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Resumão - Aulas 1 a 10 - Gest. Cadeia de Sup.

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GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS 
 
Aula 1: Cadeia de Suprimentos – Conceitos e Objetivos 
 
Ao final desta aula, você será capaz de: 
1. Entender os principais conceitos da Cadeia de Suprimentos. 
2. Discutir os objetivos e finalidades de uma Cadeia de Suprimentos. 
Este conhecimento dará ao Gestor de Recursos Humanos segurança e discernimento em suas decisões. 
 
Introdução 
Você irá perceber que o processo evolutivo da Logística pode ser melhor compreendido, ao ser analisado 
em fases sequenciais. Conheça as etapas que a Logística percorreu em seu processo histórico. 
 
Fatores Determinantes 
Não se pode esquecer a influência da globalização, que trouxe como decorrência, dentre outros fatores, 
a abertura dos mercados a nível mundial e aumento das incertezas econômicas. Em meio a operações 
logísticas muito complexas e abrangentes, a Logística extrapolou os limites organizacionais, passando a 
assumir vínculos muito mais fortes entre todos os elos da cadeia produtiva. 
Iniciamos com uma análise das várias fases, pelas quais as atividades logísticas passaram, desde sua 
concepção inicial, até sua última fase, de integração total, tão presente nos dias atuais, com a introdução 
do Supply Chain Management (SCM). Segundo Fleury (2003), a origem das atividades logísticas, se 
confunde com o início das atividades econômicas organizadas. A partir do momento que o homem passou 
a realizar a troca de excedentes da produção especializada, foram introduzidas três das mais importantes 
funções logísticas: estoque, armazenagem e transporte. O excesso da produção gerada e não vendida 
transformava-se em estoque, o qual precisava ser armazenado, e mais tarde transportado, até o local de 
consumo. 
A Logística, em sua concepção inicial, consistia no simples ato de entregar o produto certo, no lugar 
solicitado, dentro de um determinado intervalo de tempo. Com o passar dos anos, este conceito evoluiu, 
adquirindo novas vertentes, procurando sempre se adaptar às necessidades específicas de cada década, 
no decorrer do século XX (Bowersox, 2001). 
O processo evolutivo da Logística pode ser melhor compreendido, ao ser analisado em fases sequenciais. 
Um estudo feito por John Kent e Daniel Flint (Figueiredo & Arkader, 1998), analisa a evolução do 
pensamento logístico, em cinco eras ou etapas principais. 
Segundo tal estudo, o Pensamento Logístico teve sua introdução no início do século XX, numa época em 
que prevalecia a economia agrária. De forma que, as atividades logísticas desenvolvidas até então, 
limitavam-se ao transporte e à distribuição física da produção agrícola. 
A partir de 1940, no entanto, a Logística começou a englobar um maior número de atividades, 
relacionadas, sobretudo, com transporte, suprimentos, construção, e assistência a feridos. A Logística foi 
então dividida em dois segmentos: distribuição física e suprimentos. 
Nos EUA, o termo logística empresarial se desenvolveu, tendo como maior preocupação o fornecimento 
de armamentos e munições às missões militares. Ao entrar em guerra, o governo americano propôs uma 
estratégia produtiva, em meio a qual, a população do país, bem como as forças produtivas foram voltadas 
para a produção bélica. 
Pelo fato do sistema de produção americano ter se concentrado durante a II Guerra Mundial na produção 
bélica, no período pós guerra, pôde-se verificar, como decorrência, a formação de grandes lacunas de 
demandas, sobretudo no mercado de automóveis, eletrodomésticos e bebidas. Preocupadas em atender 
essas novas necessidades, as empresas promoveram um considerável aumento no processo produtivo. 
Porém, se por um lado, a produção de mercadorias em grande quantidade deixou de ser problema, o 
processo de distribuição e controle dos estoques das mesmas, ainda se mostrava bastante precário 
(Bowersox, 2001). Uma vez que não haviam ainda sofisticados sistemas de comunicação e informática, as 
vendas eram feitas de forma manual. 
O vendedor analisava a disponibilidade do produto solicitado no depósito, preenchendo a seguir uma 
nota de venda ou pedido, o qual era encaminhado via papel, ao depósito. A partir de então, era 
programada a entrega do pedido na casa do cliente. Na busca pelas menores despesas, buscavam-se os 
fornecedores que oferecessem os menores preços e melhores condições de suprimento. 
Os meios disponíveis para tanto eram baseados em telefonemas, envio de correios, ou mesmo em 
entrevistas marcadas com os fornecedores. Como se pode verificar, somente o ato de se fazer o pedido 
consumia bastante tempo e custos. Além do mais, grandes volumes de estoques eram gerados ao longo 
de toda a cadeia logística, levando a um crescimento ainda maior dos custos (Novaes, 2001). 
Também os produtos eram transportados em lotes econômicos. Economias eram realizadas, recorrendo-
se a modos de transportes mais econômicos, menores fretes, assim como melhor utilização da capacidade 
de cada veículo. O nível de estoque era controlado de forma periódica através de práticas como a 
“Qualidade Econômica do Pedido”. 
Por meio desta, os estoques eram renovados de forma a minimizar o valor total gasto em custo de 
inventário, transporte, e para elaborar o pedido. Se já havia uma preocupação com os custos logísticos, 
esta era ainda sob o enfoque puramente corporativo. Cada empresa buscava reduzir ao máximo seus 
custos, mesmo em detrimento de outros elementos da cadeia de suprimentos. 
 
Era da Integração Interna 
A próxima fase proposta por Novaes marca o início do processo de integração na evolução logística, se dá 
a partir de 1970. Segundo o estudo proposto por John Kent e Daniel Flint, no entanto, já se verifica na 
década de 60, uma primeira tendência ao processo de integração. Tal fase é definida como “Era da 
Integração Interna”, e caracteriza um período, no qual o pensamento logístico começou a assumir uma 
abordagem sistêmica. 
As atenções antes voltadas especialmente para a distribuição física, migraram para um enforque mais 
amplo de funções, motivadas, sobretudo pela economia industrial. Algumas atividades, como o 
gerencimento de transporte, suprimentos, distribuição, armazenagem, controle de estoque e de 
manuseio de matérias, já começaram a ser colocadas na prática nessa época. 
A década de 60 é bastante influenciada pela necessidade de especialização da produção a nível mundial. 
Cada produto era fabricado na área que melhor conciliasse as questões de baixo custo e localização 
geográfica, o que por sua vez conduziu ao aperfeiçoamento dos sistemas de distribuição. O excesso da 
produção gerado nas regiões especializadas, pode desta forma, ser transportado de forma econômica 
para outras áreas produtivas consumidoras. 
Ainda na década de 60 observou-se, a influência da informática nos processos produtivos, com a 
introdução de cartões perfuradores e fitas magnéticas, que foram aos poucos substituindo alguns 
procedimentos manuais. O emprego de computadores trouxe relativas melhorias ao tratamento de 
problemas de sequenciamanto da produção, localização otimizada de centros de distribuição, otimização 
de estoques, dentre outras atividades (Novaes, 2001). 
 
Fase 2 - Logística Integrada 
Nessa fase, começou a se verificar uma certa inversão de valores no contexto social. A sociedade não se 
mostrava mais satisfeita com a padronização de produtos, exigindo, portanto, uma maior variedade de 
opções. 
Dessa forma, aos poucos foram sendo verificadas mudanças nos sistemas produtivos, que foram se 
tornando mais flexíveis, de forma a proporcionar maior leque de opções. No passo em que cresceram as 
variedades de cada produto, aumentaram também as suas concentrações em estoques. Maiores estoques 
por sua vez, implicavam em aumento nos custos de armazenagem. Diante de todasessas mudanças, os 
elementos chaves passaram a ser a otimização de atividades, assim como seu planejamento, na busca da 
racionalização integrada da cadeia de suprimentos. 
Apesar do planejamento logístico já possuir nessa fase um alcance que vai além das fronteiras 
organizacionais, abrangendo também clientes e fornecedores, tal planejamento era caracterizado por ser 
ainda bastante rígido, não permitindo correções em tempo real. O planejamento uma vez definido, não 
podia ser mais modificado, sendo implementado em períodos longos. Por esse motivo, a interligação que 
conecta as diversas partes que compõem a cadeia de suprimentos nessa fase é rígida. 
A década de 70 corresponde a um período crítico, no qual ocorreu uma série de crises econômicas no 
contexto mundial, tais como a crise do petróleo, que encareceu de forma extraordinária o transporte de 
mercadorias. Os efeitos das crises repercutiram nos meios produtivos, ocasionando uma certa mudança 
de prioridades. Dessa forma, as empresas que antes priorizavam o atendimento às necessidades de 
demanda, a partir de então, voltaram-se mais para questões como manutenção e suprimentos. Surgiram 
assim, profissionais especializados no gerenciamento de matéria-prima. 
Período esse, no qual, a Logística passou a assumir uma forte preocupação não só relacionada ao produto, 
mas também à qualidade de serviços prestados. As operações logísticas buscavam dessa forma, conciliar 
baixo custo com a melhoria do nível de serviço. Nesse sentido, a logística voltou-se para questões de 
produtividade e custos de estoque. 
Segundo Novaes (2001), outro fator característico desse período, foram as relativas melhoria verificadas 
nos fluxos logísticos, com a utilização intensiva da multimodalidade de transporte. Atrevés do uso 
combinado de transporte aéreo, marítimo e terrestre, as empresas conseguirem obter redução de custos, 
assim como melhor aproveitamento de capacidade de transporte. 
 
