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Prévia do material em texto

1 
 
 
FACULDADE UNIÃO ARARUAMA DE ENSINO 
Graduação em Enfermagem 
 
 
 
 
Mara do Carmo Lessa 
 
 
 
 
 
O ENFERMEIRO FRENTE À SÍFILIS CONGÊNITA EM UNIDADES BÁSICAS 
DE SAÚDE 
 
 
 
 
 
 
Araruama 
 2019 
2 
 
Mara do Carmo Lessa 
 
 
 
 
O ENFERMEIRO FRENTE À SÍFILIS CONGÊNEITA EM UNIDADES BÁSICAS 
DE SAÚDE 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado à disciplina Trabalho de 
Conclusão de Curso III do curso de 
Graduação em Enfermagem da Faculdade 
União Araruama de Ensino, como requisito 
final à obtenção de título de Bacharel em 
Enfermagem. 
 
 
 
 
Orientador Prof. MSc Jorge Luiz Rocha de Souza 
 
 
 
Araruama 
 2019 
3 
 
Mara do Carmo Lessa 
O ENFERMEIRO FRENTE AO PACIENTE COM SÍFILIS EM UNIDADES 
BÁSICAS DE SAÚDE 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado à disciplina de Trabalho de 
Conclusão de Curso III do curso de 
Graduação em Enfermagem da Faculdade 
União Araruama de Ensino, como requisito 
final à obtenção do título de Bacharel em 
Enfermagem. 
 
Projeto aprovado em: / / 
 BANCA EXAMINADORA 
 
 
UNILAGOS 
 
 
UNILAGOS 
 
 
Prof. MSc Jorge Luiz Rocha de Souza 
UNILAGOS 
 
Araruama 
2019. 
4 
 
AGRADECIMENTOS 
Primeiro agradeço aos meus pais, minha filha e meu neto por todo o amor, 
incentivo e apoio incondicional. 
Ao coordenador e a todo o corpo docente do curso de Enfermagem, por 
toda confiança e ética aqui presentes em todos os âmbitos e que me 
proporcionaram a oportunidade de vislumbrar um futuro melhor. 
Aos orientadores, pelo suporte, correções, incentivos e empenho 
dedicado à elaboração deste trabalho. 
A todos os meus amigos, pela ajuda e amizade nesta trajetória 
acadêmica. 
 A todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, o 
meu muito obrigado. 
 
5 
 
Resumo 
LESSA, Mara do Carmo, O enfermeiro frente à sífilis congênita em unidades 
básicas de saúde. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em 
Enfermagem) – Coordenação do Curso de Graduação em Enfermagem, 
Faculdade União Araruama de Ensino, Araruama/Rio de Janeiro, 2019. 
Introdução: A sífilis é uma infecção que pode ser adquirida através da relação 
sexual e vertical que seria a sífilis congênita e acomete praticamente todos os 
órgãos e sistemas. O papel do enfermeiro no diagnóstico e tratamento da 
patologia se torna fundamental, com uma consulta de pré-natal de qualidade com 
todos os exames de rotina solicitados e feitos pela gestante, para serem traçadas 
as intervenções corretas a fim de evitar agravos da patologia da doença do 
recém-nascido. Objetivos: Mostrar a atuação do enfermeiro na prevenção e 
tratamento de sífilis. Identificar através da literatura os cuidados, a prevenção e 
assistência do enfermeiro frente à sífilis; Descrever os cuidados, prevenção e 
assistência do enfermeiro frente à sífilis. Metodologia: O estudo trata de uma 
pesquisa bibliográfica, do tipo descritiva explicativa por meio da revisão de 
literatura. Foram utilizados artigos publicados nas bases de dados da Literatura 
Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e na Base de 
dados da Enfermagem (BDENF) e na Base de dados do Ministério da Saúde. A 
coleta dos dados ocorreu no decorrer dos meses de janeiro de 2018 a abril de 
2019 após aprovação do projeto pela coordenação do curso. Resultados: Na 
base de dados do BDENF foram selecionadas 13 obras, onde todas são artigos 
e no LILACS a seleção foi de 5 obras, sendo os 5 artigos. Conclusão: Com essa 
obra conclui-se que a informação é a principal forma de trabalho do enfermeiro 
com essas gestantes para boa prevenção, diagnóstico e tratamento da sífilis. A 
estratégia de saúde da família contribui para diagnóstico e tratamento das sífilis 
materna pois tem todos os seu pacientes cadastrados, e seu método de atuação 
permitem a captação precoce de gestantes e parceiros, visita domiciliar para 
realização de busca ativa de pacientes que não aderiram ao tratamento e as 
consultas pré-natais, além da identificação de populações vulneráveis ou de 
grupos de risco. 
Descritores: Atenção primária à saúde, Cuidados, Enfermeiro e Sífilis. 
6 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1: Treponema pallidum em um tecido da pele de um paciente com 
HIV.................................................................................................................... 18 
Figura 2: Número de surtos de sífilis no mundo em 2018.................................. 19 
Figura 3: Taxa de detecção e número de casos de sífilis no Brasil, ao longo dos 
anos (2010-2016) ..............................................................................................29 
Figura 4: Distribuição dos casos de sífilis gestacional no estado de Minas Gerais 
por faixa etária ..................................................................................................30 
Figura 5: Taxa de detecção (por 100.000 habitantes) de sífilis adquirida, taxa de 
detecção de sífilis em gestantes e taxa de incidência de sífilis congênita, segundo 
ano de diagnóstico. Brasil, 2010 a 2016 ............................................................ 31 
Figura 6: Fluxograma de processo de seleção de estudo ............................... 35 
Grafico 1: Tipo de publicação encontrada nas bases de dados .......................38 
 
 
7 
 
 
LISTA DE QUADROS E TABELAS 
Tabela 1: Tratamentos para Sífilis .................................................................. 17 
Quadro 1: distribuição de literatura nas bases LILACS e BDENF – 2009-
2019...................................................................................................................34 
Quadro 2: Quadro identificação da Produção Científica na base de dados 
LILACS e BDENF...............................................................................................35 
Quadro 3: Delineamento metodológico da produção científica estudada ..........39 
 
 
8 
 
Sumário 
1. INTRODUÇÃO ..............................................................................................09 
1.1 PROBLEMÁTICA ....................................................................................... 11 
1.2 QUESTÃO NORTEADORA ........................................................................ 11 
1.3 OBJETIVOS ................................................................................................ 11 
1.3.1 Objetivo Geral .......................................................................................... 11 
1.3.2 Objetivos Específicos ............................................................................... 11 
2. JUSTIFICATIVA ............................................................................................ 12 
3. REVISÃO DE LITERATURA ......................................................................... 14 
3.1 Fisiopatologia da Sífilis ............................................................................... 14 
3.2 Legislação e Programas ............................................................................. 20 
3.3 O Enfermeiro de Unidade Básica de Saúde frente à Sífilis: Cuidados, 
Prevenção e Tratamento .................................................................................. 26 
4. METODOLOGIA ........................................................................................... 33 
4.1 Tipo de Estudo ............................................................................................ 33 
4.2 Coleta de Dados ......................................................................................... 32 
4.3 Instrumento de Coleta de Dados ................................................................. 34 
4.4 Operacionalização da Coleta de Dados ...................................................... 34 
4.5 Análise e Apresentação dos Resultados .....................................................de dúvidas pelos profissionais. A descentralização do atendimento pré-natal 
interfere positivamente para esse entendimento, uma vez que sendo parte 
integrada de uma comunidade, como no caso dos enfermeiros da Estratégia de 
Saúde da Família, já se conhece os conceitos socioculturais dessa comunidade, 
46 
 
além de criar vinculo e confiança da comunidade com os profissionais atuantes 
nas unidades incluídas nessa estratégia de atendimento. 
A estratégia de saúde da família ainda contribui para diagnostico e 
tratamento das sífilis materna pois tem todos os seu pacientes cadastrados, e 
seu método de atuação permitem a captação precoce de gestantes e parceiros, 
visita domiciliar para realização de busca ativa de pacientes que não aderiram 
ao tratamento e as consultas pré-natais, além da identificação de populações 
vulneráveis ou de grupos de risco. 
Estudos acerca da motivação da não adesão ao pré-natal e ao tratamento, 
além da não realização do tratamento pelo parceiro são necessários para 
elucidar dúvidas e melhorar o atendimento a gestantes com sífilis por 
enfermeiros na atenção básica. 
 Este estudo contribui para a comunidade cientifica na reafirmação da 
necessidade da realização de consultas pré-natais de qualidade, de enfermeiros 
se manterem atualizados e da formação de vínculos entre enfermeiros e as 
comunidades que atendem. Também corrobora com a necessidade da 
realização de estudos acerca da não adesão ao tratamento por gestantes e 
parceiros. 
Em relação a população, este estudo contribui para estimulação da busca 
ao conhecimento a respeito da sífilis congênita, levando a sua prevenção. 
 
47 
 
6. CRONOGRAMA 
 
ETAPAS ANO/SEMESTRE 
2018.1 2018.2 2019.1 
Levantamento 
bibliográfico 
X X 
Embasamento 
teórico 
metodológico 
X X 
Elaboração de 
projeto de 
pesquisa 
x X 
Entrega e defesa 
do Projeto de 
Pesquisa a 
disciplina TCC II 
 X 
Estruturação do 
instrumento de 
coleta de dados 
 X 
Coleta de Dados X 
Análise e 
interpretação dos 
dados 
 X 
Elaboração, 
entrega e defesa 
do relatório final 
de pesquisa 
 X 
48 
 
7. REFERÊNCIAS 
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2013. 32f. Trabalho de conclusão de curso (Especialização em Atenção Básica 
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de 2018. 
 
