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GRUPO SER EDUCACIONAL 
UNINASSAU PETROLINA 
GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA 
REJANE DA COSTA GENOVÊS E BRUNA FERREIRA DA SILVA COELHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO DE PESQUISA 
 
 
 
O USO DE PLANTAS MEDICINAIS NO TRATAMENTO DE DOENÇAS 
CRÔNICAS: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Petrolina/PE 
2024 
REJANE DA COSTA GENOVÊS E BRUNA FERREIRA DA SILVA COELHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O USO DE PLANTAS MEDICINAIS NO TRATAMENTO DE DOENÇAS 
CRÔNICAS: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
 
 
 
 
 
Projeto de Pesquisa apresentado como 
critério avaliativo para aprovação na 
disciplina TCC 1 – Trabalho de Conclusão 
de Curso 1, na graduação em Farmácia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PETROLINA/PE 
2024 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 4 
1.1 Tema e Problema ................................................................................................ 5 
1.2 Justificativa ....................................................................................................... 6 
1.3 Objetivos ........................................................................................................... 7 
1.3.1 Objetivo Geral ................................................................................................. 7 
1.3.2 Objetivos Específicos ..................................................................................... 7 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................... 8 
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ........................................................... 12 
3.1 Caracterização do Estudo ................................................................................ 12 
3.2 População e amostra....................................................................................... 12 
3.3 Instrumentos de Coleta de Dados ...................................................................12 
REFERÊNCIAS ....................................................................................................14
4 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O uso de plantas medicinais é uma prática que já é utilizada a muito tempo 
considerada uma prática milenar, cada vez mais vem ganhado um espaço no 
tratamento de diversas doenças crônicas. Essa herança cultural, baseada em 
observações empíricas e na sabedoria convencional, tem contribuído para a 
compreensão e utilização das plantas medicinais como recursos terapêuticos naturais 
segundo Gilbert et al, (2022). 
A importância desse tema tem como foco o desafio global das doenças 
crónicas, que constituem uma parte significativa da carga de morbidade e mortalidade 
em todo o mundo, como as doenças cardiovasculares, a diabetes, o cancro, as 
doenças respiratórias crônicas e as perturbações neurológicas, que têm um impacto 
significativo na qualidade de vida das pessoas e representam um enorme fardo para 
os sistemas de saúde (Carvalho, 2010) 
Este trabalho também visa explorar o potencial das plantas medicinais no 
tratamento de doenças crônicas, por meio de uma revisão bibliográfica que abrange 
estudos recentes e relevantes na área. 
Para Gilbert et al, (2022), a utilização de plantas medicinais, fundamentada 
em conhecimentos tradicionais e observações empíricas, tem contribuído 
significativamente para o desenvolvimento de tratamentos naturais e acessíveis para 
doenças crônicas. 
Segundo Gilbert et al, (2022, p. 58), “a prática do uso de plantas medicinais é 
uma herança cultural baseada em observações empíricas e na sabedoria 
convencional”. Na série A. Normas e Manuais Técnicos Cadernos de Atenção 
Básica, n. 31, ressalta que: 
 
O uso de plantas medicinais, uma prática milenar, continua a 
expandir seu espaço no tratamento de diversas doenças 
crônicas. Esta abordagem terapêutica não apenas é acessível e 
econômica, mas também oferece alternativas naturais, muitas 
vezes com menos efeitos colaterais em comparação aos 
medicamentos sintéticos. (Brasil, 2012, p. 59). 
5 
 