Fase 3 - Integração Flexível 
A terceira fase, que começou em fins da década de 1980, e ainda está em fase de implementação em 
muitas empresas, é caracterizada pela mudança de natureza do planejamento, que passou a assumir um 
caráter mais flexível, respondendo melhor às necessidades instantâneas do processo. A integração 
dinâmica e flexível foi verificada ao longo da cadeia de suprimentos, envolvendo não só as relações 
internas da empresa, mas também o relacionamento entre a empresa e seus fornecedores e clientes. Tal 
relacionamento ainda se dava, no entanto, de dois em dois, entre as entidades da cadeia logística. 
Tal fase, na qual se desenvolveu o importante conceito de Logística Integrada, foi bastante influenciada 
pelo emprego de poderosas tecnologias de informação e sistemas de comunicações, que contribuíram 
para uma grande revolução na forma de se tratar as informações. A mudança no nível de integração foi 
favorecida pela adoção do EDI (Intercâmbio eletrônico de dados), que conduziu à flexibilização do 
processo de programação. As informações, que antes só apresentavam alguma funcionalidade no 
tratamento histórico, passaram a ser essenciais para atualização de dados em tempo real. 
 
Grandes melhoras no sistema de controle de estoque foram propiciadas pela introdução do código de 
barras em supermercados. Tal tecnologia possibilitou o aumento do nível de integração entre o setor de 
vendas com depósitos e centros de distribuições. A coleta de dados, assim como a troca de informações, 
antes realizada de forma manual, sujeita a procedimentos demorados e muitas fontes de erro, passaram 
a serem realizadas de forma automática, com o emprego de tecnologias de captura de dados operantes 
em radiofrequência (Bowersox, 2001). 
A interligação entre os elementos da cadeia já adquiriu nessa fase, um certo grau de flexibilidade, 
possibilitando responder de forma instantânea a eventuais mudanças externas. 
 
Fase 4 - Integração Estratégica (SCM) 
Na quarta e última era, que se estende até os dias atuais, o pensamento logístico assumiu uma visão mais 
estratégica no meio intra e inter empresarial. 
Tal era é bastante influenciada pelos efeitos da globalização. Diante desse novo contexto, em que a 
Logística passou a ser vista como poderosa arma estratégica na conquista de novos mercados, se 
desenvolveu o importante conceito de Supply Chain Management. Conceito este, que proporcionou uma 
integração ainda mais forte entre todos os elementos da cadeia produtiva, levando-os a atuar de forma 
conjunta, visando alcançar um objetivo comum que gerasse benefícios a todos. 
Dessa forma, pretendia-se reduzir custos e desperdícios; reduzir estoques que se acumulam ao longo dos 
vários elos da cadeia de suprimentos; melhorar a qualidade de serviços ao consumidor final e minimizar 
o ciclo de vida do pedido. 
Equanto nas fases anteriores da evolução logística, podia-se perceber um papel bem delimitado entre 
vários elementos que compunham a cadeia logística, na quarta fase, tal separação já não e mais tão nítida. 
De forma que se pode observar um certo grau de interseção entre as operações envolvidas ao longo da 
cadeia logísitica. 
Tal fase é denominada, segundo o estudo proposto por John Kent e Daniel Flint, como era do Supply 
Chain. Na medida em que a logística abandonou seu caráter operacional, migrando para o nível 
estratégico, passou a ser denominada de Logística Integrada. Verificou-se assim, uma maior preocupação 
do processo logístico como um todo, envolvendo maior controle de toda a cadeia produtiva entre 
fornecedores, distribuidores e consumidores. 
Segundo Novaes (2001), outros aspectos que ganharam maior relevância nesta nova fase, são os 
seguintes: 
Preocupação dos impactos logísticos no meio ambiente 
Assim como o tratamento atribuído à questão da logística reversa. Numa fase bastante marcada pelos 
efeitos da globalização, que contribuíram para o aumento da circulação de mercadorias por meios 
terrestres, os congestionamentos de trânsito tornaram-se mais frequentes, elevando bastante o nível de 
poluição atmosférica. Diante do movimento de uma série de entidades em defesa do meio ambiente, 
começou-se a refletir mais sobre os agentes poluentes envolvidos em operações logísticas. Houve uma 
maior preocupação também com o descarte de alguns produtos finais, muitas vezes maléficos ao meio 
ambiente, no processo produtivo. Descobriu-se, que muito destas matérias-primas, após serem 
submetidas a uma série de tratamentos, ou operações de reciclagem, poderiam ser reaproveitadas. 
Tentava-se reduzir desta forma, o desperdício de materiais, o que por sua vez possibilitariam diminuição 
de custos. 
Abertura das Fronteiras Organizacionais 
Seja através da formação de parcerias com fornecedores e clientes, seja pela prática da terceirização de 
uma série de atividades. Desta forma, cresceu de forma intensiva a circulação da informação por toda a 
cadeia produtiva, possibilitando o acesso mútuo de informações organizacionais e estratégicas. 
Consequentemente um maior grau de sincronismo foi verificado na cadeia de suprimentos, em toda a sua 
extensão. As diversas operações logísticas deixaram assim de atuar isoladamente, não sendo mais 
exclusivas de um setor específico. Pode-se perceber o grande grau de relevância que foi atribuído aos 
canais de comunicação, assim como aos novos sistemas de informações, ao propiciar um fluxo de 
informações mais eficiente. As questões como integridade da informação, confiabilidade de transmissão, 
foi dedicada uma atenção especial. 
Surgimento da Prática do “Postponement” ou Postergação 
Que possibilita a redução de prazo de entrega do produto, assim como diminuição das incertezas ao longo 
da cadeia. Por meio desta, os produtos ficam armazenados nos centros da fabricaçãona sua forma 
semiacabada, só recebendo o acabamento, quando solicitados para venda, nos centros de distribuição. O 
postponement permite responder de forma bastante flexível às necessidades de customização do usuário 
final. Grandes volumes de estoques de produtos acabados que se acumulavam nos pontos de venda, 
gerando custos de estoque, foram dessa forma, bastante reduzidos. 
Preocupação com a satisfação plena do consumidor 
Seja ele intermediário ou final, fato este que por sua vez conduziu a uma progressiva melhora na prestação 
de serviços, em termos de eficiência, qualidade, redução de preços e otimização de tempo. Diante da 
forte pressão por redução de estoque, os clientes institucionais foram induzidos a realizarem compras de 
forma mais frequente, e em menores quantidades, exigindo, portanto o cumprimento de prazos menores 
de entrega, não sujeitos a eventuais erros ou atrasos. Já o consumidor final, com um estilo de vida 
bastante marcado pelas pressões do trabalho, considera mais relevante, questões de qualidade de serviço 
e atendimento, capazes de proporcionar maior conforto, confiança e cumprimento fiel de prazos. Tais 
exigências tornam-se mais críticas e, portanto, mais complexas de serem gerenciadas, e otimizadas 
perante o tempo, com a prática progressiva do comércio eletrônico (Fleury, 2003). Pode-se imaginar a 
verdadeira situação caótica que surgiu nas operações logísticas, na medida em que os produtos 
precisavam ser entregues diretamente na casa de uma infinidade de consumidores finais, ao invés de num 
único centro de distribuição. 
Desenvolvimento Contínuo da Cadeia de Suprimentos 
Devemos considerar o estado da arte da Logística na nova era, descrevendo as suas características em 
relação às diversas fases já consolidadas, demonstrando-a como a nova tendência da cadeia de 
Suprimentos do século XXI. Para isto, são apresentados três fatores já chamados de Triplo A, também 
chamados de Agilidade, Adaptabilidade e Alinhamento estratégico. 
Os objetivos do fator Agilidade são reagir rapidamente a mudança de curto prazo em demanda ou oferta 
e processar sem atropelos distúrbios externos. Para que estes objetivos sejam atingidos, recomenda-se 
que as empresas adotem os seguintes métodos: 
 Promover um fluxo de informações com fornecedores e clientes; 
 Desenvolver relacionamentos de colaboração com fornecedores; 
 Projetar para postergação; 
 Formar reservas de estoques com compra de componentes essenciais de baixo custo; 
 Contar com um sistema logístico ou com parceiros confiáveis; 
 Esboçar planos de emergência e desenvolver equipes de gestão de crises. 
Atualmente as organizações são desafiadas a operar de forma eficiente e eficaz para garantir a 
continuidade de suas atividades, o que as obriga a constantemente desenvolver vantagens em novas 
frentes de atuação. As demandas impostas pelo aumento da complexidade operacional e pela exigência 
de maiores níveis de serviço pelos clientes, mas que anseiam por preços declinantes, servem de exemplo 
aqui. 
Competir é preciso e, portanto, é uma realidade que não se pode mais ignorar. Assim, todas as 
organizações buscam diferenciar-se de seus concorrentes para conquistar e manter clientes. Só que isto 
está se tornando cada vez mais difícil. O aumento da arena competitiva, representado pelas possibilidades 
de consumo e produção globalizadas, a necessidade de que se façam lançamentos mais frequentes de 
novos produtos, os quais, em geral, terão ciclos de vida curtos, e a mudança no perfil dos clientes, cada 
vez mais bem informados e exigentes, forçam as empresas a serem criativas, ágeis e flexíveis, mas 
também a aumentarem sua qualidade e confiabilidade. 
A agregação de valor poderá surgir da oferta de entregas mais confiáveis e frequentes, em menores 
quantidades, da oferta de maior variedade de produtos, melhores serviços de pós-venda, maiores 
facilidades de se fazer negócio e sua singularização na organização. Todas essas facilidades poderão ser 
transformadas em um diferencial aos olhos do cliente, que pode estar disposto a pagar um valor mais alto 
por melhores serviços, que representem benefícios. 
 
