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Resumo AV1 História do Direito Brasileiro

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Resumo AV1 História do Direito Brasileiro
Período colonial brasileiro
Marcado pela descoberta do ouro nas minas gerais entre 1694 e 1698. 
Fazia-se necessária uma legislação que atendesse às exigências do novo cenário econômico.
1702 – Publicado o Regimento do Superintendente, guardas-mores e Oficiais para as Minas Gerais – estabelecendo a autoridade real na administração da atividade mineradora.
A legislação visava garantir a exploração do ouro e o envio desse ouro para Portugal.
Gradativo aumento do fiscalismo português, taxação dos colonos, na região e fora dela.
Controle sobre o escoamento do ouro e sobre os escravos.
1720 – o governo português criou as casas de fundição – cobrança do 5º e dos impostos decorrentes do seu uso.
Revolta Filipe dos Santos.
Legislação vigente – Ordenações Filipinas.
1735 – Portugal instituiu a captação – 17g de ouro/ escravo que possuísse.
1750-1760 - Instituídos mais dois impostos – 100 arrobas e a derrama – que foram o motivo da Inconfidência Mineira.
Invasões estrangeiras, as bandeiras, as entradas, a mineração, a pecuária e a ação de missionários (jesuítas), foram importantes porque implicaram na realização de tratados para definir limites do território brasileiro e questões de Direito Internacional.
Ex. Tratado de Utrecht e o Tratado de Madri.
Uti Possidetis – Princípio Jurídico do Direito Romano que considera possuidor da terra aquele que efetivamente a ocupa.
Tratado de Madri – Alexandre Gusmão propôs Uti Possidetis, com isso a Espanha aceitou as condições do tratado e reconheceu as pretensões portuguesas sobre a Bacia amazônica.
Após o tratado o Brasil adquiriu praticamente a sua constituição geográfica atual.
1807 – Firmada a convenção com a Inglaterra para transferir a família real portuguesa para o Brasil.
Com a convenção firmada com a Ingaterra, D. João não apenas garantia a manutenção de todo o reino, como também as relações comerciais com a Inglaterra e conservaria a Casa de Bragança no trono de Portugal.
1808 – Chegada da família real no Brasil, o status econômico e jurídico do Brasil se transformou.
Acabou o pacto colonial, podendo comercializar diretamente com outras nações estrangeiras.
Documento expedido por D.João – Interino e provisório – estabelecia taxas alfandegárias a serem pagas pelos produtos nos portos do Brasil, foi seguido por outro, na qual reduzia as tarifas alfandegárias nos portos brasileiros com o objetivo de favorecer o livre comércio no Brasil.
Os ingleses começam nessa época a cobrar a conta da transferência da família real para o Brasil.
1810 – Firmado o tratado de aliança e amizade com a Grã-Bretanha – Reduzia as tarifas alfandegárias inglesas no Brasil.
O Tratado e a convenção de comércio e navegação adiaram o processo de industrialização no Brasil, pois o produto inglês chegava muito mais barato no Brasil.
Criação da Casa de Suplicação do Brasil – Deveria funcionar como Supremo Tribunal de Justiça do Brasil - Representou um marco no processo jurídico brasileiro.
1815 – O Brasil foi elevado a categoria de Reino Unido a Portugal;
1817 – Revolução Pernambucana;
1820 – Revolução Liberal do Porto – Desejava a recolonização do Brasil e acabou acelerando a separação dos dois reinos, concretizada em 7 de setembro de 1822;
A independência não mudou a situação do País, que manteve sua estrutura fundamentada no tripé economia agroexportadora, latifúndio e mão-de-obra escrava.
O Brasil Monárquico (1822-1889)
1822 – Após a independência foram necessárias medidas para adequar o País a nova condição de reino independente.
1ª nação a reconhecer a independência foi os EUA do Norte.
A Inglaterra exigiu a renovação dos tratados assinados por D.João em 1810, que reduziam as tarifas alfandegárias. Assim o Tratado de Aliança e amizade e do comércio de Navegação foram renovados por mais 15 anos.
De acordo com esses tratados, o tráfico negreiro deveria ser extinto em 1830.
D. Pedro foi coroado Imperador do Brasil (D. Pedro I).
Assembléia constituinte com 90 membros eleitos por 14 províncias (proprietários rurais e bacharéis em leis, militares, médicos e funcionários públicos) – Elaboração da nossa primeira constituição.
