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GESTÃO DE ESTOQUES DA GB AUTOMOTIVA Ana Beatriz Basílio1 Gabriel Bicalho Coury2 Jeferson Paulo Miranda3 Priscila Mara Cota4 RESUMO Este trabalho investigou a relevância do planejamento e da gestão de estoques para uma empresa do setor de estética automotiva, focando na GB Automotiva. Combinando métodos qualitativos e quantitativos, a pesquisa utilizou a curva ABC para classificar os produtos por valor estratégico e identificar prioridades no controle de estoque. A coleta de dados incluiu visitas à sede da empresa, observações diretas e entrevistas com funcionários, além da análise documental dos pedidos de compra. A organização dos processos foi representada por fluxogramas, que facilitaram a identificação de gargalos e promoveram melhorias na comunicação interna. Constatou-se que a gestão de estoques eficiente, aliada ao planejamento de processos, possibilita que a empresa atenda à demanda com agilidade e qualidade, garantindo a satisfação do cliente e fortalecendo sua competitividade no mercado. Palavras-chave: Gestão de estoques, Curva ABC, Planejamento de processos, Estética automotiva, Competitividade ABSTRACT This study investigated the relevance of inventory planning and management for a company in the automotive aesthetics sector, focusing on GB Automotiva. Combining qualitative and quantitative methods, the research used the ABC curve to classify products by strategic value and identify priorities in inventory control. Data collection included visits to the company's headquarters, direct observations, interviews with employees, and document analysis of purchase orders. Process organization was represented through flowcharts, which facilitated bottleneck identification and promoted improvements in internal communication. It was found that efficient inventory management, combined with process planning, enables the company to meet demand with agility and quality, ensuring customer satisfaction and strengthening its market competitiveness. Keywords: Inventory management, ABC curve, Process planning, Automotive aesthetics, Competitiveness 4 Rede de Ensino Doctum – Unidade xxxx – e-mail (orientador do trabalho) 3 Rede de Ensino Doctum – Unidade xxxx – e-mail – graduando em xxxxxx (qualificação do autor) 2 Rede de Ensino Doctum – Unidade xxxx – e-mail – graduando em xxxxxx (qualificação do autor) 1 Rede de Ensino Doctum – Unidade xxxx – e-mail – graduando em xxxxxx (qualificação do autor) 1 - Introdução O Planejamento e Controle de Produção (PCP) são fundamentais para a eficiência e a competitividade das empresas, como evidenciado por diversos autores renomados na área. Segundo Slack, Chambers e Johnston (2009), o PCP permite que as organizações alinhem suas operações com as demandas do mercado, otimizando recursos e minimizando desperdícios. Além disso, o trabalho de Heizer e Render (2017) destaca que um planejamento eficaz pode reduzir os custos operacionais e melhorar a capacidade de resposta às variações da demanda. Em um cenário de crescente complexidade e globalização, o PCP não apenas assegura a fluidez dos processos produtivos, mas também contribui para a inovação e a sustentabilidade das empresas, tornando-se um componente crítico para a manutenção da vantagem competitiva. A gestão da produção e de estoques desempenha um papel fundamental na eficiência operacional das empresas, influenciando diretamente sua capacidade de atender à demanda do mercado de maneira eficaz. Um estudo da McKinsey & Company em 2021 constatou que a digitalização da cadeia de suprimentos pode aumentar a eficiência em até 20% e reduzir os custos em até 30%. , evidenciando a importância de estratégias eficazes neste campo. A gestão eficiente dos estoques não só minimiza o capital investido em inventário, mas também melhora a capacidade de resposta ao mercado, reduzindo o tempo de lead e melhorando o atendimento ao cliente. A integração entre gestão de produção e estoque permite uma coordenação mais eficaz dos recursos, garantindo que as operações sejam otimizadas para lidar com variações na demanda e manter níveis de serviço elevados. Este equilíbrio entre oferta e demanda é crucial para a competitividade das empresas no ambiente globalizado atual. Neste estudo, analisaremos os processos produtivos da GB Automotiva, uma empresa de estética automotiva localizada em João Monlevade, que iniciou suas atividades em agosto de 2023. O objetivo é identificar e categorizar os produtos utilizados e aplicar a curva ABC para priorização dos itens em estoque. A análise será baseada em ferramentas como o modelo de transformação e fluxogramas, com foco na gestão de estoques. Embora não possamos garantir melhorias quantitativas, a expectativa é que o uso dessas ferramentas proporcione insights sobre a organização dos processos, contribuindo para a eficiência operacional. A gestão da produção e de estoques tem impactos notáveis em diferentes esferas. Socialmente, a aplicação de práticas eficientes contribui para a sustentabilidade local, promovendo o desenvolvimento econômico e a disponibilidade de serviços. No campo acadêmico, este estudo contribui para o entendimento e aprimoramento das técnicas de otimização de processos, oferecendo um corpo teórico atualizado. Para os engenheiros de produção, este trabalho fornece a aplicação prática de ferramentas que auxiliam na resolução de problemas complexos, otimização de recursos e, consequentemente, no aumento da competitividade das organizações. 