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Vestibulares Filosofia Antiga Platão FIL0083 - (Ueg) A expressão “Tudo o que é bom, belo e justo anda junto” foi escrita por um dos grandes filósofos da humanidade. Ela resume muito de sua perspec�va filosófica, sendo uma das bases da escola de pensamento conhecida como a) cartesianismo, estabelecida por Descartes, no qual se acredita que a essência precede a existência. b) estoicismo, que tem no imperador romano Marco Aurélio um de seus grandes nomes, que pregava a serenidade diante das tragédias. c) existencialismo, que tem em Sartre um de seus grandes nomes, para o qual a existência precede a essência. d) platonismo, estabelecida por Platão, no qual se entendia o mundo �sico como uma imitação imperfeita do mundo ideal. FIL0071 - (Uece) Atente para as seguintes citações: “Temos assim três virtudes que foram descobertas na nossa cidade: sabedoria, coragem e moderação para os chefes; coragem e moderação para os guardas; moderação para o povo. No que diz respeito à quarta, pela qual esta cidade também par�cipa na virtude, que poderá ser? É evidente que é a jus�ça” (Platão, Rep., 432b). “O princípio que de entrada estabelecemos que se devia observar em todas as circunstâncias quando fundamos a cidade, esse princípio é, segundo me parece, ou ele ou uma de suas formas, a jus�ça. Ora, nós estabelecemos, segundo suponho, e repe�mo-lo muitas vezes, se bem te lembras, que cada um deve ocupar-se de uma função na cidade, aquela para a qual a sua natureza é mais adequada” (Platão, Rep., 433a). Considerando a teoria platônica das virtudes, escreva V ou F conforme seja verdadeiro ou falso o que se afirma a seguir: ( ) Nessa teoria das virtudes, cada grupo desenvolve a(s) virtude(s) que lhe é (ou são) própria(s). ( ) Só pode ser justa a cidade em que os grupos que dela par�cipam e nela agem o fazem de acordo com sua natureza. ( ) Quando sabedoria, coragem e moderação se realizam de modo adequado, temos a jus�ça. ( ) Existe uma relação entre a natureza dos indivíduos, o grupo de que devem fazer parte na cidade, as virtudes que lhes são adequadas e, em consequência, a função que nela devem desempenhar. A sequência correta, de cima para baixo, é: a) V, V, V, V. b) V, F, F, V. c) F, F, V, F. d) F, V, F, F. FIL0072 - (Ueg) Considerando a história contada por Platão no livro VII da República, mais conhecida como Mito da Caverna, podemos deduzir que: 1@professorferretto @prof_ferretto a) o homem, apesar de nascer bom, puro e de posse da verdade, pode desviar-se e passar a acreditar em outro mundo mais perfeito de puras ideias. b) não podemos confiar apenas na razão, pois somente guiados pelos sen�mentos e testemunhos dos sen�dos poderemos alcançar a verdade. c) a caverna, na alegoria platônica, representa tudo aquilo que impede o surgimento da consciência filosófica, que possibilitaria uma ascensão para o mundo inteligível. d) a razão deve submeter-se aos testemunhos dos sen�dos, pois a verdade que está no mundo inteligível só será a�ngida mediante a sensibilidade. e) os homens devem se libertar da crença na existência em outro mundo e buscar resolver seus conflitos aprofundando-se em sua interioridade. FIL0528 - (Unesp) – É nesse ponto que eu estabeleço a dis�nção: para um lado os que ainda agora referiste – amadores de espetáculos, amigos das artes e homens de ação – e para outro aqueles de quem estamos a tratar, os únicos que com razão podem chamar-se filósofos. – Que queres dizer? – Os amadores de audições e de espetáculos encantam- se com as belas vozes, cores e formas e todas as obras feitas com tais elementos, embora o seu espírito seja incapaz de discernir e de amar a natureza do belo em si. (Platão. A República, 2017. Adaptado.) No excerto, Platão direciona aos ar�stas uma crí�ca que é fundamentada a) na associação das artes com o conhecimento mitológico. b) na impossibilidade de representação justa das ideias. c) na necessidade de as artes terem um conteúdo verossímil. d) no grande alcance popular a�ngido pelas peças ar�s�cas. e) no fato de os espetáculos serem parâmetros pedagógicos. FIL0065 - (Uepa) Leia o texto para responder à questão. Platão: A massa popular é assimilável por natureza a um animal escravo de suas paixões e de seus interesses passageiros, sensível