Projeto proposto pela constituinte – 272 artigos – elitista e favorecia os interesses dos latifundiários brasileiros – estabelecia o voto censitário e não reconhecia a participação popular na vida política do País.
D.Pedro vetou o texto que se desejava promulgar, no qual lhe restringia os poderes, dissolvendo-a, para em 1824 outorgar a nova constituição.
1824 – D. Pedro nomeou um Conselho de Estado de 10 membros, que redigiu a Constituição – Após apreciada pelas Câmaras Municipais foi outorgada (imposta).
Voto censitário – Os eleitores da paróquia elegiam os eleitores da província e estes elegiam deputados e senadores.
Esses eleitores eram escolhidos entre quem possuísse ganhos superiores a 100 e 200 mil-réis.
Eram definidos 4 poderes: O Executivo, o Legislativo, o Judiciário e o Moderador.
Executivo – competia ao Imperador;
Legislativo – Representado pela Assembléia-Geral formada pela Câmara de Deputados e pelo Senado. Estabeleceu-se a imunidade parlamentar;
Poder Judiciário – Supremo Tribunal de Justiça, com magistrados escolhidos pelo Imperador;
Moderador – Pessoal e exclusivo do Imperador, assessorado pelo Conselho de Estado.
O Poder Moderador representou literalmente a constitucionalização do poder absoluto do monarca.
A constituição do império assegurou a inviolabilidade dos direitos civis em uma sociedade escravista e em um texto constitucional, apesar de ter abolido açoites, tortura, marca de ferro quente e demais penas cruéis, as mesmas continuavam a ser aplicadas aos escravos.
A constituição garantiu a liberdade religiosa, desde que não ofendesse a moral pública.
Garantiu o direito de propriedade em toda a sua plenitude e definiu que em caso de requisição de uso da propriedade do cidadão pelo Estado ou de desapropriação, o cidadão devia ser indenizado.
A constituição garantiu a independência do poder judicial.
1871 – Ocorreu a reforma processual.
O Brasil Republicano (1889 à ...)
A República no Brasil nasceu sob a égide do pensamento positivista. Augusto Comte adaptado ao modelo brasileiro. 
De acordo com Augusto Comte, a Lei dos 3 estados Teológico (Religião), Metafísico (razão da filosofia), positivo (conhecimento científico).
Monarquia do Brasil estava caracterizada no estado Metafísico.
A República representava a inserção do Brasil no estado positivo.
1890 – Elaboração da primeira carta constitucional da República e a promulgação do código penal.
Código penal – 4 livros (1º crimes e penas, 2º crimes em espécie, 3º contravenções em espécie e 4º disposições gerais).
Foram excluídas as penas de morte, as penas relativas aos escravos, as penas galés e penas perpétuas.
Novo código penal – privação de liberdade, incluindo prisão para os capoeiras e trabalhos vadios e prisão disciplinar para menores.
Proibia o espiritismo e o curandeirismo.
Estabelecia diferença à violência carnal praticada contra mulher honesta ou prostituta. Contra uma prostituta era um mal menor, por isso a pena também era menor.
Condenava a retirada de uma mulher de casa sem o consentimento do pai, ferindo o pátrio poder.
A prostituição e o adultério (para garantir o pátrio poder e defender a propriedade privada, inclusive evitando herdeiros bastardos), eram considerados crimes.
Criminalização do aborto e do infanticídio.
1891 – A constituição brasileira foi promulgada nesse ano. A primeira constituição republicana do País, foi redigida à semelhança dos princípios fundamentais da carta norte-americana.
Decretou o regime republicano federalista e transformou as antigas províncias em estados.
Passou a se chamar Estados Unidos do Brasil.
Separação entre Igreja e Estado e o fim do padroado.
Criação de cartórios e a secularização dos cemitérios.
Executivo – Presidente da República (voto direto e mandato de 4 anos)
Legislativo – Câmara dos Deputados e Senado Federal – mandatode 9 anos, não mais vitalício.
Judiciário – Supremo Tribunal Federal – órgão máximo – Juízes
Os tribunais federais não chegaram a ser criados durante a República velha.
1898 – Surgiram os primeiros Juízes Federais
Tribunais de relação das províncias – Tribunais de Justiça dos Estados.
