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Cristiano Chaves_Os reflexos do novo CPC no direito de família

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O novo CPC e as Ações de 
Família 
Promotor de Justiça do Ministério Público do Estado da Bahia
1. O PROCEDIMENTO ESPECIAL DAS AÇÕES DE 
FAMÍLIA. 
 
 Art. 693, novo CPC:
“As normas deste Capítulo aplicam-se aos processos 
contenciosos de divórcio, separação, reconhecimento e 
extinção de união estável, guarda, visitação e filiação.
Parágrafo único. A ação de alimentos e a que versar 
sobre interesse de criança ou de adolescente observarão 
o procedimento previsto em legislação específica, 
aplicando-se, no que couber, as disposições deste 
Capítulo.”
Art. 731, novo CPC:
“A homologação do divórcio ou da separação consensuais, 
observados os requisitos legais, poderá ser requerida em petição 
assinada por ambos os cônjuges, da qual constarão:
I – as disposições relativas à descrição e à partilha dos bens 
comuns;
II – as disposições relativas à pensão alimentícia entre os cônjuges;
III – o acordo relativo à guarda dos filhos incapazes e ao regime de 
visitas; 
IV – o valor da contribuição para criar e educar os filhos.
Parágrafo único. Se os cônjuges não acordarem sobre a partilha 
dos bens, far-se-á esta depois de homologado o divórcio, na forma 
estabelecida nos arts. 647 a 658.”
Art. 695, novo CPC:
“Recebida a petição inicial e, se for o caso, tomadas as 
providências referentes à tutela provisória, o juiz ordenará a citação 
do réu para comparecer à audiência de mediação e conciliação, 
observado o disposto no art. 694.
§ 1º O mandado de citação conterá apenas os dados necessários à 
audiência e deverá estar desacompanhado de cópia da petição 
inicial, assegurado ao réu o direito de examinar seu conteúdo a 
qualquer tempo.
§ 2º A citação ocorrerá com antecedência mínima de 15 (quinze) 
dias da data designada para a audiência.
§ 3º A citação será feita na pessoa do réu.
§ 4º Na audiência, as partes deverão estar acompanhadas de seus 
advogados ou de defensores públicos.”
Art. 696, novo CPC:
“A audiência de mediação e conciliação poderá dividir-se 
em tantas sessões quantas sejam necessárias para 
viabilizar a solução consensual, sem prejuízo de 
providências jurisdicionais para evitar o perecimento do 
direito.”
Art. 697, CPC:
“Não realizado o acordo, passarão a incidir, a partir 
de então, as normas do procedimento comum, 
observado o art. 335.”
Art. 698, novo CPC:
“Nas ações de família, o Ministério Público somente 
intervirá quando houver interesse de incapaz e 
deverá ser ouvido previamente à homologação de 
acordo.”
Súmula 99, STJ:
“O Ministério Público tem legitimidade para recorrer no processo 
que oficiou como fiscal da lei, ainda que não haja recurso da 
parte.”
 
Art. 279, novo CPC:
“É nulo o processo quando o membro do Ministério Público não for 
intimado a acompanhar o feito em que deva intervir.
§ 1º Se o processo tiver tramitado sem conhecimento do membro 
do Ministério Público, o juiz invalidará os atos praticados a partir do 
momento em que ele deveria ter sido intimado.
§ 2º A nulidade só pode ser decretada após a intimação do 
Ministério Público, que se manifestará sobre a existência ou a 
inexistência de prejuízo.”
Art. 65, novo CPC:
“Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não alegar a 
incompetência em preliminar de contestação.
Parágrafo único. A incompetência relativa pode ser alegada pelo 
Ministério Público nas causas em que atuar.”
 
Art. 72, novo CPC:
“O juiz nomeará curador especial ao:
I – incapaz, se não tiver representante legal ou se os interesses 
deste colidirem com os daquele, enquanto durar a incapacidade;
II – réu preso revel, bem como ao réu revel citado por edital ou com 
hora certa, enquanto não for constituído advogado.