à lisonja, inconstante em seus amores e seus ódios; confiar-lhe o poder é aceitar a �rania de um ser incapaz da menor reflexão e do menor rigor. Quanto às pretensas discussões na Assembleia, são apenas disputas contrapondo opiniões subje�vas, inconsistentes, cujas contradições e lacunas traduzem bastante bem o seu caráter insuficiente. (Citado por: CHATELET, F. História das Ideias Polí�cas. Rio de Janeiro: Zahar, 1997, p. 17) Os argumentos de Platão, filósofo grego da an�guidade, evidenciam uma forte crí�ca à: a) oligarquia b) república c) democracia d) monarquia e) plutocracia FIL0649 - (Uece) No diálogo Eu�fron, Platão apresenta uma conversa entre Sócrates e o jovem Eu�fron acerca da piedade. Sócrates pergunta-lhe sobre o que é a piedade, e Eu�fron que é piedoso denunciar e procurar cas�go para quem comete homicídios. Sócrates, então, argumenta: “[...] não te pedi para demonstrar-me uma ou duas dessas coisas que são piedosas, mas que me explicasses a natureza de todas as coisas piedosas. Porque disseste que existe algo caracterís�co que faz com que todas as coisas ímpias sejam ímpias, e todas as coisas piedosas, piedosas. Pois bem, esse caráter dis�n�vo é o que desejo que me esclareças, a fim de que, analisando-o com atenção e servindo-me dele como parâmetro, possa afirmar que tudo o que fazes, ou um outro, de igual maneira é piedoso, enquanto aquilo que se dis�ngue disso não o é.” PLATÃO. Eu�fron, 6 d-e. Lisboa: Casa da Moeda, 2007 (Texto adaptado). O que Sócrates solicita a Eu�fron é que este a) dê exemplos exaus�vos de ações piedosas, de modo que, ao final, saibamos o que é a piedade. b) explique por que é piedoso denunciar e solicitar punições aos que cometem homicídios. c) dê uma definição geral de piedade, mediante a qual se possa reconhecer as ações piedosas. d) mostre como cada ação piedosa tem sua própria natureza, sendo a piedade um valor rela�vo. FIL0540 - (Uece) “A teologia, para mim, é uma grandeza cultural na história da cultura do Ocidente. Creio que é uma grandeza cons�tu�va da tradição, sobretudo, filosófica: o termo ‘teologia’ nasceu da filosofia, é um termo criado por Platão. [...] Quando a filosofia ultrapassa o domínio 2@professorferretto @prof_ferretto daquilo que, de alguma maneira, é diretamente acessível à experiência e controlado por ela, entra neste domínio que Platão chama de ‘suprassensível’, inteligível, ou como quer que seja. Este é, para mim, um domínio no qual o problema teológico se apresenta inevitavelmente, porque se apresenta o problema da ordem das realidades e toda ordem supõe um princípio ordenador, tornando- se então, de alguma maneira, uma teologia.” VAZ, Henrique Claudio de Lima. Filosofia e forma da ação. Entrevista a Cadernos de filosofia alemã, 2, p. 77-102, 1997. Na passagem acima citada, o filósofo brasileiro H. C. de Lima Vaz (1921-2002) apresenta uma interpretação do pensamento filosófico como uma teologia. Recorrendo à filosofia de Platão para explicar essa sua interpretação, ele termina por nos oferecer uma interpretação da própria teoria platônica das ideias, que seria uma espécie de teologia, porque a) mostra como os deuses gregos não são corpóreos, mas espirituais. b) é a base da posterior teologia revelada dos pais da Igreja cristã. c) apresenta os princípios inteligíveis ordenadores da realidade natural e é�ca. d) afirma que não existe realidade sensível, mas apenas a suprassensível. FIL0078 - (Uel) Leia a �rinha e o texto a seguir para responder à questão. Exercita-te primeiro, caro amigo, e aprende o que é preciso conhecer para te iniciares na polí�ca; antes, não. Então, primeiro precisarás adquirir virtude,tu ou quem quer que se disponha a governar ou a administrar não só a sua pessoa e seus interesses par�culares, como a cidade e as coisas a ela per�nentes. Assim, o que precisas alcançar não é o poder absoluto para fazeres o que bem entenderes con�go ou com a cidade, porém jus�ça e sabedoria. PLATÃO, O primeiro Alcebíades. Trad. Carlos Alberto Nunes. Belém: EDUFPA, 2004. p. 281-285. Com base na �rinha, no texto e nos conhecimentos sobre a é�ca e a polí�ca em Platão, assinale a alterna�va correta. a) A virtude individual terá fraca influência sobre o governo da cidade, já que a administração da cidade independe da qualidade de seus