A constituição legalizou a fraude eleitoral – voto aberto e masculino.
1916 - O Código Civil brasileiro demorou a ser promulgado porque a parte civil das ordenações filipinas permaneceu por muito tempo.
Elaborado para uma sociedade agrária, o Código foi publicado e passou a vigorar em uma sociedade que começava a se industrializar.
A existência do homem enquanto pessoa natural, começava no nascimento e se extinguia com a morte.
Incapacidade de menores entre 16 e 21 anos.
Pátrio poder (poder dos pais sobre os filhos)
A mulher estava sob constante tutela, primeiro do pai, depois, do marido e depois, dos filhos.
Casamento nulo ou anulável – erro de pessoa (mulher não virgem, parceiro impotente ou com outra orientação sexual)
Direitos e deveres do marido – sustento da casa.
O Código Civil estabeleceu quatro regimes de casamento:
- comunhão universal dos bens;
- comunhão parcial dos bens;
- separação de bens;
- regime dotal.
Apesar de todas as suas definições o Código Civil de 1916 já estava ultrapassado. 
A última tentativa de atualização do Código Civil ocorreu em 1967, por Miguel Reale e uma equipe de juristas. Ficou pronto em 1975. Passou por atualizações e à nova Constituição de 1988, foi promulgado em 1988 e entrando em vigor em 2003.
Histórico das Constituições Brasileiras 
O Brasil já teve oito Constituições. Algumas delas foram outorgadas e outras promulgadas. São elas, 
1824: positivada por outorga – Constituição do Império do Brasil. 
1937: positivada por outorga (Getúlio Vargas). 
1969: positivada por outorga (Golpe Militar). 
1891: positivada por promulgação – Constituição da 1ª República. 
1934: positivada por promulgação. 
1946: positivada por promulgação – Restabelecimento do Estado Democrático. 
1967: positivada por promulgação. 
1988: positivada por promulgação. A Constituição de 1988 restabeleceu e deu nova visibilidade ao regime democrático brasileiro, permanecendo até os dias de hoje.
		As Constituições Brasileiras
	1824
Outorgada (tornada pública) pelo imperador D. Pedro I. poder moderador o imperador exercia
Fortaleceu o poder pessoal do imperador com a criação do quarto poder (moderador), que permitia ao soberano intervir, com funções fiscalizadoras, em assuntos próprios dos poderes Legislativo e Judiciário.
Províncias passam a ser governadas por presidentes nomeados pelo imperador.
Estabeleceu eleições indiretas e censitárias (homens livres, proprietários e condicionados ao seu nível de renda).
Forma de Governo foi definida como MONÁRQUICA –HEREDITÁRIA E CONSTITUCIONAL (ESTADO UNITÁRIO)
Religião Católica como religião oficial ( O Estado Monárquico era Confessional -PERMITIA OUTROS CULTOS DESCARACTERIZADOS
Poder legislativos em 2 instancias Camara dos Deputados e o Senado - CAMARA ELEIÇÃO TEMPORÁRIA - SENADO VITALÍCIA
Voto INDIRETO E CENSITÁRIO -
1891
Promulgada pelo Congresso Constitucional , elegeu indiretamente para a Presidência da República o marechal Deodoro da Fonseca.
Instituiu o presidencialismo, eleições diretas para a Câmara e o Senado e mandato presidencial de quatro anos.
Estabeleceu o voto universal, não-obrigatório e não-secreto; ficavam excluídos das eleições os menores de 21 anos, as mulheres, os analfabetos, os soldados e os religiosos.
1934
Promulgada pela Assembléia Constituinte no primeiro governo de Getúlio Vargas.
Instituiu a obrigatoriedade do voto e tornou-o secreto; ampliou o direito de voto para mulheres e cidadãos de no mínimo 18 anos de idade. Continuaram fora do jogo democrático os analfabetos, os soldados e os religiosos. Para dar maior confiabilidade aos pleitos, foi criada a Justiça Eleitoral.
Instituiu o salário mínimo, a jornada de trabalho de oito horas, o repouso semanal e as férias anuais remunerados e a indenização por dispensa sem justa causa. Sindicatos e associações profissionais passaram a ser reconhecidos, com o direito de funcionar autonomamente.
1937
Outorgada (concedida) no governo Getúlio Vargas.