Definição de Logística 
Muito se fala a respeito da Logística como sendo, atualmente, a responsável pelo sucesso ou insucesso 
das organizações. Porém, o que se pode perceber no mercado é que muito pouco se sabe sobre as 
atividades logísticas e como as mesmas devem ser definidas nas organizações. 
É importante então evitar que situações de modismo acabem por influenciar o uso errado da palavra e, o 
que seria muito pior, de suas técnicas e atividades. Como se pode perceber, a atividade logística está 
inserida em diversos pontos da organização e sua correta aplicação se faz necessária para o bom 
andamento das atividades. Mas afinal, o que é realmente a Logística? 
O termo Logística de acordo com o Dicionário Aurélio, vem do francês logistique e tem como uma de suas 
definições a parte da arte da guerra que trata do planejamento e da realização de: projeto e 
desenvolvimento, obtenção, armazenamento, transporte, distribuição, reparação, manutenção e 
evacuação de material (para fins operativos ou administrativos). Pela definição de Council of Logistics 
Management, “Logística é a parte do Gerenciamento da cadeia de Suprimentos que planeja, implementa 
e controla o fluxo e armazenamento eficiente e econômico de matérias-primas, materiais semiacabados 
e produtos acabados, bem como as informações a eles relativas, desde o ponto de origem até o ponto de 
consumo, com o propósito de atender às exigências dos clientes”. 
Pode-se definir Logística como sendo a junção de quatro atividades básicas: as de aquisição, 
movimentação, armazenagem e entrega de produtos. 
Para que essas atividades funcionem, é imperativo que as atividades de planejamento logístico, quer 
sejam de materiais ou de processos, estejam intimamente relacionadas com as funções de manufatura e 
marketing. 
Existem diversos tipos de organização, sejam públicas ou privadas, que se utilizam dos serviços logísticos, 
como empresas maufatureiras, empresas de transporte, empresas alimentícias, Forças Armadas, serviços 
postais, distribuição de petróleo, transporte público e muitas outras. 
Logística é a chave de muitos negócios por várias razões, entre as quais incluímos o alto custo de operação 
das cadeias de abastecimento. Pode-se perceber que a tendência das organizações é a horizontalização, 
atividade cujos muitos produtos até então produzidos por determinada empresa do fim da cadeia de 
fornecimento passam a ser produzidos por outras empresas, ampliando o número de fontes de 
suprimento e dificultando a administração desse exército de fornecedores. 
Se os custos são tão altos, por que então horizontalizar e criar demanda para atividades logísticas? 
A resposta para esta indagação se resume em duas palavras: mercado globalizado. À medida em que as 
empresas investem em parceiros comerciais, aumentam os gastos com planejamento de toda a cadeia. 
Ao analisar essa situação de forma holística, percebe-se que há uma redução de custos. 
Entretanto, mais importante do que tal redução, a atividade logística passa a agregar valor, melhorando 
os níveis de satisfação dos usuários, e, ainda, a mudança na atividade logística, se não for acompanhada 
por todas as organizações, levará à falência aquelas que não se enquadrarem. 
Contudo, pode ficar uma questão a ser resolvida: como se dá a redução de custos? 
Tal redução, acompanhada de um estudo logístico, é explicada pela especialização das empresas 
fornecedoras, haja vista que as mesmas acabam por investir em tecnologia de ponta para os 
desenvolvimentos dos materiais, até então produzidos pela empresa que está no fim da cadeia, que agorapassarão a ser fabricados pela mais nova empresa horizontalizada. 
A partir desse momento, a tendência é que exista uma redução de custos, proporcionada pelo ganho da 
escala na produção e pelo desenvolvimento tecnológico, focado agora em uma determinada linha de 
produto. 
Como se pode perceber, a atividade logística está inserida em diversos pontos da organização e sua 
correta aplicação se faz necessária para o bom andamento das atividades. 
 
Objetivos da Logística 
Atualmente as organizações são desafiadas a operar de forma eficiente e eficaz para garantir a 
continuidade de suas atividades, o que as obriga a constantemente desenvolver vantagens em novas 
frentes de atuação. As demandas impostas pelo aumento da complexidade operacional e pela exigência 
de maiores níveis de serviço pelos clientes, mas que anseiam por preços declinantes, servem de exemplo 
aqui. 
Como agregar mais valor e, ao mesmo tempo, reduzir os custos, garantindo o aumento da lucratividade? 
A Logística tem sido uma das maneiras mais frequentemente utilizadas para vencer esses desafios. A 
explicação reside na sua capacidade de evoluir para responder as necessidades advindas das profundas e 
constantes mudanças que as organizações estão enfrentando. O modo como a Logística vem sendo 
aplicada e desenvolvida, no meio empresarial e acadêmico, denota a evolução do seu conceito, a 
ampliação das atividades sob sua responsabilidade e, mais recentemente, o entendimento de sua 
importância estratégica. 
Em seu estágio mais avançado, está sendo utilizada para o planejamento de processos de negócios que 
integram não só as áreas funcionais da empresa, como também a coordenação e o alinhamento dos 
esforços de diversas organizações na busca por reduzir custos e agregar o máximo de valor ao cliente 
final. A isto tem se dado o nome de Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos (ou, em inglês, Supply Chain 
Management). 
 
Diante desse cenário, muitas empresas vêm empreendendo esforços para organizar uma rede integrada 
e realizar de forma eficiente e ágil o fluxo de materiais, que vai dos fornecedores e atinge os 
consumidores, garantindo a sincronização com o fluxo de informações que acontece no sentido contrário. 
As empresas que têm implementado o Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos* estão conseguindo 
significativas reduções de estoque, otimização dos transportes e eliminação das perdas, principalmente 
aquelas que acontecem nas interfaces entre as organizações e que são representadas pelas duplicidades 
de esforços. Como agregação de valor, estão conseguindo maior confiabilidade e flexibilidade, melhoram 
o desempenho de seus produtos e estão conseguindo lançar novos produtos em menores intervalos de 
tempo. 
*Em suma, o Supply Chain Management consiste no estabelecimento de relações de parcerias, de longo prazo, entre os 
componentes de uma cadeia produtiva, que passarão a planejar estrategicamente suas atividades e partilhar informações de modo 
a desenvolverem suas atividades logísticas de forma integrada, através e entre suas organizações. Com isso, melhoram o 
desempenho conjunto pela busca de oportunidades, implementada em toda a cadeia, e pela redução de custos para agregar mais 
valor ao cliente final. 
Apesar dos expressivos resultados obtidos, muitas dificuldades existem na implementação desse 
conceito, pois torna-se necessária uma profunda análise na cultura das empresas que irão compor a 
cadeia. 
A visão funcional deve ser abandonada, informações precisam ser compartilhadas, inclusive aquelas sobre 
os custos. 
Os relacionamentos devem ser construídos com base em confiança mútua; o horizonte de tempo desloca-
se do curto para o longo prazo, e um dos elos, chamado de elo forte, será responsável pela coordenação 
do sistema, e seu desempenho neste papel será fundamental para o alcance dos objetivos. 
Um outro desafio é equacionar os diferentes tamanhos e objetivos dos componentes, e como isso exige 
uma mudança de cultura, o estabelecimento da cadeia requer tempo e esforço. 
Dada a complexidade desse novo arranjo, que passa a ter dimensão interorganizacional, a medição de 
desempenho necessita de indicadores que permitam o controle da performance da cadeia como um todo. 
Não se pode esquecer que deve existir compatibilidade entre os sistemas de informação dos elos, que 
muitas vezes se utilizam de plataformas diferentes. 
Por último, e muitas vezes esquecido, está o fato de que o elemento humano é de suma importância e, 
por tanto, deverá ser treinado a estar preparado para esta nova realidade. Cabe registrar a escassez de 
profissionais nessa área, em especial, aqueles com visão sistêmica e conhecedores de todas as atividades 
logísticas. 
Embora o conceito de Supply Chain Management ainda esteja sendo desenvolvido e não exista uma 
metodologia única para sua implementação, sua adoção poderá ser uma fonte potencial de obtenção de 
vantagem competitiva para as organizações e mostra-se como um caminho a ser seguido pelas demais. 
No Brasil, a maioria das empresas ainda está aplicando a logística de forma embrionária, o que as coloca 
em desvantagem diante de concorrentes externos. Poucos são os segmentos mais adiantados, como os 
da indústria automobilística e dos supermercados, que adotam tais medidas. 
Esforços para mudar este cenário já estão acontecendo, o que permite uma visão mais otimista na 
aplicação da logística no aproveitamento de seus benefícios para o país, melhorando assim nossa 
capacidade de competir. 
Síntese da Aula 
Nesta aula você entendeu os principais conceitos de uma cadeia de suprimentos, conhecendo sua 
definição, objetivos e finalidades. 
 
