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PROTOCOLO DE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM CRIANÇAS Roberta Belletti Speretta 1) INTRODUÇÃO: v Interrupção da circulação sanguínea causada pela ausência ou ineficácia da atividade mecânica cardíaca v Não responde e não respira ou apresenta somente gasping v Não há pulso detectável 2) TIPOS v Parada hipóxica/por asfixia § causa mais comum em bebês, crianças e adolescentes § resultado final de hipóxia tecidual e acidose progressivas causadas por choque ou insuficiência respiratória = INSUFICIÊNCIA CARDIOPULMONAR § ritmos mais frequentes: assistolia ou AESP v Parada súbita § pouco comum § causas: cardíacas como cardiomiopatia hipertrófica, artéria coronária anômala, Sd QT longo ou outras canalopatias, miocardite, intoxicação farmacológica (digoxina, efedrina, cocaína), arritmias secundárias a traumas (commotion cordis) § ritmos mais frequentes: FV ou TV sem pulso § ocorrem principalmente durante atividades físicas § 5 a 15% das PCRs pediátricas e presente em até 27% das PCRs ao longo do seu atendimento 3) PROBLEMAS POTENCIALMENTE FATAIS v Via aérea: obstrução total ou intensa v Respiração: apneia, aumento significativo do esforço respiratório, bradipneia v Circulação: pulsos fracos ou ausentes, perfusão deficient, hipotensão, bradipneia v Disfunção: incapacidade de responder, redução do nível de consciência v Exposição: hipotermia ou hipertermia significativa, hemorragia significativa, petéquias ou púrpuras sugestivos com choque séptico ou problemas de coagulação Identificação de desconforto respiratório, insuficiência respiratória ou choque = tratamento imediato 4) RITMOS v Fibrilação Ventricular (FV) A B -‐ sem ritmo organizado e sem contrações coordenadas -‐ o coração tremula e não bombeia sangue -‐ A -‐ FV grosseira, B – FV fina v Taquicardia ventricular sem pulso (TVSP) A B -‐ Complexos QRS largos (> 0,09 segundos) e organizados -‐ A-‐ TV polimórfica (Sd do QT longo congênito, toxidade farmacológica, anormalidades eletrolíticas como hipomagnesemia), B – TV monomórfica v Assistolia v Atividade elétrica sem pulso (AESP) -‐ Qualquer atividade elétrica organizada não associada a pulso -‐ Frequência da atividade elétrica baixa ou agonal (mais comum), normal ou elevada -‐ Complexos QRS normais ou largos -‐ Outras anormalidades: ondas T de amplitude baixa ou elevada, intervalos PR e QT prolongados, dissociação atrioventricular, bloqueio cardíaco, ausência de onda P 5) CAUSAS v Choque hipotensivo e insuficiência respiratória aguda são causas mais comuns v Síndrome da Morte Súbita do Lactente ( 6 meses): comprometimento das vias aéreas, PNMTx hipertensivo, choque hemorrágico e lesão cerebral v Arritmias são as menos comuns 5.1) Causas Reversíveis 6Hs 6Ts Hipotermia Trauma (Pneumotórax hipertensivo) Hipoglicemia Toxinas Hiper ou hipocalemia Tamponamento cardíaco Hipovolemia Trombose pulmonar Hipóxia Trombose coronariana Hidrogênio -‐ Acidemia (H+) Traumas (lesão abdominal, hemorragias) 6) SUPORTE BÁSICO DE VIDA 6.1) Situações possíveis Situação identificada Conduta Bebê ou criança com respiração normal e v Monitorar vítima até socorristas pulso palpável (FC ≥ 60) chegarem Bebê ou criança sem respiração normal e pulso palpável (FC ≥ 60) v Ventilação de resgate: uma ventilaçãoo a cada 2 a 3 segundos (20 a 30 ventilações por minuto) v Checagem de pulso a cada 2 minutos Bebê ou criança sem respiração normal e sem pulso palpável ou com FC 6.5) Uso do DEA v Usado preferencialmente em crianças (> 1 ano) § Em bebês, usar desfibrilador manual v Pás adultas (carga plena) ou pás pediátricas (carga reduzida) ou pás adultas com atenuador de carga pediátrico § Usar pás pediátricas para bebês e crianças menores de 8 anos o Se pás