Instituiu o regime ditatorial do Estado Novo: a pena de morte, a suspensão de imunidades parlamentares, a prisão e o exílio de opositores.
Suprimiu a liberdade partidária e extinguiu a independência dos poderes e a autonomia federativa. Governadores e prefeitos passaram a ser nomeados pelo presidente, cuja eleição também seria indireta. Vargas, porém, permaneceu no poder, sem aprovação de sua continuidade, até 1945.
1946
Promulgada no governo de Eurico Gaspar Dutra, após o período do Estado Novo, restabeleceu os direitos individuais e extinguiu a censura e a pena de morte.
Instituiu eleições diretas para presidente da República, com mandato de cinco anos.
Restabeleceu o direito de greve e o direito à estabilidade de emprego após 10 anos de serviço.
Retomou a independência dos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e a autonomia dos estados e municípios.
Retomou o direito de voto obrigatório e universal, sendo excluídos os menores de 18 anos, os analfabetos, os soldados e os religiosos.
Retomada do pleno estado de direito democrático após o período militar.
Ampliação e fortalecimento das garantias dos direitos individuais e das liberdades públicas.
Retomada do regime representativo, presidencialista e federativo.
Destaque para a defesa do meio ambiente e do patrimônio cultural da nação.
Garantia do direito de voto aos analfabetos e aos maiores de 16 anos (opcional) em eleições livres e diretas, para todos os níveis, com voto universal, secreto e obrigatório.
Reformas Constitucionais
	1961
	Adoção do parlamentarismo.
	
	
	1963
	Volta ao presidencialismo.
	
	
	 1964-1967
	Com o golpe de Estado e até 1967, são decretados quatro atos institucionais que permitem ao governo legislar sobre qualquer assunto.
É instituída, entre outras coisas, a Lei de Greve e o   Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS); decretam-se o fim da estabilidade no emprego, as eleições indiretas para presidente da República e governadores de estados. O Poder Judiciário torna-se mais dependente do Executivo. São extintos os partidos políticos e é criado o bipartidarismo.
	
	
	1967
 
	Uma Carta constitucional institucionaliza o regime militar de 1964.
Mantêm-se os atos institucionais promulgados entre 1964 e 1967.
Fica restringida a autonomia dos estados.
O presidente da República pode expedir decretos-leis sobre segurança nacional e assuntos financeiros sem submetê-los previamente à apreciação do Congresso.
As eleições presidenciais permanecem indiretas, com voto descoberto.
	
	
	1968
	 Ato Institucional nº5
Suspensão da Constituição.
Poderes absolutos do presidente: fechar o Congresso, legislar sem impedimento, reabrir cassações, demissões e demais punições sumários, sem possibilidade de apreciação judicial.
	
	
	1969
 
	Nova emenda constitucional, que passou a ser chamada de Constituição de 1969. Foi promulgada pelo general Emílio Garrastazu Médici (escolhido para presidente da República por oficiais de altas patentes das três Armas e com ratificação pelo Congresso Nacional, convocado somente para aceitar as decisões do Alto Comando militar).
Incorporou o Ato Institucional nº5.
Mandava punir a todos que ofendessem a Lei de Segurança Nacional.
Extinguiu a inviolabilidade dos mandatos dos parlamentares e instituiu a censura aos seus pronunciamentos.
Suspendeu a eleição direta para governadores, marcada para o ano seguinte.
	
	
Um estado confessional é aquele no qual há uma religião (por vezes também citada como religião de Estado) oficialmente reconhecida..
Constituição de 1824 -
ESTADO LAICO
Maio de 2008
                     Estado laico ou aconfessional  significa o Estado indiferente  aos cultos quaisquer:ele não adota nenhuma religião, não oficializa nenhuma, não impõe nenhuma, no seu dogma, no seu culto e nas suas práticas; não discrimina nem proíbe nenhuma religião. Ele ocupa-se da administração das coisas e não interfere em questões de consciência, que pertencem à privacidade do indivíduo.
                                Estado confessional é o que adota uma atitude em face das religiões, a de impor uma delas, que oficializa: ele adota-a como credo oficial a que as pessoas estão obrigadas e que serve de critério de qualificação legal delas. Assim, os seus adeptos desfrutam da vida civil na sua plenitude, ao passo que os que não a professam sofrem limitações nos seus direitos civis e políticos.
