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Resenha livro: Mentes Perigosas, o psicopata mora ao lado.

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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR ALMEIDA RODRIGUES
FAR – FACULDADE ALMEIDA RODRIGUES
DIREITO
GLAIDSON LUCAS C. TEIXEIRA
 
PSICOLOGIA JURÍDICA
RIO VERDE – GO
2015/02
GLAIDSON LUCAS C. TEIXEIRA
RESENHA DO LIVRO: Mentes Perigosas, o psicopata mora ao lado.
Trabalho Acadêmico apresentado à Faculdade Almeida Rodrigues – FAR, como requisito parcial para obtenção da nota de Psicologia Jurídica sob orientação da professora Elquissana Quirino.
RIO VERDE
2015/02
SILVA, Ana Beatriz Barbosa. Mentes Perigosas: O psicopata mora ao lado. 1ª Ed. Editora Fontanar, 2008, 213 p.
	Ana Beatriz Barbosa Silva é uma psiquiatra brasileira, graduada em Medicina pela UERJ com pós-graduação em Psiquiatria pela UFRJ. É também professora Honoris Causa pela UniFMU-SP e Presidente da AEDDA – Associação dos Estudos dos Distúrbios do Déficit de atenção (SP), Diretora da Clínica Ana Beatriz Barbosa Silva – Comportamento Humano e Psiquiatria. O livro Mentes Perigosas é um Best seller, a forma com que 	Ana abordou a questão do Psicopatismo e suas vertentes foi muito importante para as áreas que estudam ou trabalham diretamente com esses indivíduos, auxiliou no incentivo da melhor análise de um comportamento que é tão comum e que acaba passando despercebido na sociedade.
	O texto é narrado em primeira pessoa ocasionando assim certa proximidade do leitor com o livro. A escritora demonstra no início do livro que é muito difícil conhecer um psicopata, pois ele não é só aquele individuo mal encarado, brutamontes, mal educado, nas próprias palavras dela, “o livro decorre sobre pessoas frias, insensíveis, manipuladoras, perversas, transgressoras de regras sociais, impiedosas, imorais, sem consciência e desprovida de sentimento de compaixão, culpa ou remorso”, mas alguns psicopatas são como pessoas normais, com trabalhos normais, rotinas como a de qualquer pessoa. Explica exatamente o que são os psicopatas, como são e o que são capazes de fazer, informando assim o público geral para estar sempre atento às pessoas em sua volta, pois as pessoas que os psicopatas mais apreciam são aquelas desinformadas, indefesas. A Ana consegue ser bem clara com suas falas, demonstrando o conhecimento vasto que tem com a experiência que a sua profissão lhe proporciona. Percebe-se que a escritora enfatiza muito a questão do psicopata ser uma pessoa ruim, capaz de monstruosidades, sendo até repetitiva demais quando cita as características.
	É bem interessante quando em um trecho é abordada a questão da consciência, e argumenta-se dizendo que certa vez ouviu um professor dizer que “ser consciente é ser capaz de amar”, pois a consciência transita entre a razão e a sensibilidade, e que mais que um comportamento, a consciência pode também ser definida como uma emoção, sendo ela aquela que orienta o ser humano a ser correto, responsável, generoso, a pensar também no próximo, na natureza, e o psicopata é desprovido de consciência. O psicopata se encontra em qualquer ambiente, independente de raça, cultura, orientação sexual, nível financeiro está infiltrado na sociedade e são como predadores. Não são fáceis de identificar, podendo permanecer na vida de alguém por anos sem que esse alguém perceba, e em todos esses anos usar de artifícios ardilosos para conseguir tudo aquilo que desejam, seja com uma boa conversa, ou com boas “desculpinhas”.
A Ana descreve em seu livro diversas histórias as quais tomou conhecimento e que demonstraram claramente o quão perigoso é o psicopata e que ele pode facilmente destruir vidas sem se preocupar com nada nem ninguém. Vai se moldando com os capítulos uma espécie de manual de como identificar um psicopata, e a característica mais marcante que o psicopata tem é a capacidade de fazer um individuo sentir pena dele, se aproveitam da piedade, da generosidade alheia, fragilizando assim a pessoa que passa a ser coagida mesmo sem perceber. Dentre as características do psicopata está também a ausência de culpa, a ausência de empatia, a capacidade de contar mentiras, trapacear e manipular, a pobreza de emoções, o auto controle deficiente,a necessidade de excitação, falta de responsabilidade, problemas comportamentais precoces e o comportamento transgressor no adulto.
Segundo descrito no livro, o psicopata está presente também nas empresas e por muitas vezes em cargos altos, usando de artifícios para conseguir subir cada vez mais profissionalmente, eles buscam o poder e o domínio, derrubando quem quer que esteja na frente, e a Ana dá dicas sobre como um entrevistador pode reconhecer um psicopata já na entrevista de emprego. São apresentados casos que repercutiram na mídia nacional que demonstram com clareza o quanto o psicopata pode ser perigoso, que qualquer motivo por simples que seja já é motivo para cometer os atos mais cruéis. A reincidência no caso de crimes cometidos por psicopatas é muito grande também, e poderia ser evitada caso fossem feitas analises corretamente dentro dos presídios, ou mesmo antes do individuo entrar na reclusão, para dificultar a saída daquele indivíduo que não consegue conviver em sociedade.
A psicopatia também pode atingir menores de idade, e choca a população do mundo inteiro porque por vezes trata-se de crianças que deveriam estar brincando, estudando, mas que acabam planejando crimes bárbaros, e fica também a questão sobre a consciência daquelas crianças, se realmente elas sabiam o que estavam fazendo. O Brasil não pune menores de 18 anos, e sociedade clama por justiça quando o menor de idade comete um crime cruel. Diversos projetos de lei surgem com o intuito de punir o menor, entretanto não é tão simples, é um assunto complexo demais por tratar questões sociais, legais e ideológicas, e sobre o discernimento de crianças acerca de seus atos. O livro traz dados a respeito da maioridade penal, demonstrando a dificuldade que o mundo todo tem em decidir com quantos anos o individuo consegue responder pelos seus atos.
No decorrer do livro questões são postas em debate, “de onde vem o senso moral?”, o que é “senso de justiça e compaixão” e como a evolução dos seres vivos é relacionada com esses valores morais e éticos, o estudo das teorias da mente e do cérebro social. O ser humano é um ser inteligente, pensante, e desde o princípio dos tempos carrega e constrói valores morais, mas por ser inteligente consegue contornar a moral justificando motivos para guerras e conflitos, assim como ocorre ao redor do mundo todo. É preciso entender o que é a razão e a emoção, a Ana explica também como são as regiões do cérebro ao tomar decisões relacionadas com a moral. Já quase no fim tenta-se responder o que pode ser feito com os psicopatas, qual conduta os pais devem ter, enumerando até um manual de sobrevivência.
O livro é bastante interessante, um conteúdo de muito proveito e que cada um deveria ler, pois evitaria problemas que acontecem constantemente em uma sociedade que sofre tanto pelos malefícios que o psicopata causa. É inevitável não conviver com eles pelo menos um pouco da vida, então o essencial é usar o livro como um manual, entendendo como é o psicopata, porque, onde, como age, para estar preparado caso um desses apareça em sua vida e tente destruí-la.

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