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Prof. Assoc. Paulo C. L. Segantine 100 m GRAMOMETRIA É a parte da Mensuração que estuda os processos e instrumentos utilizados nas medições dos alinhamentos entre pontos topográficos que se pretende representar. O comprimento de um alinhamento pode ser obtido por: 1. Medições diretas 2. Medições indiretas 3. Medições eletrônicas Medições diretas Uma medição é considerada ‘direta’ quando o instrumento usado na medição apoia-se na superfície física ao longo do alinhamento. Os instrumentos normalmente utilizados para medições de distâncias diretas são chamados de “diastímetros” (como por exemplo: trenas, fitas de aço, trenas de aço). 1. Passo médio 2. Passômetro 3. Odômetro 4. Som/Relógio 5. Réguas graduadas Rampa Subida Descida 0º 0,80 m 0,80 m 5º 0,73 m 0,77 m 10º 0,66 m 0,73 m 15º 0,59 m 0,70 m 20º 0,53 m 0,66 m Rziha propõe para o passo médio: senpP 1 Aclive Declive 2 1 senpP 1. Cadeia de agrimensor 2. Trenas de pano ou de lona 3. Trenas de aço 4. Fio de invar GROSSEIROS SISTEMÁTICOS ACIDENTAIS Erros mais comuns nas medições lineares topográficas: 1. Engano do número de trenadas Erros mais comuns nas medições lineares topográficas: 1. Engano do número de trenadas 2. Erro de leitura no diastímetro Erros mais comuns nas medições lineares topográficas: 1. Engano do número de trenadas 2. Erro de leitura no diastímetro 3. Erro de aproximação na leitura de aproximação no diastímetro 1. Engano do número de trenadas 2. Erro de leitura no diastímetro 3. Erro de aproximação na leitura de aproximação no diastímetro 4. Erro na grafia dos algarismos Erros mais comuns nas medições lineares topográficas: 1. Engano do número de trenadas 2. Erro de leitura no diastímetro 3. Erro de aproximação na leitura de aproximação no diastímetro 4. Erro na grafia dos algarismos 5. Erro de aproximação do ponto ‘zero’ Erros mais comuns nas medições lineares topográficas: 1. Engano do número de trenadas 2. Erro de leitura no diastímetro 3. Erro de aproximação na leitura de aproximação no diastímetro 4. Erro na grafia dos algarismos 5. Erro de aproximação do ponto ‘zero’ 6. Erro devido ao comprimento do diastímetro Erros mais comuns nas medições lineares topográficas: Erro devido ao comprimento do diastímetro nn r Ctrenadaocompriment Ctrenadaocompriment Lmedidoocompriment Lrealocompriment nominal A regra de três é inversa porque, quanto maior for o diastímetro, menor será o número de vezes que caberá dentro da linha. Exemplo aplicativo Um alinhamento foi medido com uma trena, que depois de aferida media 19,96m e registrou 113,30m. Qual o comprimento real deste alinhamento? mLL C C L L rr nn r 07,113 20 96,19*30,113 Erros mais comuns nas medições lineares topográficas: 7. Erro devido a temperatura tLCT **0 Comprimento nominal da trena Coeficiente de dilatação do material Diferença de temperatura 8. Erro devido a catenária Erros mais comuns nas medições lineares topográficas: 0 2 3 8 L f CC F LP f 8 * 20 Cc = erro provocado pela catenária; f = flecha central; L0 = vão livre medido. F = força aplicada na operação P = peso próprio do material 2 3 0 2 24 * F LP CC O erro devido a catenária é do tipo positivo e pode ser desprezível para pequenas cordas. 9. Erro devido a tensão )(** 00 FFLcC fF Erros mais comuns nas medições lineares topográficas: cf = coeficiente de dilatação devido a tensão F0 = força padrão indicada pelo fabricante F = força aplicada na operação L0 = vão livre medido 10. Erro devido de horizontalidade do diastímetro. Erros mais comuns nas medições lineares topográficas: 11. Erro devido a verticalidade da baliza Erros mais comuns nas medições lineares topográficas: 12. Erro devido ao desvio lateral Erros mais comuns nas medições lineares topográficas: 13. Erro devido a inclinação do terreno Erros mais comuns nas medições lineares topográficas: v = variação de altura considerada para o comprimento da trena utilizada. O limite do erro depende naturalmente do objetivo e consequentemente da precisão. Este limites são fixados em normas cadastrais. DHe 015,0 Terrenos planos Terrenos ligeiramente inclinados DHe 020,0 Terrenos inclinados DHe 025,0 . resolução de diferentes tipos de triângulos. Aplicam conceitos da Trigonometria e da Geometria São de utilização rápida onde a distância entre dois pontos topográficos é calculada através da medição de outras grandezas, não havendo, portanto, a necessidade de percorrer o alinhamento para compará-la com a grandeza padrão. Geralmente utilizam recursos óticos para efetuar as medições. vantagem de seu uso em regiões de relevo acidentado. A distância é obtida através de um triângulo retângulo ou um triângulo isósceles trigonometria plana DE CF ABCG DE AB CF CG * Aplicando o princípio estadimétrico, GREEN (1778) construi um aparelho simples, composto por um tubo de 3 fios, a que deu o nome de estadia. 