1.1 Tema e Problema 
 
 
O tema deste trabalho é o uso de plantas medicinais como alternativa 
terapêutica no tratamento de doenças crônicas. Apesar dos avanços na medicina 
moderna, muitas pessoas ainda recorrem às plantas medicinais como uma alternativa 
ou complemento aos tratamentos convencionais. No entanto, a eficácia e a segurança 
de muitas dessas plantas ainda são alvo de estudos científicos. 
Com o aumento do interesse pelo uso de plantas medicinais como alternativa 
ou complemento aos tratamentos convencionais, é essencial investigar sua eficácia e 
segurança. Nesse contexto, pergunta-se: Quais são as evidências científicas que 
comprovam a eficácia e a segurança das plantas medicinais no tratamento de 
doenças crônicas? Como a história credibiliza o uso de ervas e plantas para cura de 
doenças? 
O motivo desta pesquisa é a crescente busca por tratamentos naturais e 
acessíveis para doenças crônicas, que são responsáveis por uma grande parte da 
morbidade e mortalidade no mundo. Muitas pessoas recorrem às plantas medicinais 
devido à crença de que são mais seguras e têm menos efeitos colaterais do que os 
medicamentos sintéticos. No entanto, há uma necessidade urgente de validar 
cientificamente essas práticas para garantir que elas sejam realmente eficazes e 
seguras. 
A pesquisa busca responder à seguinte questão: Existem evidências científicas 
suficientes que respaldam o uso de plantas medicinais como uma alternativa 
terapêutica eficaz e segura para o tratamento de doenças crônicas? 
A questão de pesquisa é clara e direta, focando especificamente na eficácia e 
segurança das plantas medicinais no tratamento de doenças crônicas, o que delimita 
o tema de forma a permitir uma investigação aprofundada. 
Este problema de pesquisa está inserido na área da Farmácia e da Medicina, 
com ênfase na fitoterapia e no desenvolvimento de tratamentos baseados em plantas. 
A validação científica dessas práticas é crucial para sua integração na medicina 
moderna e para assegurar que os pacientes estejam recebendo tratamentos que são 
tanto eficazes quanto seguros. 
6 
 
1.2 Justificativa 
 
 
A escolha deste tema é justificada por diversos aspectos de ordem pessoal, 
profissional e social. 
Primeiramente, do ponto de vista pessoal e profissional, existe um interesse 
profundo em compreender e explorar as alternativas naturais de tratamento, 
especialmente no contexto da prática farmacêutica. A fitoterapia, que estuda o uso de 
plantas medicinais, apresenta-se como uma área relevante e promissora, podendo 
fornecer alternativas complementares à medicina convencional, com potenciais 
benefícios para os pacientes. 
Organizacionalmente, é fundamental que a prática farmacêutica seja baseada 
em evidências científicas robustas. A revisão das evidências sobre o uso de plantas 
medicinais pode contribuir para uma abordagem mais informada e segura, garantindo 
que os profissionais de saúde possam oferecer recomendações fundamentadas e 
eficazes (Carvalho, 2010). Assim, o estudo das plantas medicinais se torna um 
componente crucial para a formação de um conhecimento técnico e científico que 
apoie a prática clínica. 
Socialmente, o uso de plantas medicinais tem uma relevância significativa, 
especialmente em comunidades com acesso limitado a medicamentos convencionais 
(Gilbert et al, 2022). A validação científica desses tratamentos pode proporcionar 
alternativas seguras e eficazes para essas populações, contribuindo para a saúde 
pública e a melhoria da qualidade de vida. Ao investigar e documentar a eficácia e 
segurança das plantas medicinais, este trabalho visa promover o acesso a 
tratamentos naturais de forma mais segura e confiável, beneficiando assim a 
sociedade como um todo. 
Portanto, a escolha deste tema é respaldada pela necessidade de integrar 
práticas naturais à medicina moderna, pela importânciade fundamentar 
cientificamente essas práticas e pelo potencial impacto positivo na saúde das 
comunidades com recursos limitados. 
7 
 
1.3 Objetivos 
 
 
1.3.1 Objetivo geral 
 
 
Explorar a evolução histórica do uso de plantas medicinais, desde as práticas 
tradicionais até sua integração na medicina moderna, destacando sua relevância no 
tratamento de doenças crônicas. Analisando a eficácia, segurança e aplicabilidade 
das plantas medicinais no tratamento de doenças crônicas, por meio de uma revisão 
da literatura científica. 
 
1.3.2 Objetivos específicos 
 
 
• Identificar as plantas medicinais mais comuns utilizadas no tratamento 
de doenças crônicas e mapear suas principais propriedades terapêuticas. 
• Investigar os mecanismos de ação dos compostos ativos das plantas 
medicinais no organismo, com foco nos efeitos em doenças crônicas como diabetes, 
hipertensão e artrite. 
• Analisar a eficácia e os resultados de estudos clínicos e experimentais 
sobre o uso de plantas medicinais em comparação com tratamentos farmacológicos 
convencionais para doenças crônicas. 
• Explorar os potenciais efeitos adversos e interações medicamentosas 
das plantas medicinais, com base em estudos de segurança e toxicidade. 
• Avaliar a viabilidade do uso das plantas medicinais no tratamento de 
doenças crônicas, considerando aspectos como dosagem, formas de administração 
e custos em comparação aos medicamentos convencionais. 
• Investigar as percepções dos profissionais de saúde e dos pacientes 
sobre o uso de plantas medicinais no manejo de doenças crônicas, incluindo 
vantagens, desvantagens e desafios para a integração na prática clínica. 
• Analisar a regulamentação e diretrizes de segurança para o uso de 
plantas medicinais, incluindo sua aprovação e uso nos sistemas de saúde de 
diferentes países. 
 