Aula 2: Fundamentos da Logística. 
Conceito de Atividades Logísticas. Ciclos de Atividades Logísticas 
 
Ao final desta aula, você será capaz de: 
1. Entender a visão cíclica de uma Cadeia de Suprimentos. 
2. Conhecer os ciclos de processos de uma Cadeia de Suprimentos. 
 
Introdução 
Nesta aula o ponto principal para nós estudarmos são os fundamentos da logística. 
A logística tem dois fundamentos mais importantes: custo total e nível de serviços. Vamos ressaltar agora 
a questão do nível de serviços, onde tem três características fundamentais: disponibilidade do produto, 
desempenho e eficiência operacional e confiabilidade, ou seja, marcou data, quantidade e hora, os 
produtos são entregues e é exatamente isso que o cliente quer. 
Para isso, é importante conhecermos quais as atividades logísticas que influenciam o nível de serviço, 
basicamente são o que: transportes que é quem entrega o produto no momento que há necessidade, 
estoques, armazenagens, embalagem e manuseio e os canais de distribuição. Esses são os fatores, onde 
a logística realmente atua para conseguir esse nível de serviços tão esperado. Eles são reunidos em três 
atividades principais: suprimentos, distribuição física e produção. 
Então, em resumo esses são os fundamentos da logística. 
Esta aula abordará os fundamentos da Logística e a necessidade de um equilíbrio de prioridade entre nível 
de serviços e custo. Também, apresentará uma breve exposição das atividades logísticas e seus ciclos de 
atividades. 
O nível de serviço compreende disponibilidade, desempenho operacional e confiabilidade do serviço. 
As exigências logísticas desafiam a competência gerencial das empresas. 
O conceito de custo total abriu as portas para o exame das inter-relações entre os custos funcionais. 
Aprimoramentos subsequentes propiciaram um entendimento mais abrangente dos componentes do 
custo logístico e identificaram a necessidade crítica do desenvolvimento de uma análise do custo funcional 
e de recursos. 
A competência logística é alcançada através da coordenação de suas atividades. O desafio estáem 
gerenciar as atividades relacionadas a essas áreas funcionais, de tal forma orquestrada, com o objetivo 
de atender às exigências logísticas. 
A principal unidade de análise da Logística é o ciclo de atividades. A análise da integração logística em 
termos de ciclos de atividades fornece uma perspectiva básica da dinâmica, das interfaces e das decisões 
que devem ser vinculadas para a criação de um sistema operacional. 
 
Os fundamentos da Logística 
A Logística existe para satisfazer as necessidades dos clientes, facilitando operações relevantes de 
produção e marketing. 
Em um nível estratégico, a Logística procura atingir uma qualidade pré-definida de nível de serviço ao 
cliente, ao menor custo possível, que se constituem os fundamentos da Logística. 
Assim, o desafio é equilibrar as expectativas de serviços ao cliente e os custos decorrentes para alcançar 
os objetivos da empresa. 
Marketing identifica o desempenho logístico apropriado. A questão estratégica decisiva é determinar a 
combinação de serviços e o seu escopo desejado de modo a estimular e apoiar as transações comerciais. 
 
O conceito de atividades logísticas 
 
A competência logística é alcançada através da coordenação das atividades logísticas: tecnologia da 
informação, transportes, estoques, armazenagem, embalagem e manuseio e canais de distribuição. O 
desafio está em gerenciar as atividades relacionadas a essas áreas funcionais, de forma orquestrada com 
o objetivo de oferecer o nível de atendimento das exigências logísticas. 
A tecnologia da informação é decisiva para uma comunicação rápida e precisa nos processos logísticos. A 
tecnologia atual é capaz de manipular os mais exigentes requisitos de informações (esta informação pode, 
inclusive, ser fornecida em tempo real). As empresas estão aprendendo a utilizar essa tecnologia da 
informação para elaborar soluções logísticas inovadoras e únicas. 
Quanto mais eficiente for o projeto do sistema logístico da empresa, mais sensível será a precisão das 
informações. Sistemas logísticos bem calibrados, baseados no tempo, não têm nenhum excesso de 
estoque, pois os estoques de segurança são mantidos num nível mínimo. O fluxo de informações torna 
um sistema logístico dinâmico. A disponibilidade de informações em tempo hábil, com qualidade, é fator-
chave às operações logísticas. 
 
Transporte 
O transporte é a atividade logística que posiciona geograficamente os produtos, Devido a sua importância 
fundamental e a visibilidade de seu custo, o transporte recebe uma atenção especial entre as atividades 
logísticas. O custo do transporte é o pagamento pela movimentação entre duas localidades geográficas e 
as despesas relacionadas ao gerenciamento e manutenção do estoque em trânsito. 
Os ciclos de atividades devem ser projetados para utilizar o transporte que minimize o custo total do 
sistema. Se uma movimentação específica levar dois dias na primeira vez e seis na próxima, esta variação 
poderá criar sérios problemas nas operações logísticas. Sem consistência no transporte, torna-se 
necessária a formação de estoques de segurança como medida de proteção. A consistência do transporte 
está ligada diretamente à falta de produtos. 
Com o advento de novas tecnologias tornou-se possível controlar e informar a situação dos transportes. 
No projeto de um sistema logístico, deve-se observar um equilíbrio entre custo de transporte e nível de 
serviço. 
 
Estoque 
As necessidades de estoque de uma empresa dependem da estrutura da rede logística e do nível desejado 
de serviço ao cliente. Uma empresa poderia manter um centro de distribuição com todos os itens 
vendidos dedicados a cada cliente. No entanto, são poucas as situações em que empresas têm como 
manter seus estoques em níveis tão elevados, em função do risco e do custo total proibitivos. O objetivo 
é fornecer o serviço desejado ao cliente mantendo o mínimo em estoque, consistente com o menor custo 
total possível. 
As estratégias logísticas são projetadas para manter o mínimo possível de ativos financeiros em estoque. 
O objetivo básico é obter uma rotatividade máxima satisfazendo, ao mesmo tempo, o compromisso com 
o cliente. 
 
Armazenagem 
Por envolver muitos componentes logísticos, a armazenagem não se enquadra em esquemas de 
classificação específicos, como estoque ou transporte. Um depósito é considerado, geralmente, um lugar 
onde são guardados estoques de materiais e de produtos. No entanto, em muitos projetos logísticos, o 
armazém é considerado mais uma instalação de processamento do que um local de guarda de 
mercadorias. A armazenagem é parte de todo o sistema logístico. Os sistemas de distribuição não devem 
ser projetados com vistas na manutenção de estoques por período excessivos, embora tenham ocasiões 
em que isto se justifique. 
As vantagens de armazenagem são de natureza econômica e nível de atendimento aos clientes. Nenhum 
depósito deve fazer parte de sistemas logísticos, a menos que a inclusão se justifique plenamente por 
meio de análise custo-benefício. Existem vários tipos de serviços que podem ser prestados por depósitos 
de materiais e produtos. A adaptação de serviços tradicionais de armazenagem às modernas exigências 
de prestação de serviços e de redução de custos faz parte dos requisitos da Logística moderna. 
 
Canal de distribuição 
Um canal de distribuição consiste em empresas empenhadas na compra e na venda de produtos. 
A meta de marketing é negociar, contratar e administrar transações em uma base contínua. A força total 
de promoção criativa ocorre dentro da estrutura de marketing. Os participantes do canal de marketing 
são especialistas em transações, assim como agentes de produção, vendedores, intermediários, 
atacadistas e varejistas. 
O canal de Logística representa uma rede de relções de trabalho especializadas em movimentar e 
posicionar estoque. O trabalho de Logística envolve transporte, armazenagem de estoque, manuseio de 
materiais e processamento de pedidos, além de uma variedade cada vez maior de serviços de valor 
agregado. Os envolvidos no processo de Logística estão preocupados em resolver exigências de espaço e 
tempo. 
A separação estrutural está fundamentada no fato de que as organizações comuns do canal são 
normalmene ideais para a realização de marketing e de Logística. Quando um participante do canal, como 
um revendedor, executa o trabalho de marketing e de Logística, o arranjo é chamado de um sistema de 
estrutura única. 
Em função da necessidade de realizar vários e diferentes tipos de trabalho para satisfazer as exigências 
logísticas, não é de surpreender que inúmeras empresas combinem competências para criação da 
estrutura do canal. As exigências de Logística e marketing de uma distribuição bem-sucedida só serão 
plenamente satisfeitas através da cooperação no âmbito de todo o canal. 
 
Embalagem e manuseio 
Embalagem e manuseio constituem uma parte integrante da Logística. Normalmente, é necessário 
armazenar mercadoria em momentos selecionados durante o processo logístico. Os veículos de 
transporte exigem manuseio de materiais para carregá-los e descarregá-los de uma maneira eficiente. 
Os produtos individuais são manuseados de uma maneira eficiente quando embalados juntos, em caixas 
de papelão ou em contêineres. O manuseio de produtos é uma atividade importante. Os produtos devem 
ser recebidos, movimentados, classificados e montados de modo a atender às exigências do pedido do 
cliente. Existe uma variedade de dispositivos automatizados e mecanizados para ajudar o manuseio de 
materiais. Quando integrados de uma maneira eficaz nas operações logísticas da empresa, o manuseio de 
materiais e a embalagem aumentam a velocidade e simplificam o fluxodos produtos ao longo de todo o 
sistema logístico. 
 