54 
 
APÊNDICE 
Instrumento de coleta de dados – roteiro semi-estruturado. 
Identificação 
 
Título do periódico 
 
Área do periódico 
 
Base de dados 
 
 
 
Título do artigo 
 
 
 
Ano de publicação 
 
 
 
Características metodológicas do estudo 
 
 
 
 
 
2. Tipo de publicação 
 
( ) Abordagem quantitativa 
( ) Abordagem qualitativa 
( ) Abordagem mista 
( ) Revisão sistemática de literatura 
( ) Revisão narrativa de literatura 
( ) Relato de experiência 
( ) Relato de caso 
( ) Pesquisa de campo descritivo 
exploratória 
( ) Pesquisa de campo correlacional 
( ) Outras 
 
 
Amostra do estudo 
 
 
 
3. Amostra 
Tamanho (N) 
 
Critérios de inclusão/exclusão dos 
sujeitos na pesquisa 
 
 
 
 
 
55 
 
Resultados e Conclusões 
 
 
3 Resultados 
Tratamento estatístico? ( ) Sim ( ) Não 
Qual (is)? 
 Implicações para a prática e 
recomendação dos autores: 
 
 
 
 
 
 
 
4 Conclusões34 
4.6 Discussão ....................................................................................................42 
5. CONCLUSÃO ............................................................................................... 45 
6. CRONOGRAMA............................................................................................ 47 
7. REFERÊNCIAS ............................................................................................ 48 
APÊNDICE ....................................................................................................... 54 
 
9 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) crônica causada 
pela bactéria Treponema pallidum, que acomete praticamente todos os órgãos 
e sistemas. Possui tratamento eficaz e de baixo custo e ainda assim representa 
um grande problema de saúde pública nos dias de hoje (AVELLEIRA & 
BOTTINO, 2006). 
O enfermeiro é um profissional que deve estar sempre atento, para o 
surgimento de sinais e sintomas das mais variadas patologias, a fim de identificar 
precocemente e atuar o quanto antes. Atualmente, as formas clínicas da sífilis 
são classificadas de acordo com o tipo de manifestação clínica sendo 
classificada como sífilis primária, secundária, latente e tardia ou terciária 
(BRASIL, 2015 a; BRASIL, 2015 b). 
A sífilis pode ser de transmissão adquirida através da relação sexual e 
vertical que seria a sífilis congênita, ou seja, da mãe para o bebê. A classificação 
da sífilis acontece de acordo com o tempo de transmissão, ou seja, quanto mais 
tempo em contato com treponema e de acordo com os sinais e sintomas é que 
vai ser classificada a sífilis. Vale ressaltar que também há testes quantitativos 
que determinam a virulência da doença. 
A sífilis primária é caracterizada por exibir lesões primárias, como cancro 
duro, que surge de dez a noventa dias após o primeiro contágio. Em cerca de 
quatro semanas o cancro duro desaparece sem deixar cicatriz no local. E entre 
a terceira e quinta semana após a contaminação, as reações sorológicas 
treponêmicas para sífilis, tornam-se positivas. Já a fase secundária se dá pela 
disseminação da bactéria pelo organismo, após seu período de latência com 
aparecimento do cancro, que forma uma lesão precoce e roséola, feridas 
papulosas palmo plantares, adenopatias generalizadas, placas mucosas, 
alopecia e os condilomas planos (AVELLEIRA & BOTTINO, 2006). 
Nos casos de sífilis primária, como a lesão tende a regredir é mais difícil 
a procura pela Unidade Básica neste estágio principalmente por homens que são 
mais resistentes a qualquer tipo de tratamento de saúde e algumas mulheres 
10 
 
que por vergonha não realizam o Papanicolau ou que não conhecem seu corpo. 
Já na fase secundária os sintomas são mais incômodos o que faz com que o 
paciente procure mais rapidamente o posto de saúde. 
A sífilis tardia ocorre após o primeiro ano de evolução, podendo se 
manifestar posteriormente como sífilis terciária, em um período de 40 anos 
depois do contágio. Esta fase se sucede em pessoas que não foram tratadas ou 
tiveram tratamento inadequado. As manifestações patológicas deste período 
surgem após um intervalo de latência, abrangendo formas cutâneas, óssea, 
cardiovascular, neural e outras (AVELLEIRA & BOTTINO, 2006). 
 O contato com as lesões contagiantes (cancro duro e lesões 
secundárias) pelos órgãos genitais é responsável por 95% dos casos de 
sífilis. Outras formas de transmissão mais raras e com menor interesse 
epidemiológico são por via indireta (objetos contaminados, tatuagem) e 
por transfusão sanguínea. (AVELLEIRA & BOTTINO, 2006, p 113). 
Há cerca de 12 milhões de novas ocorrências por pessoas contaminadas 
todos os anos com alguma doença relacionada ao sexo, das quais a sífilis possui 
maior representatividade (OMS). 
Neste contexto vemos que a sífilis não tem tido a devida importância pelos 
programas governamentais de saúde, onde deveria haver mais divulgação sobre 
a patologia e sua gravidade, complicações e prejuízos inclusive quanto a 
gestantes portadoras de sífilis. 
No Brasil no ano de 2016 foram estimados 87.593 casos, dos quais os 
contágios foram via placentária, contato direto com lesões na pele e transfusões 
sanguíneas. Em 2017 a projeção do Ministério de Saúde foi para 94.460 registros 
(BRASIL). 
Tendo em vista que algumas mulheres não realizam o pré-natal, muitas 
vezes por falta de informação ou difícil acesso a unidade de saúde, por baixa 
escolaridade ou situação socioeconômica desprivilegiada, os recém-nascidos 
nascem com sífilis (GAMA et al., 2004; HILL et al., 2004). 
O papel do enfermeiro no tratamento da patologia se torna fundamental, 
prestando à paciente uma consulta de enfermagem eficaz e com uma anamnese 
completa e eficaz e consulta de pré-natal de qualidade com todos os exames de 
11 
 
rotina solicitados e feitos pela gestante, para serem traçadas as intervenções 
corretas a fim de evitar agravos da patologia da doença do recém-nascido. 
Evitar a transmissão da doença consiste na detecção e no tratamento 
precoce e adequado do paciente e do parceiro, ou parceiros. O tratamento 
adequado consiste no emprego da penicilina como primeira escolha e nas doses 
adequadas. A prevenção de novos casos deverá ter como estratégia a 
informação para a população geral e, especialmente, para as populações mais 
vulneráveis sobre a doença e as formas de evitá-la (AVELLEIRA & BOTTINO, 
2006). 
Assim prestar assistência profissional junto à criança com sífilis e orientar 
a equipe de saúde para educação continuada a fim de que os profissionais 
estejam constantemente atualizados e conscientes de uma consulta de 
enfermagem humanizada e acolhedora para a gestante e a família. Devido à 
problemática exposta o objetivo desse trabalho é melhorar a assistência ao 
paciente com sífilis em uma unidade básica de saúde. 
1.1 PROBLEMÁTICA 
Diagnóstico precoce e tratamento de sífilis congênita. 
 
1.2 QUESTÃO NORTEADORA 
Como o enfermeiro pode atuar na prevenção e tratamento da sífilis 
congênita? 
 
1.3 OBJETIVOS 
1.3.1 Objetivo Geral 
Mostrar a atuação do enfermeiro na prevenção e tratamento de sífilis 
congênita. 
1.3.2 Objetivos Específicos 
Identificar através da literatura os cuidados, a prevenção e assistência do 
enfermeiro frente à sífilis congênita; Descrever os cuidados, prevenção e 
assistência do enfermeiro frente à sífilis congênita em Unidade Básica de Saúde. 
12 
 
2 JUSTIFICATIVA 
Esta pesquisa se justifica pela relevância da temática explícita à sífilis, 
servindo na melhoria da qualidade dos serviços de enfermagem para o controle 
da patologia. Além disso, o presente trabalho visa alertar acadêmicos em 
enfermagem e enfermeiro quanto à importância da prevenção e tratamento da 
sífilis. O alto índice de múltiplas gestações em mulheres de ordem social e 
econômicas desfavorecidas por conta da baixa escolaridade e falta de 
informação, muitas gestantes não fazem o pré-natal de maneira correta, sendo 
difícil a detecção de patologias como a sífilis. 
Em consequência da falta do pré-natal, muitas gestantes portadoras de 
sífilis transmitem à criança esta patologia, fazendo com que a criança adquira a 
sífilis congênita. 
Tendo em vista que, a principal finalidade da ciência é perceber e 
entender os fenômenos e processos da natureza. Temos a produção cientifica 
como uma ferramenta indispensável. 
Torna-se evidente, portanto, a necessidade de um aumento na produção 
cientifica na área de enfermagem, que permeie e possibilite acesso de 
profissionais e acadêmicos. Logo, buscar o esclarecimento sobre a sífilis se torna 
fundamental para prevenir esta doença, uma vez que uma criança com esta 
patologia apresenta várias complicações relacionadas à doença e que poderiam 
ser prevenidas com o acesso à informação de maneira facilitada. Esse estudo 
busca ainda o aumento de produção científicae contribuição à para a prática do 
enfermeiro. 
 