ausentes: pás adultas com atenuador de carga • Se atenuador ausente: pás adultas v Posicionamento das pás § posição frontal e posterior (posição anteroposterior) – mais indicada para bebês § posição direito-‐esquerda (posição anterolateral) § Seguir recomendações do fabricante Pás pediátricas Pás adultas Atenuador de carga pediátrico Posicionamento das pás Algoritmo de SBV pediátrico para profissionais da saúde com um único socorrista Algoritmo de SBV pediátrico para profissionais da saúde com dois ou mais socorristas 7) Orientações para bom desempenho v Intube sem pausar as compressões v Administre medicações durante as compressões v Forme as posições de alto desempenho para 6 pessoas Triângulo de ressuscitação § Responsável pela compressão: avalia o paciente, realiza compressões, alterna as pessoas a cada 2 minutos § Responsável pelo desfibrilador: busca o DEA e o posiciona § Responsável pela vias aéreas: abre a via aérea, ealiza ventilação com bolsa-‐máscara Líder da equipe § Atribui funções aos membros da equipe § Toma decisões de tratamento § Assume responsabilidade por funções não definidas Responsável por medicações § Inicia o acesso e administra medicações Cronometrista/anotador § Anota horários das intervenções e das medicações (e comunica quando estão próximas a vencer) § Anota a frequência e a duração das interrupções das compressões § Passa informações para o líder e equipes 8) SUPORTE AVANÇADO DE VIDA RCP de alta qualidade para profissionais de SBV * profundidade máxima de 6 cm 8.1) Monitorização da qualidade v Comprima o tórax com rapidez e força v Permita o retorno total do tórax v Minimize as interrupções v Evite ventilação excessiva 8.2) Medidas do suporte avançado v Análise do ritmo v Estabelecimento de acesso vascular v Desfibrilação v Tratamento medicamentoso v Manejo de via aérea avançada 9) COMO TRABALHAR Prancha rígida Monitorização Massagem cardíaca Ventilação Acesso Medicações Desfibrilação Material para intubação Exames 9.1) Monitorização v Monitorização cardíaca v Oxímetro de pulso v Capnografia § Monitoramento contínuo do CO2 ao final da expiração (PETCO2) § Manter > 10 a 15 mmHg v PA invasive (se disponível) – manter PA distólica mínima § 25 mmHg em bebês § 30 mmHg em crianças v Checar pulso a cada 2 minutos durante a RCP (não levar mais do que 10 segundos) § 1 ano: carotídeo ou femoral 9.2) Massagem Cardíaca v Iniciar se ausência de pulso ou FC 1 ano: 5 cm de profundidade, usando a técnica de uma ou duas mãos v Ritmo § Sem via aérea avançada o 15:2 § Com via aérea avançada o FC 100-‐120 compressões/minuto v Realizar troca dos responseveis pela compressão a cada 2 minutos 9.3) Ventilações v Com bolsa e máscara § Lactentes e crianças: 450-‐500 ml, fluxo 10-‐15L de O2 § Crianças e adolescentes: 1000ml, fluxo 15L de O2 v Frequência § Paciente com pulso: 20-‐30 ventilações por minuto § Paciente sem pulso e sem via aérea avançada: 15 compressões: 2 ventilações (cada ventilação com 1 segundo e com volume suficiente para expandir/elevar o tórax) § Paciente sem pulso e com via aérea avançada: 100-‐120 compressões/minuto e 20-‐30 ventilações/minuto (1 ventilação a cada 2-‐3 seg) não sincronizadas v Utilizar, se necessário, Jaw-‐Lift/Chin-‐trust: manobra de inclinação da cabeça/elevação do mento/tração da mandíbula v Posicionamento § Incline a cabeça para trás e eleve o queixo (figura A) § Posicione a mão em C-‐E (figura B) Figura A Figura B 9.4) Acesso v A sequência de prioridade das vias para administração de medicamentos é: intravenosa, intraóssea, endotraqueal § Se um acesso central já estiver disponível antes da PCR, ele deve ser utilizado preferencialmente v Via intravenosa: primeira escolha, veia calibrosa com cateter tipo jelco ou tipo butterfly § Para otimizar