na padronização dos elementos de acessibilidade nos websites do Governo Federal com o objetivo de estabelecer “padrões de qualidade de uso, desenho, arquitetura de informação e navegação; fluxo de criação, desenvolvimento e manutenção na gestão dos sítios governamentais; consolidar a acessibilidade; e Criar artefatos de acordo com os padrões estabelecidos pelo W3C.” (MINISTÉRIO DA GESTÃO E DA INOVAÇÃO EM SERVIÇOS PÚBLICOS. [Governo Digital]. Sem data de publicação) Hoje o eMAG está estruturado por seis2.3. ARCABOUÇO LEGAL DE SUPORTE AO PAI...............................................................37 2.4. MODELO DE ACESSIBILIDADE EM GOVERNO ELETRÔNICO – EMAG...............56 2.5. AVALIADOR E SIMULADOR DE ACESSIBILIDAED EM SÍTIOS – ASES................60 2.6. ÍNDICE GERAL DE CURSOS – IGC...............................................................................66 2.7. PROGRAMA PÚBLICO DE GESTÃO DA CULTURA INSTITUCIONAL (PPGCI)....74 3. METODOOGIA..................................................................................................................77 3.1. AMOSTRA SEM QUALIFICAÇÃO ASES......................................................................83 4. PROJETO DE ACESSIBILIDADE DA INFORMAÇÃO – PAI: produto técnico- científico...................................................................................................................................88 4.1. RESULTADOS E EXEMPLO DE INADEQUAÇÃO.......................................................89 4.2. PROJETO DE ACESSIBILIDADE DA INFORMAÇÃO – PAI.......................................95 4.3. PAI NO CONTEXTO DAS IFES.......................................................................................97 4.4. AVALIAÇÃO DO PAI....................................................................................................116 4.5. BENEFÍCIOS COLATERAIS DO PAI...........................................................................118 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................121 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS............................................................................125 7. APÊNDICES......................................................................................................................132 7.1. Tabela 15 – Ordenação Inicial das IFES...........................................................................133 7.2. Tabela 16 – Análise inicial aos critérios de acessibilidade no eMAG (SINF 01) ............ 138 7.3. Tabela 17 – Comparativo entre as ordenações do IGC e ASES das IFES..........................145 7.4. Tabela 18 – Recomendações do eMAG (SINF 02) ...........................................................149 7.5. Nota Técnica nº 001 / 2023 / PPHPBC / CPDOC / FGV (SINF 03) ..................................152 7.6. Tabela 19 – Mapeando núcleos de acessibilidade e inclusão.............................................170 7.7. Tabela 20 – Ações dos núcleos de acessibilidade e inclusão.............................................234 7.8. Tabela 21 – Política de Acessibilidade e Inclusão ............................................................316 7.9. Tabela 22 – Resultados mensais das análises via ASES....................................................334 FIGURAS Figura 01 – Aparência website ASES........................................................................................61 Figura 02 – Nota e Resumo da Avaliação de Acessibilidade via ASES.....................................63 Figura 03 – Resumo de acessibilidade por recomendações do eMAG.......................................64 Figura 04 – Página inicial do Portal Brasileiro de dados aberto............................................... 92 Figura 05 – Página Acessibilidade do Portal Brasileiro de Dados Abertos................................93 TABELAS Tabela 01 – Quantificação das IFES através dos Níveis de acessibilidade ASES.....................10 Tabela 02 – Espectros da Acessibilidade segundo SINAES......................................................32 Tabela 03 – Conhecendo a Tabela de Temporalidade e destinação de Documentos Relativos às atividade-meio do Poder Executivo Federal..............................................................................43 Tabela 04 – Dimensões de Avaliação - Instrumento para a avaliação de cursos de graduação...67 Tabela 05 – Eixos e indicadores de avaliação IAIE..................................................................69 Tabela 06 – Média relativa das IFES que apresentaram parte dos resultados nulos via ASES...83 Tabela 07 – IFES com resultado nulo em todas as avaliações do estudo....................................85 Tabela 08 – Análises via accessibilitychecker das IFES sem resultado ASES...........................87 Tabela 09 – Indicador 5.17 recursos de tecnologias de informação e comunicação, IAIE........100 Tabela 10 – Dimensão 3: Infraestrutura. Indicador 3.5 - Acesso dos alunos a equipamentos de informática, IACG...................................................................................................................101 Tabela 11 – Indicador s/n - Análise do Grau de Acessibilidade dos websites institucionais.....101 Tabela 12 – Levantamento de disponibilidade de cursos. Catálago EV.G...............................106 Tabela 13 – Composição do Ciclo de Aprendizagem Temática – Monitoramento e Adequação da Acessibilidade Informacional Pública................................................................................107 Tabela 14 – Levantamento de cargos PCCTAE atrelados às necessidades do Grupo de Trabalho................................................................................................................................. 109 Tabela 15 – Ordenação Inicial das IFES..................................................................................133 Tabela 16 – Análise inicial aos critérios de acessibilidade no eMAG (SINF 01) ..................138 Tabela 17 – Comparativa entre as ordenações do IGC e ASES das IFES................................145 Tabela 18 – Recomendações do eMAG (SINF 02) ................................................................149 Tabela 19 – Mapeando núcleos de acessibilidade e inclusão..................................................170 Tabela 20 – Ações dos núcleos de acessibilidade e inclusão..................................................234 Tabela 21 – Normativas institucionais de Acessibilidade e Inclusão.......................................316 Tabela 22 – Resultados mensais das análises via ASES...........................................................334 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a mim mesmo, por todo esforço dedicação e principalmente pela trajetória ao longo de minha vida profissional e acadêmica, mas nada foi fácil ou realizado sem ajuda, orientação ou ensinamentos importantes que família, amigos, professores, colegas de curso e companheiros laborais me proporcionaram ao logo da caminhada. Aos professores do Programa de Doutorado Profissional em Bens Culturais e Projetos Sociais, da Fundação Getulio Vargas, muito obrigado por tudo, em principal ao meu Orientador Prof. Dr. Eduardo Jordão de Achilles Mello, primordial na trajetória. À professora Suemi Higuchi e aos professores Flávio Leal, Josemar Melo e Thayron Rangel, muito obrigado pelo suporte e indicações de pesquisa, além do tempo disposto ao meu crescimento pessoal e profissional. Dedico o trabalho ao meu PAI, em expansão à minha FAMÍLIA, minha base, meu grande tesouro na vida. Muito obrigado a todos. 1. INTRODUÇÃO A referente pesquisa tem como foco a Informação Pública Federal disponibilizada nos websites institucionais, sendo um documento de arquivo e constitucionalmente enquadrada como Patrimônio Público informacional. E, por tanto, deve atender a normas e legislações específicas ao tratamento da informação pública, como a obrigatoriedade de manter as condições de acesso e características de acessibilidade, usabilidade e eficiência da informação, permitindo que qualquer cidadão, utilize esta informação de forma autônoma ou através de tecnologias assistivas, por período de guarda legalmente instituído. Entende-se que além da obrigatoriedade de manter os websites acessíveis, é necessárioseções e 45 recomendações. Marcação (09 recomendações); comportamento (07 recomendações); conteúdo e informação (12 recomendações); apresentação e design (04 recomendações); multimídia (5 recomendações); e formulários (8 recomendações), que podem ser visualizados e consultadas através do Apêndice 7.4. Tabela 18– Recomendações do eMAG (SINF 02). Seu código deve ser acessível ao maior número de usuários possível, incluindo: • Usuários de leitor de tela; • Quem navega somente pelo teclado; • Quem utiliza navegador com JavaScript desabilitado; • Usuários de dispositivos móveis; • Quem utiliza outros recursos de Tecnologia Assistiva; • Usuários inexperientes; • Entre outros. (SALTON. 2015. p. 10]) 61 2.5. AVALIADOR E SIMULADOR DE ACESSIBILIDADE EM SÍTIOS – ASES O ASES é um software governamental que avalia e simula aspectos ligados à acessibilidade em websites, um sistema como funcionalidades de validação baseados em padrões de construção e comportamento do código-fonte, níveis de usabilidade, navegabilidade e marcadores de conteúdo e texto alternativo. Foi a primeira ferramenta pública no Brasil para avaliação de acessibilidade a partir dos parâmetros de adequação do eMAG, tendo como meta a melhoria e adequação dos websites em critérios de acessibilidade. Seus resultados após a análise, são demonstrados via relatório, com dados sobre os erros encontrados sobre a análise de adequação aos parâmetros de acessibilidade e eventuais avisos do software, com hiperlinks remetendo às informações de como os erros podem ser solucionados. Tal conteúdo direcional é capaz de conduzir o programador e o conteudista de forma mais adequada para atingir a recomendação de acessibilidade, arrumar a parte do código em incoerência com o solicitado e assim tornar seu website mais acessível O ASES – Avaliador e Simulador de Acessibilidade em Sítios é um avaliador brasileiro desenvolvido pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão para realizar a avaliação de acessibilidade de sítios de acordo com as recomendações de acessibilidade contidas no eMAG. (CTA CENTRO TECNOLÓGICO DE ACESSIBILIDADE. 06 de maio de 2021) E segundo o website do ASES temos: Sobre o software: O Avaliador e Simulador de Acessibilidade em Sítios (ASES) é uma ferramenta que permite avaliar, simular e corrigir a acessibilidade de páginas, sítios e portais, sendo de grande valia para os desenvolvedores e publicadores de conteúdo. Escopo: O ASES consiste em um sistema computacional avaliador de acessibilidade que extrai o código HTML (url, arquivo ou código fonte) de uma página web e faz a análise do seu conteúdo, fundamentado em um conjunto de diretrizes de acessiblidade, ou seja, faz a análise fundamentada no eMAG. Descrição Geral: O ASES é um produto da parceria entre o Departamento de Governo Eletrônico (DGE) e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS). O ASES tem como objetivo fornecer instrumentos que viabilizem a adoção de acessibilidade pelos orgãos do governo. (PORTAL DO SOFTWARE PÚBLICO BRASILEIRO [Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão) O software ASES pode ser acessado através da aquisição, sem custos, ou através da plataforma governamental, sua aparência é simples e intuitiva, o que facilitará ao usuário estabelecer análises e simulações do conteúdo e do website institucional. 62 Figura 01 - Aparência website ASES Fonte: Imagem produzida pelo autor através do link A utilização do ASES proporciona ao usuário operacionalizar a análise do código-fonte, resultando no diagnóstico de acessibilidade do conteúdo do website. As ações do software são estruturadas por um sistema computacional de extração do código-fonte para avaliação e simulação, estando a análise condicionada por três caminhos utilizando a plataforma do software: validação pelo código-fonte; pelo arquivo base do website; ou pelo uniform resource locator (URL), o endereço eletrônico, opção utilizada para coleta de dados nesta pesquisa. A avaliação pelo website público do ASES é realizada por inserção de dados e o software fará o processamento, os dados podem ser inseridos de três formas. A primeira é através da análise direta via URL, o que permite uma facilidade de qualquer pessoa poder avaliar qualquer website através de seu endereço eletrônico. A segunda forma possível é através da validação por upload de arquivo e a terceira e última forma, trata-se da análise através do código fonte. Nestas duas será necessário que você tenha informações correspondentes ao website que tenha interesse em avaliar, seja o arquivo ou o código fonte. Para realizar a avaliação é preciso fornecer a URL do site, fazer upload de um arquivo com o código fonte da página ou ainda copiar o código fonte e colar diretamente na área de edição e clicar em “Executar”. Ao fim da avaliação será fornecida um relatório com uma porcentagem de zero a cem indicando o nível de acessibilidade do ambiente, como também uma lista de erros e avisos que devem ser verificados para melhorar o nível de acessibilidade do ambiente. (CTA CENTRO TECNOLÓGICO DE ACESSIBILIDADE) 63 Seus resultados após a análise, são demonstrados via relatório, com possibilidade de imprimir cópia, que traz dentre suas informações, erros encontrados sobre a análise de adequação aos parâmetros de acessibilidade e eventuais avisos do software, com hiperlinks remetendo às informações de como os erros podem ser solucionados. Tal conteúdo direcional é capaz de conduzir o programador e o conteudista de forma mais adequada para atingir a recomendação de acessibilidade, arrumar a parte do código em incoerência com o solicitado e assim tornar seu website mais acessível, atingindo o objetivo enquanto ferramenta digital pública de análise de conformidade aos parâmetros de acessibilidade, não alterando o conteúdo analisado, esta ação dependerá de ação humana. E segundo o website do ASES temos que: Objetivo: O ASES tem o propóstio de auxiliar a construção de sítios que sejam acessíveis a qualquer pessoa, independente do seu tipo de deficiência e dispositivo de navegação. Metas: Ser a primeira ferramenta a proporcionar a avaliação de acessiblidade de páginas web de acordo com as recomendações do Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico (eMAG) Proporcionar que os cidadãos avaliem e pontuem a acessibilidade de páginas web de forma fácil e ágil Ajudar na melhoria do cenário de acessibilidade em páginas do governo Facilitar o acesso das pessoas com necessidades especiais às páginas do governo. Restrições: O ASES não faz alterações no sítio avaliado, sendo necessário que o usuário faça as mesmas de acordo com os resultados fornecidos. (PORTAL DO SOFTWARE PÚBLICO BRASILEIRO [Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão) (GRIFO DO AUTOR) Na apresentação dos resultados o ASES quantifica o código-fonte, emite uma gradação geral de acessibilidade expressa em porcentagem simples, e classifica entre Níveis de acessibilidade considerando o grau alcançado por cada análise. Subdivide os resultados por 06 seções e apresenta os erros e avisos em cada uma delas, também quantificados. 64 Figura 02 – Nota e Resumo da Avaliação de Acessibilidade via ASES Fonte: Relatório ASES, extraído pelo autor. O resultado é uma série de comparativos e indicativos de conduta de comportamento de codificação, o ASES, avalia cada uma das linhas do código-fonte, apontando erros e avisos, para cada uma das eventuais inadequações. Ao fim da avaliação será fornecida um relatório com uma porcentagem de zero a cem indicando o nível de acessibilidade do ambiente, como também uma lista de erros e avisos que devem ser verificados para melhorar o nível de acessibilidadedo ambiente. (CTA CENTRO TECNOLÓGICO DE ACESSIBILIDADE) Além disso, no ambiente digital o resultado apresenta hiperlinks de auxílio e explicação, ou seja, além de indicar onde o erro está, o software apresenta o tipo de erro e qual é a recomendação a ser seguida para que este conteúdo esteja adequado aos parâmetros estabelecidos pelo eMAG, podendo ser extraído em documento de formato portátil (PDF) e estruturando o relatório de dados por seis seções: Marcação; Comportamento; Conteúdo, Apresentação/Design; Multimídia; e Formulários. 65 Figura 03 – Resumo de acessibilidade por recomendações do eMAG Fonte: Relatório ASES, extraído pelo autor. As análises da seção Marcação, são baseadas em uma linguagem que permita a apresentação dos textos utilizando três camadas de códigos: HyperText Markup Language (HTML); Cascading style sheets (CCSS); e Java Script. As características da seção de Marcação apontam que a estrutura do código-fonte atua como um guia de execução, “diz” como o código estruturado pelas três camadas deve se comportar. A HyperText Markup Language (HTML), a Linguagem de Marcação de Hipertexto, funciona como uma fundação de sustentação de uma obra, utilizada para os comandos mais básicos, definem o significado, a estrutura do conteúdo, ou seja, o estilo do website, que no caso da nossa amostra, o estilo é, ou deveria, ser obrigatoriamente padronizado, garantindo alta previsibilidade de navegação dos usuários. A linguagem Cascading style sheets (CCSS), Folhas de Estilo em Cascatas, pode ser aplicada para estilizar o conteúdo e sua formatação do código escrito em linguagem HTML. E a linguagem Java Script, que junto com a programação em 66 HTML e à linguagem CCSS, será capaz de implementar comandos e itens complexos, ou seja, recursos que tem funcionalidades além da atribuição visual por informação estática. No decorrer da coleta de dados dois erros foram apresentados nos códigos fonte dos websites da IFES pesquisadas. O primeiro foi URL inválida, que significa que podem ter ocorridos problemas na configuração da rede de hospedagem do website que impede um Protocolo de internet – IP válido. O IP possibilita o fluxo de informação na rede de internet, contendo metadados que possibilitam o reconhecimento e a interligação dos terminais conseguindo distinguir todos eles, no caso esta distinção não ocorre e o ASES não consegue acessar a URL e analisar a adequação dos parâmetros de acessibilidade do eMAG. Já o erro Java Lang NullPointerException indica que ao tentar analisar o código-fonte através da URL o Software ASES foi impedido pois tentou utilizar uma referência de código com o valor nulo, ainda sem valor definido dentro do banco de dados. A linguagem de programação JavaScript, já existente e instalada, impede o acesso ao objeto de memória que ainda não foi inicializado pelo sistema, esta cadeia de dados não está vazia, no entanto ainda não tem interpretação, ou seja, ainda sem significado estabelecido entre as partes do processo de comunicação via da URL. Ambas as situações impediram que o ASES emitisse um relatório detalhado sobre a análise do código-fonte, buscando o grau de acessibilidade informacional do website. A contabilização e análise destes resultados para questões estatísticas, foram consideradas com o índice de grau zero, visto que a informação não detalha aspectos de acessibilidade sendo uma barreira de comunicação. 67 2.6. ÍNDICE GERAL DE CURSOS – IGC O Índice Geral de Cursos (IGC) é um instrumento público de pesquisa e análise de dados sobre instituições de ensino superior, instaurado e aprovado pela Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004, que converteu a medida provisória nº 147, de 2003 e institui o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES). A constante avaliação de indicadores possibilita a produção de dados sobre a instituição e com estes é possível estudar, planejar e executar ação de aprimoramento institucional e de acordo com Zamboin (2006), "a importância da avaliação é que ela seja utilizada como meio de melhorar os projetos existentes, aprimorar o conhecimento sobre sua execução e contribuir para o seu planejamento futuro, tendo como pano de fundo sua contribuição aos objetivos institucionais". A análise e a avaliação das IFES pelo IGC são amplas e diversificadas, sendo composta por outros instrumentos de avaliação da educação como a média do conceito preliminar de curso (CPC) dos últimos três anos, junto à média das avaliações obtidas nos cursos de pós- graduação a nível stricto sensu e dados sobre a dispersão de alunos nos distintos níveis de educação formal da instituição, como exposto no website oficial do MEC: IGC – É o indicador que avalia a instituição. Fazem parte do cálculo do IGC: média dos CPCs do último triênio do Enade (2016, 2017 e 2018) relativos aos cursos avaliados da instituição; média dos conceitos de avaliação dos programas de mestrado e doutorado atribuídos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), vinculada ao MEC, na última avaliação trienal disponível; e distribuição dos estudantes entre os diferentes níveis de ensino, graduação ou pós- graduação stricto sensu. (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO) A composição do grau calculado pelo IGC foi determinada pela Portaria nº 641, de 22 de outubro de 2013, publicada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP): Art. 1º Estabelecer os procedimentos de divulgação do Conceito Preliminar de Curso (CPC) e do Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC), referentes ao ano de 2012, às Instituições de Educação Superior (IES). § 1º O Conceito Preliminar de Curso (CPC) e o Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC) são indicadores de qualidade da Educação Superior conforme art. 33-B, incisos I e II, da Portaria Normativa MEC nº. 40, de 12 de dezembro de 2007, republicada em 29 de dezembro de 2010. § 2º Os indicadores de qualidade da educação superior, referentes ao ano de 2012, serão calculados a partir de insumos decorrentes das seguintes fontes: I. Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) - prova e questionário do estudante; II. Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) - prova e questionário socioeconômico; III. Censo da Educação Superior - informações sobre o corpo docente e número de matrículas na graduação; IV. Avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para os programas de pós- 68 graduação stricto sensu - nota do programa e número de matrículas na pós-graduação. (Ministério da Educação. 2013b, s/p) O IGC é uma composição dos instrumentos Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), Conceito Preliminar de Curso (CPC) e o Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD). O CPC é um indicador de qualidade que avalia os cursos de graduação. Seu cálculo e sua divulgação ocorrem no ano seguinte ao da realização do Enade, com base na avaliação de desempenho de estudantes, no valor agregado pelo processo formativo e em insumos referentes às condições de oferta – corpo docente, infraestrutura e recursos didático-pedagógicos –, conforme metodologia aprovada pela Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (Conaes).(...) Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) avalia o rendimento dos concluintes dos cursos de graduação em relação aos conteúdos programáticos previstos nas diretrizes curriculares dos cursos, o desenvolvimento de competências e habilidades necessárias ao aprofundamento da formação geral e profissional. (...) O IDD é um indicador de qualidade que busca mensurar o valor agregado pelo curso ao desenvolvimento dos estudantes concluintes, considerando seus desempenhos no Enade e no Exame Nacional do EnsinoMédio (Enem), como medida proxy (aproximação) das suas características de desenvolvimento ao ingressarem no curso de graduação avaliado. Para que um curso tenha o IDD calculado, é preciso que ele atenda às seguintes condições: possuir no mínimo dois estudantes concluintes participantes do Enade com dados recuperados da base de dados do Enem no período entre o ano de ingresso no curso avaliado e os três anos anteriores; atingir 20% do total de estudantes concluintes participantes do Enade com dados recuperados da base de dados do Enem. (INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA INEP) (Negrito do autor) A Portaria INEP nº 4 de 13 de janeiro de 2005 institui a Diretoria de Estatísticas e Avaliação da Educação Superior (Deaes) responsável pela avaliação e disponibilização dos dados resultantes das avaliações de instituições e ensino. Sendo o Instrumento de Avaliação Institucional Externa (IAIE) diretamente correlacionado aos procedimentos de credenciamento, recredenciamento e a mudanças na organização acadêmica e o Instrumento de Avaliação de Cursos de Graduação (IACG), responsável pelos procedimentos de autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento dos cursos de graduação. A Portaria nº1.081, de 29 de agosto de 2008 aprova o Instrumento de Avaliação de Cursos de Graduação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – SINAES, ele está dividido em três categorias e 25 indicadores de qualidade conforme tabela construída a partir da portaria citada. Tabela 04 - Dimensões de Avaliação - Instrumento para a avaliação de cursos de graduação Dimensões de Avaliação - Instrumento para a avaliação de cursos de graduação 1- Organização didático-pedagógica – 40% 2 - Corpo Docente, Discente e Técnico-administrativo – 35% 69 3 - Instalações física – 25% Categorias e Indicadores 1.Organização didático-pedagógica 1.1. Implementação das políticas institucionais constantes no PDI, no âmbito do curso. 1.2. Funcionamento de instância(s) coletiva(s) de deliberação e discussão de questões inerentes ao desenvolvimento e qualificação do curso. 1.3. Coerência do PPC e do currículo com as Diretrizes Curriculares Nacionais. 1.4. Coerência entre o PPC e o modelo de Educação a Distância utilizado (indicador exclusivo para EAD). 1.5. Efetividade na utilização dos mecanismos gerais de interação entre professores, alunos, tutores e tecnologias (indicador exclusivo para EAD). 1.6. Adequação e atualização das ementas, programas e bibliografias dos componentes curriculares, considerando o perfil do egresso. 1.7. Adequação dos recursos materiais específicos do curso (laboratórios e instalações específicas, equipamentos e materiais) com a proposta curricular. 1.8. Coerência dos procedimentos de ensino-aprendizagem com a concepção do curso. 1.9. Atividades acadêmicas articuladas à formação: a) prática profissional e/ou estágio (NSA*); b) trabalho de conclusão de curso (TCC) (NSA); c) atividades complementares e estratégias de flexibilização curricular. 1.10. Ações implementadas em função dos processos de autoavaliação e de avaliação externa (ENADE e outros). 2. Corpo Docente, Discente e Técnico-administrativo 2.1. Formação acadêmica, experiência e dedicação do coordenador à administração e à condução do curso. 2.2. Caracterização (tempo de dedicação e de permanência sem interrupção), composição e titulação do Núcleo Docente Estruturante (NDE*). 2.3. Titulação e experiência do corpo docente e efetiva dedicação ao curso. 2.4. Produção de material didático ou científico do corpo docente. 2.5. Adequação da formação e experiência profissional do corpo técnico e administrativo. 2.6. Adequação, formação e experiência dos docentes em relação à modalidade de EAD (indicador exclusivo para EAD). 2.7. Adequação, formação e experiência dos tutores (indicador exclusivo para EAD). 2.8. Caracterização (tempo de dedicação e de permanência sem interrupção) do corpo de tutores (indicador exclusivo para EAD) 3.Instalações físicas 3.1. Espaços físicos utilizados no desenvolvimento do curso. 3.2. Tipologia e quantidade de ambientes/laboratórios de acordo com a proposta do curso. 3.3. Livros - Bibliografia Básica. 3.4. Livros - Bibliografia Complementar. 3.5. Periódicos, bases de dados específicas, revistas e acervo em multimídia. 70 3.6. Formas de acesso dos alunos de cursos à distância à bibliografia básica, complementar e a periódicos (indicador exclusivo para EAD). 3.7. Instalações para equipe de tutores e professores (indicador exclusivo para EAD). Fonte: Portaria nº1.081, de 29 de agosto de 2008 E segundo Portaria nº 92, de 31 de janeiro de 2014 que aprova os indicadores do Instrumento de Avaliação Institucional Externa para os atos de credenciamento, recredenciamento e transformação de organização acadêmica, modalidade presencial, do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – SINAES. Ele aborda cinco eixos principais que totalizam juntos 50 indicadores de qualidade que abarcam de forma ampla a estrutura e funcionamento da instituição de ensino, estando os eixos e indicadores numericamente divididos em: Planejamento e Avaliação Institucional (cinco indicadores); Desenvolvimento Institucional (oito indicadores); Políticas Acadêmicas (13 indicadores); Políticas de Gestão (oito indicadores) e Infraestrutura (16 indicadores). Tabela 05 – Eixos e indicadores de avaliação IAIE EIXOS Credenciamento Recredenciamento e Credenciamento Número de indicadores 1 Planejamento e Avaliação Institucional 10 10 5 2 Desenvolvimento Institucional 20 20 9 3 Políticas Acadêmicas 20 30 13 4 Políticas de Gestão 20 20 8 5 Infraestrutura 30 20 16 TOTAL 100 100 51 Nº EIXO/INDICADOR 1 Eixo 1: PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL 1.1 Evolução institucional a partir dos processos de Planejamento e Avaliação Institucional 1.2 Projeto/processo de auto avaliação institucional 1.3 Auto avaliação institucional: participação da comunidade acadêmica. 1.4 Auto avaliação institucional e avaliações externas: análise e divulgação dos resultados. 1.5 Elaboração do relatório de auto avaliação. Nº EIXO/INDICADOR 2 Eixo 2: DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL 2.1 Missão institucional, metas e objetivos do PDI 2.2 Coerência entre o PDI e as atividades de ensino de graduação e de pós-graduação. 2.3 Coerência entre o PDI e as práticas de extensão. 2.4 Coerência entre o PDI e as atividades de pesquisa/iniciação científica, tecnológica, artística e cultural 71 2.5 Coerência entre o PDI e as ações institucionais no que se refere à diversidade, ao meio ambiente, à memória cultural, à produção artística e ao patrimônio cultural 2.6 Coerência entre o PDI e as ações institucionais voltadas para o desenvolvimento econômico e social. 2.7 Coerência entre o PDI e ações de responsabilidade social: inclusão social 2.8 Coerência entre o PDI e ações afirmativas de defesa e promoção dos direitos humanos e igualdade étnico-racial Internacionalização: coerência entre o PDI e as ações institucionais. Nº EIXO/INDICADOR 3 Eixo 3: POLÍTICAS ACADÊMICAS 3.1. Políticas de ensino e ações acadêmico-administrativas para os cursos de graduação. 3.2 Políticas de ensino e ações acadêmico-administrativas para os cursos de pós-graduação stricto sensu. 3.3 Políticas de ensino e ações acadêmico-administrativas para os cursos de pós-graduação lato sensu. 3.4 Políticas institucionais e ações acadêmico-administrativas para a pesquisa ou iniciação científica, tecnológica, artística e cultural. 3.5 Políticas institucionais e ações acadêmico-administrativas para a extensão 3.6 Políticas institucionais e ações de estímulo relacionadas à difusão das produções acadêmicas: científica, didático- pedagógica,tecnológica, artística e cultural 3.7 Comunicação da IES com a comunidade externa 3.8 Comunicação da IES com a comunidade interna 3.9 Programas de atendimento aos estudantes. 3.10 Programas de apoio à realização de eventos internos, externos e à produção discente 3.11 Política e ações de acompanhamento dos egressos 3.12 Atuação dos egressos da IES no ambiente socioeconômico. 3.13 Inovação tecnológica e propriedade intelectual: coerência entre o PDI e as ações institucionais Nº EIXO/INDICADOR 4 Eixo 4: POLÍTICAS DE GESTÃO 4.1 Política de formação e capacitação docente 4.2 Política de formação e capacitação do corpo técnico-administrativo 4.3 Gestão institucional 4.4 Sistema de registro acadêmico 4.5 Sustentabilidade financeira 4.6 Relação entre o planejamento financeiro (orçamento) e a gestão institucional 4.7 Coerência entre plano de carreira e a gestão do corpo docente 4.8 Coerência entre o plano de carreira e a gestão do corpo técnico-administrativo Nº EIXO/INDICADOR 5 Eixo 5: INFRAESTRUTURA FÍSICA 5.1 Instalações administrativas 5.2 Salas de aula 5.3 Auditório(s). 72 5.4 Sala(s) de professores 5.5 Espaços para atendimento aos alunos 5.6 Infraestrutura para CPA 5.7 Gabinetes/estações de trabalho para professores em Tempo Integral - TI 5.8 Instalações sanitárias 5.9 Biblioteca: infraestrutura física 5.10 Biblioteca: serviços e informatização 5.11 Biblioteca: plano de atualização do acervo 5.12 Sala(s) de apoio de informática ou infraestrutura equivalente 5.13 Recursos de Tecnologias de Informação e Comunicação 5.14 Laboratórios, ambientes e cenários para práticas didáticas: infraestrutura física 5.15 Laboratórios, ambientes e cenários para práticas didáticas: serviços 5.16 Espaços de convivência e de alimentação Fonte: Portaria MEC nº 92, de 31 de janeiro de 2014 Os critérios adotados nas avaliações realizadas nas IFES, apontam uma multiplicidade de temas, estruturas e políticas educacionais promovidas em seu âmbito. Os resultados das análises são apresentados anualmente e trazem os seguintes dados componentes de cálculo do IGC: • Dados de identificação – Ano da análise; Código da IES; Nome da IES; Sigla da IES; Categoria Administrativa; Organização Acadêmica; Sigla da UF) • CPC - nº de Cursos com CPC no triênio; Alfa (Proporção de Graduação); Conceito Médio de Graduação; Beta (Proporção de Mestrado - Equivalente) ; Conceito Médio de Mestrado; Gama (Proporção de Doutorandos – Equivalente); Conceito Médio do doutorado; • IGC (resultados de cálculo) - IGC (Contínuo); IGC (Faixa); TX_OBS (Observação) A base de cálculo do o CPC também é exposto em dados mais complexos que, também, apontam a multiplicidade de critérios e alta abrangência da avaliação sendo composto pelos seguintes dados: • Identificação – Ano; Código da IES; Nome da IES; Sigla da IES; Organização Acadêmica; Categoria Administrativa; Código do Curso; Código da Área; Área de Avaliação; Modalidade de Ensino; Código do Município; Município do Curso; Sigla da UF; • Nº de Concluintes Inscritos Nº de Concluintes Participantes • Nota Bruta – FG; Nota Padronizada – FG; Nota Bruta – CE; Nota Padronizada – CE • Conceito Enade (Contínuo) 73 • Concluintes participantes com nota no Enem; Proporção de concluintes participantes com nota no Enem; • Nota Bruta – IDD; Nota Padronizada – IDD; Nota Bruta - Organização Didático- Pedagógica; Nota Padronizada - Organização Didático-Pedagógica; • Nota Bruta - Infraestrutura e Instalações Físicas; Nota Padronizada - Infraestrutura e Instalações Físicas; Nota Bruta - Oportunidade de Ampliação da Formação • Corpo Docente: Nota Bruta – Mestres; Nota Padronizada – Mestres; Nota Bruta – Doutores; Nota Padronizada – Doutores; Nota Bruta - Regime de Trabalho; Nota Padronizada - Regime de Trabalho; e • Resultados - CPC (Contínuo); CPC (Faixa). O IDD apresentado como um dado componente do CPC também é resultado de um conjunto de dados específica, o IDD significa a diferença entre o desempenho entre os alunos concluintes e dos alunos ingressantes de um curso pesquisado, sendo composto por: • Identificação – Ano; Código da Área; Área de Avaliação; Código da IES; Nome da IES; Sigla da IES; Organização Acadêmica; Categoria Administrativa; • Sobre o curso avaliado - Código do Curso; Modalidade de Ensino; • Código do Município; Município do Curso; Sigla da UF; • Integrantes avaliados: nº de Concluintes Inscritos; nº de Concluintes Participantes; • Nº de Concluintes Participantes com nota no Enem; Proporção de Concluintes participantes com nota no Enem; e • Resultados - Nota Bruta – IDD; IDD (Contínuo); IDD (Faixa); Observação. O métodos de avaliação utlizados pelo MEC, seguem diretrizes de cálculo de resultado apoiadas em notas técnicas específicas e anualmente divulgadas, para garantir a transparência e lisura dos procedimentos de avaliação, definidos pelas: • Nota Técnica n.