Buscar

4ª Aula D Processual Civil II 0309 Direito processual civil terceira aula

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Direito processo civil – quarta aula – dia 03/09/2015
Princípios gerais da execução
Doutrina 
Marcos vinÍcios Rios Gonçalves 
Processo civil 
===
PRINCIPIO DA AUTONOMIA DO PROCESSO DE EXECUÇÃO
Esse princípio se aplica aos processos de execução fundados em título executivo extrajudicial, baseado em titulo executivo judicial decorrente de sentença penal condenatória, sentença arbitral e sentença estrangeira devidamente homologada pelo STJ, bem como nas execuções promovidas contra a fazenda pública. Esse princípio não se aplica nas execuções imediatas denominadas cumprimento de sentença, porque decorrentes de um processo sincrético que é um processo único dotado de duas fases, uma fase cognitiva e a outra a fase executiva, não havendo de se falar em autonomia porque o cumprimento de sentença não se verifica em outro processo. 
PRINCÍPIO DA PATRIMONIALIDADE 
Com previsão no artigo 591 do CPC este princípio significa que o devedor responde pelas suas obrigações com os seus bens presentes e futuros , salvo algumas restrições legiais.
PRINCÍPIO DO EXATO ADIMPLEMENTO 
Esse princípio significa que o processo de execução deve atribuir ao credor exatamente aquilo que seria obtido caso o devedor espontaneamente cumprisse com a sua obrigação. 
Neste sentido o artigo 461 do CPC confere ao juiz poderes para assegurar ao credor um resultado pratico equivalente ao que seria obtido na hipótese de o devedor cumprisse com a sua obrigação.
A eventual conversão em perdas e danos deve ser excepcional, de maneira que somente irá ocorrer caso o credor faça essa opção ou quando impossível o cumprimento específico ou equivalente. 
PRINCÍPIO DA DISPONIBILIDADE DO PROCESSO DE EXECUÇÃO PELO CREDOR
 Esse princípio significa que o exequente pode desistir do processo a qualquer tempo, desde que o executado não tenha embargado a execução. Isso porque caso o executado tenha embargado a execução, pode ter interesse em obter uma sentença de mérito desconstituindo ou declarando a invalidade do título com força de coisa julgada, impedindo que o exequente proponha novamente uma outra ação de execução, daí porque nessa situação o executado tem que concordar com o pedido de desistência da execução formulado pelo exequente (credor).
PRINCÍPIO DA UTILIDADE 
Esse princípio significa que a execução somente encontra fundamento quando trouxer algum proveito ou vantagem para o credor, não se admitindo o seu prosseguimento quando apenas prejudicar o devedor e não trouxer nenhum benefício para o credor.
PRINCÍPIO DA MENOR ONEROSIDADE 
 Esse princípio está previsto no artigo 620 do CPC e significa que quando a execução puder ser promovida por mais de uma forma, o credor deverá promove-la da maneira menos gravosa para o devedor. 
PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO 
Trata-se de um princípio insculpido no artigo 5º I 55 da CF e que decorre de um brocardo “Audiatur et altera parz” ( ouça-se a parte contraria), cujo significado importa em que as partes tem o direito de ter ciência dos atos processuais praticados bem como a oportunidade de se manifestar sobre eles, tratando-se da bilateralidade dos atos processuais. No processo de execução esse princípio também tem aplicação, ainda que em menor amplitude do que no processo de conhecimento. Isso porque no processo de execução não se tem uma sentença de mérito, todavia, existem atos processuais em relação aos quais necessária se faz a manifestação do executado, como por exemplo a ciência e o direito a impugnação de uma conta de liquidação apresentada pelo credor. Também tem o direito de apresentar as exceções ou objeções de pré-executividade. 
COMPETENCIA PARA O PROCESSO DE EXECUÇÃO 
A competência para o processo de execução está disciplinada nos artigos 475 P e 576 do CPC. O artigo 475 P trata da competência voltada ao cumprimento de sentença e o artigo 576 trata da competência do processo de execução fundado em titulo executivo extrajudicial. 
Competência fundada no artigo 475 P
Considerando a competência para o cumprimento de sentença (lactu sensu – sentido amplo), temos as seguintes hipóteses: 
I – se processará nos tribunais, nas causas de sua competência originária;
II – no juízo que processou a causa no primeiro grau de jurisdição;
III – no respectivo juízo competente, quando se tratar de sentença penal condenatória, de sentença arbitral e sentença estrangeira; 
 
Os incisos I e II são de competência funcional, pois a execução está vinculada a um processo de conhecimento que o antecedeu, tratando-se de competência absoluta. 
O inciso II tem uma particularidade pois admite que o exequente também promova o cumprimento de sentença no local em que o devedor tenha bens ou no atual domicilio do devedor. 
A finalidade dessa regra é aplicar o princípio da economia e celeridade processual, pois com isso se evita, por exemplo, a expedição de carta precatória ou a prática de outras diligencias. Essa permissão consta do paragrafo único do artigo 475 P do CPC. 
Dessa forma temos três juízos concorrentes para o processo e julgamento do cumprimento de sentença com base no inciso II e que são os seguintes: 
 O local onde tramitou o processo de conhecimento;
 O local onde o devedor tem bens;
 O local do atual domicílio do devedor;
Ainda com relação ao inciso II, o juízo que receber a petição de cumprimento de sentença e venha a se entender por competente solicitará ao juízo de origem que lhe encaminhe os autos do processo principal, sendo que ao final os autos serão arquivados no juízo por onde tramitou o cumprimento de sentença. 
==
Inciso III 
O inciso III não é de competência funcional uma vez que a sentença penal condenatória, a sentença arbitral e a sentença estrangeira não decorreram de um prévio processo de conhecimento. 
Tratando-se da sentença penal condenatória a competência para o processo de execução será determinada nos termos do artigo 94 e seguintes do CPC, de maneira que a competência será absoluta ou relativa dependendo do caso concreto. 
Tratando-se de sentença arbitral, a competência será do foro em que se realizou a arbitragem.
Tratando-se de sentença estrangeira devidamente homologada pelo STJ, a execução deverá ser processada perante a justiça federal de primeiro grau – artigo 109 I 10 da CF, sendo que a sessão judiciária competente será determinada de acordo com as regras do CPC e da CF. 
==
COMPETENCIA PARA EXECUÇÃO DO TITULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL 
Fundada no artigo 576 do CPC. 
A competência para a execução de titulo executivo extrajudicial está fundada no artigo 576 do CPC cujo comando estabelece que devem ser observadas as regras gerais estabelecidas para o processo de conhecimento, pois, este dispositivo determina que se observe o livro 1 titulo IV capítulos II e III que versam sobre as regras de competência internacional e interna. 
A competência é relativa, sendo necessário verificar se há foro de eleição, caso em que este será o competente;
Não havendo foro de eleição, competente será o foro do local onde devera ser feito ou realizado o pagamento, artigo 100 I IV alínea D do CPC;
Não havendo indicação do lugar ou praça de pagamento, observa-se a regra geral de competência do foro do domicilio do réu.

Continue navegando