2 - Referencial Teórico 2.1 Planejamento e Controle da Produção (PCP) O Planejamento e Controle da Produção (PCP) representa o coração pulsante de qualquer operação eficiente e desempenha um papel essencial na coordenação e no gerenciamento dos recursos produtivos. Em uma empresa como a GB Automotiva, especializada em serviços de estética automotiva, a função do PCP assume uma importância ainda mais crítica, pois organiza cada aspecto da prestação dos serviços. Desde a garantia da disponibilidade de insumos até a alocação eficiente dos profissionais, o PCP é responsável por assegurar que todos os elementos da operação estejam integrados e em plena harmonia (CARDOSO, 2021). Segundo Slack, Chambers e Johnston (2009), o PCP transcende sua função como ferramenta de gestão, atuando como um elo fundamental que conecta a operação com as exigências do mercado. Em contextos onde a demanda é volátil, como ocorre em empresas de prestação de serviços, o PCP desempenha um papel essencial para responder às variações do mercado de maneira ágil e assertiva. Sua estruturação eficaz contribui não só para a previsibilidade, mas também para a flexibilidade da operação, possibilitando que a empresa antecipe necessidades e se organize frente a períodos de alta demanda. A exemplo disso, durante finais de semana ou períodos de férias, é comum que a procura pelos serviços de estética automotiva aumente substancialmente. Nesses momentos, um PCP bem estruturado permite que a GB Automotiva se prepare de forma proativa, assegurando que não haja escassez de produtos ou falta de pessoal qualificado para atender ao pico de demanda. Além disso, conforme enfatizado por Heizer e Render (2017), a capacidade de uma empresa responder rapidamente às oscilações de demanda constitui um diferencial competitivo que pode impactar diretamente sua sustentabilidade no longo prazo. A empresa que dispõe de um PCP robusto possui a capacidade de adaptar sua operação em resposta às necessidades do cliente, o que favorece a satisfação dos consumidores e contribui para a fidelização. Essa flexibilidade operacional, derivada de um planejamento e controle da produção bem implementado, permite que a empresa se mantenha competitiva em um mercado cada vez mais dinâmico e exigente, reduzindo desperdícios, maximizando a eficiência dos recursos e otimizando o tempo de resposta. Portanto,o PCP não só garante a organização interna e o uso eficaz dos recursos, mas também posiciona a empresa de forma estratégica, capacitando-a para lidar com os desafios do mercado e promovendo uma operação alinhada com as expectativas e demandas dos clientes. 2.2 Curva ABC e Gestão de Estoques A curva ABC é uma ferramenta de gestão de estoques essencial que auxilia as empresas a classificarem e priorizarem itens com base em seu impacto financeiro e importância estratégica. Originada do conceito do Princípio de Pareto, que afirma que aproximadamente 20% das causas são responsáveis por 80% dos efeitos, a curva ABC divide os itens em três categorias distintas: A, B e C (CARMO; RANIERO, 2021). A aplicação da Curva ABC se torna essencial para garantir que a empresa mantenha os produtos mais críticos sempre disponíveis. De acordo com Ballou (2006), a curva ABC classifica os itens em estoque em três categorias: A, B e C, com base em sua importância para o processo produtivo e sua frequência de uso. Os itens da categoria A são os mais valiosos, representando uma pequena porcentagem do estoque total, mas gerando a maior parte do valor de consumo ou receita. Esses itens demandam um controle rigoroso e atenção frequente para garantir que estejam sempre disponíveis, uma vez que sua falta pode causar impactos significativos na operação e nos resultados financeiros da empresa (SANTA ANA, 2021). Os itens da categoria B têm uma importância intermediária. Eles compõem uma parcela moderada tanto em termos de quantidade quanto em valor de consumo. Embora não exijam o mesmo nível de controle intensivo dos itens A, é fundamental que tenham um monitoramento regular para que não haja escassez ou excesso de estoque, o que poderia gerar desperdícios ou perda de oportunidades. Já os itens da categoria C representam a maior parte dos itens em estoque, mas possuem um baixo impacto financeiro. Como esses itens são menos críticos, é comum que as empresas optem por um controle menos rigoroso, mantendo maiores quantidades para reduzir a necessidade de reposições frequentes e economizar em custos operacionais de monitoramento (SANTA ANA, 2021). A gestão de estoques, ao aplicar a curva ABC, visa otimizar a utilização de recursos e melhorar a eficiência no