13 
 
3 REVISÃO DE LITERATURA 
3.1 Fisiopatologia da Sífilis 
A sífilis é uma doença infecciosa, causada pela bactéria espiroqueta 
Treponema pallidum, que assola a humanidade a séculos, mesmo com 
tratamento eficaz e de baixo custo (AVELLEIRA & BOTTINO, 2006). 
Esta enfermidade é, na maioria das vezes, transmitida via sexual, porém 
também pode ser transmitida através de lesões cutâneas, transfusões 
sanguíneas, via placentária e canal do parto (MILANEZ, 2008). 
O Treponema pallidum, pertence à família Treponemataceae, que 
engloba mais dois gêneros: Leptospira e Borrelia (AVELLEIRA & BOTTINO, 
2006). 
O gênero Treponema possui 4 espécies patogênicas e 6 não 
patogênicas.Dentre as espécies patogênicas ao homem temos T. pertenue, 
reponsável por causar a bouba ou framboesia; T. carateum, que causa a pinta e 
o T. pallidum, causador da sífilis (AVELLEIRA & BOTTINO, 2006). 
Quando transmitido horizontalmente, a bactéria penetra por ferimentos ou 
solução de continuidade. Caso a mucosa esteja intacta, o Treponema é capaz 
de uma enzima (hialuronidase), capaz de destruir o ácido hialurônico dos tecidos 
(JAWETS et al., 2000). 
Assim, o microrganismo se multiplica lentamente permanecendo em seu 
período de incubação. Levando também à infiltração de polimorfo nucleares, 
plasma [ocitos e macrófagos e a partir daí atingir os linfonodos e 
consequentemente a corrente sanguínea (JAWETS et al., 2000). 
Pode ser transmitido verticalmente, via placenta se a mãe infectada 
encontra- se nos primeiros momentos da infecção ou no estágio primário da 
doença que é caracteriza pela espiroquetemia (AVELLEIRA & BOTTINO, 2006). 
 O Treponema pallidum é capaz de atravessar a placenta antes do quarto 
mês de gestação, ou seja, pode acontecer a transmissão vertical durante todo o 
período gestacional (BERMAN, 2004). 
14 
 
As lesões ocasionadas pela infiltração do treponema no espaço 
perivascular causam infiltração por linfócitos, células plasmáticas e cistócitos, o 
que leva a uma extensa fibrose (INGALL et al., 2001). 
No século XV, era associada a dermatologia, devido ao acometimento de 
pele e mucosas (AVELLEIRA & BOTTINO, 2006). 
Durante o século XVI a Europa viveu sua epidemia de sífilis, onde cada 
povo denominava de uma forma: mal espanhol, mal polonês, etc., sempre 
culpando seus desafetos. Em 1579 passou a ser chamada de lues venérea 
(NETO, 2009). 
Em 1905, Fritz Richard Schaudinn e Paulo Erich Hoffman descobriram o 
Treponema pallidum (SARACENI, 2005). 
Em 1993, no Brasil, o Ministério da Saúde obteve em estudos 
epidemiológicos, que 153.462 mulheres deveriam ser positivas ao exame VDLR 
(Venered Disease Research Laboratory), exame específico para diagnóstico de 
sífilis (BARSANTI, 1998). 
O período de incubação do T. pallidum varia de de três a noventa dias, 
com uma média de vinte e um dias. Tem sua evolução entre estágios 
sintomáticos e assintomáticos, e pode afetar qualquer órgão do corpo 
(SARACENI, 2005). 
Em seu estágio primário, após aproximadamente vinte e um dia de 
infecção, aparece uma lesão ulcerada no local da inoculação, com linfonodos 
regionais inflamatórios. (BENZAKEN, 2009). 
 Em seu primeiro estágio a lesão é extremamente infecciosa e rica em 
treponemas que podem ser vistos em microscópio em campo escuro, mas como 
na região oral encontram-se outros treponemas, o diagnóstico através desse 
exame pode dar falso-positivo (KALININ et al., 2015). 
Lesões na genitália, no sulco bálsamo-prepucial e na glande ocorrem nos 
homens. Já nas mulheres podem ocorrem no interior do trato genital, nos 
grandes ou pequenos lábios, na fúrcula (SARACENI, 2005). 
15 
 
Já seu estágio secundário ocorre depois de um período de latência de 
seis a oito semanas, lesando pele e órgãos internos. É comum o acometimento 
de regiões palmares e plantares, com lesões arredondadas recobertas por 
diversas pequenas escamas. Também ocorrem mal-estar, cefaleia, febre baixa, 
mialgias, faringite, rouquidão, hepatoesplenomegalia, síndrome nefrótica. Este 
estágio tem surtos que aparecem durante o primeiro e segundo ano da doença 
(AVELLEIRA, 2006). 
 Embora raramente vistas hoje em dia, as lesões terciárias ocorrem no 
sistema nervoso, cardiovascular e pele (SARACENI, 2005). 
Nesse último estágio também podem ser acometidos músculos, ossos e 
fígado (AVELLEIRA & BOTTINO, 2006). 
Além disso, segundo Kalinin et al., (2015), quando acomete a face, 
aserupções máculo-papulares tendem a se agrupar ao redor da boca e nariz, 
simulando a dematite seborréica. Quando manifestações clínicas não aparecem 
a sífilis é denominada latente, e é dividida em precoce e tardia (MILANE, 2008). 
 Sífilis latente precoce compreende desde o desaparecimento dos 
sintomas secundários até o primeiro ano da doença. Já a sífilis latente tardia 
abrange casos com mais de um ano de duração (SARACENI, 2005). 
Após alguns anos, cerca de 15% a 40% dos pacientes infectados 
evoluirão para a sífilis terciária. Essa é a fase mais grave de todas, e a sua lesão 
característica é a goma, uma lesão ulcerada, nodular, indolor que leva a grande 
destruição tecidual, podendo atingir mucosa, tecidos moles, ossos, pele e órgãos 
internos (ISRAEL et al., 2008). 
Já quando acomete a região oral, normalmente afeta a língua ou palato, 
nesse último pode ocorrer a perfuração, causando comunicação oronasal. Nesse 
estágio os micro-organismos são inviáveis, podendo ocorrer raros casos de 
micro-organismos vivos (ISRAEL et al., 2008). 
Quanto ao diagnóstico da sífilis, varia de acordo com seu estágio. Pode-
se utilizar a técnica microscópica, em campo escuro ou de imunofluorescência 
direta; métodos sorológicos, como testes não treponêmicos VDRI e RPR e testes 
não treponêmicos, como TPI, FTA, EIA, ELISA e Western blot. Além dos testes 
16 
 
rápidos treponêmicos, que servem como triagem inicial (AVELLEIRA & 
BOTTINO, 2006). 
Nos pacientes com suspeita clínica de sífilis deve-se realizar rastreamento 
através do teste rápido para sífilis. Normalmente, tornam-se positivos cerca de 
20 dias após o contágio. Na maioria das vezes, permanecem positivos mesmo 
após o tratamento pelo resto da vida do paciente, por isso, não são indicados 
para o monitoramento da resposta ao tratamento. Normalmente, eles tornam-se 
positivos cerca de três semanas após o aparecimento do cancro, Brasil (2006). 
O VDRL, teste não treponêmico, utiliza um antígeno constituído da lecitina, 
colesterol e cardiolipina purificada, que sofre uma elevação ao longo do tempo, 
via de regra, a titulação está mais elevada na fase secundária da doença. 
Havendo o tratamento correto, observa-se a queda dos títulos gradualmente 
(PIRES et al., 2014). 
A negativação geralmente ocorre entre 9 e 12 meses, podendo, no 
entanto, permanecer com títulos baixos por longos períodos de tempo, ou até 
por toda vida; é o que se denomina de cicatriz sorológica (PIRES et al., 2014). 
O VDRL é o mais utilizado já que possui uma sensibilidade maior podendo 
aparecer nos testes até muito tempo após o contato com a doença (cicatriz 
sorológica) ou a cura. Já os títulos de VDRL baixos podem representar doença 
muito recente ou muito antiga, tratada ou não (DAMASCENO et al., 2014). 
Já falsos positivos podem ocorrer em várias situações: tuberculose, 
hanseníase, malária, mononucleose, leptospirose, lúpus eritematosos 
sistêmicos, gestação e artrite reumatoide (BRASIL, 2016). 
Além dos citados acima cada estágio da sífilis tem um tipo de diagnóstico 
específico conforme o Manual Técnico para o Diagnóstico da Sífilis: Na sífilis 
primaria o diagnóstico é feito utilizando macroscopia de campo escuro, por 
imunofluorescência direta, amostras de lesões, aspirado de linfonodo e material 
para biopsia e testes treponemicos para detecção de anticorpos. Já na sífilis 
secundária são realizados testes não treponêmicos que são quantitativose 
mesmo após o tratamento os testes dão reagentes por toda vida (AVELLEIRA, 
2006). 
17 
 
Quanto a sífilis latente o diagnóstico é feito através da história do paciente, 
pois não há o aparecimento de sinais e sintomas e os testes laboratoriais não 
acusam a infecção. Na sífilis terciaria os testes treponêmicos dão não reagentes 
e os testes treponêmicos que são quantitativos costumam a ter baixa titulação 
(AVELLEIRA, 2006). 
Apesar de todos essas características os testes laboratoriais jamais serão 
excluídos principalmente o VDRL (AVELLEIRA & BOTTINO, 2006). 
 Inicialmente as medicações como mercúrio, arsênico, bismuto e iodetos 
não mostraram eficácia no tratamento da sífilis. Após a descoberta da penicilina 
como possível tratamento em 1943 iniciou o tratamento com a droga que 
continua sendo utilizada até os dias atuais (IBID). 
O tratamento é baseado no estágio da patologia e na gestante, o 
tratamento é mais específico por conta dos riscos ao concepto e a gestante. 
Sífilis primaria, secundaria e latente recente: Penicilina G. Benzatina, 2,4 milhões 
UI, IM, em dose única (1,2 milhão UI em cada nádega). Alérgicos à Penicilina: 
Doxiciclina 100mg, VO, 2 vezes ao dia, por 15 dias; ou Ceftriaxona 1g, 
intravenoso ou intramuscular, 1 vez ao dia, por 8 a 10 dias (SARACENI et al., 
2017). Já a sífilis terciária ou latente tardia: Penicilina G Benzatina, 2,4 milhões 
UI, IM, semanalmente por 3 semanas. Se for Alérgicos à Penicilina: Doxiciclina 
100mg, VO, 2 vezes ao dia, por trinta dias ou Ceftriaxona 1g, intravenoso ou 
intramuscular, 1 vez ao dia, por 8 a 10 dias, tratar a gestante e o parceiro, anotar 
no cartão da gestante. Em casos de sífilis não tratada ou inadequadamente 
tratada será feita notificação de sífilis congênita na maternidade e instituído 
tratamento para o recém-nascido (BRASIL, 2006). 
Tabela 1 – Tratamentos para Sífilis 
Estagio da Sífilis Tratamento de Primeira 
Escolha 
Tratamento para 
Alergicos a Penicilina 
Sífilis primaria, 
secundaria e latente 
recente. 
Penicilina G. Benzatina, 
2,4 milhões UI, IM, em 
dose única 
Doxiciclina 100mg, VO, 
2 vezes ao dia, por 15 
dias; ou Ceftriaxona 1g, 
intravenoso ou 
intramuscular, 1 vez ao 
dia, por 8 a 10 dias. 
sífilis terciária ou latente 
tardia 
Penicilina G Benzatina, 
2,4 milhões UI, IM, 
Doxiciclina 100mg, VO, 
2 vezes ao dia, por trinta 
18 
 