cidadãos. b) Jus�ça, sabedoria e virtude resultam da opinião do legislador sobre o que seria melhor para a cidade e para o indivíduo. c) O indivíduo deve possuir a virtude antes de dirigir a cidade, pois assim saberá bem governar e ser justo, já que se autogoverna. d) Para se iniciar em polí�ca, primeiro é necessário o poder absoluto para fazer o bem para a cidade e a si próprio. e) Todo conflito desaparece em uma cidade se a virtude fizer parte da administração, mesmo que o dirigente não a possua. FIL0541 - (Uece) “Começando por Homero, todos os poetas são imitadores da imagem da virtude e dos restantes assuntos sobre os quais compõem, mas não a�ngem a verdade. O poeta, por meio de palavras e frases, sabe colorir devidamente cada uma das a�vidades técnicas, sem entender nada delas, sabendo apenas imitá-las.” PLATÃO. República, 600e-601a. – 9 ed.Trad. port. Maria Helena da Rocha Pereira. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2001. – Adaptado. Com base na passagem acima, é correto afirmar que, para Platão, a) os poetas expressam outra verdade, dis�nta do saber técnico e das virtudes humanas. b) a imitação da imagem das virtudes e das técnicas não é um conhecimento certo delas. c) não é possível um conhecimento verdadeiro sobre as virtudes e as diversas técnicas. d) a poesia imita�va fala corretamente sobre os conhecimentos técnicos, mas em versos. FIL0069 - (Unioeste) O tema da expulsão dos poetas da ‘cidade ideal’, proposto pelo personagem Sócrates, na República, tem gerado discussão e perplexidade ao longo da história da filosofia. O fundamento conceitual dessa expulsão é a hipótese das Ideias ou Formas. Por um lado, as Ideias são 3@professorferretto @prof_ferretto en�dades eternas, que se cons�tuem como verdadeiro ser, ser pleno, instaurando o âmbito ontológico do inteligível; por outro lado, tudo que pertence ao âmbito do imediato, circundante – o ‘nosso mundo’, âmbito do Sensível – é ‘menos ser’. A Ideia do Um, por exemplo, tem plenitude de ser, ao passo que todas as unidades dos seres (objetos, seres humanos, etc.) dependem de sua par�cipação na Ideia do Um, para vigorar como unidades. As Ideias são eternas; os entes sensíveis são temporais, efêmeros e somente subsistem enquanto se dá a par�cipação. A polis ideal construída por Sócrates deverá ser governada pelos filósofos, porque esses concentram- se na atenção ao Inteligível, sem se perder nos apelos do Sensível; e, ao imaginar esse governo, uma das exigências para a plenitude de jus�ça dessa cidade é a expulsão dos poetas, os ‘imitadores’. Levando-se em conta essa base conceitual, tal como aqui apresentada, assinale a alterna�va que explica CORRETAMENTE a expulsão dos poetas. a) Sócrates redigiu a República com base na teoria das Ideias e chegou à conclusão de que poetas são poli�camente perigosos e socialmente improdu�vos. Assim, somente cien�stas e construtores podem permanecer em a�vidade, na polis ideal, porque são os únicos a lidar com o Inteligível. b) A expulsão dos poetas, propugnada por Sócrates, personagem da República, tem origem em sua afirmação de que a poesia está inteiramente fundada no Inteligível. c) Platão redigiu a República com base na teoria das Ideias e chegou à conclusão de que poetas são poli�camente perigosos e socialmente improdu�vos. Assim, somente cien�stas e construtores podem permanecer em a�vidade, na polis ideal, porque são os únicos a lidar com o Inteligível. d) As Ideias são en�dades eternas, que vigoram no âmbito Inteligível, ou seja, elas são a inteligibilidade ou sen�do de tudo que ‘existe’; sem Ideias, as coisas não têm sen�do. Os poetas, em lugar de atentar ao sen�do inteligível dos entes, imitam, reproduzem, copiam – afastando-se, assim, das Ideias e desviando a polis de suas tarefas prementes. Este é o mo�vo de sua exclusão. e) Sem uma análise do contexto, é impossível entender uma tese tão radical como a da expulsão dos poetas. Sócrates propõe essa medida extrema devido à mistura entre poesia e so�s�ca, que se verificava em todas as grandes cidades da Grécia an�ga. Os poetas, mesmo Homero e Hesíodo, já se deixavam influenciar pelas teses dos sofistas, inimigos da filosofia, com o que Sócrates e seus discípulos não podiam concordar. Poetas que louvassem os deuses e a filosofia, porém, poderiam permanecer na