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GEOGRAFIA
AULA 1 Trabalho com os eixos temáticos O sujeito e seu lugar no mundo,
Mundo do trabalho e Natureza, ambientes e qualidade de vida.
Trabalho com os eixos temáticos O sujeito e seu lugar no mundo,
Mundo do trabalho e Natureza, ambientes e qualidade de vida.
Trabalho com os eixos temáticos O sujeito e seu lugar no mundo,
Mundo do trabalho e Natureza, ambientes e qualidade de vida.
AULA 2 
AULA 3 
O foco das propostas de sequências didáticas será os Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável – ODS, da ONU para 2030, relacionado com
os com os eixos/unidades temáticas da BNCC. Apesar do sequenciamento
didático proposto, cada uma das ações (aula) pode ser trabalhada
individualmente pelo professor, o que confere autonomia de cátedra e
intervenções adequadas aos múltiplos contextos de atuação.
As atividades serão apresentadas em grau crescente de complexidade
(mais básicas para mais complexas), buscando seguir o modelo adotado
pelo ENEM/SAEB (TRI). O objetivo das questões (3 por ação/aula) é aferir a
compreensão sobre os objetos de conhecimentos que serão trabalhados
em cada aula.
Adicionalmente, serão utilizados trechos de propostas já produzidas,
como o Caderno Pedagógico, o Monte a sua prova e o Saber Sempre +,
para contextualizar as ações didáticas e avaliativas que serão
incorporadas em cada sequência de aulas.
.
PROPOSTA DE SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS 
PARA O ENSINO MÉDIO
Público-alvo: professores do Ensino Médio.
Problematização: as pautas em torno do ODS da ONU para 2030
fornecem insumos para trabalhar as dificuldades apontadas no Ensino
Médio e permitem ancorar os conceitos que serão trabalhados.
Objetivo geral: apoiar o professor em sala de aula com recursos que
permitam trabalhar os pontos de dificuldades apontados no ENEM, com
temas que geram engajamento e participação dos estudantes.
Descrição
ODS 8 –
TRABALHO
DECENTE E
CRESCIMENTO
ECONÔMICO
HISTÓRIA
INTRODUÇÃO
Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo
e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho
decente para todas e todos
Temática: 
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) são uma tentativa da
Organização das Nações Unidas (ONU) de “[...] acabar com a pobreza, proteger o
meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares,
possam desfrutar de paz e de prosperidade” (ONU Brasil. Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável. Disponível em: https://brasil.un.org/pt-br/sdgs.
Acesso em: 12 ago. 2024).
Ao todo, são 17 objetivos e 169 metas, criados a partir de um plano de ação que
tem três bases: as pessoas, o planeta e a prosperidade. Conforme afirma Jaciara
Gomes, no Caderno Pedagógico nº 5 (2023, p. 32): “Garantir que todas as
pessoas possam desenvolver as suas potencialidades, sustentavelmente, em
dignidade e em igualdade se constitui em um desafio ambicioso”, desafio esse
que a escola enfrentará contribuindo para uma educação emancipatória.
A ONU lança os ODS justamente no período que coincide com a intensa
globalização da economia e as mudanças climáticas. Essas mudanças causam
impactos ambientais que colocam em xeque a posição do indivíduo como
centro do universo, uma vez que ameaçam a própria sobrevivência da espécie
humana, além de várias espécies animais e vegetais. Neste período de urgência
climática, pululam as contradições do processo de globalização, já que vivemos
em um mundo “hiperconectado” em vários sentidos, mas extremamente
desigual para grande parte da população mundial.
O ODS 8, Trabalho decente e crescimento econômico, indica metas que “[..]
entendem o trabalho como origem do valor em nossas economias e do sustento 
ODS 10 –
REDUÇÃO DAS
DESIGULADADES
Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles
https://brasil.un.org/pt-br/sdgs
HABILIDADES DA BNCC:
(EM13CHS101) Identificar, analisar e comparar diferentes fontes e narrativas expressas em
diversas linguagens, com vistas à compreensão de ideias filosóficas e de processos e
eventos históricos, geográficos, políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais.
(EM13CHS102) Identificar, analisar e discutir as circunstâncias históricas, geográficas,
políticas, econômicas, sociais, ambientais e culturais de matrizes conceituais
(etnocentrismo, racismo, evolução, modernidade, cooperativismo/desenvolvimento etc.),
avaliando criticamente seu significado histórico e comparando-as a narrativas que
contemplem outros agentes e discursos.
(EM13CHS103) Elaborar hipóteses, selecionar evidências e compor argumentos relativos a
processos políticos, econômicos, sociais, ambientais, culturais e epistemológicos, com
base na sistematização de dados e informações de diversas naturezas (expressões
artísticas, textos filosóficos e sociológicos, documentos históricos e geográficos, gráficos,
mapas, tabelas, tradições orais, entre outros).
(EM13CHS502) Analisar situações da vida cotidiana, estilos de vida, valores, condutas etc.,
desnaturalizando e problematizando formas de desigualdade, preconceito, intolerância
e discriminação, e identificar ações que promovam os Direitos Humanos, a solidariedade
e o respeito às diferenças e às liberdades individuais.
(EM13CHS606) Analisar as características socioeconômicas da sociedade brasileira –
com base na análise de documentos (dados, tabelas, mapas etc.) de diferentes fontes –
e propor medidas para enfrentar os problemas identificados e construir uma sociedade
mais próspera, justa e inclusiva, que valorize o protagonismo de seus cidadãos e
promova o autoconhecimento, a autoestima, a autoconfiança e a empatia.
e da dignidade de todos”, segundo Niva Silva (Caderno Pedagógico nº 5, 2023, p.
69). Já a ODS 10, Redução das desigualdades, enfoca a redução das desigualdades
no interior dos países e entre os países como um desafio que inclui especialmente a
questão das migrações.
A Geografia – que, em linhas gerais, é marcada pela reflexão sobre a relação do
indivíduo com o meio – propõe ao leitor pensar sobre o território, a partir do
desmonte de estruturas que fragilizam mulheres, negros, indígenas e pobres. Desse
modo, por meio da escola, o componente curricular pode contribuir para a criação
de narrativas de outros mundos possíveis, mais inclusivos e solidários.
DESENVOLVIMENTO
Primeiramente, pergunte aos estudantes o que eles entendem por
“empreendedorismo”. Em seguida, abra o portal https://www.wordclouds.com/ e,
compartilhando o QRCode, monte com a turma uma nuvem de palavras sobre o
tema – solicite que os estudantes escrevam a palavra que vem à sua mente
quando o assunto é “empreender”. Caso não seja possível acessar a internet, o
quadro também pode ser usado para realização da atividade, de maneira
analógica (nesse caso, vá registrando as palavras que forem sendo faladas pela
turma). Formada a nuvem de palavras, reflitam conjuntamente sobre os termos
mais recorrentes e suas implicações (por exemplo: casos de empreendedores de
sucesso, influenciadores digitais, ganhos financeiros etc.).