Parágrafo único. A curatela especial será exercida pela Defensoria 
Pública, nos termos da lei.”
Art. 699, CPC:
“Quando o processo envolver discussão sobre fato 
relacionado a abuso ou a alienação parental, o juiz, 
ao tomar o depoimento do incapaz, deverá estar 
acompanhado por especialista.”
 
Art. 6º, Lei n. 12.318/10:
“Caracterizados atos típicos de alienação parental ou qualquer conduta que 
dificulte a convivência de criança ou adolescente com genitor, em ação 
autônoma ou incidental, o juiz poderá, cumulativamente ou não, sem prejuízo da 
decorrente responsabilidade civil ou criminal e da ampla utilização de 
instrumentos processuais aptos a inibir ou atenuar seus efeitos, segundo a 
gravidade do caso:  
I - declarar a ocorrência de alienação parental e advertir o alienador;  
II - ampliar o regime de convivência familiar em favor do genitor alienado;  
III - estipular multa ao alienador;  
IV - determinar acompanhamento psicológico e/ou biopsicossocial;  
V - determinar a alteração da guarda para guarda compartilhada ou sua 
inversão; 
VI - determinar a fixação cautelar do domicílio da criança ou adolescente; 
VII - declarar a suspensão da autoridade parental.  
Parágrafo único.  Caracterizado mudança abusiva de endereço, inviabilização 
ou obstrução à convivência familiar, o juiz também poderá inverter a obrigação 
de levar para ou retirar a criança ou adolescente da residência do genitor, por 
ocasião das alternâncias dos períodos de convivência familiar.”
2. O PROCEDIMENTO ESPECIAL DE JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA DE 
SEPARAÇÃO CONSENSUAL, DIVÓRCIO CONSENSUAL, 
DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL CONSENSUAL E ALTERAÇÃO 
DO REGIME DE BENS
Art. 733, novo CPC:
“O divórcio consensual, a separação consensual e a extinção 
consensual de união estável, não havendo nascituro ou filhos 
incapazes e observados os requisitos legais, poderão ser 
realizados por escritura pública, da qual constarão as 
disposições de que trata o art. 731. “
Art. 731, novo CPC:
“ A homologação do divórcio ou da separação consensuais, 
observados os requisitos legais, poderá ser requerida em petição 
assinada por ambos os cônjuges, da qual constarão: 
I – as disposições relativas à descrição e à partilha dos bens comuns; 
II – as disposições relativas à pensão alimentícia entre os cônjuges; 
III – o acordo relativo à guarda dos filhos incapazes e ao regime de 
visitas; e 
IV – o valor da contribuição para criar e educar os filhos 
Parágrafo único. Se os cônjuges não acordarem sobre a partilha dos 
bens, far-se-á esta depois de homologado o divórcio, na forma 
estabelecida nos arts. 647 a 658.”
Cláusulas obrigatórias do acordo de 
divórcio consensual (nCPC 731)
Ajuste sobre a partilha dos bens do casal (possibilidade de 
manutenção dos bens em condomínio)
Acordo sobre guarda e visitação dos filhos menores ou 
incapazes
Referência a eventual pensão alimentícia devida entre os 
cônjuges
Previsão de pensão alimentícia devida aos filhos menores
 
STF 305: 
“Acordo de desquite ratificado por ambos os 
cônjuges não é retratável unilateralmente.”
 
STJ 197: 
“O divórcio direto pode ser concedido sem que 
haja prévia partilha dos bens.”
Art. 734, novo CPC: 
“ A alteração do regime de bens do casamento, observados os 
requisitos legais, poderá ser requerida, motivadamente, em petição 
assinada por ambos os cônjuges, na qual serão expostas as razões 
que justificam a alteração, ressalvados os direitos de terceiros. 
§ 1º Ao receber a petição inicial, o juiz determinará a intimação do 
Ministério Público e a publicação de edital que divulgue a pretendida 
alteração de bens, somente podendo decidir depois de decorrido o 
prazo de 30 (trinta) dias da publicação do edital. 