º 56/2019/CGCQES/DAES – Metodologia de cálculo do CPC 2018 • Nota Técnica n.º 37/2019/CGCQES/DAES – Metodologia de cálculo do IGC 2018 • Nota Técnica n.º 44/2019/CGCQES/DAES – Metodologia de cálculo do Conceito Enade 2018 • Nota Técnica n.º 45/2019/CGCQES/DAES – Metodologia de cálculo do IDD 2018 Embora a abrangência dos dados avaliados seja de múltiplos critérios e, que estes, consigam representar de forma ampla as estruturas da IFES, ainda não conseguem atingir 74 pontos específicos, como a Acessibilidade da informação digital publicada em seus websites, não há critérios específicos que os avalie, mesmo sendo o serviço de comunicação em massa mais utilizado nas IFES. A situação de não avaliação foi observada através do estudo dos critérios utilizados nos parâmetros de avaliação acima descritos e citados, o que possibilitou um estudo visando atingir especificamente este critério e construir um indicador de qualidade a ser conduzido, instrumentalizado e introduzido no âmbito das IFES por aplicação do Programa Público de Gestão da Cultura Institucional (PPGCI) via projeto piloto nomeado como Projeto de Acessibilidade da Informação (PAI). 75 2.7. PROGRAMA PÚBLICO DE GESTÃO DA CULTURA INSTITUCIONAL (PPGCI) E O PROJETO DE ACESSIBILIDADE INFORMACIONAL (PAI), PROJETO PILOTO A base do PAI é estruturada em um programa de gestão por inovação, pensado e articulado para atender inicialmente o setor público, embora possa ser adaptado e replicado por instituições que não sejam governamentais. O PPGCI, como estruturado nesta pesquisa, integra três focos de ações que foram integradas para que seja possível fomentar a mudança cultural na instituição, uma ação normativa, uma de instrução e uma ação de instrumentalização da instituição. O primeiro foco proposto é baseado em uma ação normativa, ou seja, uma institucionalização da vontade pública de agir em pro do objetivo estabelecido. Para esta ação é necessário executar uma pesquisa ampla sobre a temática e as eventuais estruturas normativas já existentes e que interferem direta ou indiretamente no projeto a ser aplicado, nesta pesquisa o projeto piloto é o PAI, logo a legislação e demais instrumentos que normatizam a acessibilidade da informação digital em IFES foi pesquisada e analisada, buscando formas de obter melhores resultados. Após análise da legislação e dos instrumentos técnicos de avaliação de qualidade foi construída uma Nota Técnica direcionada ao MEC sugerindo a inclusão de um novo indicador de avaliação de qualidade a ser incluído nos instrumentos de avaliação externa IAIE e IACG, direcionado à avaliação e análise do Grau de Acessibilidade dos websites institucionais. E, segundo Perdomo-Charry; Gonzalez-Campo; e Murillo-Vargas “as organizações têm sido palcos de processos de institucionalização dos quais derivam normas,valores, padrões de comportamento e crenças que constituem a identidade. e legitimidade organizacional”, o que reforça a idealização do PPGCI a fim de conduzir mudanças na cultura institucional. A segunda ação tem caráter instrutivo, visando os atores sociais da instituição, no caso de instituições públicas servidores e funcionários púbicos, ou seja, pessoas. Ações direcionadas a modificar algum aspecto cultural dependem dos indivíduos envolvidos diretamente, a cultura institucional é parte integrante do indivíduo em seu ambiente laboral, suas ações devem acompanhar o que a instituição os direciona, através da ação normativa, que isoladamente, como um ato normativo, somente introduz uma norma ou regra a ser cumprida, embora possa atingir o comportamento não modifica a cultura sobre o ato, sendo necessário que o indivíduo entenda o processo, as necessidades de implementação e também o que são esperados como resultados desta mudança na cultura institucional. 76 A segunda ação tem por base a Instrução sobre temáticas relacionadas à resolução do problema encontrado. Neste momento é importante lembrar que o setor público tem o apoio da Escola Nacional de Administração Pública (Enap) que tem por missão o fomento e capacitação de agentes públicos, visando a inovação, melhorias nos serviços e na qualidade dos resultados. A Enap, tem disponível um catálogo de cursos com alta amplitude temática, também existe a possibilidade de cooperação técnica no desenvolvimento e execução de cursos e demais eventos instrutivos. Além da possibilidade de que o próprio órgão se proponha a construir o conteúdo que julgar necessário para seu corpo laboral esteja preparado e instruído para as mudanças a serem conduzidas ao longo do Ciclo de Aprendizagem Temática, a estratégia de condução e disseminação do conhecimento deve abarcar todos os envolvidos na mudança proposta, seja na formação de agentes multiplicadores de conhecimento, pontos focais temáticos ou a capacitação ou qualificação em massa, o que garante que todos tenham sido apresentados ao conhecimento tido como necessário para a mudança cultural almejada. No caso estudado na pesquisa, as IFES, foi construído um Ciclo de Aprendizagem Temática - Monitoramento e Adequação da Acessibilidade Informacional Pública – Total 280h. Tendo o grupo de aplicação definido é necessário entender o contexto o qual estão inseridos, por exemplo no caso dos servidores públicos Técnicos Administrativos em Educação (TAE) da IFES, alguns aspectos do plano de carreira foram levados em consideração, visando um maior aproveitamento de todo o conhecimento, esforço dispendido nas ações, melhor nível de satisfação. Assim, os cursos elencados para construir o Ciclo de Aprendizagem Temática - Monitoramento e Adequação da Acessibilidade Informacional Pública têm no mínimo 20h/aula, o que garante ao TAE a possibilidade de utilizar este mesmo curso para solicitar evolução de carreira, caso ainda necessite. Por estar normatizado, pela primeira ação, é possível também que o agente público utilize períodos da sua licença capacitação para se capacitar. Além dos aspectos que integram a ação ao plano de carreira os cursos são conduzidos por autogestão do aprendente, todos eles são gratuitos e oferecem certificados ao finalizar o curso com aproveitamento mínimo. A terceira ação de caráter Instrumental, visa integrar a instituição e seu corpo laboral, através de Grupos de Trabalho (GT) e formação de Redes de Conhecimentos Temático (RCT). Além da ação normativa que impõe a ação no âmbito da instituição, se faz necessário, planejar como a instituição colocará em prática a orientação ou imposição normativa, ou seja, como será 77 conduzido no âmbito institucional o processo de internalização da cultura proposta pela ação normativa. No caso estudado, foi proposto o Grupo de Trabalho e Rede de Conhecimento Acessível tendo como metas iniciais: 1. Guia de adequação de acessibilidade informacional; 2. Guia de avaliação da acessibilidade informacional; 3. Guia interno da comunicação digital acessível; 4. Guia de Produção de informação técnicas acessível em ambiente digital; e 5. Guia de Produção de informação acadêmica em suporte digital acessível e universal. As metas nesta ação devem ser capazes de produzir conhecimento estruturado e construído internamente, a participação dos agentes é imprescindível, sendo uma estratégia didática de ensino-aprendizado participativo, que proporciona a regionalização dos documentos a serem construídos, sendo aproveitado o conhecimento tático, formal e as introduzindo exemplos que representem a população que utilizará o material produzido. O processo de ensino-aprendizado participativo é uma abordagem que considera o aprendente como foco, com metodologias voltadas para o fazer como forma de aprender. Assim, o ato de aprender integrará a percepção do sujeito e seu entendimento como parte da mudança cultural proposta, um ideal previsto e estudado por Paulo Freire (2003), “ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua própria produção ou a sua construção". 78 3. METODOLOGIA A abordagem metodológica adotada nesta pesquisa observou um problema em um grupo de instituições, explicando-o e propondo uma solução, através do PPGCI – via projeto piloto PAI, sendo uma pesquisa aplicável, de objetivos exploratórios. Na qual a coleta de fontes de dados primários, de um conjunto documental de relatórios do software ASES, sobre os websites das instituições da amostra. Este acervo é composto por informações qualitativas e quantitativas, referentes às avaliações e simulações de acessibilidade testadas no ASES. Em seus resultados foi possível observar como cada instituição está qualificada em seu nível de acessibilidade da informação digital. Como forma de uma pesquisa intervencionista, o PAI, pretende instrumentalizar a instituição, para que acolham e desenvolvam em seus ambientes, uma cultura institucional de acessibilidade da informação digital. A amostra é composta por Instituições Federais de Ensino Superior, para tal, decidiu-se extraí-las do IGC 2018, que além da amostra traz informações estatísticas de todas as instituições de ensino analisadas naquele ciclo de avaliação do MEC. A amostra estudada tem um total de 103 instituições, ou seja, todas as instituições públicas e federais de ensino superior que foram avaliadas pelo IGC 2018. A pesquisa está estruturada no âmbito público, justificada por leis, decretos e especificações técnicas que garantiriam websites acessíveis às instituições o que pode ser ou não uma realidade, mas para entender este panorama foi preciso estabelecer alguns procedimentos que possam captar dados e informações para desvelar a realidade dos níveis de acessibilidade dos websites das IFES. Para ter uma visão mais concreta que pudesse consubstanciar a hipótese de que os websites institucionais apresentam ou não níveis baixos foi preciso definir uma amostra de pesquisa e uma estruturação de ações de coleta de dados. Assim, optei por dar continuidade com o mesmo grupo foco, Instituições Federais de Ensino Superior (IFES). O universo estudado é composto por IFES, para tal utilizei o Índice Geral de Cursos (2018), no qual todas as instituições públicas e federais foram utilizadas na amostra, definindo a pesquisa como de caráter exploratório de casos múltiplos, dentro do universo de Instituições de ensino superior. A amostra de pesquisa engloba diferentes instituições do Ministério da Educação, no caso as (IFES) que é composta pelo sistema de Universidade Federais Brasileiras, o sistema de Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, Centros Federais de Educação e Tecnologia (Cefet). 79 Além da mineração e extração de dados das respectivas instituições para construirum banco de dados inicial para planejar a estratégia metodológica que possibilite alcançar os objetivos: • Objetivo 1 – Avaliar e Simular a acessibilidade dos websites das IFES no período de um ano para entender o comportamento dos websites institucionais quanto à acessibilidade; • Objetivo 2 – Construir um ranking das IFES identificando o posicionamento através do IGC – 2018; • Objetivo 3 – Analisar os dados e informações coletadas através do ASES; e • Objetivo 4 – Propor ação intervencionista de melhorias, Projeto de Acessibilidade da Informação (PAI). Em primeiro momento optei em construir uma análise de todos os websites das IFES da amostra como apresentado no apêndice 7.2 - Tabela 16 – Análise inicial aos critérios de acessibilidade no eMAG (SINF 01). Este estudo prévio comprova que em sua grande maioria os websites não estão em conformidade com as recomendações que garantem critérios de acessibilidade informacional ao conteúdo disponibilizado. Para se alcançar este objetivo, os websites de cada uma das instituições da amostra foram submetidos à análise de conformidade por meio do software ASES, de domínio público e elaborado a partir do eMAG, sendo o procedimento realizado gratuitamente utilizando o URL dos websites. Seus resultados são apresentados através de um relatório oficial elaborado a partir da simulação do cumprimento das 45 recomendações do eMAG, categorizadas por suas 06 seções. E a partir da porcentagem de adequação verificada pelo ASES os websites serão classificados de acordo com o grau resultante. Os dados coletados através dos Relatórios de Análise de Acessibilidade do software ASES, foram ordenados e organizados, sua periodicidade foi mensal, realizada entre os últimos dias do mês analisado e os primeiros dias do mês subsequente, a análise deste banco de dados possibilitou a construção de um arcabouço estatístico que foi correlacionado a aspectos técnicos e legais, integrando-o à base teórica e bibliográfica, no qual PAI está fundamentado. Os primeiros indícios de baixos níveis de acessibilidade foram notados através da pesquisa de mestrado (2015), na qual cerca de 30 IFES foram questionadas sobre o cumprimento de algumas legislações, dentre elas a Portaria nº 3, de 7 de maio de 2007, que institucionalizou o eMAG no âmbito do sistema de Administração dos Recursos de Informação e Informática (SISP). 80 Os dados obtidos em 2015, cursando o mestrado, apontaram que apenas 31% das instituições a respeito do Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico, sendo que 24% das instituições estudadas afirmam o cumprimento parcial e 7% indicaram estar em estudo dos pressupostos contidos no referido instrumento normativo. Ao contrario desta parcela, 21% das universidades afirmaram não cumprir com os requisitos contidos na Portaria MP nº 3, de 7 de maio de 2007. Os dados obtidos ao longo do curso de mestrado não sejam conclusivos para que apontemos um panorama de baixos níveis de acessibilidade nos websites atualmente. No entanto, o conhecimento tático e da constante utilização de websites públicos federais, ao longo do meu exercício profissional e acadêmico na esfera Pública Federal, oportunizou o enfrentamento de barreiras informacionais, dificuldades de usabilidade e de acesso aos conteúdos e informações. Com os dados coletados no IGC 2018, atualizado em 2020, foi possível construir um ranking das IFES estudadas, elas foram reordenadas segundo resultados do IGC 2018, conforme apêndice 7.1. Tabela 15 – Ordenação Inicial das IFES, que servirá de ponto de partida para as avaliações de acessibilidade via ASES. Nesta primeira integração entre os dados das IFES, foi possível entender a não relação direta entre as instituições que obtiveram os melhores índices IGC com o grau de acessibilidade. Pelos dados foram comparadas a classificação (ordenação) das IFES segundo dados IGC e dados sobre o nível de acessibilidade ASES, outra comparação foi construída entre a faixa IGC e o nível de acessibilidade ASES, para analisar se a IFE melhorou, piorou ou está estável na posição de classificação. Para tal, os níveis de acessibilidade foram apresentados numericamente de 1 a 5 da seguinte maneira: Alto grau de acessibilidade (5); médio grau de acessibilidade (4); baixo grau de acessibilidade (3); baixíssimo grau de acessibilidade (2); e IFES sem avaliação ASES (1), resultando no apêndice 7.3, Tabela 17 – Comparativo entre as ordenações do IGC e ASES das IFEs. Analisando o comparativo entre a Faixa IGC e o Nível ASES, ambos graduados de 1 a 5, foram encontradas dentre todas as IFES, dentre as posições alcançadas foi possível perceber que 27 das instituições estudadas mantiveram sua posição no ranking, 18 das instituições melhoraram e 58 delas obtiveram colocações piores. Em ambas as comparações foi possível perceber não há uma relação direta entre as IFES melhor posicionadas no IGC 2018 e as que obtiveram o melhor grau de acessibilidade, no entanto é também possível afirmar que se este critério for estabelecido afetará praticamente 81 todas as instituições da amostra, visto que apenas uma pequena parcela ficou inalterada em suas posições. Não foi possível perceber uma relação entre as melhores classificadas segundo o IGC com as melhores qualificações segundo os resultados das análises do ASES. O IGC utiliza os instrumentos de avaliação do MEC, para estabelecer seus índices, sendo composto pelo ENADE, CPC e IDD. Segundo Griboski (2012), o Enade é uma avaliação educacional, que engloba em seus resultados características das instituições, dos cursos e do desenvolvimento e processo ensino- aprendizado consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN). É, também, utilizando os resultados do Enade que são compostos o CPC, IGC e as avaliações in loco via IAIE e IACG. E a partir dos resultados é possível ter uma avaliação de amplas características como especificado na seção 1.4. Índice Geral de Cursos, que aborda características dos índices e dos instrumentos de avaliação, que abarcando aspectos da cultura institucional das IFES Onde podemos conceituar cultura institucional enquanto um posicionamento da instituição, estando atrelado ao comportamento, costumes sociabilidade de seus atores componentes e demais características organizacionais, definidas por normas, legislações e, também, pela missão, visão, valores e função social da instituição, no caso, instituições de ensino. E segundo Franco, Morosini e Leite (1994) podemos conceituar cultura institucional como a “postura que a universidade manifesta através de discursos e/ou de ocorrências concretas, que expressam submissão e/ou reatividade e/ou antecipação às intervenções do Estado no estabelecimento de seus objetivos e procedimentos e/ou na realização de suas ações”. Definir que a partir disto para que sejam mudanças efetivas é necessário que sejam implementadas características que proporcionem às IFES ferramentas, conhecimento e normatização capaz de instrumentaliza-lo para o desenvolvimento de uma cultura institucional para a acessibilidade da informação digital. Em um segundo momento de coleta de dados foram produzidos três apêndices: 7.6 – Mapeando núcleos de acessibilidade e inclusão; 7.7 – Ações dos núcleos de acessibilidade e inclusão; e 7.8 – Normativas institucionais de Acessibilidade e Inclusão. A coleta foi realizada via internet, o primeiro passo foi pesquisar por frases: “Núcleo de acessibilidade e inclusão (Sigla da IFE)”; “Política de acessibilidade e inclusão (Sigla da IFE)”; “Política de acessibilidade e inclusão (Sigla da IFE) PDF”; “Política de acessibilidade e inclusão (Sigla da IFE) Doc”; “Setor de acessibilidade e inclusão (Sigla da IFE)”; “Coordenação de acessibilidade e inclusão (Sigla da IFE)”; “Diretoria de acessibilidade e 82 inclusão (Sigla da IFE)”; “acessibilidade e inclusão(Sigla da IFE)”; “acessibilidade (Sigla da IFE)”; e “inclusão (Sigla da IFE). Os termos foram pesquisados na sequência a qual estão dispostos no parágrafo acima, mantendo as aspas na pesquisa para que seja pesquisado o termo como escrito. Eles foram pesquisados, um a um, no intuito de obter todas as informações dos apêndices 7.6, 7.7 e 7.8. Nos casos os quais os dados não foram obtidos, via pesquisa em websites de buscas, o procedimento foi resgatar o endereço eletrônico oficial e dentro do próprio website foram pesquisadas com aspas os seguintes termos: “Núcleo de acessibilidade e inclusão”; “Núcleo de acessibilidade”; “Núcleo de inclusão”; “Política de acessibilidade e inclusão (Sigla da IFE)”; “Política de acessibilidade”; “Política de inclusão”; “acessibilidade e inclusão”; “acessibilidade”; e “inclusão”. Esta busca foi realizada especificamente nas informações disponibilizadas dentro do próprio website, o que reduz o banco de dados das informações a serem pesquisada, tornando- a mais simples, mesmo assim, não foi possível conseguir as informações pesquisada em algumas das instituições da amostra. Das quais foi possível coletar os contatos dos núcleos ou setores, foi realizado um telefonema, buscando orientação em como conseguir a informação, a política e/ou documentos que instituíram as de acessibilidade e inclusão na IFE. Em algumas instituições o contato telefônico não surtiu efeito, foi necessário enviar um email na busca de informações. Sendo o contato enviado para o endereço de email coletado no website da instituição, quando possuía endereço disponível. Na impossibilidade de escrever diretamente o email foi direcionado para o email cadastrado na instância superior do vínculo organizacional. E no caso de não ter sido possível entender o vínculo hierárquico, o email foi direcionado às Pró-reitoria de Ensino, Pró-Reitoria de Extensão, Pró-reitoria de Assistência Estudantil, ou pró-reitoria ou diretoria com função similar, localizada através dos organogramas disponíveis nos websites. Um ponto específico nos procedimentos de coleta foi o mapa de acessibilidade do website ou mapa do website. O mapa do website é um componente obrigatório que tem por finalizada instruir e orientar sobre os caminhos e fluxos da informação na página, a hierarquização, é fundamental para que tecnologias assistivas de leitura de tela consigam maior eficiência. A grande maioria apresentou a informação, o mesmo estava funcionando e condizente com as instruções e adequações propostas pelo eMAG, no entanto em algumas instituições esta página, estava fora do ar, ou seja, o endereço eletrônico, embora aponte para o 83 mapa, não remete o usuário para o conteúdo, apresentando a mensagem de que a página estava “fora do ar”. A cada termo pesquisado foram apresentados endereços eletrônicos os quais poderiam me encaminhar ou não para o website institucional do núcleo ou setor responsável pelas ações no órgão e em alguns casos não foi possível encontrar diretamente o endereço para pesquisar as informações. 84 3.1. AMOSTRA SEM QUALIFICAÇÃO VIA ASES Em algumas das IFES estudadas e analisada pelo software ASES, não foi possível a emissão do relatório de análise e simulação de acessibilidade, totalizando 19 instituições, que equivalem a 18% da amostra total da pesquisa. Deste grupo da amostra 12 IFES, foram tabeladas utilizando seus resultados válidos para obtermos um grau médio relativo, visto que o impedimento da análise é decorrente de dois tipos de erros que impediram a análise via ASES, o que não quer dizer que estas instituições mantenham seus websites inacessíveis. Tabela 06 – Média relativa das IFES que apresentaram parte dos resultados nulos via ASES Instituição Sigla Região UF Situação ASES Número de ocorrências Média Relativa Universidade Federal De Mato Grosso Do Sul UFMS Centro-oeste MS exception raised, check root cause for details: java.lang.NullPointer Exception 07 89,37 Universidade Federal Do Piauí UFPI Nordeste PI exception raised, check root cause for details: java.lang.NullPointer Exception 07 81,07 Universidade Federal De Santa Maria UFSM Sul RS exception raised, check root cause for details: java.lang.NullPointer Exception 06 90,07 Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Do Rio Grande Do Sul IFRS Sul RS exception raised, check root cause for details: java.lang.NullPointer Exception 09 81,09 Universidade Federal De São Paulo UNIFESP Sudeste SP exception raised, check root cause for details: java.lang.NullPointer Exception 07 81,09 Instituto Federal De Educação, IFB Centro-oeste DF exception raised, check root cause for details: 11 72,56 85 Ciência de Brasília java.lang.NullPointer Exception Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Do Amazonas IFAM Norte AM URL inválida 11 85,71 Universidade Federal Do Ceará UFC Nordeste CE URL inválida 06 88,15 Fundação Universidade Federal Da Grande Dourados UFGD Centro-oeste MS URL inválida 07 90,90 Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Do Pará IFPA Norte PA URL inválida 11 84,50 Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Do Paraná IFPR Sul PR URL inválida 07 86,16 Instituto Nacional De Educação De Surdos INES Sudeste RJ URL inválida 11 97,88 Universidade Federal De Roraima UFRR Norte RR URL inválida 07 82,48 Fonte: Autor, definida através da análise dos websites através do software ASES Em questões relativas, os índices alcançados por estas instituições ao serem enquadrados na escala de qualidade proposta pelo ASES. E caso mantivessem os resultados constantes e similares à média relativa, poderíamos constatar que uma instituição, o INES, se enquadraria com em alto nível de grau de acessibilidade, por obter média acima de 95%. E em nível médio de acessibilidade, ou seja, menor do que 95% e maior ou igual a 85%, teríamos cinco instituições: UFMS; UFSM; IFAM; UFC; UFGD; e IFPR. 86 Com isto temos que 5,2%, apenas uma IFE, se encontra em alto nível de acessibilidade e que 36,84% desta amostra encontram-se entre os níveis médio e alto grau de acessibilidade, o que demostram uma linearidade similar aos resultados da amostra total, dados a serem apresentados ao longo da discussão teórica. Deste grupo de 19 IFES, em 06 destas instituições, não foi possível emitir o relatório ASES por todo o período de estudo. Elas correspondem a um percentual de 5,8% da amostra total e por não serem analisados pelo software se tornou impossível obter a média absoluta, considerando todas as médias obtidas, ou a média relativa, na qual foram suprimidas as análises graduadas com zero, grau proposto quando não são emitidos resultados das simulações de acessibilidade realizadas. Tabela 07 – IFES com resultado nulo em todas as avaliações do estudo via ASES Instituição Sigla Região UF Situação ASES Número de ocorrências Média Relativa Fundação Universidade Federal Do Tocantins UFT Norte TO exception raised, check root cause for details: java.lang.NullP ointerException 12 0,00 Universidade Federal De Mato Grosso UFMT Centro- oeste MT exception raised, check root cause for details: java.lang.NullP ointerException 12 0,00 Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Do Maranhão IFMA Nordeste MA URL inválida 12 0,00 Universidade Federal De Viçosa UFV Sudeste MG URL inválida 12 0,00 Universidade Federal Do Pará UFPA Norte PA URL inválida 12 0,00 Instituto Federal De Educação Ciência E Tecnologia De Rondônia IFRO Norte RO URL inválida 12 0,00 Fonte: Autor, definida através da análise dos websites através do software ASES As seis instituiçõesque não têm nenhum dado referente às análises ASES, foram submetidas por quatro vezes, com repetição semanal, em outro meio de análise de 87 acessibilidade, através da URL de suas páginas eletrônicas oficiais, utilizando o website https://www.accessibilitychecker.org/#. Os resultados são apresentados em um relatório que indica seu status, que indica se o website está sujeito a sanções e processos por inacessibilidade, além de indicar como resolver os eventuais problemas encontrados na análise e simulação de acessibilidade. O score uma gradação em porcentagem e os results, na qual incluem critical issues (problemas críticos), passed audits (elementos aprovados) e o requerid manual audits (manual necessário para auditoria) e correção do código do website, uma metodologia muito similar ao software ASES. Os resultados foram compilados e apresentados em uma tabela, excluindo o último item, manuais para auditoria, visto que são regras não aplicadas no Brasil. Embora não seja direta e especificamente direcionado ao público brasileiro e/ou as determinações e recomendações específicas do eMAG, o mesmo tem em sua base os critérios dos Estados Unidos, Canadá, Comunidade Europeia, Alemanha, França, Reino Unido e Austrália e também a WACG 2.1 que é a referência brasileira. Após realizada as análises podemos constatar índices em quase todas as instituições, no entanto uma delas ainda apresenta resultado inconclusivo por não permitir ser analisado e simulado a critérios de acessibilidade, pelo ASES e pela accessibilitychecker. Em seus resultados foi apresentada a seguinte mensagem “Oops! Your scan failed! Accessibility Checker was unable to reliably load the page you requested. Make sure you are testing the correct URL and that the server is properly responding to all requests. (Status code: 403). Tradução: Ops! Sua verificação falhou! O verificador de acessibilidade não pôde carregar de forma confiável a página solicitada. Verifique se você está testando a URL correta e se o servidor está respondendo adequadamente a todas as solicitações. (Código de status: 403). O erro 403 significa uma proibição de acesso às informações do website, sendo um código de status HTTP, que restringe a usuários com login aprovado ou proibido a todos e segundo SIEGA (2015) Se o usuário logado não possuir direito de acesso à página solicitada, será redirecionado para a página de erro 403 (acesso negado), seguindo o padrão de códigos Hypertext Transfer Protocol (HTTP). Um detalhe interessante desse módulo é que, se ele entender que é necessário fazer login para acessar a página solicitada, ele armazena essa página em memória e assim que o usuário efetuar o login é redirecionado para essa página. (SIEGA, 2015. p.32) https://www.accessibilitychecker.org/ 88 Tabela 08 – Análises via accessibilitychecker das IFES sem resultado ASES Instituição Indicação Avaliações via https://www.accessibilitychecker.org/# Fundação Universidade Federal Do Tocantins Status: Scores: Problemas críticos: Elementos aprovados: Not compliant 45% 6 itens, 22% 21 itens, 78% Not compliant 45% 6 itens, 22% 21 itens, 78% Not compliant 45% 6 itens, 22% 21 itens, 78% Status code: 403 Universidade Federal De Mato Grosso Status: Scores: Problemas críticos: Elementos aprovados: Not compliant 42% 7 itens, 29% 17 itens, 71% Not compliant 42% 7 itens, 29% 17 itens, 71% Not compliant 42% 7 itens, 29% 17 itens, 71% Not compliant 42% 7 itens, 29% 17 itens, 71% Instituto Federal De Educação, Ciência e Tecnologia Do Maranhão Status: Scores: Problemas críticos: Elementos aprovados: Status code: 403 Status code: 403 Status code: 403 Status code: 403 Universidade Federal De Viçosa Status: Scores: Problemas críticos: Elementos aprovados: Not compliant 46% 6 itens, 24% 19 itens, 76% Not compliant 43% 7 itens, 26% 20 itens, 74% Not compliant 46% 6 itens, 24% 19 itens, 76% Not compliant 45% 6 itens, 22% 21 itens, 78% Universidade Federal Do Pará Status: Scores: Problemas críticos: Elementos aprovados: Not compliant 54% 5 itens, 25% 15 itens, 75% Not compliant 54% 5 itens, 25% 15 itens, 75% Not compliant 54% 6 itens, 30% 14 itens, 70% Not compliant 54% 6 itens, 30% 14 itens, 70% Instituto Federal De Educação Ciência e Tecnologia De Rondônia Status: Scores: Problemas críticos: Elementos aprovados: Not compliant 53% 4 itens, 22% 14 itens, 78% Not compliant 53% 4 itens, 22% 14 itens, 78% Not compliant 53% 4 itens, 22% 14 itens, 78% Not compliant 53% 4 itens, 22% 14 itens, 78% Fonte: Autor, definida através da análise dos websites através do software ASES Com os resultados desta segunda forma de análise, via Acessibility Checker, foi possível observar que as IFES deste recorte da amostra, que não obtiveram resultados na análise ASES, continuaram apresentando resultados abaixo do esperado para um serviço público de qualidade, embora as bases sejam as mesmas que o ASES, não foi construída uma análise de equivalência, visto que o grupo é uma parte muito pequena da amostra total. Esta análise, assim como apontado no início desta seção, é uma forma de obter analises mínimas sobre este grupo de 06 IFES, que correspondem à 0,0582524274, ou seja aproximadamente 5,8% da amostra total analisada pela pesquisa. 89 4. PROJETO DE ACESSIBILIDADE DA INFORMAÇÃO – PAI: produto técnico- científico Nesta seção da pesquisa abordo aspectos sobre o Projeto de Acessibilidade Informacional (PAI) e os eventuais benefícios provenientes da aplicação nas instituições. O PPGCI, programa base do PAI, está estruturado visando o âmbito público federal no Poder Executivo, no entanto sua construção abre precedentes para uma atualização e adaptação para as necessidades institucionais em outras instâncias, esferas e poderes. No PAI, a instituição obterá uma orientação de melhores práticas de como instrumentalizar e institucionalizar ações de adequação da informação digital aos parâmetros de acessibilidade do eMAG. Ele foi pensado, produzido e direcionado para Instituições Federais de Ensino Superior, assim como a amostra estudada. Considerando normativas e demais atos administrativos ligados à informação digital, acessibilidade e inclusão, além de estar apoiado, também, nos métodos de avaliação utilizados pelo Ministério da Educação para garantir que as IFES mantenham bons níveis na prestação de serviços educacionais. Se implementado de forma correta, espera-se que consigamos mais do que apenas uma adequação da informação disponibilizada nos websites. A implementação do PAI, possibilitará interferir diretamente na cultura institucional através de três ações: ação normativa, ação de instrução e a ação instrumentalização da IFE. O retorno para a instituição e para a população em geral, poderão ser observadas e avaliados através do estudo de seus benefícios, classificados como Benefícios Não Financeiros (BNF). Embora não possam ser mensurados por impacto financeiro, podem ser percebidos através dos impactos à gestão pública, ao website diretamente e, também, ao processo de usabilidade, no qual por diminuir barreiras de comunicação e informação, será mais fluida e em melhores níveis para o usuário que utilizará o website. Além do retorno, por apresentar impactos diretos na Política de Dados Abertos, é possível incluir a ação no Plano de Dados Abertos da instituição, mais um incentivo para a adesão e implementação. Em questões internacionais o PAI, atinge também o objetivo 16.6 da Agenda 2030 que traçou um plano mundial composto por 17 metas com o objetivo de proporcionar um desenvolvimento mais sustentável até o ano de 2030. 90 4.1.RESULTADOS E EXEMPLO DE INADEQUAÇÃO IMPEDINDO ACESSO À INFORMAÇÃO PÚBLICA Como abordado no capítulo 3. Metodologia, a amostra pesquisada apresentou resultados que comprovam a hipótese de que as IFES não apresentariam altos níveis de adequação, segundo a escala estabelecida pelo ASES. E como resultante das inadequações às recomendações do eMAG surgem barreiras informacionais ou impedimentos de acesso à informação. E na análise dos resultados se observou a qualificação de cada instituição, expondo grau de acessibilidade da informação digital no website. No apêndice 7.3, Tabela 17 – Comparativo entre as ordenações do IGC e ASES das IFES, foi possível perceber que apenas duas das instituições estudadas mantiveram sua posição no ranking, ou seja, 98,06% da amostra mudou de posição o que atinge praticamente todas as instituições, o que refletiria diretamente no IGC caso os websites fossem um item de avaliação, assim como proposto. E das 103 IFES, um total de 56 instituições obtiveram uma posição abaixo da que estavam quando analisados apenas pelo IGC e um total de 45 instituições obtiveram posições melhores do que estavam. Das 26 instituições classificadas como as melhores segundo o IGC e que representam aproximadamente ¼ da amostra, apenas 04 delas apresentaram posições melhores no comparativo, todas as demais pioraram sua classificação. Deste grupo específico a pior posição ficou com o IFRS (21º segundo o IGC e 89º segundo ranking ASES) e a que obteve a maior redução foi a UFV (4º segundo o IGC e 85º segundo ranking ASES) e a que oscilou em menor diferença foi a UFRRJ (17º segundo o IGC e 28º segundo ranking ASES). E neste primeiro ¼ da amostra as IFES que melhoraram seu posicionamento foram: UNIRIO (26º segundo o IGC e 12º segundo ranking ASES); UFJF (19º segundo o IGC e 11º segundo ranking ASES); UTFPR (18º segundo o IGC e 14º segundo ranking ASES); e UNILAB (14º segundo o IGC e 2º segundo ranking ASES). E o primeiro lugar dentre todas as instituições estudadas ficou com a UFRB (76º segundo o IGC e 1º segundo ranking ASES). Analisando o comparativo entre a Faixa IGC e o Nível ASES, 27 instituições que mantiveram o mesmo nível, o que corresponde a cerca de 26,21% da amostra total. Dentre estas, 18 delas mantiveram o índice 4, ou seja, além de estarem no nível IGC 4 também apresentam Grau de acessibilidade maior ou igual a 85% e menores do que 95%, estando na faixa de Médio grau de acessibilidade segundo as análises realizadas via software ASES. E 9 delas se mantiveram no nível Baixo de acessibilidade, ou seja, obtiveram grau igual ou superior a 70%, mas abaixo de 85%. 