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5º período - Processo Civil Execução

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01/03/2021 OneNote
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Processo Civil - Execução 
Aspectos Conceituais 
O ordenamento jurídico estabelece normas de condutas (comandos e proibições) e também os meios que asseguram a
observância das mesmas (sanção jurídica). 
Busca do resultado idêntico ou equivalente ao que se teria caso a norma violada houvesse sido respeitada. 
Atividade jurisdicional: cognitiva (de conhecimento) e executória/executiva. Situações de coexistência numa mesma relação
processual (ações executivas lato sensu). 
 
“Quando a atuação da sanção pela jurisdição se dá através da prática de atos materiais, concretos, tem-se a execução.
Execução consiste na atividade prática desenvolvida jurisdicionalmente para atuar a sanção ... A execução sempre consiste na
atuação de uma conduta prática do devedor” (Luiz Rodrigues Wambier). 
“Processo pelo qual o Estado, por intermédio do órgão jurisdicional, e tendo por base um título judicial ou extrajudicial (Cód.
Proc. Civil, art. 583), empregando medidas coativas, efetiva e realiza a sanção. Pelo processo de execução, por meio de tais
medidas, o Estado visa a alcançar, contra a vontade do executado, a satisfação do direito do credor” (Moacyr Amaral Santos). 
 
Pretensão executória/ação de execução (título judicial) e processo de execução (título extrajudicial). 
 
Efeitos das Sentenças 
1. declaratório: declarar a existência ou a inexistência de uma relação jurídica; 
a. Não possui efeito executivo. 
b. Todavia, uma decisão declaratória pode contar uma matéria que tenha uma índole de matéria executória, que
exija algum ato positivo após a declaração da relação jurídica. 
2. constitutivo (des): criar, modificar ou extinguir uma relação jurídica; 
a. Não possui efeito executivo. 
3. condenatório: exigir uma conduta prática do executado (pagamento de quantia, obrigação de fazer, obrigação de não
fazer e entrega de coisa); 
4. mandamental: atos ordinatórios dirigidos a terceiros; 
5. executório: fazer cumprir. 
 
Evolução Histórica 
1. Direito Romano: execução precedida de uma sentença condenatória. No período das legis actionis, a pessoa do devedor
era a garantia do débito. Na época clássica, o devedor era “adjudicado” ao credor (trabalho). No Império, penhora e
venda dos bens (suficientes) do devedor. 
2. Processo germano-barbárico (após a queda de Roma): defesa do devedor depois de penhorados seus bens. -
Renascimento do Direito Romano (séc. XI): executio per officium iudicis – condenação prévia – contraditório. 
3. Desenvolvimento do comércio: pronta solução de certos créditos. 
4. CPC de 1939: “execução de sentença” e “ação executiva”. 
5. CPC de 1973: unificação das vias executivas. 
6. Leis nºs 11.232/05 e 11.382/06: retorno à fase dicotômica (cumprimento de sentença – execução de título extrajudicial).
Modificação do conceito de sentença. 
7. CPC de 2015. 
 
 
Princípios 
Patrimonialidade/realidade da execução (CPC, art. 789): apenas o patrimônio do devedor é a garantia do cumprimento da
obrigação (exceções: dívida de alimentos e depositário infiel – CF, art. 5º, LXVII. Súmula vinculante nº 25 do STF: é ilícita a
prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade de depósito; 
 
A execução é promovida no interesse do credor; disponibilidade da execução; livre iniciativa (CPC, arts. 775; 781, IV e 797) - 
A execução deve ser feita pelo meio menos gravoso ao devedor (menor sacrifício) – CPC, art. 805; 
Respeito à dignidade da pessoa humana (regras de impenhorabilidade); 
 
Máxima utilidade da execução – satisfazer o credor e evitar prejuízos ao devedor (afastar o preço vil); 
Especificidade (CPC, art. 788); 
Celeridade (CF, art. 5º, LXXVIII): “duração razoável do processo”; 
Efetividade: meios de se concretizar a sanção jurídica reconhecida judicialmente (multas, ausência de efeito suspensivo, etc.); 
Celeridade e efetividade com garantia da ampla defesa e do contraditório (“garantismo processual”). 
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Equilíbrio entre os interesses do credor e do devedor. 
 
 
Título Executivo 
- Título que contenha obrigação líquida, certa e exigível (CPC, arts. 783, 786 e 803, I): 
1. Liquidez: determinação do valor ou da individualização do objeto da obrigação; determinação (direta ou por mero
cálculo) da quantidade de bens objetos da prestação – “o que e o quanto se deve”. CPC, art. 786, parágrafo único;- "o
que e o quanto se deve" CPC, art. 786 - o título deve demonstrar a exata quantidade de bens devidos, ou permitir que o
número final possa ser apurado aritmeticamente. 
2. Certeza: exata definição dos elementos da obrigação (sujeitos, natureza e objeto); 
3. Exigibilidade: a obrigação não depende de termo ou condição (ou estes já ocorreram e estão demonstrados – CPC, art.
798, I, “c”), nem está sujeita a outras limitações. Ocorre quando houver precisa indicação de que a obrigação já deve ser
cumprida, ou seja, se encontra vencida. 
 
PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL. CONTRATO DE LOCAÇÃO. INCLUSÃO DOS ALUGUÉIS VENCIDOS
INADIMPLIDOS NO CURSO DA DEMANDA. ART. 290 DO CPC. INCIDÊNCIA. AUSÊNCIA DE DÚVIDAS QUANTO AOS VALORES
INADIMPLIDOS DEVIDOS. 
1. Incluem-se na execução os débitos locatícios vencidos e inadimplidos no decorrer da demanda, nos termos do art. 290 do
CPC. 2. Entendimento a que se chega ante a aplicação do art. 598 do CPC e a consagração dos princípios da celeridade e
economia processual. 3. Recurso especial provido. 
(STJ – 3ª Turma - REsp nº 1390324/DF, Rel. Min. JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, j. em 02/09/2014, unânime, pub. DJe de
09/09/2014 e na RB vol. 611 p. 43). 
 
“Título executivo consiste no documento que, ao mesmo tempo em que qualifica a pessoa do credor, o legitima a promover a
execução. Nele está a representação de um ato jurídico, em que figuram credor e devedor, bem como a eficácia, que a lei lhe
confere, de atribuir àquele o direito de promover a execução contra este” (Moacyr Amaral Santos). 
 
Numerus clausus (enumeração exaustiva) - só é título o que esta no CPC. 
 
O juiz faz apenas uma análise formal para deferir a execução. 
 
Judiciais 
As decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer
ou de entregar coisa (I); 
 
A decisão homologatória de autocomposição judicial (II); 
 
A decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza (III); 
 
O formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular
ou universal (IV); 
 
o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial (V); 
 
a sentença penal condenatória transitada em julgado (VI); 
 
a sentença arbitral (VII); 
 
a sentença estrangeira, homologada pelo Superior Tribunal de Justiça (VIII); 
 
a decisão interlocutória estrangeira, após concessão do exequatur à carta rogatória pelo Superior Tribunal de Justiça (IX); 
 
Extrajudiciais 
a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque (I); 
 
a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor (II); 
 
o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas (III); 
o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos
advogados dos transatore ou por conciliador ou mediador credenciado por tribunal (IV); 
 
o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e aquele garantido por caução (V); 
 
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o contrato de seguro de vida em caso de morte (VI); 
 
o crédito decorrentede foro e laudêmio (VII) - enfiteuse; 
 
o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como
taxas e despesas de condomínio (VIII); 
 
a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, correspondente aos
créditos inscritos na forma da lei (IX); 
 
o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício, previstas na respectiva convenção ou
aprovadas em assembleia geral, desde que documentalmente comprovadas (X); 
 
a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e demais despesas devidas pelos
atos por ela praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei (XI); 
 
todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva (XII). Exemplos: cédulas de crédito
rural, comercial e industrial; créditos dos órgãos de controle do exercício profissional – CREA, OAB etc. 
 
 
Quem pode promover a Execução - Legitimidade 
Legitimidade Ativa 
1. o credor a quem a lei confere título executivo (ordinária/originária); 
2. o Ministério Público, nos casos prescritos em lei (Lei Ação Popular, art. 16; Lei Ação Civil Pública, art. 15; CDC, art. 100,
caput c/c 82, I). Extraordinária. 
3. o espólio, os herdeiros ou os sucessores do credor, sempre que, por morte deste, lhes for transmitido o direito
resultante do título executivo (ordinária/derivada); 
4. o cessionário, quando o direito resultante do título executivo lhe foi transferido por ato entre vivos (ordinária/derivada);
- o sub-rogado, nos casos de sub-rogação legal ou convencional (CC, arts. 356 a 351) . Ordinária/derivada. 
 
Legitimidade Passiva 
1. o devedor, reconhecido como tal no título executivo (ordinária/originária); 
2. o espólio, os herdeiros ou os sucessores do devedor (ordinária/derivada); 
3. o novo devedor, que assumiu, com o consentimento do credor, a obrigação resultante do título executivo
(ordinária/derivada); 
4. o fiador do débito constante em título extrajudicial (extraordinária); 
5. o responsável titular do bem vinculado por garantia real ao pagamento do débito; 
6. o responsável tributário, assim definido em lei (CTN, arts. 128 a 138 – adquirentes, sucessores, pais/tutores,
administrador da massa falida, inventariante etc.). Ordinária/originária. 
 
CPC, art. 513, §5º: “O cumprimento da sentença não poderá ser promovido em face do fiador, do coobrigado ou do
corresponsável que não tiver participado da fase de conhecimento” 
 
Súmula nº 268 do STJ: “O fiador que não integrou a relação processual na ação de despejo não responde pela execução do
julgado”. 
 