gerenciamento de inventário. Um dos principais objetivos é reduzir os custos de manutenção de estoques, já que manter produtos armazenados gera despesas, desde o espaço físico até o custo do capital investido. Com a curva ABC, as empresas podem direcionar seus esforços para garantir que os itens A estejam sempre disponíveis e em quantidades ideais, enquanto os itens B e C recebem uma gestão compatível com seu valor estratégico. Isso permite que o fluxo de estoque seja mais eficiente e que a empresa reduza desperdícios, como o excesso de produtos que poderiam resultar em obsolescência ou deterioração (SANTA ANA, 2021). A implementação da curva ABC também proporciona vantagens no planejamento de compras e reposições. Itens da classe A, por exemplo, exigem uma estratégia de compra mais precisa, frequentemente com fornecedores de confiança e prazos curtos de entrega, para evitar rupturas de estoque. Em contrapartida, itens da classe C podem ser adquiridos em maior volume, reduzindo a frequência de pedidos e o custo associado ao processo de compra. Desse modo, a curva ABC torna-se uma ferramenta estratégica que promove a alocação eficiente de recursos, garantindo que as necessidades de estoque estejam alinhadas com as demandas e os objetivos operacionais da organização (SANTA ANA, 2021). 2.3 Fluxograma do Processo Produtivo O fluxograma do processo produtivo é uma representação visual que descreve, de maneira sequencial e lógica, todas as etapas envolvidas em um processo de produção, desde a entrada de matérias-primas até o produto final. Utilizando símbolos padronizados, como retângulos para etapas e losangos para tomadas de decisão, o fluxograma facilita o entendimento e o acompanhamento do fluxo de trabalho, identificando as atividades-chave e os pontos de controle dentro da operação. Essa ferramenta é essencial para a gestão de processos, pois oferece uma visão clara e simplificada de cada etapa, permitindo que todos os envolvidos compreendam o processo em sua totalidade (GOMES et al., 2022). Ao mapear o processo produtivo em um fluxograma, a empresa obtém uma série de vantagens. Em primeiro lugar, o fluxograma ajuda a identificar gargalos e ineficiências, apontando áreas onde o processo pode ser melhorado para otimizar o uso de recursos, reduzir o tempo de produção ou minimizar custos. Em processos complexos, onde múltiplos setores e profissionais estão envolvidos, o fluxograma também é fundamental para promover uma comunicação eficiente, assegurando que todos compreendam suas responsabilidades e o papel de cada etapa na produção (GOMES et al., 2022). Além disso, o fluxograma do processo produtivo é uma ferramenta valiosa para a padronização e melhoria contínua. Com uma visão clara de todas as etapas, é possível estabelecer padrões operacionais e identificar pontos críticos onde são necessárias verificações de qualidade ou manutenção preventiva. Esse mapeamento detalhado permite que as empresas monitorem cada fase do processo, assegurando que os produtos finais atendam aos critérios de qualidade estabelecidos e que os desperdícios sejam minimizados. A análise do fluxograma pode ainda apoiar a implementação de metodologias de melhoria, como o Lean Manufacturing, que busca eliminar atividades que não agregam valor ao produto final (GOMES et al., 2022). Além de auxiliar na otimização do processo, o fluxograma do processo produtivo é essencial em processos de auditoria e treinamento. Ele serve como um guia para a capacitação de novos colaboradores, mostrando de forma objetiva e prática como cada etapa se conecta e contribui para o produto final. Em auditorias de qualidade ou de conformidade, o fluxograma é frequentemente utilizado para demonstrar que todos os procedimentos são seguidos conforme as normas exigidas. Em suma, o fluxograma do processo produtivo é uma ferramenta estratégica que não só facilita a visualização e o entendimento do processo, mas também apoia a empresa na busca por eficiência, qualidade e competitividade (GOMES et al., 2022). O fluxograma é uma ferramenta que não apenas organiza visualmente o fluxo de trabalho, mas também humaniza o processo. Ele permite que a equipe da GB Automotiva entenda claramente cada etapa envolvida nos serviços prestados, promovendo um sentimento de pertencimento e controle sobre o processo produtivo. Na prática, o uso de um fluxograma para mapear as atividades da empresa oferece uma visão clara de onde estão os gargalos, possibilitando ajustes em tempo real. No setor de estética automotiva, onde os clientes estão dispostos a pagar por serviços premium, como polimento e vitrificação, cada detalhe conta. E para que cada detalhe seja perfeito, o processo deve ser otimizado (GOMES et al., 2022). O fluxograma ajuda a visualizar a sequência lógica das atividades, desde a recepção do cliente até a entrega final do veículo. Essa visão facilita a detecção de possíveis falhas, como demora na separação dos produtos ou inspeções de qualidade pouco eficazes, permitindo que a equipe faça os ajustes necessários em tempo real. Além disso, ao utilizar