91 No Apêndice 7.6, foram levantadas informações sobre os Núcleos de acessibilidade ou setores equivalentes, além de projetos em desenvolvimento. As informações foram buscadas nos websites, considerando a página do núcleo ou setor, no qual o usuário tem acesso às informações, conteúdos e serviços oferecidos. Os dados coletados e compilados pelo O Apêndice 7.7, comprovam que a cultura de inclusão e diversidade é uma realidade em todas as instituições abordadas pela pesquisa. No que tange ações voltadas para a acessibilidade, foi possível perceber que dentre seus oito espectros componentes que tratando-se de aspectos digitais, ainda não são apresentadas ações direcionadas à manutenção da acessibilidade da informação disponibilizada em seus websites. E apenas duas instituições informaram ações direcionadas à informação digital. Sendo a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) “Disponibilização do Site da UFFS em formato acessível” e na UNIFESP, pontualmente nas atribuições dispostas na página do NAI - São José dos Campos, “Encaminhamentos para criação de estrutura administrativa do NAI: página no portal do ICT, redes sociais, SEI, e-mail; Eventos com fins à visibilidade das questões de acessibilidade e inclusão/direitos das pessoas com deficiência”. Sobre o Apêndice 7.8, foi possível perceber que das 103 IFES, apenas quatro IFES citam ou embasam suas normativas de inclusão e acessibilidade, a Portaria nº 3, de 7 de maio de 2007, que institucionaliza o Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico - e-MAG no âmbito do Sistema de Administração dos Recursos de Informação e Informática - SISP. Sendo elas a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRO); Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (IFES); e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense (IFFluminense). E em nenhum dos documentos há menção sobre a Portaria nº 23, de 4 de abril de 2019, que dispõe sobre diretrizes, competências e condições para adesão à Rede Nacional de Governo Digital, nos textos dos atos de institucionalização desta política. Os resultados também comprovaram que os Núcleos de acessibilidade existem e tem uma expansão regional condizente com as estruturas das instituições. E comparando os Institutos Federais de Educação e as Universidades Federais, foi possível perceber que nos Institutos a quantidade de núcleos é superior, normalmente estabelecidos com uma coordenação de núcleo dentro da sede e organograma da Reitoria e com setores em cada um de seus campi, proporcionando maior regionalização e representatividade local. Em nenhum caso pesquisado foi possível apontar que a instituição não tenha ações de acessibilidade e inclusão, todas as instituições estão representadas de alguma forma, buscando 92 implementar ações da temática. O que demonstra que além de ser uma cultura interna também é possível entender como uma cultura de acessibilidade interinstitucional, cada um com sua expressividade local, mas todos em prol de um único objetivo comum, disseminar a cultura da acessibilidade e inclusão em suas instituições e comunidades. Além disto, ao analisarmos a Cultura de Acessibilidade das IFES foi possível entender sua existência como sólida, no entanto, através dos resultados das análises ASES e dados sobre os Núcleos de Acessibilidade e Inclusão, foi possível constatar que dentre os espectros que compõem a Acessibilidade os pontos fracos encontram-se nos espectros da acessibilidade digital e da acessibilidade comunicacional, segundo as referências do SINAES (MEC, p.149, 2013c), quanto aos 08 espectros componentes da acessibilidade. É de senso comum e, pode-se dizer matematicamente falando, que o índice de 95%, pode ser considerado muito alto, chegando à excelência dos 100%, o que aparentemente parece não ter uma influência tão alta, no entanto a complexidade de um código-fonte e sua precisão são fundamentais para seu funcionamento, qualquer erro na linguagem de programação pode afetar o funcionamento ou até mesmo impedir que funcione, o que os convido a refletir sobre as faixas de escala do ASES. Embora o alto nível possa parecer uma nota muito alta, é preciso entender que um simples caractere pode impedir o acesso à informação pública. Como exemplo, apresento o website do Portal Brasileiro de Dados Abertos . O portal tem como finalidade a divulgação de dos dados publicados pelo governo, local e federal, além de realizar pesquisas, desenvolvimento de aplicativos e também trabalha na inovação pública de serviços, segundo o texto da página. Ao pesquisar e testar o manualmente alguns pontos do website, foi possível perceber que justamente o acesso às informações sobre a acessibilidade da página estava inacessível. No caso, quando programado de forma correta no código-fonte, o hiperlink [ACESSIBILIDADE], transporta o usuário para informações sobre acessibilidade. Por conta disto, no do dia 05 de outubro de 2023 comecei a monitorar esta situação, a qual foi finalizada em 18 de janeiro de 2024. Assim como a garantia do direito fundamental de acesso à informação, as prerrogativas de qualidade de prestação de serviçospúblicos federais e os dispositivos de garantia da participação, proteção e defesa dos direitos do usuário dos serviços públicos da administração pública, Lei 13.460 de 26 de junho de 2017, além de colaborar na definição da Estratégia Nacional de Governo Digital, prevista na Lei nº 14.129, de 29 de março de 2021 (Lei do Governo Digital). https://dados.gov.br/home 93 A adequação dos portais públicos para as recomendações de acessibilidade pode ser o fator determinante para a garantia de acesso à informação de forma plena, pequenas inadequações podem resultar em barreiras de comunicação ou até mesmo a exclusão total do usuário no consumo daquela informação. Observe este exemplo de que uma mínima inadequação no código pode excluir o usuário do direito fundamental de acesso à informação Partindo da figura 4, página inicial do Portal Brasileiro de dados abertos, endereço eletrônico https://dados.gov.br/home. No canto direito superior existe a funcionalidade [Acessibilidade], ela deve constar em todos os sítios eletrônicos federais brasileiros, seguindo o padrão de governo eletrônico de sítios. Figura 04 – Página inicial do Portal Brasileiro de dados aberto Fonte: Imagem do primeiro dia de monitoramento realizado pelo autor Ao clicar na funcionalidade Acessibilidade o usuário seria direcionado para uma página onde o conteúdo é pensado para a condução do usuário deficiente visual, dando acesso a informação de como o sítio eletrônico pode ser navegado pelo periférico teclado, trazendo informações como estas colhidas da mesma funcionalidade no endereço da página no portal do Governo Digital, através do endereço eletrônico: https://www.gov.br/governodigital/pt- br/acessibilidade-digital. Neste endereço, da função acessibilidade do Governo Digital, temos as seguintes informações ao usuário sobre a conceituação de acessibilidade digital e as vantagens e os benefícios da adoção e adequação dos critérios de acessibilidade digital. Além destas https://dados.gov.br/home https://www.gov.br/governodigital/pt-br/acessibilidade-digital https://www.gov.br/governodigital/pt-br/acessibilidade-digital 94 informações estão disponíveis os hiperlinks para acessar o Modelo de Acessibilidade; Ferramentas; Padrões Web em Governo Eletrônico; Referências e Modelos de Implementação; e Material de apoio. Observando a mesma funcionalidade na página do Portal Brasileiros de Dados Abertos, ao acioná-la, o usuário não é remetido para tais informações ou similares, conduzindo-os para uma página que aponta não existência da informação, sendo um fator excludente para todos os usuários, sendo ou não PCD. A partir da figura 05 podemos perceber a inexistência de informações sobre acessibilidade, bem como apontar que a funcionalidade não enviou o usuário para onde ele deveria ter sido direcionado. Figura 05 – Página Acessibilidade do Portal Brasileiro de Dados Abertos Fonte: Imagem do primeiro dia de monitoramento realizado pelo autor Em uma análise mais atenta do endereço é observado a existência de um parêntese no sinal do endereço eletrônico: https://www.gov.br/governodigital/pt-br/acessibilidade-digital). Assim como apresentado no código de programação copiado da página: Acessibilidade. Esta e outras intercorrências no código-fonte podem e devem ser evitadas, garantindo assim, a universalidade de acesso e a eliminação de ruídos e barreiras de comunicação, sendo dever do Estado pontuado pela pesquisa. https://www.gov.br/governodigital/pt-br/acessibilidade-digital https://www.gov.br/governodigital/pt-br/acessibilidade-digital) https://www.gov.br/governodigital/pt-br/acessibilidade-digital) 95 O que nos leva ao objetivo 4 – Propor ação intervencionista de melhorias, materializado no PPGCI, partindo do projeto piloto PAI, pretende instrumentalizar as IFES, como exposto na seção 1.5. Programa público de gestão da cultura da informação, o qual abordou a estrutura em três focos de atuação que garantam e fomentem à instituição para introduzir uma cultura institucional de acessibilidade da informação digital. E aplicando o PAI, projeto já estruturado para a organização administrativa e funcional da IFES, será possível instrumentalizar os procedimentos de inovação institucional. 96 4.2. PROJETO DE ACESSIBILIDADE INFORMACIONAL - PAI O produto tecnológico desenvolvido como finalístico desta pesquisa foi um Programa de Gestão Pública com o objetivo de instrumentalizar e direcionar ações institucionais capazes de iniciar a mudança na cultura organizacional quanto construção de websites acessíveis e um incentivador de uma cultura organizacional pela acessibilidade e inclusão. Um programa de estrutura replicável e adaptável, no âmbito do Poder Executivo Nacional, utilizando como universo de proposição as Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), em um total de 103 instituições. O Projeto de Acessibilidade Informacional (PAI), estrutura-se em três focos (uma ação normativa, uma de instrução e uma ação de instrumentalização). O que metodologicamente possibilitariam a operacionalização e capacitação dos órgãos e instituições quanto à adequação da informação digital aos critérios legais de acessibilidade. 1.Ação Normativa: Nota Técnica direcionada ao MEC sugerindo a inclusão de um novo indicador de avaliação nos instrumentos de avaliação externa. Indicador 3.19 - Análise do Grau de Acessibilidade dos websites institucionais. Trata-se de uma mudança institucional, que reafirme ou garanta a implementação de mudanças, alguns órgãos já apresentam resoluções e portarias que indicam a necessidade de adequação do website aos parâmetros de acessibilidade estabelecidos pelo Governo no âmbito do Poder Executivo Nacional. Caso já exista, sugere-se uma análise de situação e se necessário, atualização dos atos. 2. Ação de Instrução: Ciclo de Aprendizagem Temática - Monitoramento e Adequação da Acessibilidade Informacional Pública – Total 280h. O Ciclo de Aprendizado Temático (CAT), caso aplicado garantiria um nicho de agentes públicos capacitados na temática, a discutindo em prol de melhorias institucionais. Para tal, foram estudadas as ementas e proposições de cursos gratuítos disponíveis na plataforma da Escola Nacional de Administração Pública (Enap), opção para garantir que a aplicação desta mudança e capacitação não gere custos adicionais para as IFES, os cursos da Enap, são gratúitos e podem ser realizados à distância. 3. Ação de Instrumentalização: Grupo de Trabalho e Rede de Conhecimento Acessível Grupos de Trabalhos (GT) no âmbito de cada uma das IFEs, e tais ações podem ser pensadas institucionalmente e podem buscar investimentos através do programa Incluir. Tendo como Metas iniciais: 1. Guia de adequação de acessibilidade informacional; 2. Guia de 97 avaliação da acessibilidade informacional; 3. Guia interno da comunicação digital acessível; 4. Guia de Produção de informação técnicas acessível em ambiente digital; e 5. Guia de Produção de informação acadêmica em suporte digital acessível e universal. 98 4.3. PAI NO CONTEXTO DAS IFES Neste ponto será explicada a proposta de aplicação do Projeto de Acessibilidade Informacional (PAI), já direcionando as ações para as IFES, tendo como receptor do ato normativo o MEC, visto a hierarquia das instituições. Antes de iniciarmos a aplicação de fato, fez-se preciso analisar outros dois indicadores já existentes, que por seu texto tem proximidades com a finalidade a ser proposta no novo indicador no entanto, não o comporta no texto. O primeiro ponto de ação, ato normativo, tem por função agir como um instrumentotambém preservar a função social do veículo de comunicação em massa, promovendo a equidade na navegação em ambiente virtual, sendo a acessibilidade da informação característica imprescindível para a garantia do direito fundamental de acesso à informação pública garantido pela Lei 12. 527 de 18 de novembro de 2011 (Lei de acesso à informação - LAI). A hipótese levantada na pesquisa é que os websites públicos federais não apresentam altos níveis, em referência ao grau de acessibilidade, ou seja, os códigos-fontes estão em desacordo com as recomendações do Modelo de acessibilidade em governo eletrônico (eMAG). Os graus alcançados, abaixo de alto nível, representam inadequações na programação, que podem ocasionar dificuldades de usabilidade e navegabilidade nos portais, até mesmo impossibilitando o acesso à informação. O eMAG é um conjunto de 45 recomendações, subdividido em seis seções que agrupam as necessidades de implementação e adequação do código-fonte. Foi adotado pelo Governo Federal pela Portaria nº 3, de 7 de maio de 2007, no âmbito do Sistema de Administração dos Recursos de Informação e Informática – SISP, tornando sua observância obrigatória nos websites do governo brasileiro. O objetivo geral desta pesquisa foi o de apresentar um projeto público intervencionista, com foco em normatizar e instrumentalizar a estrutura administrativa e na capacitação do capital humano do órgão. Para a promoção e desenvolvimento da cultura institucional para a acessibilidade da informação digital. A intervenção foi nomeada de Projeto de Acessibilidade da Informação (PAI), um projeto idealizado para IFES com foco na mudança da cultura institucional possibilitando melhorias na acessibilidade da informação digital, dividido em pontos, atos normativos, ação de instrumentalização e de instrução. 10 Para colaborar com o objetivo geral foi necessário o desenvolvimento de objetivos específicos que garantiriam que a confirmação da hipótese e a eventual demanda por melhorias, sendo eles: (objetivo 1) Avaliar e Simular a acessibilidade dos websites das IFES no período de doze meses, compreendidos entre junho de 2021 a maio de 2022. Para entender o comportamento dos websites institucionais quanto à acessibilidade; (objetivo 2) construir um ranking das IFES identificando o posicionamento através do Índice Geral de Cursos (IGC) de 2018, atualizado em 2020; (objetivo 3) analisar os dados e informações coletadas através do ASES; e (objetivo 4) propor ação intervencionista de melhorias direcionada à amostra. Na impossibilidade de analisar todos os websites do poder executivo, optou-se pelo universo das instituições de ensino superior, por terem representatividade numérica e regionalidade, sendo possível alcançar uma amostra significativa. Como base de dados inicial, a amostra foi retirada do IGC, um conjunto de indicadores de qualidade utilizado pelo Ministério da Educação para avaliar cursos e instituições que atuam em território nacional. A amostra estudada tem um total de 103 Instituições Federais de Ensino (IFES), excluindo assim, instituições privadas e estaduais, não incluídas no âmbito do executivo federal, arcabouço legal no qual a pesquisa foi elaborada. No desenvolvimento do objetivo 01, a amostra teve suas páginas iniciais de seus websites institucionais analisadas por um período de 12 meses utilizando o Avaliador e Simulador de Acessibilidade em Sítios – ASES, software público de certificação de código- fonte baseado nos parâmetros estabelecidos pelo eMAG. O ASES detecta erros e inadequações na programação, indicando onde e como o problema pode ser solucionado, tendo seus resultados expostos em um relatório, com hiperlinks de acesso em cada uma das inadequações e graduando a análise através de níveis de acessibilidade, onde apenas os resultados com grau em alto nível, acima de 95% de adequação, garantiria uma navegação universal e inclusiva sem barreiras ou impedimentos de acesso. Após a análise e simulação dos websites públicos federais, representados pela amostra, foi possível comprovar que a quase totalidade não está em alto nível de adequação às recomendações do eMAG, segundo escala adotada no ASES, não garantindo um acesso universal e inclusivo, indo em desencontro ao direito fundamental de acesso à informação. A informação pública é resguardada pelo dever constitucional de conservação, preservação e garantias de manutenção de sua integridade, garantindo o seu acesso por todo e qualquer cidadão, assim como apontam Regly e De Souza (2022) ao afirmarem que “a disponibilização desses dados torna os cidadãos mais próximos das ações do governo, 11 possibilita a fiscalização da administração pública e, consequentemente, promove melhoria na qualidade da prestação de serviços públicos.” E no que tange a acessibilidade informacional baseados nas definições de níveis do ASES, o princípio da eficiência pública estaria sendo contemplado apenas nos casos os quais o grau de acessibilidade está igual ou superior a 95%, assim sendo podemos através da tabela que quantifica as IFES e a dispersão dos valores encontrados nas análises das instituições em cada um dos níveis de acessibilidade do ASES. Tabela 01 - Quantificação das IFES através dos Níveis de acessibilidade ASES Nível ASES de Acessibilidade Alto (X ≥ 95%) Médio (95%70%) Baixíssimo (70%≥X) Total Junho 2021 4 63 13 23 103 Julho 2021 3 61 14 25 103 Agosto 2021 4 65 14 20 103 Setembro 2021 4 65 14 20 103 Outubro 2021 4 59 15 25 103 Novembro 2021 3 64 12 24 103 Dezembro 2021 4 57 15 27 103 Janeiro 2022 5 62 15 21 103 Fevereiro 2022 5 60 16 22 103 Março 2022 4 59 16 24 103 Abril 2022 3 62 15 23 103 Maio 2022 3 63 15 22 103 Total 46 740 174 276 1236 Fonte: Elaborada pelo autor. Ou seja, apenas uma pequena parcela dos websites pesquisados apresentou níveis condizentes e aceitáveis para que possamos afirmar que o serviço público de informação ofertado nos websites das IFES analisadas, possa ser considerado um serviço eficiente, visto a inadequação aos critérios de acessibilidade do Modelo de Gestão em Governo Eletrônico Tendo como valor máximo e mínimo estatisticamente iguais, visto a variação mínima entre eles, os resultados apresentados e discutidos aqui, confirmam minha a primeira projeção de cenário sobre o comportamento da amostra. Os dados acima comprovam o baixo quantitativo de instituições no grupo de IFES que apresenta Alto Nível de Acessibilidade em seus websites, nas quais a informação disponibilizada em seus websites, apresentavam qualidade da informação e depreciação mínima ou nula, visto o alto grau alcançado. 12 No desenvolvimento do objetivo 02, foram utilizados os dados do IGC e os dados obtidos no objetivo 01, sendo necessário para embasamento da Nota Técnica a ser enviada ao MEC, parte normativa do PAI. O IGC segundo De Moraes (2022) é: o Índice Geral do Curso (IGC) avalia a qualidade da instituição de ensino superior. Sua nota é resultado de uma média ponderada entre os CPC’s (que, como dito anteriormente, engloba o ENADE e IDD) de todos os cursos de graduação daquela instituição em conjunto com as avaliações da CAPES sobre os cursos de pós- graduação stricto sensu e também leva em consideração a distribuição dos estudantes entre os diferentes níveis de ensino, graduação ou pós-graduação stricto sensu. Por ser o mais completo entre os três indicadores no quesito de avaliação de instituição, o IGC é a nota que representa o MEC. (DE MORAES. 2022. p.3) A partir do objetivo 3, os dados coletados foram analisados, comprovando a hipótese, já que apenas três dentre as 103 instituições analisadas apresentaram resultados de alto nível de acessibilidade, segundo a escala do ASES, o que representa apenas 2,91% da amostra. Estando quase a totalidade da amostra em desacordovertical de decisão que aponta algo a ser feito na instituição e de caráter educativo garantido pela já obrigatoriedade legal de manter os websites acessíveis, através de normas e legislações, ação mais bem elucidada ao longo do texto e estruturados na SInf 03 - Nota Técnica. As ações aqui propostas, em suma, são estratégias já conhecidas, o grande diferencial baseada na junção de todas elas em uma sequência lógica. No entanto cada ação tem sua determinação administrativa no PAI, pensada e elaborada para o público-alvo, ou seja, o formato é replicável, mas o conteúdo embora seja similar, não poderá ser totalmente utilizado visto as peculiaridades de cada possível instituição a qual o PAI possa ser implementada. Uma ação modelo sobre acessibilidade foi produzida pela Prefeitura da cidade de São Paulo, a atual Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida – SMPED, criada pela Lei nº 14.659, de 26 de dezembro de 2007, atualizada pelo decreto nº 49.798, de 22 de julho de 2008, que alterou a antiga Secretaria Especial da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, criada em abril de 2005 pelo decreto 45.811, que estabeleceu a primeira secretaria nesta temática no âmbito nacional. Hoje suas ações têm um alcance longo e diversificado, comtemplando serviços de: Saúde; Educação; Trabalho; Transporte e Mobilidade; Acessibilidade; Assistência e Prevenção Social; Isenção de Tributos; Segurança; Participação na Vida Pública e Política; e Acesso à Justiça. A SMPED também acumula ações de cunho educativo e informativo, com cursos e palestras, programas de estágio para PCD e assistência de intérpretes para órgãos no âmbito da cidade de São Paulo/SP. Sua estrutura também implementou dois programas de avaliação, nomeados como Selo de Acessibilidade Digital e o Selo de Acessibilidade Arquitetônica. Todas as ações estudadas e analisadas nesta secretaria são apoiadas por seus valores, pautados no direito e respeito à diversidade humana. As atividades garantem ao PCD uma rede de apoio para quando, e se ele precisar, indo além da questão da informação acessível, por ser uma secretaria instituída legalmente, por missão, visão e valores. 99 O diferencial aqui é o foco da ação, o PAI é pontuado para estudar o código-fonte, o que está por traz do conteúdo disponibilizado nos websites e como o órgão ou instituição poderá se instrumentalizar para conseguir construir uma cultura organizacional de acessibilidade informacional, em suma, uma solução inovadora de gestão pública para resolver o baixo nível de acessibilidade da informação disponível no website da instituição. Entende-se como Nota Técnica, ou seja, um documento técnico e/ou cientificamente, contextualizado e referente a serviço, item, ou ato institucional. Ao proponente de uma Nota Técnica espera-se um documento formal, que seja capaz de expor de forma simples e objetiva, uma arguição fundamentada técnica, metodológica e/ou academicamente. Através de uma Nota Técnica é possível elucidar a uma instituição uma falha, um ponto de melhoria ou uma avaliação de resultados, o produto aqui desenvolvido abarca em seu propósito a indicação de melhorias no Instrumento de Avaliação Institucional Externa (IAIE) e no Instrumento de Avaliação de Curso de Graduação (IACG) do Ministério da Educação (MEC), no que tange aos itens que abordam acessibilidade. Propondo a inclusão da análise dos websites como um aspecto de acessibilidade informacional relevante, hoje um nó crítico entre a efetivação do direito e a análise reguladora através dos instrumentos de avaliação. Sua função no âmbito de um órgão regulador é baseada na avaliação das atividades da instituição, no caso, a informação disponibilizada em websites, e através de uma Nota Técnica de caráter indicativo com fundamentação teórico e técnica, na proposição de inclusão do novo indicador. E através de uma análise contextualizada, historicamente fundamentada e constituída de uma análise objetiva e impessoal, em conformidade com o propósito final dos instrumentos avaliativos, a melhoria contínua das IFES na temática acessibilidade, é um direito, e para tal o Estado necessita investir na adequação da estrutura, veículos de comunicação e na disponibilização da informação pública. As determinações da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, norteiam que o direito legal de acesso à informação seja conferido a todos e assim entendendo que “a adequação e respeito às recomendações do eMAG, representam um conjunto de ações voltadas para a construção técnica, desenvolvedores dos websites e páginas, e de cunho informativo, visando os usuários” (FERREIRA, 2016). Os resultados gerados podem servir como subsídio para a ampla discussão acerca do tema, garantindo que resguardem e reafirmem o comprometimento da sociedade e do Estado na garantia primordial e igualitária de direito à informação. Destaca-se ainda que os estudos de avaliação da implantação e efetivação das recomendações do eMAG ainda são bastante incipientes e pouco institucionalizados pelos gestores das IFES. 100 No que se refere à produção científica nacional utilizando como base de análise o eMAG, verifica-se que esta é bastante escassa, o que representa uma lacuna na produção do conhecimento. Além disso, a realização deste estudo poderá fornecer uma inovação metodológica para a avaliação da acessibilidade informacional, uma vez que se propõe a investigar esse fenômeno complexo por meio de uma articulação dos resultados. Através da análise do cumprimento das recomendações do Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico (eMAG) sendo possível estabelecer inicialmente um ranking de acessibilidade o qual de maneira específica instrumentalize a construção de um modelo de procedimento e de processos contínuos de análise das informações e dados disponibilizados, em síntese, esta pesquisa se justifica pela necessidade de análise e monitoramento contínuo da efetiva adequação dos websites das IFES às recomendações do eMAG, corroborado pelos instrumentos de avaliação de instituições e cursos de graduação do MEC. Contribuindo assim, na tomada de decisões e investimentos em programas institucionais de acessibilidade, para a promoção do direito de acesso e eventuais melhorias das ferramentas e elementos de acessibilidade informacional que garantam ao PCD inclusão social e cidadania plena de forma autônoma, garantindo assim o reestabelecimento de parâmetros condizentes com os Princípios Fundamentais da Administração Pública. A Nota Tecnica é um documento produzido para determinado fim ou tema, no qual o autor ou conjunto de autores fará observações de caráter técnico especializado, quando o autor julgar necessário produzir. No ambiente público, é comumente utilizada e embora existam manuais de documentação oficial, não há um modelo de Nota Técnica única no âmbito do Executivo, no entanto seu conteúdo é baseado na finalidade do ato. Da Nota Técnica emitida por agente público, espera-se argumentação lógica, dados comprobatórios, conhecimento técnico especializado sobre o tema proposto e fundamentação legal na construção deste documento, assim sendo a Nota Técnica será redigida como um apêndice, Sinf 03 – NOTA TÉCNICA Nº 001 / 2023 / PPHPBC / CPDOC / FGV. Em seu conteúdo uma consfrução lógica indicando a inclusão de um novo indicador de avaliação nos instrumentos externos do MEC. O indicador 5.17 do IAIE, está inserido no Eixo 5 – Infraestrutura e aborda aspectos que circundam nosso interesse de pesquisa, a iniciar pela informação e comunicação como o alvo dos recursos tecnológicos a serem avaliados, no entanto, não especifica a informação digital como foco da análise, tão pouco apresenta especificações que busquem mensurar a acessibilidade informacional, deixando esta vinculação necessáriamente por uma decisão 101 institucional, ao seralvo, ou não, de ateção administrativa determinada através do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI). Esta abertura não garante que os websites sejam alvos de análise por parte dos avaliadores, mesmo por que não há orientação clara e direta para que seja realizada alguma verificação do grau de acessibilidade do website institucional. Tabela 09 - Indicador 5.17 recursos de tecnologias de informação e comunicação, IAIE. Conceito Critério de ANÁLISE 1 Os recursos de tecnologias de informação e comunicação não asseguram a execução do PDI. 2 Os recursos de tecnologias de informação e comunicação asseguram a execução do PDI, mas não viabilizam as ações acadêmico-administrativas ou não garantem a acessibilidade comunicacional. 3 Os recursos de tecnologias de informação e comunicação asseguram a execução do PDI, viabilizam as ações acadêmico-administrativas e garantem a acessibilidade comunicacional. 4 Os recursos de tecnologias de informação e comunicação asseguram a execução do PDI, viabilizam as ações acadêmico-administrativas, garantem a acessibilidade comunicacional e permitem a interatividade entre os membros da comunidade acadêmica. 5 Os recursos de tecnologias de informação e comunicação asseguram a execução do PDI, viabilizam as ações acadêmico-administrativas, garantem a acessibilidade comunicacional, permitem a interatividade entre os membros da comunidade acadêmica e apresentam soluções tecnológicas comprovadamente inovadoras. Fonte: BRASIL, 2017a, p.33. Outro indicador que aponta proximidade temática é o Indicador 3.5 do IACG, alocado na Dimensão 3, Infraestrutura, ele aborta tecnologias de hardware e software atualizados, o que pode incluir tecnologias assisttivas disponíveis para os alunos, no entanto como o título e no texto do indicador apontam o ambiente físico como sendo o foco da análise, ou seja, laboratórios de informática, não incluindo na avaliação o grau de acessibilidade dos websites institucionais. 102 Tabela 10 – Dimensão 3: Infraestrutura. Indicador 3.5 - Acesso dos alunos a equipamentos de informática, IACG. CONCEITO CRITÉRIO DE ANÁLISE 1 O laboratório de informática, ou outro meio de acesso a equipamentos de informática pelos discentes, não atende às necessidades institucionais e do curso. 2 O laboratório de informática, ou outro meio de acesso a equipamentos de informática pelos discentes, atende às necessidades institucionais e do curso, mas não em relação à disponibilidade de equipamentos, ao conforto, à estabilidade e velocidade de acesso à internet, à rede sem fio ou à adequação do espaço físico. 3 O laboratório de informática, ou outro meio de acesso a equipamentos de informática pelos discentes, atende às necessidades institucionais e do curso em relação à disponibilidade de equipamentos, ao conforto, à estabilidade e velocidade de acesso à internet, à rede sem fio e à adequação do espaço físico. 4 O laboratório de informática, ou outro meio de acesso a equipamentos de informática pelos discentes, atende às necessidades institucionais e do curso em relação à disponibilidade de equipamentos, ao conforto, à estabilidade e velocidade de acesso à internet, à rede sem fio e à adequação do espaço físico, e possui hardware e software atualizados. 