                   No Brasil, o Estado tornou-se laico em 1890, graças à proclamação da república: enquanto a monarquia adotava oficialmente o catolicismo, como credo obrigatório e discriminava abertamente os acatólicos,  a república desligou-se do catolicismo sem adotar nenhuma religião como credo oficial, ou seja, o Estado passou a ser laico, sendo-lhe proibido (pela constituição)  beneficiar e  prejudicar qualquer confissão religiosa: tornou-se-lhes indiferente e passou a zelar exclusivamente pela administração material do país e não mais também pelo estado da consciência das pessoas. Tratou-se de um avanço no sentido da liberdade de pensamento, que resultou diretamente da influência do  Positivismo.
Lei dos Sexagenários 
Promulgada em 28 de setembro de 1885, a Lei dos Sexagenários  concedia liberdade apenas aos escravos com mais de 65 anos, que já não dispunham de força e disposição para encarar as péssimas condições de trabalho cedidas pelos senhores de engenho.
Na prática, essa lei não mudava em nada a relação dos patrões com os escravos. De fato, dava mais autonomia aos donos dos grandes cafezais em dispensar mão-de-obra que não produzisse.
Poucos escravos chegavam aos 60 anos, tornando a lei praticamente inútil. Mesmo assim, sua aprovação tornou-se um artífice importante na campanha dos abolicionistas, que três anos mais tarde conseguiriam aprovar a Lei Áurea.
O primeiro abolicionista  a apresentar um projeto que libertava escravos mais velhos foi o liberal Sousa Dantas. Quando ele apresentou o projeto ao Parlamento, muito se discutiu sobre sua efetividade: os fazendeiros se opuseram fortemente no início, mas acabaram aceitando, com a condição de que os escravos com 60 anos teriam de ter um vínculo de 3 anos de trabalho gratuitos com seu patrão.
Ainda antes, em 1872, a Lei do Ventre Livre  foi aprovada por iniciativa dos abolicionistas para impedir que os senhores de engenho ou patrões de grandes cafezais forçassem crianças negras a trabalhar. Por mais que representasse um avanço, quando o jovem escravo atingia a maioridade aos 21 anos era obrigado a saldar as dívidas bancadas por seu patrão, como estadia, comida e necessidades básicas. Ou seja, o escravo acabava ficando preso da mesma maneira.
A Lei dos Sexagenários pode não ter sido decisiva para o fim da escravatura, mas fez parte de uma cadeia de avanços abolicionistas que culminariam na assinatura da Lei Áurea, em 1888.
A Lei do Ventre Livre
A Lei do Ventre Livre estabelecia que todo filho de escravo nascido a partir da promulgação da nova lei seria livre, gerando uma alteração no mundo do trabalho, todavia sem criar grandes mudanças na economia ou sociedade. Mas a prática da lei não era tão direta quanto parecia.
A lei oferecia aos ingênuos, filhos de escravos, duas opções: poderiam ficar com seus senhores até atingir a maioridade, que era de 21 anos à época, ou serem entregues ao governo para arriscar a sorte na vida. Quase todos os ingênuos ficavam com seus senhores, estes dispensavam apenas doentes, cegos e deficientes físicos. A criança vivia sob os cuidados do senhor, mas na verdade prestava serviços como de escravos. Como os senhores já não tinham mais a obrigação de sustentar os filhos de escravos, consideravam todo o tempo até a maioridade como geradores de encargos desnecessários. Quando o indivíduo atingia a maioridade estava totalmente atrelado às dívidas adquiridas com os senhores por terem investido em seus cuidados. Para pagar essas dívidas, os libertos tinham que prestar serviços gratuitos para quitar as contas, o que voltava a ser uma situação de escravidão.
A Lei do Ventre Livre permitia a liberdade para os filhos de escravos, mas vários artifícios na lei permitiam que os senhores não perdessem seus trabalhadores. Por outro lado, aumentou o índice de mortalidade infantil por conta do descaso com os recém-nascidos por parte dos senhores. De todo modo, a década de 1870 aumentou os debates abolicionistas e a ação do Estado rumo à abolição da escravatura.
a Lei Áurea,
Após uma longa batalha dos abolicionistas para acabar com a escravidão no Brasil no século XIX, no dia 13 de maio de 1888 finalmente é sancionada a Lei Áurea, que tinha por finalidade libertar todos os escravos que dependiam dos senhores de engenho e da elite cafeeira.