a via, administer em bolus as medicações durante as compressões e administre bolus de solução salina normal após cada medicação (5ml) v Via intraóssea § Permite a administração de todas as medicações que podem ser administradas pela via intravenosa § Contra-‐indicações: infecção no local, fratura, história de má formação óssea § Locais o Tíbia proximal (mais utilizada) o Tíbia distal o Fêmur distal o Crista ilíaca ântero-‐superior § Orientações para punção o Colocar o paciente em posição supina o Apoiar a articulação do joelho em um coxim o Usar equipamentos de proteção o Limpar a pele com clorexidina 2% o Usar agulha específica para punção intra-‐óssea ou agulha de punção de medula ou agulha de grosso caliber – preferencialmenteas que possuem estilete o Palpar superfície plana medialmente abaixo da tuberosidade tibial o Estabilizar a perna com leve rotação externa o Inserir firmemente a agulha até perceber diminuição da resistência (transiçnao cortical-‐medular) o Infundir 5 ml de SF 0,9% o Observar extravasamentos ou abaulamentos o Fixar e identificar acesso v Via endotraqueal § Permite a administração de medicamentos solúveis em lipídeos o Atropina, naloxone, epinefrina, lidocaína (ANEL) e vasopressina § Dose recomendada da epinefrina é 10x dose IV/IO e para as outras medicações 2 a 3x dose IV/IO § Administração o Administrar a medicação o Instilar 5 ml de solução salina (menos em neonatos) o Fornecer 5 ventilações rápidas o Durante a administração, as compressões devem ser pausadas 9.5) Medicações v Via endovenosa (IV), via intra-‐óssea (IO) e via endotraqueal (ET) v Medicações que podem ser administradas pela via ET na PCR: ANEL (atropina, naloxona, epinefrina, lidocaína) v Objetivos § Aumentar as pressão de perfusão coronária e cerebral e o fluxo sanguíneo § Estimular a contratilidade miocárdica espontânea ou forçada § Acelerar a frequência cardíaca § Corrigir e tartar a possível causa da PCR § Suprimir ou tratar arritimias Medicações utilizadas durante o atendimento de PCR Medicação Indicação Dose Orientações Amiodarona Taquiarritmia IV/IO 5mg/kg Máximo 1ª dose: 300mg Máximo 2ª dose: 150 mg Dissolver em SG Iniciar após 3º choque na FV ou TV (repetir até três doses) Adrenalina 1mg/ml Choque e PCR IV/IO 0,01 mg/kg – 0,1 ml/kg da diluição 1 ml + 9 ml AD (1:10.000) – máximo/dose: 1 mg ET 0,1 mg/kg – 0,1 ml/kg da medicação pura (1:1.000) – máximo/dose: 2,5mg Repetir a cada 3-‐5 minutos Iniciar nos primeiros 5 minutos de PCR – o mais breve possível nos ritmos não chocáveis Glicose Hipoglicemia IV/IO 0,5 a 1 g/kg RN SG 10%, 5 a 10 ml/kg Lactantes e Crianças SG 25%, 2 a 4 ml/kg Adolescentes SG 50%, 1 a 2 ml/kg Lidocaína Taquiarritmia IV/IO Primeira dose: 1mg/kg Máximo 100mg Segunda dose: 0,5 -‐ 0,75 mg/kg ET 2 a 3mg Iniciar após 3º choque na FV ou TV Sulfato de Magnésio 10% Torsade de Pointes IV/IO 25 a 50 mg/kg (0,25– 0,5 ml/kg) máximo: 2g Bicarbonato de Sódio Hipercalemia e Acidose metabólica PCR prolongada IV/IO 1mEq/kg (1ml/kg) em bolus Máximo: 50 mEq Outras medicações úteis Medicação Indicação Dose Orientações Adenosina Taquicardia supraventricular IV/IO Primeira dose: 0,1 mg/kg (máximo 6mg) Segunda dose: 0,2 mg/kg (máximo 12mg) Infusão rápida em bolus (IV/IO) – flush com SF Monitorar ECG Atropina Bradicardia IV/IO 0,02 mg/kg ET 0,03 mg/kg Repetir uma vez SN (máximo 0,5 mg) També pode ser utilizada nas intoxicações por organonofosforados Gluconato de Cálcio 10% Hiper K ou Mg, HipoCa ou superdosagem de bloqueadores de canal de Ca IV/IO 0,5 a 1 ml/kg RN: SG 10%, 5 a 10 ml/kg Lactantes e Crianças: SG 25%, 2 a 4 ml/kg Adolescentes: SG 50%, 1 a 2 ml/kg Milrinone Choque cardiogênico IV/IO Inicial: 50mcg/kg Manutenção: 0,5 a 0,75 mcg/kg/min Naloxone Antagonista de opióide IV/IO/ET 5 anos ou 