fluxogramas, a empresa melhora a comunicação interna. Os colaboradores entendem claramente onde suas tarefas se encaixam no processo geral, o que eleva a moral e melhora o trabalho em equipe. A seguir, apresentamos um exemplo de fluxograma adaptado ao processo produtivo da GB Automotiva: Fonte: O autor (2024) 2.4 Processo de Manufatura Adaptado aos Serviços de Estética Automotiva Conforme Corrêa e Gianesi (2014) destacam, o processo de manufatura envolve a transformação deinsumos em produtos finais por meio de uma série de operações controladas. O processo de manufatura adaptado aos serviços de estética automotiva é uma abordagem que aplica conceitos e práticas comuns na produção industrial para organizar e otimizar operações em um contexto de prestação de serviços. Embora os serviços de estética automotiva — como polimento, lavagem, pintura, proteção de superfície e detalhamento — sejam bastante distintos dos processos fabris em termos de intangibilidade e variabilidade, a estrutura e o rigor típicos da manufatura podem ser adaptados para aprimorar a eficiência e a qualidade dos serviços oferecidos. Um dos primeiros passos na adaptação do processo de manufatura para a estética automotiva é a padronização das etapas do serviço. Essa padronização permite que os procedimentos sejam realizados de maneira consistente, independentemente do profissional responsável, assegurando um nível uniforme de qualidade. Por exemplo, ao estabelecer um protocolo específico para o polimento de carrocerias, desde a seleção de produtos até a ordem das técnicas empregadas, a empresa garante que o serviço seja realizado com precisão e economia de tempo. A utilização de técnicas de fluxo contínuo, comuns na manufatura, também pode ser aplicada para minimizar o tempo de espera entre as etapas de um serviço. Em uma operação de estética automotiva, o fluxo contínuo pode ser implementado ao organizar o ambiente de trabalho e as ferramentas de forma que cada etapa seja realizada em sequência, sem necessidade de movimentação desnecessária ou desperdício de tempo. Esse modelo permite que cada veículo passe por cada etapa de forma ordenada, reduzindo a necessidade de retrabalho e eliminando possíveis gargalos. Outro conceito de manufatura que pode ser vantajoso é o uso de um sistema de controle de qualidade baseado em inspeções periódicas e feedback em tempo real. Em estética automotiva, os técnicos podem fazer verificações em cada etapa do processo, avaliando se o polimento está uniforme, se a lavagem removeu todas as impurezas ou se a aplicação de proteção está homogênea. Isso possibilita a correção imediata de falhas antes que o veículo avance para a próxima etapa ou seja entregue ao cliente, garantindo um padrão de qualidade elevado. O gerenciamento de estoques e a aplicação da curva ABC são igualmente relevantes para serviços de estética automotiva. Os insumos, como produtos de limpeza, ceras, polidores e ferramentas, podem ser classificados de acordo com sua importância e frequência de uso. Com essa análise, a empresa pode manter um estoque otimizado, evitando a falta de produtos essenciais ou o acúmulo de itens de baixo valor ou baixa demanda. Assim, é possível equilibrar o uso de recursos e reduzir custos com armazenamento. Além disso, o uso de indicadores de desempenho, como tempo médio de serviço por veículo e índices de satisfação do cliente, permite acompanhar o sucesso da adaptação do processo de manufatura ao contexto de serviços. Esses indicadores oferecem dados relevantes para ajustes contínuos e a implementação de melhorias, promovendo a agilidade e a eficiência necessárias para satisfazer as demandas do mercado automotivo, que valoriza a qualidade e o tempo de entrega. Portanto, ao aplicar práticas de manufatura aos serviços de estética automotiva, a empresa se beneficia de uma abordagem organizada, padronizada e voltada para a melhoria contínua. Esse processo adaptado não só contribui para um atendimento eficiente e de qualidade, mas também promove a redução de custos operacionais, o que aumenta a competitividade e a sustentabilidade do negócio no longo prazo. 2.5 Modelo Geral de Gestão de Estoques A gestão de estoques é um dos principais pilares de uma operação eficiente, pois envolve a administração estratégica de recursos que garantem o funcionamento contínuo da operação, ao mesmo tempo em que controlam os custos. Conforme destacado por Ballou (2006), a gestão eficaz de estoques requer um equilíbrio entre a quantidade de insumos estocados e o capital de giro da empresa, considerando as demandas variáveis e a disponibilidade de recursos financeiros. O objetivo é encontrar um ponto ideal em que o estoque seja suficiente para atender à demanda sem gerar excessos, o que, além de imobilizar capital, pode resultar em desperdício devido à obsolescência ou deterioração de produtos. Um modelo geral de gestão de estoques frequentemente incorpora métodos de classificação, como a curva ABC, que permite à empresa priorizar itens com base em seu valor e impacto na operação. Os produtos da categoria A, de