 
8 
 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
 
A fundamentação teórica deste trabalho visa oferecer uma base para a 
análise do uso de plantas medicinais no tratamento de doenças crônicas. A revisão 
de literatura abordará a história e evolução dessa prática, as principais plantas 
utilizadas, seus mecanismos de ação, e as evidências científicas sobre sua eficácia 
e segurança. O uso de plantas medicinais remonta a diversas culturas antigas, 
sendo uma prática tradicional na medicina de várias civilizações ao longo da 
história. 
Conforme Gilbert et al, (2022), as plantas medicinais têm sido empregadas 
em diferentes contextos culturais desde tempos antigos, refletindo uma rica 
herança de conhecimento empírico. Esse uso histórico evidencia a importância 
das plantas medicinais na medicina tradicional e sua evolução até os dias atuais, 
quando são cada vez mais incorporadas à prática médica moderna. 
A literatura científica identifica várias plantas medicinais que têm sido 
amplamente estudadas por suas propriedades terapêuticas. Entre as mais 
destacadas estão o ginseng, a cúrcuma e o gengibre. Segundo Silva et al. (2021), 
essas plantas são reconhecidas por seus compostos bioativos que podem ter 
efeitos benéficos no tratamento de doenças crônicas, como inflamação e doenças 
cardiovasculares. Os estudos demonstram que esses compostos podem atuar em 
diferentes mecanismos fisiológicos, oferecendo alternativas naturais para o 
tratamento de condições de saúde crônicas. 
Os mecanismos de ação das plantas medicinais envolvem a interação de 
seus compostos bioativos com sistemas biológicos específicos. Por exemplo, a 
curcumina,um dos principais componentes da cúrcuma, tem demonstrado efeitos 
anti- inflamatórios e antioxidantes significativos (Oliveira, 2020). Esses 
mecanismos são essenciais para entender como as plantas medicinais podem 
contribuir para a gestão de doenças crônicas, influenciando processos fisiológicos e 
patológicos no organismo. 
A eficácia e a segurança das plantas medicinais são questões fundamentais 
para sua utilização clínica. Estudos clínicos e pré-clínicos têm investigado os 
efeitos terapêuticos dessas plantas, avaliando tanto os benefícios quanto os 
possíveis efeitos adversos. De acordo com Martins (2023), a revisão das evidências 
científicas é crucial para determinar a eficácia das plantas medicinais no tratamento 
9 
 
de doenças crônicas e para garantir sua segurança no uso a longo prazo. 
As interações entre plantas medicinais e medicamentos convencionais 
podem influenciar a eficácia e a segurança dos tratamentos. A interação de 
compostos vegetais com medicamentos pode alterar a absorção, metabolismo ou 
excreção desses fármacos, potencialmente levando a efeitos adversos ou redução 
da eficácia. Estudos como os de Souza e Almeida (2022) destacam a necessidade 
de monitoramento cuidadoso quando se utilizam plantas medicinais em conjunto 
com medicamentos prescritos. 
 
 
2.1 Histórico do Uso de Plantas Medicinais 
 
O uso de plantas medicinais remonta às primeiras formas de civilização, 
quando os humanos começaram a observar e testar as propriedades terapêuticas de 
diferentes plantas em seu ambiente. Arqueólogos encontraram evidências de que, 
mesmo em sociedades pré-históricas, as plantas eram usadas para tratar 
ferimentos, doenças e promover o bem-estar (Simões, 2017). Por exemplo, há 
registros do uso de plantas medicinais por neandertais, baseados na descoberta de 
pólens de plantas com propriedades curativas em sepulturas antigas, sugerindo que 
nossos ancestrais já reconheciam e utilizavam as propriedades medicinais da flora 
local (Patwardhan et al., 2015). 
As civilizações antigas, como os egípcios, mesopotâmicos, chineses e 
hindus, desenvolveram sofisticados sistemas de medicina tradicional que utilizavam 
plantas para prevenir e tratar doenças. No Antigo Egito, papiros médicos como o 
Papiro Ebers (datado de cerca de 1550 a.C.) listavam centenas de plantas 
medicinais, incluindo o alho (Allium sativum) e a babosa (Aloe vera). Os egípcios 
acreditavam que essas plantas possuíam propriedades curativas para tratar 
inflamações, infecções e problemas digestivos. (Patwardhan et al., 2015) 
Na China, o uso de plantas medicinais é documentado há mais de 5.000 
anos, sendo a medicina tradicional chinesa (MTC) uma das mais antigas e 
complexas práticas de medicina natural ainda em uso. O Shennong Bencao Jing 
(Clássico da Matéria Médica de Shennong), que data do século I a.C., é um dos 
textos fundamentais da MTC, descrevendo mais de 300 plantas medicinais. Plantas 
como o ginseng (Panax ginseng) e o gengibre (Zingiber officinale) são amplamente 
10 
 