AULA 1
Trabalho com os eixos temáticos O sujeito e seu lugar no mundo, Mundo
do trabalho e Natureza, ambientes e qualidade de vida, com foco em
Empreendedorismo e desigualdades sociais
Solicite que os estudantes leiam o seguinte trecho do texto A mídia em função
dos negócios locais, do livro Novo Ensino Médio (2020), de autoria de Tércio
Rigolin, Luiz Silveira e Bruno Prado, disponível no portal e-docente. A leitura pode
ser viabilizada por meio de cópias impressas distribuídas aos estudantes ou por
meio da reprodução das páginas do texto em slides exibidos via projetor para
toda a turma.
A MÍDIA EM FUNÇÃO DOS NEGÓCIOS LOCAIS
Qual é a importância da comunicação em diferentes mídias para os micro e
pequenos negócios do lugar em que vivo?
Nos últimos anos, o uso da palavra empreendedorismo se espalhou e ela
passou a fazer parte do vocabulário de milhões de pessoas no Brasil. Mas,
afinal, o que significa empreender? Esse termo vem sendo utilizado para
designar tanto algumas capacidades específicas, como as de inovação,
superação ou flexibilidade, quanto certas estratégias para a criaçãoe a
ampliação de negócios. Às vezes, refere-se a todo tipo de empreendimento, 
https://www.wordclouds.com/
BRASIL: MOTIVAÇÕES DOS EMPREENDEDORES INICIAIS
Motivação Taxa 
(em %)
 Taxa de Empreendedorismo
Inicial (TEA) (em %)
Estimativa 
(em unidades)
Oportunidade 11 61,8 15.107.684
Necessidade 6,7 37,5 9.176 664
mesmo os de subsistência. Em outros momentos, refere-se somente às
empresas com altos índices de crescimento. Seja qual for o significado, o
termo faz, de forma geral, um apelo direto à insatisfação de muitas pessoas
com as condições de vida e trabalho e a realidade social e econômica. Por
isso, é importante compreender qual é a relação do empreendedorismo
com as oportunidades de negócios e com a ideia de inovação, além de sua
importância para a economia local. Afinal, muitas vezes, o surgimento de
novos negócios é responsável por gerar empregos e renda para uma
comunidade. Neste projeto, você poderá entender como o uso de
estratégias de mídia podem contribuir para a divulgação dos micro e
pequenos negócios existentes na localidade em que você vive, tendo em
vista a importância de tais negócios para a economia – seja ela local,
regional, seja ela nacional.
[...].
Segundo pesquisas realizadas pela Global Entrepreneurship Monitor (GEM) –
parceria do Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP) com o
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) –, em
2018, o Brasil encontrava-se em uma posição privilegiada em relação ao
empreendedorismo. O Relatório executivo 2018 sobre o empreendedorismo
no país, elaborado pela instituição, estimou que, no período analisado,
existiam aproximadamente 52 milhões de pessoas planejando atividades
empreendedoras ou já envolvidas com elas [...]. Ou seja, a cada cinco
brasileiros, dois podiam ser considerados empreendedores.
[...].
Empreendedores são, segundo o relatório, “[...] as pessoas que criaram ou
estão criando qualquer tipo de empreendimento, mesmo aqueles mais
simples, gerados pela necessidade de subsistência”. No contexto da
pesquisa, necessidade e oportunidade estariam, portanto, entre as
principais motivações para abrir um negócio ou empreender, como mostra
a tabela a seguir.
Fonte: Global Entrepreneurship Monitor. Empreendedorismo no Brasil. Relatório executivo 2018. p. 12. Disponível em:
https://datasebrae.com.br/wp-content/uploads/2019/02/Relat%C3%B3rio-Executivo-Brasil-2018-v3-web.pdf.
Acesso em: 07 jan. 2020.
https://datasebrae.com.br/wp-content/uploads/2019/02/Relat%C3%B3rio-Executivo-Brasil-2018-v3-web.pdf
Após a leitura, oriente os estudantes a refletirem novamente sobre as palavras
que formaram a nuvem de palavras elaborada anteriormente, agora
relacionando-as aos novos tópicos trazidos pelos autores, para que haja a
ampliação do conceito de “empreendedorismo”.
Solicite que os estudantes leiam o seguinte trecho de Empreendedorismo nas
comunidades, de autoria de Niva Silva, disponível no Caderno Pedagógico nº 5.
Novamente, a leitura pode ser viabilizada por meio de cópias impressas
distribuídas aos estudantes ou por meio da reprodução das páginas do texto em
slides exibidos via projetor para toda a turma.
Empreendedorismo
Na definição clássica de Schumpeter (1985), empreender é provocar
mudanças em um mercado, setor ou território a partir da inovação, seja pela
introdução de um novo produto, seja pela melhoria de um processo. Essa
visão remete à figura do empresário que utiliza seu capital para assumir
riscos, inovar e, assim, expandir seus negócios e influência.
Mas não é essa a figura do empreendedor no mercado em que nossos
estudantes estão prestes a entrar. De acordo com pesquisa do Sebrae
(2022), no Brasil de hoje, quase metade dos “empreendedores” têm uma
renda mensal de até um salário mínimo e 90% deles não possuem
funcionários. Esse, sim, é o retrato do empreendedor periférico, aquele que
reconhecemos em nossos estudantes, ex-estudantes e suas famílias. Esse é
o empreendedorismo da maioria das comunidades de nossas escolas. A
mãe que cozinha para fora, o pai que monta uma vendinha na porta de
casa, a tia que revende cosméticos, a menina que vende brigadeiros na
hora do intervalo, o irmão que pedala horas pela cidade fazendo entregas.
Empreender, para nossas comunidades, muitas vezes não é uma
oportunidade, mas a única opção em um cenário de desemprego; é o que
chamamos de “empreendedorismo por necessidade”. Os pequenos
comércios de periferia são exemplos vivos da resiliência e inventividade do
brasileiro, além de demonstração do poder de consumo das comunidades.
Por intermédio do trabalho árduo dessas pessoas, famílias encontram seu
sustento e fazem circular a economia local.
Mas esse mesmo impulso por empreender é usado como mecanismo de
atração para o trabalho informal. Em um processo que vem sendo chamado
de “trabalho intermitente”, “autogerenciamento subordinado” ou,
simplesmente, “uberização”, empresas de inovação tecnológica se
posicionam como plataformas, conectando o público consumidor ao
prestador de serviço, eximindo-se de responsabilidades trabalhistas e
desviando os riscos do negócio para o trabalhador. A análise de Ludmila
Abilio (2019) explica que
Em seguida, solicite que os estudantes se reúnam em grupos com a mesma
quantidade de participantes e, conjuntamente, respondam, por escrito, à seguinte
questão: O que motiva uma pessoa a empreender no Brasil? É importante que
cada grupo escolha um de seus integrantes como relator, que deverá elaborar a
resposta com a ajuda dos demais membros.