Exigibilidade 
Inadimplemento do devedor 
O credor não poderá iniciar a execução, ou nela prosseguir, se o devedor cumprir a obrigação (o adimplemento deve ser
comprovado pelo devedor, impugnação/embargos). 
Recusa do credor caso a prestação oferecida pelo devedor não corresponder ao direito ou à obrigação (princípio da
especificidade). 
Exceção de contrato não cumprido (exceptio non adimpleti contractus). 
 
INADIMPLEMENTO e EXIGIBILIDADE: condições da ação (interesse de agir) ou pressupostos do processo de execução (CPC, art.
337, XI). Matérias de ordem pública, examináveis de ofício pelo juiz (CPC, art. 337, §5º e 803, parágrafo único) 
 
 
Competência 
Nas execuções fundadas em títulos executivos judiciais (cumprimento de sentença), a competência será (CPC, art. 516): 
1. dos tribunais, nas causas de sua competência originária; 
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2. do juízo que decidiu a causa no primeiro grau de jurisdição. O exequente poderá optar pelo atual domicílio do
executado, pelo juízo do local onde se encontrem os bens ou pelo juízo do local onde deva ser executada a obrigação de
fazer ou de não fazer (parágrafo único); 
3. do juízo cível competente, quando se tratar de sentença penal condenatória, de sentença arbitral, de sentença
estrangeira ou de acórdão proferido pelo Tribunal Marítimo. Idem “b” (parágrafo único); 
4. da Justiça Federal de primeiro grau, para a execução de sentença estrangeira homologada pelo STJ (CF, art. 109, X). 
 
Nas execuções fundadas em títulos executivos extrajudiciais, a competência será determinada (CPC, art. 781) pelo(a): 
1. domicílio do executado. Tendo mais de um domicílio, o executado poderá ser demandado em qualquer um deles. Sendo
incerto ou desconhecido o domicílio do executado, a execução poderá ser proposta no lugar onde for encontrado ou no
foro de domicílio do exequente; 
2. havendo mais de um devedor com domicílios diferentes, a execução será proposta no foro de qualquer deles, à escolha
do exequente; 
3. foro de eleição constante do título; 
4. a execução poderá ser proposta no foro do lugar em que se praticou o ato ou em que ocorreu o fato que deu origem ao
título, mesmo que nele não mais resida o executado. 
 
- Em qualquer processo executivo, a incompetência absoluta deverá ser conhecida pelo juiz de ofício, a qualquer tempo e em
qualquer grau de jurisdição (CPC, art. 64, §1º); a relativa terá de ser arguida pelo executado em sua defesa – impugnação
(cumprimento de sentença) ou embargos (título extrajudicial) -, sob pena de ser prorrogada (CPC, art. 65). 
 
 
EXERCÍCIO 
Maria entregou em locação um imóvel residencial. Pedro assumiu, por escrito, a corresponsabilidade pelo pagamento dos
alugueres na qualidade de fiador de João. João parou de pagar os aluguéis. Maria ingressou em juízo com uma demanda de
despejo por falta de pagamento cumulada com cobrança de aluguéis, julgada procedente na íntegra. A demanda foi proposta
apena em face de João. Transitada em julgado a sentença, o imóvel foi voluntariamente desocupado por João. Maria iniciou o
cumprimento de sentença com o objetivo de cobrar os alugueres atrasados. Maria direcionou a execução em face de João
(locatário) e também de Pedro (fiador). Na qualidade de advogado de Pedro (fiador), responda: 
a. A iniciativa de Maria foi correta? 
Essa sentença não identifica o Pedro como devedor, dessa forma ela se identifica como nula por não cumprir o requisito de
certeza (art. 513, §5º, do CPC) 
b. Com base no que foi visto até agora sobre tutela executiva, que matéria poderia ser alegada em defesa? 
Resposta: Lei 12112/2009 – quando houver pedido de cobrança de aluguéis, e o contrato tiver fiador, este também deverá ser
citado para responder aos termos do pedido de cobrança. (art. 62, I) Se o autor propuser apenas contra o locatário, o juiz
deverá determinar a emenda da inicial sob pena de nulidade. – ilegitimidade passiva? – inexistência ou nulidade de citação 
c. A alegação seria de mérito ou como preliminar processual? Fundamente a resposta. Resposta: preliminar processual – art.
337, I. – inexistência ou nulidade de citação. 
d. Se acatada a defesa, qual seria o desfecho do processo no tocante à situação de Pedro? Fundamente: 
Resposta: Considerando que a citação é um requisito necessário para a execução do fiador nos casos de demandas de despejo
cumulada com cobrança de alugueis, Pedro não poderá ser executado. 
e. A matéria poderia ser conhecida de ofício pelo juíz, caso não alegada por Pedro? Resposta: e o autor da ação a propuser
apenas contra o locatário, o juiz deverá determinar a emenda da inicial, sob pena de nulidade, 
 
Responsabilidade Patrimonial 
Artigo 789 do CPC: “O devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros para o cumprimento de suas obrigações,
salvo as restrições estabelecidas em lei”. 
 
“Consiste na situação de sujeição à atuação da sanção. É a situação em que se encontra o devedor de não poder impedir que a
sanção seja realizada mediante a agressão direta ao seu patrimônio. Traduz-se na destinação dos bens do devedor a satisfazer
o direito do credor” (LUIZ RODRIGUES WAMBIER). 
 
Bens do devedor que não se submetem à responsabilidade patrimonial (CPC, arts.833 e 834) – Lei nº 8009/90 (bem de
família). 
 
Responsabilidade executória secundária (CPC, arts. 790 e 791) 
1. Quando bens de terceiros respondem pela obrigação; 
2. do sucessor a título singular, tratando-se de execução fundada em direito real ou obrigação reipersecutória; 
3. do sócio, nos termos da lei (CPC, art. 795). Sociedades simples, em nome coletivo, em comandita simples, limitadas
(enquanto não integralizado o capital social). 
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4. do devedor, quando em poder de terceiros; 
5. do cônjuge, nos casos em que os seus bens próprios, reservados ou de sua meação respondem pela dívida (obrigação
contraída em benefício da família); 
6. dos bens alienados ou gravados com ônus real em fraude à execução; 
7. dos bens cuja alienação ou oneração tenha sido anulada em ação autônoma de fraude contra credores; 
8. do responsável, nos casos de desconsideração da personalidade jurídica. Desconsideração da personalidade jurídica:
abuso de direito - confusão patrimonial ou desvio de finalidade (CC, art. 50). Incidente de desconsideração da
personalidade jurídica (CPC, arts. 133 a 137). 
 
Fraude à execução (CPC, art. 792) - considera-se fraude à execução a alienação ou oneração de bens: quando sobre eles
pender ação fundada em direito real; quando, do tempo da alienação ou oneração, corria contra o devedor demanda capaz de
reduzi-lo à insolvência; nos demais casos previsto em lei. 
1. pendência sobre o bem de ação fundada em direito real ou com pretensão reipersecutória, desde que a pendência do
processo tenha sido averbada no respectivo registro público, se houver; 
2. quando tiver sido averbada, no registro do bem, a pendência do processo de execução, na forma do art. 828; 
3. quando tiver sido averbado, no registro do bem, hipoteca judiciária (CPC, art. 495) ou outro ato de constrição judicial
originário do processo onde foi arguida a fraude; 
4. quando, ao tempo da alienação ou oneração, tramitava contra o devedor ação capaz de reduzi-lo à insolvência. Ação em
curso, com citação válida; 
5. nos demais casos expressos em lei (CTN, art. 185; CPC, art. 856, §3º etc.). CP, art. 179 (crime contra o patrimônio). 
 
Fraude à execução é diferente de fraude contra credores. 
  
Fraude à execução Fraude contra credores 
Processual Material 
Petição Ação Pauliana 
Ineficácia Nulidade Relativa 
Multa de até 20% Crime 
Ocorre com ação já em curso Ocorre antes do processo 
 
Fraude contra credores pressupõe sempre um devedor em estado de insolvência e ocorre antes que os credores tenham
ingressado em juízo para cobrar seus créditos; é causa de anulação do ato de disposição praticado pelo devedor 
 
Fraude de execução não depende, necessariamente, do estado de insolvência do devedor e só ocorre no curso de ação judicial
contra o alienante; é causa de ineficácia da alienação. Ocorre depois da citação 
  
• Fraude à execução 
1. Processual 
2. Arguida por petição 
3. Ineficácia 
4. Juiz pode estabelecer multa de 20% 
5. Ocorre no processo em curso 
  
• Fraude contra credores (art. 158 a 165) 
1. Instituto de direito material 
2. Arguida ação pauliana 
3. Caso de nulidade relativa 
4. Se sujeita a uma pena 
5. Ocorre antes do processo 
Imóveis: 
Lei nº 7.433, de 18 de dezembro de 1985: 
“Art. 1º Na lavratura de atos notariais, inclusive os relativos a imóveis, além dos documentos de identificação das partes,
somente serão apresentados os documentos expressamente determinados nesta Lei. 
§2º O Tabelião consignará no ato notarial, a apresentação do documento comprobatório do pagamento do Imposto de
Transmissão inter vivos, as certidões fiscais, feitos ajuizados, e ônus reais, ficando dispensada sua transcrição”. 
 
Bens não sujeitos a registro: CPC, art. 792, §2º (o terceiro adquirente tem o ônus de provar que adotou as cautelas necessárias
para a aquisição – certidões). 
 
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Superior Tribunal de Justiça (a relevância da boa-fé do adquirente) - “SÚMULA Nº 375. O reconhecimento da fraude à
execução depende do registro da penhora do bem alienado ou da prova de má-fé do terceiro adquirente”. 
 