alto valor e consumo, exigem atenção constante e controle rigoroso, enquanto os itens de categorias B e C podem receber um gerenciamento menos intensivo, reduzindo custos operacionais. Além da curva ABC, estratégias como o lote econômico de compra (LEC) e o ponto de pedido auxiliam a determinar a quantidade e o momento ideal para a reposição dos estoques. O ponto de pedido, por exemplo, é uma técnica amplamente utilizada que ativa a compra de produtos críticos assim que o estoque atinge um nível específico. Isso minimiza o risco de faltas e evita interrupções operacionais, garantindo que itens de alta demanda e valor, como ceras especiais e produtos de cristalização no setor de estética automotiva, estejam sempre disponíveis (BALLOU, 2006). Outro elemento fundamental em modelos modernos de gestão de estoques é o uso de tecnologia para digitalizar e automatizar o processo de reposição. Como sugere o estudo da McKinsey & Company (2021), a digitalização da cadeia de suprimentos permite que as empresas acompanhem os níveis de estoque em tempo real, proporcionando uma visibilidade integrada e precisa dos produtos. A automação da reposição, por meio de sistemas de gestão de estoques avançados (ERPs), permite uma resposta rápida às variações na demanda, reduzindo o risco de excesso ou falta de produtos e, consequentemente, otimizando o uso do capital de giro. Essa visibilidade aprimorada facilita o planejamento, permitindo ajustes proativos nas quantidades de compra e no intervalo entre os pedidos, o que pode resultar em significativa redução de custos ao evitar o acúmulo de itens desnecessários. Além disso, o modelo de gestão de estoques deve considerar o lead time de fornecedores e a sazonalidade da demanda, especialmente em setores que enfrentam oscilações de procura. Planejar o estoque com base nesses fatores assegura que a empresa seja capaz de atender a picos de demanda sem sofrer rupturas, promovendo uma operação resiliente e alinhada com as necessidades do mercado. Em síntese, o modelo geral de gestão de estoques integra técnicas de previsão de demanda, classificação por valor, automação e monitoramento em tempo real, equilibrando eficiência operacional com a agilidade necessária para se adaptar a mudanças de mercado e melhorar o desempenho financeiro (BATISSOCO; MARTINS, 2021). 2.6 Impactos A gestão de estoques tem um impacto profundo em diversos aspectos da operação e da saúde financeira de uma empresa, afetando tanto a eficiência interna quanto a experiência do cliente e a competitividade no mercado. Uma gestão de estoques eficaz contribui para reduzir custos, otimizar o uso de capital, aumentar a satisfação do cliente e promover uma operação mais sustentável (DE PANI; REIS FILHO, 2023). Primeiramente, uma gestão de estoques bem estruturada reduz significativamente os custos operacionais. O controle preciso dos níveis de estoque evita o acúmulo excessivo de produtos, o que diminui despesas com armazenamento e riscos de obsolescência ou deterioração, especialmente para itens perecíveis ou com ciclo de vida curto. Por outro lado, a aplicação de métodos como o ponto de pedido e a análise de demanda sazonal previne a falta de itens essenciais, evitando o alto custoassociado à urgência de reposição e ao impacto negativo de uma operação interrompida. A eficiência no controle de estoques permite que a empresa faça melhor uso do capital de giro, alocando recursos de forma estratégica e sem necessidade de imobilizar capital em excesso (DE PANI; REIS FILHO, 2023). Em termos de atendimento ao cliente, a gestão de estoques tem um impacto direto na experiência e na fidelidade do consumidor. A manutenção de níveis adequados de estoque assegura que os produtos estejam disponíveis quando o cliente precisa, evitando atrasos e frustrações. No setor de serviços, como a estética automotiva, a disponibilidade constante de insumos críticos — como ceras, produtos de cristalização e ferramentas — permite que a empresa ofereça serviços com rapidez e qualidade. A previsibilidade de estoque, portanto, torna-se um diferencial competitivo, transmitindo ao cliente confiança e credibilidade (DE PANI; REIS FILHO, 2023). A gestão de estoques também desempenha um papel estratégico na capacidade da empresa de responder a mudanças de mercado e demandas sazonais. Por meio de um planejamento antecipado, como o uso de previsões de demanda e de ferramentas de digitalização e automação, a empresa pode adaptar-se rapidamente a picos de consumo e oscilações sem comprometer a operação. Isso é especialmente relevante em setores com alta variabilidade de demanda, onde a agilidade em repor ou ajustar estoques conforme a necessidade pode fortalecer a posição competitiva e garantir a satisfação do cliente em períodos de alta procura (CORADINE, 2024). Além dos benefícios financeiros e operacionais, a gestão de estoques bem planejada também contribui para a sustentabilidade da empresa. Ao evitar excessos e reduzir o desperdício, a empresa minimiza os impactos ambientais associados à produção, ao transporte e ao descarte de