 
Esse fenômeno recente, porém veloz, cresce alimentado por grandes
investidores e corre nas estradas abertas pelas políticas liberais,
espalhando-se rapidamente para todas as categorias de prestação de
serviço e criando uma nova classe de trabalhadores a que chamamos de
precariado, devido às suas precárias condições de trabalho e vida.
[...] o empreendedorismo assume na atualidade usos
diversos que se referem de forma obscurecedora aos
processos de informalização do trabalho e transferência de
riscos para o trabalhador, o qual segue subordinado como
trabalhador, mas passa a ser apresentado como
empreendedor. Fundamentalmente, trata-se de um
embaralhamento entre a figura do trabalhador e a do
empresário. [...] O empreendedorismo torna-se
genericamente sinônimo de assumir riscos da própria
atividade. Opera aí um importante deslocamento do
desemprego enquanto questão social para uma atribuição
ao indivíduo da responsabilização por sua sobrevivência em
um contexto de incerteza e precariedade[1].
[1] ABILIO, Ludmila Costhek. Uberização: do empreendedorismo para o
autogerenciamento subordinado. Revista Psicoperspectivas, Valparaíso, v. 18, n. 3, nov.
2019. Disponível em: https://www.scielo.cl/pdf/psicop/v18n3/0718 -6924-psicop-18-03-
41.pdf. Acesso em: 16 jun. 2023.
Concluída a elaboração das respostas por todos os grupos, exiba os seguintes
vídeos:
Você sabe o que é empreendedorismo social? (0’53’’), do Resetpodcast.
Disponível em: https://www.youtube.com/shorts/DSyIrcWetcU
O que é AFROEMPREENDEDORISMO? Entenda a importância de APOIAR o
empreendedorismo preto (2’51’’), do Tamo Junto. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=poKLEGzWAyA
Negócio é a nossa praia | Conheça o ambulante Nei Mate | Conteúdo de
marca (2’49’’), do jornal O Globo. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=Q01IzYQLH-M
https://www.scielo.cl/pdf/psicop/v18n3/0718%20-6924-psicop-18-03-41.pdf
https://www.scielo.cl/pdf/psicop/v18n3/0718%20-6924-psicop-18-03-41.pdf
https://www.youtube.com/shorts/DSyIrcWetcU
https://www.youtube.com/watch?v=poKLEGzWAyA
https://www.youtube.com/watch?v=Q01IzYQLH-M
Em seguida, solicite aos estudantes que voltem a compor os grupos anteriores e
façam um relatório sobre: 
Novamente, o relator de cada grupo redige o texto, mas os demais integrantes
devem ajudá-lo. Depois disso, organize os estudantes em uma roda de conversa e
abra o debate para acolher os temas que surgiram com as respostas dos grupos
e que estão relacionados aos textos anteriores e aos vídeos, como, por exemplo:“desemprego”, “uberização”, “oportunidade”, “necessidade”, “motivação”,
“criatividade”, entre outros.
O que aprenderam na aula? 
O que mais chamou a atenção do grupo? 
O que mudou com relação à ideia que tinham no início da aula sobre
“empreendedorismo”? 
AFERIÇÃO E ACOMPANHAMENTO DA APRENDIZAGEM
Questão 1
Importantes transformações produtivas e na forma de organização do trabalho
têm ocorrido nas últimas décadas em todo o mundo e também no Brasil. Assim,
Acordos e tratados internacionais, dos quais o Brasil é signatário, tratam da
questão do trabalho escravo e proíbem a escravidão por dívida, razão pela qual
esse tipo de trabalho forçado não é registrado no país desde 1888.
A. Em todo o mundo vêm sendo observadas mudanças em relação ao
assalariamento e ao desemprego, como a precarização das relações de trabalho
para desoneração da produção, e o crescimento da informalidade. (Alternativa
correta).
B. Considerando a oferta de trabalho no Brasil, observa-se uma mudança de
tendência, com a diminuição de oferta de emprego no setor primário e terciário,
e efetivo aumento da oferta de emprego no setor secundário da economia.
C. Em todo o mundo, vêm sendo observadas mudanças em relação ao
assalariamento e ao desemprego, como a precarização das relações de trabalho
para desoneração da produção e o crescimento da informalidade. [Alternativa
correta]
D. Nosso país se destaca em avanços trabalhistas, o que tem gerado, inclusive,
ganhos de produção, fazendo com que nos destaquemos na exportação de
gêneros agrícolas.
E. Uma característica marcante das relações de trabalho na etapa atual do
modo de produção é a maior organização sindical, o que se traduz em uma
infinidade de benefícios para empregados e empregadores.
As questões abaixo foram obtidas através do recurso Monte Sua prova.
Escolha as que mais se adequam à sua realidade de debate e vivência ao
longo das aulas e aplique-as com seus estudantes. Oportunamente, faça
correção coletiva e utilize o momento da correção para explorar novas
oportunidades de aprendizagem.
Questão 2
A partir desse cenário de crise, analise as afirmações a seguir sobre as mudanças
na dinâmica do mercado de trabalho.
I - A perda da capacidade de consumo das famílias brasileiras e o aumento da
inadimplência são fatores que, somados, deverão ampliar o desemprego nos
setores de comércio e serviços.
II - A forte e rápida queda dos empregos formais tende a ser acompanhada pela
expansão do trabalho informal e por conta própria, como medidas emergenciais
para enfrentar a crise do mercado de trabalho.
III - A diminuição dos rendimentos médios da economia e a proteção do salário
pela legislação trabalhista concorrem para a demissão de trabalhadores de maior
remuneração, repostos por novos de menor salário.
Milhares de pessoas fazem fila para vaga de emprego no Vale do
Anhangabaú (São Paulo), em novembro de 2015.
val, em fevereiro e março, a projeção é de perda líquida de 2,2 milhões de
vagas no ano. Enquanto em 2015 as demissões ocorreram na construção civil
e na indústria de transformação, em 2016 serão os setores de comércio e
serviços os mais atingidos (...). Somados, são setores que empregam mais de
70% da força de trabalho.
Adaptado de BARREIRA, Tiago Cabral, Boletim Macro IBRE, FGV, fev. 2016, p. 9.
A velocidade de destruição
de empregos formais
registrada em 2015 (menos
1,64 milhão de vagas) se
destaca das crises anteriores.
Em 2016, o forte movimento
de demissão nos empregos
formais deve prosseguir. Para
janeiro, projeta-se a
destruição de 170 mil vagas.