reconhecidas por suas propriedades revigorantes e terapêuticas. (Patwardhan et al., 
2015) 
No subcontinente indiano, a prática do Ayurveda – um sistema médico que 
remonta a pelo menos 3.000 a.C. – tem como base o uso de plantas para equilibrar 
os doshas (vata, pitta e kapha), que são os humores biológicos do corpo. O Charaka 
Samhita, um dos textos fundadores do Ayurveda, detalha o uso de plantas como a 
cúrcuma (Curcuma longa), tulsi (Ocimum sanctum) e neem (Azadirachta indica), 
muitas das quais continuam a ser utilizadas no tratamento de doenças crônicas, 
como diabetes e hipertensão. (Patwardhan et al., 2015). 
Durante a Antiguidade Clássica, o uso de plantas medicinais foi amplamente 
documentado por médicos e filósofos gregos e romanos. Hipócrates, o "pai da 
medicina", defendeu o uso de plantas como uma das principais formas de 
tratamento, promovendo a ideia de que os remédios naturais, incluindo plantas, 
poderiam restaurar o equilíbrio dos humores do corpo. Teofrasto e Dioscórides, 
outros renomados estudiosos gregos, também fizeram contribuições significativas. A 
obra de Dioscórides, De Materia Médica, escrita no século I d.C., tornou-se uma 
referência central no uso medicinal de plantas por séculos, catalogando cerca de 
600 espécies de plantas. (Patwardhan et al., 2015). 
Segundo Rocha, 2015, na Idade Média, o conhecimento sobre plantas 
medicinais foi preservado principalmentepor monges em mosteiros, especialmente 
na Europa. Os mosteiros possuíam hortos medicinais onde cultivavam plantas como 
o alecrim (Rosmarinus officinalis), a salva (Salvia officinalis) e a hortelã (Mentha 
spicata), utilizadas para tratar uma variedade de doenças. A medicina árabe também 
floresceu nesse período, com médicos como Avicena (Ibn Sina) escrevendo obras 
influentes, como O Cânone da Medicina, que descrevia o uso de plantas como base 
para tratamentos médicos. 
O Renascimento (séculos XV e XVI) marcou um período de redescoberta e 
expansão do conhecimento sobre plantas medicinais, impulsionado pela invenção da 
prensa de impressão, que facilitou a disseminação de textos sobre botânica e 
fitoterapia. Médicos e botânicos europeus, como Paracelso, começaram a defender 
a importância dos princípios ativos das plantas, e as descobertas de novas espécies 
vegetais durante as grandes navegações trouxeram para a Europa uma grande 
variedade de plantas medicinais desconhecidas. (Rocha, 2015). 
11 
 
De acordo com o autor, na busca de cura as civilizações iam em buscam de 
plantas medicinais conhecidas pelos seus ancestrais, como não sabiam de seus 
efeitos colaterais algumas dessas ervas podiam prejudicar outro órgão, assim com a 
farmacologia é possível ter um medicamento seguro. Como cita: 
 
A partir do século XVIII, com o desenvolvimento da química e 
da farmacologia, os cientistas passaram a isolar os princípios 
ativos das plantas, como a morfina, extraída do Papaver 
somniferum (papoula), e a quinina, derivada da casca da 
Cinchona (quina), revolucionando o tratamento de doenças 
como a malária. Isso marcou o início da transição do uso 
empírico para a fitoterapia baseada em evidências científicas 
(Rocha, 2015). 
 
