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EXMO.(A) SR.(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA 62ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE SERRAVILLE/RS
Processo de origem nº: 00008987-98.2023.4.5.0031
FLÁVIO DUTRA, já devidamente qualificado nos autos dos Embargos à Execução, que move em desfavor de JOANA BRADIBURGO DUMONT, também já qualificada nos autos, por intermédio de seu advogado legalmente constituído através de instrumento procuratório em anexo, inconformado com a respeitável Sentença proferida por este Juízo, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência interpor 
RECURSO DE APELAÇÃO
com base nos artigos 1.009 a 1.014 do Código de Processo Civil, requerendo a intimação da Apelada para contrarrazões, nos termos do art. 1.010, §1º do CPC, e que em seguida sejam os autos encaminhados ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Rio Grande do Sul, com as inclusas razões recursais anexa.
De igual modo, o Apelante esclarece que enfrenta dificuldades financeiras para suportar os encargos processuais sem comprometer seu sustento pessoal, como demonstram os documentos juntados. Dessa forma, requer a concessão do benefício da justiça gratuita, conforme previsão no art. 98, VIII e dispositivos subsequentes do Código de Processo Civil.
Nesses termos, pede deferimento. 
Serraville/RS, (data).
(Nome, assinatura, advogado e OAB)
AO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE RIO GRANDE DO SUL
RAZÕES DO RECURSO DE APELAÇÃO
Apelante: FLÁVIO DUTRA
Apelado: JOANA BRADIBURGO DUMONT
Processo de Origem Nº: 00008987-98.2023.4.5.0031
62ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE SERRAVILLE/RS
COLENDA CÂMARA,
A sentença de fls.xx, data vênia, não pode prosperar, merecendo a reforma, nos termos expostos a seguir.
1. DO CABIMENTO E PREPARO
É pertinente elucidar que a interposição do presente recurso é condizente com a natureza da decisão tomada, em consonância com o estabelecido pelo artigo 994 do Código de Processo Civil.
Considerando que a sentença em questão foi fundamentada nos termos do art. 487, I CPC, a apelação em análise encontra-se apta e é cabível.
Art. 994. São cabíveis os seguintes recursos:
I - apelação;
No tocante às questões financeiras, o recorrente declara expressamente que suas condições econômicas não lhe permitem arcar com os custos do preparo sem colocar em risco o seu sustento diário, conforme comprovação por meio dos extratos anexos. 
Destarte, requer a concessão da gratuidade de justiça, em conformidade com o disposto no art. 98, VIII e seguintes do Código de Processo Civil. Dessa forma, fica dispensado do pagamento das custas do porte de remessa e de retorno, cf. art. 1.007, caput e § 3º, CPC/15, tendo em vista que o processo é conduzido em meio eletrônico.
2. DA TEMPESTIVIDADE
A tempestividade deste Recurso de Apelação encontra-se solidamente fundamentada, começando a contar-se o prazo no dia útil imediatamente posterior à consulta do teor da intimação da sentença, fato que aconteceu em (dia)/(mês)/(ano).
A luz dos dispositivos legais, mais especificamente, o art. 1.003, § 5º, o art. 219 e o art. 231, inciso V, todos inseridos no Código de Processo Civil, estabelece-se o período de 15 dias úteis para a interposição do recurso, concluindo-se assim, o prazo final no dia (dia)/(mês)/(ano).
3. DOS FATOS
O autor da ação, Flávio Dutra, promoveu uma Ação de Responsabilidade Civil por Danos Materiais e Morais, reivindicando a quantia de R$ 72.000,00 (setenta e dois mil reais) por danos materiais e R$ 5.000,00 (cinco mil reais) por danos morais. O processo foi registrado sob o número 00008987-98.2023.4.5.0031 e distribuído para a 62ª Vara Cível de Serraville/RS, tendo como ré Joana Bradiburgo Dumont.
No dia 15 de março de 2023, Flávio Dutra estava conduzindo seu veículo em uma via bastante transitada de Serraville quando sofreu um acidente de trânsito. O sinistro foi provocado por Joana, que operava seu automóvel de maneira negligente, ocasionando uma colisão intensa com o carro do autor, o que lhe causou danos físicos significativos e um profundo abalo moral.
Durante a fase de contestação, Joana refutou as acusações de negligência, argumentando que o acidente foi resultado de condições climáticas adversas, como forte chuva e visibilidade reduzida, que tornaram o evento imprevisível e fora de seu controle, contestando assim a responsabilidade exclusiva pelos prejuízos alegados.
Entretanto, a sentença inicial proferida pelo juízo de primeira instância julgou a ação improcedente, aceitando as justificativas da ré de que as condições meteorológicas adversas foram as causadoras do acidente, e não ações ou decisões sob seu controle.
Contrariamente às alegações da defesa, constam nos autos evidências que desmentem a presença de quaisquer elementos imprevisíveis ou incontroláveis como chuvas intensas. Inclusive, uma gravação adicionada na folha 729 dos autos, demonstra claramente que em um dia ensolarado, a Sra. Joana executou uma manobra abrupta e em alta velocidade, o que foi decisivo para a ocorrência do acidente.
Diante da decisão adversa proferida, Flávio Dutra não se conforma e recorre a este respeitável Tribunal de Justiça, buscando a reforma da sentença emitida, baseando-se nas provas jurídicas e nos argumentos que serão detalhadamente expostos.
4. DO MÉRITO E DAS RAZÕES RECURSAIS
4.1. Princípio do Livre Convencimento Motivado e a Necessidade de Análise Adequada das Provas