20kg: 2mg Usar 1 a 5 mcg/kg e titular o efeito para reverter efeito de opióide Procainamida Taquiarritmia IV/IO 15mg/kg (30-‐60 minutos) Não usar com amiodarona Monitorar ECG Considerações sobre as medicações 9.6) Desfibrilação v Pele seca 9.6.1) Desfibrilador manual v Tipos de pás § Autoadesivas (preferidas) § Manuais o Usar gel ou creme ou pasta condutora o Não utilizar soluções, géis sonográficos ou álcool v Posicionamento das pás manuais: distantes pelo menos 3 cm e não se tocam § Hemitórax direito: borda esternal superior do hemitórax D, abaixo das clavículas § Hemitórax esquerdo: a esquerda do mamilo esquerdo, na linha axilar anterior (no ápice do coração) v Posicionamento das pás adesivas § De acordo com o fabricante § Normalmente, na posição AP, sobre o coração, e a outra nas costas v Tamanhos das pás § pequenas ou pediátricas (4,5 cm): 1a ou 10Kg v Choque § 1º choque: 2J/kg § 2º choque: 4J/kg § A partir do terceiro choque: ≥ 4J/kg -‐ máximo 10J/kg ou 200J (bifásico) e 360J (monofásico) 9.6.2) DEA (desfibrilador externo automático) v Crianças de 1 a 8 anos § utilizar pás pediátricas ou atenuador de carga elétrica pediátrico § na ausência: DEA com carga padrão v Crianças menores de 1 ano § utilizar desfibrilador manual § na ausência do desfibrilador manual: DEA com pás pediátricas § na ausência das pás pediátricas: DEA com atenuador de carga elétrica pediátrico § na ausência do atenuador de carga: DEA com carga padrão Se pás adesivas grandes e criança o selector de eletrodos como pás v Selecionar pás adesivas ou manuais v Posicione as pás § Certifique-‐se de não ter O2 direcionado para o tórax § Não posicione as pás sobre o marcapasso, caso o paciente o possua v Selecione a carga de energia v Anuncie: carregando desfibrilador e pressione “ charge” (carregar) – continue as compressões durante o carregamento v Quando carregado, anuncie a aplicação do choque ao término da contagem, “quando disser 3” ou “ afastem-‐se para o choque “ -‐ as compressões são mantidas até esse momento v Faça a contagem v Verifique se todos estão afastados e pressione o botão “Shock” (choque) ou os dois botões de “Discharge” (descarga) das pás simultaneamente v Imediatamente após, retome a RCP com compressões torácicas 9.7) Intubação/via aérea avançada LÂMINA RETA TUBO COM BALONETE INSUFLAÇÃO DO BALONETE Menores de 2 anos (até 5 anos) (Idade/ 4) + 3,5 Preferir para intubação de bebês e crianças Pressão 40 mmHg § Forma de onda arterial (se cateter arterial presente) 11) PCR PEDIÁTRICA – CIRCUNSTÂNCIAS ESPECIAIS v Trauma v Afogamento v Anafilaxia v Envenamento v Doença cardíaca congenital: ventrículo único v Hipertensão pulmonar v Choque séptico v Choque hemorrágico v Miocardite v Neonatos v Engasgos 11.1) PCR por trauma v Causas possíveis § Hipóxia devido a PCR, obstrução das vias aéreas ou lesão traqueobrônquica § Lesão nas estruturas vitais (curacao, aorta, artérias pulmonares) § Lesão cerebral grave § Lesão cervical superior na medulla espinhal § Redução do débito cardiac ou AESP por pneumothorax hipertensivo, tamponamento cardíaco ou hemorragia maciça v Orientações específicas § Prever obstrução das vias aéreas po fragmentos dentários, sangue e outros resíduos § Minimizar o movimento da coluna cervical § Controlar a hemorragia externa com pressão (torniquete ou curativo homeostático) § Transferir bebês e crianças para centro de trauma quando trauma multissistêmico Tratamento da PCR por trauma 11.2) PCR por afogamento v É possível iniciar ventilações ainda na água v Lembrar da lesão cervical e da hipotermia como fatores contribuintes v Se afogamento em água gelada, aquecer até o mínimo de 30ºC (circulação extracorpórea é o método mais rápido e eficaz) Vítimas de afogamento em água gelada podem sobreviver