 
De acordo com Barreto, 2015, os últimos dois séculos, o uso de plantas 
medicinais passou por uma fase de declínio no Ocidente, à medida que os 
medicamentos sintéticos se tornaram amplamente disponíveis e considerados mais 
eficazes. No entanto, nas últimas décadas, o interesse por terapias naturais 
ressurgiu, em parte devido à busca por alternativas aos medicamentos sintéticos e 
ao aumento de doenças crônicas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) 
reconhece o uso de plantas medicinais como uma parte importante dos cuidados de 
saúde e promove sua integração em sistemas de saúde de todo o mundo. 
Hoje, plantas como o alho (Allium sativum), gengibre (Zingiber officinale), 
cúrcuma (Curcuma longa), e o hibisco (Hibiscus sabdariffa) são amplamente 
utilizadas no manejo de doenças crônicas como diabetes, hipertensão, artrite e 
doenças cardiovasculares. Muitos países, como o Brasil, possuem programas 
governamentais de incentivo ao uso de fitoterápicos no Sistema Único de Saúde 
(SUS), reconhecendo o potencial terapêutico das plantas. (Barreto, 2015). 
Atualmente, a pesquisa científica sobre plantas medicinais continua a 
evoluir. Novas tecnologias, como a biotecnologia e a genômica, têm facilitado a 
identificação de novos compostos bioativos e ajudado a entender melhor os 
mecanismos pelos quais essas plantas atuam no tratamento de doenças crônicas. 
Com o aumento da prevalência dessas doenças em todo o mundo, a busca por 
soluções baseadas em plantas medicinais continua a ganhar relevância, tanto pela 
eficácia terapêutica quanto pela redução de efeitos colaterais associados a 
tratamentos convencionais. 
12 
 
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
 
 
A metodologia adotada para este trabalho será uma revisão bibliográfica 
exploratória, de abordagem quantitativa com o objetivo de compilar e analisar 
estudos já realizados sobre o uso de plantas medicinais no tratamento de doenças 
crônicas por meio da revisão de literatura científica e documentos relevantes.. A 
revisão bibliográfica permitirá uma compreensão abrangente e atualizada das 
evidências científicas disponíveis sobre o tema. 
 
3.1 Caracterização do Estudo 
 
 
Este estudo será caracterizado como uma pesquisa bibliográfica de 
natureza qualitativa. A pesquisa baseia-se em fontes secundárias, com foco em 
artigos científicos, livros, dissertações, teses e documentos institucionais. 
 A abordagem qualitativa foi escolhida para permitir uma análise detalhada e 
interpretativa das informações extraídas dos estudos revisados, com foco na 
compreensão dos efeitos, mecanismos de ação e segurança das plantas 
medicinais no tratamento de doenças crônicas. 
 
3.2 População e Amostra 
 
 
A população do estudo será composta por pessoas tratadas com a 
fitoterapia descritas em artigos científicos, livros e teses publicados nos últimos 
dez anos que abordam o uso de plantas medicinais no tratamento de doenças 
crônicas. A amostra será selecionada com base na relevância, credibilidade e 
atualidade das publicações. 
A seleção dos documentos será feita de forma a garantir a inclusão de 
estudos significativos que contribuam para uma visão abrangente e atualizada 
sobre o tema. 
 
3.3 Instrumentos de Coleta de Dados 
 
 
Os dados serão coletados por meio de pesquisa em bases de dados 
13 
 
acadêmicas, como PubMed, Scielo e Google Scholar. A coleta de dados envolverá 
a análise de artigos científicos, livros e teses pertinentes ao uso de plantas 
medicinais. Os critérios de seleção incluirão a relevância dos resultados 
apresentados e a qualidade metodológica dos estudos. Serão incluídos na revisão 
apenas os trabalhos que atendam a esses critérios e que ofereçam evidências 
substanciais sobre o uso das plantas medicinais em contextos clínicos. 
14 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
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profissionais envolvidos. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva) - 
Universidade Federal de Juiz de Fora. Juiz de Fora-MG, 2011. 
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atualizada conforme o novo Acordo Ortográfico. Rio de Janeiro: Nova 
Fronteira, 2009. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento 
de Atenção Básica. Práticas integrativas e complementares: plantas 
medicinais e fitoterapia na Atenção Básica/Ministério da Saúde. 
Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – Brasília : 
Ministério da Saúde, 2012 
CARVALHO, A. C. B. de; PEREIRA, A. M. S. Plantas medicinais no Brasil: 
nativas e exóticas. 2. ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 
2010. 
GILBERT, B., ALVES, L. F., and FAVORETO, R. F. Monografias de Plantas 
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15 
 
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