cidade ideal. FIL0596 - (Fer) Imaginemos uma caverna subterrânea onde, desde a infância, geração após geração, seres humanos estão aprisionados. A luz que ali entra provém de uma imensa e alta fogueira externa. Entre ela e os prisioneiros há um caminho em que homens transportam estatuetas (pequenas estátuas) de todo �po, com figuras de seres humanos, animais e todas as coisas. Por causa da luz da fogueira, os prisioneiros enxergam na parede do fundo da caverna as sombras das estatuetas transportadas atrás de um muro, mas sem poderem ver as próprias estatuetas nem os homens que as transportam. Como jamais viram outra coisa, os prisioneiros imaginam que as sombras vistas são as próprias coisas. Que aconteceria, indaga Platão, se alguém libertasse os prisioneiros? Que faria um prisioneiro libertado? Marilena Chauí. Convite à filosofia, 1994. Adaptado. 4@professorferretto @prof_ferretto Sobre a Alegoria da Caverna e os conceitos apresentados por Platão, assinale a alterna�va correta. a) O conhecimento verdadeiro é formado no mundo sensível, onde o Ser é absoluto. b) Na Alegoria da Caverna, Platão expõe o conceito de episteme, como sendo o conhecimento falso, baseado na dialé�ca e que busca conhecer o que é uno e imutável. c) As sombras projetadas na parede da caverna correspondem às Formas ou Ideias, uma vez que representam o contorno ou a “forma” dos objetos reais. d) Apesar de estarem acorrentados, os prisioneiros conseguem ter plena clareza quanto à realidade existente fora da caverna. e) A Alegoria da Caverna é uma representação, uma metáfora sobre o mundo, concebida por Platão para explicar o modelo de um mundo dual: um racional, verdadeiro, e outro sensível, falso. FIL0076 - (Upe) Leia o texto a seguir sobre o tema Filosofia na História: A filosofia an�ga grega e greco-romana tem uma história mais que milenar. Par�ndo do século VI a.C., chega até o ano de 529 d.C., ano em que o imperador Jus�niano mandou fechar as escolas pagãs e dispersar os seus seguidores. Nesse arco de tempo, podemos dis�nguir o momento das grandes sínteses de Platão e Aristóteles. (REALE, Giovanni. História da Filosofia: An�guidade e Idade Média. São Paulo: Paulinas, 1990, p. 25-26). O autor na citação acima sinaliza a significância do período sistemá�co da filosofia an�ga. No que tange à filosofia de Platão, assinale a alterna�va CORRETA. a) Platão propõe a existência das ‘essências ou formas’, que estão presentes no mundo das ideias e são modelos eternos das coisas sensíveis. b) A filosofia de Platão salienta as essências do mundo sensível que são modelos para o mundo das ideias. c) O pensamento de Platão não teve papel decisivo do desenvolvimento da mís�ca, da teologia e da filosofia cristã. d) As ideias de Platão têm a confiança absoluta no poder dos sen�dos e desconfiam do conhecimento racional. e) O pensamento filosófico de Platão tem como finalidade a descoberta do mundo �sico, declinando do campo da meta�sica. FIL0575 - (Uece) Leia atentamente a seguinte passagem do diálogoplatônico Fédon: “Sócrates – Suponho que há um belo, um bom e um grande em si, e do mesmo modo as demais coisas. Para mim é evidente: quando, além do belo em si, existe um outro belo, este é belo porque par�cipa daquele primeiro, e apenas por isso e por nenhuma outra causa. O mesmo afirmo a propósito de tudo mais. Reconheceis isto como causa? Cebes – Reconheço. Sócrates – Quanto a mim, estou firmemente convencido de que o que faz belo um objeto é a presença daquele belo em si e a comunhão com ele.” PLATÃO. Fédon, 100c-d. Trad. bras. Jorge Paleikat e João Cruz Costa. São Paulo: Abril Cultural, 1972. Adaptado. Com base na passagem acima, é correto dizer que, para o Sócrates desse diálogo platônico, a) todas as coisas ou são em si e por si ou são por causa de outras, das quais par�cipam. b) as coisas que são em si e por si não se comunicam com as que não são em si e por si. c) as coisas que não são em si e por si não possuem causas, só as que são em si e por si. d) as coisas que não são em si e por si causam umas às outras, numa série causal da natureza. FIL0595 - (Fer) Se os filósofos não forem reis nas cidades ou se os que hoje são chamados reis e soberanos não forem filósofos genuínos e capazes e se, numa mesma pessoa, não coincidirem poder polí�co e