1º caso: ângulo vertical de altura igual a zero 00 - luneta horizontal. 2º caso: ângulo vertical de altura diferente de zero 00 - luneta inclinada. CHDH *100 Aláticos Analáticos HDH *100 FIFSH Exemplo aplicativo: Se desejarmos medir um alinhamento AB, o teodolito (composto por uma luneta analática) será instalado em A, e a mira será instalada em B; em seguida, faz-se as leituras dos fios estadimétricos superior e inferior e suponhamos ter encontrado mmFS 1282 e mmFI 815 . Qual o valor da distância AB? mmmDH 700,4646700100*467 Aláticos cos*cos**100 2 CHDH Analáticos 2cos**100 HDH FIFSH L 1 L 2 1 2 i DH Este método é indicado para os teodolitos que possuem apenas os fios axiais (vertical e horizontal). No caso de se utilizar aparelhos que possuem além dos fios axiais, fios estadimétricos, o operador deve utilizar sempre os mesmos fios como referência para as leituras na mira. Este método é indicado para os teodolitos que possuem apenas os fios axiais (vertical e horizontal). L 1 L 2 1 2 i DH 12 12 tantan LL DH L 1 L 2 1 2 i DH Calcule a distância entre os pontos sabendo: L1 = 1282mm α1= 2º 32´ 42” L2 = 1645mm α2= 4º 24´ 16” DH = 11,143m As medições de distâncias, davam preferência às grandezas angulares em relação às grandezas lineares, dada a maior precisão conseguida pelas medições angulares. No passado distanciômetros eletrônicos mudou esta relação. No presente Existem diferentes tipos de EDMs, que utilizam: microondas, laser, ondas de rádio etc. Os mais comuns são aqueles que funcionam com infravermelho, por serem mais leves e de fácil manuseio. Medição de distâncias • Através de instrumentos topográficos mede-se sempre a distância inclinada. O distanciômetro eletrônico pode ser acopladoa um teodolito ótico ou eletrônico; Ainda pode ser inserido num teodolito eletrônico (estação total). DI2002 S DI3000S DI2002 S DI3000S TM1100 TC307 TC407 Pentax Prisma ótico TC 702 Medições angulares / Medição de distâncias com infravermelho (IR). Precisão angular de 2". Faz correção automática do erro de linha visada, de eixo inclinado, de índice vertical, inclinação do eixo vertical, curvatura da terra e refração. TCR 702 Medições angulares / Medição de distâncias com infravermelho(IR) / Medição de distâncias sem alvo refletor (RL). Precisão angular de 2". Faz correção automática do erro de linha visada, de eixo inclinado, de índice vertical, inclinação do eixo vertical, curvatura da terra e refração. TCRA 702 Medições angulares / Medição de distâncias com infravermelho (IR) / Medição de distâncias sem alvo refletor (RL) / Reconhecimento automático dos alvos (ATR) / Topografia motorizada. Precisão angular de 2". Faz correção automática do erro de linha visada, de eixo inclinado, de índice vertical, inclinação do eixo vertical, curvatura da terra e refração. A medição eletrônica é baseada na emissão e recepção de uma onda eletromagnética. A B L Precisão da distância medida eletronicamente É função, principalmente, de: • Resolução do indicador de fase (capacidade do aparelho de medir defasagem); Precisão da distância medida eletronicamente É função, principalmente, de: • Resolução do indicador de fase (capacidade do aparelho de medir defasagem); • Freqüência da onda usada para a medida da fração decimal da distância; Precisão da distância medida eletronicamente É função, principalmente, de: • Resolução do indicador de fase (capacidade do aparelho de medir defasagem); • Freqüência da onda usada para a medida da fração decimal da distância; • Estabilidade das freqüências das ondas (oscilador). Correções de distâncias medidas eletronicamente • Correções sistemáticas devido aos erros instrumentais; Correções de distâncias medidas