1. Quando o credor estiver na posse de coisa pertencente ao devedor, por direito de retenção (CPC, art. 793). 
2. A situação do fiador na execução (CPC, art. 794). 
3. Quando os bens particulares dos sócios respondem pelas dívidas da sociedade. O sócio tem o direito de excutir antes os
bens da sociedade (CPC, art. 795). 
4. O espólio responde pelas dívidas do falecido. Feita a partilha, cada herdeiro responde por elas na proporção da parte
que na herança lhe coube (CPC, art. 796). 
5. Aplicação subsidiária à execução das disposições que regem o processo de conhecimento (CPC, art. 771, parágrafo
único). Intervenção de terceiros. 
 
• Atos atentatórios à dignidade da justiça (CPC, art. 774): 
• fraude à execução; • emprego de ardis e meios artificiosos; 
• dificulta ou embaraça a realização da penhora; 
• resistência injustificada às ordens judiciais; 
• quando o devedor, intimado, deixa de indicar quais são e onde estão os bens sujeitos à penhora e os respectivos valores, ne
m exibe prova de sua propriedade. 
• Multa de até 20% do valor atualizado do débito, sem prejuízo de outras sanções de natureza processual ou material
(parágrafo único). 
 
 
Liquidação de Sentença 
Sentença ilíquida é aquela que não fixa o valor da condenação ou não individualiza o objeto. Como a execução exige que o
título executivo represente uma obrigação líquida, certa e exigível, deve-se proceder a sua liquidação antes de ser executada. 
 
Liquidação de sentença é pressuposto para que possa ocorrer a execução. Temos 3 fases: Fase de conhecimento ----- fase de
liquidação ----- fase de execução. 
 
O juiz pode dar sentença ilíquida nos casos em que é formulado pedido genérico: universalidade de fato ou de direito; caso
não seja possível determinar a extensão de todo o ato ou fato ilícito, etc. 
 
Cabível, em geral, na execução de título judicial. 
Sentenças ilíquidas, com necessidade de determinação do valor da condenação ou de individualização do objeto (CPC, art. 491,
1º). 
A liquidação poderá ser requerida mesmo na pendência de recurso (CPC, art. 512). 
 
Trata-se de um incidente que ocorre entre a sentença e a fase de execução (CPC, art. 509). 
 
Liquidação com resultado zero 
• Não ofende a coisa julgada. 
• Ocorre quando, por meio de compensações, se chegue a um saldo igual a zero ou negativo em desfavor daquele que tenha
sido beneficiado com a sentença de procedência do pedido. Ex: sentença a favor de A, mas na hora de fazer a liquidação da
sentença percebe-se que A tinha mais dívida do que créditos perante B, ou seja, a liquidação fica negativa. 
 
Casos de liquidez de sentença, pode tratar: 
• da quantidade. Ex: condenação ao pagamento de perdas e danos sem fixar o respectivo valor, ou condenação a juros de
forma genérica. 
• da coisa devida. Ex: no caso de condenação a restituição de uma universalidade de fato, como ocorre na petição de
herança. 
• de fatos devidos, quando condena a pessoa. Ex: a obras e serviços não individualizados, como serviços, para evitar
ruínas, reparação de tapumes. 
 
O procedimento de liquidação previsto nos arts. 509 a 512 diz respeito apenas a obrigações em dinheiro, ou que possam ser
substituídas por prestações dessa espécie. 
 
Natureza jurídica da decisão que põe fim a liquidação de sentença: 
Divergência doutrinária: Para Humberto Theodoro Jr trata-se de decisão interlocutória, que integra questão de mérito, por
versar sobre um dos elementos da lide. 
Para Marcelo Abelha trata-se de sentença, pois esse procedimento é realizado pós o término da fase de conhecimento 
Recurso cabível: agravo de instrumento. 
 
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É defeso, na liquidação, discutir de novo a lide ou modificar a sentença que a julgou (CPC, art. 509, §4º). - Limitação ao pedido
da parte. 
 
Quando na sentença houver uma parte líquida e outra ilíquida, ao credor é lícito promover simultaneamente a execução
daquela e, em autos apartados, a liquidação desta (CPC, 509, §1º). 
• Decisão de liquidação: cunho declaratório. 
• Recurso cabível: agravo de instrumento (CPC, art. 1.015, parágrafo único). 
 
Liquidação parcial da sentença: 
• Pode ser que uma sentença condene o vencido a uma parcela líquida e outra ilíquida. 
Ex: ação de reparação de danos causador por acidente de automóvel, quando condena a pagar valor exato das despesas
de oficina e deixa para a liquidação de sentença o valor dos prejuízos pela paralisação do carro. 
• Quando na sentença houver uma parte líquida e outra ilíquida, ao credor é lícito promover simultaneamente a execução
daquela e, em autos apartados, a liquidação desta. (art. 509, §1º). 
• A execução deve ocorrer nos autos principais e a liquidação em autos apartados, formados com cópias das peças
processuais pertinentes. 
• Trata-se de uma prerrogativa do credor que, se quiser, pode promover a liquidação da parte ilíquida primeiro e depois
promover a execução sobre todas a condenação. 
 
Liquidação por iniciativa do vencido: 
• O devedor tem não apenas o dever de cumprir a obrigação, mas o direito de libertar-se dela. 
• Hipótese mais rara. 
• Ocorre caso o credor permaneça inerte. 
 
Procedimento da liquidação de sentença 
O processamento da liquidação é feito, em regra, nos próprios autos da ação condenatória. Entretanto, quando couber a
execução provisória, liquida-se a sentença em autos apartados. O mesmo ocorrerá se a sentença tiver uma parte liquida e
outra ilíquida. 
• Art. 512 – execução provisória. Pendência de recurso só dotado de efeito devolutivo, não tendo efeito suspensivo. Já pode
executar a sentença. 
• Nos casos de sentença penal condenatória, sentença estrangeira homologada e sentença arbitral não haverá processo
sincrético (aquele quem tem fase de conhecimento e fase de execução dentro do mesmo processo), devendo-se dar início à
liquidação de sentença perante o juiz competente. 
 
 
EXERCÍCIO 
Carlos tomou um empréstimo junto a um banco, mediante contrato escrito firmado por duas testemunhas. Fernando assumiu
a corresponsabilidade pelo pagamento do empréstimo, assinando o contrato na qualidade de fiador de Carlos. Carlos
inadimpliu o empréstimo. Pretendendo receber os valores a que faz jus, o banco precisará ingressar com uma demanda
judicial. Responda: 
 
a. Que tipo de processo poderá ser utilizado pelo banco para a cobrança dos valores? Justifique a resposta. 
Resposta: ação de cobrança de empréstimo. 
 
b. Quem poderá ser incluído no polo passivo da demanda? 
Resposta: Carlos e Fernando. 
 
c. Se Fernando (fiador) resolvesse pagar a dívida no curso do processo, para depois cobrá-la de Carlos, mediante tutela
executiva, indique qual seria a hipótese de legitimação ativa. 
Resposta: Sub-rogação, como Fernando pagou toda a dívida para o banco ele se sub-roga nos direitos dele e passa a ter
legitimidade ativa para cobrar de Carlos. 
 
d. Fernando poderia promover a execução nos mesmos autos de processo ou teria que ajuizar uma nova demanda em face de
Carlos? 
Resposta: art. 794, §2º - O fiador que pagar a dívida poderá executar o afiançado nos autos do mesmo processo 
 
 
Espécies de liquidação (CPC, art. 509) 
1. por arbitramento: quando determinado pela sentença, convencionado pelas partes ou exigido pela natureza do objeto
da liquidação; 
2. pelo procedimento comum: quando houver necessidade de alegar e provar fato novo; 
3. cálculo do credor (§2º): quando a determinação do valor da condenação depender apenas de cálculo aritmético. 
 
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Classificação das Execuções 
Quanto à origem do título executivo, a execução será fundada em: 
a. título judicial; 
b. título extrajudicial. 
 
Quanto à estabilidade do título executivo: 
a. execução definitiva (título executivo judicial que já transitou em julgado ou título executivo extrajudicial); 
b. execução provisória. 
 
Quanto à natureza e ao objeto da prestação: 
a. execução para entrega de coisa certa ou incerta; 
b. execução de obrigações de fazer ou não fazer; 
c. execução por quantia certa (devedor solvente ou insolvente). 
 
Quanto à especificidade do objeto da prestação: 
a. execução específica (possível ou impossível); 
b. execução genérica (frutífera ou infrutífera). 
 
Quanto à especialidade do procedimento em face de peculiaridades do direito material: 
a. execuções especiais (alimentos, fiscal, contra a Fazenda Pública, etc.); 
b. execuções gerais. 
 
Quanto à solvabilidade do devedor: 
a. devedor solvente (execução por quantia certa contra devedor solvente; 
b. devedor insolvente (recuperação judicial, extrajudicial e falência – Lei 11.101/2005). 
 
 
Cumprimento Provisório de Sentença 
Iniciativa e responsabilidade do credor (reparação de danos por arbitramento); 
fica sem efeito se houver reforma ou desconstituição da sentença, restituindose as partes ao estado anterior (ver CPC, art.
520, §4º) e liquidando-se eventuais prejuízos nos mesmos autos; 
 
O levantamento de dinheiro e a prática de atos de alienação de propriedade ou dos quais possa resultar grave dano ao
devedor dependem de caução suficiente e idônea, arbitrada pelo juiz e prestada nos próprios autos; 
 
A caução poderá ser dispensada (CPC, art. 521): nos casos de crédito alimentar, independentemente de sua origem;
demonstrando o credor situação de necessidade; quando pendente o agravo do art. 1.042; se a sentença estiver em
consonância com súmula de jurisprudência do STF ou do STJ ou em conformidade com acórdão proferido no julgamento de
casos repetitivos. Manifesto risco de grave dano de difícil ou incerta reparação (parágrafo único). 
 