§ 2º Os cônjuges, na petição inicial ou em petição avulsa, podem 
propor ao juiz meio alternativo de divulgação da alteração do regime de 
bens, a fim de resguardar direitos de terceiros. 
§ 3º Após o trânsito em julgado da sentença, serão expedidos 
mandados de averbação aos cartórios de registro civil e de imóveis e, 
caso qualquer dos cônjuges seja empresário, ao Registro Público de 
Empresas Mercantise Atividades Afins. 
Art. 2.039, CC: 
“O regime de bens nos casamentos 
celebrados na vigência do Código Civil anterior, 
Lei nº 3.071, de 1º de janeiro de 1916, é o por ele 
estabelecido.” 
3. O PROCEDIMENTO ESPECIAL DE JURISDIÇÃO 
VOLUNTÁRIA DE INTERDIÇÃO
Art. 747, novo CPC:
“ A interdição pode ser promovida: 
I – pelo cônjuge ou companheiro; 
II – pelos parentes ou tutores; 
III – pelo representante da entidade em que se encontra 
abrigado o interditando; 
IV – pelo Ministério Público. 
Parágrafo único. A legitimidade deverá ser comprovada 
por documentação que acompanhe a petição inicial. “
Art. 748, novo CPC:
“ O Ministério Público só promoverá interdição 
em caso de doença mental grave: 
I – se as pessoas designadas nos incisos I, II e III 
do art. 747 não existirem ou não promoverem a 
interdição; 
II – se, existindo, forem incapazes as pessoas 
mencionadas nos incisos I e II do art. 747. “ 
Art. 1.768, CC: “A interdição deve ser promovida: I - 
pelos pais ou tutores; II - pelo cônjuge, ou por qualquer 
parente; III - pelo Ministério Público.” 
Art. 1.769, CC: “O Ministério Público só promoverá 
interdição: I - em caso de doença mental grave; II - se 
não existir ou não promover a interdição alguma das 
pessoas designadas nos incisos I e II do artigo 
antecedente; III - se, existindo, forem incapazes as 
pessoas mencionadas no inciso antecedente.”
Art. 749, novo CPC:
“Incumbe ao autor, na petição inicial, especificar 
os fatos que demonstram a incapacidade do 
interditando para administrar seus bens e, se for 
o caso, para praticar atos da vida civil, bem 
como o momento em que a incapacidade se 
revelou. 
Parágrafo único. Justificada a urgência, o juiz 
pode nomear curador provisório ao interditando 
para a prática de determinados atos.” 
Art. 750, novo CPC:
“O requerente deverá juntar laudo médico para fazer 
prova de suas alegações ou informar a impossibilidade 
de fazê-lo.” 
A questão do pedido de tutela antecipada (curador 
provisório).
A questão da internação provisória inicial. Art. 4º da Lei 
10.216/2001. STJ, HC 169.172/SP (recursos 
hospitalares insuficientes).
Art. 751, novo CPC:
“O interditando será citado para, em dia designado, comparecer 
perante o juiz, que o entrevistará minuciosamente acerca de sua 
vida, negócios, bens, vontades, preferências e laços familiares e 
afetivos e sobre o que mais lhe parecer necessário para 
convencimento quanto à sua capacidade para praticar atos da vida 
civil, devendo ser reduzidas a termo as perguntas e respostas. 
§ 1º Não podendo o interditando deslocar-se, o juiz o ouvirá no local 
onde estiver. 
§ 2º A entrevista poderá ser acompanhada por especialista. 
§ 3º Durante a entrevista, é assegurado o emprego de recursos 
tecnológicos capazes de permitir ou de auxiliar o interditando a 
expressar suas vontades e preferências e a responder às perguntas 
formuladas. “
Art. 752, novo CPC:
“Dentro do prazo de 15 (quinze) dias contado da 
entrevista, o interditando poderá impugnar o pedido. 
§ 2º O interditando poderá constituir advogado, e, 
caso não o faça, deverá ser nomeado curador 
especial. 
§ 3º Caso o interditando não constitua advogado, o 
seu cônjuge, companheiro ou qualquer parente 
sucessível poderá intervir como assistente. 