5 O laboratório de informática, ou outro meio de acesso a equipamentos de informática pelos discentes, atende às necessidades institucionais e do curso em relação à disponibilidade de equipamentos, ao conforto, à estabilidade e velocidade de acesso à internet, à rede sem fio e à adequação do espaço físico, possui hardware e software atualizados e passa por avaliação periódica de sua adequação, qualidade e pertinência. Fonte: BRASIL, 2017b, p.33. Assim proponho o seguinte texto para a proposição do indicador de avaliação do grau de acessibilidade dos websites institucionais e dos cursos, bem como sugestão de alocação do mesmo seguindo a estruturação e lógica proposta pelos dois instrumentos, assim proponho a inclusão do Indicador s/n - Análise do Grau de Acessibilidade dos websites institucionais. Sendo incluso como o indicador 5.19 – Eixo 5 – Infraestrutura no IAIE e e Indicador 3.19 IACG, a ser incluso na Dimensão 3 – Infraestrutura no IACG. A construção, porém, seguirá os níveis de grau de acessibilidade já estabelecidos pelo ASES, sendo um total de 4 níveis, logo 4 conceitos possíveis de serem alcançados. Tabela 11 - Indicador s/n - Análise do Grau de Acessibilidade dos websites institucionais. Conceito Critério de análise 1 O website não atende aos critérios mínimos de adequação a acessibilidade informacional estabelecidos pelo eMAG - Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico. Obtendo média igual ou menor a 70% de adequação – Baixíssimo Grau 103 de acessibilidade, via Relatório emitido pelo Avaliador e Simulador de Acessibilidade em Sítios – ASES. 2 O website não atende parcialmente aos critérios mínimos de adequação a acessibilidade informacional estabelecidos pelo eMAG - Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico, no entanto sua média de análises é considerada de Baixo grau de acessibilidade. Obtendo média maior a 70% e menor que 85% de adequação, via Relatório emitido pelo Avaliador e Simulador de Acessibilidade em Sítios – ASES. 3 O website atende parcialmente aos critérios mínimos de adequação a acessibilidade informacional estabelecidos pelo eMAG - Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico, sua média de avaliações é considerada de Médio grau de acessibilidade. Obtendo média maior o igual a 85% e menor que 95% de adequação, via Relatório emitido pelo Avaliador e Simulador de Acessibilidade em Sítios – ASES. 4 O website atende a pluralidade dos critérios mínimos de adequação a acessibilidade informacional estabelecidos pelo eMAG - Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico, sua média de avaliações é considerada de Médio grau de acessibilidade. Obtendo média maior o igual a 85% e menor que 95% de adequação, via Relatório emitido pelo Avaliador e Simulador de Acessibilidade em Sítios – ASES. Fonte: Estrutura BRASIL, 2017a, conteúdo autoral. Este indicador pode ser desenvolvido com periodicidade pré-estabelecida pelo MEC ou pelas parte, desde que a amostra de dados tenha uma significâcia eficiente, ou seja, semanal, quinzenal, mensal. A informação registrada em plataformas digitais não é rapidamente descartada, logo proponho uma análise quinzenal ou mensal do website, utilizando o software ASES. Os relatórios são disponibilizados em formato PDF significa Portable Document Format (Formato Portátil de Documento) na própria plataforma, sugere-se que sejam enviados ao MEC quando em análise, do curso ou da Instituição. Eles são o documento formal e oficial de que a análise foi realizada e também é um componente documental arquivístico classificado e codificado pelo Código de classificação e Tabela de Temporalidade relativos às atividades- meio da administração pública na Classe 015 – Gestão Institucional, sendo o documento classificado como 015.2 – Acompanhamento de atividades. E através do texto da nota explicatica temos que no código “incluem-se documentos referentes aos registros das atividades 104 desempenhadas pelo órgão e entidade, tais como: relatórios parciais (mensal, trimestral ou semestral), relatório anual e relatório de gestão” (ARQUIVO NACIONAL, 2020, p.20). Sua temporalidade, a contar do ato de produção, é de 5 anos na fase corrente, 9 anos na fase de guarda intermediária e sua destinação final é de guarda permanente acrescido da seguinte observação, “Eliminar, após 2 anos, os documentos cujas informações encontram-se recapituladas ou consolidadas em outros”, Arquivo Nacional (2020). Ou seja, após transcorrida a fase corrente e intermediária este conjunto de Relatórios de acessibilidade, serãoeliminados, visto que a informação obrigatoriamente já foi enviada ao MEC, oficializando os procedimentos de análise, aqui sugeridos como um instrumento normativo de melhoria da qualidade do serviço público. Além do aspecto arquivístico, se faz necessário a mensuração do indicador em cada um dos instrumentos, em caso de inclusão do proposto pela NT. O peso estipulado para o Eixo 5 do IAIE e a Dimensão 3 do ICG, foi o peso 30, ambos compostos por 18 indicadores, cada um com uma valoração total de grau igual a 1,666666667 (≅ 1,667), com o possível aumento o valor correspondente passaria a ser 1,5789473684 (≅ 1,579), 0,3947368421 (≅ 0,395) para cada um dos 4 níveis definidos pela Tabela 11 - Indicador s/n. Análise do Grau de Acessibilidade dos websites institucionais. Embora a acessibilidade seja uma pauta recorrente no âmbito da IFES, os resultados das análises, observados ao longo da pesquisa, mostram que ainda não são eficientes quanto ao grau de adequação dos websites às recomendações do eMAG, que garantiriam o cumprimento da obrigatoriedade de mantê-los em grau de acessibilidade condizente aos Princípios Fundamentais da Administração Pública, ou seja, alto nível de grau de acessibilidade (≥95%). A inclusão deste indicador nos instrumentos, garantirá o conhecimento do referido grau de acessibilidade dos websites pelas IFES, consequentemente a coleta e acompanhamento do desempenho será de conhecimento do órgão, sendo também responsabilidade e dever das IFES, buscar meios e tecnologias para o melhoramento contínuo da máquina pública, o que inclui a acessibilidade da informação digital. No entanto, embora a Nota Técnica seja o produto proposto nesta pesquisa é factual apontar que para intervir na cultura organizacional será preciso mais do que ações normativas, como a implementação de um indicador de qualidade com funções de monitoria e obrigatoriedade de cumprimento. Monitorar torna o procedimento de adequação mais efetivo, ou seja, ele será implementado por que é preciso para ter um bom resultado na avaliação do MEC, a 105 obrigatoriedade por si só não funcionou para todas as instituições visto que a minoria atingiu um grau de acessibilidade informacional acima de 95%, como indicado pelos níveis do ASES. Sendo assim cogitando trabalhos futuros em nível de pós-doutoramento lanço uma proposta embrionária, mas compatível e otimizadora dos procedimentos administrativos de avaliação mecanizada em busca apenas de um índice de aproveitamento mínimo. Muitas outras medidas podem compor projetos e programas que visem algum tipo de melhoria do nível de eficiência de serviços públicos prestados, a construção desta pesquisa propos a inclusão de um indicador de qualidade específico para mensuração do grau de acessibilidade da informação disponibilizada nos websites institucionais das IFES, obviamente esta solução é uma forma de intervenção gerencial mais rápida de orientar que esforços adminstrativos sejam lançados perante o problema. Para que alcancemos a busca contínua pela manutenção de altos níveis de qualidade de serviços é preciso que a mudança seja também na cultura organizacional da instituição, preferrencialmente com a particiação ativa dos agentes públicos envolvidos e atingidos pelas mudanças. Assim para tornar a solução mais abrangente e durável, sugiro mais duas ações que podem otimizar a mudança, um Ciclo de aprendizado Temática e a construção de Grupos de Trabalhos no âmbito de cada uma das IFEs, garantindo assim um nicho de agentes públicos capacitados na temática discutindo-a em prol de melhorias institucionais, tais ações podem ser pensadas institucionalmente e podem buscar investimentos através do programa Incluir. Em questões de planejamento e gestão ao se pensar no corpo adminstrativo das IFES é preciso entender a capacidade técnica dos servidores administrativos, para tal conceituo o Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE) como: o arranjamento e estruturação que rege através da capacidade técnica e intelectual as necessidades administrativas e organizacionais necessárias para a condução efetiva das IFES. baseada nos quatro pilares da adminstração exercidos pelos agentes públicos instituídos na carreira TAE em suas inúmers e diversificadas áreas de conhecimento e formação. A Lei nº 11.091, de 12 de janeiro de 2005, dispõe sobre a estruturação do PCCTAE, no âmbito das Instituições Federais de Ensino vinculadas ao Ministério da Educação, e dá outras providências. A referida lei subdivide os cargos em cinco níveis de classificação (A,B,C,D e E), baseados no grau de instrução formal solicitados para a investidura do cidadão à vaga no serviço público. Com nível de capacitação inicial 1, sendo possível ascender por 3 níveis, finalizando no Nível 4 de Progressão de Carreira por Capacitação. 106 Em questões de educação formal os cargos estão divididos por: nível A, aborda cargos de instrução alfabetizado e Ensino Fundamental Incompleto; nível B aborda cargos de instrução alfabetizado, Ensino Fundamental Incompleto e completo e alguns pedem habilitação para modal específico de transporte; nível C aborda cargos de instrução alfabetizado, Ensino Fundamental Incompleto e completo e alguns pedem habilitação para modal específico de transporte e registro de Classe; Nível D englobam cargos de Ensino médio completo, Médio profissionalizante e Cursos técnicos; e Nível E cargos de nível de instrução formal em Educação Superior. Além da organização e enquadramento das atividades de cada um dos cargos, o PCCTAE aloca um conjunto de normas, diretrizes e princípios que determinam responsabilidades, habilidades específicas e mecanismos para o desenvolvimento de servidores em suas carreiras, como a Progressão de Carreira por capacitação através de curso compatível com seu ambiente organizacional, com intertíscio de 18 meses entre cada uma das solicitações de progressão. Para questões estruturais de um CAT é essencial para que todos os servidores técnicos administrativos, tenham a garantia de que o esforço e dedicação para suprir a necessidade institucional seja recompensado, assim a estruturação deve ser pensada com cursos de carga- horária igual ou superior a 20 horas-aula, um dos critérios de validade do curso no processo de capacitação no âmbito das IFES no PCCTAE. Outro ponto é pensar que por ser uma ciclo de aprendizagem complexo, torna-se interessante que a execução com exito destes cursos, garanta uma progressão por capacitação para qualquer agente público de ambiente organizacional condizente, desde que esteja disposto a se qualificar, assim sendo por medida de corte utilizei os parâmetros da maior qualificação possível, um total de 180 (cento e oitenta) horas-aula, o que corresponde a mudança do nível 03 (três) para o nível 04 (quatro) para cargos classificados como E, segundo Apêndice III, Tabela para Progressão por Capacitação Profissional, redação dada pela Lei nº 12.772, de 2012. Para tal aponto aqui cursos de qualidade reconhecida, alocados ambiente digital de aprendizagem da Escola Virtual.Gov - EV.G, da Escola Nacional de Administração Pública – Enap. Disponíveis sem custos para servidores através do catálogo de cursos no website da EV.G. Para a composição da Ciclo de Aprendizagem Temática entitulada, Monitoramento e Adequação da Acessibilidade Informacional Pública, serão alocados cursos que construam uma sequência lógica do conhecimento. A seleção de cursos foi realizada utilizando o catálogo de cursos disponível, um a um foram acessados tendo seu suas ementas analisadas, resultando em: 107 Tabela 12 – Levantamento de disponibilidade de cursos. Catálago EV.G Ciclo de Gestão do Investimento Público – 20h Avaliação de Impactos de Programas e Políticas Sociais – 35h Inovação Social Para o Aperfeiçoamento de PolíticasPúblicas – 40h Defesa do Usuário e Simplificação de Políticas Públicas – 40h Governo Aberto – 40h Transformação Digital no Serviço Público – 20h Avaliação da qualidade de Serviiço Público – 20 h Avaliação da Qualidade de Serviços Como Base Para a Melhoria de Serviços Públicos – 20h Projeto Interfaca para Serviços Digitais – 20h Panorama Teórico dos Direitos Humanos no Brasil – 30h Elaboração de Indicadores de Desempenho Institucional – 20h Acessibilidade em Museus – 20h Acessibilidade em Comunicação – 30h Comunicação Pública e Comunicação de Governo – 25h Acessibilidade em Espaços Edificados de uso Público – 20h Acessibilidade em Espaços de uso Público no Brasil – 20h eMAG Desenvolvedor – 30h eMAG Conteúdista – 20h SEI! Usar para Deficientes Visuais – 20h Gestão da Informação e Documentação - Conceitos Básicos em Gestão Documental – 20h Direito à Identidade, Cidadania e Documentação – 30h Gestão Documental – 30h Acesso à Informação – 20h Introdução às Práticas Arquivísticas – 27h Fonte: Catálogo de Cursos EV.G ENAP. disponível em : Os cursos, quando em conjunto, vão muito além da questão prática a ser resolvida, a adequação aos critérios de acessibildiae estabelecidos pelo eMAG. O CAT objetiva dispertar e capacitar o aprendente para atuar em atividades de planejamento, gerenciamento e execução de taferas que possam envolver a acessibilidae informacional. Não obstante do ganho informacional com a introdução a contextualização da problemática exclusão social por trás da inadequação aos critérios de acessibilidade estabelecidos pelo eMAG. https://www.escolavirtual.gov.br/catalogo 108 Ao longo do processo autônomo de ensino e aprendizagem, os servidores técnicos adminsitrativos das IFES serão capazes de atingir competências e habilidades introdutórias sobre o contexto que envolve a temática inclusão social e como a administração pública pode inovar e otimizar seus esforços para diminuir e eliminar barreiras de comunicação. Também serão expostos cursos específicos para a adequação do conteúdo informacional da instituição. Possibilitando que o agente público entenda o processo histórico, legal e social por trás de uma ação adminstrativa baseada em uma demanda especifica para inclusão, ou seja, uma demanda social de grupos minoritários, e para tal fica proposta a seguinte estrutura: Tabela 13 - Composição do Ciclo de Aprendizagem Temática – Monitoramento e Adequação da Acessibilidade Informacional Pública Ciclo de Aprendizagem Temática: Monitoramento e Adequação da Acessibilidade Informacional Pública – Total 450h/aula. Ciclo Introdutório Ciclo Contextual Ciclo Temático - Gestão da Informação e Documentação - Conceitos Básicos em Gestão Documental – 20h - Direito à Identidade, Cidadania e Documentação – 30h - Defesa do Usuário e Simplificação de Políticas Públicas – 40h - Panorama Teórico dos Direitos Humanos no Brasil – 30h - Acesso à Informação – 20h - Projeto Interface para Serviços Digitais – 20h - Transformação Digital no Serviço Público – 20h - Inovação Social Para o Aperfeiçoamento de Políticas Públicas – 40h - Avaliação de Impactos de Programas e Políticas Sociais – 35h - Comunicação Pública e Comunicação de Governo – 25h - Acessibilidade em Espaços de uso Público no Brasil – 20h - Acessibilidade em Comunicação – 30h - Acessibilidade em Museus – 20h - eMAG Conteúdista – 20h - eMAG desenvolvedor – 30h - Avaliação da Qualidade de Serviços Como Base Para a Melhoria de Serviços Públicos – 20h - Governo Aberto – 40h Total de 120h Total de 150h Total de 180h Fonte: Elaborada pelo autor com dados do Catálogo de cursos EV.G/ENAP. 109 Segundo o texto da Lei nº 14.129, de 29 de março de 2021 – Lei de Governo Digital. Dispõe sobre princípios, regras e instrumentos para o Governo Digital e para o aumento da eficiência pública e altera a Lei nº 7.116, de 29 de agosto de 1983, a Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 (Lei de Acesso à Informação), a Lei nº 12.682, de 9 de julho de 2012, e a Lei nº 13.460, de 26 de junho de 2017. Em sua Seção III - Das Redes de Conhecimento eu seu Art. 17. Aborda que no âmbito do Poder Executivo há a possibilidade de criar redes de conhecimento, na temática Governo Digital. Dentre os objetivos propostos fica clara a intenção pela busca de métodos e tecnologias inovadoras, gerando conhecimento e conteúdo público, sobre a busca por eficiência e qualidade de serviços digitais. Incentivanto a formulação de produção técnica atreladas às necessidades discutidas, ou até mesmo desconhecidas, sobre o Governo Digital. O que enquadra tecnicamente a proposição do PAI, além de disseminar o conhecimento e a experiência metodológica, a NT será uma proposição de atualização de normativa e inovação na cultura organizacional com ações direcionadas para a temáticas inclusivas e de acessíbilidade. Ao ponto que toda a construção até aqui elaborada, por ser parte desenvolvedora e integrante do produto, também esta alçada na busca pela melhor qualidade e eficiência da prestação do serviço público de informar, realizado pelos websites das IFES. Para tal seguindo as orientações do art. 17 da Lei nº 14.129, de 29 de março de 2021 – Lei de Governo Digital. Elaborei uma proposta que literalmente busque “prospectar novas tecnologias para facilitar a prestação de serviços públicos disponibilizados em meio digital, o fornecimento de informações e a participação social por meios digitais” (BRASIL, 2021). Uma proposta politicamenta integrada às metas sociais para a melhoria da acessibilidade informacional em todo o Poder Executivo, com prospecção de indução de criação do conhecimento ao otimizar a proposta normativa da NT, com o Ciclo de Aprendizado Temático o com o Grupo de Trabalho. Todo o pacote de soluções proposto, foi pensado e elaborado em consonância com os princípios fundamentais da Administração Pública, planejando soluções efetivas e de baixo custo operacional, garantindo a economia, visando qualidade e grau técnico elevado, garantindo a eficiência e possibilitando melhores resultados, consequentemente maior satisfação do usuário. A concepção do Grupo de trabalho e Rede de Conhecimento, bem como suas ações iniciais sugeridas, por este pesquisador, é também a base para a elaboração das metas iniciais que possibilitem integrar o GT à pesquisa e extensão. Atividades que proporcionam ao corpo docente, discente e técnico oportunidades de se qualificar na produção da informação acessível e universal. Metas iniciais: 1. Guia de adequação de acessibilidade informacional; 2. Guia de 110 avaliação da acessibilidade informacional; 3. Guia interno da comunicação digital acessível; 4. Guia de Produção de informação técnicos acessível em ambiente digital; e 5. Guia de Produção de informação acadêmica em suporte digital acessível e universal. Estas ações também foram pensadas para a maior integração no ambiente das IFES, o vasto e amplo conhecimento em lugar “único”, potencializando as chances de soluções mais criativas, consideradas casos de sucesso. Como o caso dos Núcleos de Acessibilidade das IFES, iniciado pelo Incluir, por vagas estabelecidas por editais de concorrência, hoje conta com uma ampla rede de Núcleos de accessibilidade instalados nas IFES. O corpos docente, embora tenha conhecimento técnico, não tem funções técnico- adminsitrativas ou de tecnologias específicads nas descrições sumárias de seus cargos, assim sendo não há uma forma de indicar as funções mais proximas das finalidades e metas de um GT sobre acessibilidade. No entanto, nada obstem da livre participação e contribuição desta carreira funcional das IFES. Os Núcleos citados, por exemplo, são ambientes de integração independente da carreira ou formação. A propostade enquadramento dos cargos e descrições vinculando à temática exposto na Tabela 14, a seguir, é um esforço de pesquisa para otimizar a execução da proposta, apontando cargos que apresentam vínculo entre sua descrição sumária e a poposta temática. Por conseguinte, ao pensarmos em um Grupo de trabalho institucionalizado integrando- o ao porposto no INCLUIR no âmbito da IFES, é possível projetar e mapear quais cargos são mais alinhados à temática acessibilidade informacional, ou que a prática de suas funções tenha direta ou indiretamente correlação com o conteúdo disponibilizado nos websites. Assim sendo, aponto os seguintes cargos do PCCTAE como, sendo os que apresentam maior proximidade temática, tomando por base a descrição sumária do cargo: Tabela 14 – Levantamento de cargos PCCTAE atrelados às necessidades do Grupo de Trabalho Responsáveis por ações de Planejamento e Execução de ações. Cargos de Nível E. Cargo Descrição sumária segundo PCCTAE Administrador(a) Planejar, organizar, controlar e assessorar as organizações nas áreas de recursos humanos, patrimônio, materiais, informações, financeira, tecnológica, entre outras; implementar programas e projetos; elaborar planejamento organizacional; promover estudos de racionalização e controlar o desempenho organizacional. Prestar consultoria administrativa a 111 organizações e pessoas. Assessorar nas atividades de ensino, pesquisa e extensão. Analista de tecnologia da informação Desenvolver e implantar sistemas informatizados dimensionando requisitos e funcionalidade do sistema, especificando sua arquitetura, escolhendo ferramentas de desenvolvimento, especificando programas, codificando aplicativos. Administrar ambientes informatizados, prestar suporte técnico ao usuário e o treinamento, elaborar documentação técnica. Estabelecer padrões, coordenar projetos e oferecer soluções para ambientes informatizados e pesquisar tecnologias em informática. Assessorar nas atividades de ensino, pesquisa e extensão. Arquivista Organizar documentação de arquivos institucionais e pessoais, criar projetos de museus e exposições, organizar acervos musicológicos públicos e privados. Dar acesso à informação, conservar acervos. Preparar ações educativas ou culturais, planejar e realizar atividades técnico- administrativas, orientar implantação das atividades técnicas. Participar da política de criação e implantação de museus e instituições arquivística. Assessorar nas atividades de ensino, pesquisa e extensão. Auditor Realizar auditagem, acompanhar as execuções orçamentárias, financeiras, patrimoniais e de pessoal. Emitir pareceres e elaborar relatórios. Assessorar nas atividades de ensino, pesquisa e extensão. Bibliotecário - Documentalista Disponibilizar informação em qualquer suporte; gerenciar unidades como bibliotecas, centros de documentação, centros de informação e correlatos, além de redes e sistemas de informação. Tratar tecnicamente e desenvolver recursos informacionais; disseminar informação com o objetivo de facilitar o acesso e geração do conhecimento; desenvolver estudos e pesquisas; realizar difusão cultural; desenvolver ações educativas. Assessorar nas atividades de ensino, pesquisa e extensão Editor de publicações Editar textos e imagens para publicação e, para tanto, selecionar o que publicar, definir pauta e planejamento editorial, coordenar o processo de edição, pesquisar novos projetos editoriais e participar da divulgação da obra. Responsabilizar-se pela publicação. Assessorar nas atividades de ensino, pesquisa e extensão. 112 Estatístico Desenhar amostras; analisar e processam dados; construir instrumentos de coleta de dados; criar banco de dados; desenvolver sistemas de codificação de dados; planejar pesquisa; comunicar-se oralmente e por escrito. Assessorar nas atividades de ensino, pesquisa e extensão. Jornalista Recolher, redigir, registrar através de imagens e de sons, interpretar e organizar informações e notícias a serem difundidas, expondo, analisando e comentando os acontecimentos. Fazer seleção, revisão e preparo definitivo das matérias jornalísticas a serem divulgadas em jornais, revistas, televisão, rádio, internet, assessorias de imprensa e quaisquer outros meios de comunicação com o público. Assessorar nas atividades de ensino, pesquisa e extensão Museólogo Criar projetos de museus e exposições, organizar acervos museológicos. Conservar acervos. Preparar ações educativas ou culturais, planejar e realizar atividades técnico-administrativas, orientar implantação das atividades técnicas. Participar da política de criação e implantação de museus. Assessorar nas atividades de ensino, pesquisa e extensão. Produtor Cultural Elaborar e colaborar no planejamento e divulgação dos eventos culturais, artísticos e administrativos, bem como de ensino, extensão e pesquisa. Assessorar nas atividades de ensino, pesquisa e extensão. Programador Visual Planejar serviços de pré-impressão gráfica. Realizar programação visual gráfica e editorar textos e imagens. Trabalhar seguindo normas de segurança, higiene, qualidade e preservação ambiental. Assessorar nas atividades de ensino, pesquisa e extensão. Publicitário Estruturar estratégias de projeto; desenvolver propaganda e promoções; implantar ações de relações públicas e assessoria de imprensa. No desenvolvimento das atividades é mobilizado um conjunto de capacidades comunicativas. Assessorar nas atividades de ensino, pesquisa e extensão. Redator Escrever textos literários para publicação, representação e outras formas de veiculação e para tanto criam projetos literários, pesquisando temas, elaborando esquemas preliminares. Assessorar nas atividades de ensino, pesquisa e extensão. Relações Públicas Estruturar estratégias de projeto; pesquisar o quadro econômico, político, social e cultural; desenvolver propaganda e promoções; implantar ações de 113 relações públicas e assessoria de imprensa. No desenvolvimento das atividades é mobilizado um conjunto de capacidades comunicativas. Assessorar nas atividades de ensino, pesquisa e extensão. Revisor de Texto Rever textos, atentando para as expressões utilizadas, sintaxe, ortografia e precisão para assegurar-lhes correção, clareza, concisão e harmonia. Assessorar nas atividades de ensino, pesquisa e extensão. Secretário(a) Executivo Assessorar, gerenciando informações, auxiliando na execução de suas tarefas administrativas e em reuniões, marcando e cancelando compromissos. Coordenar e controlar equipes e atividades; controlar documentos e correspondências. Atender usuários externos e internos; organizar eventos e viagens e prestar serviços em idiomas estrangeiros. Assessorar nas atividades de ensino, pesquisa e extensão. Tradutor e Intérprete Traduzir, na forma escrita, textos de qualquer natureza, de um idioma para outro, considerando as variáveis culturais, bem como os aspectos terminológicos e estilísticos, tendo em vista um público-alvo específico. Interpretar oralmente, de forma simultânea ou consecutiva, de um idioma para outro, discursos, debates, textos, formas de comunicação eletrônica e linguagem de sinais, respeitando o respectivo contexto e as características culturais das partes. Tratar das características e do desenvolvimento de uma cultura, representados por sua linguagem; fazer a crítica dos textos. Assessorar nas atividades de ensino, pesquisa e extensão. Responsáveis pela execução e operacionalização de ações. Cargos de Nível D e Nível C Cargo Descrição sumária segundo PCCTAE Desenhista de artes gráficas Interpretar solicitações de desenhos; elaborar desenhos de produtos ou serviços; submeter desenhos à aprovação. Dar acabamento final em desenhos; indicar características de materiais e acabamentos em desenhos. Assessorar nas atividadesde ensino, pesquisa e extensão. Diagramador Planejar serviços de pré-impressão gráfica. Realizar programação visual gráfica e editorar textos e imagens. Operar processos de tratamento de imagem, montar fotolitos e imposição eletrônica. Operar sistemas de prova e copiam chapas. Gravar matrizes para rotogravura, flexografia, calcografia e serigrafia. Trabalhar seguindo normas de segurança, higiene, qualidade e 114 preservação ambiental. Assessorar nas atividades de ensino, pesquisa e extensão. Editor de Imagem Operar Vídeo-tape para gravação e/ou reprodução de imagens transmitidas e recolhidas na tela. Assessorar nas atividades de ensino, pesquisa e extensão. Revisor de texto braille Revisar textos escritos no sistema Braille. Assessorar nas atividades de ensino, pesquisa e extensão. Técnico de tecnologia da informação Desenvolver sistemas e aplicações, determinando interface gráfica, critérios ergonômicos de navegação, montagem da estrutura de banco de dados e codificação de programas; projetar, implantar e realizar manutenção de sistemas e aplicações; selecionar recursos de trabalho, tais como metodologias de desenvolvimento de sistemas, linguagem de programação e ferramentas de desenvolvimento. Assessorar nas atividades de ensino, pesquisa e extensão. Técnico em Arquivo Auxiliar especialistas das diversas áreas, nos trabalhos de organização, conservação, pesquisa e difusão de documentos e objetos de caráter histórico, artístico, científico e literário ou de outra natureza. Assessorar nas atividades de ensino, pesquisa e extensão. Técnico em artes gráficas Realizar programações visuais gráficas, buscando alternativas para melhoria em tecnologias e matérias - primas e implantar novas tecnologias. Operar máquinas e equipamentos de préimpressão de produtos gráficos, planejar e controlar o processo de produção. Realizar controle de qualidade das matérias - primas e do produto final. Assessorar nas atividades de ensino, pesquisa e extensão. Técnico em audiovisual Montar e projetar filmes cinematográficos, manejar equipamentos audiovisuais utilizando nas diversas atividades didáticas, pesquisa e extensão, bem como operar equipamentos eletrônicos para gravação em fita ou fios magnéticos, filmes ou discos virgens. Assessorar nas atividades de ensino, pesquisa e extensão. Técnico em microfilmagem Efetuar trabalhos de microfilmagem, operando equipamentos apropriados, baseando-se em especificações técnicas. Assessorar nas atividades de ensino, pesquisa e extensão. Tradutor e interprete de Traduzir e interpretar artigos, livros, textos diversos bem idioma para o outro, bem como traduzir e interpretar palavras, conversações, narrativas, 115 linguagem de sinais palestras, atividades didáticopedagógicas em um outro idioma, reproduzindo Libras ou na modalidade oral da Língua Portuguesa o pensamento e intenção do emissor. Assessorar nas atividades de ensino, pesquisa e extensão. Transcritor de sistema braile Transcrever textos para o sistema Braille. Assessorar nas atividades de ensino, pesquisa e extensão. Assistente de tecnologia da informação Auxiliar o (analista de tecnologia da informação) (operador de processamento de dados) dando-lhe condições para processar o programa. Auxiliar nas atividades de ensino, pesquisa e extensão Auxiliar de biblioteca Atuar no tratamento, recuperação e disseminação da informação e executar atividades especializadas e administrativas relacionadas à rotina de unidades ou centros de documentação ou informação, quer no atendimento ao usuário, quer na administração do acervo, ou na manutenção de bancos de dados. Colaborar no controle e na conservação de equipamentos. Realizar manutenção do acervo. Participar de treinamentos e programas de atualização. Auxiliar nas atividades de ensino, pesquisa e extensão. Utilizar recursos de informática. Executar outras tarefas de mesma natureza e nível de complexidade associadas ao ambiente organizacional. Fonte: PCCTAE – Lei nº 12.772, de 28 de dezembro de 2012 Cabe ressaltar aqui, que muitos dos cargos apresentados foram extintos, isso não significa que não existam agentes públicos investidos nestes cargos, o que ocorreu através de decreto foi o fim de lançamento de novos códigos de vaga e recolhimento dos que vierem a ser declarados vagos pela IFES, poder instituído constitucionalmento ao Presidente da República, no qual o art. 84, inciso VI, alínea “ b” da CF/88. 5, aponta como competência presidencial a decisão de extinguir cargos e funções vagas, mediante decreto. Entendo também que o potencialidade e multiplicidade técnica aqui ressaltada só reforçam o alto valor do capital humano de uma instituição. Investir na qualificação e capacitação humana tem sem dúvidas retorno de investimento garantido. E pode ser o fator diferencial entre um website de alto nível de acessibilidade e um de baixíssimo nível. Embora não tenha sido o foco desta pesquisa é possível observar uma linearidade de resultados, as IFES não apresentam um nível de variação interno do resultado. Ou seja, é necessário entender como a cultura de construção de conteúdo e informação pública é instrumentalizada no contexto de cada uma das IFES. Incentivar a qualificação, a informação e formação de conhecimento é uma possibilidade que vai além da otimização da acessibilidade informacional dos websites, ela 116 agregará instrumentação e conhecimento técnica além de fortalecer a cultura de incentivo à capacitação e qualificação. E no que cabe ao CAT a instrução de profissionais ligados à informação e comunicação permitindo que ao se depararem com um resultado de análise de acessibilidade com níveis abaixo do esperado estejam capacitados a ponte de: reconhecer o Relatório ASES; compreender o conteúdo; sejam capazes de identificar os problemas identificados no Relatório ASES; sejam capazes de encontrar a solução do problema (erro) relatado; e sejam capazes de resolver o problema. E no caso não sejam capazes de resolver de forma autônoma, podem buscar orientação, pré-estabelecida, para cada um dos eventuais problemas quanto a inadequação aos parâmetros do eMAG, através da SInf 2 – Tabela 18 - Recomendações do eMAG. Vale apontar que cada uma das IFES é munida de autonomia jurídica e de atos, bem como os eventuais gestores em todos os níveis hierárquicos da instituição. Tais proposições de soluções bem como a Nota Técnica a ser enviada ao MEC, deve ser analisada e estudada como material de apoio, a decisão e responsabilidade é do gestor, assim como toda e qualquer responsabilização. 117 4.4. AVALIAÇÃO DO PAI Para todo investimento espera-se um retorno e no PPGCI, não foi diferente, no entanto é preciso entender que nem todo benefício é financeiro e no caso do PAI proponho que seja aplicada uma Avaliação de Efetividade e uma Avaliação de Satisfação do beneficiário, os dois métodos somados conseguirão traduzir em dados os resultados obtidos pela implementação do projeto. Na Avaliação de Efetividade serão identificados os objetivos e metas do projeto em execução. Destacados os objetivos serão analisados quanto ao seu cumprimento, como foram executadas e se o cumprimento está de acordo com o que foi estabelecido pelo projeto. Já a Avaliação de Satisfação do beneficiário, é sobre a percepção do usuário do serviço ou bem produzido como resultado do projeto e as ferramentas de análise devem ser escolhidas buscando o máximo de eficiência possível. Algumas ferramentas como DMAIC ou Ciclo PCDA podem ser utilizadas pelo gestor, assim como demais ferramentas avaliativas, desde que possibilitem verificar se os objetivos acordados no projeto, foram executados. A DMAIC sigla composta a partir das iniciais de: Define (definir), Measure (medir), Analyze (analisar),Improve (melhorar) e Control (controlar), através destas etapas o projeto é acompanhado e objetivos alcançados. Com escopo baseado no seis sigma (6 σ), método que tem foco na satisfação do usuário e em sua aprovação, com objetivo de eliminar barreiras e inconformidades em relação ao projeto. E segundo Stefano, Neto e Godoy (2008) “O DMAIC é uma metodologia mais utilizada por companhias norte-americanas onde se emprega o Seis Sigma com o objetivo de realizar melhorias, projetar/reprojetar produtos/ou serviços e processos.”. O Ciclo PDCA é composto por quatro etapas da quais a sigla é formada: Plan (planejar), Do (desenvolver), Check (conferir) e Act (ajustar), suas etapas em um formato cíclico tem por objetivo conduzir o projeto através de ciclos de melhoramento contínuo, ou seja, o ciclo vai melhorando a cada giro de análise. E segundo Andrade (2003): Tratando-se da empresa como um todo, o método de melhorias PDCA trouxe como vantagens a visão holística do processo de gestão da empresa por todos os envolvidos no processo, além de condições de análises preventivas da produção (planejamento detalhado) e tomada de ações (através dos planos de ação) no sistema de gestão da empresa. (ANDRADE, 2003. p. 128) No caso das IFES, o resultado é direcionado para a resolução do que foi proposto. Na ação Normativa, após pesquisar a legislação e demais atos administrativos vigentes, a IFE 118 deverá analisá-la buscando a melhor forma de institucionalizar a cultura, ou seja, normatizar, documentar a ação como parte da instituição. Na proposta desta pesquisa, por ter uma visão mais ampla, com 103 IFES, foi possível construir uma solução normativa comum, direcionando ao Apêndice 5 – Nota Técnica nº 001 / 2023 / PPHPBC / CPDOC / FGV (SINF 03) diretamente ao MEC, como proposta intervencionista, ao introduzir novos indicadores de qualidade nos instrumentos de avaliação. O segundo ponto a ser avaliado deve ser direcionado ao público envolvido, no caso os servidores da instituição. Por análise de eficiência é possível quantificar as pessoas capacitadas minimamente na temática, além de ser possível estabelecer média de horas de capacitação, descobrir quais são os cursos mais utilizados ou menos utilizados, sendo necessário mapear os cursos. A partir desta análise e mapeamento dos cursos, levantando suas ementas e propósitos educacionais, quais competências deveriam ter sido alcançadas com a capacitação. Para além dos números a avaliação de efetividades será capaz de verificar se os objetivos foram alcançados. A terceira e última ação proposta, tem por base a instrumentalização da instituição, nesta ação já constam cinco metas a serem alcançadas no projeto. Para avaliar estas metas sugere-se indicadores primários, que mensurem o tempo empenhado na construção de cada um dos instrumentos propostos e a materialização da meta com a publicação dos itens. Após a publicação e divulgação é possível analisar a percepção do usuário sobre a efetividade desta ação de instrumentalização da IFE. Todas as ações executadas e analisadas permitem que seja estudado o impacto do projeto na instituição. O impacto indicará se o projeto produziu os efeitos propostos, ou seja, instrumentalizar as IFES em melhores práticas para a construção de uma cultura institucional de acessibilidade da informação digital, além de ser possível avaliar o custo pelo benefício alcançado e a eficácia das medidas estabelecidas pelo PAI a medida do alcance e cumprimento dos objetivos e metas do projeto. 