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ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO SUASCRAS E PSICOLOGIA SOCIAL COMUNITÁRIA POSSÍVEIS ARTICULAÇÕES

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CAMPOS DE ANDRADE
ALUNA: Kimberly Ferretti Pereira CURSO: Psicologia PERÍODO: 4º
PSICOLOGIA SOCIAL COMUNITÁRIA
PROFESSORA: Thais Ellen Gomes
ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO, SUAS/CRAS E PSICOLOGIA SOCIAL COMUNITÁRIA: POSSÍVEIS ARTICULAÇÕES
Os autores iniciam o artigo nos mostrado o que é a SUAS, Sistema Único de Assistência Social. A partir de 2005 foi consolidada a participação do psicólogo nas políticas públicas, e desde então essa participação tem aumentado, mas a grande problemática apresentada no artigo é a falta de processos e materiais que deem conta da realidade de afazeres desses profissionais nessa área especifica. 
Seguindo a linha da explicação do que é o SUAS, ela tem como função a gestão de conteúdoS específicos para assistência social e o campo de proteção. Ainda viabiliza ações para reduzir e prevenir situações de vulnerabilidade e riscos sociais decorrentes do ciclo da vida. Se divide em dois níveis de complexidade: proteção social básica e proteção social especial.
Trindade e Teixeira (1998) explica que essa inserção do psicólogo na atenção primaria é um importante ponto de partida para as comunidades, que o bem estar pode ajudar na construção da autonomia desses públicos e assim em uma inserção mais digna dessa parcela de população na sociedade. 
Uma consequência dessa crescente busca de estagiários e profissionais por essa área é que vem crescendo a demanda por documentos que orientem a atuação desses profissionais. Existem referencias epistêmico-metodológicas, mas esse ainda precisa se adequar a realidade peculiar do meio social.
Essas políticas sociais no Brasil foram cedidas, de certa forma, pelo governo Getulio Vargas (1930-1945) e nessa época até era vista como necessária, mas sem a responsabilidade de fazer transformações. Era desarticulada das outras práticas sociais. A partir da constituição de 1988 marca-se historicamente o reconhecimento dessas políticas como um direito. Dessa forma a SUAS é um programa política pública de seguridade social que está em constante construção desde então. 
Em 2005 surge efetivamente a SUAS e passa a ser implantado em todo o território nacional afim de tornar efetiva uma rede de proteção social, estável e sustentável. A SUAS trabalha com dois níveis de complexidade: proteção social especial e proteção social básica. O serviço de proteção especial ainda é dividido em média e alta complexidade. Os de medias complexidade são so que oferecem cuidados às famílias que tiveram seus direitos violados, mas que o vínculo familiar ainda estejam, em suas proporções, preservados. Os de alta complexidade garantem proteção integral para aqueles que se encontram sem referências, ou em situação de ameaça e precisam sair de seu meio familiar ou comunitário. 
 Os CREAS são unidades que realizam serviços de desenvolvimento estratégico de atenção sócio-familiar no intuito de reconstruir grupos familiares e criar novas referências morais e afetivas. Ainda faz o acompanhamento individual, apoios e encaminhamentos voltados para a proteção e reinserção social. Essas unidades necessitam de uma equipe multidisciplinar que são implantadas de acordo com o porte e nível de demanda dos municípios, bem como o grau de complexidade das situações de risco. 
Dentro da proteção básica do SUAS temos o CRAS que atua na proteção de serviço e programas sossio-assistenciais às famílias e indivíduos em seu contexto comunitário, visando a orientação e o convívio sócio-familiar e comunitário. Parte-se da ideia de que são funções básicas das famílias prover proteção e socialização dos seus membros, e promove isso. Assim como o CREAS o CRAS também necessita de equipe multidisciplinar de acordo com a demanda desses serviços, porte do município. Ainda é função do CRAS realizar o mapeamento e a organização da rede sócio-assisntencial de proteção básica, e evitar que as famílias integradas nesse mapeamento tenham seus direitos infringidos. 
Em 2008, criam-se as referências técnicas para atuação do psicólogo no CRAS,SUAS, onde afirma ser responsabilidade do CRAS a oferta de ações continuadas de proteção social básica e de assistência social as famílias, grupos e indivíduos em vulnerabilidade social. Existem 7 programas e ações que o CRAS oferece a comunidade em qual está inserida, que vão desde programas de atenção integral a família, até centros de informação e educação para o trabalho, e em todas essas áreas o psicólogo pode atuar desde que articule a sua atuação aos propósitos de cada projeto em conjunto com a equipe interdisciplinar. 
Wundt, além de nos propor uma psicologia mais cientifica, rompida com a filosofia, também tinha interesse em criar uma psicologia social. Em 1900-20 ele cria a sua psicologia do povo, uma obra de 10 volumes que visava os estudos da linguagem, pensamento, cultura, mitos, magia, religião, costumes e fenômenos correlatados. 
Apesar de ter raízes europeias, a psicologia social é um fenômeno tipicamente americano, mas isso se deve a migração, em 1930, de vários pesquisadores, cientistas e psicólogos europeus para os Estados Unidos da América. No Brasil , em 1960 e 1970, era importada a psicologia social dos EUA. Surge então a Associação Latino-Americana de Psicologia (ALAPSO), mas ao mesmo tempo, vários psicólogos sociais experimentais iniciam um movimento de resistência contra a ALAPSO criando assim várias associações com novas propostas de uma psicologia social. Hoje essa psicologia já estaria contextualizada sócio historicamente. 
Lane (1985) nos afirma que a Psicologia Social estuda a relação entre indivíduo e sociedade, desde a organização de seus membros até seus métodos de sobrevivência e costumes. Sendo assim, a Psicologia Comunitária surge como uma ramificação da Social. 
Hoje, podemos caracterizar a atuação do Psicólogo Comunitário em três ideologias de atuação, a primeira seria uma inserção assistencialista, com ideias filantrópicas e de caridade, a segunda seria a curiosidade cientifica que estaria em busca do desconhecido, e em terceiro uma inserção pautada no compromisso real com a transformação social e a busca de mudanças das condições vividas por essa população. 
Segundo Freitas (1998b) a inserção do psicólogo na sociedade pode ocorrer de duas maneiras. Na primeira os objetivos trabalhados são definidos antes desse profissional conhecer a realidade que irá atuar, e, no segundo, os objetivos são definidos depois do profissional conhecer a realidade da comunidade na qual estará inserido. Essa segunda maneira ainda pode ocorrer de duas formas, na primeira ele conhece as necessidades e elabora sozinho quais os planos a seguir, na segunda ele decide junto com a população o que irá trabalhar. 
As autoras concluem suas considerações apontando a necessidade de o psicólogo deve estar ciente que lidará com um sujeito concreto, inserido numa realidade sócio-histórica-cultural, tendo no cotidiano seu espaço vital, portanto, opta-se por se pensar em uma metodologia cujos objetivos são definidos a posteriori e o trabalho pensado e formulado juntamente com a população. Dessa forma acreditam que o diálogo entre a Psicologia Comunitária e o SUAS/CRAS seja necessário, principalmente considerando que toda produção teórico-metodológica desenvolvida na área da Psicologia Social-Comunitária adapta-se as características do trabalho desenvolvido nessas instancias e podem subsidiar a prática do psicólogo

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