Ciclos de atividades Logísticas 
A principal unidade de análise da Logística integrada é o ciclo de atividades. A análise da integração 
logística em termos de ciclos de atividades fornece uma perspectiva da dinâmica, das interfaces e das 
decisões que devem ser vinculadas para a criação de um sistema operacional. Os fornecedores, a empresa 
e seus clientes são vinculados através dos meios de comunicação e do transporte. 
Os ciclos de atividade tornam-se dinâmicos à medida que atendem aos requisitos de entrada/saída. A 
entrada de um ciclo de atividades é um pedido que especifica os requisitos de um produto ou material. 
Um sistema de alto volume em geral exige diversas combinações diferentes de ciclos de atividades para 
atender a todos os requisitos do pedido. À medida que os requisitos são altamente previsíveis ou 
relativamente poucos, os ciclos de atividades necessários para fornecer apoio logístico podem ser 
simplificados. A estrutura geral dos ciclos de atividades necessários para dar apoio a uma empresa 
varejista de grande porte é muito mais complexa que as exigências de estrutura operacional de uma 
empresa de pedidos de reembolso postal. 
A saída do sistema é o nível de desempenho esperado da operação logística. A estrutura dos ciclos de 
atividades será considerada eficaz desde que suas exigências operacionais sejam satsifeitas. 
Dependendo da missão operacional de um ciclo de atividades específico, as atividades necessárias podem 
estar sob o controle de uma única empresa ou podem envolver múltiplas empresas. 
Ciclos de apoio à produção estão normalmente sob controle total de uma única empresa. Por outro lado, 
ciclos de atividades relacionados à distribuição física e suprimentos envolvem normalmente a 
participação do cliente ou fornecedor. Os ciclos de atividades envolvem a cadeia de suprimentos inteira 
e vinculam parceiros participantes. 
É importante saber que a frequencia de transações varia de um ciclo de atividades para outro. Alguns 
ciclos de atividades são estabelecidos para propiciar uma compra ou venda única. Outros ciclos de 
atividades representam arranjos a longo prazo. 
Independentemente do número e dos diferentes ciclos de atividades utilizados por uma empresa para 
satisfazer suas exigências logísticas, cada um deve ser projetado individualmente e gerenciado 
operacionalmente. Em essência, a estrutura dos ciclos de atividades é a base para implementação da 
Logística integrada. Para uma melhor compreensão desse conceito importante, a natureza das 
semelhanças e diferenças dos ciclos de atividades, associados à distribuição física, apoio à manufatura 
suprimentos, é adiante apresentada e discutida. 
 
Ciclos de atividades da distribuição física 
Os ciclos de distribuição física envolvem o processamento e a entrega de pedidos do cliente. A 
distribuição física está relacionada com as atividades de vendas e marketing, pois proporciona a 
disponibilidade de produtos, de maneira econômica e a tempo. 
O ciclo de atividades típico da distribuição física envolve quatro atividades relacionadas: transmissão de 
pedidos, seleção de pedidos, transporte do pedido e entrega ao cliente. 
A chave para a compreensão da dinâmica do ciclo de atividades da distribuição física é ter em mente que 
os clientes iniciam o processo fazendo pedidos. A capacitação de resposta logística da empresa vendedora 
constitui uma das competências mais significativas na estratégia de marketing. 
 
Ciclos de atividades de apoio à produção 
Os ciclos de atividades de apoio à produção consistem na Logística da produção. A produção pode ser 
vista como estando posicionada entre a distribuição física e as operações de suprimentos de uma 
empresa. O apoio logístico à produção tem como principal objetivo estabelecer e manter um fluxo 
econômico de materiais e estoque em processo para dar apoio às programações de produção. A 
movimentação e a armazenagem de produtos, materiais, componentes e peças semiacabadas entre 
instalações da empresa representam a responsabilidade operacional da Logística de apoio à manufatura. 
A Logística de apoio à manufatura normalmente diz respeito exclusivamente à empresa, ao passo que as 
outras áreas lidam com a incerteza comportamental de clientes e fornecedores externos. Mesmo em 
situações em que são efetuados contratos de fabricação com terceiros para aumentar a capacidade 
interna, o controle total é maior que nas outras duas áreas operacionais. 
Numa típica organização de manufatura, suprimentos fornecem materiais e componentes fabricados 
externamente quando e onde necessários. Iniciada a operação de produção de uma empresa, exigências 
subsequentes de movimentação entre fábricas de materiais ou produtos semiacabados são classificadas 
como apoio à produção. Concluída a produção, o estoque de produtos acabados é alocado e distribuído 
diretamente para os clientes ou para centros de distribuição para entrega subsequente para o cliente. 
Quando uma empresa tem várias fábricas especializadas em atividades de produção específicas, o sistema 
de apoio à produção pode exigir uma ampla rede de ciclos de atividades. Visto que fábricas especializadas 
executam estágios de produção e fabricação exclusivos antes da montagem final, inúmeras manipulações 
e transferências são normalmente necessárias para concluir o processo de produção. 
 
Ciclos de atividades de suprimentos 
Várias atividades ou tarefas são necessárias para facilitar um fluxo ordenado de materiais, peças ou 
estoque de produtos acabados para um complexo de produção ou distribuição: a procura, colocação do 
pedido e expedição, transporte e recebimento. Essas atividades são essenciais para completar o processo 
de suprimentos. 
Recebidos os materiais, peças ou produtos de revenda que foram adquiridos, as exigências de 
armazenagem, manipulação e transporte subsequente para facilitar a produção ou redistribuição são 
fornecidas de maneira adequada pelos outros ciclos de atividades. 
Devido ao âmbito limitado das operações de suprimentos, atualmente elas vêm sendo amplamente 
identificadas como Logística de Entrada. 
Com três diferenças importantes, o ciclo de suprimentos é semelhante ao ciclo de distribuição: tempo de 
entrega, tamanho do carregamento, método de transporte e o valor dos produtos envolvidos são 
substancialmente diferentes. Suprimentos requerem frequentemente carreamentos muito grandes. 
O objetivo básico de suprimentos é executar a Logística de Entrada pelo menor custo total. O valor mais 
baixo dos materiais e peças, em relação aos produtos acabados, significa que existe um trade-off em 
potencial entre o custo de manutenção do estoque em trânsito e o tempo de deslocamento, visando 
utilizar meios de transporte de baixo custo. Visto que o custo diário para manter os materiais e a maioria 
dos componentes no canal de supimentos é menor que o custo de manutenção do estoque de produtos 
acabados, o pagamento de tarifas muito elevadas por um transporte mais rápido não agrega 
normalmente nenhum benefício. Quando componentes de alto valor são empregados na produção, a 
ênfase geralmente muda para compras em lotes menores e quantidades exatas que exigem um controle 
logístico acurado. 
 
Síntese da Aula 
Nesta aula você estudou a seguinte estrutura de conteúdo: 
 Visão cíclica de uma cadeia de suprimentos. 
 Ciclos de processos de uma Cadeia de Suprimentos 
 
Aula 3: Cadeia de Suprimentos 
Identificação e Visão Integrada dos Fatores Chaves 
 
Ao final desta aula, você será capaz de: 
1. Conhecer os papéis dos Fatores Chaves na Cadeia de Suprimentos. 
2. Conhecer a visão integrada dos Fatores Chaves e atividades logísticas e seu alinhamento empresarial.Introdução 
Os processos e estruturas da Logística podem ser melhor compreendidos estudando-se inicialmente os 
seus principais componentes, principalmente os ciclos de atividades e atividades logísticas. 
 
Previsão de demanda 
A previsão de demanda consiste na fixação da quantidade de produtos e serviços correspondentes de que 
os clientes necessitarão em determinada situação. 
 
 
 
Ciclos de Atividades Logísticas – Suprimentos 
Ocorre na interface entre o fornecedor e o fabricante e inclui todos os processos necessários para garantir 
que os materiais estejam disponíveis e a fabricação ocorre sem atrasos. O fabricante faz pedidos de 
componentes aos fornecedores que possam reabastecer seus estoques. A relação é muito parecida com 
aquela entre fabricantes e distribuidores, com uma diferença significativa: enquanto os pedidos entre 
varejistas e distribuidores são acionados com incerteza em relação à demanda do cliente, os pedidos dos 
componentes podem ser determinados com precisão, uma vez que o fabricante já decidiu qual será sua 
programação de produção. Assim é importante que os fornecedores estejam em contato com a 
programação de produção do fabricante. Os processos desse ciclo de acordo com o autor Meindl (2006) 
são: 
 
 
Ciclos de Atividades Logísticas – Produção 
Ocorre na interface entre o distribuidor e o fabricante (ou varejista e fabricante) e inclui todos os 
processos envolvidos no reabastecimento dos estoques do distribuidor (ou varejista). Esse ciclo é 
acionado pelos pedidos dos clientes, pelos pedidos de reabastecimento de um varejista ou pela previsão 
de demanda dos clientes e pela disponibilidade atual de produtos nos depósitos de produtos acabados 
do fabricante. Os processos envolvidos nesse ciclo são os seguintes, segundo o autor Meindl (2006): 
 
 
 
 
 