Embora seja esperada leve
retomada sazonal de
contratações após o Carna-
Questão 3
Um dos fatores que tem impulsionado o avanço do trabalho informal no Brasil é
A. O aumento da mão de obra qualificada.
B. O crescimento do número de jovens no mercado.
C. A reduzida participação do setor terciário no PIB.
D. O aumento do número de imigrantes no país.
E. A flexibilização das leis trabalhistas. (Alternativa correta)
Está correto o que se afirma em:
 A. I, apenas.
B. II, apenas.
C. III, apenas.
D. I e II, apenas.
E. I, II e III. (Alternativa correta)
DESENVOLVIMENTO
Solicite que os estudantes leiam o seguinte texto do Perfil Social, Racial e de Gênero
das 500 Maiores Empresas do Brasil e Suas Ações Afirmativas (2016)[1], do Instituto
Ethos, de autoria de Cida Bento. A leitura pode ser viabilizada por meio de cópias
impressas distribuídas aos estudantes ou por meio da reprodução das páginas do
texto em slides exibidos via projetor para toda a turma.
AULA 2
Trabalho com os eixos temáticos O sujeito e seu lugar no mundo, Mundo do
trabalho e Natureza, ambientes e qualidade de vida, com foco em
desigualdades sociais, raciais e redução das desigualdades.
Exclusão fragiliza responsabilidade social
Por Cida Bento 
Profissionais que atuam no campo das políticas de diversidade em empresas
têm destacado que a dimensão racial da diversidade é aquela que traz mais
desafios para ser abordada e implementada. Exemplo típico é o caso das
mulheres negras, que em todos os indicadores de mercado de trabalho
brasileiro se encontram em pior situação: taxas de participação mais baixas,
alta taxa de desemprego (chega a ser 100% superior em relação ao homem
branco desempregado)[2] e informalidade (66,7% mais elevada)[3], bem como
rendimentos inferiores (74,5% quando comparadas aos dos homens brancos)
[4].
Nas posições de liderança empresarial, as edições anteriores deste Perfil Social,
Racial e de Gênero das 500 Maiores Empresas do Brasil e Suas Ações
Afirmativas têm revelado um quadro dramático e persistente: mulheres negras
ocupavam 2,1% do quadro gerencial e 0,5% do quadro executivo em 2010. 
[1]Disponível em: https://www.ethos.org.br/cedoc/perfil-social-racial-e-de-genero-das-500-maiores-
empresas-do-brasil-e-suas-acoes-afirmativas/. Acesso em: 09 ago. 2024.
[2] Dossiê Mulheres Negras: retrato das condições de vida das mulheres negras no Brasil. Organização de Mariana
Mazzini Marcondes [et al.], do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Disponível em:
https://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/3039/1/Livro-Dossi%c3%aa_mulheres_negras-
retrato_das_condi%c3%a7%c3%b5es_de_vida_das_mulheres_negras_no_Brasil. Acesso em: 10 ago. 2024.
[3] “O perfil dos trabalhadores e trabalhadoras na economia informal”, de Eugenia Troncoso Leone, do Escritório
da OIT no Brasil, para a série Trabalho Decente no Brasil, documento de trabalho nº 3. Disponível em:
https://www.ilo.org/pt-pt/publications/o-perfil-dos-trabalhadores-e-trabalhadoras-na-economia-informal.
Acesso em: 10 ago. 2024
[4] Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
https://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/3039/1/Livro-Dossi%c3%aa_mulheres_negras-retrato_das_condi%c3%a7%c3%b5es_de_vida_das_mulheres_negras_no_Brasil
https://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/3039/1/Livro-Dossi%c3%aa_mulheres_negras-retrato_das_condi%c3%a7%c3%b5es_de_vida_das_mulheres_negras_no_Brasil
https://www.ilo.org/pt-pt/publications/o-perfil-dos-trabalhadores-e-trabalhadoras-na-economia-informal
Pergunte aos estudantes se já ouviram falar na filósofa norte-americana
Angela Davis. Apresente-a a eles, complementando o que já tiverem ouvido
sobre ela, ou trazendo novas informações sobre sua vida e obra (para que
você, professor(a), possa fundamentar essa apresentação, indicamos, para
sua leitura prévia, a minibiografia dela, escrita por pesquisadores da
Universidade Estadual de Campinas, disponível em:
https://www.blogs.unicamp.br/mulheresnafilosofia/angela-davis/ . Acesso
em 18.08.2024). 
A seguir, escreva no quadro ou exiba em slides a conhecida frase de Angela
Davis, dita em uma conferência em 2017, em Salvador – Bahia: “Quando a
mulher negra se movimenta, toda a estrutura da sociedade se movimenta
com ela”. 
Em seguida, discuta com os estudantes a respeito da perspectiva da filósofa
de que, por conta das desigualdades sociais, de gênero e raciais, as mulhe-
Compartilhe algumas curiosidades sobre a Revolução4.0:
Mulheres negras são parte substantiva do segmento a ser beneficiado pelos
programas de gênero nas empresas e sua exclusão ou sub-representação
fragiliza o discurso e os esforços no campo da sustentabilidade e
responsabilidade social. Para mudarmos esse cenário, são necessárias
algumas medidas fundamentais: a colocação do dado cor/raça nos
cadastros, que é amparada por sólidos marcos legais, deve ser feita já nos
processos de recrutamento e seleção, bem como nas oportunidades de
treinamento, de ascensão e de mentoring, de maneira que seja possível
identificar quais são os obstáculos presentes nessas diferentes etapas e
ultrapassá-los. 
De outro lado, há que se desenvolver formas de acessar e atrair profissionais
negras, bem como as milhares de jovens que concluem o curso superior, nas
diferentes regiões do país, por meio dos diversos programas de ação
afirmativa implementados nas universidades, desde o princípio desta década. 
Cabe destacar, finalmente, que iniciativas importantes e qualificadas no
campo da igualdade racial vêm sendo protagonizadas por diferentes
empresas. Essas iniciativas, embora isoladas e pontuais, podem ser
mapeadas, detalhadas e disseminadas, como cases, com vistas a inspirar as
empresas, auxiliando-as a avançar para um ambiente empresarial mais
democrático, que respeite os direitos humanos e que aposte no
desenvolvimento econômico e social do país.
https://www.blogs.unicamp.br/mulheresnafilosofia/angela-davis/
Exiba o vídeo Quebradeiras de Coco Babaçu (3’09’’), da Comissão Pastoral da Terra –
CPT Nacional, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=-ZABWoppr4k. Em
seguida, ouça os estudantes quanto aos pontos que mais lhes chamaram a atenção
e incentive-os a refletir sobre a relação das mulheres com a cultura, o território e a
resistência criada coletivamente para enfrentar a pobreza e as desigualdades
sociais, estabelecendo conexões com a frase da filósofa Angela Davis apresentada
na etapa anterior.
Apresente o seguinte relato sobre a condição atual das mulheres quebradeiras de
coco-babaçu, por meio da reprodução de slides exibidos via projetor para toda a
turma:
res negras ocupam a base da pirâmide social no capitalismo, e, portanto,
seu movimento de deslocamento desse lugar geraria uma mudança na
própria estrutura da sociedade e na pirâmide social do capitalismo como
um todo.