filosofia e não for barrada agora, sob coerção, a caminhada das diversas naturezas que, em separado buscam uma dessas duas metas, não é 5@professorferretto @prof_ferretto possível, caro Glaucon, que haja para as cidades uma trégua de males e, penso, nem para o gênero humano. PLATÃO. A República. São Paulo: Mar�ns Fontes, 2014. Platão, em seu livro A República, cria uma sociedade ideal, considerada por muitos a primeira utopia ocidental. Sobre a cidade criada por Platão, julgue os itens: I. A forma de governo ideal é a democracia, pois Platão acreditava na igualdade entre os cidadãos e na soberania popular. II. Na República, Platão afirma que os poetas não contribuem para a educação dos cidadãos, pois a poesia é uma forma de imitação que não revela um bom conhecimento do que imita. III. Um dos principais obje�vos da República é a cons�tuição de uma sociedade justa. IV. Platão apresenta uma visão eli�sta de poder, na qual o governo deveria ser exercido pelos mais sábios e não pelo homem comum. Estão corretas as afirma�vas: a) Todas estão corretas. b) Somente I, III e IV estão corretas. c) Somente II, III e IV estão corretas. d) Somente II e III estão corretas. e) Todas estão erradas. FIL0084 - (Uel) Leia o texto a seguir. Tudo isso ela [Dio�ma] me ensinava, quando sobre as questões de amor [eros] discorria, e uma vez ela me perguntou: – que pensas, ó Sócrates, ser o mo�vo desse amor e desse desejo? A natureza mortal procura, na medida do possível, ser sempre e ficar imortal. E ela só pode assim, através da geração, porque sempre deixa um outro ser novo em lugar do velho; pois é nisso que se diz que cada espécie animal vive e é a mesma. É em virtude da imortalidade que a todo ser esse zelo e esse amor acompanham. (Adaptado de: PLATÃO. O Banquete. 4.ed. São Paulo: Nova Cultural, 1987, p.38-39. Coleção Os Pensadores.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o amor em Platão, assinale a alterna�va correta. a) A aspiração humana de procriação, inspirada por Eros, restringe-se ao corpo e à busca da beleza �sica. b) O eros limita-se a provocar os ins�ntos irrefle�dos e vulgares, uma vez que atende à mera sa�sfação dos ape�tes sensuais. c) O eros �sico representa a vontade de conservação da espécie, e o espiritual, a ânsia de eternização por obras que perdurarão na memória. d) O ser humano é idên�co e constante nas diversas fases da vida, por isso sua iden�dade iguala-se à dos deuses. e) Os seres humanos, como criação dos deuses, seguem a lei dos seres infinitos, o que lhes permite eternidade. FIL0073 - (Upe) Leia o texto a seguir sobre o pensamento grego: Platão escreveu diálogos filosóficos, verdadeiros dramas em prosa. Foi um dos maiores escritores de todos os tempos, e ninguém conseguiu, como ele, unir as questões filosóficas à tamanha beleza literária. As ideias filosóficas de Platão é a primeira grande síntese do pensamento an�go. (Adaptado) (REZENDE, Antonio. Curso de Filosofia, Rio de Janeiro: Zahar, 1998, p. 46.) No tocante a essa temá�ca, assinale a alterna�va CORRETA sobre o pensamento de Platão. a) Enfa�za as ideias no mundo sensível, buscando a verdade na natureza. b) Retrata a doutrina das ideias e salienta a existência do mundo ideal para fazer possível a verdadeira ciência. c) Prioriza a verdade do mundo concreto com a confiança no conhecimento dos sen�dos. d) Sinaliza o valor dos sen�dos como condição para o alcance da verdade. e) Atenta para o significado da razão no plano da existência da realidade sensível. FIL0088 - (Unisc) Nos livros II e III, Platão, através de Sócrates, discute sobre as artes no contexto da educação dos guardiães. Já no livro X, ele trata de vários �pos de prá�cas ar�s�cas, que devem ser consideradas na cidade como um todo, não somente nas ins�tuições pedagógicas. Nesse úl�mo livro, Sócrates é duro ao afirmar que a poesia (imita�va) deve ser inteiramente excluída da cidade (595a). Em que obra essa recusa de Sócrates está registrada? 