semanalmente por 3 
semanas. 
dias ou Ceftriaxona 1g, 
intravenoso ou 
intramuscular, 1 vez ao 
dia, por 8 a 10 dias. 
Fonte: BRASIL, 2006. 
Cerca de 40% das mulheres grávidas com sífilis primária ou secundária 
não tratadas evoluem para perda fetal. (LUMBIGANON et al., 2002). 
Cerca de 50% dos recém-nascidos filhos de mães não tratadas ou 
inadequadamente tratadas não manifestam a sintomatologia da doença, o que 
ocasiona em não diagnóstico após o nascimento, o que implica em sérios danos 
para o futuro (MOBLEY et al., 1998). 
Figura 1: Treponema pallidum em um tecido da pele de um paciente com HIV.
 
Fonte: LabCE. 
Quando a sífilis primária e secundária não tratada ocorrem na gravidez, 
ela afeta 100% dos fetos, com 50% de tais gestações resultando em parto 
prematuro ou morte perinatal. Entretanto, quanto mais avançada a doença 
materna, menor o risco de transmissão para o feto (ADIMORA et al., 1988). 
A sífilis é de transmissão unicamente sexual. “O contágio é maior nos 
estágios iniciais da infecção, sendo reduzido gradativamente à medida que 
ocorre a progressão da doença” (OMS). 
19 
 
Além disso, a reciclagem continuada das equipes de saúde faz parte das 
medidas de prevenção e controle. O processo de cura do paciente deve ser 
monitorado de três em três meses através de exames de sorologia não 
específica, ou seja, a não treponêmica, estes devem apresentar titulações mais 
baixas que no início do tratamento e devem ser repetidos durante um ano 
(KALININ et al., 2015). 
 Caso haja a elevação dos títulos em quatro ou mais vezes (exemplo: de 
1:2 para 1:8) acima do último exame realizado, justifica um novo tratamento, 
mesmo na ausência de sinais ou sintomas específicos de sífilis (KALININ et al., 
2015). 
A sífilis pode ser adquirida quantas vezes a pessoa entrar em contato com 
a espiroqueta pois não há imunidade contra esta doença. Pode ser que seja 
possível o contágio da sífilis por meio de transfusão sanguínea, que embora rara, 
pois o sangue é rigorosamente testado, caso o sangue não tenha sido analisado 
corretamente (BRASIL, 2015). 
Figura 2: Número de surtos de sífilis no mundo em 2018. 
 
Fonte: Health Map (2018). 
 
Ao analisar a imagem vemos que a América Latina e o Caribe possuem o 
segundo maior número anual de novos casos de sífilis no mundo, representando 
cerca de 33,3% do total mundial. 
20 
 
3.2 Legislação e Programas 
A equipe de enfermagem obedece aos preceitos de organização das 
políticas e programas do Ministério da Saúde e da Secretaria de Saúde do 
Distrito Federal, cabendo-lhes também a obediência à Lei do Exercício 
Profissional de 25 de junho de 1986 e ao Código de Ética dos Profissionais de 
Enfermagem, Resolução Cofen nº 564 de 2017. Considerando esse código, 
destaca-se: o artigo 12 que assegura a pessoa, família e comunidade a 
assistência de Enfermagem sem qualquer tipo de dano e o artigo 13 que diz que 
todo o procedimento de enfermagem deve ser realizado de forma técnica, 
científica e que somente podemos realizar procedimentos quando temos 
segurança para fazê-lo e que não comprometa a segurança do outro (BRASIL, 
2011). 
A Lei nº8080, de 19 de setembro de 1990, regula em todo o território 
nacional, as ações e serviços de saúde, executados isolada ou conjuntamente, 
em caráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito 
Público ou privado (BRASIL, 1990). 
No artigo 2º prediz que, a saúde é um direito fundamental do ser humano, 
devendo o Estado prover as condições indispensáveis em seu pleno exercício. 
Pondo como dever do Estado, de garantir a saúde através da formulação e 
execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos e 
doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições, que 
assegurem o acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para sua 
promoção, proteção e recuperação. Não excluindo o dever das pessoas, da 
família, das empresas e da sociedade. Já no artigo 3º, diz que a saúde tem como 
fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, 
o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o 
transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde 
da população expressão a organização social e econômica do País (BRASIL, 
1990). 
No capítulo I, acerca de seus objetivos e atribuições, prediz no artigo 5º 
que são objetivos do Sistema Único de Saúde (SUS): a identificação e 
divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde; a formulação 
21 
 
de política de saúde destinada a promover, nos campos econômico e social, a 
observância do disposto no § 1º do artigo 2º desta lei; a assistência às pessoas 
por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, com a 
realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas 
(BRASIL, 1990). 
Também no primeiro capítulo, o artigo 6º diz que estão incluídas ainda no 
campo de atuação do SUS quanto à execução de ações: a) de vigilância 
sanitária; b) de vigilância epidemiológica; c) de saúde do trabalhador; e d) de 
assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica; também a participação 
na formulação da política e na execução de ações de saneamento básico; a 
ordenação da formação de recursos humanos na área de saúde; a vigilância 
nutricional e orientação alimentar; e a colaboração na proteção do meio ambiente 
(BRASIL, 1990). 
O artigo 10º da Lei 13429/17 | Lei nº 13.429, de 31 de Março de 2017 diz 
que, fica instituído o Dia Nacionalde Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita, a 
ser comemorado no terceiro sábado do mês de outubro de cada ano. Onde será 
estimulada a participação dos profissionais e gestores de saúde nas atividades, 
com vistas a enfatizar a importância do diagnóstico e do tratamento adequados 
da sífilis na gestante durante o pré-natal e da sífilis em ambos os sexos como 
doença sexualmente transmissíveis (BRASIL, 2017). 
Segundo o Ministério de Saúde, os testes rápidos estão sendo inseridos 
de forma gradativa pois há uma carência de profissionais capacitados para 
realizá-lo, uma vez que o profissional deverá ser habilitado para tal prática. Com 
esta carência de multiplicadores e executores o acesso fica um pouco restrito 
em algumas regiões do país, tendo em vista que o teste rápido não engloba 
somente o procedimento em si mas também o acolhimento e aconselhamento 
dos usuários que realizam o teste rápido. A proposta do ministério da saúde é 
aumentar o acesso aos testes principalmente em gestantes para detecção de 
IST’s o mais precocemente possível para não prejudicar o feto (BRASIL, 2017). 
Lembrando que os testes rápidos servem como diagnóstico para o HIV e de 
triagem para sífilis e hepatites B e C (OMS, 2008). 
22 
 
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, ocorrem cerca de dois 
milhões de casos de sífilis na gravidez e 25% dos mesmos, resultam em mortes 
fetais ou abortos espontâneos; outros 25% de recém-nascidos têm baixo peso 
ou infecção grave, estando ambos os casos associados ao maior risco de morte 
perinatal (OMS, 2008). 
Em 2007, o Ministério da Saúde construiu em conjunto aos governos 
estaduais e municipais do Brasil o “Plano Operacional para a Redução da 
Transmissão Vertical do HIV e da Sífilis”, onde constam atividades básicas 
assumidas por cada esfera de governo presente. Foi definida como meta a 
incidência menor ou igual a um caso por 1000 nascidos vivos (BRASIL, 2007a). 
O governador do estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando de Souza criou 
a Lei 6873/14 | Lei nº 6873 de 27 de agosto de 2014, que institui a criação do 
"Programa Estadual de incentivo à investigação e prevenção da sífilis congênita 
no estado do Rio de Janeiro", que tem por objetivos: investigar a magnitude do 
contágio da Sífilis Congênita, identificando-a, ainda na fase de transmissão, bem 
como os determinantes da ocorrência do caso; implantar medidas que previnam 
novos contágios; melhorar as informações sobre as formas de contaminação; 
avaliar a assistência prestada às gestantes, bem como aos seus parceiros 
(BRASIL, 2014). A Portaria Nº. 156 de 19 de janeiro de 2006 dispõe sobre o uso 
da penicilina na atenção básica à saúde e nas demais unidades do SUS, 
caracteriza o esquema de tratamento para sífilis, febre reumática e demais 
indicações pertinentes para administração da penicilina (BRASIL, 2006). 
Uma das políticas elaboradas pelo Ministério da Saúde (MS) pode-se 
encontrar a Política Nacional de Atenção Integrada a Saúde da Mulher (PAISM). 
Consistindo em uma política articulada, voltada para a prestação de serviços à 
mulher. O PAISM elabora e normatiza a atenção à saúde da mulher em todos os 
ciclos de sua vida, através de medidas de caráter preventivo com o intuito de 
minimizar a suscetibilidade da mesma aos agravos decorrentes do seu ciclo vital 
(BRASIL, 2010). 
O acompanhamento pré-natal é um dos métodos de promoção à saúde 
estabelecido pelo PAISM, nele é realizado o exame Venérea Disease Research 
Laboratory (VDRL) indicado para detecção da sífilis, realizado no início da 
23 
 