Ciclos de Atividades Logísticas – Distribuição 
Acontece na interface entre o varejista e o distribuidor ou fabricante e engloba todos os processos ligados 
ao reabastecimento dos estoques do varejista. Inicia-se quando um varejista faz um pedido para 
reabastecer estoques que deverão atender a uma futura demanda. Em alguns casos, o reabastecimento 
é feito por um distribuidor que possui um estoque de produtos acabados. 
Em outros casos, o reabastecimento é feito diretamente pela linha de produção do fabricante. O objetivo 
do ciclo de reabastecimento é restaurar os estoques dos varejistas a um custo mínimo e oferecer 
simultaneamente a disponibilidade de produtos necessários ao cliente. Os processos envolvidos no ciclo 
de reabastecimento são os seguintes, de acordo com o autor Meindl (2006): 
 
 
 
 
Atividades Logísticas 
Lambert et al. (1998) considera, na Administração da Logística, um conjunto de algumas atividades que 
compõe o fluxo de um produto desde o ponto de origem até o ponto de consumo, explicando sua 
importância: 
 
 
 
 
 
 
 
 
O melhoramento dos resultados operacionais 
Ao integrar o gerenciamento de todas as atividades logísticas necessárias para fazer com que os produtos 
e as informações se movimentem ao longo da cadeia de suprimentos, com rapidez em seus elos e 
interfaces, as empresas podem diminuir os custos, incrementar os lucros, melhorar a qualidade e alcançar 
níveis mais altos de satisfação dos clientes. 
Uma resposta tão rápida depende da coleta, organização, seleção, análise e distribuição de produtos e 
informação, de forma sincronizada, como um fluxo contínuo, para melhorar as atividades logísticas e, 
consequentemente, os resultados. 
 
 
Síntese da Aula 
Você acabou de conhecer uma visão integrada dos fatores chave e atividades logísticas dentro de um 
alinhamento empresarial. 
 
Aula 4: Nível de Serviço ao Cliente – Marketing e Logística 
 
Ao final desta aula, você será capaz de: 
1. Entender as relações de Marketing e Logística. 
2. Entender o significado de diferencial competitivo e aplicações de Serviço ao Cliente e seus requisitos 
básicos. 
 
Introdução 
Nessa aula, você seguirá os conselhos do professor Michael Porter e verificará qual das estratégias 
genéricas por ele sugeridas mais se adequa à empresa neste momento do seu planejamento. 
 
Relações Marketing e Logística 
Agregar valor aos produtos e serviços, de forma que os benefícios oferecidos aos clientes sejam cada vez 
mais expressivos, continuamente, ao menor custo possível. 
Este é o desejo da grande maioria das empresas que veem, nesta relação, a possibilidade de aumentar 
seus lucros, ao mesmo tempo que constroem relações comerciais mais duradouras. A capacidade de uma 
empresa ser competitiva depende de sua cadeia de valor, isto é, do conjunto de atividades que criam 
valor para o produto na visão do consumidor. 
O Papel de Marketing 
O marketing é a área responsável por captar as informações dos mercados consumidores e desenvolver 
a visão que irá definir como é possível oferecer mais valor. O marketing é um processo social por meio do 
qual as pessoas e os grupos de pessoas obtêm aquilo que necessitam e o que desejam com a criação, com 
a oferta e com a livre negociação de produtos e serviços de valor com outros (KOTLER e KELLER, 2006). 
Desta forma, percebe-se que o marketing deve ser orientado para o cliente, atendendo suas solicitações 
e necessidades. No entanto, diversas áreas se envolvem na criação deste valor e na sua posterior 
transferência ao mercado. 
Em uma indústria, por exemplo, pode-se dizer que este processo se inicia no desenvolvimento de 
produtos, que é alimentado por informações coletadas pela área de marketing e termina com a disposição 
final dos resíduos, após o consumo ou uso do produto pelo usuário final, que o fará influenciado pela 
forma como a organização faz sua divulgação. 
O Papel da Logística 
Os últimos anos, porém, têm reservado uma posição de destaque para a logística. Não no sentido de 
torna-la mais importante do que as outras áreas de uma empresa, mas sim de desenvolvimento de um 
potencial antes não explorado. 
Este se refere à possibilidade de uma maior participação dos processos relacionados não só à 
movimentação, mas, principalmente, pela disponibilização dos produtos no lugar certo e na hora certa, 
que se refere ao processo de distribuição. 
Integração Marketing X Logística 
Deve-se ter a clareza de que ambos os setores trabalham em função de gerar lucro para a empresa, um 
lucro suficientemente grande para valer a pena a existência do negócio. E isto ocorre quando é possível 
vender produtos a um preço acima dos gastos totais para disponibilizá-los ao mercado. Um consumidor 
faz a sua compra quando percebe que o desembolso que irá fazer será um bom negócio para ele, isto é, 
quando percebe uma relação de valor favorável para ele no processo de aquisição. 
Desta forma, tem-se, por um lado, o marketing trabalhando para que o cliente esteja disposto a gastar o 
maior valor possível com o produto. Isto é feito de diversas maneiras, dentre elas pode-se citar a 
propaganda com pessoas ou situações que geram uma sensação de glamour e status. 
Por outro lado, tem-se a logística, que visa disponibilizar o produto nas condições ideais para o consumo. 
E isto tem duas frentes: 
 Aumentando a percepção de valor, auxiliando o marketing no convencimento do cliente, ou; 
 Trabalhando na redução de custos do processo de distribuição. 
O que se pretende é propor um meio para que a logística seja mais efetiva na valorização do produto 
oferecido, agindo integradamente com a área de marketing, com o menor custo possível associado ao 
melhor nível de serviços. 
 
Os Diferenciais Competitivos 
A seleção de uma boa estratégia logística exige muito dos mesmos processos criativos que o 
desenvolvimentode uma boa estratégia empresarial. Abordagens inovadoras para a estratégia logística 
podem oferecer uma vantagem competitiva peculiar, diferenciando-se de todos os concorrentes. 
Tem sido sugerido que uma estratégia logística tem três objetivos: 
1. Vantagem em custos; 
2. Vantagens nos níveis de serviços; 
3. Vantagens combinadas. 
Usando o processo de Logística, podemos obter uma vantagem competitiva, isto significa uma supremacia 
duradoura em relação a concorrência, obtendo a preferência dos clientes. 
 
Vantagens em custos 
É a estratégia dirigida para minimizar os custos variáveis associados à movimentação e à estocagem. A 
melhor estratégia é geralmente formulada para avaliação dos cursos de ação, como escolha entre 
diferentes localizações de Centros de Distribuição ou seleção entre modais alternativos de transportes ou 
intermodalidade. A maximização do lucro é a principal meta. 
Vantagens nos níveis de serviço 
São estratégias que normalmente reconhecem que as receitas dependem do nível de serviço logístico 
fornecido. Embora os custos aumentem rapidamente com elevados níveis de serviços logísticos aos 
clientes, o aumento nas receitas pode mais que compensar custos mais altos. Para ser eficaz, a estratégia 
de serviços é desenvolvida em contraste com os fornecidos pela concorrência. 
Normalmente se diz que “os clientes não compram produtos, compram satisfação”, isto quer dizer que, 
não se compra o produto pelo que ele é, mas pela promessa do que lhes “proporcionará”. Os benefícios 
podem ser intangíveis, tais como reputação ou imagem, e o desempenho oferecido pode ser melhor que 
o concorrente. 
Para o seu produto não tornar-se “commodity”, - o diferencial ser o preço, pois o restante será igual aos 
concorrentes - temos que agregar valor. 
 
