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1.6 Fontes do direito O Direito, apesar de seu dinamismo, contém muitas ideias permanentes, que se conservam presentes no curso da História. Sem o exame das raízes históricas, qualquer estudo do Direito restará capenga, sem sustentação lógica, por vezes, incompreensível. Procurar uma fonte de uma regra é buscar o ponto de onde ela brotou para a vida social.10 A expressão fontes do Direito apresenta sentidos diversos. Há entendimento de que por fontes do Direito devem ser entendidos os “processos de produção de normas jurídicas”, destacando-se que tais processos “pressupõem sempre uma estrutura de poder. Nesse enfoque, as fontes de Direito correspondem às formas de poder, quais sejam: o processo legislativo; a jurisdição; os usos e costumes jurídicos, os quais exprimem o poder social; a fonte negocial ou da autonomia da vontade.11 A doutrina, faz ainda menção as fontes materiais ou formais que representam o meio pelo qual o Direito se manifesta em um ordenamento jurídico. Nesse sentido, as fontes materiais do Direito são os motivos éticos, morais, históricos, sociológicos, econômicos, religiosos e políticos que deram origem à norma jurídica. Relacionam-se aos fatores reais que condicionaram o aparecimento da norma jurídica as razões (econômicas, sociais, políticas etc.). Já as fontes formais do Direito podem ser entendidas como os modos de manifestação das normas jurídicas. Nessa perspectiva, as fontes formais do Direito são as formas de expressão do Direito, ou seja, os meios de exteriorização das normas jurídicas. As fontes formais podem ser estatais e não estatais. As estatais subdividem-se em legislativas (leis, decretos, regulamentos etc.) e jurisprudenciais (sentenças, precedentes judiciais, súmulas etc.). A isso podemos acrescer as convenções internacionais, pelas quais dois ou mais Estados estabelecem um tratado, daí serem fontes formais estatais convencionais. As não estatais, 9Garcia, Gustavo Filipe Barbosa. Introdução ao estudo do direito: teoria geral do direito. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense: São Paulo: MÉTODO, 2015, p. 140. 10 Venosa, Sílvio de Salvo. Introdução