eletronicamente • Correções sistemáticas devido aos erros instrumentais; • Correções causadas pelas condições atmosféricas; Correções de distâncias medidas eletronicamente • Correções sistemáticas devido aos erros instrumentais; • Correções causadas pelas condições atmosféricas; • Correções geométricas. Correções dos erros instrumentais • Constante de adição (prismas não adaptados ao instrumento de medida), geralmente = 0; Correções dos erros instrumentais • Constante de adição (prismas não adaptados ao instrumento de medida), geralmente = 0; • Constante de escala ( variação da freqüência da onda de modulação usada pelo instrumento). Já existem aparelhos com auto correção; Correções dos erros instrumentais • Constante de adição (prismas não adaptados ao instrumento de medida), geralmente = 0; • Constante de escala ( variação da freqüência da onda de modulação usada pelo instrumento). Já existem aparelhos com auto correção; • Erros cíclicos (erros devido a um defeito na medida da defasagem entre ondas transmitidas e recebidas calibração ou auto- correção). Correções atmosféricas Os instrumentos são calibrados para condições atmosféricas pré-determinadas, normalmente: • Pressão atmosférica = 760 mm/Hg (1013 mb); • Temperatura do ar = 12° Para outras condições atmosféricas faz-se necessário corrigir as medidas realizadas de acordo com a fórmula de Barrel & Sears. Correções atmosféricas 7857,0 t237,3 7,5t x absoluto valor em relativa, umidadeh C; em atemperaturt mb; em pressãop ppm; em aatmosféric Correção s : 10 )16,273(100 27,11 00366,01 29035,0 5,281 Onde t h t p s x Exemplo: 89,17857,0 413,237 41*5,7 10* )4116,273(100 95*27,11 41*00366,01 993*0,29035 -281,5s :Assim % 95h C 41 993 745 x t mbHgmmP x Exemplo: ppms s 4,33 64,270,2505,281 Em instrumentos modernos, basta inserir temperatura e pressão que ele calcula automaticamente o ppm e corrige as distâncias. Correções geométricas Dependem das altitudes dos pontos medidos, da latitude local, do elipsóide de referência e do sistema de coordenadas plano adotado. Meça uma distância mínima de 30 metros com trena, por estadimetria e com estação total. Faça um relatório e comente as vantagens e desvantagens de cada método. Tipos de distâncias Existem diversas distâncias relevantes sob a ótica da Mensuração: •Inclinada; •Horizontal; •Esférica; •Plana. •Vetor P Q Distância inclinada L’ Distância horizontal DH (L) DN Superfície terrestre Distâncias inclinada e horizontal horizontal L (distância horizontal) P Q Zênite senLL ou LL cos Quando é válida esta expressão? senLL ou LL cos Somente para pontos suficientemente próximos, entre os quais se possa desconsiderar a curvatura terrestre. Distância esférica Considerando-se então a curvatura terrestre e adotando-se uma esfera como a superfície de referência, tem-se a seguinte situação: A’ L A L B L 0 A H A 0 A B’ 0 B B B H R R = raio da Terra B = altitude do ponto B H A = altitude do ponto A H L A = distância esférica no nível A L B = distância esférica no nível B L 0 = distância esférica no nível do geóide B B A A HR L HR L R L 0 R H L L C C 1 0 Generalizando: ppm HR H d C C 610Re dLLL cc Re*0 Na prática, opera-se com valores em ppm adotando-se uma altitude média para a região na qual desenvolveu-se o levantamento. Seja uma distância de 1253,936 metros medida num local de raio médio igual a 6362,735 km, altitude ortométrica igual a 854,159 metros e latitude igual a 21° 58´ 32”. Qual o valor desta distância no nível do geóide? Valores para a distância esférica considerando-se alguns valores de altitude. Distância esférica [m] Valores de altitude h [m] 1000 2000 5000 10 000 0 0 0 0 0 10 1000,002 2000,003 5000,008 10000,016 100 1000,016 2000,031 5000,078 10000,157 500 1000,078 2000,157 5000,392 10000,785 1000 1000,157 2000,314 5000,785 10001,570 L = distância horizontal em A; L A = distância esférica no nível de A; C A = corda AB’; α = ângulo no centro da Terra. A B B’ R L H A L A C A H = 0 B’ = projeção de B sobre A na superfície esférica; Relação distância esférica versus distância horizontal α Arco AB’ *AA HRL Corda AB’ 2 *2 senHRC AA tangente AB tan*AHRL valores do arco valores do arco LA [m] valores da corda CA [m] valores da tangente L [m] diferença LA -CA [m] diferença L-LA [m] 1’ 1855,285 1855,285 