 
Desafios da Logística 
Os maiores desafios da Logística no ambiente atual são os seguintes: 
 Explosão do serviço ao cliente 
 Redução do Ciclo de Vida dos Produtos 
 Globalização dos Negócios 
 Integração organizacional 
 Nível de Exigência do Nível de Serviço ao Cliente 
Grau de exigência do nível de serviços ao cliente - Ressaltando o valor de uso do produto, uma vez que 
estes não têm valor até que estejam nas mãos dos clientes na hora certa e lugar exigidos, o que fez com 
que gerenciamento logístico passasse a ser prioritário. 
A vantagem competitiva é conseguida através de uma estratégia de serviços e um sistema de entregas 
bem desenvolvido e sistemático. 
Redução do ciclo de vida dos produtos – Os usuários estarão cada vez mais inclinados a aceitar produtos 
substitutos se sua primeira escolha não estiver imediatamente à disposição, lembrando que a cada 
introdução de um novo produto surgem implicações gerenciais causadas pela redução do tempo. 
Comenta-se sobre a necessidade de novas formas de gerenciar o processo de desenvolvimentos de novos 
produtos, associações de risco e da necessidade da melhoria na qualidade do retorno da informação 
recebida do mercado, fazendo sua ligação com o esforço de produção e distribuição da empresa. 
Entretanto uma das funções básicas da logística é proporcionar a “disponibilidade” e promover a 
integração entre marketing e o planejamento de fabricação. 
Globalização dos Negócios - A tendência global é mais um desafio para o gerenciamento logístico. As 
empresas que atendem ao mercado mundial não podem ser simplesmente uma multinacional e sim uma 
empresa global, considerando que ela atenderá a diferentes mercados com necessidade e características 
culturais próprias. Em função disto é necessário que as empresas desenvolvam uma estratégia de 
fabricação flexível e processo logístico eficiente. 
Integração Organizacional - O modelo da organização clássica - a empresa baseada em divisões funcionais 
e hierárquicas rigorosas - dificulta a obtenção de um fluxo de materiais completamente integrado e 
voltado para o cliente. 
Os desafios enfrentados pelas empresas mudaram, atualmente para alcançar a posição de vantagem 
competitiva contínua, as organizações precisam se basear num sistema de gerenciamento integrado 
voltado para o mercado, e pessoas que valorizam os serviços. 
Os desafios do Gerenciamento Logístico - A tendência comercial do século XX exige que o processo de 
gerenciamento logístico integre o mercado, a rede de distribuição, o processo de fabricação com a 
atividade de aquisição, objetivando servir aos clientes com níveis cada vez mais altos e custos mais baixos. 
A vantagem competitiva será alcançada com a redução de custos e manutenção da qualidade do produto 
através da excelência no gerenciamento logístico e não pela redução de custos de mão de obra como 
tradicionalmente era visto. 
O encurtamento do ciclo de vida tem criado sérios problemas para gerenciamento logístico. O efeito das 
mudanças da tecnologia e da demanda do consumidor produzem mercados mais voláteis em que o 
produto pode ficar obsoleto quase tão logo seja lançado, exigindo prazos menores de planejamento, 
aquisição de material, fabricação, montagem e entrega do produto final. 
As principais mudanças necessárias no gerenciamento logístico são: 
Encurtar o Fluxo Logístico - As empresas tendem a encurtar o fluxo logístico e trazendo-os para próximo 
de suas plantas o que permite a operação adotando-se os princípios Just-in-Time, e na fabricação, 
agilizando a colocação dos produtos no mercado. 
Melhorar a Visibilidade do Fluxo Logístico - A visibilidade do fluxo logístico é de vital importância para a 
identificação dos gargalos de produção e na redução dos estoques, para isto as barreiras departamentais 
devem ser quebradas e as informações compartilhadas. As estruturas devem ser voltadas para o mercado, 
caracterizadas pela qualidade dos sistemas de informação. 
Gerenciar a Logística como um Sistema - O processo logístico deve ser gerenciado de forma sistêmica, 
pela importância na combinação da capacidade de produção com as necessidades do mercado. É 
importante que o processo reconheça os inter-relacionamentos e interligações da cadeia de eventos que 
conectam o fornecedor ao cliente. 
É importante entender que o impacto de uma decisão em qualquer parte do sistema causaria reflexos no 
sistema inteiro. A logística tem como essência a preocupação de obter vantagem competitiva em 
mercados cada vez mais voláteis, sobrevivendo as empresas que conseguirem adicionar valor ao cliente 
em prazos cada vez menores. 
Fundamentos da Logística: 
Custos Logísticos e Nível de Serviços 
Custos Logísticos - Visão do Custo Total 
Para Ballou (1995), o custo total logístico é a soma dos custos de transporte, estoque e processamento 
do pedido, sob a perspectiva da cadeia de suprimentos. Decisões tomadas com base no conceito de custo 
total logístico não conseguem enxergar os custos existentes fora da empresa. Esse tipo de análise torna-
se um tanto restritiva, por não conseguir gerenciar custos gerados pelas atividades desempenhadas por 
uma cadeia de suprimentos. Pelo fato de estar restrita a aspectos internos da empresa, tal análise não 
permite uma visão estratégica dos custos. 
A origem do conceito de custo total baseia-se no fato de que algumas ações no sentido de reduzir os 
custos individuais de uma atividade logística podem implicar o aumento dos custos de outra. 
É possível, portanto, existirem comportamentos antagônicos dos diversos custos logísticos. Por exemplo, 
uma diminuição no custo do transporte (frete) pode ser conseguida com a compra de lotes maiores de 
bens e/ou serviços; mas, por outro lado, isto pode implicar um aumento nos custos de estoque e de 
armazenagem e uma antecipação de despesas. 
Desta maneira, no momento da tomada de qualquer decisão no processo logístico deve-se levar em conta 
os diversoscustos envolvidos, buscando-se um balanceamento dos mesmos, de maneira que a redução 
ou o aumento de alguns custos conduza a uma redução do custo total. 
Nível de Serviços ao Cliente 
 
 
 
 
LaLonde e Zinszer pesquisaram várias maneiras de como o serviço ao cliente pode ser visto: 
1. Como uma atividade; 
2. Em termos de níveis de desempenho; 
3. Como uma filosofia de gestão. 
Uma visão de serviço ao cliente como uma atividade sugere que ele pode ser gerenciado. 
Pensar no serviço ao cliente em termos de níveis de desempenho tem relevância desde que o serviço 
possa ser mensurado com precisão. 
A noção de serviço ao cliente como uma filosofia de gestão mostra a importância da atividade de 
marketing orientada para o cliente. 
As três dimensões são importantes, para o entendimento dos fatores que contribuem para o serviço bem 
sucedido ao cliente. Uma definição ampla deve, portanto abranger as três perspectivas. 
LaLonde e seus associados oferecem a seguinte definição: “O serviço ao cliente é um processo cujo 
objetivo é fornecer benefícios significativos de valor agregado à cadeia de suprimento de maneira 
eficiente em termos de custo”. Esta definição mostra a tendência de se considerar o serviço ao cliente 
como uma atividade decorrente de um processo sujeito aos conceitos de gerenciamento da cadeia de 
suprimento. Portanto um programa de serviço ao cliente deve identificar e dar prioridade a todas as 
atividades importantes destinadas a atingir objetivos operacionais, devendo também incorporar medidas 
de monitoramento e desempenho. 
O desempenho deve ser monitorado para atingir metas e ter relevância. O principal fator continua sendo: 
O custo para atingir as metas estabelecidas de serviço representa um investimento razoável? E, caso o 
investimento seja razoável, para que clientes? Por fim, é possível oferecer aos clientes preferenciais algo 
mais do que um serviço básico de alto nível? Um serviço adicional, além do básico é normalmente 
denominado de serviço de valor agregado e são por definição exclusivos para clientes específicos e 
representam extensões do programa de serviço básico da empresa. 
 
Fatores do Serviço ao Cliente 
Os estudos e pesquisas identificam três fatores fundamentais de serviço ao cliente: disponibilidade, 
desempenho e confiabilidade. A conclusão geral é de que todos esses três aspectos do serviço são 
importantes. No entanto, determinado atributo pode ser mais ou menos importante, dependendo da 
situação de mercado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Síntese da Aula 
Esta aula proporcionou o entendimento do significado das relações entre Marketing e Logística, da 
Logística como diferencial competitivo e as aplicações do Serviço ao Cliente e seus requisitos básicos. 
 
Aula 5: Tecnologia da Informação – Papel e Importância 
 
Ao final desta aula, você será capaz de: 
Compreender o papel e a importância da informação e da Tecnologia da Informação em uma Cadeia de 
Suprimentos. 
 
A revolução da tecnologia da informação 
O avanço da tecnologia de informação (TI) nos últimos anos vem permitindo às empresas executarem 
operações que antes eram inimagináveis. Atualmente, existem vários exemplos de empresas que utilizam 
a TI para obter reduções de custo e/ou gerar vantagem competitiva. Vamos ver a seguir três exemplos: 
1 - A Dell Computer investiu na venda direta e customizada de computadores pela Internet. O resultado 
foi um faturamento de US$ 12,3 bilhões em 1998, crescendo 60% em apenas um ano. Além disso, ela 
obteve um lucro de quase US$ 1 bilhão, sendo considerada como a de melhor desempenho no setor de 
tecnologia de informação pela revista Business Week em 1998. 
2 - O Wal-Mart, maior varejista do mundo, possui 5.000 fornecedores em todo o mundo e 3.000 lojas 
localizadas nos Estados Unidos, controla e gerencia suas atividades baseando-se fortemente em TI. 
3 - A Souza Cruz conta com uma frota de 900 veículos para atender cerca de 200 mil clientes em todo o 
Brasil. Uma das ferramentas que utiliza para superar este desafio logístico é um Roteirizador, software 
que tem como finalidade auxiliar na obtenção da melhor rota para cada entrega. Com isso, seus veículos 
atingem uma eficiência de 99% e fazem em média 43 entregas por dia. 
Todos estes exemplos denotam como a TI, tanto por meio de sistemas, quanto pelo avanço 
dos hardwares, é fundamental para o desenvolvimento da Logística. Como este assunto é bastante 
abrangente, neste artigo serão ressaltadas exclusivamente questões relativas à utilização de sistemas de 
informação, não entrando em questões relacionadas ao hardware, que serão tratadas numa próxima 
oportunidade. 
Atualmente existe uma verdadeira agitação no que diz respeito à implementação de sistemas de gestão 
empresarial, conhecidos como ERP (Enterprise Resource Planning). Não são apenas as grandes empresas 
que têm oportunidade para implementação desta solução; há pacotes de todos os tamanhos e para vários 
orçamentos. 
Estes sistemas visam basicamente permitir a empresa "falar a mesma língua", possibilitando uma gestão 
integrada. Com isso, relatórios gerenciais com informações diferentes estão com seus dias contados. 
Mas e a Logística? Como ela está sendo abordada? 
O fluxo de informações é um elemento de grande importância nas operações logísticas. Pedidos de 
clientes e de ressuprimento, necessidades de estoque, movimentações nos armazéns, documentação de 
transporte e faturas são algumas das formas mais comuns de informações logísticas. 
 