A decisão inicial proferida neste caso não levou em conta evidências essenciais que são decisivas para um julgamento justo da matéria litigiosa. Durante a tramitação processual, destacam-se as provas inseridas aos autos às fls. 729, consistindo em uma gravação de vídeo que captura, de forma clara e indiscutível, a manobra abrupta efetuada pela parte recorrida, Joana Bradiburgo Dumont.
Esta ação foi a causadora direta do sinistro debatido, responsabilidade essa inequivocamente demonstrada nas imagens, mas negligenciada na análise pelo juízo de primeira instância.
Adicionalmente, o material probatório anexado desmonta completamente a defesa da recorrida de que o incidente foi provocado por condições meteorológicas imprevistas e adversas, pois é categórico ao mostrar que não ocorria chuva alguma, com condições de visibilidade e estado da via completamente favoráveis, o que contradiz frontalmente as alegações da defesa.
É imperativo destacar que a negligência do magistrado singular em não considerar tais provas constitui uma violação grave ao Princípio do Livre Convencimento Motivado, assegurado pelo artigo 371 do Código de Processo Civil. 
Art. 371. O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento
Este princípio determina que o juiz deve fundamentar seu veredito nas evidências dos autos, o que claramente não ocorreu. A ausência de ponderação sobre esses elementos compromete não apenas a imparcialidade, mas também a justiça da decisão emitida.
Portanto, é solicitado a este Egrégio Tribunal que reavalie a sentença emitida, considerando devidamente as provas citadas, para que a verdade seja plenamente estabelecida e a justiça, finalmente, seja realizada.
A correção dessa omissão é essencial para garantir que os princípios de direito sejam respeitados e que o julgamento reflita fielmente os fatos provados nos autos.
4.2 Da Obrigação de Indenizar
O cerne desta ação reside na responsabilidade civil, conforme preceitua o artigo 186 do Código Civil, que estabelece: 
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Desta forma, torna-se evidente que indivíduos que infligem danos a terceiros, seja por culpa ou dolo, estão compelidos a ressarcir os prejuízos causados.
No contexto fático que nos compete, a ré Joana, por sua conduta negligente ao conduzir seu veículo, categoricamente se enquadra nesta definição de ato ilícito. A negligência demonstrada por ela é evidenciada pela falta de adoção de precauções básicas esperadas de qualquer condutor prudente, exemplificada
claramente pelo seu ato de ultrapassagem em zona onde tal manobra é vedada, constituindo uma violação direta das leis de trânsito e, portanto, um ato de negligência.
Adicionalmente, conforme estabelecido pelo artigo 927 do Código Civil, indivíduos que cometem atos ilícitos, conforme descritos nos artigos 186 e 187, são legalmente compelidos a reparar os danos causados.
Esta norma legal sublinha a obrigação de compensar prejuízos resultantes de negligências ou imprudências, consolidando o dever de indenizar aqueles que foram adversamente afetados.
Com base nisso, impõe-se à ré o dever legal de compensar os danos infligidos ao demandante, decorrentes de seu comportamento imprudente.
É crucial enfatizar que a responsabilidade civil inclui compensações tanto por danos materiais quanto morais. Os danos materiais compreendem todas as perdas econômicas diretas que o autor sofreu devido à conduta ilícita, que abarcam desde os custos para reparo do veículo danificado até despesas médicas necessárias post-acidente.
Por outro lado, os danos morais relacionam-se com o sofrimento emocional provocado, como angústia e trauma psicológico, cuja indenização é frequentemente concedida pela jurisprudência nacional em casos de acidentes de trânsito comprovados.
Portanto, com fundamento nas disposições legais aplicáveis, requer-se que a ré seja condenada ao pagamento de indenizações adequadas por danos materiais e morais, visando a justa reparação dos prejuízos experimentados pelo autor.
5. DOS PEDIDOS
Diante das exposições feitas e confiando no acurado discernimento e compromisso com a justiça desta Egrégia Corte, o Apelante requer:
Concessão de Gratuidade da Justiça: Que seja deferida a gratuidade judiciária ao Apelante, amparado pelos termos do art. 98, inciso VIII, e seguintes do Código de Processo Civil, em virtude de sua insuficiência de recursos, garantindo-se assim o acesso à justiça sem prejuízo de seu sustento.
Admissibilidade do Recurso: Que este Tribunal reconheça a admissibilidade do presente recurso, confirmando que estão satisfeitos todos os pressupostos legais e processuais necessários para sua análise e julgamento.
Reforma da Sentença Recorrida: Que, ao ser julgado, este recurso seja integralmente provido, resultando na reforma da sentença emitida pelo juízo a quo, para que reflita os ditames da lei e os princípios de equidade, reconhecendo-se os direitos do Apelante conforme as provas dos autos.
Condenação da Parte Adversa: Que a parte recorrida seja condenada ao ressarcimento dos danos materiais e morais sofridos pelo Apelante, como determina o artigo 927 do Código Civil, assegurando-se assim a reparação adequada e justa pelos prejuízos incorridos.
Nesses termos, pede deferimento. 
(Local), (data).
(Nome, assinatura, advogado e OAB)
EXMO.(A) SR.(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA 
62
ª VARA CÍVEL DA 
COMARCA DE 
SERRAVILLE
/
RS
 