Não sendo eletrônicos os autos, a petição será acompanhada de peças obrigatórias e facultativas, declaradas autênticas pelo
advogado, sob sua responsabilidade pessoal (CPC, art. 522, parágrafo único). 
 
Disposições Gerais 
Ressalvado o caso de insolvência do devedor, em que tem lugar o concurso universal, realiza-se a execução no interesse do
exequente que adquire, pela penhora, o direito de preferência sobre os bens penhorados (CPC, art. 797). 
 
Recaindo mais de uma penhora sobre os mesmos bens, cada credor conservará o seu título de preferência (parágrafo único). 
 
Requisitos específicos da execução (CPC, artigos, 524, 798 e 799). O credor deve: 
a) requerer a citação ou a intimação do devedor; 
 
b) instruir a petição inicial (art. 798): 
* com o título executivo extrajudicial; 
* com o demonstrativo do débito atualizado até a data da propositura da ação, quando se tratar de execução por
quantia certa (liquidação por cálculo). Elementos obrigatórios: parágrafo único; 
* com a prova de que se verificou a condição, ou ocorreu o termo (art. 514), ou de que adimpliu a contraprestação que
lhe corresponde ou que lhe assegura o cumprimento (se o executado não for obrigado a satisfazer a sua prestação senão
mediante a contraprestação do exequente). Exigibilidade. 
 
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c) indicar a espécie de execução que prefere, quando por mais de um modo puder ser efetuada. Porém, a execução terá que
ser feita pelo modo menos gravoso ao devedor (art. 805); 
 
d) indicar os nomes completos do exequente e do executado e seus números de inscrição no CPF ou CNPJ; 
 
e) os bens suscetíveis de penhora, sempre que possível; 
 
f) requerer a intimação do credorpignoratício, hipotecário, anticrético ou fiduciário, quando a penhora recair sobre bens
gravados por penhor, hipoteca, anticrese ou alienação fiduciária. A arrematação feita sem a intimação do credor com garantia
real será ineficaz com relação ao mesmo (CPC, art. 804); 
 
g) requerer a intimação do titular do usufruto, uso ou habitação, quando a penhora recair sobre bem gravado por usufruto,
uso ou habitação (art. 804, §6º); 
 
h) requerer a intimação do promitente comprador ou do promitente vendedor, quando a penhora recair sobre bem ou direito
relacionado a promessa de compra e venda registrada (art. 804, §3º); 
 
i) requerer a intimação do proprietário, superficiário, enfiteuta ou concessionário, em caso de direito de superfície, enfiteuse,
concessão de uso especial para fins de moradia ou concessão de direito real de uso (art. 804, §§4º e 5º); 
 
j) requerer a intimação da sociedade, no caso de penhora de quota social ou de ação de sociedade anônima fechada, para que
fique assegurado o direito de preferência dos sócios (art. 876, §7º); 
 
k) proceder à averbação em registro público do ato de propositura da execução e dos atos de constrição realizados, para
conhecimento de terceiros. 
 
1. Emenda da petição inicial (CPC, art. 801), no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de indeferimento (CPC, art. 321). 
2. O despacho que ordena a citação, desde que realizada em observância ao disposto no art. 240, §2º do CPC, interrompe a
prescrição, ainda que proferido por juiz incompetente (CPC, art. 802). 
3. Nulidade da execução, pronunciada pelo juiz de ofício ou a requerimento da parte (CPC, art. 803): 
*se o título executivo extrajudicial não corresponder a obrigação certa, líquida e exigível (art. 586); 
*se o executado não for regularmente citado (devido processo legal); 
*se instaurada antes de se verificar a condição ou de ocorrido o termo. 
 
 
Ritos Executivos 
Definindo 
 
Execução para entrega de coisa 
- Tutela de pretensões à entrega de coisas fundadas tanto no direito real quanto pessoal; 
- Título judicial (cumprimento de sentença): artigo 538; 
- Título extrajudicial: artigos 806 a 813; 
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- Disposições comuns ao cumprimento de sentença e à execução de título extrajudicial: para a efetivação da tutela específica
ou obtenção do resultado prático equivalente, o juiz poderá, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as medidas
necessárias à satisfação do exequente (imposição de multa diária). CPC, art. 536 c/c art. 538 §3º e art. 806, §1º). Princípio da
especificidade. 
 
Multa diária 
Artigo 537 
- independe do requerimento da parte e poderá ser aplicada na fase de conhecimento, em tutela provisória, na sentença ou na
fase de execução; 
- será devida ao exequente; 
- valor suficiente e compatível com a obrigação; 
- prazo razoável para o cumprimento do preceito; 
- o valor ou a periodicidade poderão ser modificados pelo juiz a qualquer tempo, de ofício ou a requerimento; 
- a decisão que fixar a multa é passível de cumprimento provisório (o levantamento de valores da multa pelo credor somente
poderá ocorrer após o trânsito em julgado da sentença); 
- necessidade de prévia intimação pessoal (sem ser por edital, diário de justiça, deve ser pessoal) do devedor (Súmula 410 do
STJ). 
 
Cumprimento de Sentença 
- Não cumprida a obrigação no prazo estabelecido no título judicial, será expedido mandado de busca e apreensão (bens
móveis) ou de imissão na posse (imóveis) em favor do credor; 
- A existência de benfeitorias e o direito de retenção devem ser alegados na fase de conhecimento, em contestação, de forma
discriminada (§§2º e 3º). 
 
Entrega de coisa certa 
Execução de Título Extrajudicial 
- O devedor será citado para entregar a coisa em 15 (quinze) dias, sob pena de busca e apreensão (bens móveis) ou imissão na
posse (imóveis) - CPC, art. 806. 
- Se o executado entregar a coisa, a execução poderá prosseguir para o pagamento dos frutos ou ressarcimento de prejuízos
(art. 807). 
- Alienada a coisa quando já litigiosa, o terceiro adquirente somente será ouvido após depositá-la (art. 808). 
- Quando a coisa se deteriorar, não for entregue, não encontrada ou não reclamada do poder de terceiro adquirente, o
exequente tem o direito de receber o valor da coisa, além de perdas e danos. Liquidação (art. 809). 
- A liquidação prévia é obrigatória se houver benfeitorias indenizáveis feitas na coisa pelo executado ou pelo terceiro
adquirente. Saldo em favor do exequente ou do executado (art. 810). 
 
 
• No processo de conhecimento e nas ações executivas lato sensu, o direito de retenção e de indenização por benfeitorias
deve ser postulado na contestação (processo de conhecimento), sob pena de preclusão. O direito de retenção não é
matéria passível de impugnação ao cumprimento de sentença (título judicial), mas apenas de embargos (título
extrajudicial). 
 
 Necessária - é o que conserva a coisa principal, ex.:
ar condicionado numa sala de informática. 
Útil - elevadores, rampa
para deficientes, etc. 
Voluptuária - piscinas, casa
de esportes, lustres, etc. 
direito de
indenização 
boa-fé ou má-fé. boa-fé. - 
 
direito de 
retenção 
boa-fé. boa-fé. - 
direito de
levantamento 
 - - boa-fé desde que não ocorra
dano à coisa principal. 
 
Execução de título extrajudicial para entrega de coisa incerta 
- arts 811 a 813; 
- Aplicação das disposições relativas à execução para entrega de coisa certa, se não houver regra específica (art. 813). 
- Coisas determinadas pelo gênero e quantidade. Coisas incertas x coisas fungíveis. 
- Em geral, a escolha cabe ao devedor, o qual não poderá dar coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor (CC, artigos 243
e 244). 
- O devedor será citado para entregar a coisa individualizada, se lhe couber a escolha. Se a escolha couber ao credor, este terá
que indicar a coisa na petição inicial (CPC, art. 811). 
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- Qualquer das partes poderá impugnar a escolha feita pela outra, no prazo de 15 (quinze) dias, hipótese em que o juiz decidirá
de plano ou, se necessário, após ouvir perito de sua confiança (art. 812). 
 
 
• Alfredo é portador de diabetes e necessita de determinado medicamento em caráter permanente. Sendo uma pessoa
carente, desprovida de recursos financeiros, procurou o Estado, munido dos documentos médicos que atestavam seu
estado de saúde, para a obtenção gratuita dos medicamentos, mas não teve êxito. Alfredo então ingressou com uma
demanda judicial e obteve sentença que lhe assegura o direito de receber gratuitamente do Estado o medicamento de
que necessita. O Estado interpôs recurso de apelação visando a reforma da sentença, recebido apenas no efeito
devolutivo. Alfredo não pode aguardar o julgamento definitivo da causa, pois precisa do medicamento sob risco de
morte ou de sofrer graves sequelas. Responda: 
 
a) Diante da situação processual descrita supra e com base na matéria relativa à tutela executiva, qual é a medida mais
adequada para que Alfredo possa receber o medicamento com maior rapidez? 
R: Cumprimento provisória da sentença de entrega de coisa certa, uma vez que a sentença apenas foi recebida sob o efeito
devolutivo, sem constar o efeito suspensivo. 
 
b) Quanto à origem e à estabilidade do título executivo em questão, bem como quanto à natureza ou objeto da prestação,
classificar a execução em exame. 
R: Cumprimento provisório da sentença, título judicial e obrigação de entrega de coisa certa, sendo os objetos o remédio
indicado para controlar a diabetes. 
 
c) Em sua opinião, Alfredo terá que prestar caução para exigir o cumprimento do preceito? Justifique. 
R: Estado de necessidade não é necessária prestarcaução, como é o caso. 
Caução é utilizada para a entrega de domínio mais irreversível, como a entrega provisória de um imóvel, onde terá que prestar
caução. 
 