119 4.5. BENEFÍCIOS COLATERAIS DO PAI Em decorrência da aplicação do PAI é possível afirmar que seus resultados refletem em aspectos diretos, quando melhora a os parâmetros do código-fonte e demais características estabelecidas no eMAG na contrução de conteúdo e informação acessível. E, também, aspectos indiretos, que a partir da adequação possibilitam à instituição obter melhorias no cumprimento e execução da Política de Dados Abertos do Poder Executivo Federal e no alcance dos objetivos da Agenda 2030 da ONU, um plano global de melhorias o qual o Brasil é signatário. A Política de Dados Abertos do Poder Executivo Federal (PNDA) foi instituída pelo Decreto nº 8.777, de 11 de maio de 2016 e alterada pelo decreto nº 9.903, de 8 de julho de 2019 e seu funcionamento normatizado pela abertos Resolução nº 3, de 13 de outubro de 2017 do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão/Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação/Comitê Gestor da Infraestrutura Nacional de Dados. A política atinge órgãos e entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional sob a forma de dados abertos, promovendo a cultura da transparência pública. A parrtir deste decreto a Política de Dados Abertos ficou a cargo da Controladoria Geral da União (CGU), sendo responsável pelo gerenciamento e monitoramento. E a partir da Resolução nº 3, de 13 de outubro de 2017 fica estabelecidas as normas e procedimentos para elaboração de Planos de Dados Abertos (PDA) das instituições. O PDA fica estabelecido como instrumento de gestão e monitoramento de ações institucionais em dados abertos, tendo validade de dois anos, deve estar contextualizado, apresentar o inventário informacional dos bancos de dados existentes no órgão. Deve estabelecer os objetivos a serem cumpridos e descrição detalhada das esttratégias institucionais com cronograma de ações estabelecido. Para o desenvolvimento e acompanhamento nas instituições os PDA devem ser publicados, de aceso livre, através de transparência ativa na plataforma FalaBr, podendo ser acompanhado pelo Painel Lei de Acesso à Informação (Painel LAI), atravé do endeço . O Painel LAI, foi desenvolvido pela CGU, nele estão dispostas informações sobre a utilização da Lei de acesso, bem como dados sobre as solicitações, as estatísticas de cumprimento e descumprimento de solicitações e prazos, indicadores de qualidade do serviço de acesso à informação, e a publicação dos PDA. Nele constam informações de todos os órgão do Poder Executivo que estejam cadastrados no FalaBR, bem como possibilita o acompanhamento e monitoramento por parte da própria CGU. https://centralpaineis.cgu.gov.br/visualizar/lai 120 Toda esta estruturação de dados, é baseada no acesso à informação, que por sua vez necessita que a informação tenha características de acessibilidade e universalidade de acesso, caso a informação não estaja adequa aos parâmetros do eMAG pode produzir ruídos, barreiras e/ou impedimento da comunicação digital, excluíndo parte da população alvo da Política de Dados Abertos, tornando a própria política um instrumento de exclusão, quando na verdade todos os esforços e determinações legais buscam incluir e possibilitar o acesso universal à informação pública, salvo em casos especificados em lei. Pensando na internacionalização dos benefícios do PAI a participação do Brasil na Agenda 2030, Resolução A/Res 70/1, de 25.09.2015, da Assembleia Geral das Nações Unidas a qual foram estabelecidas 169 metas organizadas em 17 objetivos, visando o Desenvolvimento Mundial Sustentável, sendo eles: Obj. 01. Erradicação da Pobreza; Obj. 02. Fome Zero e Agricultura Sustentável; Obj. 03. Saúde e Bem Estar; Obj. 04. Educação de Qualidade; Obj. 05. Igualdade de Gênero; Obj. 06. Água Potável e Saneamento; Obj. 07. Energia Limpa e Acessível; Obj. 08. Trabalho Decente e Crescimento Econômico; Obj. 09. Indústria, Inovação e Infraestrutura; Obj. 10. Redução das Desigualdades; Obj. 11. Cidades e Comunidades Sustentáveis; Obj. 12. Consumo e Produção Sustentáveis; Obj. 13. Ação Contra a Mudança Global do Clima; Obj. 14. Vida na Água; Obj. 15. Vida Terrestre; Obj. 16; Paz, Justiça, e Instituições Eficazes; e Obj. 17. Parcerias e Meios de Implementação. Dentre os objetivospodem ser destacados dois pelo introsamento temático, o Objetivo 04 - Educação de Qualidade e o Objetivo 16 - Paz, Justiça, e Instituições Eficazes, “Objetivo 16. Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis” (PLATAFORMA AGENDA 2030). 12 Metas Objetivo 16. Agenda 2030: 16.1 Reduzir significativamente todas as formas de violência e as taxas de mortalidade relacionada em todos os lugares 16.2 Acabar com abuso, exploração, tráfico e todas as formas de violência e tortura contra crianças 16.3 Promover o Estado de Direito, em nível nacional e internacional, e garantir a igualdade de acesso à justiça para todos 16.4 Até 2030, reduzir significativamente os fluxos financeiros e de armas ilegais, reforçar a recuperação e devolução de recursos roubados e combater todas as formas de crime organizado 16.5 Reduzir substancialmente a corrupção e o suborno em todas as suas formas 16.6 Desenvolver instituições eficazes, responsáveis e transparentes em todos os níveis 16.7 Garantir a tomada de decisão responsiva, inclusiva, participativa e representativa em todos os níveis 16.8 Ampliar e fortalecer a participação dos países em desenvolvimento nas instituições de governança global 16.9 Até 2030, fornecer identidade legal para todos, incluindo o registro de nascimento 16.10 Assegurar o acesso público à informação e proteger as liberdades fundamentais, em conformidade com a legislação nacional e os acordos internacionais 16.a Fortalecer as instituições nacionais relevantes, inclusive por meio da cooperação internacional, para a construção de capacidades em todos os níveis, em particular nos países em desenvolvimento, para a prevenção da violência e o combate ao terrorismo 121 e ao crime 16.b Promover e fazer cumprir leis e políticas não discriminatórias para o desenvolvimento sustentável. (PLATAFORMA AGENDA 2030) Neste objetivo as ações do PAI como estruturadas podem atingir positivamente a meta 16.6 Desenvolver instituições eficazes, responsáveis e transparentes em todos os níveis. Vista a necessidade de universalização e a integração tecnológica na manutenção das características de transparência do Estado o que retoma a Política Nacional de Dados Abertos. Em ambos, podemos afirmar que diminuir ou eliminar barreiras na comunicação digital e em serviços públicos de comunicação via canais digitais produzirá melhores fluxos de informação, melhora na usabilidade, percepção e acesso à informação, desde que as características de acessibilidade da informação digital estejam preservadas. Em possibilidades futuras para o PAI, é possível pensar e elaborar um Projeto destinado à melhoria dos índices da Política Nacional de Dados Abertos, abarcando os indicadores que analisam a LAI, utilizando o Painel LAI, vislumbrando o cumprimento da legislação nacional vigente e do Objetivo 16.6 da Agenda 2030. No qual o projeto estaria voltado para uma proposta orientativa e consultiva, para instituições que busquem melhorias internas no Planos de Dados Abertos, através da busca por melhorias no nível da Acessibilidade da informação digital, adequando conteúdos e informações proporcionando assim mais inclusão, ao buscar a universalização da informação. 122 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS A construção desta pesquisa buscou integrar o acadêmico e o profissional, sempre vislumbrando uma aplicabilidade da proposta concomitantemente às ações que abarcariam os objetivos estabelecidos. Para o objetivo 1 – Avaliar e Simular a acessibilidade dos websites das IFES no período de um ano para entender o comportamento dos websites institucionais quanto à acessibilidade, foi preciso entender que os websites precisam cumprir uma série de regras e normativas que conduzem a estrutura de códigos-fonte e de conteúdo para um grau de adequação necessária para que seja considerado acessível e universal, isso significa que a estrutura de linhas dde codificação está em acordo com o eMAG e não produz barreiras de comuncação permitindo que tecnologias assistivas possam captar e transmitir a informação registrada seja acessada por qualquer usuário, inclusive aqueles que necessitam de auxílio tecnológico. Ao cumprir este objetivo, obtive um panorama numérico do grau de acessibilidade existente nos websites institucionais, o que permitiu, também, um ponto de partida numérico e quantificável que pode ser utilizado para outras pesquisas, como base comparativa caso venham a sofrer intervenções pelas respectiva instituição para que melhore os índices segundo a escala ASES. Já o objetivo 2 – Construir um ranking das IFES identificando o posicionamento através do IGC – 2018, proporcionou um retrato inicial das instituições quanto utilizando os dados já disponíbilizados pelo MEC, através das ações de avaliação externa das instituições. O que levou ao estudo dos instrumentos de avaliação e a busca por algum ponto específico da estrutura dos webistes, o que foi provado a inexistência de critérios que abarquem as caracteristicas de acessibilidade digital nos websites. A não especificação deste item nas avaliações produzidas pelo Instrumento de Avaliação Institucional Externa (IAIE), que avalia a IFE para ações administrativas de credenciamento, o recredenciamento e a transformação de organização acadêmica. Tão pouco, foram abarcados no Instrumento de Avaliação de Cursos de Graduação (IACG), que tem por base avaliar os cursos em procedimentos de autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento. A característica de acessibilidade da informação digital, disponibilizada no serviço de comunicação em massa, o website, não foi abarcada nos instrumentos. Para solucionar de forma educativa visando a promoção da equidade e universalidade da disponibilização da informação institucional, foi proposto a inserção de novos itens nos instrumentos de avaliação externa do 123 MEC, abarcando caracteristicas e normativas que tornam obrigatória a adequação dos websites às recomendações do eMAG, tornando assim, os websites mais acessíveis e com isso mais universais e menos excludentes. Ao desenvolver as ações necessárias para atingir o Objetivo 3 – Analisar os dados e informações coletadas através do ASES, foi proposta uma comparação entre o Ranking das IFES (Objetivo 2) com a média das avaliações ASES (Objetivo 1), o que deixou claro que esta característica atingiria todas as instituições pesquisadas e que uma ação de inclusão do novos indicadores nos instrumentos externos de avaliação do MEC, influenciariam nos resultados das IFES de maneira objetiva mas com propósito educativo, já que sua grandeza é mínima, porém não menos importante, no conjunto de indicadores nos instrumentos. A junção das informações coletadas e analisadas até este momento permitiu entender a complexidade temática, o que levou a ações de análises que buscaram maiores informações sobre a cultura de acessibilidade já existente nas IFES. Para tal a Acessibilidade como um tema central deixa de pontuar apenas o espectro da Acessibilidade digital para percebe-la como um todo, abordando os 08 espectros constituintes da Acessibilidade, assim como a norma SINAES que embasa os instrumentos de avaliação do MEC. Ao analisar as ações de acessibilidade desenvolvidas nas IFES foi possível construir os apêndices 7.6. Tabela 19 – Mapeando núcleos de acessibilidade e inclusão, 7.7. Tabela 20 – Ações dos núcleos de acessibilidade e inclusão e 7.8. Tabela 21 – Normativas institucionais de Acessibilidade e Inclusão. Dados relevantes para entender que a acessibilidade é um tema complexo, existente na cultura de todas as 103 instituições pesquisadas, mas que ainda é preciso intervir para que seja um processo mais inclusivo e mais amplo. Emboratodas elas tenham em seu âmago uma cultura de acessibilidade, ficou claro que as características digitais desta cultura ainda necessitam de ações e intervenções de melhoria, ficou claro que poucas IFES apresentaram em suas normas internas apoio ou embasamento legal utilizando a Portaria nº 3, de 7 de maio de 2007 que institucionaliza e torna obrigatório a adequação dos websites às características de acessibilidade digital, apoiados pelo eMAG, tão pouco abordam a Portaria nº 23, de 4 de abril de 2019 que dispõe sobre as diretrizes, competências e condições para adesão à Rede Nacional de Governo Digital Outro importante dado é a multiplicidade das ações conduzidas e elaboradas nas IFES, o que deixa claro o empenho e dedicação de inúmeros servidores em suas respectivas instituições, ao mesmo tempo que também aponta como um ponto fraco ações voltadas para ao espectro digital da acessibilidade. 124 O que permite afirmar ser um campo de grandes possiblidades de intervenção e melhoria, sendo este um propósito futuro desta pesquisa, vislumbrando a aplicação do PAI como um instrumento voltado para gestão pública nas IFES, com o objetivo maior de instrumentalizar e condicionar as instituições para promover a cultura de acessibilidade digital, conseguindo assim melhores índices nas análises ASES e consequentemente diminuindo ou excluindo barreiras de comunicação da informação disponibilizadas em seus websites, atingindo o Objetivo 4 – Propor ação intervencionista de melhorias. A possibilidade de intervenção do PAI, foi amparada e projetada para a melhoria das IFES, para acompanhar e avaliar a ação proposta, é preciso ter em mente que o website, é um instrumento de comunicação oficial institucional e assim como todo e qualquer serviço público deve atender às normativas e leis em vigor. O PAI agiria na intervenção social e cultural no âmbito das instituições incentivando-as a promover melhorias na cultura de acessibilidade já existente, para que atinja melhores índices referentes ao espectro digital. E embora existam inúmeras leis que embasam a necessidade de adequação dos websites para que estejam acessíveis ainda é necessária uma ação fiscalizadora, visto que as leis por si só não conseguiram incentivar as instituições a se adequarem. Assim, também vislumbrando ações futuras de aplicação do PAI, ou até mesmo, ações que adequem o PPGCI para atingir objetivos os quais possa por ventura não ter trabalhado nesta pesquisa, tornou-se necessário pensar no agente fiscalizador do Estado, no caso a Controladoria Geral da União (CGU), órgão no qual estou vinculado aproximando ainda mais o acadêmico e o profissional. Assim ao longo da pesquisa o website foi trabalhado, também, como um serviço público de comunicação institucional, um ativo intangível e classificado como benefício não financeiro. Esta abordagem se fez necessária para entender meios de fiscalizar e impulsionar ações de intervenção do PAI, visando a melhoria da prestação de serviço para atingir melhores índices de eficiência, assim como abarcado pela Lei nº 13.460, de 26 de junho de 2017, que dispõe sobre participação, proteção e defesa dos direitos do usuário dos serviços públicos da administração pública, podendo atingir ações que promovam a Integridade e Transparência Pública no Poder Executivo Federal. Espera-se que esta pesquisa seja o início de uma ação intervencionista nas IFES através do PAI, não obstante de que o PPGCI possa ser alterado e adequado às necessidades operacionais da CGU, abarcando este e demais aspectos da Cultura Institucional, assim como proposto e desenvolvido, uma ação pública de baixo custo, que pode ser adaptada para a realidade institucional e tomando como normativa de atuação do órgão a Lei nº 13.460/2017, 125 que dispõe sobre participação, proteção e defesa dos direitos do usuário dos serviços públicos da administração pública, que aponta em seu texto: Art. 5º O usuário de serviço público tem direito à adequada prestação dos serviços, devendo os agentes públicos e prestadores de serviços públicos observar as seguintes diretrizes: I - urbanidade, respeito, acessibilidade e cortesia no atendimento aos usuários; (...) CAPÍTULO IV DAS OUVIDORIAS Art. 13. As ouvidorias terão como atribuições precípuas, sem prejuízo de outras estabelecidas em regulamento específico: I - promover a participação do usuário na administração pública, em cooperação com outras entidades de defesa do usuário; II - acompanhar a prestação dos serviços, visando a garantir a sua efetividade; III - propor aperfeiçoamentos na prestação dos serviços; IV - auxiliar na prevenção e correção dos atos e procedimentos incompatíveis com os princípios estabelecidos nesta Lei; V - propor a adoção de medidas para a defesa dos direitos do usuário, em observância às determinações desta Lei; (...) CAPÍTULO VI DA AVALIAÇÃO CONTINUADA DOS SERVIÇOS PÚBLICOS Art. 23. Os órgãos e entidades públicos abrangidos por esta Lei deverão avaliar os serviços prestados, nos seguintes aspectos: I - satisfação do usuário com o serviço prestado; II - qualidade do atendimento prestado ao usuário; III - cumprimento dos compromissos e prazos definidos para a prestação dos serviços; IV - quantidade de manifestações de usuários; e V - medidas adotadas pela administração pública para melhoria e aperfeiçoamento da prestação do serviço. § 1º A avaliação será realizada por pesquisa de satisfação feita, no mínimo, a cada um ano, ou por qualquer outro meio que garanta significância estatística aos resultados. (BRASIL, 2017) “negrito do autor”. Por fim, essa possibilidade de aplicação vem tomando forma em um estudo transversal, também unindo a área acadêmica e profissional, em uma proposta de pós-doutoramento que possivelmente utilizará a metodologia desta pesquisa para levantar dados e informações para um processo de auditoria de dados, voltados para as características de acessibilidade nas páginas institucionais voltadas para a transparência ativa e política de dados abertos, integrando-as competências da CGU, via Ouvidoria Geral da União. 126 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDRADE, Fábio Felippe de. O método de melhorias PDCA. 2003. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo. ARQUIVO NACIONAL. Conselho Nacional de Arquivos. Código de classificação e tabela de temporalidade e destinação de documentos relativos às atividades-meio do Poder Executivo Federal. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2020 _____________. Conselho Nacional de Arquivos. 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Regulamenta, no âmbito da Administração Pública Federal, o reaproveitamento, a movimentação, a alienação e outras formas de desfazimento de material, e dá outras providências. Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para Assuntos Jurídicos. Brasília, 2018. _______________. Decreto nº 10.094, de 6 de novembro de 2019. Dispõe sobre o Comitê Interministerial de Tecnologia Assistiva. Brasília, 2019. _______________. Portaria Nº 483, de 28 de agosto de 2020. Aprova o Manual de Diretrizes para a padronização dos portais do Governo federal no novo Portal Institucional denominado Gov.Br. Brasília, 2020. ______________. Resolução nº 3, de 05 de outubro de 2017 do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Aprova as normas sobre elaboração e publicação de Planos de Dados Abertos, conforme disposto no Decreto nº 8.777, de 11 de maio de 2016. Brasília, 2016. ______________. Comitê Interministerial de Tecnologia Assistiva. 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Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), 2013b. https://www.canada.ca/fr/secretariat-conseil-tresor/services/communications-gouvernementales/orientation-mise-en-oeuvre-norme-accessibilite-web.html https://www.canada.ca/fr/secretariat-conseil-tresor/services/communications-gouvernementales/orientation-mise-en-oeuvre-norme-accessibilite-web.htmlcom as determinações legais inerentes a garantia das características de acessibilidade da informação digital em websites públicos. Através da análise comparativo entre as ordenações do IGC e os resultados obtidos nas análises via ASES das IFES não foi possível perceber um padrão entre a ordenação de qualificação do IGC, não sendo possível afirmar as instituições melhor avaliadas pelo MEC em 2018, obteriam melhores resultados ao analisarmos a acessibilidade digital da informação para um melhor entendimento do comportamento da amostra assim como aponta Nhacuongue (2023): A acessibilidade pode ser alcançada tanto por meio do design inclusivo de tecnologia como por meio do design de tecnologia assistiva. Em ambos os casos, torna-se essencial entender os tipos de deficiências e suas manifestações (sensorial, física e cognitiva), que podem comprometer a usabilidade de produtos e serviços. (NHACUONGUE. 2023. p.148) Buscando informações sobre a existência ou não de normativas sobre acessibilidade e inclusão nas instituições estudadas, foi possível perceber que do total de 103, 76 instituições apresentam uma ou mais normativas, um percentual de aproximadamente 74% da amostra. E que do restante, 27 delas não possível encontrar a informação, sendo 11 delas está em situação de desenvolvimento ou aprovação de normas sobre a temática, 16 delas não apresentam informações disponíveis nos seus websites e não responderam ao contato via email. O percentual de 74%, comprova que o debate sobre acessibilidade é uma situação institucionalizada por normas internas. No entanto, ao buscar informações sobre o eMAG (Portaria nº 3, de 7 de maio de 2007) e sobre o Governo Digital (Portaria nº 23, de 4 de abril de 13 2019), foi possível perceber que apenas três das instituições citam ou referenciam suas normativas com base no eMAG e que nenhuma delas, considerou as implicações da portaria que institui o Governo Digital, o qual segundo Dias e De Oliveira: Não à toa, em 29 de março de 2021, portanto, durante o curso da pandemia, foi editada a Lei nº 14.129/2021, que prevê princípios, regras e instrumentos para o Governo Digital e para o aumento da eficiência da Administração Pública, especialmente por meio da desburocratização, da inovação, da transformação digital e da participação do cidadão. Entretanto, é importante ter em devida conta que a implantação do Governo Digital no Brasil está em franco andamento, não sendo um processo já consolidado. Ainda há muito o que ser feito para que haja a consolidação definitiva do e-gov brasileiro, como realidade sólida, estável, completa e acabada, especialmente se consideradas as indisfarçáveis desigualdades (cultural, social, econômica, política etc.) existentes no Brasil, país de dimensões continentais. Ainda assim, contudo, o contexto pandêmico franqueou notório aperfeiçoamento do paradigma do Governo Digital junto à Administração Pública brasileira. (DIAS, DE OLIVEIRA. 2023. p.5) Embora o levantamento sobre normativas aparente um distanciamento institucional, foi possível perceber que sobre a estrutura dos núcleos de acessibilidade, fica claro a institucionalização da proposta. Todas as instituições apresentaram um ou mais Núcleos de Acessibilidade de Inclusão e apresentam cartas de serviços para a população acadêmica o que reforça a inexpressiva existência de citações ou embasamento legal com base no eMAG e no Governo Digital, deixando a estrutura administrativa da informação fora do rol de atividades desenvolvidas pelas instituições nos núcleos de acessibilidade ou setores de similar função no âmbito da instituição. O objetivo 4, foi formulado através do desenvolvimento de um programa de gestão pela cultura institucional, sendo traçadas três ações: um ato normativo, uma ação de formativa e uma ação de instrumentalização. Este conjunto de ações possibilitariam melhores condições institucionais, para a promoção de uma cultura de acessibilidade da informação digital. Visando o direcionamento para a amostra, IFES, foi elaborado o Programa de Acessibilidade da Informação (PAI), pensado e direcionado para a estrutura das instituições estudadas. No PAI o ato normativo, ficou a cargo de uma Nota Técnica a ser direcionada ao MEC, propondo duas mudanças nos instrumentos de avaliação externa, nos quais seriam adicionados itens específicos para avaliar o grau de adequação de acessibilidade da informação dos websites das instituições. Já a ação formativa ou de instrução do capital humano, foi idealizado tendo como base a estruturação das carreiras dos Técnicos Administrativos em Educação (TAE), através do Ciclo 14 de Aprendizagem Temática (CAT), um ciclo de condução de aprendizado, na temática Monitoramento e Adequação da Acessibilidade Informacional Pública, que totaliza um total 280 horas, o bastante para cobrir as quatro progressões por capacitação dos TAE, independentemente do nível do cargo. Todos os cursos elencados tiveram seu conteúdo estudado para compor este instrumento de facilitação de aprendizado, foram escolhidos apenas cursos gratuitos para não gerar custos para o servidor público ou para a instituição, tudo está disponível em ambiente virtual na Escola Nacional da Administração Pública (ENAP). A última ação que compoe o PAI é uma instrumentalização da instituição, na qual os prórpios componentes do órgão de forma conjunta e autorepresentativa, através de grupos de trabalho, conduziram a confecção de cinco guias internos capazes de normatiza ações pontuais para a acessibilidade da informação, Como resultado da aplicação do PAI, espera-se que através da nota técnica sejam alterados os instrumentos de avaliação, tornando a análise dos websites, parte integrante da avaliação da informação, garantindo assim uma contínua observação da adequação aos critérios estabelecidos pelo eMAG. A partir da instrução dos servidores, será possível conduzir um fluxo de formação direcionado e proporcionar maior visibilidade ao conhecimento sobre a temática. E na ação de instrumentalizar a instituição com criação de guias operacionais espera-se que haja uma maior integração entre os componentes, fortificando a cultura institucional e conscientizando os servidores da necessidade de melhorias e monitoramento dos critérios de acessibilidade da informação digital. A fundamentação apresenta a composição da acessibilidade por oito espectros componentes, por ser a conceituação apresentada no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – SINAES referenciais para os instrumentos de avaliação externa na educação superior, foco da amostra, subdividindo o conceito em: (Acessibilidade atitudinal; Acessibilidade arquitetônica; Acessibilidade metodológica; Acessibilidade programática; Acessibilidade instrumental; Acessibilidade nos transportes; Acessibilidade nas comunicações; e Acessibilidade digital). Segundo Cusin (2010) e Cerdeira e Cabrito (2018), o fortalecimento da acessibilidade, bem como a construção de ferramentas e tecnologias assistivas, no ambiente digital, possibilitam e reforçam políticas públicas de inclusão, além de proporcionarem resultados positivos para as instituições e no ambiente social. Com a informação pública acessível e por sua vez garantindo a universalidade de acesso e garantindo melhorias no processo de comunicação. Para Regly e De Souza (2022): 15 Apesar de todo potencial em prol da democratização de informações, para que a visualização exerça seu papel de promover a interpretação de dados, as plataformas que oferecem dados de origem pública devem se atentar à maneira como os recursos informacionais são disponibilizados a seus usuários. (REGLY; DE SOUZA, 2022, p. 4) Políticas Públicas reforçam e constroem ferramentas que possibilitam à população PCD na exercer sua cidadania com maior autonomia, e, conforme apontadohttps://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/pesquisas-estatisticas-e-indicadores/indicadores-de-qualidade-da-educacao-superior https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/pesquisas-estatisticas-e-indicadores/indicadores-de-qualidade-da-educacao-superior 130 ______________. Portaria INEP nº 4 de 13 de janeiro de 2005, define dimensões e caracteriza elementos constitutivos do Manual de Avaliação Institucional e institui a Diretoria de Estatísticas e Avaliação da Educação Superior (Deaes). ______________. Portaria nº 1.081, de 29 de agosto de 2008 aprova o Instrumento de Avaliação de Cursos de Graduação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – SINAES. ______________. Portaria nº 92, de 31 de janeiro de 2014 que aprova os indicadores do Instrumento de Avaliação Institucional Externa para os atos de credenciamento, recredenciamento e transformação de organização acadêmica, modalidade presencial, do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – SINAES _______________. Portaria. 3, de 7 de maio de 2007. Institucionaliza o Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico-e-MAG no âmbito do Sistema de Administração dos Recursos de Informação e Informática-SISP, Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, 2007. ______________. 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Tabela 15 – Ordenação Inicial das IFES................................................................133 7.2. Tabela 16 – Análise inicial aos critérios de acessibilidade no eMAG (SINF 01) .................................................................................................................................... 138 7.3. Tabela 17 – Comparativo entre as ordenações do IGC e ASES das IFES..............145 7.4. Tabela 18 – Recomendações do eMAG (SINF 02) ...............................................149 7.5. Nota Técnica nº 001 / 2023 / PPHPBC / CPDOC / FGV (SINF 03) ......................152 7.6. Tabela 19 – Mapeando núcleos de acessibilidade e inclusão.................................170 7.7. Tabela 20 – Ações dos núcleos de acessibilidade e inclusão.................................234 7.8. Tabela 21 – Política de Acessibilidade e Inclusão ................................................316 7.9. Tabela 22 – Resultados mensais das análises via ASES........................................334 134 7.1. Tabela 15 – Ordenação Inicial das IFES Nome da IES Sigla da IES Sigla da UF Classificação IGC Conceito Médio de Graduação IGC (Contínuo) IGC (Faixa) Fundação Universidade Federal De Ciências Da Saúde De Porto Alegre UFCSPA RS 1º 3,56357 4,01240 5 Universidade Federal De Lavras UFLA MG 2º 3,49497 4,01841 5 Fundação Universidade Federal Do Abc UFABC SP 3º 3,49142 3,96986 5 Universidade Federal De Viçosa UFV MG 4º 3,41170 4,06704 5 Universidade Federal De Minas Gerais UFMG MG 5º 3,37903 4,24965 5 Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia De Santa Catarina IFSC SC 6º 3,36931 3,39337 4 Universidade Federal Do Rio Grande Do Sul UFRGS RS 7º 3,35773 4,29714 5 Universidade Federal De Santa Maria UFSM RS 8º 3,30708 3,87269 4 Universidade Federal Da Fronteira Sul UFFS SC 9º 3,30389 3,37085 4 Universidade Federal De São Carlos UFSCAR SP 10º 3,28890 4,03680 5 Universidade Federal De São Paulo UNIFESP SP 11º 3,28883 4,11026 5 Universidade Federal De Alfenas UNIFAL-MG MG 12º 3,28761 3,46889 4 Universidade De Brasília UNB DF 13º 3,27908 3,94404 4 Universidade Da Integração Internacional Da Lusofonia Afro- Brasileira UNILAB CE 14º 3,27264 3,31726 4 Universidade Federal De Santa Catarina UFSC SC 15º 3,26010 4,08822 5 Universidade Federal Do Ceará UFC CE 16º 3,22835 3,88057 4 Universidade Federal Rural Do Rio De Janeiro UFRRJ RJ 17º 3,22451 3,50505 4 Universidade Tecnológica Federal Do Paraná UTFPR PR 18º 3,20279 3,42673 4 Universidade Federal De Juiz De Fora UFJF MG 19º 3,20226 3,65857 4 Universidade Federal De São João Del Rei UFSJ MG 20º 3,20086 3,38775 4 Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Do Rio Grande Do Sul IFRS RS 21º 3,19671 3,23420 4 135 Universidade Federal Do Triângulo Mineiro UFTM MG 22º 3,19555 3,38628 4 Universidade Federal De Uberlândia UFU MG 23º 3,19016 3,71657 4 Universidade Federal Da Integração Latino-Americana UNILA PR 24º 3,16673 3,37164 4 Universidade Federal De Itajubá – Unifei UNIFEI MG 25º 3,15833 3,41956 4 Universidade Federal Do Estado Do Rio De Janeiro UNIRIO RJ 26º 3,14667 3,51360 4 Universidade Federal Do Rio De Janeiro UFRJ RJ 27º 3,14401 4,07655 5 Universidade Federal Do Rio Grande Do Norte UFRN RN 28º 3,13413 3,67319 4 Centro Federal De Educação Tecnológica De Minas Gerais CEFET/MG MG 29º 3,13236 3,39730 4 Universidade Federal Do Paraná UFPR PR 30º 3,13233 3,96994 5 Universidade Federal De Ouro Preto UFOP MG 31º 3,09115 3,40643 4 Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Farroupilha IFFarroupilha RS 32º 3,08969 3,11002 4 Universidade Federal Fluminense UFF RJ 33º 3,08848 3,54860 4 Universidade Federal Rural De Pernambuco UFRPE PE 34º 3,08785 3,55922 4 Universidade Federal De Pernambuco UFPE PE 35º 3,07033 3,78665 4 Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Catarinense IFCatarinense SC 36º 3,06613 3,09726 4 Fundação Universidade Federal Do Vale Do São Francisco UNIVASF PE 37º 3,05453 3,25249 4 Universidade Federal Do Espírito Santo UFES ES 38º 3,05231 3,51271 4 Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Do Sul De Minas Gerais IF SUL DE MINAS MG 39º 3,04590 3,06720 4 Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia De São Paulo IFSP SP 40º 3,02575 3,06456 4 Universidade Federal De Goiás UFG GO 41º 3,01690 3,60070 4 Universidade Federal Da Paraíba UFPB PB 42º 3,01566 3,51484 4 Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Goiano IF Goiano GO 43º 3,01224 3,30451 4 Universidade Federal Da Bahia UFBA BA 44º 3,00797 3,76080 4 Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Da Bahia IFBA BA 45º 3,00481 3,05127 4 Universidade Federal Do Maranhão UFMA MA 46º 3,00336 3,17522 4 Universidade Federal De Sergipe UFS SE 47º 2,98362 3,27842 4 Universidade Federal De Pelotas UFPEL RS 48º 2,97333 3,52769 4 Universidade Federal Dos Vales Do Jequitinhonha E Mucuri UFVJM MG 49º 2,97087 3,24444 4 136 Centro Federal De Educação Tecnológica Celso Suckow Da Fonseca CEFET/RJ RJ 50º 2,96566 3,16010 4 Fundação Universidade Federal Do Pampa - Unipampa UNIPAMPA RS 51º 2,96291 3,10379 4 Universidade Federal Rural Do Semi-Árido UFERSA RN 52º 2,95080 3,29919 4 Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Do Rio De Janeiro IFRJ RJ 53º 2,94172 3,04085 4 Universidade Federal De Campina Grande UFCG PB 54º 2,92826 3,30821 4 Universidade Federal De Mato Grosso Do Sul UFMS MS 55º 2,92407 3,24863 4 Universidade Federal Do Rio Grande FURG RS 56º 2,91172 3,43087 4 Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Do Rio Grande Do Norte IFRN RN 57º 2,89129 3,02863 4 Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Da Paraíba IFPB PB 58º 2,88467 2,90414 3 Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Do Espírito Santo IFES ES 59º 2,87045 3,04901 4 Universidade Federal Rural Da Amazônia UFRA PA 60º 2,86354 3,10973 4 Universidade Federal Do Cariri UFCA CE 61º 2,86300 3,00779 4 Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Do Paraná IFPR PR 62º 2,85436 2,89518 3 Instituto Federal De Educação, Ciencia E Tecnologia De Brasilia IFB DF 63º 2,85297 2,87073 3 Universidade Federal De Mato Grosso UFMT MT 64º 2,83443 3,16486 4 Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Sul-Rio- Grandense IFSul RS 65º 2,81875 3,06136 4 Fundação Universidade Federal Da Grande Dourados UFGD MS 66º 2,81629 3,34787 4 Universidade Federal Do Oeste Da Bahia UFOB BA 67º 2,79028 2,96921 4 Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Baiano IFBAIANO BA 68º 2,78735 2,84258 3 Universidade Federal Do Sul E Sudeste Do Pará UNIFESSPA PA 69º 2,77941 2,95803 4 Universidade Federal De Alagoas UFAL AL 70º 2,77845 2,99676 4 Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia De Minas Gerais IFMG MG 71º 2,77601 2,79703 3 Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia De Goiás IFG GO 72º 2,76187 2,82046 3 Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Fluminense IFFluminense RJ 73º 2,75570 2,88917 3 Fundação Universidade Federal Do Tocantins UFT TO 74º 2,73116 2,96272 4Universidade Federal Do Acre UFAC AC 75º 2,72506 2,91791 3 137 Universidade Federal Do Recôncavo Da Bahia UFRB BA 76º 2,71986 2,91552 3 Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Do Sudeste De Minas Gerais IFSEMG MG 77º 2,71755 2,76231 3 Universidade Federal Do Amazonas UFAM AM 78º 2,71633 2,95312 4 Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Do Ceará IFCE CE 79º 2,71560 2,78391 3 Instituto Nacional De Educação De Surdos INES RJ 80º 2,71133 2,71133 3 Universidade Federal Do Pará UFPA PA 81º 2,70047 3,33193 4 Universidade Federal Do Piauí UFPI PI 82º 2,66316 2,90769 3 Instituto Federal De Educação Ciência E Tecnologia De Rondônia IFRO RO 83º 2,63923 2,66376 3 Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia De Mato Grosso Do Sul IFMS MS 84º 2,62555 2,68282 3 Fundação Universidade Federal De Rondônia UNIR RO 85º 2,61649 2,82758 3 Universidade Federal De Roraima UFRR RR 86º 2,61310 2,82459 3 Universidade Federal Do Oeste Do Pará UFOPA PA 87º 2,59349 2,97454 4 Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Do Pará IFPA PA 88º 2,58056 2,77052 3 Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Do Triângulo Mineiro IFTM MG 89º 2,56235 2,66062 3 Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia De Pernambuco IFPE PE 90º 2,56214 2,59288 3 Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Do Amazonas IFAM AM 91º 2,54480 2,78747 3 Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia De Sergipe IFS SE 92º 2,52528 2,62222 3 Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Do Tocantins IFTO TO 93º 2,49674 2,50965 3 Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Do Norte De Minas Gerais IFNMG MG 94º 2,48765 2,51194 3 Universidade Federal Do Amapá UNIFAP AP 95º 2,44973 2,60276 3 Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia De Alagoas IFAL AL 96º 2,39008 2,42829 3 Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Do Sertão Pernambucano IF Sertão PE 97º 2,37951 2,40478 3 Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Do Maranhão IFMA MA 98º 2,35760 2,39262 3 Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Do Piauí IFPI PI 99º 2,34045 2,42460 3 Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia De Mato Grosso IFMT MT 100º 2,33616 2,37426 3 138 Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Do Amapá IFAP AP 101º 2,20433 2,20433 3 Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia De Roraima IFRR RR 102º 2,12309 2,12309 3 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Acre IFAC AC 103º 2,10801 2,14334 3 Fonte: Índice Geral de Cursos (IGC - 2018), INEP – MEC, reestruturado pelo autor. 