gestação e por volta da 28 semana, isso com a finalidade de prevenção da 
transmissão vertical da patologia (BRASIL, 2010). 
O Ministério da Saúde criou em 30 de Dezembro de 2011 a Portaria 
Nº3.242 que dispõe sobre o Fluxograma Laboratorial da Sífilis e a utilização dos 
testes rápidos para triagem da sífilis, onde ficou determinado no art.1º que o 
Fluxograma poderia ser utilizado em maiores de 18 meses, ou seja, facilita para 
o binômio mãe-filho a detecção da sífilis e sífilis congênita precocemente ante 
os treponemas atravessem a barreira transplacentária (BRASIL, 2011). 
Outro fator importante nesta portaria é que está previsto no art.6º é a 
capacitação do profissional enfermeiro para realização dos testes rápidos para 
sífilis, uma vez que não se trata de uma simples coleta de sangue, mas todo um 
conjunto de procedimentos que parecem simples mas feitos de maneira incorreta 
pode apresentar resultados não fidedignos (BRASIL, 2011). 
No anexo I desta PORTARIA trata-se sobre os exames laboratoriais de 
metodologia para rastreio da sífilis e deve ser realizado de acordo com as 
normas das práticas laboratoriais. Desta forma destacam-se os seguintes 
exames: “VDRL, RPR, USR, TRUST, ELISA, ensaio imunológico com revelação 
de quimioluminescente e suas derivações (EQL), FTA-Abs, TPPA, TPHA, 
MHATP, teste rápido e Western blot” (BRASIL,2011). 
Já no anexo II trata-se de testes para sífilis em situações especiais que 
somente é realizado com testes registrados exclusivamente pela ANVISA e 
deverá ser realizado nas seguintes situações especiais: “localidades sem 
infraestrutura laboratorial e de difícil acesso, populações vulneráveis a IST’s, 
população indígena, gestantes e seus parceiros em UBS e Rede Cegonha” 
(BRASIL, 2011). 
Os testes são eficazes e sua interpretação fica a cargo do profissional 
solicitante ou outro profissional habilitado juntamente com o acompanhamento 
do paciente. Para investigação de neurossífilis e indicado o teste rápido 
registrado pela ANVISA e coleta do líquido cefalorraquidiano (BRASIL, 2011). 
A portaria nº 3.242, de 30 de dezembro de 2011 dispõe sobre dispõe 
sobre o Fluxograma Laboratorial da Sífilis e a utilização de testes rápidos para 
24 
 
triagem da sífilis em situações especiais e apresenta outras recomendações. 
Nos artigos 1 e 2 ficam determinados, que as instituições de saúde públicas e 
privadas utilizem o “Fluxograma Laboratorial da Sífilis em indivíduos com idade 
acima de 18 meses” e cumpram a sequência de etapas, conforme disposto no 
anexo I desta portaria. Além de determinar o uso do texto rápido trepônemico 
para sífilis em situações especiais, conforme posto no anexo II (BRASIL, 2011). 
 A portaria nº 204, de 17 de fevereiro de 2016 define a Lista Nacional de 
Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos 
serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional, nos termos 
do anexo, e dá outras providências. Onde no capítulo III, das disposições finais, 
os artigos 7º e 8º dizem que as autoridades de saúde garantirão o sigilo das 
informações pessoais integrantes da notificação compulsória que estejam sob 
sua responsabilidade e a consequente divulgação atualizada dos dados públicos 
da notificação compulsória para profissionais de saúde, órgãos de controle social 
e população em geral (BRASIL, 2016). 
Em outubro de 2016, o Ministério da Saúde estabelece a Portaria nº 2.012, 
que aprova o Manual Técnico para o Diagnóstico da Sífilis. Além de dar outras 
providencias. O ministro de estado da saúde, no uso das atribuições que lhe 
conferem os incisos I e II do parágrafo único do artigo 87 da Constituição, e 
Considerando as recomendações do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas 
para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis, 
do Ministério da Saúde, referentes ao diagnóstico, tratamento e 
acompanhamento da sífilis e suas alterações (BRASIL, 2016). 
Além disso, nessa portaria considera-se: a necessidade de se criar 
alternativas para a ampliação do acesso ao diagnóstico da infecção pelo 
Treponema pallidum em atendimento aos princípios da equidade e da 
integralidade da assistência, bem como da universalidade de acesso aos 
serviços de saúde do Sistema Único de Saúde (BRASIL, 2016). 
Considera-se também o diagnóstico da infecção pelo Treponema pallidumsendo necessária a avaliação conjunta da história clínica e do risco de exposição 
do indivíduo à infecção concomitantemente ao resultado dos testes diagnósticos, 
que irá orientar as decisões e a conclusão diagnóstica. Considerando que 
25 
 
existem vários fluxogramas estabelecidos de acordo com o avanço científico e 
com a experiência mundial consolidada, que permitem o diagnóstico correto da 
infecção pelo Treponema pallidum, por meio da combinação dos diferentes 
testes disponíveis no mercado (BRASIL, 2016). 
Levando em consideração, que o diagnóstico e o tratamento oportuno da 
sífilis são determinantes para redução da mortalidade e eliminação da 
transmissão vertical, e tendo em vista que existe diagnóstico e tratamento eficaz 
disponível, a portaria resolve: que fica aprovado o Manual Técnico para o 
Diagnóstico da Sífilis, que contém os fluxogramas recomendados para o 
diagnostico imunológico da sífilis (BRASIL, 2016). 
Além disso, no artigo 2º fica determinado que as amostras para a 
testagem da sífilis devem ser coletadas e testadas em conformidade com o 
preconizado pelo fabricante do conjunto diagnóstico a ser utilizado. Essas 
amostras devem ser coletadas e testadas de acordo com o preconizado pelo 
fabricante do conjunto diagnóstico a ser utilizado e é proibida a mistura de 
amostras para uso em qualquer teste laboratorial que tenha o objetivo de 
diagnosticar a sífilis (Brasil, 2016.) 
Nos artigos 3º e 4º, resolve que Os produtos para diagnóstico de uso in 
vitro, reagentes e insumos utilizados para o diagnóstico da sífilis devem possuir 
registros vigentes na Agência Nacional de Vigilância Sanitária, de acordo com o 
disposto na Resolução RDC nº 302/ANVISA, de 13 de outubro de 2005 e os 
serviços de saúde devem solicitar a apresentação de documento oficial de 
identificação da pessoa submetida à coleta de amostra, a ser conferido no 
momento do seu registro no serviço de saúde e da coleta da amostra. O direito 
à testagem anônima deve ser assegurado, na qual não poderá ser fornecido 
resultado por escrito. E nesse caso de testagem anônima, a informação sobre o 
não fornecimento de resultado por escrito deve ser provida no momento da 
coleta (BRASIL, 2016). 
O artigo 5º da mesma portaria diz que a testagem de gestantes para sífilis 
deve ser realizada 2 (duas) vezes durante o pré-natal, nos primeiro e terceiro 
trimestres. Onde no momento da internação da gestação para os procedimentos 
destinados à realização do parto, deve-se realizar um teste treponêmico ou não 
26 
 
treponêmico, laboratorial ou rápido, destinado ao diagnóstico da sífilis na 
parturiente (BRASIL, 2016). 
3.3 O Enfermeiro de Unidade Básica de Saúde frente à sífilis: cuidados, 
prevenção e tratamento 
 No Brasil, a principal porta de entrada para diagnóstico e tratamento de 
qualquer Infecção Sexualmente Transmissível (IST), inclusive a sífilis, é a 
atenção básica. Esta deve proporcionar o acolhimento adequado e a interação 
com serviços de média e alta complexidade, se necessário (BEZERRA, 2016). 
O enfermeiro atuante na atenção básica tem um vínculo com a 
comunidade, o que permite a disseminação de informações e a elaboração de 
estratégias para uma assistência de qualidade (CAVALCANTE, 2016). 
Baseado no respeito, na confiança e na ética, o vínculo estabelece uma 
relação afetiva entre profissional e comunidade, envolvendo famílias e usuários. 
Durante a assistência pré-natal, o enfermeiro desenvolve ações assistenciais e 
educativas. As assistenciais incluem a notificação e o tratamento. Já as 
educativas abrangem o aconselhamento quanto à adesão ao tratamento, o uso 
de preservativo, a continuação do acompanhamento pós-tratamento 
(ALBUQUERQUE, 2016). 
A sífilis tem sido considerada, historicamente, uma infecção possível de 
controle no âmbito da atenção básica. Portanto, é viável a condição de que todas 
as gestantes tenham acesso à assistência de saúde especializada através de 
medidas de caráter preventivo (LORENZI, 2001). 
A assistência de enfermagem engloba ainda realização de testes, 
imunizações, busca ativa de parceiros e apoio ao usuário para tomada de 
decisões (BEZERRA, 2016). 
No atendimento ao parceiro da gestante, é imprescindível a 
conscientização da importância da realização do tratamento, e um artificio 
utilizado é a sensibilização pela expectativa do nascimento futuro 
(ALBUQUERQUE, 2016). 
27 
 