 
Processo de origem nº: 
00008987
-
98.2023.4.5.0031
 
 
 
FLÁVIO DUTRA
, 
já devidamente qualificado nos autos 
dos 
Embargos à Execução
,
 
que move em desfavor 
de 
JOANA BRADIBURGO 
DUMONT
, 
também já qualificad
a
 
nos autos, 
por intermédio
 
de seu advogado 
legalmente constituído através de instrumento procuratório em anexo, 
inconformad
o
 
com a respeitável Sentença proferida por este Juízo
, 
vem respeitosamente à presença 
de Vossa Excelência interpor 
 
 
RECURSO DE APELAÇÃO
 
 
com base nos artigos 1.009 a 1.014 do Código de Processo 
Civil, requerendo a intimação da Apelada para contrarrazões, nos termos do 
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010, §1º do CPC, e que em seguida sejam os 
autos encaminhados ao Egrégio 
Tribunal de Justiça do Estado de 
Rio Grande 
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o Sul
, 
com as inclusas razões recursais 
anexa.
 
De igual modo, 
o Apelante 
esclarece que enfrenta dificuldades 
financeiras para suportar os encargos processuais sem comprometer seu sustento 
pessoal, como demonstram os documentos juntados. Dessa forma, 
requer
 
a concessão 
do benefício da justiça gratuita, conforme previsão no art. 98, VIII e dispositivos 
subsequentes do Código de Processo Civil.
 
 
Nesses termos, pede deferimento. 
 
 
Serraville/RS
, (data).
 
 
(Nome, assinatura, advogado e OAB)
 
 
 
EXMO.(A) SR.(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA 62ª VARA CÍVEL DA 
COMARCA DE SERRAVILLE/RS 
 
Processo de origem nº: 00008987-98.2023.4.5.0031 
 
 
FLÁVIO DUTRA, já devidamente qualificado nos autos dos 
Embargos à Execução, que move em desfavor de JOANA BRADIBURGO 
DUMONT, também já qualificada nos autos, por intermédio de seu advogado 
legalmente constituído através de instrumento procuratório em anexo, inconformado 
com a respeitável Sentença proferida por este Juízo, vem respeitosamente à presença 
de Vossa Excelência interpor 
 
RECURSO DE APELAÇÃO 
 
com base nos artigos 1.009 a 1.014 do Código de Processo 
Civil, requerendo a intimação da Apelada para contrarrazões, nos termos do art. 
1.010, §1º do CPC, e que em seguida sejam os autos encaminhados ao Egrégio 
Tribunal de Justiça do Estado de Rio Grande do Sul, com as inclusas razões recursais 
anexa. 
De igual modo, o Apelante esclarece que enfrenta dificuldades 
financeiras para suportar os encargos processuais sem comprometer seu sustento 
pessoal, como demonstram os documentos juntados. Dessa forma, requer a concessão 
do benefício da justiça gratuita, conforme previsão no art. 98, VIII e dispositivos 
subsequentes do Código de Processo Civil. 
 
Nesses termos, pede deferimento. 
 
Serraville/RS, (data). 
 
(Nome, assinatura, advogado e OAB)

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