Até a promulgação definitiva da abolição da escravatura, muitas leis foram criadas no sentido de ‘libertar lentamente’ os trabalhadores forçados. Em setembro de 1871 foi criada a Lei do Ventre Livre, que proibia o trabalho de negros escravizados que não haviam atingido a maioridade; e a Lei dos Sexagenários, favorável aos escravos de mais de 60 anos.
Como regente do Brasil na época, a Princesa Isabel  foi a responsável por assinar a Lei Áurea, depois de diversas tentativas empenhadas pelos integrantes da Campanha Abolicionista, que se desenvolvia desde 1870.
Também houve grande envolvimento com a liberdade dos escravos da própria Princesa Isabel. Ela votou a favor à Lei do Ventre Livre como senadora do Parlamento e financiou quilombos e refúgios de escravos com o fim de libertá-los.
O projeto da Lei Áurea foi apresentado pela primeira vez uma semana antes de ser aprovado pelo ministro Rodrigo Augusto da Silva. Passou pela Câmara e foi rapidamente avançado pelo Senado, para sanção da princesa regente. Foi uma medida estratégica, porque os deputados e alguns senadores queriam que o projeto de lei fosse aprovado de qualquer maneira enquanto o rei D. Pedro II viajava para o exterior.
A aprovação da lei acabou se tornando uma faca de dois gumes para a princesa. Se por um lado ela pretendia alavancar sua carreira política, acabou arruinando todas as possibilidades ao assinar a Lei Áurea. De fato, a sanção foi um enorme passo dado pelos liberais, que um ano mais tarde iriam derrubar o sistema monárquico em favor da Proclamação da República.
Por mais que a libertação dos escravos representasse a vitória de uma árdua batalha contra as elites, os negros não foram absolvidos em sua totalidade. Primeiramente, não houve um projeto efetivo de integração que permitisse que os antigos escravos se sustentassem de forma independente. Assim, muitos continuaram prestando serviços aos seus senhores para garantir moradia e alimentação.
De todos os países do continente americano, o Brasil foi o último a abolir a escravidão. Ainda hoje, mais de um século depois de aprovada a Lei Áurea, o regime escravocrata ainda resiste em lavouras e grandes pedaços de terra.
O CODIGO PENAL DE 1890
 O Código Penal de 1890 admite penas perpétuas ou pena de morte?
 Não. O Código de 1890 previa as seguintes espécies de penas privativas de liberdade:
Qual a maioridade penal prevista no Código Penal de 1890?
O Código Penal Republicano, de 1890, determinava a inimputabilidade somente até os 9 anos. Entre essa faixa e os 14 anos, o menino deveria ser submetido a uma avaliação psicológica bastante subjetiva. Caso fosse considerado consciente do crime, poderia ser condenado como adulto
a) A prisão celular, aplicável para quase todos os crimes e algumas contravenções, constituindo a base do sistema penitenciário. Caracterizava-se pelo isolamento celular com obrigação de trabalho, a ser cumprida "em estabelecimento especial" (art. 45);
 b) A reclusão, executada em fortalezas, praças de guerra ou estabelecimentosmilitares (art. 47);
 c) A prisão com trabalho obrigatório, cominadas para os vadios e capoeiras a serem recolhidos às penitenciárias agrícolas para tal fim destinadas ou aos presídios militares (art. 48);
 d) A prisão disciplinar, destinadas aos menores até a idade de 21 anos, para ser executada em estabelecimentos industriais especiais (art. 49);
 e) O banimento (abolido pela CF 1891, art. 72, § 20),
 f) A interdição
 g) A suspensão de emprego público
 h) A perda de emprego público, com ou sem inabilitação para o exercício de outro
 i) A multa .A sanção pecuniária consistia no pagamento ao Tesouro Federal ou dos Estados, segundo a competência respectiva, de uma soma pecuniária que seria regulada pelo que o condenado pudesse ganhar em cada dia por seus bens, emprego, indústria ou trabalho (art. 58). O Código manteve, portanto, o critério já adotado pelo Código Imperial, com a multa fixada em dias (art. 55).
 j) A proibição de penas infamantes
 k) A temporariedade da pena de prisão
 Expressamente se declarava que "não há penas infamantes" e que a privação de liberdade individual não poderia exceder de trinta anos (art. 44).