Outra atuação pertinente a enfermagem é a notificação compulsória, que 
alimenta dados epidemiológicos, possibilitando o desenvolvimento de artifícios 
para controle de casos da doença (LEITE, 2016). 
A maioria das gestantes brasileiras tem tido acesso a pelo menos quatro 
consultas de pré-natal. No entanto, as características socioeconômicas, como 
nível de instrução e raça/cor interferem na frequência de consultas pré-natal 
(ARAUJO et al., 2012). 
Estima-se que todos os profissionais ouçam cada indivíduo considerando 
suas histórias de vida, suas vulnerabilidades, suas particularidades, sem 
julgamentos e preconceitos para obter uma assistência integral (BEZERRA, 
2016). 
Um fator que devemos levar em consideração é a o seu nível de instrução. 
A escolaridade do paciente afeta diretamente no que ele assimila quanto às 
orientações dadas pelo profissional de saúde. Assim, quanto mais baixa a 
escolaridade, mais difícil se torna a compreensão do diagnóstico, a necessidade 
da mudança de hábitos e a adesão ao tratamento (MORORÓ, 2015). 
A consulta de enfermagem individualizada é uma das estratégias 
utilizadas para captura de pacientes para investigações acerca de Estas, 
respeitando a individualidade, a privacidade e o sigilo (CAVALCANTE, 2016). 
Profissionais de saúde devem estar, portanto, atentos ao tipo e à forma 
de linguagem que serão utilizados para a comunicação com o paciente. De forma 
a garantir que as informações sejam entendidas de maneira correta. Dessa 
mesma forma, as gestantes com menor escolaridade devem ser alvo de atenção 
especial nos serviços de saúde, independentemente de qualquer outra 
característica que possam apresentar (MORORÓ, 2015). 
Esse atendimento individualizado é o momento que possibilita a 
identificação de fatores para auxiliar na adesão do tratamento, através da 
possibilidade do indivíduo se expressar abertamente com um profissional 
(ALBUQUERQUE, 2016). 
A quebra de mitos, tabus e estereótipos, através de palestras e grupos de 
educação em saúde realizados com a comunidade, facilitam a atuação individual 
28 
 
do enfermeiro. Sendo esta educação atribuição dos profissionais de 
enfermagem, priorizando a orientação e conscientização por meio do diálogo, a 
elucidação de dúvidas, visando sempre a redução de riscos à saúde (BEZERRA, 
2016). 
 Além disso, a assistência pré-natal, quando feita de maneira correta, 
pode proporcionar melhores resultados na assistência às gestantes. Portanto, a 
realização de ações com fins educativos e assistenciais são de extrema 
importância durante todas as etapas do ciclo grávido-puerperal. Pois é no pré-
natal que as mulheres recebem as informações e orientações sobre a prevenção 
de doenças e os riscos e complicações existentes no puerpério e na 
amamentação (CASTRO et al., 2010). 
Em casos onde há resistência a realização de testes e ao tratamento, 
cabe ao enfermeiro realizar busca ativa, visita domiciliar e orientação através de 
material educativo, assim como outras tentativas diversas de sensibilização do 
indivíduo resistente (CAVALCANTE, 2016). 
Além do conhecimento, da postura acolhedora e não julgadora, outra 
questão importante é a linguagem utilizada. Uma linguagem compatível com a 
cultura do usuário é extremamente importante para sensibilização do mesmo. 
Uma linguagem de difícil compreensão pode afastar e intimidar 
(ALBUQUERQUE, 2016). 
Com respaldo da legislação, cabe ao enfermeiro a coleta de material para 
testes diagnóstico e prescrição de tratamentosprotocolados e padronizados 
(BEZERRA, 2016). 
A assistência por parte do profissional de saúde deve ser feita de forma 
integral abordando a anamnese com orientações e esclarecimentos para a 
gestante e parceiro sexual (OLIVEIRA & FIGUEIREDO, 2011). 
No ano de 2017 foram notificados 2705 casos de sífilis no estado do Rio 
de Janeiro, desses casos 1,2% ocorreram na Região dos Lagos (BRASIL, 2017). 
A sífilis, apesar da facilidade de diagnóstico e tratamento, é um grande 
problema para os setores assistenciais e de vigilância epidemiológica (LEITE, 
2016). Temos o enfermeiro como um elemento ativo na equipe da UBS, 
29 
 
exercendo um papel educativo e contribuindo para a ocorrência de mudanças 
concretas na problemática em questão (ANDRADE, 2013). 
 O Ministério da Saúde preconiza como droga de escolha para o 
tratamento da sífilis, o uso da penicilina G tanto para a mãe como para a criança 
(BRASIL, 2005). 
 O tratamento utilizado é bastante simples, 2.400.000 UI de penicilina e 
benzatina para sífilis primária, 2.400.000 UI por duas semanas consecutivas 
para o segundo estágio ou estágio latente precoce, e por fim, para sífilis latente 
tardia ou de duração indeterminada, 2.400.000 UI por três semanas seguidas 
(MILANEZ, 2008). 
 Após receber resultado positivo, este indivíduo deverá ser tratado e 
seu(a) parceiro(a) realizar testes para possível diagnóstico (OLIVEIRA, 2011). 
O Ministério da Saúde faz uma estimativa sobre o aumento de casos de 
sífilis no Brasil, onde até o ano de 2017 houve um aumento significativo dos 
casos de sífilis, por isso a importância da detecção precoce para evitar a 
disseminação da doença (BRASIL, 2016). 
Vale ressaltar que a capacitação dos profissionais enfermeiros fica 
dependente da gestão municipal, estadual ou federal para que a capacitação do 
enfermeiro ocorra e este possa capacitar sua equipe. Toda equipe deve estar 
treinada para receber este(a) paciente acolher e encaminhar ao profissional 
habilitado para que este realize os testes e preste as devidas orientações, tanto 
na sífilis adquirida quanto na sífilis congênita. Destaca-se ainda, que as ações 
educativas envolvem a sensibilização e orientações dos jovens sobre práticas 
preventivas, como por exemplo, uso de preservativos durante o ato sexual 
(ARAUJO et al, 2010). 
 
Figura 3: Taxa de detecção e número de casos de sífilis no Brasil, ao longo dos 
anos (2010-2016). 
30 
 
 
Fonte: Ministério da Saúde, Brasil 2016. 
Ao analisar esses dados vemos o crescente número de casos da doença 
e a importância do profissional enfermeiro em evitar a disseminação desta 
patologia com uma assistência de qualidade ao paciente, família e comunidade. 
Levando-se em consideração que a projeção desses dados vai até 2017 em 
2018 tende aumentar caso não se tenha um planejamento de política publicas 
realmente eficaz. Cabe ao enfermeiro promover ações de conscientização da 
população quanto a gravidade da doença (BRASIL, 2016). 
O uso de preservativo torna-se imprescindível para se evitar IST’s entre 
elas a sífilis que pode se agravar e se a mulher estiver gestante ainda coloca em 
risco do seu bebê. A sífilis gestacional tem índices altos em faixas etárias 
específicas, o que nos remete a falta de adesão ao planejamento familiar, que 
como sabemos não serve só para não se ter filhos mas também para programar 
uma gravidez e tê-la com segurança (BRASIL, 2016). 
 
Figura 4: Distribuição dos casos de sífilis gestacional no estado de Minas Gerais 
por faixa etária. 
31 
 
 
Fonte: Ministério da Saúde/SVS – Sinan Net 
Quanto aos cuidados de enfermagem aos pacientes com sífilis adquirida 
podemos destacar os cuidados ao indivíduo, a família e a comunidade. Ao 
indivíduo devemos realizar os testes laboratoriais (VDRL) e iniciar o tratamento 
após a testagem rápida positiva com as devidas orientações e acolhimento e 
aconselhamento do paciente (ARAUJO et al., 2010). 
Já em relação a família devemos realizar atividades educativas como a 
conscientização sobre o uso de preservativos e para a comunidade estar 
realizando a notificação compulsória e complementando também com as 
atividades educativas. A conscientização torna-se um elemento chave para a 
quebra da cadeia de transmissão da sífilis adquirida e consequentemente da 
sífilis congênita (ARAUJO et al., 2010). 
O enfermeiro tem ações a serem desenvolvidas de caráter privativo como 
a consulta de enfermagem, pois será durante esta consulta que poderá haver a 
promoção e prevenção da patologia. Por isso destaca-se com muita ênfase a 
capacitação do profissional para que a consulta de enfermagem seja efetiva na 
solução de problemas sem precisar encaminhar o usuário a um segundo nível 
de atenção (ARAUJO et al., 2010). 
32 
 
Figura 5: Taxa de detecção (por 100.000 habitantes) de sífilis adquirida, taxa de 
detecção de sífilis em gestantes e taxa de incidência de sífilis congênita, segundo 
ano de diagnóstico. Brasil, 2010 a 2016. 
 
Fonte: Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), atualizado em 
30/06/2017. 
33 
 
4 METODOLOGIA 
4.1 Tipo de Estudo 
 O estudo trata de uma pesquisa bibliográfica, do tipo descritiva explicativa 
por meio da revisão de literatura. Pesquisa descritiva tem como objetivo principal 
a definição das características de uma dada população, fenômeno ou estabelece 
correlações entre variáveis (BARROS & LEHFELD, 2007). 
A pesquisa descritiva explicativa, ou seja, é de natureza descritiva, visto 
que se realizaram estudos, análises, registro e interpretação dos fatos do mundo 
física sem quaisquer interferências, e de natureza explicativa, onde fatos foram 
registrados, analisados, interpretados e suas causas devidamente identificadas 
(MARCONI & LAKATOS, 2011). 
Uma pesquisa bibliográfica pode visar um levantamento dos trabalhos 
realizados anteriormente sobre o mesmo tema estudado no momento, pode 
identificar e selecionar os métodos e técnicas a serem utilizados, além de 
fornecer subsídios para a redação da introdução e revisão da literatura do projeto 
ou trabalho. Em suma, uma pesquisa bibliográfica leva ao aprendizado sobre 
uma determinada área tratado (BARROS & LEHFELD, 2007). 
Este tipo de pesquisa trata do levantamento, seleção e documentação de 
bibliografia já publicada sobre o assunto que está sendo pesquisado, em livros, 
revistas, jornais, boletins, monografias, teses, dissertações, material 
cartográfico, entre outros, com o objetivo de colocar o pesquisador em contato 
direto com todo material já escrito sobre o mesmo. 
 4.2 Coleta de Dados 
 Foram utilizados artigos publicados nas bases de dados da Literatura 
Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e na Base de 
dados da Enfermagem (BDENF) e na Base de dados do Ministério da Saúde. 
 A identificação e seleção da literatura foi feita através da busca de 
publicações indexadas na base de dados da Literatura Latino-Americana e do 
Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Base de Dados em Enfermagem 
(BDENF) entre janeiro de 2009 e janeiro de 2019, sendo acessada utilizando o 
site da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Os critérios adotados para seleção 
34 
 