• Josué, que não tinha lugar para morar com a família, ocupou determinada área urbana de 500 metros quadrados. Como
ignorava a titularidade do imóvel, o qual se encontrava sem demarcação e aparentemente abandonado, nele construiu
uma (i) casa de alvenaria, com três quartos, (ii) furou um poço, (iii) plantou grama, e, como não possuía outro imóvel,
fixou residência com a mulher e os cinco filhos, por cerca de dois anos, sem ser molestado. Matusalém, proprietário do
imóvel, ao tomar conhecimento da ocupação, ajuizou ação de reintegração de posse em face de Josué. Diante de tal
situação, responda, fundamentadamente, à seguinte indagação: 
 
a) Na contestação, Josué poderia requerer a indenização pelas benfeitorias realizadas? 
R: Ele estava de boa-fé. A casa de alvenaria é necessária, passível de indenização e retenção. A grama é útil, sendo passível de
indenização e retenção desde que boa-fé. O poço também poderá ser retido e indenizado. 
 
 
Execução das obrigações de fazer 
Envolve atos executivos e atos com força mandamental (medidas coercitivas). 
- Objetivos (CPC, art. 536): tutela específica da obrigação, obtenção de 
resultado prático equivalente ou conversão em perdas e danos (excepcionalidade – liquidação - execução para cobrança de
quantia). 
- É a tutela ressarcitória na forma específica, ou seja, o reparo de um dano mediante um fazer (MARINONI). 
- Obrigações de fazer fungíveis (podem ser satisfeitas por terceiro) ou infungíveis (aptidões e qualidades pessoais do devedor). 
- Cumprimento de sentença: CPC, arts. 536 e 537. 
- Execução de título extrajudicial: CPC, arts. 814 a 821. 
- O devedor será citado para satisfazer a obrigação de fazer no prazo que o juiz lhe assinar, se outro não estiver determinado
no título executivo. 
 
Obrigação de fazer fungível 
- Se a obrigação não for satisfeita (fungível), será executada por terceiro, à custa do devedor, ou será convertida em perdas e
danos (CPC, arts. 816 e 817). Aprovação da proposta, uma mini licitação (forma menos gravosa ao devedor). 
- O credor terá preferência ao terceiro, em igualdade de condições de oferta (art. 820). 
- Se o contratante não prestar o fato, ou se o praticar de modo incompleto ou defeituoso, o credor poderá ser autorizado a
concluí-lo ou a repará-lo, por conta do contratante (art. 819). 
- Prestada a obrigação, as partes serão ouvidas no prazo de 10 dias (art. 818). Impugnação. 
 
Obrigação de fazer infungível 
- O credor poderá requerer que o juiz lhe assine prazo para cumpri-la (CPC, art. 821). 
- Havendo recusa ou mora do devedor, a obrigação converter-se-á em perdas e danos (parágrafo único). 
 
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Execução das obrigações de não fazer 
- Tutela inibitória: tutela destinada a impedir a prática de ato contrário ao direito ou que represente o inadimplemento de uma
obrigação contratual. Tutela de remoção do ilícito que gere efeitos contínuos (MARINONI). 
- Se o devedor praticou o ato, a cuja abstenção estava obrigado pela lei ou pelo contrato, o credor requererá ao juiz que lhe
assine prazo para desfazê-lo (CPC, art. 822). 
- Havendo recusa ou mora do devedor, o credor requererá ao juiz que mande desfazer o ato à sua custa, respondendo o
devedor por perdas e danos. Não sendo possível desfazer-se o ato, a obrigação resolve-se em perdas e danos (art. 823). 
 
 
Disposições comuns às execuções de fazer e de não fazer 
- Medidas necessárias para a efetivação da tutela específica ou a obtenção da tutela pelo resultado prático equivalente: multa
diária, busca e apreensão de pessoas ou coisas, desfazimento de obras, impedimento de atividade nociva etc., se necessário
com requisição de força policial (CPC, arts. 536, 537 e 814). Princípio da especificidade. 
- A obrigação somente se converterá em perdas e danos se o credor o requerer ou se impossível a tutela específica ou a
obtenção do resultado prático equivalente. A indenização por perdas e danos darse-á sem prejuízo da multa. 
- IMPUGNAÇÃO/EMBARGOS: título judicial (CPC, art. 536, §4º); título extrajudicial (CPC, arts. 914 e seguintes). 
 
 
EXERCÍCIOS 
Indique a espécie de execução mais adequada para os títulos judiciais ou extrajudiciais que envolvam condenação à entrega
das coisas ou prestação das obrigações mencionadas abaixo: 
 
a) entrega de 100 (cem) sacas de café; 
R: entrega de coisa incerta (gênero, quantidade mas não tem qualidade. Para ser certa deve ter a qualidade). 
b) entrega do veículo GM, modelo Cruize, cor branca, placa AAA-0A01, ano/modelo 2020; 
R: entrega de coisa certa. 
c) demolição de uma casa construída sem alvará, em lugar impróprio; 
R: obrigação de não fazer (obrigação de desfazimento a partir de uma obrigação de não fazer). 
d) entrega de um veículo Fiat Toro, 0 km; 
R: entrega de coisa incerta (sem qualidade). 
e) pagamento de um empréstimo inadimplido; 
R: pagamento de quantia. 
f) reforma de uma sala comercial; 
R: obrigação de fazer fungível. 
g) devolução de um imóvel que havia sido emprestado (comodato); 
R: entrega de coisa. 
h) outorga de escritura definitiva de compra e venda de imóvel. 
R: obrigação de fazer infungível cuja o inadimplemento não se resolve em perdas e danos. 
 
Carlos, arquiteto famoso e extremamente talentoso, assina um contrato de prestação de serviços com Marcelo,
comprometendo-se a elaborar e executar um projeto de obra de arquitetura no prazo de 06 (seis) meses. Destaque-se, ainda,
que Marcelo procurou os serviços de Carlos em virtude do respeito e da reputação que este possui em seu ramo de atividade.
Entretanto, passado o prazo estipulado e, após tentativas frustradas de contato, Carlos não realiza o serviço contratado, não
restando alternativa para Marcelo a não ser a propositura de uma ação judicial. 
Diante do caso concreto, responda fundamentadamente: 
- Tendo em vista tratar-se de obrigação de fazer infungível (personalíssima), de que maneira a questão poderá ser solucionada
pelo Poder Judiciário? (VII Exame de Ordem). 
R: prazo para cumprir a obrigação --> se não cumprir, converte-se em perdas e danos. 
 
(XII Exame de Ordem) José, proprietário de imóvel situado na Av. Itália, 120, na cidade de Salvador/BA, concluiu a edificação
de 100 baias destinadas à criação de porcos, sem a observância de lei municipal que proíbe a atividade em bairro residencial.
Não bastasse o descumprimento da lei municipal, a malcheirosa atividade vem atraindo ratos e moscas para a residência de
João, vizinho contíguo. Diante da situação, João pretende ajuizar demanda em face de José. 
Com base em tal situação, responda ao item a seguir, utilizando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal
pertinente ao caso. 
A) A partir dos elementos de direito material constantes no enunciado, a pretensão de João será cabível? 
R: Sim, executando uma obrigação de não fazer. Iria se buscar uma tutela provisória. 
 
 
Execução por quantia certa 
- Hipóteses de aplicação: 
a) quando o título executivo (judicial ou extrajudicial) sujeita o devedor ao pagamento de quantia certa em dinheiro; 
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b) em substituição à execução por coisa certa/incerta ou à execução de obrigação de fazer/não fazer, quando houver
conversão em perdas e danos. 
 
A expropriação, que é a retirada pelo Estado-juiz de bens legitimamente pertencentes ao patrimônio do executado, pode ser
feita por adjudicação, alienação por iniciativa particular, alienação em leilão judicial ou, ainda, pela apropriação de frutos e
rendimentos de empresa ou de estabelecimentos e de outros bens (art. 825). 
 
Ao executado, desde a citação, é reconhecido o direito de pagar o que é devido.Na citação inicial, aliás, ele é incentivado a
tanto, pela redução dos honorários advocatícios que devem ser fixados de início. Depois disso – e enquanto não expropriados
os bens penhorados – ele pode remir a execução, desde que o faça ofertando a importância atualizada monetariamente da
dívida, com os juros cabíveis, além de custas processuais e honorários advocatícios (art. 826). É a chamada remição da
execução, com cê-cedilha, substantivo que, em termos jurídicos, merece ser compreendido como o direito do executado de
liberar-se da dívida. Ela não se confunde, prezado leitor, com a remissão da execução, figura totalmente diversa, de iniciativa
do exequente, que significa o perdão da dívida pelo exequente. Trata-se de hipótese que, se ocorrente, conduzirá à extinção
da execução nos moldes dos incisos III ou IV do art. 92 
 
Não estão sujeitos à execução os bens que a lei considera impenhoráveis (CPC, art. 832). Bens absolutamente impenhoráveis
(art. 833): 
i. os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução; 
ii. os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência do devedor, salvo os de elevado valor ou
que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida; 
iii. os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado valor; 
iv. os vencimentos, subsídios, soldos, salários, remunerações, proventos de aposentadoria, pensões, pecúlios e montepios;
as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e sua família, os ganhos de
trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal. Exceções: prestação alimentícia, independentemente de
sua origem, bem como importâncias excedentes a 50 (cinquenta) salários mínimos mensais (§2º) ; 
v. os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens móveis necessários ou úteis ao
exercício da profissão do executado (ver §3º) - apenas para pequenos negócios, onde os bens são absolutamente
necessários. 
vi. o seguro de vida; 
vii. os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas; 
viii. a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família (CF, art. 5º, XXVI) - Estatuto da
Terra (um módulo fiscal), o mínimo registrável num cartório de imóveis naquela região; 
ix. os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória em educação, saúde ou assistência
social; 
x. a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta) salários mínimos; 
xi. os recursos públicos do fundo partidário recebidos, nos termos da lei, por partido político; 
xii. os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, sob regime de incorporação imobiliária, vinculados à
execução da obra. 
 