As mulheres quebradeiras de coco-babaçu dos Estados do Maranhão, Piauí,
Pará e Tocantins, na sua grande maioria, vivem numa situação de exclusão e
subalternidade. O termo quebradeira de coco assume o caráter de identidade
coletiva na medida em que as mulheres que sobrevivem dessa atividade e
reconhecem sua posição e condição desvalorizada pela lógica da dominação,
se organizam em movimentos de resistência e de luta pela conquista da terra,
pela libertação dos babaçuais, pela autonomia do processo produtivo. Passam
a atribuir significados ao seu trabalho e as suas experiências, tendo como
principal referência sua condição preexistente de acesso e uso dos recursos
naturais.
ROCHA, M. R. T. A luta das mulheres quebradeiras de coco-babaçu, pela libertação do coco
preso e pela posse da terra. In: Anais do VII Congresso Latino-Americano de Sociologia Rural,
Quito, 2006 (adaptado).
Solicite que os estudantes leiam trechos do texto Educação e periferia:
avanços e desafios, de autoria de Jaciara Gomes, do Caderno Pedagógico nº
5. Novamente, a leitura pode ser viabilizada por meio de cópias impressas
distribuídas aos estudantes ou por meio da reprodução das páginas do texto
em slides exibidos via projetor para toda a turma. Se considerar necessário,
disponibilize o texto completo da autora, que compõe o Capítulo 3 do
Caderno Pedagógico nº 5.
https://www.youtube.com/watch?v=-ZABWoppr4k
Educação e periferia: avanços e desafios
Educação antirracista
É na relação entre educação e periferia que reside a prática de uma educação
antirracista. Vimos que a desigualdade racial é extrema no Brasil. Isso se explica
de modo simples (mas nada simplório) por ser o racismo uma construção
histórica e ideológica, estruturante do país nos eixos da economia, da política e
da justiça. Para compreendermos melhor o racismo, apresentamos, a seguir, a
definição apresentada por Silvio Luiz de Almeida (2020, p. 32):
[...].
A filósofa Djamila Ribeiro, em seu Pequeno manual antirracista, convida a todos,
principalmente pessoas brancas, a se perceberem criticamente, acordando
para os privilégios de certos grupos na sociedade. Desse modo, a estudiosa nos
desafia a de fato agir na superação das desigualdades em um sistema que
nega as mazelas que ele mesmo produz. A autora lista ações que podem aqui
ser retomadas para pensarmos em uma educação antirracista. Para isso,
discute nos capítulos da referida obra cada ação sugerida e modos de
concretizá-las. Assim defende que, buscando sermos todos antirracistas,
precisamos nos informar sobre o racismo, enxergar a negritude, reconhecer os
privilégios da branquitude, perceber o racismo internalizado em nós, apoiar
políticas educacionais afirmativas, transformar nosso ambiente de trabalho, ler
autores negros, questionar a cultura que consumimos, conhecer nossos desejos
e afetos e por fim combater a violência racial.
Temos explicitada, nessa perspectiva, uma relação entre educação, culturas e
realidade social, de modo que não podemos deixar de refletir sobre cidadania,
políticas públicas na cidade e inclusão.
 
Educação, culturas e realidade social]
[...].
O escritor Silvio Luiz de Almeida afirma que as políticas educacionais refletem
sobre as contradições do processo de descentralização de políticas públicas no
Brasil. Almeida aponta o papel da construção de territorialidades políticas e
culturais contra-hegemônicas em defesa da educação pública e da
universalização de outras políticas sociais. 
O racismo é uma forma sistemática de discriminação que tem a raça
como fundamento, e que se manifesta por meio de práticas
conscientes ou inconscientes que culminam em desvantagens ou
privilégios para indivíduos, a depender do grupo racial ao qual
pertençam[1].
[1] ALMEIDA, Silvio Luiz de. Racismo estrutural. São Paulo: Jandaíra, 2020.
Solicite que os estudantes formem 3 grupos e que cada um desses grupos escolha
um relator para registrar as respostas. Os estudantes devem levar em
consideração as reflexões e os questionamentos pertinentes promovidos pelos
textos e pelo vídeo apresentados anteriormente. Em seguida, incentive-os a discutir
as seguintes questões:
Assim, as práticas sociais constroem de modo intrinsecamente contraditório
sociabilidades tanto conformadas às normas do capital, como possibilidades
de práticas pedagógicas e civilizatórias, para emancipação humana
(ALMEIDA, 2020, apud DAVID et al., 2015).
A experiência histórica mostra as contradições que ocorreram no tecido
urbano com o deslocamento de milhares de pessoas do campo para a
cidade. O rápido crescimento dos centros urbanos contribuiu na formação de
novas relações de trabalho e no surgimento de rotinas que, por sua vez,
forjaram práticas de segregação socioespacial.
O território é construído distintamente a partir da relação entre sujeito e
espaço, como bem conceituou o geógrafo Milton Santos: O território é o chão e
mais a população, isto é, uma identidade, o fato e o sentimento de pertencer
àquilo que nos pertence. O território é a base do trabalho, da residência, das
trocas materiais e espirituais e da vida, sobre as quais ele influi. Quando se
fala em território deve-se, pois, de logo, entender que se está falando em
território usado, utilizado por uma dada população (2007, p. 96-97, grifo
nosso) [2]. 
Nesse sentido, torna-se fundamental pensar a educação sustentável de modo
holístico, ou seja, para além da questão ambiental, mas incorporando as
(ir)reponsabilidades humanas, a pobreza, o respeito à diversidade, a
erradicação da fome, como salienta Elisabete Maniglia (apud DAVID et al.,
2015).
Considerações finais
[...]. 
Em meio à pandemia de Covid-19, o escritor Ailton Krenak (2020) nos provocou
apensar sobre os muitos desafios para a vida no planeta. Contaminados pela
ideia de progresso, reinventamos modos de nos violentar, formas de
esgotamentos da vida. Assim, reflete sobre a não utilidade da vida,
ensinamentos e práticas que os indígenas conhecem bem. Já os negros,
podemos acrescentar, têm conseguido, muitas vezes, transgredir o sistema
para manutenção da própria vida, regada a afeto. São essas vivências que a
relação entre educação e periferia precisa enfrentar.
[2] SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal.
14. ed. Rio de Janeiro: Record, 2007.
[2] SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal.
14. ed. Rio de Janeiro: Record, 2007.
Finalizada a atividade, em uma roda de conversa, os relatores devem expor uma
síntese das reflexões elaboradas por cada grupo, com debate aberto à participação
de todos.
De que modo a educação antirracista pode contribuir para a superação das
desigualdades sociais, raciais e de gênero?
A filósofa Djamila Ribeiro lista várias ações que contribuem para a educação
antirracista, como informar-se sobre o racismo, enxergar a negritude,
reconhecer os privilégios da branquitude, perceber o racismo internalizado em
nós, apoiar políticas educacionais afirmativas, transformar o ambiente de
trabalho, ler autores negros, questionar a cultura que consumimos, conhecer
nossos desejos e afetos e combater a violência racial.