1855,285 6*10 -6 5,23*10 -5 2’ 3710,570 3710,570 3710,570 5,23*10 -5 4,71*10 -4 5’ 9276,425 9276,424 9276,431 8,17*10 -4 0,007 10’18552,850 18552,843 18552,902 0,006 0,059 30’ 55658,550 55658,373 55658,963 0,177 1,590 1º 111317,100 111315,687 111328,404 1,413 12,717 Redução de distâncias inclinadas Significa calcular, a partir do valor da distância inclinada, o valor da distância projetada sobre uma superfície de referência. Reduzir a partir do ângulo vertical 2 *cos* 2 *cos* HLsenHLLA 2 *cos* 2 *cos* HLsenHLLB Distância do nível A: Distância do nível B: cos*LLm Distância no nível médio entre A e B Para os cálculos dessas distâncias, é importante o conhecimento do ângulo . Para os cálculos dessas distâncias, é importante o conhecimento do ângulo . Entretanto, o ângulo medido é o ângulo vertical de altura do alinhamento AB, que também não é o ângulo . Entendendo a refração A atmosfera terrestre é composta por uma combinação de diversos gases e vapor d’água. Ao atravessar uma parte da atmosfera, a visada AB que se esperava ser retilínea, sofre uma curvatura. Isto ocorre devido ao efeito da refração. é o ângulo de altura efetivamente medido. é o ângulo de refração. 2 * K Considerando a teoria do nivelamento trigonométrico, admite-se que: K = 0,1306 valor médio do coeficiente de refração obtido por Gauss, JORDAN (1944). Arredondado para 0,13. 2 1 2 K cos*LLr Tomando-se o ângulo de altura efetivamente medido, obtem-se uma distância denominada distância reduzida - Lr - dada por 2 1* 2 coscos 2 1coscos 2 1cos KHLL KLLL KLL r r r Substituindo a equação do valor de na equação de 2 *1*cos* KHLLr Considerando ainda que o ângulo seja suficientemente pequeno, pode- se adotar 1 2 cos Então equação será: R L 22 Assim, pode-se a partir deste momento calcular a diferença de distância entre o valor de Lr e os demais valores calculados. Sabendo- se que: R K HLLL KHLL HLKHLLL Ar Ar ArA 2 2 ** 2 .2 2 cos 2 1cos R K LHLL HKLL HLKHLLL Br Br BrB 2 ** 2 2 cos 2 1cos R K LhLL KHLL LKHLLL mr mr mrm 2 1 ** 2 1 cos 2 1cos Lh Lh Lh m B A **10*684,0 **10*102,0 **10*466,1 7 7 7 Os erros em função da diferença de altitude e da distância esférica S, para K= 0,13 e R=6 356,778 km (região de São Carlos), têm- se: Considere , para a qual deseja-se calcular a altitude Hr da distância reduzida Lr. 0 AB HHH H K HH K HH ABr 2 1 2 HHHHH ABr *935,0*065,0 Introduzindo-se o valor de K = 0,13: Considerando as relações apresentadas e que AB HHH , tem-se que: cos**11,14 kmL equação aproximada Os cálculos anteriores podem ser realizados em função do ângulo vertical corrigido , conforme apresentado a seguir: cos*LLr HHH Am * 2 1 senLH * Exemplo: A partir de um ponto P, de altitude 870 m, visou-se um ponto Q, obtendo-se os seguintes valores: L’ = 5643,856 m = 5 04’ 29” Pede-se reduzir a distância PQ ao nível do mar (para R0 = 6362,733 km). Solução através do ângulo vertical medido HHHHH ABr *935,0*065,0 cos.LLr kmLr 735,5621"29 '04 5cos .856,5643 O valor real de H é dado por: HHr *935,0870 cos**11,14 e metros) em (R )aproximado(valor 2 cos'. 2 2 cos '. 0 0 kmL HR L senL H A Simplificadamente pode-se adotar: senLH * m senH 226,499"29'045*856,5643 0 Assim: m 2265,13362265,499*935,0870 rH ppm HR H d C C 610Re ppm HR H d C C 610Re ppmd 05,21010 13376362735 7768,1336 Re 6 dLLL cc Re*0 m L 552,5620 10 210 *7331,56217331,5621 60 Solução através do ângulo vertical corrigido cos**11,14 kmL senLH * cosLLm ppm HR H d C C 610Re dLLL cc Re*0 Distância plana Em diversos cálculos relativos à determinação de coordenadas em Mensuração considera-se um plano de projeção, a partir do qual define-se o sistema de coordenadas NE. As distâncias planas são distâncias deformadas, que variam de acordo com o tipo de relação da projeção adotada. No Brasil adota-se o sistema de projeção UTM. Projeção UTM Cilíndrica Conforme Geodésica-plana UTM Escala > verd Escala > verd Geodésica-plana UTM As distâncias planas são diferentes das distâncias “topográficas” Geodésica-plana UTM As distâncias planas são diferentes das distâncias “topográficas” Para que as distâncias planas possam ser locadas no terreno, elas necessitam ser corrigidas pelo fator de escala local da projeção utilizada. Distância entre as antenas vetor
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