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO. PENHORA. SALÁRIO. 1. Embora razoável admitir o reestabelecimento dos descontos
em folha de pagamento referentes às parcelas do empréstimo consignado, no presente caso não restou esclarecido pela
recorrente o motivo da não realização dos descontos. De ordinário, só é inviabilizada a consignação caso ultrapassado o limite
de 30% dos vencimentos do servidor. 2. Assim, considerando que o contrato de empréstimo está em fase de execução
extrajudicial, a pretensão da agravante implica, na verdade, o bloqueio de parte do salário do executado, o que não merece
prosperar, eis que se trata de bem absolutamente impenhorável, nos termos do art. 649, IV, do CPC. Precedentes do STJ (2ª
Turma, REsp 1189848/df; 4ª Turma, RMS 29.391/GO). 3. Agravo interno desprovido (TRF 2ª R.; AI 0004813-58.2012.4.02.0000;
Sétima Turma Especializada; Rel. Des. Fed. Luiz Paulo S. Araujo Filho; Julg. 01/08/2012; DEJF 09/08/2012; Pág. 257 – in Editora
Magister on line nº 14369847, repositório autorizado do STJ nº 67/2008 
 
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO. PENHORA DE SALÁRIO.
IMPOSSIBILIDADE. ART. 649, IV, DO CPC. PRECEDENTES. SÚMULA Nº 83/STJ. DECISÃO MANTIDA. 1. Consoante entendimento
pacífico desta Corte, é incabível a penhora incidente sobre percentual de valores recebidos a título de subsídio, soldos,
salários, remunerações, proventos de aposentadoria e pensões entre outras, em virtude de sua natureza alimentar.
Inteligência do art. 649, IV, do CPC. 2. A consonância entre a decisão recorrida e a jurisprudência do STJ obsta o conhecimento
do recurso especial, nos termos da Súmula nº 83 do STJ. 3. Agravo regimental a que se nega provimento. AgRg no AREsp
478328, 4ª Turma, Rel. Min. ANTONIO CARLOS FERREIRA, unânime, j. em 10/02/2015, DJe 19/02/2015. 
 
 
Lei nº 8.009/90 (impenhorabilidade do bem de família) 
- O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade familiar, é impenhorável e não responderá por qualquer tipo de dívida,
contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele residam, salvo nas hipóteses previstas
nesta lei (Súmula 364 do STJ – abrange os solteiros, separados e viúvos). 
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Considera-se residência um único imóvel utilizado pelo casal ou pela entidade familiar para moradia permanente. Se houver
vários imóveis utilizados como residência, a impenhorabilidade recairá sobre o de menor valor, salvo se outro tiver sido
registrado para esse fim. 
 
A impenhorabilidade compreende o imóvel sobre o qual se assentam a construção, as plantações, as benfeitorias de qualquer
natureza e todos os equipamentos, inclusive os de uso profissional, ou móveis que guarnecem a casa, desde que quitados. 
 
-> Súmula nº 486 do STJ - É impenhorável o único imóvel residencial do devedor que esteja locado a terceiros, desde que a
renda obtida com a locação seja revertida para a subsistência ou a moradia da sua família. 
 
Exceções: 
i. os veículos de transporte, obras de arte e adornos suntuosos; 
ii. financiamento destinado à construção ou aquisição do imóvel, no limite dos créditos e acréscimos constituídos em
função do respectivo contrato; 
iii. crédito de pensão alimentícia; 
iv. cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições devidas em função do imóvel familiar (condomínio
edilício); 
v. execução de hipoteca sobre o imóvel, oferecido como garantia real pelo casal ou pela entidade familiar; 
vi. bem adquirido com produto de crime ou para execução de sentença penal condenatória a ressarcimento, indenização
ou perdimento de bens; 
vii. fiança concedida em contrato de locação. 
Súmula nº 549 do STJ: “É válida a penhora de bem de família pertencente a fiador de contrato de locação”. 
viii. não se beneficiará aquele que, sabendo-se insolvente, adquire de má-fé imóvel mais valioso para transferir a residência
familiar (art. 4º); 
ix. quando a residência familiar constituir-se em imóvel rural, a impenhorabilidade restringir-se-á à sede de moradia, com
os respectivos bens móveis, e à área limitada como pequena propriedade rural. 
 
 
REMIÇÃO DA EXECUÇÃO Pode o devedor, a todo tempo, antes de adjudicados ou alienados os bens, remir a execução,
pagando ou consignando a importância atualizada da dívida, mais juros, custas e honorários advocatícios (CPC, art. 826).
Remição por terceiro (CC, arts. 304 a 307). 
 
 
 
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Da Citação/Intimação do Executado e da Indicação de Bens 
Peculiaridades 
Execução por título executivo extrajudicial 
i. A citação é feita por oficial de justiça, para pagamento em 3 (três) dias (CPC, art. 829). 
 
Cumprimento de sentença: 
i. Intimação do devedor para pagamento do débito no prazo de 15 (quinze) dias. 
CPC, art. 513 
“§2º O devedor será intimado para cumprir a sentença: 
I – pelo Diário da Justiça, na pessoa de seu advogado constituídonos autos; 
II – por carta com aviso de recebimento, quando representado pela Defensoria Pública ou quando não tiver 
advogado constituído nos autos, ressalvada a hipótese do inciso IV; 
III – por meio eletrônico, quando, no caso do §1º do art. 246, não tiver procurador constituído nos autos; 
IV – por edital, quando, citado na forma do art. 256, tiver sido revel na fase de conhecimento. 
 
§3º Na hipótese do §2º, incisos II e III, considera-se realizada a intimação quando o devedor houver mudado 
de endereço sem prévia comunicação ao juízo, observado o disposto no parágrafo único do art. 274. 
 
§4º Se o requerimento a que alude o §1º for formulado após 1 (um) ano do trânsito em julgado da sentença, 
a intimação será feita na pessoa do devedor, por meio de carta com aviso de recebimento encaminhada ao endereço
constante dos autos, observado o disposto no parágrafo único do art. 274 e no §3º deste artigo." 
 
O devedor pode, antes de ser intimado para o cumprimento de sentença, oferecer em juízo o pagamento que entender
devido, apresentando memória discriminada de cálculo (CPC, art. 526). 
 
Iniciado o cumprimento de sentença e não ocorrendo o pagamento voluntário no prazo de 15 (quinze) dias, o débito será
acrescido de multa de 10% (dez por cento) e honorários advocatícios de 10% (dez por cento) – art. 523, §1º 
Ao despachar a inicial da execução de título extrajudicial, o juiz fixará, de plano, os honorários advocatícios de 10% (de por
cento) a serem pagos pelo executado (art. 827). No caso de integral pagamento, a verba honorária será reduzida pela metade
(§1º). O valor dos honorários poderá ser elevado em até 20% (vinte por cento), quando rejeitados os embargos (§2º). 
 
Averbação da execução no registro de imóveis, de veículos ou de outros bens sujeitos a penhora, arresto ou indisponibilidade:
CPC, art. art. 828. Cancelamento das averbações relativas aos bens nã o penhorados (§2º). Presunção de fraude à execução
(§4º). Responsabilidade do exequente por abusos (§5º). 
 
O credor poderá, na petição inicial da execução, indicar os bens a serem penhorados (CPC, art. 798, II, “c”). O executado
poderá nomear bens que lhe causem menor gravame e também não causem prejuíz o ao exequente (art. 829, §2º). Discussão
sobre a ordem de preferência (art. 835). 
 
O juiz poderá, a qualquer tempo, intimar o devedor para indicar bens passíveis de penhora. Ato atentatório à dignidade da
justiça (CPC, art. 774, V). O devedor também poderá nomear bens à penhora. Impugnação ou concordância do credor (ordem
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de preferência). CPC, art. 829, §2º. 
 
Arresto: se o devedor não for intimado/citado, o oficial de justiça arrestar-lhe-á tantos bens quantos bastem para a garantia
do débito (CPC, art. 830). Tentativas de citação pessoal ou com hora certa nos 10 (dez) dias subsequentes (§1º). Citação por
edital (§2º). Conversão do arresto em penhora independentemente de termo (§3º). Revelia (curador especial) 
 
 
Penhora e Depósito 
“É ato executivo e não compartilha a natureza do penhor e do arresto. Ela não extrai o poder de disposição do executado. Tal
poder se reputará ineficaz perante o credor. Indubitavelmente, a penhora constitui ato específico de intromissão do Estado na
esfera jurídica do obrigado, mediante apreensão material, direta ou indireta, de bens constantes do patrimônio do devedor. A
penhora é o ato executivo que afeta determinado bem à execução, permitindo sua ulterior expropriação, e torna os atos de
disposição do seu proprietário ineficazes em face do processo” (ARAKEN DE ASSIS) 
 
- Não havendo o pagamento, o oficial de justiça procederá à penhora de bens e sua avaliação, lavrando o respectivo auto. Se a
indicação de bens tiver sido feita pelo credor, a penhora será reduzida a termo. 
- O devedor será intimado da penhora na pessoa de seu advogado ou à sociedade de advogados (CPC, art. 841, §1º), a não ser
que a penhora se faça em sua presença, quando será intimado no ato (§3º). Se o executado não tiver advogado, será intimado
pessoalmente, de preferência por via postal (§2º). Considera-se realizada a intimação quando o executado houver mudado de
endereço sem previa comunicação ao juízo (§4º). 
- Recaindo a penhora em bem imóvel ou direito real sobre imóvel, o cônjuge do executado também será intimado, salvo se
forem casados em regime de separação absoluta de bens (art. 842). Tratando-se de bem indivisível, a meação do cônjuge
alheio à execução recairá sobre o produto da alienação do bem (art. 843). Direito de preferência (§1º). A expropriação deve
garantir ao cônjuge sua quota-parte (§2º). 
 