produtos em excesso. Isso é alinhado com práticas de responsabilidade social e ambiental, que são cada vez mais valorizadas por consumidores e investidores (CORADINE, 2024). Por fim, o impacto da gestão de estoques vai além do dia a dia da operação e afeta a visão estratégica e de longo prazo da empresa. Empresas que mantêm um controle rigoroso e eficiente de seus estoques conseguem obter dados valiosos sobre padrões de consumo, comportamento de clientes e eficiência dos fornecedores. Essas informações permitem uma tomada de decisão mais embasada e alinhada com a realidade do mercado, gerando um ciclo de melhoria contínua que reflete positivamente na competitividade e na sustentabilidade do negócio. Em resumo, uma gestão de estoques eficiente é essencial não apenas para o funcionamento regular da empresa, mas também para seu crescimento sustentável e fortalecimento no mercado (CORADINE, 2024). 3 - Metodologia A metodologia deste estudo teve como objetivo investigar a importância do planejamento e da gestão de estoque em uma empresa do setor de estética automotiva, utilizando uma abordagem mista que integra técnicas qualitativas e quantitativas. O universo da pesquisa abrangeu a empresa em questão, com foco específico em suas operações de estoque e logística interna. A amostra incluiu os itens de estoque classificados pela curva ABC, selecionados a partir dos registros de compras realizadas entre fevereiro e setembro de 2024. A amostragem foi baseada na relevância dos itens para a operação, garantindo a análise dos produtos de maior impacto financeiro e operacional. Para a coleta de dados, foram realizadas visitas à sede da empresa, onde foi possível observar diretamente o ambiente de trabalho e acessar documentos relevantes sobre o processo de compra e gestão de estoque. Observações diretas e análises documentais foram conduzidas para mapear as práticas atuais de estoque e identificar áreas de melhoria. A pesquisa descritiva possibilitou ainda o mapeamento do modelo de produção, que foi representado em um fluxograma, permitindo uma visão clara do processo produtivo e dos pontos críticos. Além disso, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com funcionários-chave envolvidos na gestão de estoque e na logística, com o objetivo de captar os desafios específicos enfrentados na operação. Esses dados qualitativos complementaram a análise quantitativa, enriquecendo a compreensão sobre o funcionamento e as limitações da gestão de estoque da empresa. A análise quantitativa foi fundamentada na construção da curva ABC, que permitiu a priorização dos itens de acordo com seu valor e relevância. Essa análise foi realizada com base nos dados de pedidos de compra, oferecendo uma perspectiva estruturada sobre a distribuição e o impacto dos produtos em estoque. Os resultados obtidos foram analisados com o intuito de identificar tendências e propor melhorias, visando à otimização da eficiência operacional e ao aumento da qualidade dos serviços prestados pela empresa. Para o tratamento de dados, utilizou-se uma análise integrada que combinou a classificação ABC dos itens em estoque com a interpretação qualitativa das informações obtidas nas entrevistas e nas observações diretas. Os dados quantitativos, relativos à curva ABC, foram organizados em tabelas e gráficos que facilitaram a visualização dos itens críticos e de maior impacto financeiro, permitindo uma análise detalhada da estrutura de estoque. Paralelamente, as informações qualitativas foram categorizadas e analisadas por meio de análise de conteúdo, uma técnica que possibilita identificar padrões e temas recorrentes nas respostas dos entrevistados e nas práticas observadas. Esse tratamento cruzado entre os dados quantitativos e qualitativos proporcionou uma visão holística, permitindo uma triangulação de informações que garantiu a validade e a profundidade dos resultados. 4 - Resultados e Discussões Os resultados obtidos neste estudo evidenciam a importância de um planejamento estruturado e eficiente da gestão de estoques na GB Automotiva, destacando-se a aplicação da curva ABC como um recurso central para o gerenciamento de insumos. A análise permitiu uma divisão estratégica dos produtos utilizados, classificando-os de acordo com sua relevância operacional e impacto nos serviços prestados. Observou-se que os produtos de Classe A, como ceras de polimento, produtos para vitrificação e cristalização, representam itens de alto valor e são cruciais para a execução dos serviços mais valorizados pela clientela. A falta desses produtos, como demonstrado nas observações e nas entrevistas com a equipe, compromete não só a execução dos serviços, mas também a satisfação do cliente e a reputação da empresa. Portanto, essa categoria de produtos requer um controle de estoque rigoroso, com reposições planejadas para evitar rupturas no fornecimento. Em relação aos itens de Classe B, como shampoos específicos e escovas de limpeza, observou-se uma importância moderada, que permite um intervalo maior entre reposições e um controle mais flexível, embora