6@professorferretto @prof_ferretto a) No diálogo “Banquete”, de Platão, em que Sócrates trata dos diversos �pos de arte. b) No diálogo “Teeteto”, de Platão, em que Sócrates e esse personagem discutem sobre a natureza da arte, especialmente da poesia. c) No diálogo “Timeu”, de Platão, em que Sócrates discorre sobre o tema da arte, reportando-se à natureza da pintura e da poesia. d) No diálogo “Polí�co”, de Platão, em que Sócrates apresenta a arte da polí�ca aos cidadãos atenienses. e) No diálogo “República”, de Platão, no qual Sócrates afirma que a poesia pode levar à corrupção do caráter humano. FIL0068 - (Uel) Leia o texto a seguir. Os melhores de entre nós, quando escutam Homero ou qualquer poeta trágico a imitar um herói que está aflito e se espraia numa extensa �rada cheia de gemidos, ou os que cantam e batem no peito, sabes que gostamos disso, e que nos entregamos a eles, e os seguimos, sofrendo com eles, e com toda seriedade elogiamos o poeta, como sendo bom, por nos ter provocado até o máximo, essas disposições. [...] Mas quando sobrevém a qualquer de nós um luto pessoal, reparaste que nos gabamos do contrário, se formos capazes de nos mantermos tranquilos e de sermos fortes, entendendo que esta a�tude é caracterís�ca de um homem [...]? PLATÃO. A República. 605 d-e. Trad. Maria Helena da Rocha Pereira. 12. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2010. p. 470. Com base no texto, nos conhecimentos sobre mimesis (imitação) e sobre o pensamento de Platão, assinale a alterna�va correta: a) A maneira como Homero constrói seus personagens retratando reações humanas deve ser imitada pelos demais poetas, pois é e�camente aprovada na Cidade Ideal platônica. b) O fato de mostrar as emoções de maneira exagerada em seus personagens faz de Homero e de autores de tragédia excelentes formadores na Cidade Ideal pensada por Platão. c) Reagir como os personagens homéricos e trágicos é digno de elogio, pois Platão considera que a descarga das emoções é benéfica para a formação é�ca dos cidadãos. d) Poetas como Homero e autores de tragédia provocam emoções de modo exagerado em quem os lê ou assiste, não sendo bons para a formação do cidadão na Cidade Ideal platônica. e) A imitação de Homero e dos trágicos das reações humanas difere da dos pintores, pois, segundo Platão, não estão distantes em graus da essência, por isso podem fazer parte da cidade justa. FIL0524 - (Ufpr) No diálogo Hípias Maior, de Platão, Sócrates declara: “Recentemente, alguém me pôs em grande apuro, numa discussão em que eu rejeitava determinadas coisas como feias e elogiava outras por serem belas, havendo me perguntado em tom sarcás�co, o interlocutor: qual é o critério, Sócrates, para reconhecereso que é belo e o que é feio? Vejamos, poderás dizer-me o que seja o belo?”. Considerando a passagem acima e a obra de que foi extraída, é correto afirmar que, de acordo com Sócrates: a) só é possível dizer o que é o belo depois de se ter iden�ficado determinadas coisas como belas. b) a dificuldade se coloca para os juízos sobre a beleza, mas não para os juízos de verdade, tais como “isto é uma mesa”. c) para iden�ficar algo como belo, é preciso antes conhecer o que é o belo. d) o critério para dis�nguir entre o belo e o feio varia segundo as pessoas. e) não há dis�nção entre o belo e as coisas belas. FIL0067 - (Ufpr) Em determinado momento do diálogo de Hípias Menor, de Platão, Sócrates declara que encontrou dificuldade para responder à pergunta “qual o critério para reconheceres o que é belo e o que é feio?”. De acordo com Platão, a dificuldade está em que: 7@professorferretto @prof_ferretto a) os juízos de Beleza são subje�vos, sendo rela�vos a quem os enuncia. b) o belo e o feio não se dis�nguem realmente. c) é preciso conhecer o que é Beleza para que se possam iden�ficar as coisas belas. d) o critério de Beleza não é acessível aos homens, mas apenas aos deuses. e) a Beleza é uma mera aparência. FIL0074 - (Ufu) Considere o seguinte trecho "No diálogo Mênon, Platão faz Sócrates sustentar que a virtude não pode ser ensinada, consis�ndo-se em algo que trazemos conosco desde o nascimento, defendendo uma concepção, segundo a qual temos em nós um conhecimento inato que se encontra obscurecido desde que a alma encarnou-se no corpo. O papel da filosofia é fazer-nos recordar deste conhecimento" MARCONDES, Danilo. Textos Básicos de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 2000. p. 31. Nesse trecho, o autor descreve o que ficou conhecido como a) a teoria das ideias de Platão. b) a doutrina da reminiscência de Platão. c) a ironia socrá�ca. d) a dialé�ca platônica. FIL0077 - (Unioeste) Segundo a conhecida alegoria da caverna, que aparece no Livro VII da República, de Platão, há prisioneiros, voltados para uma parede em que são projetadas as sombras de objetos que eles não podem ver. Esses prisioneiros representam a humanidade em seu estágio de mais baixo saber acerca da realidade e de si mesmos: a doxa, ou “opinião”. Um desses prisioneiros é libertado à força, num processo que ele quer evitar e que lhe causa dor e enormes dificuldades de visão (conhecimento). Grada�vamente, ele é conduzido para fora da caverna, a um estágio em que pode ver as coisas em si mesmas, isto é, os fundamentos eternos de tudo o que, antes, ele via somente mediante sombras. Esses fundamentos são as Formas. Para além das Formas, brilha o Sol, que representa a Forma das Formas, o Bem, fonte essencial de todo ser e de todo conhecer e unicamente acessível mediante intuição direta. Com base nisso, responda à seguinte questão: se chegamos ao conhecimento das Formas mediante a dialé�ca, que é o estabelecimento de fundamentos que possibilitam o conhecimento das coisas par�culares (sombras), é CORRETO dizer: a) para Platão, a dialé�ca é o conhecimento imediato (doxa) dos objetos par�culares. b) o Bem é um objeto par�cular, que pode ser conhecido sensivelmente, de modo imediato e indolor, por todos os seres humanos. c) as Formas são somente suposições teóricas, sem realidade nelas mesmas. d) a dialé�ca, que não é o úl�mo estágio do ser e do conhecer, permite chegar, mediante um processo di�cil, que exige esforço, às coisas em si mesmas (Formas). e) a dialé�ca, úl�mo estágio do ser e do conhecer, permite chegar, mediante um processo di�cil, ao conhecimento do Bem. FIL0659 - (Uece) “Efe�vamente, um bom poeta, se quiser produzir um bom poema sobre o assunto que quer tratar, tem de saber o que vai fazer, sob pena de não ser capaz de o realizar. [...] os bons poetas têm aqueles conhecimentos que, perante a maioria, parecem expor tão bem.” PLATÃO. A República, 598e-599a. – 15ª ed. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2017. Levando em conta a importância tradicional que a poesia �nha na formação/educação do homem grego, é correto dizer que a crí�ca de Platão à poesia se jus�fica porque a) a educação tradicional grega, através das narra�vas poé�cas, transmi�a um conhecimento certo sobre os temas de que elas tratavam. b) o então desenvolvimento das técnicas, que se baseavam em saberes causais, punha em crise o lugar da poesia na educação grega. c) seria preciso afastar-se das tendências pedagógicas, como as so�s�cas, que desprezavam o saber verdadeiro transmi�do pela poesia. d) �nha em vista construir uma outra poesia grega, baseada nos mais recentes conhecimentos técnicos, cien�ficos e filosóficos da pólis. FIL0075 - (Uel) Leia o texto a seguir. Eis com efeito em que consiste o proceder corretamente nos caminhos do amor ou por outro se deixar conduzir: em começar do que aqui é belo e, em vista daquele belo, subir sempre, como que servindo-se de degraus, de um só para dois e de dois para todos os belos corpos, e dos belos corpos para os belos o�cios, e dos o�cios para as 8@professorferretto @prof_ferretto belas ciências até que das ciências acabe naquela ciência, que de nada mais é senão daquele próprio belo, e conheça enfim o que em si é belo. (PLATÃO. Banquete, 211 c-d. José Cavalcante de Souza. São Paulo: Abril Cultural, 1972. (Os Pensadores) p. 48). Com base no texto e nos conhecimentos sobre a filosofia de Platão, é correto afirmar que a) a compreensão da beleza se dá a par�r da observação de um indivíduo belo, no qual percebemos o belo em si. b) a percepção do belo no mundo indica seus vários graus que visam a uma dimensão transcendente da beleza em si. c) a compreensão do que é belo se dá subitamente, quando par�mos dele para compreender os belos o�cios e ciências. d) a observação de corpos, a�vidades e conhecimentos permite dis�nguir quais deles são belos ou feios em si. e) a par�cipação do mundo sensível no mundo inteligível possibilita a apreensão da beleza em si. FIL0070 - (Uece) “Talvez [...] a verdade nada mais seja do que uma certa purificação das paixões e seja, portanto, a temperança, a jus�ça, a coragem; e a própria sabedoria não seja outra coisa do que esse meio de purificação.” PLATÃO. Fédon, 