Art. 753, novo CPC:
“Decorrido o prazo previsto no art. 752, o juiz 
determinará a produção de prova pericial para 
avaliação da capacidade do interditando para praticar 
atos da vida civil.
 
§ 1º A perícia pode ser realizada por equipe composta 
por expertos com formação multidisciplinar. 
Art. 1.072, novo CPC:
“ Revogam-se: (...) V – os arts. 16 a 18 da 
Lei nº 5.478, de 25 de julho de 1968”.
4. A NOVA EXECUÇÃO DE ALIMENTOS DE 
TÍTULOS EXTRAJUDICIAIS
Art. 784, novo CPC: “São títulos executivos 
extrajudiciais: (...) III - o documento particular assinado 
pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas; IV - o 
instrumento de transação referendado pelo Ministério 
Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia 
Pública, pelos advogados dos transatores ou por 
conciliador ou mediador credenciado por tribunal;”
Art. 912, novo CPC:
“ Quando o executado for funcionário público, militar, diretor ou gerente 
de empresa, bem como empregado sujeito à legislação do trabalho, o 
exequente poderá requerer o desconto em folha de pagamento de 
pessoal da importância da prestação alimentícia.
§ 1o Ao despachar a inicial, o juiz oficiará à autoridade, à empresa ou ao 
empregador, determinando, sob pena de crime de desobediência, o 
desconto a partir da primeira remuneração posterior do executado, a 
contar do protocolo do ofício.
§ 2o O ofício conterá os nomes e o número de inscrição no Cadastro de 
Pessoas Físicas do exequente e do executado, a importância a ser 
descontada mensalmente, a conta na qual deve ser feito o depósito e, 
se for o caso, o tempo de sua duração.”
Art. 22, Lei n. 5.478/68:
“Constitui crime conta a administração da Justiça deixar o 
empregador ou funcionário público de prestar ao juízo 
competente as informações necessárias à instrução de 
processo ou execução de sentença ou acordo que fixe 
pensão alimentícia: Pena - Detenção de 6 (seis) meses a 1 
(um) ano, sem prejuízo da pena acessória de suspensão do 
emprego de 30 (trinta) a 90 (noventa) dias.
Parágrafo único. Nas mesmas penas incide quem, de 
qualquer modo, ajuda o devedor a eximir-se ao pagamento de 
pensão alimentícia judicialmente acordada, fixada ou 
majorada, ou se recusa, ou procrastina a executar ordem de 
descontos em folhas de pagamento, expedida pelo juiz 
competente.”
Art. 913, novo CPC:
“Não requerida a execução nos termos deste 
Capítulo, observar-se-á o disposto no art. 824 e 
seguintes, com a ressalva de que, recaindo a 
penhora em dinheiro, a concessão de efeito 
suspensivo aos embargos à execução não obsta a 
que o exequente levante mensalmente a 
importância da prestação.”
Art. 911, novo CPC: 
“Parágrafo único.  Aplicam-se, no que couber, os 
§§ 2o a 7o do art. 528.”
STJ 277: “Julgada procedente a investigação de 
paternidade, os alimentos são devidos a partir da 
citação
5. A NOVA EXECUÇÃO DE ALIMENTOS DE 
TÍTULOS JUDICIAIS
Art. 528, novo CPC:
“No cumprimento de sentença que condene ao pagamento de 
prestação alimentícia ou de decisão interlocutória que fixe alimentos, 
o juiz, a requerimento do exequente, mandará intimar o executado 
pessoalmente para, em 3 (três) dias, pagar o débito, provar que o fez 
ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo.
§ 1o Caso o executado, no prazo referido no caput, não efetue o 
pagamento, não prove que o efetuou ou não apresente justificativa da 
impossibilidade de efetuá-lo, o juiz mandará protestar o 
pronunciamento judicial, aplicando-se, no que couber, o disposto no 
art. 517.
§ 2o Somente a comprovação de fato que gere a impossibilidade 
absoluta de pagar justificará o inadimplemento.”