ainda necessário para garantir a continuidade dos processos sem interrupções. Já os itens de Classe C, como panos de microfibra e esponjas, são produtos de baixo custo e menor impacto direto, porém cumprem uma função operacional importante para o andamento eficiente dos serviços. A priorização desses itens, de acordo com sua classificação na curva ABC, mostrou-se eficaz para destinar recursos de maneira proporcional ao valor estratégico de cada categoria, maximizando o capital de giro sem comprometer a operação. A coleta de dados e as observações diretas permitiram a elaboração de um fluxograma detalhado do processo produtivo da GB Automotiva. Esse fluxograma facilitou a compreensão da sequência das atividades e possibilitou uma identificação mais clara de possíveis gargalos e pontos de melhoria. Durante as visitas à empresa, foi observado que a inspeção de qualidade e a separação de produtospara cada etapa dos serviços demandam uma coordenação rigorosa, principalmente em serviços de alto valor como polimento e espelhamento. A representação visual proporcionada pelo fluxograma foi amplamente elogiada pelos funcionários, que relataram uma maior clareza sobre suas funções dentro do processo produtivo e uma visão mais coesa do trabalho em equipe. Esse mapeamento visual também revelou etapas em que era possível realizar ajustes em tempo real, principalmente em momentos de alta demanda, como finais de semana e temporadas de férias, em que o fluxo de clientes aumenta significativamente. Outro ponto de destaque nos resultados foi a percepção dos colaboradores sobre a necessidade de uma integração mais eficiente entre o PCP e a gestão de estoques. A ausência de um sistema de comunicação interna automatizado gera atrasos na reposição de insumos e exige um acompanhamento contínuo da equipe, o que poderia ser minimizado com a implementação de um sistema de alerta de ponto de pedido. Esse sistema automatizado possibilitaria à GB Automotiva identificar o momento exato em que um item essencial está próximo de esgotar, garantindo que os produtos estejam sempre disponíveis para uso sem a necessidade de monitoramento manual constante. Tal solução também reduziria o risco de interrupções inesperadas nas atividades e otimizar a alocação de recursos financeiros. Na discussão desses resultados, ficou evidente que a utilização da curva ABC como modelo de gestão de estoques e a visualização do processo produtivo por meio de fluxogramas contribuíram diretamente para aumentar a eficiência e a competitividade da GB Automotiva. A classificação e o controle dos produtos de acordo com seu impacto e frequência de uso permitiram à empresa investir com mais precisão nos itens de maior relevância, assegurando a continuidade de seus serviços sem comprometer o capital de giro. Além disso, a implementação de um sistema de ponto de pedido automatizado pode melhorar a agilidade na reposição de produtos críticos, minimizando o risco de atrasos nos serviços prestados e aumentando a satisfação do cliente. A análise qualitativa das entrevistas reforça que a padronização de processos e a clareza nas atribuições dos colaboradores são fundamentais para que a empresa alcance a excelência operacional. O mapeamento visual proporcionado pelo fluxograma, aliado ao controle inteligente dos estoques, mostrou-se uma ferramenta valiosa para melhorar a comunicação interna e o alinhamento da equipe, elementos essenciais para um ambiente de trabalho colaborativo e eficaz. Os dados coletados sugerem que o aprimoramento contínuo desses processos operacionais, incluindo a capacitação da equipe e a introdução de soluções tecnológicas para a gestão de estoques, tende a proporcionar um diferencial competitivo para a GB Automotiva, elevando a qualidade dos serviços e a percepção positiva dos clientes. Assim, a gestão eficiente de estoques e o planejamento do processo produtivo na GB Automotiva geram impactos que vão além da organização interna. A disponibilidade de produtos essenciais, alinhada à otimização dos processos, contribui para a manutenção da confiança do cliente, fortalece a reputação da empresa e garante que a demanda por serviços de alto padrão seja atendida de forma ágil e sem falhas. O estudo conclui que o equilíbrio entre qualidade e agilidade é viável e, quando bem implementado, pode posicionar a GB Automotiva como uma referência no setor de estética automotiva, com potencial para expansão de mercado e fidelização de clientes. 