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Aula 7 – Resumo
Métodos de análise cladística – Parte II
Na metodologia cladísdica, os estados dos caracteres podem ser polarizados através de dois critérios: ontogenia e grupo externo.
Ontogenia
Haeckel, foi o primeiro a supor que as características apresentadas pelos embriões nos estágios iniciais de desenvolvimento representam estados mais primitivos, e que as apresentadas nos estágios finais de desenvolvimento representam estados mais derivados.
Estudos demonstraram que estágios específicos do desenvolvimento embriológico podem ser comprimidos ou estendidos, fazendo com que a idéia da recapitulação de formas adultas seja insustentável. O desenvolvimento ontogênico pode ser utilizado para polarizar os estados de um caráter. Alguns estágios podem ser acelerados ou retardados em relação a outros estágios. Estas mudanças de ritmo são denominadas heterocronia.
Grupo-Externo
Toda vez que quisermos determinar qual dos diferentes estados homólogos encontrados em um grupo supostamente monofilético é o apomórfico, deveremos amostrar outros grupos fora (que não façam parte) do nosso grupo de análise. Esse critério é denominado grupo externo.
A metodologia de polarização só deve ser empregada antes da análise cladística. A polarização individual de cada caráter antes da realização na análise de parcimônia é desnecessária. A análise de parcimônia é a de minimizar a ocorrência de homoplasias e maximizar a ocorrência de sinapomorfias. Dessa forma, as hipóteses que apresentem o menor número de passos (eventos de surgimento de apomorfias) seriam mais aceitas do que as hipóteses que apresentam maior número de passos.
Análise de Parcimônia
Ela pode ser dividida em duas etapas:
1ª A elaboração de uma lista de caracteres;
2ª A escolha da árvore ótima para esse conjunto de dados;
A análise dos caracteres constitui a etapa mais importante da análise cladística, uma vez que dela depende o seu resultado. Após o levantamento e a análise dos caracteres, eles são codificados, isto é, são atribuídos códigos numéricos para os diferentes estados de uma série de transformação. Com a finalização de análise e da codificação dos estados dos caracteres, inicia-se a etapa de construção da matriz de dados. De todas as filogenias possíveis, apenas uma filogenia é real, ou seja, existe apenas uma história evolutiva.
O próximo passo da análise é a busca da árvore mais parcimoniosa, isto é, a que apresenta o menor número de passos e que será considerada como a melhor hipótese de relacionamento filogenético. Um programa computacional calcula todas as topologias possíveis. Em seguida, é realizada a polarização dos caracteres. Nessa etapa, os grupos-externos são utilizados para dar sentido à serie de transformação, ou seja, para polarização dos estados de cada caráter.