dos artigos foram: artigos em Português; artigos com texto completo, resumo e 
disponíveis para analise, publicados entre janeiro de 2009 e janeiro de 2019. Os 
critérios de exclusão de artigos foram: artigos duplicados, artigos que não 
atendam ao objetivos da pesquisa, artigos voltados para sífilis congênita. 
4.3 Instrumento de Coleta de Dados 
Foi elaborado um roteiro semiestruturado pelos autores da pesquisa, a 
saber: dados de identificação do artigo, instituição sede do estudo, 
características metodológicas, amostra, resultados e conclusões. (Apêndice) 
4.4 Operacionalização da Coleta de Dados 
A coleta dos dados ocorreu no decorrer dos meses de janeiro de 2018 a 
abril de 2019 após aprovação do projeto pela coordenação docurso. Após a 
identificação dos artigos, foram analisados os resumos dos mesmos e, na 
sequência, os artigos na integra para verificar se atendiam aos objetivos do 
estudo. 
4.5 Análise e Apresentação dos resultados 
Após esse processo, o resultado obtido foi 16 artigos no Literatura Latino-
Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e 28 artigos na Base de 
Dados em Enfermagem (BDENF). Em sequência realizou-se a leitura minuciosa 
de cada resumo/artigo, e a fim de tabular dados executou-se o destacamento 
daqueles que responderam ao objetivo proposto. Foram selecionados assim, 13 
artigos no Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde 
(LILACS) e 17 na Base de Dados em Enfermagem (BDENF), os quais foram 
referenciados neste artigo. 
 Posteriormente, a literatura foi analisada e conceitos extraídos em cada 
obra, podendo assim serem classificados e comparados pela temática e 
assuntos abordados. 
No quadro 1 podemos vemos a distribuição da literatura considerando as 
bases de dados e os descritores. 
Quadro 1 – distribuição de literatura nas bases LILACS e BDENF – 2009-2019 
35 
 
Fonte: Próprio autor 
Delineamento da seleção da literatura para analise se apresenta no 
fluxograma a seguir. 
Figura 6 – Fluxograma de processo de seleção de estudo. 
Estudos encontrados nas bases de dados a partir da associação dos 
descritores 
BDENF: 96 LILACS:61 
 
Estudos selecionados para leitura na integra a partir do título e resumo 
BDENF: 28 LILACS:16 
 
Estudos incluídos 
BDENF: 13 LILACS:5 
 Na base de dados do BDENF foram selecionadas 13 obras, onde todas 
são artigos e no LILACS a seleção foi de 5 obras, sendo os 5 artigos. No quadro 
2 foram identificadas de acordo com a localização, os autores, o ano, o periódico, 
a área e o título. 
Quadro 2 – Quadro identificação da Produção Científica na base de dados 
LILACS e BDENF. 
Autor Ano Base Periódico Área Título 
AMA, SGN. 
et al 
2009 BDENF Caderno de 
Saúde 
Pública 
Enfermagem Fatores 
associados à 
assistência pré-
natal precária em 
Descritores LILACS BDENF Total 
[Atenção Primária à Saúde] e [Cuidados] 1581 187 1768 
[Atenção Primária à Saúde] e 
[Enfermeiro] 
91 41 132 
[Atenção Primária à Saúde] e [Sífilis] 6 1 7 
[Sífilis] e [Enfermeiro] 0 3 3 
[Enfermeiro] e [Cuidado] 1514 394 1553 
[Sífilis] e [Cuidado] 89 5 94 
Total 3281 633 3914 
36 
 
uma amostra de 
puérperas 
adolescentes em 
maternidades do 
Município do Rio 
de Janeiro, 1999- 
2000. 
ANDRADE, 
M. U. 
2013 BDENF Universidade 
Federal de 
Minas Gerais 
Enfermagem O 
acompanhamento 
de pré-natal: uma 
revisão de 
literatura. 
ARAUJO, C. 
L. et al 
2012 BDENF Rev. Saúde 
Pública 
Enfermagem Incidência da 
sífilis congênita 
no Brasil e sua 
relação com a 
Estratégia Saúde 
da Família. 
BEZERRA, 
L.L.O. et al. 
2016 BDENF II Congresso 
Brasileiro de 
Ciências da 
Saúde 
Enfermagem Abordagem das 
IST Por 
Enfermeiro(as): 
Revisão 
Integrativa de 
Literatura. 
CASTRO, 
M. E. et al. 
2010 BDENF Revista 
Rede de 
Enfermagem 
do Nordeste 
Enfermagem Qualidade da 
assistência pré-
natal: uma 
perspectiva de 
puérperas 
egressas. 
LEITE, I.A. 
et al. 
2016 BDENF Ciências 
Biológicas e 
da Saúde 
Enfermagem Assistência de 
Enfermagem na 
Sífilis na 
Gravidez: Uma 
Revisão 
Integrativa. 
MILANEZ, 
H. et al. 
2009 BDENF Revista 
Brasileira 
Ginecologia 
e Obstetrícia 
Enfermagem Por que ainda 
não conseguimos 
controlar o 
problema da 
sífilis em 
gestantes e 
recém-nascidos? 
MORORÓ 
R. M. et al 
2015 BDENF Rev. Saúde. 
Com. 
Enfermagem A percepção dos 
enfermeiros da 
estratégia de 
saúde da família 
acerca do 
seguimento da 
sífilis congênita. 
37 
 
NETO, B.G. 
et al. 
2009 BDENF Arq Ciênc. 
Saúde 
Enfermagem A sífilis no século 
XVI- o impacto de 
uma nova 
doença. 
OLIVEIRA, 
D. R. et al. 
2011 BDENF Revista 
Enfermagem 
em foco 
Enfermagem Abordagem 
conceitual sobre 
a sífilis na 
gestação e o 
tratamento de 
parceiros 
sexuais. 
ROSA, C.Q. 
et al. 
2009 BDENF Revista de 
Saúde 
Pública 
Enfermagem Fatores 
associados à não 
realização de pré-
natal em 
município de 
grande porte. 
SARACENI, 
V. 
2009 BDENF FIOCRUZ Enfermagem Avaliação da 
Efetividade das 
Campanhas para 
Eliminação da 
Sífilis Congênita, 
Município do Rio 
de Janeiro, 1999 
e 2000. 
AVELLEIRA, 
J.C.R. et al 
2009 LILACS Anais 
Brasileiros 
Dermatologia 
Medicina Sífilis: 
diagnóstico, 
tratamento e 
controle. 
BARSANTI, 
C. et al 
2009 LILACS Revista da 
Sociedade 
Brasileira de 
Medicina 
Tropical. 
Medicina Diagnóstico de 
sífilis congênita: 
comparação 
entre testes 
sorológicos na 
mãe e no recém-
nascido. 
BENZAKEN, 
A.S. 
2009 LILACS Escola 
Nacional de 
Saúde 
Pública 
Medicina Detecção de 
Sífilis Adquirida 
em Comunidades 
de difícil acesso 
da região 
Amazônica: 
desafio a ser 
superado com a 
utilização dos 
testes rápidos? 
DE 
LORENZI, 
D. R. S. 
2009 LILACS Rev. Bras. 
Ginecologia 
e Obstetrícia 
Medicina Sífilis congênita 
como indicador 
de assistência 
pré-natal. 
38 
 
KALINI et al. 2015 LILACS Odonto Odontologia Sífilis: aspectos 
clínicos, 
transmissão, 
manifestações 
orais, diagnóstico 
e tratamento 
Fonte: Próprio autor 
Neste quadro pode-se destacar que a predominância de publicações foi 
no ano de 2009, com a dominância dos artigos de enfermagem. 
 O maior número de publicações sobre o tema abordado foi encontrado 
nas Revista de Saúde Pública e Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 
com 6 publicações. Todos os artigos foram encontrados na integra. 
 As publicações encontradas foram artigos, dissertações e revisões de 
literatura, como descrito no gráfico 1. 
Grafico 1 – Tipo de publicação encontrada nas bases de dados 
 
 Conforme exposto no gráfico, 9 das obras encontradas são pesquisas de 
campo, consistindo em 50% dos artigos. Já as revisões bibliográficas somam 
22% das obras, ou seja, 4 obras. Ao mesmo tempo que 5 obras, isto é, 28% 
das mesmas, são dissertações. 
22%
50%
28%
Tipos de Publicação
Revisão Bibliográfica Pesquisa de Campo Dissertação
39 
 