69b-c, adaptado. Nessa fala de Sócrates, a “purificação” das paixões ocorre na medida em que a alma se afasta do corpo pela “força” da sabedoria. Com base nisso, assinale a afirmação FALSA. a) As virtudes são a eliminação das paixões através da sabedoria. b) Temperança, jus�ça e coragem resultam da purificação das paixões. c) A sabedoria é a potência da alma pela qual as virtudes se cons�tuem. d) A alma a�nge a verdade através da virtude da sabedoria. FIL0660 - (Uece) No diálogo platônico Sofista, os personagens Teeteto e Estrangeiro conversam sobre o que é o sofista, chegando à tese de que seu discurso é um simulacro, uma cópia falsa do real. No entanto, essa tese conduziria os interlocutores a uma dificuldade, segundo o Estrangeiro, que a explica nos seguintes termos. “É que, realmente, jovem feliz, nos vemos frente a uma questão extremamente di�cil. Afinal, mostrar e parecer sem ser, dizer algo, entretanto, sem dizer com verdade, são maneiras que trazem grande dificuldades... Que modo encontrar, na realidade, para dizer ou pensar que o falso é real sem que, já ao dizer isso, nos encontramos enredados numa contradição? [...] A audácia dessa afirmação é supor o não ser como ser; e, na realidade, nada pode ser dito falso sem esta condição”. PLATÃO. Sofista, 236e-237-a. São Paulo: Abril Cultural, 1972. Coleção Os Pensadores (Texto adaptado). Segundo o Estrangeiro, a dificuldade dessa afirmação, sua contradição inicial, a ser elucidada na con�nuidade do diálogo, estaria em que a) não é possível dizer que algo é falso, pois, por definição, o falso não é. b) se o falso exis�r, é preciso abandonar a tese de que o ser é e o não-ser não é. c) se diria, simultaneamente, queo falso não é falso, pois o que é não seria. d) seria preciso admi�r que o falso, de algum modo, é; mas o não ser não é. FIL0066 - (Uel) Leia o texto a seguir. Quando o ar�sta [demiurgo] trabalha em sua obra, a vista dirigida para o que sempre se conserva igual a si mesmo, e lhe transmite a forma e a virtude desse modelo, é natural que seja belo tudo o que ele realiza. Porém, se ele se fixa no que devém e toma como modelo algo sujeito ao nascimento, nada belo poderá criar. [...] Ora, se este mundo é belo e for bom seu construtor, sem dúvida nenhuma este fixará a vista no modelo eterno. PLATÃO. Timeu. 28 a7-10; 29 a2-3. Trad. Carlos A. Nunes. Belém: UFPA, 1977. p. 46-47. Com base no texto e nos conhecimentos sobre a filosofia de Platão, assinale a alterna�va correta. 9@professorferretto @prof_ferretto a) O mundo é belo porque imita os modelos sensíveis, nos quais o demiurgo se inspira ao gerar o mundo. b) O sensível, ou o mundo que devém, é o modelo no qual o ar�sta se inspira para criar o que permanece. c) O ar�fice do mundo, por ser bom, cria uma obra plenamente bela, que é a realidade percebida pelos sen�dos. d) O olhar do demiurgo deve se dirigir ao que permanece, pois este é o modelo a ser inserido na realidade sensível. e) O demiurgo deve observar as perfeições no mundo sensível para poder reproduzi-las em sua obra. FIL0801 - (Fuvest) “Quero dizer, numa palavra, que, levando em conta todas as coisas que nascem, devemos verificar se em cada caso é bem assim que nasce cada um dos seres, isto é, se os contrários não nascem senão dos seus próprios contrários, em toda parte onde existe tal relação: entre o belo, por exemplo, e o feio, que é, penso, o seu contrário; entre o justo e o injusto; e assim milhares de outros casos. (...) Exemplo: quando uma coisa se torna maior, não é necessário que ela anteriormente tenha sido menor, para em seguida se tornar maior?” Platão, Fédon, p.79. No trecho transcrito do texto Fédon, Platão propõe uma compreensão filosófica própria sobre a relação existente entre os opostos. Com base nela, dentre as inferências possíveis, aquela que descreve a ar�culação principal entre dois termos que se opõem é: a) Entre os opostos, é possível inferir uma relação principal de complementariedade. b) Entre os opostos, é possível inferir uma relação principal de alternância. c) Entre os opostos, é possível inferir uma relação principal de exclusão. d) Entre os opostos, é possível inferir uma relação principal de anulação. e) Entre os opostos, é possível inferir uma relação principal de geração. 10@professorferretto @prof_ferretto