A partir de quais elementos é possível perceber a relação das mulheres
quebradeiras de coco-babaçu com o seu território? Em que medida a interação
entre ‘mulheres’ e ‘território’ se aproxima da definição de território de Milton
Santos?
Espera-se que os estudantes associem o território à sustentabilidade da vida e
da comunidade das mulheres quebradeiras de babaçu. Que percebam que o
território está relacionado à identidade, ao pertencimento, ao trabalho e às
trocas materiais e imateriais dessas mulheres e da rede de solidariedade que
criam a partir do trabalho.
Reflita sobre a frase de Angela Davis: “Quando a mulher negra se movimenta, toda
a estrutura da sociedade se movimenta com ela”. Se possível, dê exemplos que a
ilustrem.
Os estudantes devem ser incentivados a refletir sobre como a mobilidade social
da mulher negra é amplamente transformadora e caminha na direção da
diminuição das desigualdades.
RESPOSTA
ESPERADA
RESPOSTA
ESPERADA
RESPOSTA
ESPERADA
Questão 1
A referida lei representa um avanço não só para a educação nacional, mas
também para a sociedade brasileira, porque:
A. Legitima o ensino das ciências humanas nas escolas.
B. Divulga conhecimentos para a população afro-brasileira.
C. Reforça a concepção etnocêntrica sobre a África e sua cultura.
D. Garante aos afrodescendentes a igualdade no acesso à educação.
E. Impulsiona o reconhecimento da pluralidade étnico-racial do país. (Alternativa
correta).
AFERIÇÃO E ACOMPANHAMENTO DA APRENDIZAGEM
As questões abaixo foram obtidas através do recurso Monte Sua prova.
Escolha as que mais se adequam à sua realidade de debate e vivência ao
longo das aulas e aplique-as com seus estudantes. Oportunamente, faça
correção coletiva e utilize o momento da correção para explorar novas
oportunidades de aprendizagem.
A Lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003, inclui no currículo dos
estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares,
a obrigatoriedade do ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira e
determina que o conteúdo programático incluirá o estudo da História da
África e dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra
brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a
contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política
pertinentes à História do Brasil, além de instituir, no calendário escolar, o
dia 20 de novembro como data comemorativa do “Dia da Consciência
Negra”.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br. 
Acesso em: 27 jul. 2010 (adaptado).
Questão 2
As mulheres quebradeiras de coco-babaçu dos Estados do Maranhão,
Piauí, Pará e Tocantins, na sua grande maioria, vivem numa situação de 
http://www.planalto.gov.br/
A organização do movimento das quebradeiras de coco de babaçu é resultante
da:
A. Constante violência nos babaçuais na confluência de terras maranhenses,
piauienses, paraenses e tocantinenses, região com elevado índice de homicídios.
B. Falta de identidade coletiva das trabalhadoras, migrantes das cidades e com
pouco vínculo histórico com as áreas rurais do interior do Tocantins, Pará,
Maranhão e Piauí.
C. Escassez de água nas regiões de veredas, ambientes naturais dos babaçus,
causada pela construção de açudes particulares, impedindo o amplo acesso
público aos recursos hídricos.
D. Progressiva devastação das matas dos cocais, em função do avanço da
sojicultura nos chapadões do Meio-Norte brasileiro.
E. Dificuldade imposta pelos fazendeiros e posseiros no acesso aos babaçuais
localizados no interior de suas propriedades. (Alternativa correta).
exclusão e subalternidade. O termo quebradeira de coco assume o
caráter de identidade coletiva na medida em que as mulheres que
sobrevivem dessa atividade e reconhecem sua posição e condição
desvalorizada pela lógica da dominação, se organizam em movimentos
de resistência e de luta pela conquista da terra, pela libertação dos
babaçuais, pela autonomia do processo produtivo. Passam a atribuir
significados ao seu trabalho e as suas experiências, tendo como principal
referência sua condição preexistente de acesso e uso dos recursos
naturais.
ROCHA, M. R. T. A luta das mulheres quebradeiras de coco-babaçu, pela libertação do
coco preso e pela posse da terra. In: Anais do VII Congresso Latino-Americano de
Sociologia Rural, Quito, 2006 (adaptado).
“A seguir, nos Censos de 1900 e 1920, as informações sobre cor ou raça
não foram coletadas e, em 1910 e 1930, não foram realizadas operações
censitárias no País(...). Os Censos 1950 e 1960 reincorporaram o grupo
pardo à categorização de cor, como unidade de coleta e análise, sendo
os primeiros levantamentos que orientaram explicitamente nas suas
instruções de preenchimento a respeitar a resposta da pessoa
recenseada, constituindo a primeira referência explícita ao princípio de
autodeclaração. No Censo 1970, mais uma vez a variável foi excluída da
pesquisa, sendo que a partir do Censo 1980 o quesito voltou a ser pesqui- 
Questão 3
De acordo com o texto e com as características de formação étnica da população
brasileira, assinale a alternativa correta.
A. A população brasileira, a despeito de sua composição étnica de origens variadas,
apresenta histórica homogeneidade de características, tais como a cor da pele. Esse
fato torna discutível a inclusão dos termos “pardos” e “indígenas”, restritos às
características físicas e não culturais desses grupos.
B. O recenseamento da população segundo a cor da pele é importante para o
estabelecimento de políticas públicas de correção de desigualdades. Contudo, a
heterogeneidade da população é um fato de difícil medição, a exemplo da histórica
dificuldade da definição de alguns termos como “pardos” e “indígenas”. (Alternativa
correta).
C. A população brasileira é um exemplo de “democracia racial”, em que todos os
grupos classificados pelo IBGE, segundo a cor da pele, apresentam equilíbrio nos
dados de escolaridade, expectativa de vida e rendimentos. A retirada dos termos
“pardos” e “indígenas” comprova essa tese.
D, No Brasil, o principio da “autodeclaração” confere amplos poderes ao Estado para
determinar a classificação da população de acordo com a cor da pele. Desse modo,
os recenseadores aplicam a metodologia correta, cientificamente aceita e sem
distorções, como historicamente podemos comprovar.
E. A homogeneidade da população brasileira segundo a cor da pele pode ser
modificada pela mudança dos critérios do IBGE para os diferentes recenseamentos.
Desse modo, a afirmação de que o Brasil é heterogêneo, deriva muito mais das
mudanças nos critérios de recenseamento do que propriamente das característicasda população.
sado, desta vez no questionário da amostra. Em Em 1991, foi acrescentada
a categoria indígena às já mencionadas, após um século de ausência
desta identificação, passando a pergunta a ser denominada como de
“raça ou cor” e, no Censo 2000, de “cor ou raça”. Em 2010, último censo
realizado, repetiram-se as mesmas categorias de classificação da
pergunta, que voltou ao questionário básico aplicado à totalidade da
população, sendo que, pela primeira vez, as pessoas identificadas como
indígenas foram indagadas a respeito de sua etnia e língua falada”.