5 - Considerações Finais Este estudo sobre a gestão de estoques na GB Automotiva evidenciou a importância de um planejamento eficiente e do uso de ferramentas como a Curva ABC, fluxogramas e a integração do PCP para otimizar as operações em uma empresa de serviços. Através da análise dos processos produtivos e da categorização dos insumos, foi possível verificar que a aplicação de metodologias adequadas pode resultar em maior eficiência operacional, redução de custos e melhor atendimento às demandas dos clientes. A implementação de uma gestão de estoques estruturada, com base em dados e previsões de demanda, também se mostrou essencial para a sustentabilidade do negócio. A adoção de práticas modernas, como a digitalização da cadeia de suprimentos, permite que a empresa se prepare para variações sazonais e evite a ruptura de produtos essenciais, garantindo a continuidade dos serviços com qualidade e agilidade. No aspecto social, a melhoria dos processos na GB Automotiva não só contribui para o desenvolvimento econômico local, como também gera impacto positivo na satisfação dos clientes e na manutenção de uma relação de confiança com a comunidade. Para o meio acadêmico, este estudo reforça a importância de adaptar teorias clássicas de gestão de produção e estoques para o setor de serviços, ampliando o escopo de aplicação dessas práticas. Para os profissionais de engenharia de produção, a aplicação desses conceitos em empresas de pequeno porte apresenta um campo fértil para o desenvolvimento de soluções práticas e inovadoras. Em suma, a análise realizada permite concluir que a gestão eficiente de estoques, aliada a um planejamento estratégico bem fundamentado, é vital para a competitividade e o crescimento sustentável de empresas de serviços, como a GB Automotiva. Ao garantir a disponibilidade de insumos essenciais, sem acumular excessos que oneram o capital de giro, a empresa pode otimizar seus recursos e manter um fluxo operacional constante, mesmo diante de variações na demanda. Esse equilíbrio entre eficiência operacional e capacidade de resposta ao mercado confere uma vantagem competitiva significativa, especialmente em um setor onde a qualidade do serviço é um diferencial crítico para a fidelização dos clientes Ademais, a aplicação de ferramentas modernas de gestão, como a digitalização de processos e o uso de tecnologias para monitoramento de estoques, pode levar a empresa a um novo patamar de eficiência, reduzindo custos operacionais e melhorando o controle sobre a utilização de insumos. Ao adotar essas práticas, a GB Automotiva não apenas se posiciona de forma mais robusta no mercado, mas também demonstra um compromisso com a inovação e a busca contínua por melhorias, tanto em termos de satisfação do cliente quanto de sustentabilidade empresarial. Por fim, o estudo confirma que a integração de metodologias de gestão de produção e estoques não é apenas aplicável a grandes indústrias, mas também pode ser adaptada com sucesso para o setor de serviços, fornecendo uma base sólida para que pequenas e médias empresas possam expandir suas operações de maneira estratégica, inovadora e sustentável no longo prazo. Conclui-se que a implementação de uma gestão de estoques eficiente, baseada na curva ABC, e o planejamento controlado do processo produtivo são fundamentais para que a GB Automotiva mantenha um serviço de alta qualidade sem comprometer a agilidade, um fator crítico em seu mercado de atuação. A classificação dos insumos por importância permitiu à empresa direcionar recursos estratégicos para produtos de alto impacto, como ceras e produtos de vitrificação, essenciais para o atendimento das expectativas dos clientes e para a manutenção da reputação da empresa. Essa abordagem evita tanto a falta de produtos essenciais quanto o acúmulo desnecessário de itens de menor valor, otimizando o capital de giro. O uso do fluxograma se mostrou uma ferramenta valiosa para mapear o processo produtivo, identificar gargalos e aprimorar a comunicação interna. Esse recurso visual proporcionou à equipe uma visão clara das etapas envolvidas nos serviços, facilitando ajustes em tempo real e promovendo um senso de pertencimento e cooperação. A implementação de um sistema de ponto de pedido automatizado foitambém discutida como uma solução promissora para a reposição oportuna dos produtos mais críticos, reduzindo o risco de atrasos e aumentando a eficiência operacional. Portanto, a adoção de práticas de planejamento e controle de produção, juntamente com uma gestão de estoques estratégica, reforça a competitividade da GB Automotiva, permitindo que a empresa atenda à sua promessa de excelência e fortaleça sua posição no mercado. Esses resultados não apenas elevam a qualidade dos serviços prestados, mas também demonstram o impacto positivo que um gerenciamento bem-estruturado pode ter tanto na satisfação dos clientes quanto no desenvolvimento contínuo e sustentável da empresa. Referências BALLOU, R. H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos/Logística Empresarial. Porto Alegre: Bookman Editora, 2006. BATISSOCO, Adrieli Fernanda; MARTINS, Maria Fernanda. Aplicação da curva ABC na análise do lead time de uma indústria alimentícia. In: X JORNACITEC-Jornada Científica e Tecnológica. 2021. CARDOSO, Wagner. Planejamento e Controle da Produção (PCP): a teoria na prática. Editora Blucher, 2021. CARMO, Carlos Roberto Souza; RANIERO, Matheus Rodrigues. Aplicação da Lei Newcomb-Benford e da curva ABC baseada no Princípio de Pareto na auditoria e análise de gastos de campanhas eleitorais. RAGC, v. 9, n. 39, 2021. CORADINE, Nathan da Silva. 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