Art. 528, novo CPC:
“§ 6º Paga a prestação alimentícia, o juiz suspenderá 
o cumprimento da ordem de prisão.”
Art. 528, novo CPC: 
“§ 3o Se o executado não pagar ou se a justificativa 
apresentada não for aceita, o juiz, além de mandar 
protestar o pronunciamento judicial na forma do § 1o, 
decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) 
meses.”
Art. 19, Lei n.5.478/68:
“O juiz, para instrução da causa ou na execução da 
sentença ou do acordo, poderá tomar todas as 
providências necessárias para seu esclarecimento ou 
para o cumprimento do julgado ou do acordo, 
inclusive a decretação de prisão do devedor até 60 
(sessenta) dias.”
 
Art. 528, novo CPC:
“§ 4º A prisão será cumprida em regime fechado, 
devendo o preso ficar separado dos presos comuns.”
“§ 5º O cumprimento da pena não exime o executadodo pagamento das prestações vencidas e vincendas.”
 
STJ 309: “O débito alimentar que autoriza a 
prisão civil do alimentante é o que compreende 
as três prestações anteriores ao ajuizamento da 
execução e as que se vencerem no curso do 
processo”.
Art. 528, novo CPC:
“§ 7º O débito alimentar que autoriza a prisão civil do 
alimentante é o que compreende até as 3 (três) 
prestações anteriores ao ajuizamento da execução e 
as que se vencerem no curso do processo.”
Art. 531, novo CPC:
“O disposto neste Capítulo aplica-se aos alimentos 
definitivos ou provisórios. § 1o A execução dos 
alimentos provisórios, bem como a dos alimentos 
fixados em sentença ainda não transitada em julgado, 
se processa em autos apartados. § 2o O 
cumprimento definitivo da obrigação de prestar 
alimentos será processado nos mesmos autos em 
que tenha sido proferida a sentença.”
Alimentos provisórios (art. 
4º, Lei n.5.478/68)
Alimentos definitivos 
(sentença em qualquer ação)
Alimentos 
transitórios 
(jurisprudência do 
STJ)
Prova pré-constituída Necessidade – capacidade - 
proporcionalidade
Necessidade por 
tempo determinado 
Devidos desde a citação Devidos desde a citação 
(submetidos à cláusula rebus 
sic stantibus). Exceto os 
alimentos gravídicos (Lei n. 
11.804/08)
Devidos desde a 
citação (sem 
necessidade de 
revisão ou 
exoneração)
Art. 529, novo CPC:
“Quando o executado for funcionário público, militar, diretor ou 
gerente de empresa ou empregado sujeito à legislação do 
trabalho, o exequente poderá requerer o desconto em folha de 
pagamento da importância da prestação alimentícia.
§ 1o Ao proferir a decisão, o juiz oficiará à autoridade, à empresa 
ou ao empregador, determinando, sob pena de crime de 
desobediência, o desconto a partir da primeira remuneração 
posterior do executado, a contar do protocolo do ofício.
§ 2o O ofício conterá o nome e o número de inscrição no 
Cadastro de Pessoas Físicas do exequente e do executado, a 
importância a ser descontada mensalmente, o tempo de sua 
duração e a conta na qual deve ser feito o depósito.
§ 3o Sem prejuízo do pagamento dos alimentos vincendos, o 
débito objeto de execução pode ser descontado dos rendimentos 
ou rendas do executado, de forma parcelada, nos termos 
do caput deste artigo, contanto que, somado à parcela devida, 
não ultrapasse cinquenta por cento de seus ganhos líquidos.”
Art. 532, novo CPC: 
“ Verificada a conduta procrastinatória do executado, 
o juiz deverá, se for o caso, dar ciência ao Ministério 
Público dos indícios da prática do crime de abandono 
material.”