 O quadro 3 aborda as características metodológicas dos estudos, 
contendo: tipo de estudo, a seleção e tamanho da amostra e os critérios de 
inclusão e exclusão. 
Quadro 3 - Delineamento metodológico da produção científica estudada. 
Autor Tipo de 
Estudo 
Seleção 
da 
Amostra 
Taman
ho da 
Amostr
a 
Critérios de 
Inclusão 
Critérios de 
Exclusão 
AMA, 
SGN. et 
al 
Não 
Informado 
Compara
ção em 
amostras 
iguais 
1967 Mães 
adolescente
s com idade 
até 19 anos 
Não 
Informado 
ANDRAD
E, M. U. 
Revisão 
bibliográfica 
Leitura 
crítico-
analítica 
Não 
Informa
do 
Artigos 
relacionados 
ao tema e 
aos 
objetivos 
propostos 
Não 
Informado 
ARAUJO, 
C. L. et al 
Comportame
ntal 
Observaç
ão 
Não 
Informa
do 
Não 
Informado 
Não 
Informado 
BEZERR
A, L.L.O. 
et al. 
Revisão 
integrativa 
de literatura 
Não 
Informado 
25 Artigos 
completos, 
incluindo 
ensaio, 
resultado de 
pesquisa, 
reflexão ou 
revisão de 
literatura, 
publicados 
entre 2007 e 
2016, nos 
idiomas 
português e 
inglês. 
Artigos em 
duplicata e 
que não 
tratassem 
da 
abordagem 
das IST/HIV 
ou que não 
possuíssem 
relação com 
a prática de 
enfermagem
. 
CASTRO, 
M. E. et 
al. 
Qualitativa 
de 
característic
a 
exploratória 
Demanda 
espontân
ea 
33 Àquelas que 
realizaram 
pré-natal em 
uma das 
Unidades 
Municipais 
de Saú- 
de de 
Belém; 
estivessem 
em 
Não 
informado 
40 
 
condições 
clínicas para 
responder a 
entrevista; e 
concordasse
m em 
participar 
voluntariam
ente da 
pesquisa. 
LEITE, 
I.A. et al. 
Revisão 
integrativa 
Não 
informado 
10 Artigos 
publicados 
entre 2011 a 
2016, no 
idioma 
português e 
que 
tivessem 
relação com 
a temática 
escolhida. 
A não 
utilização de 
artigos que 
não se 
encontravam 
disponibiliza
dos na 
íntegra nas 
bases de 
dados. 
MILANEZ
, H. et al. 
Dissertação Não 
informado 
Não 
informa
do 
Não 
informado 
Não 
informado 
MOROR
Ó R. M. et 
al 
Descritivo 
qualitativo 
Analítico 
document
al 
Não 
informa
do 
Não 
informado 
Não 
informado 
NETO, 
B.G. et al. 
Dissertação Não 
informado 
Não 
informa
do 
Não 
informado 
Não 
informado 
OLIVEIR
A, D. R. 
et al. 
Dissertação Não 
informado 
Não 
informa
do 
Não 
informado 
Não 
informado 
ROSA, 
C.Q. et al. 
Caso-
controle 
retrospecto 
Não 
informado 
179 as mulheres 
residentes 
em 
Pelotas, RS, 
que não 
realizaram 
pré-natal e 
tiveram 
filho(s) 
nascido(s) 
vivo(s) nos 
anos de 
2009 e 
2010. 
 
Não 
informado 
SARACE
NI, V. 
Comparação Não 
informado 
9428 as gestantes 
que não 
Não 
informado 
41 
 
vinham 
recebendo 
assistência 
médica pré-
natal; as 
que ainda 
não tinham 
realizado a 
primeira 
sorologia ou 
que já 
tinham e 
não sabiam 
do seu 
resultado e, 
por último, 
as gestantes 
que 
estavam no 
terceiro 
trimestre de 
gestação e 
que ainda 
não tinham 
realizado a 
segunda 
sorologia ou 
haviam feito 
e não 
tinham 
recebido 
seu 
resultado. 
AVELLEI
RA, 
J.C.R. et 
al 
Dissertação Não 
informado 
Não 
informa
do 
Não 
informado 
Não 
informado 
BARSAN
TI, C. et 
al 
Quantitativo Não 
informado 
1000 Mães e 
recém-
nascidos 
com peso 
superior a 
1500g. 
Não 
informado 
BENZAK
EN, A.S. 
Revisão 
bibliográfica 
Não 
informado 
5 Não 
informado 
Não 
informado 
DE 
LORENZI
, D. R. S. 
Descritivo 
prospectivo 
Todas as 
gestantes 
internada
s 
1739 Não 
informado 
Não 
informado 
42 
 
KALINI et 
al. 
Dissertação Não 
informado 
Não 
informa
do 
Não 
informado 
Não 
informado 
Fonte: próprio autor. 
O tamanho da amostra tem seu maior número 9428 e a menor 5, demonstrando 
uma grande oscilação. 
 Ainda pode-se observar que a respeito dos critérios de inclusão/exclusão, 
somente duas obras apresentaram os dois e 8 delas apresentaram apenas um 
dos critérios. 
4.6 Discussão 
 Falta de conhecimento sobre a doença pelas gestantes, a não realização 
de tratamento pelos parceiro e as ausências no pré-natal são problemas 
enfrentados no diagnóstico e tratamento da sífilis (LEITE, 2016). 
Informação é a melhor das estratégias para a profilaxia da sífilis, levando 
o conhecimento para a população em geral, principalmente a população 
vulnerável. Com o aconselhamento, o estímulo ao uso de preservativo, e 
comunicação com o(s) parceiro(s) (AVELLEIRA, 2009). 
É necessário que aos profissionais que assistem às gestantes nas 
consultas pré-natais, um olhar crítico, provendo informações e orientações 
necessárias, além de sanar dúvidas. Essa atenção está contida no princípio 
básico do Sistema Único de Saúde (SUS) da equidade, garantindo todo o 
necessário a essas gestantes, inclusive a honestidade em relação a sua saúde 
e do seu bebê (CASTRO, 2010). 
 O diagnóstico da sífilis é feito pelos testes sorológicos e provas diretas, 
sendo utilizados na fase secundaria e fase primaria, respectivamente (KALINI, 
2015). Apesar de apresentar numerosos falsos negativos em seus resultados, 
os testes rápidos são uma boa forma de rastreio e controle da sífilis congênita 
em locais onde testes convencionais não podem ser realizados (BENZAKEN, 
2009). 
 Testes treponêmicos não se negativam, mesmo após a cura total da 
infecção pela sífilis, por isso, servem como confirmação em caso de suspeita de 
resultado falso negativo em testes não treponêmicos (BARSANTI, 2009). 
43 
 
 O profissional da enfermagem é de suma importância na efetuação de 
atividades educacionais e de conscientização, no rastreamento e na busca ativa 
de doentes e parceiros sexuais para realização do tratamento (OLIVEIRA, 
2011).O conhecimento auxilia a esses profissionais a avaliar a situação de sua 
unidade de atendimento e tomar decisões sobre como utilizar essas informações 
para melhorar sua assistência as gestantes (LEITE, 2016). 
 Uma boa assistência pré-natal é um fator importante na prevenção, no 
diagnóstico e tratamento da sífilis em gestantes (SARACENI, 2009). Fatores 
como baixo grau de escolaridade, história pregressa de aborto provocado, falta 
de apoio do pai do bebe, uso de álcool, cigarro e drogas na gestação e filhos 
anteriores são fatores que influenciam a má adesão ao pré-natal (AMA, 
2009).Campanhas para fomentar informações a respeito da sífilis, suas 
consequências e prevenção são muito eficientes na profilaxia desta doença, 
podendo ser facilmente realizadas por enfermeiros durante a consulta de pré-
natal (MORORÓ, 2015). 
 A assistência ao pré-natal de forma descentralizada, como o realizado 
pela Estratégia de Saúde da Família (ESF), tem como objetivo de facilitar a 
adesão ao pré-natal, reduzindo assim as possíveis complicações gestacionais 
(ANDRADE, 2013). 
 O enfrentamento da sífilis congênita envolve aspectos comportamentais 
e socioculturais. Características como: Cadastramento de usuários, captação 
precoce de gestantes e parceiros, visitas domiciliares e priorização de grupos de 
risco e/ou populações vulneráveis, tornam a Estratégia de Saúde da Família um 
método mais adequado para combater a sífilis congênita (ARAUJO, 2012). 
Má qualidade no atendimento pré-natal, falta de comprometimento dos 
profissionais neste atendimento e falta de capacitação dos profissionais quanto 
ao manejo de doenças sexualmente transmissíveis durante a gestação são 
importantes fatores a serem considerados para redução dos índices de sífilis 
congênita (DE LORENZI, 2009). 
A reciclagem de profissionais de saúde é parte importante das medidas 
de prevenção e controle da sífilis, assim como o monitoramento trimestral com 
exames não treponêmicos (KALINI, 2015). 
44 
 
Triagem, diagnostico e tratamento da sífilis materna contribuem para a 
redução dos índices de sífilis congênita. Isto só é possível com a popularização 
do tema, atualização de profissionais de saúde para tornar capaz a identificação 
das possibilidades de diagnóstico e tratamento (MILANEZ, 2009). 
São observados três períodos no desenvolvimento da sífilis que devem 
ser observados para realização do seu tratamento (NETO, 2009). 
 
45 
 
5. CONCLUSÃO 
Foram levantadas 18 obras, das quais 5 formam retiradas da base de 
dados LILACS e 13 da BDENF, no idioma português no período de 2009 a 2019. 
Foi enfrentada grande dificuldade na busca por obras sobre o tema, 
embora existam muitas publicações sobre sífilis, pouco se encontra sobre a sífilis 
congênita em Português. 
Com essa obra conclui-se que a informação é a principal forma de 
trabalho do enfermeiro com essas gestantes para boa prevenção, diagnóstico e 
tratamento da sífilis. 
Enfermeiros enfrentam dificuldades como falta de infraestrutura, má 
adesão ao pré-natal e ao tratamento da sífilis e falta de conhecimento das 
gestantes quanto a doença. 
Conscientização e informação sobre a doença, sua prevenção, seu 
diagnostico, seu tratamento e cura são os melhores mecanismos para trabalhar 
com a população, seja ela vulnerável ou não. 
A falta de atualização da equipe de saúde que presta assistência pré-
natal, acerca de possibilidades de abordagem, métodos para disseminação de 
informações, e do manejo de doenças sexualmente transmissíveis, além falta de 
comprometimento profissional são fatores comprometedores no atendimento a 
gestantes, dificultando assim a detecção e o tratamento da sífilis materna, 
interferindo negativamente na incidência de sífilis congênita. 
É imprescindível a valorização, pelos profissionais de saúde envolvidos 
no pré-natal, dos costumes, comportamentos e aspectos socioculturais para uma 
boa comunicação com as gestantes, dando origem à um atendimento integral, 
com o fornecimento de informações e garantindo seu total entendimento, e 
possibilizando a formulação de questionamentos pelas gestantes e a eliminação

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