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/caracteristicas_raciais/
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/caracteristicas_raciais/
DESENVOLVIMENTO
Antes de apresentar os textos motivadores da Sequência Didática,
promova uma sala de aula invertida[1], a partir da qual os estudantes
individualmente terão a oportunidade de se familiarizar com o tema das
migrações transnacionais, por meio de uma pesquisa na internet ou na
biblioteca da escola.
AULA 3
Trabalho com os eixos temáticos O sujeito e seu lugar no mundo, Mundo
do trabalho e Natureza, ambientes e qualidade de vida, com foco em
migrações.
 Como os migrantes são retratados?1.
 Quais as principais causas das migrações? São políticas, econômicas ou
relacionadas a eventos climáticos?
2.
 O que há em comum no material coletado quando o assunto são as
migrações?
3.
Solicite que os estudantes formem 3 grupos, com a mesma quantidade de
integrantes. Cada grupo deve escolher um relator, que será responsável
por escrever o que foi observado, com a ajuda dos demais participantes,
a partir do material coletado sobre as migrações transnacionais.
Indicando a fonte, os alunos devem responder:
Motive os estudantes a perceberem como os veículos de mídia e os livros
abordam o assunto, a situação dos migrantes, as posições políticas dos
países para os quais as pessoas se dirigem e dos quais emigram, as
diferentes abordagens sobre o assunto, entre outros aspectos.
[1] Para saber mais sobre essa metodologia ativa, indicamos a leitura do e-book “Sala de aula
invertida: por onde começar”, de Carlos Roberto da Silveira Junior, publicado pelo Instituto Federal
de Goiás. Disponível em:
http://www.ifgoias.edu.br/attachments/article/19169/Sala%20de%20aula%20invertida_%20por%20
onde%20come%C3%A7ar%20(21-12-2020).pdf. Acesso em 18.08.2024.
http://www.ifgoias.edu.br/attachments/article/19169/Sala%20de%20aula%20invertida_%20por%20onde%20come%C3%A7ar%20(21-12-2020).pdf
http://www.ifgoias.edu.br/attachments/article/19169/Sala%20de%20aula%20invertida_%20por%20onde%20come%C3%A7ar%20(21-12-2020).pdf
Solicite que os estudantes leiam o texto a seguir. A leitura pode ser
viabilizada por meio de cópias impressas distribuídas aos estudantes ou
por meio da reprodução das páginas do texto em slides exibidos via
projetor para toda a turma.
Depois de socializadas as respostas, em uma roda de conversa, os
relatores apresentam um panorama do que foi encontrado por cada
grupo. Reflitam conjuntamente sobre as temáticas mais recorrentes e
suas consequências – por exemplo, podem surgir matérias sobre
posições contrárias de países às migrações, as políticas de acolhimento
a essas populações, as condições sociais das pessoas que migram, as
identidades dos migrantes, se o foco das notícias é o país de origem ou o
país que irá recebê-los, os casos de xenofobia, entre outras.
Histórias e geografias sem fronteiras? Migrações, gênero e (in)
tolerâncias entre Brasil, Portugal e Espanha
Definindo fronteiras
Movimentos migratórios são característicos das sociedades desde que
estas existem e se configuram como tal. Com o distanciamento cada vez
maior, na atualidade, entre países desenvolvidos e países cujas condições
sociais e Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) são baixos, os
processos migratórios são mais intensos. A via de mão dupla existe
somente em algumas zonas e regiões extremamente reguladas e com
aparatos legais e jurídicos que permitem um controle social e estatístico
mais estável.
O fenômeno migratório tem ganhado inclusive espaços cotidianos nos
mass media e sido colocado como prioridade na agenda internacional de
Direitos Humanos e Relações Internacionais. Sua historicidade mais recente
pode ser confirmada pela intensificação de deslocamentos e circulação de
pessoas ocorrida pós-II Guerra Mundial, seja resultante de guerras e
conflitos entre povos, catástrofes naturais (“refugiados” ou “migrantes
ambientais”) ou por motivos laborais. O sentido Sul-Norte também já não
limita os estudos e as relações mais tensas, consolidando outros
movimentos e tendências na mobilidade, alterando os perfis migratórios e
abrindo uma “brecha” para investigações, agendas e ações. 
Apresente, em seguida, a Agenda 2030, da Organização das Nações
Unidas (ONU), composta por 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
(ODS). Enfatize os ODS 8, Trabalho decente e crescimento econômico, e
ODS 10, Redução das Desigualdades – que tocam na questão da
migração –, por meio da reprodução de algumas de suas metas em
slides exibidos via projetor para toda a turma.
Cada grupo deve apresentar sua proposta para a turma. Aproveite
para realizar intervenções e perguntas para incentivar a discussão
coletiva sobre as diferentes abordagens e perspectivas.
Aliás, isso impulsiona novas abordagens não mais centradas
exclusivamente nos aspectos laborais e “passam a representar uma rede
muito mais complexa de circulação de pessoas, assente em fatores como
a migração econômica, de consumo e de talento” (MATIAS, 2014, p. 10).
[...].
Manuel Castells, em Observatório Global (2006), afirma que a globalização
não pode ser restrita somente ao deslocamento de empresas e fluxos de
capitais.Grandes fluxos migratórios a partir da pobreza, e sobretudo, da
esperança de um futuro melhor para seus filhos suscitam o espírito
empreendedor migratório e fazem com que a América Latina, África e Ásia
se convertam, junto com o Leste Europeu, em fonte contínua de pessoas
que buscam, nas zonas ricas da Europa e da América, as oportunidades de
vida e de trabalho que não são oferecidas em seus países de origem.
CAVALCANTI, V. R. S.; SILVA, A. C. Histórias e geografias sem fronteiras? Migrações, gênero e
(in)tolerâncias entre Brasil, Portugal e Espanha. In: SANTOS, M. L., ANUNCIAÇÃO, C. S.,
CAVALCANTI, V., eds. Migrações e identidades: várias óticas e perspectivas [online]. Ilhéus,
BA: EDITUS, 2017, pp. 15-48.
Algumas metas do ODS 10 - Redução das Desigualdades
10.1 Até 2030, progressivamente alcançar e sustentar o crescimento da
renda dos 40% da população mais pobre a uma taxa maior que a média
nacional.
10.2 Até 2030, empoderar e promover a inclusão social, econômica e
política de todos, independentemente da idade, sexo, deficiência, raça,
etnia, origem, religião, condição econômica ou outra.
10.3 Garantir a igualdade de oportunidades e reduzir as desigualdades de
resultado, inclusive por meio da eliminação de leis, políticas e práticas
discriminatórias e promover legislação, políticas e ações adequadas a
este respeito.