Ordem de preferência para a penhora (CPC, art. 835): 
i. dinheiro em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição financeira; 
Lembrar da impenhorabilidade de salário, poupança, dentre outros. 
ii. títulos da dívida pública da União, dos Estados e do Distrito Federal com cotação em mercado; 
Aplicação em tesouro direto, por exemplo. 
iii. títulos e valores mobiliários com cotação em mercado; 
iv. veículos de via terrestre; 
v. bens imóveis; 
vi. bens móveis em geral; 
vii. semoventes; 
viii. navios e aeronaves; 
ix. ações e quotas de sociedades simples e empresárias; 
x. percentual do faturamento da empresa devedora; 
xi. pedras e metais preciosos; 
xii. direitos aquisitivos derivados de promessa de compra e venda e de alienação fiduciária em garantia; 
xiii. outros direitos. 
 
Na execução de crédito com garantia real (hipoteca, penhor etc.), a penhora recairá sobre a sobre a coisa dada em garantia; se
a coisa pertencer a terceiro garantidor, será também esse intimado da penhora (CPC, art. 835, §3º). 
 
Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe: 
IV - determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para assegurar o
cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que tenham por objeto prestação pecuniária; 
-> Por causa disso, há uma discussão muito grande no judiciário sobre o que o juiz pode fazer e o que o juiz não pode. 
 
Modificações da penhora (CPC, arts. 847 a 851) 
Substituição do bem penhorado a pedido do executado quando for menos onerosa e não trouxer prejuízo ao exequente (art.
847). Se o bem for imóvel, deve haver a anuência expressa do cônjuge (§3º). 
 
Substituição da penhora por qualquer das partes (art. 848): desrespeito à ordem legal; outros bens que não os designados em
lei, contrato ou ato judicial; se, havendo bens no foro da execução, outros houverem sido penhorados; se, havendo bens livres,
a penhora houver recaído sobre bens embaraçados; bens de baixa liquidez; fracasso na tentativa de alienação judicial do bem;
ou se o executado não indicar o valor dos bens ou omitir qualquer das indicações previstas em lei. 
 
Substituição da penhora por fiança bancária ou seguro garantia judicial, com acréscimo de 30% (CPC, art. 835, §2º e 848,
parágrafo único). 
 
Não se procede à segunda penhora, salvo se: 
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a) a primeira for anulada; 
b) executados os bens, o produto da alienação não bastar para o pagamento do credor; 
c) o credor desistir da primeira penhora, por serem litigiosos os bens, ou por estarem submetidos a constrição judicial (art.
851). 
 
A penhora deverá incidir em tantos bens quantos bastem para o pagamento do débito e acréscimos, inclusive custas e
honorários advocatícios (CPC, art. 831). 
 
A penhora é feita onde quer que se encontrem os bens, ainda que sob a posse, detenção ou guarda de terceiros (CPC, art.
845). 
 
Dispensa de carta precatória em caso de penhora de bens imóveis e de veículos automotores (§1º). 
 
Não se fará a penhora sobre bens de valores que serão absorvidos apenas para as custas processuais (art. 836). 
 
Quando não encontrarbens penhoráveis, o oficial de justiça descreverá os bens que guarnecem a residência ou o
estabelecimento do devedor (§1º). 
 
Ordem de arrombamento e força policial (CPC, art. 846). 
 
A penhora será feita mediante a apreensão e o depósito dos bens (CPC, art. 839). 
 
Registro da penhora para presunção absoluta de conhecimento por terceiros, independentemente de mandado judicial (art.
844). 
 
Requisitos do auto de penhora (art. 838): 
a) indicação do dia, mês, ano e lugar em que foi feita; 
b) os nomes do exequente e do executado; 
c) a descrição dos bens penhorados, com suas características; 
d) a nomeação do depositário dos bens 
 
Depósito 
“É ato integrante da penhora, pelo qual se incumbe alguém da guarda e conservação dos bens penhorados, transferindo-lhe a
posse (mediata ou imediata) de tais bens” (WAMBIER). 
O depositário é auxiliar do juízo (função pública) e recebe remuneração (arts. 159 e 160), salvo se for o exequente ou o
executado elegidos como executados. Quem recebe remuneração é o depositário público, nos termos dos artigos citados, ou o
depositário particular que, por exemplo, possui uma garagem para guardar um carro. 
 
Depósito dos bens (art. 840): 
i. as quantias em dinheiro, os papéis de crédito e os metais preciosos: no Banco do Brasil, na Caixa Econômica Federal ou em
banco do qual o Estado ou Distrito Federal possua mais da metade do capital social integralizado, ou, na falta desses
estabelecimentos, em qualquer instituição de crédito designada pelo juiz; 
ii. os móveis, os semoventes, os imóveis urbanos e os direitos aquisitivos sobre imóveis urbanos, em poder do depositário
judicial. Se não houver, em poder do exequente (§1º). 
iii. os imóveis rurais, os direitos aquisitivos sobre imóveis rurais, as máquinas, os utensílios e os instrumentos necessários ou úteis
à atividade agrícola, em poder do executado (mediante caução idônea); 
iv. os bens poderão ficar depositados em poder do executado nos casos de difícil remoção ou quando anuir o exequente (§2º); 
v. as joias, as pedras e os objetos preciosos deverão ser depositados com registro do valor estimado de resgate (§3º). 
 
Não cabe mais a prisão civil do depositário judicial infiel (CF, art. 5º, LXVII – Súmula Vinculante nº 25 do STF). 
 
 
Alienação antecipada dos bens penhorados (CPC, art. 852): 
i. se tratar de veículos automotores, de pedras e metais preciosos e de outros bens móveis sujeitos à deterioração ou
depreciação; 
ii. quando houver manifesta vantagem. Por exemplo, vender alguma ação que está em alta como nunca esteve, como as ações
de empresas de reuniões online em plena pandemia do coronavírus. 
 
Penhora online - ordem de indisponibilidade de ativos financeiros existentes em nome do executado, por meio de sistema
eletrônico (BACENJUD), sem dar ciência prévia ao mesmo, limitando-se a indisponibilidade ao valor indicado na execução (CPC,
art. 854). 
iii. Responsabilidade da instituição financeira pelos prejuízos causados ao executado em decorrência de indisponibilidade de
ativos financeiros em valor superior ao indiciado na execução ou pelo juiz, ou de não cancelamento do valor excessivo de 24
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horas (§8º). 
iv. Ordem de cancelamento de indisponibilidade excessiva no prazo de 24 horas (§1º). 
v. Intimação do executado em nome de seu advogado ou pessoalmente (§2º). 
vi. O executado tem o prazo de 5 (cinco) dias para comprovar que os valores são impenhoráveis ou que ainda remanesce
indisponibilidade excessiva de ativos financeiros (§3º). 
vii. Rejeitada ou não apresentada a manifestação do executado, haverá a conversão da indisponibilidade em penhora,
independentemente de termo, com a transferência dos valores a uma conta vinculada ao juízo da execução (§5º). 
 
Penhora de Créditos 
i. Penhora de crédito representado por letra de câmbio, nota promissória, duplicata, cheque ou outros títulos: apreensão do
documento, esteja ou não em poder do devedor (CPC, art. 856); 
ii. Se o título não for apreendido, mas o terceiro confessar a dívida, será havido como depositário da importância (§1º); 
iii. O terceiro só se exonerará da obrigação, depositando em juízo a importância da dívida (§2); 
iv. Se o terceiro negar o débito em conluio com o devedor, a quitação que este lhe der será em fraude à execução (§3º); 
v. O juiz poderá determinar o comparecimento em audiência do devedor e do terceiro, para prestar depoimento (§4º). 
Quando não ocorrer a apreensão do título de crédito, a penhora será considerada realizada pela intimação ao terceiro devedor
para que não pague ao executado, seu credor; ao executado, credor do terceiro para que não pratique ato de disposição do
crédito (CPC, art. 855). 
 
Penhora em direito e ação do devedor, sem oposição de embargos ou havendo a rejeição destes (sem defesa ou havendo
rejeição desta): o credor fica sub-rogado nos direitos do devedor até a concorrência do seu crédito (a sub-rogação não impede
o credor de prosseguir na execução penhorando outros bens, se não receber o crédito). O credor pode optar pela alienação
judicial do direito penhorado, caso em que declarará a sua vontade no prazo de 10 dias contados da penhora (CPC, art. 857 e
§§). 
Ele entra como parte no processo do executado, mas pode fazer a venda judicial desse para não se incomodar com outra
execução em curso. 
 
Penhora sobre dívidas de dinheiro a juros, de direito a rendas, ou de prestações periódicas - o credor poderá levantar os
valores à medida que forem sendo depositados, fazendo-se o abatimento do crédito – imputação do pagamento (CPC, art.
858; CC, arts. 352 a 355). 
 
Penhora sobre direito que tenha por objeto prestação ou restituição de coisa determinada - o devedor será intimado para, no
vencimento, depositá-la, correndo sobre ela a execução (CPC, art. 859). 
 
Penhora no rosto dos autos: averbação da penhora, com destaque, nos autos em que o direito estiver sendo pleiteado em
juízo, a fim de atingir os bens que forem adjudicados ou vierem a caber ao executado (CPC, art. 860). 
 