 
 
Atualmente, três razões justificam a importância de informações precisas e a tempo para sistemas 
logísticos eficazes. 
Os clientes percebem que informações sobre status do pedido, disponibilidade de produtos, programação 
de entrega e faturas são elementos necessários do serviço total ao cliente. 
Com a meta de redução do estoque total na cadeia de suprimento, os executivos percebem que a 
informação pode reduzir de forma eficaz as necessidades de estoque e recursos humanos. Em especial, o 
planejamento de necessidades que utiliza as informações mais recentes pode reduzir o estoque, 
minimizando as incertezas em torno da demanda. 
A informação aumenta a flexibilidade permitindo identificar (qual, quanto, como, quando e onde) os 
recursos que podem ser utilizados para que se obtenha vantagem estratégica. 
 
 
 
 
Os sistemas de informações logísticas funcionam como elos que ligam as atividades logísticas em um 
processo integrado, combinando hardware e software para medir, controlar e gerenciar as operações 
logísticas. Estas operações tanto ocorrem dentro de uma empresa específica, bem como ao longo de toda 
a cadeia de suprimentos. 
 
Esta aula explica que o enfoque integrador da Logística é cada vez mais reconhecido pelas empresas 
internacionais por seu potencial para reduzir custos e tornar-se mais competitiva, sem sacrificar, e muitas 
vezes priorizando, o nível de serviço oferecido. 
 
Agora iremos falar sobre a Evolução Tecnológica da Logística, a Integração da Tecnologia da Informação 
com a Logística, o Impacto da Tecnologia nas variáveis estratégicas na Logística, os Princípios básicos 
operacionais e algumas aplicações em Logística. 
 
 
 
 
 
 
 
Integração da Tecnologia da Informação com a Logística 
Segundo Bowersox (2001,177) os sistemas de informações logísticas são para interligar atividades em que 
se deseja criar um processo integrado e este se baseia em quatro níveis de funcionalidade: sistema 
transacional, controle gerencial, análise de decisão e planejamento estratégico. 
 
Pode-se observar que as funcionalidades das informações das atividades logísticas estão dispostas em 
nível de importância,ou seja, para se ter um bom planejamento estratégico é preciso primeiro ter 
um sistema transacional, um controle gerencial e um apoio às decisões bem eficientes. 
O Sistema Transacional é a base das operações logísticas; nele é realizado o principal processo logístico, 
o ciclo do pedido, no qual serão executadas tarefas, como entrada de pedidos, alocação de estoques, 
separação de pedidos, expedição, formação de preços e emissão de faturas. Esse sistema transacional é 
caracterizado por regras formalizadas, comunicações interfuncionais, grandes volumes de transações e 
um foco operacional nas atividades cotidianas. 
Terminado o sistema transacional, segue para o Controle Gerencial, que é o nível que utiliza as 
informações disponíveis no sistema transacional para o gerenciamento das atividades logísticas. Neste 
nível, podem-se encontrar atividades como mensuração financeira, gerenciamento de ativos, mensuração 
do serviço ao cliente e mensuração da qualidade e produtividade. 
Seguindo uma escala de ascensão, parte-se então para o Apoio à Decisão, que é o nível que embasa as 
atividades operacionais táticas e estratégicas que possuem elevado nível de complexidade. Programação 
e roteamento de veículos, gerenciamento e níveis de estoque, configurações de redes são algumas 
atividades que se podem encontrar nesse nível de função logística. 
Concretizados esses três níveis, parte-se para o quarto e último nível de funcionalidade da informação 
logística, que é o Planejamento Estratégico, em que as informações logísticas são sustentáculos para o 
desenvolvimento e aperfeiçoamento da estratégia logística. Nesse nível, encontram-se atividades como 
formulação de alianças estratégicas, desenvolvimento e aperfeiçoamento de capacitação e oportunidades 
e análises do serviço ao cliente focadas e baseadas no lucro. 
 
 
Síntese da Aula 
Nesta aula você compreendeu o papel e a importância da informação e da Tecnologia da Informação em 
uma Cadeia de Suprimentos. 
 
 
Aula 6: Tecnologia da Informação - Sistemas Logísticos de Informações 
 
Introdução 
Impacto da TI nas variáveis estratégicas organizacionais 
Feldens (2005) apresenta uma revisão da literatura sobre o assunto, além de propor um modelo de 
pesquisa para mensuração dos impactos da TI na gestão das cadeias. Como resultado de sua pesquisa, o 
autor destaca a identificação de seis variáveis impactadas pelo uso da TI na SCM, sendo elas: Integração, 
Processos de Armazenagem, Transportes e Movimentação, Velocidade, Competitividade e 
Coordenação Interorganizacional. As variáveis são descritas a seguir (FELDENS, 2005). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Princípios Básicos Operacionais 
Os sistemas de informação devem abranger alguns princípios básicos, tais como: disponibilidade, 
precisão, atualização em tempo hábil e flexibilidade. Esses princípios são definidos a seguir, segundo 
Bowersox (2001): 
 
 
 
 
Tecnologia da Informação na cadeia de Suprimentos na prática. 
A tecnologia da informação está sendo compreendida como envolvendo “todos os aspectos de 
computadores (hardwere e softwere), sistemas de informação, telecomunicação e automação de 
escritórios” (PALVIA, 1997). 
A TI tem afetado a competição ao alterar a estrutura do setor, criar novos negócios e proporcionar 
vantagens competitivas. De acordo com Porter e Millar (1985), a TI permeia toda a cadeia de valor e 
também o sistema de valor, impactando processos, estruturas e até mesmo produtos. 
Segundo Monteiro e Bezerra (2003), as empresas estão recorrendo à aplicação de TI nas cadeias de 
suprimento visando à obtenção de vantagem competitiva e automatização dos processos produtivos. Já 
Bowersox e Closs (1999) citam que os gestores envolvidos na cadeia de suprimentos veem a TI como a 
principal fonte de melhorias na produtividade e na capacidade competitiva. 
 
 
Algumas aplicações da Tecnologia de Informação 
Através do uso combinado dessas tecnologias, é possível executar um gerenciamento eficiente e 
integrado de toda a cadeia de suprimentos. 
Segundo Bowersox (2001), o desempenho logístico pode ser significativamente elevado, ao se combinar 
as tecnologias de informação, com os mais modernos meios de comunicação, já hoje amplamente 
disseminados e cada vez mais rápidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Síntese da Aula 
Esta aula proporcionou os conhecimentos sobre as diferentes tecnologias disponíveis e os principais 
fatores que influenciam as decisões sobre a aplicação numa cadeia de suprimentos 
 
 
Aula 7: Estratégia de Estoques - Características, Tipos, Funções e Custo de 
Manutenção 
 
Ao final desta aula, você deverá ser capaz de: 
1. Conhecer os fundamentos básicos na gestão de estoques. 
2. Conhecer os principais tipos e características. 
3. Conhecer os principais componentes de custos para manter o estoque disponível 
Introdução 
Nesta aula você irá compreender melhor os elementos da estratégia de estoques, estudando 
principalmente os principais tipos, classificação, técnicas e formas de gestão de estoques na cadeia de 
suprimentos. 
 
O Papel dos Estoques 
 
Atenção: A gestão de estoques é uma atividade integrada com o gerenciamento da cadeia de 
suprimentos. 
 
Tipos de Estoques 
Os estoques se dividem em categorias, sendo estas vinculadas ao fluxo de material e à forma em que será 
encontrado. 
Os estoques, para Bertaglia (2003), se dividem em matéria- prima; produto em processo; produto semi-
acabado; produto acabado; estoque de distribuição; estoque em consignação; provisão de materiais para 
manutenção, reparos e operações produtivas MRO, sendo definidos da seguinte maneira: 
 
Custos dos Estoques 
 
 
 
 
 
Gestão dos Estoques 
A gestão dos estoques constitui uma série de ações que permitem ao administrador verificar se os 
estoques estão sendo bem utilizados, bem localizados em relação aos setores que deles se utilizam, bem 
manuseados e bem controlados. 
Existem vários indicadores de produtividade na análise e controle dos estoques, sendo os mais usuais 
exemplificados a seguir. 
 Inventário físico – consiste na contagem física dos itens em estoque periodicamente. O 
inventário não deve ser efetuado em excesso, qualquer custo pode ser reduzido se bem 
gerenciado. 
CT = Custos diretamente proporcionais + Custos inversamente proporcionais + custos independentes 
 Nível de serviço ou nível de atendimento – indica qual o nível de atendimento, ou seja, quão 
eficaz foi o estoque para atender às solicitações dos clientes: 
 Giro de estoques – mede quantas vezes, por unidade de tempo, o estoque se renovou ou girou: 
 Cobertura de estoques – indica o número de unidades de tempo; por exemplo, dias que o 
estoque médio será suficiente para cobrir a demanda média: 
 
Análise de estoques pelo método ABC 
Analisar em profundidade milhares de itens no estoque é uma tarefa extremamente difícil e, na maioria 
das vezes, desnecessária. É conveniente que os itens mais importantes, segundo algum critério, tenham 
prioridade sobre os menos importantes. Assim, economizam-se tempo e recursos. 
A análise ABC classifica as mercadorias através de alguma medida de desempenho para determinar 
quais itens não devem faltar no estoque, quais itens podem ficar em falta no estoque, ocasionalmente, e 
quais devem ser excluídos da seleção de estoque. 
A análise ABC utiliza o princípio geral de 80-20 que implica que 80% do valor dos estoques ou vendas são 
provenientes de 20% dos itens em estoque ou vendidos. 
Veja como ocorre a sequência do processo de construção da curva ABC:

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