Art. 244, CP: 
“Deixar, sem justa causa, de prover a subsistência do cônjuge, ou de 
filho menor de 18 (dezoito) anos ou inapto para o trabalho, ou de 
ascendente inválido ou maior de 60 (sessenta) anos, não lhes 
proporcionando os recursos necessários ou faltando ao pagamento de 
pensão alimentícia judicialmente acordada, fixada ou majorada; deixar, 
sem justa causa, de socorrer descendente ou ascendente, gravemente 
enfermo: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa, de uma a dez 
vezes o maior salário mínimo vigente no País. Parágrafo único - Nas 
mesmas penas incide quem, sendo solvente, frustra ou ilide, de 
qualquer modo, inclusive por abandono injustificado de emprego ou 
função, o pagamento de pensão alimentícia judicialmente acordada, 
fixada ou majorada”.
Art. 948, CC: “No caso de homicídio, a indenização 
consiste, sem excluir outras reparações: I - no 
pagamento das despesas com o tratamento da 
vítima, seu funeral e o luto da família; II - na 
prestação de alimentos às pessoas a quem o morto 
os devia, levando-se em conta a duração provável 
da vida da vítima.”
STF 490: 
“A pensão correspondente a indenização oriunda 
de responsabilidade civil deve ser calculada com 
base no salário-mínimo vigente ao tempo da 
sentença e ajustar-se-á às variações ulteriores.“
Art. 533, novo CPC:
“Quando a indenização por ato ilícito incluir prestação de alimentos, caberá ao 
executado, a requerimento do exequente, constituir capital cuja renda 
assegure o pagamento do valor mensal da pensão.
§ 1o O capital a que se refere o caput, representado por imóveis ou por direitos 
reais sobre imóveis suscetíveis de alienação, títulos da dívida pública ou 
aplicações financeiras em banco oficial, será inalienável e impenhorável 
enquanto durar a obrigação do executado, além de constituir-se em patrimônio 
de afetação.
§ 2o O juiz poderá substituir a constituição do capital pela inclusão do 
exequente em folha de pagamento de pessoa jurídica de notória capacidade 
econômica ou, a requerimento do executado, por fiança bancária ou garantia 
real, em valor a ser arbitrado de imediato pelo juiz.
§ 3o Se sobrevier modificação nas condições econômicas, poderá a parte 
requerer, conforme as circunstâncias, redução ou aumento da prestação.
§ 4o A prestação alimentícia poderá ser fixada tomando por base o salário-
mínimo.
§ 5o Finda a obrigação de prestar alimentos, o juiz mandará liberar o capital, 
cessar o desconto em folha ou cancelar as garantias prestadas.”
Art. 528, novo CPC:
“§ 1o Caso o executado, no prazo referido no caput, 
não efetue o pagamento, não prove que o efetuou 
ou não apresente justificativa da impossibilidade de 
efetuá-lo, o juiz mandará protestar o 
pronunciamento judicial, aplicando-se, no que 
couber, o disposto no art. 517”.
Art. 517, novo CPC:
“A decisão judicial transitada em julgado poderá ser levada 
a protesto, nos termos da lei, depois de transcorrido o prazo 
para pagamento voluntário previsto no art. 523. 
§ 1º Para efetivar o protesto, incumbe ao exequente 
apresentar certidão de teor da decisão. 
§ 2º A certidão de teor da decisão deverá ser fornecida no 
prazo de 3 (três) dias e indicará o nome e a qualificação do 
exequente e do executado, o número do processo, o valor 
da dívida e a data de decurso do prazo para pagamento 
voluntário”. 
§ 3º O executado que tiver proposto ação rescisória para 
impugnar a decisão exequenda pode requerer, a suas 
expensas e sob sua responsabilidade, a anotação da 
propositura da ação à margem do título protestado. 
§ 4º A requerimento do executado, o protesto será 
cancelado por determinação do juiz, mediante ofício a ser 
expedido ao cartório, no prazo de 3 (três) dias, contado da 
data de protocolo do requerimento, desde que comprovada 
a satisfação integral da obrigação.”
Art. 528, novo CPC:
“§ 9o Além das opções previstas no art. 516, parágrafo 
único, o exequente pode promover o cumprimento da 
sentença ou decisão que condena ao pagamento de 
prestação alimentícia no juízo de seu domicílio.”
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