Em seguida, apresente a letra da música Palavra acesa, de José Francisco
das Chagas e Fernando Antonio Filizola, gravada pelo Quinteto Violado,
por meio de cópias impressas distribuídas aos estudantes ou por meio da
reprodução em slides exibidos via projetor para toda a turma. Se possível,
também ouça a música com os estudantes. Indique como na letra da
música podem ser observadas as necessidades básicas humanas junto
com as necessidades de expressão e aborde o tema das migrações
internas.
Cada grupo deve apresentar sua proposta para a turma. Aproveite
para realizar intervenções e perguntas para incentivar a discussão
coletiva sobre as diferentes abordagens e perspectivas.
10.7 Facilitar a migração e a mobilidade ordenada, segura, regular e
responsável de pessoas, inclusive por meio da implementação de políticas
de migração planejadas e bem geridas.
Algumas Metas do ODS 8 - Trabalho decente e crescimento econômico
8.7 Tomar medidas imediatase eficazes para erradicar o trabalho forçado,
acabar com a escravidão moderna e o tráfico de pessoas, e assegurar a
proibição e eliminação das piores formas de trabalho infantil, incluindo
recrutamento e utilização de crianças-soldado, e até 2025 acabar com o
trabalho infantil em todas as suas formas.
8.8 Proteger os direitos trabalhistas e promover ambientes de trabalho
seguros e protegidos para todos os trabalhadores, incluindo os
trabalhadores migrantes, em particular as mulheres migrantes, e pessoas
em empregos precários.
NAÇÕES UNIDAS BRASIL. Objetivo 10. Redução das Desigualdades. Disponível em:
https://nacoesunidas.org/pos2015/agenda2030/. Acesso em: 30 jan. 2020.
Palavra acesa
Se o que nos consome fosse apenas fome
Cantaria o pão
Como o que sugere a fome
Para quem come
Como o que sugere a fala
Para quem cala
Como que sugere a tinta
Para quem pinta
Como que sugere a cama
Para quem ama
https://nacoesunidas.org/pos2015/agenda2030/
Terminada a apresentação dos textos, e tendo sido sanadas as dúvidas
que eventualmente surgiram, oriente os estudantes a voltarem a compor
seus grupos de origem e solicite que elaborem uma reflexão sobre o tema
das migrações, com base nos textos motivadores e nos conhecimentos
construídos ao longo de sua formação. Após a leitura dos relatores, abra
a plenária para o debate.
Palavra quando acesa, não queima em vão
Deixa uma beleza posta em seu carvão
E se não lhe atinge como uma espada
Peço, não me condene, oh, minha amada
Pois as palavras foram pra ti, amada
Pra ti, amada
Oh, pra ti, amada
Palavra quando acesa, não queima em vão
 Deixa uma beleza posta em seu carvão
 E se não lhe atinge como uma espada
 Peço não me condene, oh, minha amada
 Pois as palavras foram pra ti, amada
 
Pra ti, amada
 Oh, pra ti, amada
Pra ti, amada
 Pra ti, amada
 Oh, pra ti, amada
Questão 1
Conforme o texto, os imigrantes contribuem em qual aspecto nos países
mencionados?
A. Integração da cultura da nação.
B. Ampliação da tolerância religiosa.
C. Desenvolvimento de serviços manuais.
D. Fomento de auxílios governamentais.
E. Dinamização do mercado de trabalho. (Alternativa correta).
AFERIÇÃO E ACOMPANHAMENTO DA APRENDIZAGEM
As questões abaixo foram obtidas através do recurso Monte Sua prova.
Escolha as que mais se adequam à sua realidade de debate e vivência ao
longo das aulas e aplique-as com seus estudantes. Oportunamente, faça
correção coletiva e utilize o momento da correção para explorar novas
oportunidades de aprendizagem.
A migração tem sido objeto de um intenso debate político nos últimos anos. Ao
analisar o impacto econômico da migração nos países anfitriões, é constatado
que, de modo geral, a migração aumenta o crescimento econômico e a
produtividade nesses países. Nas economias avançadas, os imigrantes
aumentam a produção e a produtividade tanto no curto como no médio prazo.
Um aumento de 1 ponto percentual no fluxo imigratório em relação ao total do
emprego aumenta a produção em quase 1%.
ENGLER, P. et al. A migração para economias avançadas pode acelerar o crescimento. Disponível
em: www.imf.org. Acesso em: 10 nov. 2021 (adaptado).
Questão 2
Os movimentos migratórios existentes no Brasil, a partir de 2001, mostram
que 41% dos habitantes do país não eram naturais do município de
residência e cerca de 16% deles não eram procedentes da Unidade
Federativa em que moravam.
http://www.imf.org/
Questão 3
Considerando a realidade exposta, assinale a alternativa que apresenta,
corretamente, motivos que estimularam fluxos migratórios nesse período.
A. A ausência de ciclos econômicos e de investimentos produtivos, públicos ou
privados.
B. A contínua e crescente desintegração dos espaços urbanos e rurais.
C. A migração pendular, que provoca um estado de crise permanente de repulsão
da população.
D. A saída do campo para a cidade devido às precárias condições de trabalho lá
existentes.
E. O desenvolvimento dos sistemas de transportes, energia e comunicações. 
(Alternativa correta). 
TEXTO I
Mais de 50 mil refugiados entraram no território húngaro apenas no primeiro
semestre de 2015. Budapeste lançou os “trabalhos preparatórios” para a
construção de um muro de quatro metros de altura e 175 km ao longo de sua
fronteira com a Sérvia, informou o ministro húngaro das Relações Exteriores.
“Uma resposta comum da União Europeia a este desafio da imigração é muito
demorada, e a Hungria não pode esperar. Temos que agir”, justificou o ministro.
Disponível em: www.portugues.rfi.fr. Acesso em: 19jun. 2015 (adaptado).
TEXTO II
O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) critica as
manifestações de xenofobia adotadas pelo governo da Hungria. O país foi
invadido por cartazes nos quais o chefe do executivo insta os imigrantes a
respeitarem as leis e a não “roubarem” os empregos dos húngaros. Para o
ACNUR, a medida é surpreendente, pois a xenofobia costuma ser instigada por
pequenos grupos radicais e não pelo próprio governo do país.
Disponível em: http://pt.euronews.com. Acesso em: 19 jun. 2015 (adaptado).
http://www.portugues.rfi.fr/
http://pt.euronews.com/
O posicionamento governamental citado nos textos é criticado pelo ACNUR por ser
considerado um caminho para o(a)
A. Alteração do regime político.
B. Fragilização da supremacia nacional.
C. Expansão dos domínios geográficos.
D. Cerceamento da liberdade de expressão.
E. Fortalecimento das práticas de discriminação. (Alternativa correta).
Núcleo deNúcleo de
Produção deProdução de
Conteúdo eConteúdo e
FormaçãoFormação

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