139 7.2. Tabela 16 – Análise inicial aos critérios de acessibilidade no eMAG (SINF 01) Considerando grau de acessibilidade do Relatório do Software ASES por Níveis de Acessibilidade tendo a porcentagem dependente da conformidade às recomendações do eMAG: Alto Grau de Acessibilidade porcentagem igual ou superior a 95%; Médio Grau de Acessibilidade porcentagem menor que 95% e maior ou igual a 85%; Baixo Grau de Acessibilidade porcentagem menor que 85% e menor ou igual a 70%; e Baixíssimo Grau de Acessibilidade porcentagem Inferior a 70%. Nome da IES Sigla da IES Região UF Website Índice ASES (%) Classificação inicial ASES Referência: maior ou igual 95% - Alto grau de acessibilidade Universidade Federal Do Recôncavo Da Bahia UFRB Nordeste BA https://ufrb.edu.br/ 99,99 1º Universidade Da Integração Internacional Da Lusofonia Afro-Brasileira UNILAB Nordeste CE https://unilab.edu.br/ 99,53 2º Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Do Triângulo Mineiro IFTM Sudeste MG https://iftm.edu.br/ 99,53 3º Universidade Federal Rural De Pernambuco UFRPE Nordeste PE http://www.ufrpe.br/ 95,05 4º Referência: Menor que 95% a maior ou igual a 85% - Médio Grau de acessibilidade Universidade Federal Rural Da Amazônia UFRA Norte PA https://novo.ufra.edu.br/ 94,49 5º Universidade Federal Do Maranhão UFMA Nordeste MA https://portalpadrao.ufma.br/si te 94,43 6º Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia De Mato Grosso Do Sul IFMS Centro- oeste MS https://www.ifms.edu.br/ 93,68 7º Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Do Piauí IFPI Nordeste PI https://www.ifpi.edu.br/ 93,67 8º Fundação Universidade Federal De Rondônia UNIR Norte RO https://www.unir.br/ 93,45 9º Universidade Federal Do Oeste Do Pará UFOPA Norte PA http://www.ufopa.edu.br/ 92,53 10º Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Da Paraíba IFPB Nordeste PB https://www.ifpb.edu.br/ 92,44 11º Universidade Federal De Juiz De Fora UFJF Sudeste MG https://www2.ufjf.br/ufjf/ 92,37 12º https://ufrb.edu.br/ https://unilab.edu.br/ https://iftm.edu.br/ http://www.ufrpe.br/ https://novo.ufra.edu.br/ https://portalpadrao.ufma.br/site https://portalpadrao.ufma.br/site https://www.ifms.edu.br/ https://www.ifpi.edu.br/ https://www.unir.br/ http://www.ufopa.edu.br/ https://www.ifpb.edu.br/ https://www2.ufjf.br/ufjf/ 140 Universidade Federal Do Estado Do Rio De Janeiro UNIRIO Sudeste RJ http://www.unirio.br/ 92,00 13º Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia De Goiás IFG Centro- oeste GO https://www.ifg.edu.br/ 91,93 14º Universidade Tecnológica Federal Do Paraná UTFPR Sul PR http://www.utfpr.edu.br/ 90,48 15º Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Do Espírito Santo IFES Sudeste ES https://www.ifes.edu.br/ 89,62 16º Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Farroupilha IFFarroupilha Sul RS https://www.iffarroupilha.edu. br/ 89,45 17º Universidade Federal Da Paraíba UFPB Nordeste PB https://www.ufpb.br/ 89,43 18º Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Sul-Rio-Grandense IFSul Sul RS http://www.ifsul.edu.br/ 89,14 19º Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia De Alagoas IFAL Nordeste AL https://www2.ifal.edu.br/ 89,03 20º Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia De São Paulo IFSP Sudeste SP https://www.ifsp.edu.br/ 88,94 21º Universidade Federal Da Integração Latino-Americana UNILA Sul PR https://portal.unila.edu.br/ 88,91 22º Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Do Sul De Minas Gerais IF SUL DE MINAS Sudeste MG https://portal.ifsuldeminas.edu .br/index.php 88,83 23º Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia De Sergipe IFS Nordeste SE http://www.ifs.edu.br/ 88,52 24º Fundação Universidade Federal Do Pampa - Unipampa UNIPAMPA Sul RS https://unipampa.edu.br/portal/ 88,23 25º Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Do Sudeste De Minas Gerais IFSEMG Sudeste MG https://www.ifsudestemg.edu. br/ 88,19 26º Fundação Universidade Federal Do Vale Do São Francisco UNIVASF Nordeste PE https://portais.univasf.edu.br/ 88,14 27º Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Do Norte De Minas Gerais IFNMG Sudeste MG https://www.ifnmg.edu.br/ 88,10 28º http://www.unirio.br/ https://www.ifg.edu.br/ http://www.utfpr.edu.br/ https://www.ifes.edu.br/ https://www.iffarroupilha.edu.br/ https://www.iffarroupilha.edu.br/ https://www.ufpb.br/ http://www.ifsul.edu.br/ https://www2.ifal.edu.br/ https://portal.unila.edu.br/ https://portal.ifsuldeminas.edu.br/index.php https://portal.ifsuldeminas.edu.br/index.php http://www.ifs.edu.br/ https://unipampa.edu.br/portal/ https://www.ifsudestemg.edu.br/ https://www.ifsudestemg.edu.br/ https://portais.univasf.edu.br/ https://www.ifnmg.edu.br/ 141 Universidade Federal Do Amazonas UFAM Norte AM https://www.ufam.edu.br/ 87,97 29º Fundação Universidade Federal De Ciências Da Saúde De Porto Alegre UFCSPA Sul RS https://www.ufcspa.edu.br/ 87,40 30º Universidade Federal Rural Do Rio De Janeiro UFRRJ Sudeste RJ https://portal.ufrrj.br/ 87,32 31º Fundação Universidade Federal Do Abc UFABC Sudeste SP https://www.ufabc.edu.br/ 87,18 32ºInstituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Do Ceará IFCE Nordeste CE https://ifce.edu.br/ 87,16 33º Universidade Federal De Santa Catarina UFSC Sul SC https://ufsc.br/ 86,96 34º Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Do Tocantins IFTO Norte TO http://www.ifto.edu.br/ 86,71 35º Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Do Amapá IFAP Norte AP https://www.ifap.edu.br/ 86,60 36º Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia De Pernambuco IFPE Nordeste PE https://www.ifpe.edu.br/ 86,44 37º Universidade Federal De São Carlos UFSCAR Sudeste SP https://www2.ufscar.br/ 86,41 38º Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia De Minas Gerais IFMG Sudeste MG https://www.ifmg.edu.br/porta l 86,31 39º Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Do Rio De Janeiro IFRJ Sudeste RJ https://portal.ifrj.edu.br/index. php 85,94 40º Universidade Federal Do Rio Grande Do Sul UFRGS Sul RS http://www.ufrgs.br/ufrgs/inici al 85,90 41º Referência: Menor que 85% a maior ou igual a 70% - Baixo Grau de Acessibilidade Centro Federal De Educação Tecnológica De Minas Gerais CEFET/MG Sudeste MG https://www.cefetmg.br/ 84,56 42º Universidade Federal De Alagoas UFAL Nordeste AL https://ufal.br/ 84,41 43º Universidade Federal Do Oeste Da Bahia UFOB Nordeste BA https://ufob.edu.br/ 83,38 44º Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia De Mato Grosso IFMT Centro- oeste MT http://ifmt.edu.br/ 83,02 45º Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Do Sertão Pernambucano IF Sertão Nordeste PE https://www.ifsertao- pe.edu.br/ 82,78 46º https://www.ufam.edu.br/ https://www.ufcspa.edu.br/ https://portal.ufrrj.br/ https://www.ufabc.edu.br/ https://ifce.edu.br/ https://ufsc.br/ http://www.ifto.edu.br/ https://www.ifap.edu.br/ https://www.ifpe.edu.br/ https://www2.ufscar.br/ https://www.ifmg.edu.br/portal https://www.ifmg.edu.br/portal https://portal.ifrj.edu.br/index.php https://portal.ifrj.edu.br/index.php http://www.ufrgs.br/ufrgs/inicial http://www.ufrgs.br/ufrgs/inicial https://www.cefetmg.br/ https://ufal.br/ https://ufob.edu.br/ http://ifmt.edu.br/ https://www.ifsertao-pe.edu.br/ https://www.ifsertao-pe.edu.br/ 142 Universidade Federal Da Fronteira Sul UFFS Sul SC https://www.uffs.edu.br/ 82,66 47º Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Do Acre IFAC Norte AC www.ifac.edu.br 82,52 48º Universidade Federal Do Sul E Sudeste Do Pará UNIFESSPA Norte PA https://www.unifesspa.edu.br/ 82,46 49º Centro Federal De Educação Tecnológica Celso Suckow Da Fonseca CEFET/RJ Sudeste RJ http://www.cefet-rj.br/ 82,46 50º Universidade Federal Do Espírito Santo UFES Sudeste ES https://www.ufes.br/ 82,40 51º Universidade Federal De Sergipe UFS Nordeste SE https://www.ufs.br/ 82,29 52º Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Da Bahia IFBA Nordeste BA https://portal.ifba.edu.br/ 82,25 53º Universidade Federal De Campina Grande UFCG Nordeste PB https://portal.ufcg.edu.br/ 82,08 54º Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Fluminense IFFluminense Sudeste RJ https://portal1.iff.edu.br/ 82,00 55º Universidade Federal Do Acre UFAC Norte AC http://www.ufac.br/ 81,96 56º Universidade De Brasília UNB Centro- oeste DF https://www.unb.br/ 81,84 57º Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Do Rio Grande Do Norte IFRN Nordeste RN https://portal.ifrn.edu.br/ 81,82 58º Universidade Federal Do Rio De Janeiro UFRJ Sudeste RJ https://ufrj.br/ 81,76 59º Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia de Santa Catarina IFSC Sul SC https://www.ifsc.edu.br/ 81,55 60º Universidade Federal Do Cariri UFCA Nordeste CE https://www.ufca.edu.br/ 81,42 61º Universidade Federal Do Rio Grande FURG Sul RS https://www.furg.br/ 81,12 62º Universidade Federal De Goiás UFG Centro- oeste GO https://www.ufg.br/ 80,89 63º Universidade Federal De Lavras UFLA Sudeste MG https://ufla.br/ 80,45 64º Universidade Federal De Uberlândia UFU Sudeste MG http://www.ufu.br/ 80,35 65º Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Baiano IFBAIANO Nordeste BA https://ifbaiano.edu.br/ 80,29 66º https://www.uffs.edu.br/ http://www.ifac.edu.br/ https://www.unifesspa.edu.br/ http://www.cefet-rj.br/ https://www.ufes.br/ https://www.ufs.br/ https://portal.ifba.edu.br/ https://portal.ufcg.edu.br/ https://portal1.iff.edu.br/ http://www.ufac.br/ https://www.unb.br/ https://portal.ifrn.edu.br/ https://ufrj.br/ https://www.ifsc.edu.br/ https://www.ufca.edu.br/ https://www.furg.br/ https://www.ufg.br/ https://ufla.br/ http://www.ufu.br/ https://ifbaiano.edu.br/ 143 Universidade Federal Do Rio Grande Do Norte UFRN Nordeste RN https://www.ufrn.br/ 80,07 67º Universidade Federal De Minas Gerais UFMG Sudeste MG https://ufmg.br/ 78,53 68º Universidade Federal Do Triângulo Mineiro UFTM Sudeste MG http://www.uftm.edu.br/ 78,08 69º Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia De Roraima IFRR Norte RR https://www.ifrr.edu.br/ 76,67 70º Universidade Federal Fluminense UFF Sudeste RJ http://www.uff.br/ 76,60 71º Universidade Federal De Itajubá - Unifei UNIFEI Sudeste MG https://unifei.edu.br/ 75,85 72º Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Catarinense IF Catarinense Sul SC https://ifc.edu.br/ 75,76 73º Universidade Federal De São João Del Rei UFSJ Sudeste MG https://www.ufsj.edu.br/ 75,47 74º Universidade Federal Rural Do Semi- Árido UFERSA Nordeste RN https://ufersa.edu.br/ 74,73 75º Universidade Federal De Alfenas UNIFAL- MG Sudeste MG https://www.unifal-mg.edu.br/ 74,55 76º Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Goiano IFGoiano Centro- oeste GO https://www.ifgoiano.edu.br/ 74,49 77º Universidade Federal Da Bahia UFBA Nordeste BA https://www.ufba.br/ 74,07 78º Universidade Federal De Pelotas UFPEL Sul RS https://portal.ufpel.edu.br/ 73,09 79º Universidade Federal Do Amapá UNIFAP Norte AP http://www.unifap.br/ 70,76 80º Referência: Menor que 70% - Baixíssimo Grau de Acessibilidade Universidade Federal De Pernambuco UFPE Nordeste PE https://www.ufpe.br/ 69,54 81º Universidade Federal Do Paraná UFPR Sul PR https://www.ufpr.br/portalufpr / 68,55 82º Universidade Federal De Ouro Preto UFOP Sudeste MG https://ufop.br/ 68,13 83º Universidade Federal Dos Vales Do Jequitinhonha E Mucuri UFVJM Sudeste MG http://www.ufvjm.edu.br/ 61,63 84º https://www.ufrn.br/ https://ufmg.br/ http://www.uftm.edu.br/ https://www.ifrr.edu.br/ http://www.uff.br/ https://unifei.edu.br/ https://www.ufsj.edu.br/ https://ufersa.edu.br/ https://www.unifal-mg.edu.br/ https://www.ifgoiano.edu.br/ https://www.ufba.br/ https://portal.ufpel.edu.br/ http://www.unifap.br/ https://www.ufpe.br/ https://www.ufpr.br/portalufpr/ https://www.ufpr.br/portalufpr/ https://ufop.br/ http://www.ufvjm.edu.br/ 144 Universidade Federal De Mato Grosso Do Sul UFMS Centro- oeste MS https://www.ufms.br/pb/ exception raised, check root cause for details: java.lang.NullPoin terException 85º Universidade Federal Do Piauí UFPI Nordeste PI https://ufpi.br/ exception raised, check root cause for details: java.lang.NullPoin terException 86º Universidade Federal De Santa Maria UFSM Sul RS https://www.ufsm.br/ exception raised, check root cause for details: java.lang.NullPoin terException 87º Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Do Rio Grande Do Sul IFRS Sul RS https://ifrs.edu.br/ exception raised, check root cause for details: java.lang.NullPoin terException 88º Universidade Federal De São Paulo UNIFESP Sudeste SP https://www.unifesp.br/ exception raised, check root cause for details: java.lang.NullPoin terException 89º Fundação Universidade Federal Do Tocantins UFT Norte TO https://www.uft.edu.br/ exception raised, check root cause for details: java.lang.NullPointerException 90º https://www.ufms.br/pb/ https://ufpi.br/ https://www.ufsm.br/ https://ifrs.edu.br/ https://www.unifesp.br/ https://www.uft.edu.br/ 145 Instituto Federal De Educação, Ciência de BRASILIA IFB Centro- oeste DF https://www.ifb.edu.br/ exception raised, check root cause for details: java.lang.NullPoin terException 91º Universidade Federal De Mato Grosso UFMT Centro- oeste MT https://www.ufmt.br/ exception raised, check root cause for details: java.lang.NullPoin terException 92º Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Do Amazonas IFAM Norte AM https://www2.ifam.edu.br/ url inválido 93º Universidade Federal Do Ceará UFC Nordeste CE https://www.ufc.br/ url inválido 94º Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Do Maranhão IFMA Nordeste MA https://portal.ifma.edu.br/ url inválido 95º Universidade Federal De Viçosa UFV Sudeste MG https://www.ufv.br/ url inválido 96º Fundação Universidade Federal Da Grande Dourados UFGD Centro- oeste MS https://www.ufgd.edu.br/ url inválido 97º Universidade Federal Do Pará UFPA Norte PA https://portal.ufpa.br/ url inválido 98º Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Do Pará IFPA Norte PA https://www.ifpa.edu.br/ url inválido 99º Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Do Paraná IFPR Sul PR https://reitoria.ifpr.edu.br/ url inválido 100º Instituto Nacional De Educação De Surdos INES Sudeste RJ https://www.ines.gov.br/ url inválido 101º Instituto Federal De Educação Ciência E Tecnologia De Rondônia IFRO Norte RO https://www.ifro.edu.br/ url inválido 102º Universidade Federal De Roraima UFRR Norte RR https://ufrr.br/ url inválido 103º Fonte: Autor, definida através da análise dos websites através do software ASES https://www.ifb.edu.br/ https://www.ufmt.br/ https://www2.ifam.edu.br/ https://www.ufc.br/ https://portal.ifma.edu.br/ https://www.ufv.br/ https://www.ufgd.edu.br/ https://portal.ufpa.br/ https://www.ifpa.edu.br/ https://reitoria.ifpr.edu.br/ https://www.ines.gov.br/ https://www.ifro.edu.br/ https://ufrr.br/ 146 7.3. Tabela 17 – Comparativo entre as ordenações do IGC e ASES das IFES Sigla da IES Sigla da UF Posição IGC Posição ASES Comparativo IGC (Faixa) Grau de acessibilidade inicial Nível ASES Comparativo UFCSPA RS 1º 27º Pior 5 87.40 Médio (4) Pior UFLA MG 2º 64º Pior 5 80,45 Baixo (3) Pior UFABC SP 3º 29º Pior 5 87.18 Médio (4) Pior UFV MG 4º 85º Pior 5 0,00 Sem grau (1) Pior UFMG MG 5º 68º Pior 5 78,53 Baixo (3) Pior IFSC SC 6º 60º Pior 4 81,55 Baixo (3) Pior UFRGS RS 7º 38º Pior 5 85.90 Médio (4) Pior UFSM RS 8º 86º Pior 4 0,00 Sem grau (1) Pior UFFS SC 9º 47º Pior 4 82,66 Baixo (3) Pior UFSCAR SP 10º 35º Pior 5 86.41 Médio (4) Pior UNIFESP SP 11º 87º Pior 5 0,00 Sem grau (1) Pior UNIFAL-MG MG 12º 76º Pior 4 74,55 Baixo (3) Pior UNB DF 13º 57º Pior 4 81,84 Baixo (3) Pior UNILAB CE 14º 2º Melhor 4 99.53 Alto (5) Melhor UFSC SC 15º 31º Pior 5 86.96 Médio (4) Pior UFC CE 16º 88º Pior 4 0,00 Sem grau (1) Pior UFRRJ RJ 17º 28º Pior 4 87.32 Médio (4) Estável UTFPR PR 18º 14º Melhor 4 90.48 Médio (4) Estável UFJF MG 19º 11º Melhor 4 92.37 Médio (4) Estável UFSJ MG 20º 74º Pior 4 75,47 Baixo (3) Pior IFRS RS 21º 89º Pior 4 0,00 Sem grau (1) Pior UFTM MG 22º 69º Pior 4 78,08 Baixo (3) Pior UFU MG 23º 65º Pior 4 80,35 Baixo (3) Pior UNILA PR 24º 43º Pior 4 88,91 Médio (4) Estável UNIFEI MG 25º 72º Pior 4 75,85 Baixo (3) Pior UNIRIO RJ 26º 12º Melhor 4 92.00 Médio (4) Estável 147 UFRJ RJ 27º 59º Pior 5 81,60 Baixo (3) Pior UFRN RN 28º 67º Pior 4 80,07 Baixo (3) Pior CEFET/MG MG 29º 39º Pior 4 84.56 Baixo (3) Pior UFPR PR 30º 82º Pior 5 68,55 Baixíssimo (2) Pior UFOP MG 31º 83º Pior 4 68,13 Baixíssimo (2) Pior IFFarroupilha RS 32º 16º Melhor 4 89.45 Médio (4) Estável UFF RJ 33º 71º Pior 4 76,60 Baixo (3) Pior UFRPE PE 34º 4º Melhor 4 95.05 Alto (5) Melhor UFPE PE 35º 81º Pior 4 69,54 Baixíssimo (2) Pior IFCatarinense SC 36º 73º Pior 4 75,76 Baixo (3) Pior UNIVASF PE 37º 24º Melhor 4 88.14 Médio (4) Estável UFES ES 38º 51º Pior 4 82,40 Baixo (3) Pior IF SUL DE MINAS MG 39º 21º Melhor 4 88.83 Médio (4) Estável IFSP SP 40º 20º Pior 4 88.94 Médio (4) Estável UFG GO 41º 63º Pior 4 80,89 Baixo (3) Pior UFPB PB 42º 17º Melhor 4 89.43 Médio (4) Estável IF Goiano GO 43º 13º Melhor 4 91.93 Médio (4) Estável UFBA BA 44º 78º Pior 4 74,07 Baixo (3) Pior IFBA BA 45º 53º Pior 4 82,25 Baixo (3) Pior UFMA MA 46º 6º Melhor 4 94.43 Médio (4) Estável UFS SE 47º 52º Pior 4 82,29 Baixo (3) Pior UFPEL RS 48º 79º Pior 4 73,09 Baixo (3) Pior UFVJM MG 49º 84º Pior 4 61,63 Baixíssimo (2) Pior CEFET/RJ RJ 50º 49º Melhor 4 82,46 Baixo (3) Pior UNIPAMPA RS 51º 23º Melhor 4 88.23 Médio (4) Estável UFERSA RN 52º 75º Pior 4 74,73 Baixo (3) Pior IFRJ RJ 53º 37º Melhor 4 85.94 Médio (4) Estável 148 UFCG PB 54º 54º Estável 4 82,08 Baixo (3) Pior UFMS MS 55º 90º Pior 4 0,00 Sem grau (1) Pior FURG RS 56º 62º Pior 4 81,12 Baixo (3) Pior IFRN RN 57º 58º Pior 4 81,82 Baixo (3) Pior IFPB PB 58º 10º Melhor 3 92.44 Médio (4) Melhor IFES ES 59º 15º Melhor 4 89.62 Médio (4) Estável UFRA PA 60º 5º Melhor 4 94.49 Médio (4) Estável UFCA CE 61º 61º Estável 4 81,42 Baixo (3) Pior IFPR PR 62º 103º Pior 3 0,00 Sem grau (1) Pior IFB DF 63º 91º Pior 3 0,00 Sem grau (1) Pior UFMT MT 64º 92º Pior 4 0,00 Sem grau (1) Pior IFSul RS 65º 18º Melhor 4 89.14 Médio (4) Estável UFGD MS 66º 93º Pior 4 0,00 Sem grau (1) Pior UFOB BA 67º 41º Melhor 4 83.38 Baixo (3) Pior IFBAIANO BA 68º 66º Melhor 3 80,29 Baixo (3) Estável UNIFESSPA PA 69º 50º Melhor 4 82,46 Baixo (3) Pior UFAL AL 70º 40º Melhor 4 84.41 Baixo (3) Pior IFMG MG 71º 36º Melhor 3 86.31 Médio (4) Melhor IFG GO 72º 77º Pior 3 74,49 Baixo (3) Estável IFFluminense RJ 73º 55º Melhor 3 82,00 Baixo (3) Estável UFT TO 74º 94º Pior 4 0,00 Sem grau (1) Pior UFAC AC 75º 56º Melhor 3 81,96 Baixo (3) Estável UFRB BA 76º 1º Melhor 3 99.99 Alto (5) Melhor IFSEMG MG 77º 44º Melhor 3 88,19 Médio (4) Melhor UFAM AM 78º 26º Melhor 4 87.97 Médio (4) Estável IFCE CE 79º 30º Melhor 3 87.10 Médio (4) Melhor INES RJ 80º 95º Pior 3 0,00 Sem grau (1) Pior UFPA PA 81º 96º Pior 4 0,00 Sem grau (1) Pior 149 UFPI PI 82º 97º Pior 3 0,00 Sem grau (1) Pior IFRO RO 83º 98º Pior 3 0,00 Sem grau (1) Pior IFMS MS 84º 7º Melhor 3 93.68 Médio (4) Melhor UNIR RO 85º 8º Melhor 3 93.45 Médio (4) Melhor UFRR RR 86º 99º Pior 3 0,00 Sem grau (1) Pior UFOPA PA 87º 9º Melhor 4 92.53 Médio (4) Melhor IFPA PA 88º 100º Pior 3 0,00 Sem grau (1) Pior IFTM MG 89º 3º Melhor 3 99.53 Alto (5) Melhor IFPE PE 90º 34º Melhor 3 86.44 Médio (4) Melhor IFAM AM 91º 101º Pior 3 0,00 Sem grau (1) Pior IFS SE 92º 22º Melhor 3 88.52 Médio (4) Melhor IFTO TO 93º 32º Melhor 3 86.71 Médio (4) Melhor IFNMG MG 94º 25º Melhor 3 88.10 Médio (4) Melhor UNIFAP AP 95º 80º Melhor 3 70,76 Baixo (3) Estável IFAL AL 96º 19º Melhor 3 89.03 Médio (4) Melhor IF Sertão PE 97º 46º Melhor 3 82,78 Baixo (3) Estável IFMA MA 98º 102º Pior 3 0,00 Sem grau (1) Pior IFPI PI 99º 42º Melhor 3 93,67 Médio (4) Melhor IFMT MT 100º 45º Melhor 3 83,02 Baixo (3) Estável IFAP AP 101º 33º Melhor 3 86.60 Médio (4) Melhor IFRR RR 102º 70º Melhor 3 76,67 Baixo (3) Estável IFAC AC 103º 48º Melhor 3 82,52 Baixo (3) Estável Fonte: Índice Geral de Cursos (IGC - 2018), INEP – MEC, reestruturado pelo autor. 150 7.4. Tabela 18 – Recomendações do eMAG (SINF 02) Grupo Marcações Link de acesso para recomendação Marcação 1.1 – Respeitar os Padrões Web http://eMAG.governoeletronico.gov.br/#r1.1 1.2 – Organizar o código HTML de forma lógica e semântica http://eMAG.governoeletronico.gov.br/#r1.2 1.3 – Utilizar corretamente os níveis de cabeçalho http://eMAG.governoeletronico.gov.br/#r1.3 1.4 – Ordenarde forma lógica e intuitiva a leitura e tabulação http://eMAG.governoeletronico.gov.br/#r1.4 1.5 – Fornecer âncoras para ir direto a um bloco de conteúdo http://eMAG.governoeletronico.gov.br/#r1.5 1.6 – Não utilizar tabelas para diagramação http://eMAG.governoeletronico.gov.br/#r1.6 1.7 – Separar links adjacentes http://eMAG.governoeletronico.gov.br/#r1.7 1.8 – Dividir as áreas de informação http://eMAG.governoeletronico.gov.br/#r1.8 1.9 – Não abrir novas instâncias sem a solicitação do usuário http://eMAG.governoeletronico.gov.br/#r1.9 Comportamento 2.1 – Disponibilizar todas as funções da página via teclado http://eMAG.governoeletronico.gov.br/#r2.1 2.2 – Garantir que os objetos programáveis sejam acessíveis http://eMAG.governoeletronico.gov.br/#r2.2 2.3 – Não criar páginas com atualização automática periódica http://eMAG.governoeletronico.gov.br/#r2.3 2.4 – Não utilizar redirecionamento automático de páginas http://eMAG.governoeletronico.gov.br/#r2.4 2.5 – Fornecer alternativa para modificar limite de tempo http://eMAG.governoeletronico.gov.br/#r2.5 2.6 – Não incluir situações com intermitência de tela http://eMAG.governoeletronico.gov.br/#r2.6 2.7 – Assegurar o controle do usuário sobre as alterações temporárias do conteúdo http://eMAG.governoeletronico.gov.br/#r2.7 Conteúdo e Informação 3.1 – Identificar o idioma principal da página http://eMAG.governoeletronico.gov.br/#r3.1 3.2 – Informar mudança de idioma no conteúdo http://eMAG.governoeletronico.gov.br/#r3.2 http://emag.governoeletronico.gov.br/#r1.1 http://emag.governoeletronico.gov.br/#r1.2 http://emag.governoeletronico.gov.br/#r1.3 http://emag.governoeletronico.gov.br/#r1.4 http://emag.governoeletronico.gov.br/#r1.5 http://emag.governoeletronico.gov.br/#r1.6 http://emag.governoeletronico.gov.br/#r1.7 http://emag.governoeletronico.gov.br/#r1.8 http://emag.governoeletronico.gov.br/#r1.9 http://emag.governoeletronico.gov.br/#r2.1 http://emag.governoeletronico.gov.br/#r2.2 http://emag.governoeletronico.gov.br/#r2.3 http://emag.governoeletronico.gov.br/#r2.4 http://emag.governoeletronico.gov.br/#r2.5 http://emag.governoeletronico.gov.br/#r2.6 http://emag.governoeletronico.gov.br/#r2.7 http://emag.governoeletronico.gov.br/#r3.1 http://emag.governoeletronico.gov.br/#r3.2 151 3.3 – Oferecer um título descritivo e informativo à página http://eMAG.governoeletronico.gov.br/#r3.3 3.4 – Informar o usuário sobre sua localização na página http://eMAG.governoeletronico.gov.br/#r3.4 3.5 – Descrever links clara e sucintamente http://eMAG.governoeletronico.gov.br/#r3.5 3.6 – Fornecer alternativa em texto para as imagens do sítio http://eMAG.governoeletronico.gov.br/#r3.6 3.7 – Utilizar mapas de imagem de forma acessível http://eMAG.governoeletronico.gov.br/#r3.7 3.8 – Disponibilizar documentos em formatos acessíveis http://eMAG.governoeletronico.gov.br/#r3.8 3.9 – Em tabelas, utilizar títulos e resumos de forma apropriada http://eMAG.governoeletronico.gov.br/#r3.9 3.10 – Associar células de dados às células de cabeçalho http://eMAG.governoeletronico.gov.br/#r3.10 3.11 – Garantir a leitura e compreensão das informações http://eMAG.governoeletronico.gov.br/#r3.11 3.12 – Disponibilizar uma explicação para siglas, abreviaturas e palavras em incomuns http://eMAG.governoeletronico.gov.br/#r3.12 Apresentação e Design 4.1 – Oferecer contraste mínimo entre o plano de fundo e o primeiro plano http://eMAG.governoeletronico.gov.br/#r4.1 4.2 – Não utilizar apenas cor ou outras características sensoriais para diferenciar elementos http://eMAG.governoeletronico.gov.br/#r4.2 4.3 – Permitir redimensionamento sem perda de funcionalidade http://eMAG.governoeletronico.gov.br/#r4.3 4.4 – Possibilitar que o elemento com foco seja visualmente evidente http://eMAG.governoeletronico.gov.br/#r4.4 Multimídia 5.1 – Fornecer alternativa para vídeo http://eMAG.governoeletronico.gov.br/#r5.1 5.2 – Fornecer alternativa para áudio http://eMAG.governoeletronico.gov.br/#r5.2 http://emag.governoeletronico.gov.br/#r3.3 http://emag.governoeletronico.gov.br/#r3.4 http://emag.governoeletronico.gov.br/#r3.5 http://emag.governoeletronico.gov.br/#r3.6 http://emag.governoeletronico.gov.br/#r3.7 http://emag.governoeletronico.gov.br/#r3.8 http://emag.governoeletronico.gov.br/#r3.9 http://emag.governoeletronico.gov.br/#r3.10 http://emag.governoeletronico.gov.br/#r3.11 http://emag.governoeletronico.gov.br/#r3.12 http://emag.governoeletronico.gov.br/#r4.1 http://emag.governoeletronico.gov.br/#r4.2 http://emag.governoeletronico.gov.br/#r4.3 http://emag.governoeletronico.gov.br/#r4.4 http://emag.governoeletronico.gov.br/#r5.1 http://emag.governoeletronico.gov.br/#r5.2 152 5.3 – Oferecer audiodescrição para vídeo pré-gravado http://eMAG.governoeletronico.gov.br/#r5.3 5.4 – Fornecer controle de áudio para som http://eMAG.governoeletronico.gov.br/#r5.4 5.5 – Fornecer controle de animação http://eMAG.governoeletronico.gov.br/#r5.5 Formulário 6.1 – Fornecer alternativa em texto para os botões de imagem de formulários http://eMAG.governoeletronico.gov.br/#r6.1 6.2 – Associar etiquetas aos seus campos http://eMAG.governoeletronico.gov.br/#r6.2 6.3 – Estabelecer uma ordem lógica de navegação http://eMAG.governoeletronico.gov.br/#r6.3 6.4 – Não provocar automaticamente alteração no contexto http://eMAG.governoeletronico.gov.br/#r6.4 6.5 – Fornecer instruções para entrada de dados http://eMAG.governoeletronico.gov.br/#r6.5 6.6 – Identificar e descrever erros de entrada de dados e confirmar envio das informações http://eMAG.governoeletronico.gov.br/#r6.6 6.7 – Agrupar campos de formulário http://eMAG.governoeletronico.gov.br/#r6.7 6.8 – Fornecer estratégias de segurança específicas ao invés de CAPTCHA http://eMAG.governoeletronico.gov.br/#r6.8 Fonte: Autor baseado nos dados do Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico http://emag.governoeletronico.gov.br/#r5.3 http://emag.governoeletronico.gov.br/#r5.4 http://emag.governoeletronico.gov.br/#r5.5 http://emag.governoeletronico.gov.br/#r6.1 http://emag.governoeletronico.gov.br/#r6.2 http://emag.governoeletronico.gov.br/#r6.3 http://emag.governoeletronico.gov.br/#r6.4 http://emag.governoeletronico.gov.br/#r6.5 http://emag.governoeletronico.gov.br/#r6.6 http://emag.governoeletronico.gov.br/#r6.6 http://emag.governoeletronico.gov.br/#r6.7 http://emag.governoeletronico.gov.br/#r6.7 http://emag.governoeletronico.gov.br/#r6.8 http://emag.governoeletronico.gov.br/#r6.8 153 7.5. Nota Técnica nº 001 / 2023 / PPHPBC / CPDOC / FGV (SINF 03) NOTA TÉCNICA Nº 001 / 2023 / PPHPBC / CPDOC / FGV Assunto: Acessibilidade dos websites das IFES Interessado: Ramon Maciel Ferreira Email: ramonferreirajf@gmail.com Filiação: Programa de Pós-Graduação em História, Política e Bens Culturais. Doutorado Profissional em Bens Culturais e Projetos Sociais. Centro de Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC) – Fundação Getúlio Vargas (FGV) Arquivista – Controladoria Geral da União Regional do Estado do Rio Grande do Norte (CGU RN) Ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação _____________; Venho por meio desta Nota Técnica, apontar fato público em discordância e dissonância aos Princípios Fundamentais da Administração Pública, bem como contrário às resoluções, orientações e posicionamentos adotados pelo Ministério da Educação, quanto a acessibilidade dos websites das Instituições Federais de Ensino Superior no Brasil. I – Relatório No desenvolvimento de estudos no grau de doutoramento, na Fundação Getúlio Vargas foi possível observar que o nível de acessibilidade média das IFES não alcança o nível mínimo estabelecido para que os websites sejam considerados acessíveis Os resultados obtidos, são baseados na média simples do grau de acessibilidade dos websites, ao longo dos doze meses de coleta. Sendo que 96,28% das IFES analisadasapresentaram resultados abaixo no de alto nível de acessibilidade, baseados no ASES, o que significa quase a totalidade das instituições não consegui atingir níveis mínimos de acessibilidade que garantam ao usuário utilizar de forma autônoma o conteúdo disponibilizado, impossibilitando o exercício de sua cidadania plena, no que tange ao acesso à informação disponibilizadas pelas IFES analisada. 154 Eventuais danos podem impedir que o usuário final, consiga acessar o conteúdo dos websites de maneira autônoma ou através de tecnologias assistivas. A existência de barreira de comunicação, impedem um contínuo fluxo interpretativo, diminuindo a usabilidade do website e resultando em um serviço com grau de acessibilidade abaixo do esperado para ações do Estado. Como parâmetro de análise, utilizo as faixas estabelecidas no relatório do software ASES, por comparativo entendo que para que um website seja considerado eficiente é necessário atingir o nível “Alto grau de acessibilidade, Maior ou igual a 95%”, ou seja, um ambiente digital universal e inclusivo. Nos níveis baixo e baixíssimo, casos mais graves de inadequação é possível que o usuário final enfrente inúmeras dificuldades para de acessar a informação ou impossibilitar o acesso, visto o conteúdo não foi elaborado para ser universal e acessível. A amostra corresponde a vinte e oito IFES, os respectivos websites foram analisados mensalmente, de junho do ano de 2021 até maio de 2022, totalizando doze análises, obtendo os seguintes resultados: 1. Apenas 3,71% dos websites analisados apresentaram nível de Alto Grau de Acessibilidade (≥ 95%), o que significa que apenas estas instituições conseguiram atingir um nível consonante ao Princípio Público da Eficiência; 2. Apenas 59,82% dos websites analisados apresentaram nível de Médio Grau de Acessibilidade (> 95% e ≥ 85%), o que significa que apenas estas instituições conseguiram atingir um nível mínimo consonante ao Princípio Público da Eficiência; 3. Um total de 14,06% dos websites analisados apresentou nível de Baixo (> 85% e ≥ 70%); e 4. Um total de 22,39% Baixíssimo Grau de Acessibilidade (> 70%). II – Finalidade 3 a 4 parágrafos a. Adequação do código-fonte dos websites; b. Garantia do direito de acesso à Informação; e c. Garantir que o serviço público de informar esteja eficiente. III – Fundamentação legal a. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988. 155 Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: I - a soberania; II - a cidadania; III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; (Vide Lei nº 13.874, de 2019) Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; II - garantir o desenvolvimento nacional; III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. TÍTULO II DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS CAPÍTULO I DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes. [...] XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional; b. LEI Nº 12.527, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2011. Regula o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5º, no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 da Constituição Federal; altera a Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990; revoga a Lei nº 11.111, de 5 de maio de 2005, e dispositivos da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991; e dá outras providências. Art. 1º. [...] Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei: I - os órgãos públicos integrantes da administração direta dos Poderes Executivo, Legislativo, incluindo as Cortes de Contas, e Judiciário e do Ministério Público; II - as autarquias, as fundações públicas, as http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art1 156 empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Art. 3º Os procedimentos previstos nesta Lei destinam-se a assegurar o direito fundamental de acesso à informação e devem ser executados em conformidade com os princípios básicos da administração pública e com as seguintes diretrizes: I - observância da publicidade como preceito geral e do sigilo como exceção; II - divulgação de informações de interesse público, independentemente de solicitações; III - utilização de meios de comunicação viabilizados pela tecnologia da informação; IV - fomento ao desenvolvimento da cultura de transparência na administração pública; V - desenvolvimento do controle social da administração pública. Art. 4º Para os efeitos desta Lei, considera-se: I - informação: dados, processados ou não, que podem ser utilizados para produção e transmissão de conhecimento, contidos em qualquer meio, suporte ou formato; II - documento: unidade de registro de informações, qualquer que seja o suporte ou formato; [...] V - tratamento da informação: conjunto de ações referentes à produção, recepção, classificação, utilização, acesso, reprodução, transporte, transmissão, distribuição, arquivamento, armazenamento, eliminação, avaliação, destinação ou controle da informação; VI - disponibilidade: qualidade da informação que pode ser conhecida e utilizada por indivíduos, equipamentos ou sistemas autorizados; VII - autenticidade: qualidade da informação que tenha sido produzida, expedida, recebida ou modificada por determinado indivíduo, equipamento ou sistema; VIII - integridade: qualidade da informação não modificada, inclusive quanto à origem, trânsito e destino; IX - primariedade: qualidade da informação coletada na fonte, com o máximo de detalhamento possível, sem modificações. Art. 5º É dever do Estado garantir o direito de acesso à informação, que será franqueada, mediante procedimentos objetivos e ágeis, de forma transparente, clara e em linguagem de fácil compreensão. CAPÍTULO II. DO ACESSO A INFORMAÇÕES E DA SUA DIVULGAÇÃO Art. 6º Cabe aos órgãos e entidades do poder público, observadas as normas e procedimentos específicos aplicáveis, assegurar a: I - gestão transparente da informação, propiciando amplo acesso a ela e sua divulgação; II - proteção da informação, garantindo-se sua disponibilidade, autenticidade e integridade; e III - proteção da informação sigilosa e da informação pessoal, observada a sua disponibilidade, autenticidade, integridade e eventual restrição de acesso. 157 Art. 7º O acesso à informação de que trata esta Lei compreende, entre outros, os direitos de obter: I - orientação sobre os procedimentos para a consecução de acesso, bem como sobre o local onde poderá ser encontradaou obtida a informação almejada; II - informação contida em registros ou documentos, produzidos ou acumulados por seus órgãos ou entidades, recolhidos ou não a arquivos públicos; III - informação produzida ou custodiada por pessoa física ou entidade privada decorrente de qualquer vínculo com seus órgãos ou entidades, mesmo que esse vínculo já tenha cessado; IV - informação primária, íntegra, autêntica e atualizada; V - informação sobre atividades exercidas pelos órgãos e entidades, inclusive as relativas à sua política, organização e serviços; VI - informação pertinente à administração do patrimônio público, utilização de recursos públicos, licitação, contratos administrativos; e VII - informação relativa: a) à implementação, acompanhamento e resultados dos programas, projetos e ações dos órgãos e entidades públicas, bem como metas e indicadores propostos; b) ao resultado de inspeções, auditorias, prestações e tomadas de contas realizadas pelos órgãos de controle interno e externo, incluindo prestações de contas relativas a exercícios anteriores. § 1º O acesso à informação previsto no caput não compreende as informações referentes a projetos de pesquisa e desenvolvimento científicos ou tecnológicos cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. § 3º Os sítios de que trata o § 2º deverão, na forma de regulamento, atender, entre outros, aos seguintes requisitos: I - conter ferramenta de pesquisa de conteúdo que permita o acesso à informação de forma objetiva, transparente, clara e em linguagem de fácil compreensão; II - possibilitar a gravação de relatórios em diversos formatos eletrônicos, inclusive abertos e não proprietários, tais como planilhas e texto, de modo a facilitar a análise das informações; III - possibilitar o acesso automatizado por sistemas externos em formatos abertos, estruturados e legíveis por máquina; IV - divulgar em detalhes os formatos utilizados para estruturação da informação; V - garantir a autenticidade e a integridade das informações disponíveis para acesso; VI - manter atualizadas as informações disponíveis para acesso; VII - indicar local e instruções que permitam ao interessado comunicar-se, por via eletrônica ou telefônica, com o órgão ou entidade detentora do sítio; e VIII - adotar as medidas necessárias para garantir a acessibilidade de conteúdo para pessoas com deficiência, nos termos do art. 17 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, e do art. 9º da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, aprovada pelo Decreto Legislativo nº 186, de 9 de julho de 2008. Em Consonâcia com: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L10098.htm#art17 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Congresso/DLG186-2008.htm#art9 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Congresso/DLG186-2008.htm#art9 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Congresso/DLG186-2008.htm#art9 158 c. LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Art. 1º É instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania. Parágrafo único. Esta Lei tem como base a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, ratificados pelo Congresso Nacional por meio do Decreto Legislativo nº 186, de 9 de julho de 2008 , em conformidade com o procedimento previsto no § 3º do art. 5º da Constituição da República Federativa do Brasil , em vigor para o Brasil, no plano jurídico externo, desde 31 de agosto de 2008, e promulgados pelo Decreto nº 6.949, de 25 de agosto de 2009 , data de início de sua vigência no plano interno. Art. 3º Para fins de aplicação desta Lei, consideram-se: I - acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como de outros serviços e instalações abertos ao público, de uso público ou privados de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida; II - desenho universal: concepção de produtos, ambientes, programas e serviços a serem usados por todas as pessoas, sem necessidade de adaptação ou de projeto específico, incluindo os recursos de tecnologia assistiva; III - tecnologia assistiva ou ajuda técnica: produtos, equipamentos, dispositivos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivem promover a funcionalidade, relacionada à atividade e à participação da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, visando à sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social; IV - barreiras: qualquer entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que limite ou impeça a participação social da pessoa, bem como o gozo, a fruição e o exercício de seus direitos à acessibilidade, à liberdade de movimento e de expressão, à comunicação, ao acesso à informação, à compreensão, à circulação com segurança, entre outros, classificadas em: [...]d) barreiras nas comunicações e na informação: qualquer entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que dificulte ou impossibilite a expressão ou o recebimento de mensagens e de informações por intermédio de sistemas de comunicação e de tecnologia da informação; e) barreiras atitudinais: atitudes ou comportamentos que impeçam ou prejudiquem a participação social da pessoa com deficiência http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/CONGRESSO/DLG/DLG-186-2008.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art5%C2%A73 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art5%C2%A73 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D6949.htm 159 em igualdade de condições e oportunidades com as demais pessoas; f) barreiras tecnológicas: as que dificultam ou impedem o acesso da pessoa com deficiência às tecnologias; V - comunicação: forma de interação dos cidadãos que abrange, entre outras opções, as línguas, inclusive a Língua Brasileira de Sinais (Libras), a visualização de textos, o Braille, o sistema de sinalização ou de comunicação tátil, os caracteres ampliados, os dispositivos multimídia, assim como a linguagem simples, escrita e oral, os sistemas auditivos e os meios de voz digitalizados e os modos, meios e formatos aumentativos e alternativos de comunicação, incluindo as tecnologias da informação e das comunicações; CAPÍTULO II. DA IGUALDADE E DA NÃO DISCRIMINAÇÃO Art. 4º Toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades com as demais pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de discriminação. § 1º Considera-se discriminação em razão da deficiência toda forma de distinção, restrição ou exclusão, por ação ou omissão, que tenha o propósito ou o efeito de prejudicar, impedir ou anular o reconhecimento ou o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais de pessoa com deficiência, incluindo a recusa de adaptações razoáveis e de fornecimento de tecnologias assistivas. Art. 5º A pessoa com deficiência será protegida de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, tortura, crueldade, opressão e tratamento desumano ou degradante. Parágrafo único. Para os fins da proteção mencionada no caput deste artigo, são considerados especialmente vulneráveis a criança, o adolescente, a mulher e o idoso, com deficiência Art. 7º É dever de todos comunicar à autoridade competente qualquer forma de ameaça ou de violação aos direitos da pessoa com deficiência. Parágrafo único. Se, no exercício de suasfunções, os juízes e os tribunais tiverem conhecimento de fatos que caracterizem as violações previstas nesta Lei, devem remeter peças ao Ministério Público para as providências cabíveis. Art. 8º É dever do Estado, da sociedade e da família assegurar à pessoa com deficiência, com prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à sexualidade, à paternidade e à maternidade, à alimentação, à habitação, à educação, à profissionalização, ao trabalho, à previdência social, à habilitação e à reabilitação, ao transporte, à acessibilidade, à cultura, ao desporto, ao turismo, ao lazer, à informação, à comunicação, aos avanços científicos e tecnológicos, à dignidade, ao respeito, à liberdade, à convivência familiar e comunitária, entre outros decorrentes da Constituição Federal, da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com 160 Deficiência e seu Protocolo Facultativo e das leis e de outras normas que garantam seu bem- estar pessoal, social e econômico. Seção Única. Do Atendimento Prioritário Art. 9º A pessoa com deficiência tem direito a receber atendimento prioritário, sobretudo com a finalidade de: I - proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; II - atendimento em todas as instituições e serviços de atendimento ao público; III - disponibilização de recursos, tanto humanos quanto tecnológicos, que garantam atendimento em igualdade de condições com as demais pessoas; IV - disponibilização de pontos de parada, estações e terminais acessíveis de transporte coletivo de passageiros e garantia de segurança no embarque e no desembarque; V - acesso a informações e disponibilização de recursos de comunicação acessíveis; VI - recebimento de restituição de imposto de renda; VII - tramitação processual e procedimentos judiciais e administrativos em que for parte ou interessada, em todos os atos e diligências. § 1º Os direitos previstos neste artigo são extensivos ao acompanhante da pessoa com deficiência ou ao seu atendente pessoal, exceto quanto ao disposto nos incisos VI e VII deste artigo. § 2º Nos serviços de emergência públicos e privados, a prioridade conferida por esta Lei é condicionada aos protocolos de atendimento médico. CAPÍTULO IV. DO DIREITO À EDUCAÇÃO Art. 27. A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurados sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem. Parágrafo único. É dever do Estado, da família, da comunidade escolar e da sociedade assegurar educação de qualidade à pessoa com deficiência, colocando-a a salvo de toda forma de violência, negligência e discriminação. Art. 28. Incumbe ao poder público assegurar, criar, desenvolver, implementar, incentivar, acompanhar e avaliar: I - sistema educacional inclusivo em todos os níveis e modalidades, bem como o aprendizado ao longo de toda a vida; II - aprimoramento dos sistemas educacionais, visando a garantir condições de acesso, permanência, participação e aprendizagem, por meio da oferta de serviços e de recursos de acessibilidade que eliminem as barreiras e promovam a inclusão plena; [...] V - adoção de medidas individualizadas e coletivas em ambientes que maximizem o desenvolvimento acadêmico e social dos estudantes com deficiência, favorecendo o acesso, a permanência, a participação e a aprendizagem em instituições de ensino 161 VI - pesquisas voltadas para o desenvolvimento de novos métodos e técnicas pedagógicas, de materiais didáticos, de equipamentos e de recursos de tecnologia assistiva; VII - planejamento de estudo de caso, de elaboração de plano de atendimento educacional especializado, de organização de recursos e serviços de acessibilidade e de disponibilização e usabilidade pedagógica de recursos de tecnologia assistiva; [...] XIII - acesso à educação superior e à educação profissional e tecnológica em igualdade de oportunidades e condições com as demais pessoas; XV - acesso da pessoa com deficiência, em igualdade de condições, a jogos e a atividades recreativas, esportivas e de lazer, no sistema escolar; XVI - acessibilidade para todos os estudantes, trabalhadores da educação e demais integrantes da comunidade escolar às edificações, aos ambientes e às atividades concernentes a todas as modalidades, etapas e níveis de ensino; TÍTULO III. DA ACESSIBILIDADE. CAPÍTULO I. DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 53. A acessibilidade é direito que garante à pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida viver de forma independente e exercer seus direitos de cidadania e de participação social. Art. 54. São sujeitas ao cumprimento das disposições desta Lei e de outras normas relativas à acessibilidade, sempre que houver interação com a matéria nela regulada: I - a aprovação de projeto arquitetônico e urbanístico ou de comunicação e informação, a fabricação de veículos de transporte coletivo, a prestação do respectivo serviço e a execução de qualquer tipo de obra, quando tenham destinação pública ou coletiva; II - a outorga ou a renovação de concessão, permissão, autorização ou habilitação de qualquer natureza; III - a aprovação de financiamento de projeto com utilização de recursos públicos, por meio de renúncia ou de incentivo fiscal, contrato, convênio ou instrumento congênere; e IV - a concessão de aval da União para obtenção de empréstimo e de financiamento internacionais por entes públicos ou privados. Art. 55. A concepção e a implantação de projetos que tratem do meio físico, de transporte, de informação e comunicação, inclusive de sistemas e tecnologias da informação e comunicação, e de outros serviços, equipamentos e instalações abertos ao público, de uso público ou privado de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, devem atender aos princípios do desenho universal, tendo como referência as normas de acessibilidade. § 1º O desenho universal será sempre tomado como regra de caráter geral. § 2º Nas hipóteses em que comprovadamente o desenho universal não possa ser empreendido, deve ser adotada adaptação razoável. § 3º Caberá ao poder público promover a inclusão de conteúdos temáticos referentes ao desenho universal 162 nas diretrizes curriculares da educação profissional e tecnológica e do ensino superior e na formação das carreiras de Estado. § 4º Os programas, os projetos e as linhas de pesquisa a serem desenvolvidos com o apoio de organismos públicos de auxílio à pesquisa e de agências de fomento deverão incluir temas voltados para o desenho universal. § 5º Desde a etapa de concepção, as políticas públicas deverão considerar a adoção do desenho universal. CAPÍTULO II. DO ACESSO À INFORMAÇÃO E À COMUNICAÇÃO Art. 63. É obrigatória a acessibilidade nos sítios da internet mantidos por empresas com sede ou representação comercial no País ou por órgãos de governo, para uso da pessoa com deficiência, garantindo-lhe acesso às informações disponíveis, conforme as melhores práticas e diretrizes de acessibilidade adotadas internacionalmente. § 1º Os sítios devem conter símbolo de acessibilidade em destaque. Art. 64. A acessibilidade nos sítios da internet de que trata o art. 63 desta Lei deve ser observada para obtenção do financiamento de que trata o inciso III do art. 54 desta Lei. Art. 65. As empresas prestadoras de serviços de telecomunicações deverão garantir pleno acesso à pessoa com deficiência, conforme regulamentação específica. Art. 68. O poder público deve adotar mecanismos de incentivo à produção, à edição, à difusão, à distribuição e à comercialização de livros em formatos acessíveis, inclusive em publicações da administração pública ou financiadas com recursos públicos, com vistas a garantir à pessoa com deficiênciao direito de acesso à leitura, à informação e à comunicação. [...]§ 2º Consideram-se formatos acessíveis os arquivos digitais que possam ser reconhecidos e acessados por softwares leitores de telas ou outras tecnologias assistivas que vierem a substituí- los, permitindo leitura com voz sintetizada, ampliação de caracteres, diferentes contrastes e impressão em Braille. § 3º O poder público deve estimular e apoiar a adaptação e a produção de artigos científicos em formato acessível, inclusive em Libras. Art. 70. As instituições promotoras de congressos, seminários, oficinas e demais eventos de natureza científico-cultural devem oferecer à pessoa com deficiência, no mínimo, os recursos de tecnologia assistiva previstos no art. 67 desta Lei. Art. 71. Os congressos, os seminários, as oficinas e os demais eventos de natureza científico- cultural promovidos ou financiados pelo poder público devem garantir as condições de acessibilidade e os recursos de tecnologia assistiva. 163 Art. 73. Caberá ao poder público, diretamente ou em parceria com organizações da sociedade civil, promover a capacitação de tradutores e intérpretes da Libras, de guias intérpretes e de profissionais habilitados em Braille, audiodescrição, estenotipia e legendagem. CAPÍTULO III. DA TECNOLOGIA ASSISTIVA Art. 74. É garantido à pessoa com deficiência acesso a produtos, recursos, estratégias, práticas, processos, métodos e serviços de tecnologia assistiva que maximizem sua autonomia, mobilidade pessoal e qualidade de vida. Art. 75. O poder público desenvolverá plano específico de medidas, a ser renovado em cada período de 4 (quatro) anos, com a finalidade de: (Regulamento) I - facilitar o acesso a crédito especializado, inclusive com oferta de linhas de crédito subsidiadas, específicas para aquisição de tecnologia assistiva; II - agilizar, simplificar e priorizar procedimentos de importação de tecnologia assistiva, especialmente as questões atinentes a procedimentos alfandegários e sanitários; III - criar mecanismos de fomento à pesquisa e à produção nacional de tecnologia assistiva, inclusive por meio de concessão de linhas de crédito subsidiado e de parcerias com institutos de pesquisa oficiais; IV - eliminar ou reduzir a tributação da cadeia produtiva e de importação de tecnologia assistiva; V - facilitar e agilizar o processo de inclusão de novos recursos de tecnologia assistiva no rol de produtos distribuídos no âmbito do SUS e por outros órgãos governamentais. Parágrafo único. Para fazer cumprir o disposto neste artigo, os procedimentos constantes do plano específico de medidas deverão ser avaliados, pelo menos, a cada 2 (dois) anos. TÍTULO IV. DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA Art. 77. O poder público deve fomentar o desenvolvimento científico, a pesquisa e a inovação e a capacitação tecnológicas, voltados à melhoria da qualidade de vida e ao trabalho da pessoa com deficiência e sua inclusão social. § 1º O fomento pelo poder público deve priorizar a geração de conhecimentos e técnicas que visem à prevenção e ao tratamento de deficiências e ao desenvolvimento de tecnologias assistiva e social. § 2º A acessibilidade e as tecnologias assistiva e social devem ser fomentadas mediante a criação de cursos de pós-graduação, a formação de recursos humanos e a inclusão do tema nas diretrizes de áreas do conhecimento. § 3º Deve ser fomentada a capacitação tecnológica de instituições públicas e privadas para o desenvolvimento de tecnologias assistiva e social que sejam voltadas para melhoria da funcionalidade e da participação social da pessoa com deficiência. § 4º As medidas previstas http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Decreto/D10645.htm#art1 164 neste artigo devem ser reavaliadas periodicamente pelo poder público, com vistas ao seu aperfeiçoamento. Art. 78. Devem ser estimulados a pesquisa, o desenvolvimento, a inovação e a difusão de tecnologias voltadas para ampliar o acesso da pessoa com deficiência às tecnologias da informação e comunicação e às tecnologias sociais. Parágrafo único. Serão estimulados, em especial: I - o emprego de tecnologias da informação e comunicação como instrumento de superação de limitações funcionais e de barreiras à comunicação, à informação, à educação e ao entretenimento da pessoa com deficiência; II - a adoção de soluções e a difusão de normas que visem a ampliar a acessibilidade da pessoa com deficiência à computação e aos sítios da internet, em especial aos serviços de governo eletrônico. d. LEI nº 10.098, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2000. Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências Art. 1o Esta Lei estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, mediante a supressão de barreiras e de obstáculos nas vias e espaços públicos, no mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios e nos meios de transporte e de comunicação. CAPÍTULO VII. DA ACESSIBILIDADE NOS SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO E SINALIZAÇÃO Art. 17. O Poder Público promoverá a eliminação de barreiras na comunicação e estabelecerá mecanismos e alternativas técnicas que tornem acessíveis os sistemas de comunicação e sinalização às pessoas portadoras de deficiência sensorial e com dificuldade de comunicação, para garantir-lhes o direito de acesso à informação, à comunicação, ao trabalho, à educação, ao transporte, à cultura, ao esporte e ao lazer. CAPÍTULO VIII. DISPOSIÇÕES SOBRE AJUDAS TÉCNICAS Art. 20. O Poder Público promoverá a supressão de barreiras urbanísticas, arquitetônicas, de transporte e de comunicação, mediante ajudas técnicas. Art. 21. O Poder Público, por meio dos organismos de apoio à pesquisa e das agências de financiamento, fomentará programas destinados: I – à promoção de pesquisas científicas voltadas ao tratamento e prevenção de deficiências; II – ao desenvolvimento tecnológico 165 orientado à produção de ajudas técnicas para as pessoas portadoras de deficiência; III – à especialização de recursos humanos em acessibilidade CAPÍTULO X. DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 23. A Administração Pública federal direta e indireta destinará, anualmente, dotação orçamentária para as adaptações, eliminações e supressões de barreiras arquitetônicas existentes nos edifícios de uso público de sua propriedade e naqueles que estejam sob sua administração ou uso. Parágrafo único. A implementação das adaptações, eliminações e supressões de barreiras arquitetônicas referidas no caput deste artigo deverá ser iniciada a partir do primeiro ano de vigência desta Lei. Art. 24. O Poder Público promoverá campanhas informativas e educativas dirigidas à população em geral, com a finalidade de conscientizá-la e sensibilizá-la quanto à acessibilidade e à integração social da pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida. e. Portaria nº 3, de 7 de maio de 2007, no âmbito do sistema de Administração dos Recursos de Informação e Informática – SISP, tornando sua observância obrigatória nos websites do Governo brasileiro f. Decreto nº 7.611, de 17 de novembro de 2011, que dispõe sobre a educação especial, o atendimento educacional especializado e dá outras providências aponta em seu art. 5º, § 5º que “os núcleos de acessibilidade nas instituições federais de educação superior visam eliminar barreiras físicas, de comunicação e de informação que restringem a participação e o desenvolvimento acadêmico e social de estudantes com deficiência”. g. Lei nº 14.129, de 29 de março de 2021. Dispõe sobre princípios, regras e instrumentos para o Governo Digital e para o aumento da eficiência pública e altera a Lei nº 7.116, de 29 de agosto de 1983, a Lei nº 12.527, de 18 de novembropor Cusin (2010), através de um panorama acessível nas informações disponíveis nos websites é possível tornar este veículo institucional de comunicação em um instrumento democrático. Como justificativa da pesquisa, temos que, por compor o patrimônio informacional e documental brasileiro, toda informação pública disponibilizada nos websites institucionais, tem assegurada sua integridade em consonância com uma série de legislações, como o direito constitucional de acesso à informação ou critérios de acessibilidade obrigatórios, que garantem a qualquer cidadão brasileiro o exercício de sua cidadania, no que diz respeito ao acesso e acessibilidade à informação, indo além de um dever público e social de informar, trata-se de um serviço público de comunicação institucional, que visa a garantia do direito fundamental ao acesso e uso da informação, sem barreiras informacionais e com alta qualidade, independente do suporte de registro da informação. Assim como tratado no texto da Lei nº 13.146/2015, Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), que determina melhorias e adequações institucionais do conteúdo disponibilizado em websites de instituições cadastradas no país, sejam empresas privadas ou órgãos públicos, assim como tratado no art. nº 63 do Estatuto, que determina a obrigatoriedade da acessibilidade em websites. A partir desta situação é apresentado um panorama sobre o grau de acessibilidade dos websites do Poder Executivo Federal tendo como universo os sítios eletrônicos (websites) das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES). E pela análise dos dados coletados foi possível entender que as instituições da amostra apresentam resultados abaixo do alto nível de adequação às recomendações do eMAG, panorama que possibilita a existência de barreiras de comunicação ou até o impedimento de acesso. E a partir desta análise entende-se que seja importante construir mecanismos institucionalizados capazes de manter a autoavaliação como uma ferramenta de melhoria constante, o que nos leva ao anexo 7.5. Nota Técnica nº 001 / 2023 / PPHPBC / CPDOC / FGV (SINF 03), que representa o ato normativo, uma das etapas do PAI. O ato normativo, representado pela nota técnica garantiria que os websites sejam pontuados pelo Instrumentos de Avaliação Institucional Externa (IAIE) e pelo Instrumento de Avaliação de Cursos de Graduação (IACG), normatizando a contínua análise da informação digital disponibilizada nos websites institucionais, visto que propõe a inclusão como um 16 indicador de qualidade, além da obrigatoriedade da adequação já determinada pelo arcabouço legal, mas que no entanto não vem garantindo que a informação esteja em alto nível de acessibilidade, segundo escala ASES. E nos casos dos websites, principais meios de comunicação de massa dos órgãos públicos, a informação é disponibilizada de maneira ativa em ambiente digital, sendo um serviço de utilidade pública. E, como toda ação, atividade ou função estatal, este serviço também deve ser fundamentado nos cinco Princípios Fundamentais da Administração Pública: Legalidade; Impessoalidade; Moralidade; Publicidade; e Eficiência. A partir da necessidade exposta, não ferir os princípios fundamentais da administração pública, construo uma argumentação sobre a depreciação do patrimônio público correlacionando aos níveis de acessibilidade estabelecidos pelo ASES, para assim compreender o panorama de depreciação da informação, sob a ótica da acessibilidade informacional. Cabe aqui ressaltar que de modo geral o que se pretende com a eficiência é a forma mais perfeita possível, com o melhor rendimento possível, da melhor maneira possível. Exigindo o máximo empenho da máquina pública em prestar serviços de máxima qualidade e mínima depreciação possível. Ou seja, se um website tem 95% eficiência no nível de acessibilidade, ele consequentemente apresenta 5% de depreciação, visto que um website com todas as adequações aos critérios de acessibilidade, resulta em uma informação totalmente íntegra, ou seja, apresenta 100% de eficiência, isto por que ela estar inalterada, conservada sem danos ou perda de qualidade e/ou características da informação e da linguagem de programação com características de acessibilidade, ou seja, o código-fonte foi programado de acordo com os critérios públicos e parâmetros estabelecidos pelo Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico (eMAG), mantendo ilibada sua capacidade universal de informar, por ter uma codificação inclusiva. Resgato neste momento dados obtidos ao longo do ciclo de estudos no programa de Mestrado em Sistemas de Gestão, integrado ao LATEC - Laboratório de Tecnologia e Gestão de Negócios da Escola de Engenharia da Universidade Federal Fluminense, através pedidos oficiais de solicitações de informação às 26 IFES durante o período de mestrado sobre o cumprimento das Resoluções do Sistema de Gestão de Documentos de Arquivo da Administração Pública Federal – SIGA e dentre elas a portaria supracitada que institui o eMAG. Todas as IFES estudadas ao longo do curso de mestrado (2013 a 2015) também fazem parte da amostra desta pesquisa. E responderam sobre o processo adequação da instituição às 17 resoluções do SIGA, a Portaria nº 3/2007, Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico – eMAG. Solicitando que a instituição indique o nível de implantação da resolução no âmbito da instituição, possibilitando as seguintes respostas: totalmente implantada; parcialmente implantada, não implantada; e em implementação. Os dados à época registrados por mim, Ferreira (2015), apontaram que nenhuma das IFES tinha implementado por completo as adequações de acessibilidade em Governo Eletrônico, 24% das instituições alegaram ter adequado parcialmente as informações públicas às recomendações do eMAG; 21% apontaram que não tinham implementado nem total ou parcialmente e que também não estava em processo de planejamento; 7% da amostra indicou que os procedimentos de implantação o eMAG estavam em andamento, mas ainda não se entendiam como parcialmente adequados; e por fim 48% da amostra se quer respondeu em tempo hábil. O que podem ser classificadas como fraquezas da instituição e que indicam projeções negativas de melhoras no cenário de cumprimento da referida resolução. No entanto, no decorrer dos anos ocorre um crescimento do quantitativo de legislações, resoluções e demais normativas acerca da temática acessibilidade, o que pode ter resultado em melhora no panorama. Todavia, no mesmo período o orçamento destinado as IFES sofrem inúmeros cortes e diminuições, paralelamente aos cortes de orçamentos para pesquisa e programas de pós- graduação. Um ponto positivo no universo das IFES é o Programa de Acessibilidade na Educação Superior – INCLUIR, iniciado no ano de 2005 pelo MEC, uma ação conjunta da Secretaria de Educação Superior - SESu e da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão – SECADI, com o objetivo de proporcionar aporte financeiro a propostas que abarcassem a pesquisa, extensão e inovação no que tange acessibilidade buscando o acesso autônomo e a permanência de pessoas com deficiência no âmbito das IFES, o financiamento foi regido por editais públicos de 2005 até o ano de 2011, em 2012 deixam de existir editais públicos e o INCLUIR amplia sua atuação a todas as Instituições Federais de Ensino Superior. O Programa Incluir – acessibilidade na educação superior é executado por meio da parceria entre a Secretaria de Educação Superior - SESu e a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão – SECADI, objetivando fomentar a criação e a consolidação de núcleos de acessibilidade nas universidades federais, as quais respondem pela organização de ações institucionais que garantam a inclusão de pessoas com deficiência à vidade 2011 (Lei de Acesso à Informação), a Lei nº 12.682, de 9 de julho de 2012, e a Lei nº 13.460, de 26 de junho de 2017. Art. 3º São princípios e diretrizes do Governo Digital e da eficiência pública: I - a desburocratização, a modernização, o fortalecimento e a simplificação da relação do poder público com a sociedade, mediante serviços digitais, acessíveis inclusive por dispositivos 166 móveis; [...] III - a possibilidade aos cidadãos, às pessoas jurídicas e aos outros entes públicos de demandar e de acessar serviços públicos por meio digital, sem necessidade de solicitação presencial; [...] VII - o uso de linguagem clara e compreensível a qualquer cidadão; [...] XVIII - o cumprimento de compromissos e de padrões de qualidade divulgados na Carta de Serviços ao Usuário; XIX - a acessibilidade da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, nos termos da Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência); XX - o estímulo a ações educativas para qualificação dos servidores públicos para o uso das tecnologias digitais e para a inclusão digital da população; XXI - o apoio técnico aos entes federados para implantação e adoção de estratégias que visem à transformação digital da administração pública; Art. 12. O formato e o armazenamento dos documentos digitais deverão garantir o acesso e a preservação das informações, nos termos da legislação arquivística nacional. Art. 13. A guarda dos documentos digitais e dos processos administrativos eletrônicos considerados de valor permanente deverá estar de acordo com as normas previstas pela instituição arquivística pública responsável por sua custódia. Seção II. Do Governo Digital Art. 14. A prestação digital dos serviços públicos deverá ocorrer por meio de tecnologias de amplo acesso pela população, inclusive pela de baixa renda ou residente em áreas rurais e isoladas, sem prejuízo do direito do cidadão a atendimento presencial. Parágrafo único. O acesso à prestação digital dos serviços públicos será realizado, preferencialmente, por meio do autosserviço. Art. 15. A administração pública participará, de maneira integrada e cooperativa, da consolidação da Estratégia Nacional de Governo Digital, editada pelo Poder Executivo federal, que observará os princípios e as diretrizes de que trata o art. 3º desta Lei. Art. 16. A administração pública de cada ente federado poderá editar estratégia de governo digital, no âmbito de sua competência, buscando a sua compatibilização com a estratégia federal e a de outros entes. Seção III Das Redes de Conhecimento Art. 17. O Poder Executivo federal poderá criar redes de conhecimento, com o objetivo de: I - gerar, compartilhar e disseminar conhecimento e experiências; II - formular propostas de padrões, políticas, guias e manuais; III - discutir sobre os desafios enfrentados e as possibilidades de ação quanto ao Governo Digital e à eficiência pública; IV - prospectar novas tecnologias para facilitar a prestação de serviços públicos disponibilizados em meio digital, o http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm 167 fornecimento de informações e a participação social por meios digitais. § 1º Poderão participar das redes de conhecimento todos os órgãos e as entidades referidos no art. 2º desta Lei, inclusive dos entes federados. § 2º Serão assegurados às instituições científicas, tecnológicas e de inovação o acesso às redes de conhecimento e o estabelecimento de canal de comunicação permanente com o órgão federal a quem couber a coordenação das atividades previstas neste artigo. Seção V. Da Prestação Digital dos Serviços Públicos Art. 24. Os órgãos e as entidades responsáveis pela prestação digital de serviços públicos deverão, no âmbito de suas competências: I - manter atualizadas: a) as Cartas de Serviços ao Usuário, a Base Nacional de Serviços Públicos e as Plataformas de Governo Digital; b) as informações institucionais e as comunicações de interesse público; II - monitorar e implementar ações de melhoria dos serviços públicos prestados, com base nos resultados da avaliação de satisfação dos usuários dos serviços; III - integrar os serviços públicos às ferramentas de notificação aos usuários, de assinatura eletrônica e de meios de pagamento digitais, quando aplicáveis; IV - eliminar, inclusive por meio da interoperabilidade de dados, as exigências desnecessárias ao usuário quanto à apresentação de informações e de documentos comprobatórios prescindíveis; V - eliminar a replicação de registros de dados, exceto por razões de desempenho ou de segurança; VI - tornar os dados da prestação dos serviços públicos sob sua responsabilidade interoperáveis para composição dos indicadores do painel de monitoramento do desempenho dos serviços públicos; VII - realizar a gestão das suas políticas públicas com base em dados e em evidências por meio da aplicação de inteligência de dados em plataforma digital; e VIII - realizar testes e pesquisas com os usuários para subsidiar a oferta de serviços simples, intuitivos, acessíveis e personalizados. Apoiadas por: h. Portaria nº 47 do Arquivo Nacional, Ministério da Justiça, de 14 de fevereiro de 2020 publica o Código de Classificação e Tabela de Temporalidade e Destinação de Documentos relativos às atividades-meio do Poder Executivo Federal - TTDD, instrumento arquivístico construído para externar o funcionamento administrativo, através de uma organização por códigos baseada na análise documental por assunto. i. Portaria nº 92, de 23 de setembro de 2011. Art. 1º - Aprovar o Código de Classificação e a Tabela de Temporalidade e Destinação de Documentos de Arquivo relativos às 168 Atividades-Fim das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), ficando a cargo das IFES dar publicidade aos referidos instrumentos técnicos. j. Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de1991. Dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e privados e dá outras providências. E determina em seu art. 9° que "a eliminação de documentos produzidos por instituições públicas e de caráter público será realizada mediante autorização da instituição arquivística pública, na sua específica esfera de competência" k. Resolução nº 44, de 14 de fevereiro de 2020. Dá nova redação aos artigos 1º, 2º e 3º e respectivos apêndices 1, 2 e 3 da Resolução nº 40, de 9 de dezembro de 2014. Art. 1º A Resolução nº 40, de 9 de dezembro de 2014, passa a vigorar com as seguintes alterações: "Art. 1º A eliminação de documentos digitais e não digitais no âmbito dos órgãos e entidades integrantes do SINAR ocorrerá depois de concluído o processo de avaliação e seleção conduzido pelas respectivas Comissões Permanentes de Avaliação de Documentos - CPAD e será efetivada quando cumpridos os procedimentos estabelecidos nesta Resolução." (NR) Art. 2º A autorização para a eliminação de documentos digitais e não digitais de que trata o art. 9º da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, dar-se-á mediante aprovação do código de classificação de documentos e tabela de temporalidade e destinação de documentos elaborados pela Comissão Permanente de Avaliação de Documentos - CPAD de cada órgão ou entidade e aprovados pela instituição arquivística pública, em sua esfera de competência. §1º A eliminação de documentos fica condicionada à análise, avaliação e seleção pela CPAD dos arquivos produzidos e acumulados pelo órgão ou entidade no seu âmbito de atuação, tendo em vista a identificação daqueles destituídos de valor, de acordo com a tabela de temporalidade e destinação de documentos e à aprovação do titular do órgão ou entidade produtor ou acumulador do arquivo. l. Decreto nº 5.296 de 2 de dezembro de 2004. Regulamenta as Leis nos 10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000,acadêmica, eliminando barreiras pedagógicas, arquitetônicas e na comunicação e informação, promovendo o cumprimento dos requisitos legais de acessibilidade. (MEC, 2013, p.3) 18 Os Núcleos de Acessibilidade no Ensino Superior Público Brasileiro, tem por objetivo o desenvolvimento de ações, projetos e programas institucionais que tenham como finalidade principal, incluir pessoas com deficiência, diminuindo barreiras no ambiente da Educação de Ensino Superior, sejam físicas, arquitetônicas, didático-pedagógicas, atitudinais ou referentes ao acesso à informação e comunicação, que é o caso específico estudado por esta pesquisa, tornando-se um possível potencializador de melhorias. Assim como confirmado pelo Decreto nº 7.611, de 17 de novembro de 2011, que dispõe sobre a educação especial, o atendimento educacional especializado e dá outras providências aponta em seu art. 5º, § 5º que “os núcleos de acessibilidade nas instituições federais de educação superior visam eliminar barreiras físicas, de comunicação e de informação que restringem a participação e o desenvolvimento acadêmico e social de estudantes com deficiência”. O que garante sua aplicação a ações e atividades referentes diretamente à informação disponibilizada digitalmente nos websites da IFES. Logo, dentre minhas projeções, foi possível inferir que ao longo das análises dos dados apenas um número muito reduzido de IFES vai obter resultados com alto nível de acessibilidade, números ainda incompatíveis com o princípio da eficiência pública. Normalmente estas IFES que apresentaram altos níveis acessibilidade, se encontram acima da média amostral, com qualidade técnica que possibilita e uma análise futura mais específica, como sendo um caso de sucesso a ser replicado, dentre as demais instituições de ensino. Dentre as projeções, a maior concentração de instituições estará em nível intermediário, o que pode, assim como na pesquisa de mestrado, novamente indicar desconhecimento e/ou falta da capacitação direcionada à temática. Instrumentalizando o corpo técnico e operacional para que seja possível alcançar o conhecimento utilizando o Ciclo de Aprendizado Temático - CAT. Integrando assim o conhecimento tácito às soluções propostas para garantir que a informação tenha sua eficiência máxima e universal no maior número de instituições possíveis, visto a obrigatoriedade de adequação em websites públicos. A estrutura da escrita foi também desenvolvida pensando no público que toma a decisão de aplicar o PAI em sua instituição, sem deixar de lado os aspectos necessários de uma pesquisa acadêmica e aspectos profissionais, com no proposto pelo PPHPBC/FGV, com formato mais didático. Intencionalmente, busquei envolver o leitor e demonstrar como tudo foi produzido, alinhado à Andragogia proposta por Malcom Knowles (1913 – 1997), uma Ciência Educacional pensada para adultos e fundamentada em cinco princípios: autonomia; experiência; prontidão e foco na vida real; aplicação e engajamento de aprendizagem; e motivação. 19 Parafraseando Knowles, Holton e Swanson (2009), sobre Andragogia, interrelacionando ao meu contexto, delimito o conceito de Andragogia como: conjunto de metodologias didáticas de orientação do aprendizado ativo desenvolvidas para abarcar as expectativas de adultos, centrado na performance com resultado aplicável às necessidades e ao contexto do aprendente. O desenvolvimento conceitual congrega três áreas correlatas do conhecimento, Ciência da Informação, Ciências Sociais e Gestão Pública, baseados na legislação federal, em prol da inclusão e da acessibilidade. Que enraizados nos cinco princípios da Administração Pública Brasileira, foi elucidada a necessidade e o dever do Estado em garantir que a informação pública esteja acessível e ao alcance proporcionando meios para o uso autônomo para todo e qualquer cidadão. A pesquisa está dividida em seções, sendo a primeira dedicada à introdução da pesquisa e a 2º a exposição dos passos metodológicos. Já no capítulo 03, resgato os objetivos e os subprodutos informacionais (SInf), constituídos de dados e informações a respeito do foco temático, sendo estes produtos informacionais resultados completos, no entanto não são capazes alcançar sozinhos uma base teórica e informacional para o embasamento do Projeto de Acessibilidade Informacional (PAI) a ser elaborada em formato replicável e adaptável quanto a esfera pública a qual a instituição interessada possa ser vinculada. No capítulo 4, Projeto de acessibilidade da informação – PAI: produto técnico- científico, tem o formato do Programa Público de Gestão da Cultura Institucional, a partir do piloto PAI, bem como a construção e o desenvolvimento dos SInf. Instrumentos informacionais de apoio que possibilitam que o PAI seja aplicado com o menor risco possível para a execução, buscando projetar e planejar ações componentes do programa, com três focos, normatizar, instruir e instrumentalizar a instituição. O primeiro será um ato normativo, reforçando a construção da cultura de acessibilidade da informação, no caso das IFES, sugere-se a construção de uma Nota Técnica, que solicitará a inclusão de um indicador de qualidade específico, tendo como referência o relatório disponibilizado pelo software ASES, avaliando o grau de acessibilidade a ser incluído em seus instrumentos de avaliação. O segundo será um Ciclo de Aprendizado Temática, e por fim, um Grupo de Trabalho e Estudos institucionalizado, aproveitando a multiplicidade técnica, de formação e habilidades existentes nos quadros de servidores, além de seus conhecimentos sobre suas IFES foram considerados. Visando um resultado aplicável à amostra estudada, sendo elencados com base na descrição sumária de cada um dos cargos da carreira de Técnicos Administrativos em Educação nas IFES construindo um objetivo comum a todos. 20 Este procedimento instrumental, em formato de Grupo de Trabalho, é amplamente adotado na busca por soluções organizacionais e acadêmicas. Podendo ser replicado e reorientado a qualquer instituição, utilizando ferramentas, normatizações e regulamentações, já existentes e que já deveriam ser uma realidade. Embora o objetivo seja comum, espera-se que as soluções e construções dos diversos Grupos de Trabalho pela Acessibilidade das IFES, sejam inovadoras com resultados contextualizados a cada uma das instituições, o que também é uma ação de internalização cultural de acessibilidade. Destas ações espera-se o aumento do potencial de adequação aos critérios de acessibilidade, melhor monitoramento e acompanhamento do grau de acessibilidade, ações de manutenção e adequação da informação disponibilizada, já adequadas às características e parâmetros estabelecidos pelo eMAG, para tornar qualquer website um ambiente acessível, inclusivo e um fator de acolhimento social que conseguiu eliminar todas as barreiras de comunicação. O que foi pela Associação Brasileira de Normas Técnica (ABNT), NBR 17060:2022 - Acessibilidade em aplicativos de dispositivos móveis – Requisitos, elaborada pelo Comitê Brasileiro de Acessibilidade (ABNT/CB-040) e publicada 26/10/2022. A norma inclui a legendas e transcrições de áudios, padrão de tamanho da área de ativação de botões e a inserção de textos alternativos em elementos não textuais, assim como os existentes nas imagens desta pesquisa. Nacionalmente é exigido o cumprimento de normas que atingem diretamente a acessibilidade na maioria dos espectros, sendo regida pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) através de normas brasileiras, as NBR, das quais até o momento podemos contar com normas que atingem quase todos os espectros, exceto a acessibilidade digital. Abordando as seguintes normas: NBR 9050 Acessibilidade a Edificações Mobiliário, Espaços e Equipamentos Urbanos; NBR 13994 Elevadores de Passageiros – Elevadores paraTransportes de Pessoa com Deficiência ; NBR 14020 Acessibilidade à Pessoa com Deficiência – Trem de Longo Percurso; NBR 14021 Transporte - Acessibilidade no sistema de trem urbano ou metropolitano; NBR 14273 Acessibilidade à Pessoa com Deficiência no Transporte Aéreo Comercial; NBR 14970-1 Acessibilidade em Veículos Automotores- Requisitos de Dirigibilidade; NBR 14970-2 Acessibilidade em Veículos Automotores- Diretrizes para avaliação clínica de condutor; NBR 14970-3 Acessibilidade em Veículos Automotores - Diretrizes para avaliação da dirigibilidade do condutor com mobilidade reduzida em veículo automotor apropriado; NBR 15250 Acessibilidade em caixa de autoatendimento bancário; NBR 15290 Acessibilidade em comunicação na televisão; NBR 15320:2005 21 Acessibilidade à pessoa com deficiência no transporte rodoviário; NBR 14022:2006 Acessibilidade em veículos de características urbanas para o transporte coletivo de passageiro; NBR 5450:2006 Acessibilidade de passageiro no sistema de transporte aquaviário; NBR 15570 Transporte - Especificações técnicas para fabricação de veículos de características urbanas para transporte coletivo de passageiros; NBR 16001 Responsabilidade social - Sistema da gestão – Requisito; e NBR 15599 Acessibilidade - Comunicação na Prestação de Serviços. A plataforma TIC Web Acessibilidade, um Centro de Estudos sobre tecnologia web, ligada ao Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (DCC/UFMG), analisou 504 portais gov.br, sobre a adequação às recomendações do eMAG (NIC.BR|CWE.BR. 2022). Segundo notícia publicada na página da plataforma em Release de 08 junho de 2022 (NIC.br). No total foram 316.791 páginas públicas, destas apenas 2.445 páginas atingiram o nível de conformidade entre 95% e 100%, que significa apenas 1% da amostra. Apenas uma das páginas não apresentou nenhum erro (NIC.BR|CWE.BR. 08 de junho de 2022). Em reportagem da página Terra, é apontado um histórico de dados produzidos pelo TIC Web Acessibilidade, no qual: Pior do mundo – Os índices de acessibilidade digital da internet brasileira são os piores da história, segundo dois estudos divulgados em junho deste ano. O primeiro levantamento da TIC Web Acessibilidade / Ceweb.br mostrou que somente 0,7% dos portais e páginas sob o domínio gov.br (federais, estaduais e municipais) são plenamente acessíveis. E a quarta edição da pesquisa BigDataCorp / Movimento Web Para Todos constatou que apenas 0,46% dos 21 milhões de websites do País estão livres de barreiras para pessoas com deficiência, o nível mais baixo já registrado desde a estreia desse trabalho, em 2019. (VENTURA, 24 de janeiro de 2023) No cenário nacional adequar a informação dos websites aos graus de acessibilidade indicados com alto nível, segundo relatório ASES, resguardará a informação de perda de integridade resultante da inadequação aos parâmetros de acessibilidade definidos por lei, o que resultará em melhores níveis de acesso, consequentemente aumento na garantia de direito ao acesso à informação e garantia da transparência de dados públicos. Finalizando a Introdução serão apresentados os capítulos componentes da pesquisa, estando ela dividida em cinco capítulos. Além da introdução temos, a Fundamentação teórica, a Metodologia, a discussão sobre o produto, intitulada Projeto de acessibilidade da informação – PAI: produto técnico-científico. Além das considerações finais, referências bibliográficas e apêndices. Na fundamentação teórica o cerne foi discutir e apresentar pontos cruciais para o entendimento da pesquisa, sendo subdividida em sete seções pensados para destacar e elucidar pontos centrais da pesquisa. Abordando a conceituação de informação pública, digital e 22 acessível e a Cultura de acessibilidade nas IFES e a composição de acessibilidade segundo a normativa do SINAES, que é base para a pesquisa. Seguido pela discussão sobre o arcabouço legal que proporciona suporte ao Projeto de Acessibilidade da Informação, onde foram expostas e elucidadas as leis e normativas já existentes no âmbito do governo federal. A construção teórica desta seção foi pensada e desenvolvida para que o produto final, o PAI, possa ser aplicável, as teorias, legislações e normativas apresentadas foram interconectadas para que o leitor entenda os aspectos legais, informacionais e humanos que podem ser alcançados com a efetiva e correta aplicação do PAI. Seguido por seções específicas sobre o eMAG, o ASES, o IGC e o Programa público de gestão da cultura institucional (PPGCI). Estas últimas seções abordam e descrevem instrumentos e indicadores utilizados ao longo da pesquisa para embasar o PPGCI, que é o programa pensado para atingir a IFES proporcionando através de três ações, meios de disseminar e institucionalizar a cultura da acessibilidade da informação digital, ao propormos o PAI. E o Programa Público de Gestão da Cultura Institucional (PPCGI), idealizado para proporcionar à instituição informação suficiente para conduzir um processo de implementação ou adequação de aspectos inerentes da cultura institucional. Ele foi idealizado em três ações, um ato normativo, uma ação de formativa e uma ação de instrumentalização, sendo gratuito e adaptável. Deste modelo de programa foi possível construir o Projeto de Acessibilidade da Informação (PAI). Na seção foram trabalhadas as legislações que contornam acessibilidade da informação e procedimentos governamentais que visam a inclusão, desde a Constituição Federal de 1988, que reafirmam a obrigatoriedade do Estado em proporcionar meios para que a informação realmente esteja disponível e acessível para todos e as implicações da não concretização de um panorama universal, tomando por base os cinco princípios fundamentais da Administração Pública. No capítulo Metodologia, discorro sobre o processo de criação e definição da pesquisa. Apresento a amostra, justifico o porquê da escolha das IFES, propondo os objetivos específicos e apresentando dados das análises dos códigos-fontes dos websites de 103 IFES, via ASES e mapeamento da cultura de acessibilidade das instituições através de informações disponíveis em seis websites institucionais oficiais. Também foi realizada um evento de análise dos códigos-fonte através de outro software de análise e simulação com as instituições as quais não foi possível obter resultados em análises utilizando o ASES. 23 A 4º sessão, Projeto de acessibilidade da informação, discorre sobre o projeto em si, sua aplicabilidade e como ele pode afetar positivamente na adequação da informação digital aos parâmetros do eMAG, garantindo melhores índices de acessibilidade. Ele está dividido em cinco subseções: Resultados e exemplo de inadequação; Projeto de Acessibilidade da Informação (PAI); Pai no contexto das IFES; Avaliação do PAI; e Benefícios colaterais do PAI. Todos foram construídos embasados na aplicabilidade do PAI enquanto um projeto público, sendo no primeiro subcapítulo o PAI é explicado e apresentado, seguindo por uma contextualização do projeto no âmbito das IFES. No terceiro é proposta uma avaliação do programa ao longo de sua aplicação, propondo ferramentas de controle e avaliação de eficiência e qualidade. E, finalizando a seção, apresento benefícios indiretos da aplicação do PAI. Nas considerações finais são resgatados os objetivos propostos, verificando se foram cumpridos e se a execução atingiu o esperado. Também são expostas possibilidades de trabalhos futuros em nível de pós-doutoramento integrando-o à realidade laboral, o que fortifica a proposta de um processo de doutoramento profissional com foco em um produto aplicável. Finalizando a pesquisa encontram-se as Referências Bibliográficas, os apêndices 24 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Neste capítulo foram abordados aspectos conceituais, buscandoo envolvimento e familiarização com os principais atores para o desenvolvimento desta pesquisa elucidei o problema da inadequação dos websites as recomendações do eMAG, buscando uma análise das intercorrências de uma barreira de comunicação às potencialidades resultantes da efetivação de melhorias. Os websites institucionais têm por funcionalidade geral a comunicação com o usuário através de uma representação gráfica e midiática, da personalidade, propostas e objetivos que constituem o posicionamento, funções e ambições da instituição. E considerando a padronização na construção destes websites, e no formato no qual as informações das Instituições Federais de Ensino Superior estejam alocadas. Possibilitando uma alta previsibilidade do usuário por parte do usuário, proporcionando melhor navegabilidade, usabilidade e acessibilidade. Sendo a previsibilidade um fator contribuinte para acessibilidade, o ato de repetir o mesmo trajeto, funciona como um treinamento para todos os usuários, quanto mais você treina algo, mais habitual se torna. No caso dos websites das IFES esta previsibilidade é encontrada em todos os sítios por padronização dos meios de comunicação oficial do Poder Executivo. Um fator determinante para o sucesso do processo de comunicação institucional está na capacidade de utilização desta informação. Se a informação não estiver íntegra, o processo de interpretação estará prejudicado, quanto pior o dano mais difícil a interpretação do código. O mesmo ocorre em linguagem computacional, no caso dos websites, danos ou barreiras informacionais, agridem a integridade da informação, no entanto, muitos usuários ainda conseguem consumir esta informação de forma autônoma. Alguns conseguirão utilizando tecnologias assistivas e para uma parcela significativa de usuários, nem mesmo com tecnologias assistivas esta informação estará disponível porque o dano pode impedir por exemplo a leitura de uma tela por completo, ou por não atender a critérios de acessibilidade, como a descrição textual de imagens, que possibilita à pessoa deficiente visual a perceber e interpretar a linguagem não textual, como por exemplo uma fotografia ilustrativa. Dentre os indicadores deste tipo de conteúdo acessível estão as Hashtags #PraTodosVerem e seguida da descrição textual da imagem que compõe o conteúdo. Outra necessidade é a inserção de texto alternativo, ou descrição alt, na codificação de informações não textuais, ele aparece ao longo da linguagem de programação através do 25 comando de função alt. Tem a função de descrever a imagem para que o usuário de tecnologias assistivas, possa perceber a imagem através de palavras que a descrevem. Embora a pesquisa seja baseada na informação disponibilizada nos websites, é possível afirmar, que a adequação aos critérios de acessibilidade proporciona melhores níveis de eficiência para o Estado, com a melhoria de seus canais de comunicação e maior amplitude das ações de acessibilidade e inclusão informacional que garantem a plena cidadania de usuários que precisam que a obrigatoriedade do Estado em manter seus sites acessíveis seja cumprida. O que segundo Cerdeira e Cabrito (2018), podem trazer benefícios institucionais e sociais, através da acessibilidade no segmento educativo, produzindo um ciclo de melhorias entre a instituição, o indivíduo e a sociedade. Políticas Públicas reforçam e constroem ferramentas que possibilitam à população PCD na exercer sua cidadania com maior autonomia, e, conforme apontado por Cusin (2010), através de um panorama acessível nas informações disponíveis nos websites é possível tornar este veículo institucional de comunicação em um instrumento democrático, construído através de direitos sociais e, sendo um dever do Estado. Com foco na acessibilidade informacional, pela garantia de direitos fundamentais e atendendo a demandas e anseios sociais, o Governo Federal publica o Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico (eMAG), uma série de ações e elementos de adequação que garantiriam a ampliação da acessibilidade informacional caso efetivado e em pleno funcionamento, institucionalizado através da Portaria Nº 3 de 07 maio de 2007 do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). A Web Content Accessibility Guidelines (WCAG 2.0), foram publicados como recomendação em 1999, com a proposição de tornar o conteúdo digital acessível para todos, suas recomendações atingem as necessidades de diferentes grupos e tipos de pessoas com deficiências, seus critérios abordam orientações sobre como construir o código-fonte da informação para que esteja compreensível, operacional, perceptível e robusto, possibilitando a navegabilidade e a usabilidade autônoma. A estruturação do eMAG está organizado no processo de adequação de ambientes informacionais acessíveis através do trabalho do usuário desenvolvedor, que será orientado através de um relatório de análise, apresentando linhas de códigos fonte de websites, que necessitam de reparos ou melhorias para garantir através de suas características níveis eficientes de acessibilidade. Esta análise via ASES apresenta um relatório com características que direcionam o desenvolvedor para intercorrências no código-fonte, proporcionando, caso necessário, maior eficiência em procedimentos de adequação. 26 Inclusão Informacional, segundo Cusin (2010) “é a capacidade de acessar, buscar, avaliar, usar e recriar a informação com responsabilidade social, apropriando-se dos processos e conteúdos disponibilizados via, ou não, tecnologias de informação”. O eMAG visa orientar, normatizar e padronizar a construção de meios digitais de comunicação e dispersão de informações e através do cumprimento de suas recomendações, possibilita transpor e/ou eliminar barreiras na comunicação, definidas como “qualquer entrave ou obstáculo que dificulte ou impossibilite a expressão ou o recebimento de mensagens por intermédio dos dispositivos, meios ou sistemas de comunicação, sejam ou não de massa, bem como aqueles que dificultem ou impossibilitem o acesso à informação”. Em seu escopo, o eMAG aponta ações e elementos de adequação, que garantiriam a ampliação da acessibilidade às informações dispostas em websites públicos caso efetivado e em pleno funcionamento evitando que o mesmo se torne um fator de exclusão informacional, impedindo o exercício pleno da cidadania. Porém, evidências veem sugerindo inadequações quanto à Acessibilidade Informacional em websites. Cusin (2010) verificou a existência de “ambientes informacionais digitais com problemas relacionados à descrição dos recursos quanto da sua acessibilidade o que acarreta dificuldades de uso por pessoas com deficiência”. Ritter, Roque (2016), ao estudarem os dois maiores portais de notícias do Brasil, ressaltaram que os elementos que facilitariam o uso por PCD não foram planejados para este fim e embora implementados não garantiram a navegabilidade e usabilidade da informação disponibilizada no website. Carvalho, Cagnin e Paiva (2017) ao estudarem websites dos Governos Estaduais encontraram barreiras de acesso à informação disponibilizada, a metodologia de testagem que através de uma varredura de testagem da informação através da utilização, comprovam que que os portais não apresentavam fluxo contínuo de navegabilidade e usabilidade, e somados aos resultados de Viana e Gouveia (2018), foi possível entender que a inadequação aos padrões de acesso e acessibilidade em websites também pode ser resultante da não priorização ou desconhecimento das recomendações de acessibilidade por parte dos desenvolvedores podendo impossibilitar o uso por PCD. Embora tais adequações tangenciem as Políticas Públicas de Educação, elas não abarcam métricas específicas sobre a acessibilidade da informação disponibilizada, as proposições de acessibilidade permeiam alguns indicadores de formageral, com aspectos específicos direcionados à tecnologias assistivas, adequações ambientais e auxílio especializado, que embora sejam meios de produzir equidade ainda não atingem diretamente sobre os websites das IFES, estando este conteúdo informacional não avaliado, indo de encontro 27 à proposição do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) através da aplicação das avaliações externas, que buscam através de indicadores construir dados para que as instituições tenham a possibilidade de atingir melhores padrões de qualidade. E utilizando os resultados das avaliações externas que são aplicados pelo MEC, sendo o IAIE, para o credenciamento e recredenciamento de instituições, e o IACG para a autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento de cursos de graduação. Elaborados através do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), instituído pela Lei 10.861, de 14 de abril de 2004, com a finalidade de promover e orientar as IFES na busca pelo melhoramento contínuo da qualidade da educação, eficácia institucional e efetividade acadêmica e social. A Nota Técnica, a ser enviada ao MEC, abordará a problemática acessibilidade nos websites das IFES, como um projeto piloto de melhoramento contínuo do serviço fundamental do Estado de Informar com Eficiência. Serão utilizados métodos quantitativo, qualitativo e faz necessário construir uma metodologia de pesquisa de baixo custo operacional, além de priorizar meios de comunicação não presencial, o que permitirá a continuidade da coleta de dados, considerando o atual panorama nacional e internacional classificado como pandêmico, o qual possam surgir ao longo do desenvolvimento da pesquisa novas barreiras sanitárias e novos protocolos de biossegurança, além de intercorrências econômicas sociais e pessoais. O mesmo embasamento teórico e processo didático pode ser replicado em qualquer órgão púbico do Executivo Federal, visto que as resoluções e determinações legais para aqui apresentadas são as mesmas que sustentariam a aplicação do PAI em outras instituições não vinculadas à amostra, cada uma com as especificidades da instituição, mas com os mesmos Princípios Fundamentais da Administração Pública, e, não obstante de sempre serem lembrados, da obrigatoriedade de manter a informação pública disponibilizada nos websites institucionais acessível. 28 2.1. INFORMAÇÃO PÚBLICA, DIGITAL E ACESSÍVEL Ao longo desta pesquisa a informação foi abordada como o foco de melhoria, esteja ela como parte componente do código-fonte, do conteúdo da página, metadados ou até mesmo de legendas e textos alternativos em imagens, o que proporcionaria ao usuário deficiente visual uma melhor interpretação. A partir do Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística (2005) temos uma noção sucinta do que podemos entender como informação, assim como adotado pelo Glossário Documentos Arquivísticos Digitais (2020), que cita o próprio dicionário e aponta que informação é um “elemento referencial, noção, ideia ou mensagem contidos num documento”. Já o Dicionário de Biblioteconomia e Arquivologia (2008), aborda informação de uma perspectiva mais ampla abordando também as variações e adjetivações da palavra informação, das quais abordaremos neste capítulo: informação com valor agregado; informação eletrônica; e informação governamental”. “Informação info, information 1. bib 1.1 Registro de um conhecimento que pode ser necessário a uma decisão. A expressão 'registro' inclui não só os documentos tipográficos, mas também os reprográficos, e quaisquer outros suscetíveis de serem armazenados visando sua utilização. 1.2 Informação, na sua definição mais ampla, é uma prova que sustenta ou apóia um fato. 1.3 Registro de um conhecimento para utilização posterior. 1.4 Dados numéricos alfabéticos ou alfanuméricos processados por computador. 2. bib comn inf com a informação podem-se realizar diversas operações, tais como: criação, transmissão, armazenamento, recuperação, recepção, cópia (em diferentes formas), processamento e destruição. A transmissão da informação é feita numa grande variedade de formas, entre as quais se incluem: luz, som, ondas de rádio, corrente elétrica, campos magnéticos e marcas sobre o papel. 3. comn coleção de símbolos que possuem significados. 4. eng inf tel uma informação pode ser descrita em termos de sua manifestação física: o meio que a transporta, a exatidão, a quantidade que é transmitida ou recebida. 5. ling a informação pode ser descrita em termos do seu objeto de referência, seu significado e estrutura.” (CUNHA, CAVALCANTI. 2008, p. 201) A respeito do termo “informação com valor agregado”, foi necessário entendê-lo visto que a Informação da pesquisa é valorizada como pública e como um documento de arquivo, o que garante um tratamento da informação regular e normatizado, o que impede que seja descartada ou destruída sem procedimentos legais e públicos de eliminação de documentos, assim como o termo Informação Governamental, e Informação Eletrônica Digital que também caracterizam a informação nesta pesquisa. Assim temos que: Informação com valor agregado value added information adm bib eng inf "resposta baseada em pesquisas acrescidas de comentários, interpretações, análises técnicas e/ou sugestões de especialistas da área. Pode ter como resultado um texto técnico - relatório -, acompanhado ou não de referências bibliográficas" (rod, p. 30) i. eletrônica digital content, digital data, digital format, digital information, e-content, e-information, electronic content, electronic information, online information arq bib 29 inf intern informação que está armazenada em cdrom, disco rígido, base de dados ou na Rede. Fica armazenada em suporte eletrônico legível por máquina e pode conter texto, som ou imagem. A sua denominação, até o final dos anos 1990, era 'dados legíveis por computador' (); conteúdo digital, conteúdo eletrônico. i. Informação governamental government information, official information, public information adm arq bib informação editada, publicada ou disseminada por organismo público federal, estadual ou municipal; informação pública. documento governamental, publicação oficial. (CUNHA, CAVALCANTI. 2008, p. 203) Já Rocha (2008), aborda em seu texto conceitos trabalhados pela Câmara Técnica de Documento Eletrônicos (CTDE): a. documento arquivístico: Documento produzido e/ou recebido por uma pessoa física ou jurídica, no decorrer das suas atividades, qualquer que seja o suporte, e dotado de organicidade; b. documento arquivístico digital: Documento arquivístico codificado em dígitos binários, produzido, tramitado e armazenado por sistema computacional. São exemplos de documentos arquivísticos digitais: textos, imagens fixas, imagens em movimento, gravações sonoras, mensagens de correio eletrônico, páginas Web, bases de dados, dentre outras possibilidades de um vasto repertório de diversidade crescente; c. confiabilidade: Capacidade de o documento sustentar os fatos a que se refere. Para tanto, há que ser dotado de completeza, ser criado pela autoridade competente e ter seus procedimentos de criação bem controlados. A confiabilidade está relacionada ao momento da produção do documento; d. autenticidade: Qualidade de um documento ser o que diz ser, independente de se tratar de minuta, original ou cópia, e que é livre de adulterações ou qualquer outro tipo de corrupção; A autenticidade está relacionada com as formas de transmissão e as estratégias de preservação e custódia. (ROCHA, 2008. p. 112) A Câmara Técnica de Documentos Eletrônicos - CTDE - foi criada pelo Conselho Nacional de Arquivos - CONARQ - em 1995 (Portaria nº 8, de 23/8/1995) e reestruturada em 2002 (Portaria nº 60, de 7/3/2002), contando com especialistas de vários setores do governo