 
Penhora das Quotas ou das Ações de Sociedades Personificadas 
O juiz assinará prazo de até 3 (três) meses* para que a sociedade (CPC, art. 861): 
a) apresente balanço especial, na forma da lei; 
b) ofereça as quotas ou as ações aos demais sócios, observado o direito de preferência legal ou contratual; 
c) não havendo interesse dos sócios na aquisição das ações, proceda à liquidação das cotas ou das ações, depositando em juízo
o valor apurado, em dinheiro. O juiz poderá nomear administrador para estabelecer a forma de liquidação (§3º). 
 
Poderá haver a prorrogação do prazo nas situações previstas no §4º. 
 
Para evitar a liquidação, a sociedade poderá adquirir as cotas ou ações sem redução do capital social e com utilização de
reservas, para manutenção em tesouraria (§1º). Não se aplica às sociedades anônimas de capital aberto (§2º). 
 
Leilão judicial das cotas ou ações: situação excepcional, se não ocorrer qualquer das hipóteses acima (§5º). 
 
 
Penhora de Empresa, de outros Estabelecimentos e Semovementes 
Penhora excepcional: somente poderá ser determinada se não houver outro meio eficaz para a satisfação do crédito (CPC, art.
865). 
 
-> Penhora de estabelecimento comercial, industrial ou agrícola, bem como de semoventes, plantações ou edifício em
construção: nomeação de um administrador depositário, para apresentar um plano de administração/esquema de pagamento
(art. 862). 
As partes poderão escolher o administrador e ajustar a forma de administração (art. §2º). Princípios da conservação da
empresa e da menor onerosidade ao devedor. 
 
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Edifício em construção: a penhora somente poderá recair sobre as unidades ainda não comercializadas pelo incorporador
(§3º). Poderáhaver o afastamento do incorporador da administração – comissão de representantes dos adquirentes ou
empresa/profissional indicado pela instituição fornecedora dos recursos (§4º). 
 
Empresa que funcione mediante concessão ou autorização: a penhora incidirá sobre a renda, sobre determinados bens ou
sobre todo o patrimônio; o depositário será, de preferência, um dos diretores (art. 863). 
 
Penhora sobre navio ou aeronave (interesse público nos meios de transporte): o bem poderá continuar navegando ou
operando até a alienação – o devedor fará seguro usual contra riscos (art. 864). 
 
 
Penhora de Percentual de Faturamento de Empresa 
Penhora que poderá ser determinada apenas se o executado não tiver outros bens penhoráveis ou se forem de difícil
alienação ou insuficientes para saldar o crédito executado (CPC, art. 866). 
 
O juiz fixará o percentual e nomeará administrador-depositário que apresentará a forma de sua atuação e prestará contas
mensalmente, depositando em juízo os valores (§§1º e 2º). 
 
Aplicação subsidiária das regras relativas à penhora de frutos e rendimentos de coisa móvel ou imóvel (§3º). 
 
 
Penhora de Frutos e Rendimentos de Coisa Móvel ou Imóvel 
Modalidade de penhora aplicável se for mais eficiente ao recebimento do crédito e menos gravosa ao executado (CPC, art.
867). 
 
Nomeação de administrador-depositário (exequente, executado ou profissional qualificado), perdendo o executado o direito
de usar o bem até a quitação da dívida. Averbação da penhora no ofício imobiliário para ter eficácia em relação a terceiros
(arts. 868 e 869). 
 
Forma de administração e prestação de contas (art. 869, §1º). 
O administrador poderá celebrar locação do móvel ou imóvel (art. 869, §4º). 
 
 
 
Avaliação, Adjudicação e Alienação 
Avaliação 
É ato preparatório da expropriação. Definição do valor dos bens penhorados (parâmetros econômicos da expropriação). É feita
pelo oficial de justiça (desde que tenha condições técnicas), pelo avaliador judicial, por perito (conhecimentos especializados)
ou pelo próprio devedor, quando sua estimativa é aceita pelo credor. 
 
Não há necessidade de avaliação (CPC, art. 871): 
a) se o credor aceitar a estimativa feita pelo executado; 
b) dos títulos ou mercadorias que tenham cotação em bolsa; 
c) dos títulos da dívida pública, ações das sociedades e títulos de crédito negociáveis em bolsa: cotação oficial do dia, provada
por certidão ou publicação no órgão oficial; 
d) de veículos automotores ou de outros bens cujo preço médio de mercado possa ser conhecido por meio de pesquisas
realizadas por órgãos oficiais ou de anúncios de venda divulgados em meios de comunicação. 
 
Requisitos do laudo de avaliação: art. 872, I e II. 
 
Realizada a avaliação: manifestação das partes (CPC, art. 872, §2º). Decisão fundamentada. Agravo de instrumento. 
 
Hipóteses de nova avaliação (CPC, art. 873): 
a) ocorrência de erro na avaliação ou dolo do avaliador (arguição fundamentada); 
b) majoração ou diminuição do valor do bem posteriormente à avaliação; 
c) fundada dúvida sobre o valor atribuído ao bem na primeira avaliação. 
 
Após a avaliação (art. 874): 
• redução da penhora aos bens suficientes ou transferência para outros, se o valor dos bens penhorados for consideravelment e
superior ao crédito e acessórios; 
• ampliação/reforço da penhora ou transferência para outros mais valiosos. 
 
Adjudicação 
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É a aquisição do bem penhorado pelo próprio exequente; pelo coproprietário de bem indivisível; pelo titular de usufruto, uso,
habitação, enfiteuse, direito de superfície, concessão de uso especial ou de direito real; pelo credor com garantia real, pelo
credor concorrente (com penhora averbada anteriormente); pelo compromitente vendedor; pelo compromitente comprador;
pela União, Estado ou Município em caso de bem tombado); pelo cônjuge, companheiro, descendentes ou ascendentes do
executado (CPC, art. 876, caput e §5º). 
 
Intimação do executado (§1º), salvo se tiver sido citado por edital e não tiver procurador constituído nos autos (§3º). 
 
A adjudicação deve ser feita pelo valor mínimo da avaliação. 
 
Se feita pelo credor: depósito imediato da diferença (se o valor do bem for maior do que o crédito) ou prosseguimento da
execução pelo saldo remanescente (se for menor). 
 
Havendo mais de um pretendente: licitação. Se houver igualdade de oferta: terá a preferência o cônjuge, companheiro,
descendente ou ascendente , nessa ordem (§6º). 
 
Penhora de cotas sociais: intimação da sociedade para que os sócios possam exercer a preferência na aquisição. 
 
Direito de preferência dos sócios: CPC, art. 876, §7º. 
 
A adjudicação considera-se perfeita e acabada com a lavratura e assinatura do auto pelo juiz, pelo adjudicatário, pelo escrivão
ou chefe de secretaria e, se estiver presente, pelo executado, expedindo-se a carta de adjudicação e o mandado de imissão na
posse, se bem imóvel, ou mandado de entrega ao adjudicatário, se bem móvel (art. 877, §1º). 
 
Carta de adjudicação (imóvel): descrição do imóvel, com remissão a sua matrícula e registros, a cópia do auto de adjudicação e
a prova de quitação do imposto de transmissão (§2º). 
 
Frustradas as tentativas de alienação do bem, será reaberta oportunidade para requerimento de adjudicação, caso em que
também se poderá pleitear nova avaliação (art. 878). 
 
Alienação por Iniciativa Particular 
Não realizada a adjudicação, os bens penhorados serão alienados por iniciativa particular ou em leilão judicial eletrônico ou
presencial (CPC, art. 879). 
 
Alienação por iniciativa do próprio exequente ou por intermédio de corretor ou leiloeiro público credenciado perante a
autoridade judiciária (art. 880). Nas localidades em que não houver corretor ou leiloeiro público credenciado, a indicação será
de livre escolha do exequente (§4º). 
 
O juiz fixará o prazo em que a alienação deve ser efetivada, a forma de publicidade, o preço mínimo, as condições de
pagamento, as garantias e a comissão de corretagem (§1º). 
 
A alienação será formalizada por termo nos autos, assinado pelo juiz, pelo exequente, pelo adquirente e, se estiver presente,
pelo executado, expedindo-se carta de alienação e mandado de imissão na posse de imóvel ou mandado de entrega ao
adquirente, quando se tratar de bem móvel (§2º). 
 
Os tribunais poderão expedir provimentos detalhando o procedimento da alienação por iniciativa particular (concurso de
meios eletrônicos e credenciamento de corretores e leiloeiros públicos, os quais deverão estar em exercício profissional por
não menos que 3 anos) - §3º. 
 
Alienação em Leilão Judicial 
Será realizada por leiloeiro público – designado pelo juiz e que poderá ser indicado pelo exequente - e ocorrerá apenas se não
houver adjudicação ou alienação por iniciativa particular (CPC, arts. 881 e 883). 
 
Não sendo possível sua realização por meio eletrônico, o leilão será presencial (art. 882). 
 
Atribuições do leiloeiro público: art. 884. 
 
O leilão judicial é precedido de edital (requisitos: art. 886). 
 
Publicação do edital: art. 887. 
 
São designadas duas datas (arts. 886, V e 895). Na primeira, o preço mínimo é o da avaliação; na segunda, pelo maior lanço,
exceto por preço vil (art. 891). 
01/03/2021 OneNote
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Imóvel de incapaz (art. 896): deve alcançar pelo menos 80% do valor da avaliação. Adiamento de até um ano. Locação. 
 
O executado será intimado das datas do leilão judicial por seu advogado; se não tiver, por meio de mandado, carta registrada,
edital ou outro meio idôneo (CPC, art. 889). Se o executado for revel e não tiver advogado constituído, não constando dos
autos seu endereço atual ou, ainda, não sendo ele encontrado no endereço constante do processo, a intimação considerar-se-
á feita

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