depois de ficarem submersas por período prolongado (até 40 minutos) e RCP (mais de 2 horas) 11.3) PCR por anafilaxia v Alterações importantes § Edema e obstrução das vias aéreas § Vasodilatação § Broncoconstrição v Tratamento direcionado: via aérea adequada, epinefrina e fluidos em bolus § Se ocorrer RCE: anti-‐histamínicos e corticosteroides podem ser considerados 11.4) PCR associada a envenenamento v Overdose de drogas ou envenenamento podem causar PCR por § toxicidade cardíaca direta § efeitos secundários de depressão respiratória § obstrução das vias aéreas § vasodilatação periférica § arritmias § hipotensão v Lembrar de verificar a glicose e consultar um centro de informações toxicofarmacológicas v Overdose por opioides: administrar naloxone 11.5) PCR associada a cardiopatia congênita (ventrículo único) v Atresia tricúspide/pulmonar + coração esquerdo hipoplásico Shunt aortopulmonar ou da artéria pulmonar ventricular direita: considerer heparina Titular oferta de O2 e satO2 adequada no pós ressuscitação Cuidado do o PETCO2: valores não indicadores reais de RCP eficaz Considerar suporte extracorpóreo Titular oferta de O2 e satO2 adequada no pós ressuscitação 11.6) PCR associada a hipertensão pulmonar v Maior resistência ao fluxo sanguíneo pulmonar Corrigirhipercarbia e acidose Administrar bolus de cristaloide isotônico para manter a pré-‐carga ventricular Manter vasodilatadores pulmonares se já estavam em uso antes da PCR Considerar NO ou prostaciclina Considerar ECMO (oxigenação por membrane extracorpórea) precocemente (quando instalada na parada é denominada ECPR – reanimação cardiopulmonar extracorpórea) 11.7) PCR no choque séptico v administrar fluidos em bolus v Se RCE, considerer epinefrina ou norepinefrina contínuas 11.8) PCR no choque hemorrágico v considerar derivados de sangue ao invés de cristaloides 11.9) PCR associada a miocardite v considerar ECMO 11.10) PCR em neonatos v FC 180) v Remover causas metabólicas v Considerar TC e/ou EEG v Observação neurológica (avaliar pupilas, PA, FR, FC) 8.4) Sistema Renal v Monitorar débito urinário § Lactentes > 1ml/kg/hora § Crianças > 30ml/hora § Se excessiva diurese: considerar diabetes insipidus (causa renal ou neurológica) v Exames para avaliação de função renal v Observar medicações nefrotóxicas v Considerar diálise se necessário 8.5) Sistema Gastrointestinal v Observar resíduo por SNG ou SOG se presents v Avaliar sinais de hemorragia ou perfuração intestinal v Considerar TC ou US de abdomen v Exames para avaliação hepática 8.6) Sistema Hematológico v Controle de Hb, Ht e coagulacão v Transfusão se necessário § Corrigir trombocitopenia § Corrigir fatores de coagulação (plasma) § Administrar gluconato de cálcio ou cloreto de cálcio se transfusões em grande volume v Corrigir alterações metabólicas (principalmente pós transfusão) Otimizar Ventilação e Oxigênio Titular FiO2 para manter SatO2 entre 94-‐99% Considerar via aérea avançada e capnografia Reconhecer e tratar choque persistente Identificar e tratar causas reversíveis Considerar cristlóide isotônico 10-‐20 ml/kg em bolus IV ou IO Considerar inotrópico e/ou vasopressor Causas Reversíveis Hipovolemia Hipóxia Acidose (H+) Hipotermia Hipo ou hipercalemia Tamponamento cardíaco Toxinas Tensão por pneumotórax Trombose pulmonar Trombose coronariana Trauma Choque com hipotensão Epinefrina Dopamina Norepinefrina Choque sem hipotensão Dobutamina Dopamina Epinefrina Milrinone Monitorar e tratar agitação e complicações Monitorar e tratar hipoglicemia Exames: eletrólitos, gasometria arterial, função renal e hepática Se paciente comatoso no pós parada, considerar hipotermia (32 a 34ºC) Internação em serviço terciário com suporte de UTI Lista de verificação de cuidados pós –PCR pediátrica