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Processo Civil CEJ 24

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PROCESSO CIVIL – Celso Belmiro - 2007 - página � PAGE �483� 
24ª aula (14/09/2007)
	LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA
	Também em relação a liquidação de sentença houve modificações significativas, primeiro topograficamente, já que esta matéria era tratada no livro do processo de execução e foi deslocada para o livro de processo de conhecimento. Por quê? Porque a liquidação é de sentença. Não há liquidação de título extrajudicial. 	
	Se porventura o título extrajudicial não for líquido ele perde inclusive a característica de título executivo. 
	Então, repetindo, a liquidação é de sentença, esta que pode eventualmente ser um título executivo e faltar a ele esse aspecto da liquidez da obrigação. 
	Por que, então da modificação topográfica? Antes o processo de execução envolvia o título extrajudicial e a sentença. Com a lei 11.232/05 a execução de sentença passou para dentro do livro de processo de conhecimento, a efetivação da sentença é uma fase do processo de conhecimento, a fase de cumprimento da sentença. Como a liquidação está associada à sentença, à execução da sentença, não teve jeito, a liquidação também foi deslocada, estava no artigo 603 do CPC e passou para o artigo 475-A do CPC. 
	Como funcionava antes? Antes eu tinha um processo de conhecimento e nesse processo de conhecimento era proferida uma sentença ilíquida. E eu tinha a necessidade de instaurar futuramente um processo de execução. Diante dessa sentença ilíquida eu já poderia partir para o processo de execução? Não. Por quê? Lembra dos requisitos da execução? Título executivo, certeza, exigibilidade e liquidez da obrigação e inadimplemento. Nesse caso eu não tenho a liquidez da obrigação nesse caso, então eu não posso partir direto para a execução. 
	Nesse caso, entrava depois de findo o processo de conhecimento e antes da propositura do processo de execução a liquidação de sentença. 
	Qual é a natureza da liquidação de sentença? A liquidação era uma continuação do processo de conhecimento, fazia parte como uma etapa subseqüente dentro do processo de conhecimento? Não. A liquidação fazia parte da execução como uma etapa prévia, mas dentro do processo de execução? Não. 
	A liquidação não era nem uma coisa nem outra. A liquidação de sentença não fazia parte daquele processo de conhecimento porque aquele já havia se encerrado e não fazia parte do processo de execução porque para que se instaurasse a execução não tinha jeito, a obrigação já tinha que ser líquida. 
	Qual era a natureza da liquidação de sentença, portanto? Era um processo autônomo. Era tida como um outro processo de conhecimento, só que tinha o objeto restrito, havia limitação da atividade cognitiva, ou seja, se limitava a fixar o quantum.
	Por que eu dizia que a liquidação de sentença era um processo? Como eu digo que alguma coisa é um processo? Tem uma petição inicial e citação. Se existe citação, eu tenho um processo. Para que exista e fato um processo, além de inicial, além de citação o que mais é necessário? Ser resolvido através de uma sentença. 
	Não é por outro motivo que o artigo 520, inciso III do CPC falava “da sentença que julgar a liquidação de sentença”. O próprio artigo 520 do CPC ao estabelecer as situações que a apelação não tem efeito suspensivo, colocava dentre essas situações a apelação contra a sentença que julgava a liquidação de sentença. A liquidação de sentença era julgada através de uma sentença.
	Só que isso mudou. Essa divisão entre processo de conhecimento e processo de execução deixou de existir. O cumprimento, a efetivação daquilo que foi estatuído na sentença se dá na mesma relação jurídica. O processo é um só, vai desde o início do processo de conhecimento com o ajuizamento da petição inicial até a satisfaça do credor. Mas e se eu tiver nessa mesma fase de conhecimento a prolação de uma sentença ilíquida? Dentro do mesmo processo teremos a liquidação dessa sentença. E após essa liquidação e a determinação do quantum debeatur se passa para a fase de cumprimento da sentença. Tudo dentro da mesma relação jurídica, dentro do mesmo processo. 
	Para que essa situação fosse implementada houve a necessidade de alteração de alguns artigos do CPC. O que aconteceu com o artigo 520 do CPC? O inciso III do artigo 520 do CPC foi revogado? Por quê? Porque esse inciso dizia que a liquidação de sentença era julgada, era resolvida através de uma sentença. Se eu insiro a liquidação dentro de um mesmo processo após a sentença não posso mais sustentar que a liquidação será resolvida por uma sentença. Passa a liquidação a ser resolvida através de quê? Através de decisão interlocutória. 
	Eu tinha antes uma sentença contra a qual caberia o quê? Apelação. E por ser cabível apelação é que havia o inciso III do artigo 520 do CPC, que foi revogado.
	Hoje, tratando a liquidação como um incidente processual, essa é a natureza da liquidação atualmente, qual o ato jurídico que vai resolver a liquidação? Decisão Interlocutória. Qual será o recurso cabível, então? Agravo. Onde está isso? Está no artigo 475-H do CPC, que dispõe: 
“Art. 475-H. Da decisão de liquidação caberá agravo de instrumento. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)”
	Esse Agravo cabível contra a decisão de liquidação de sentença é Agravo de Instrumento. 
	Façam a remissão. Quando falamos de recurso, quando falamos de agravo, vimos que a regra é o Agravo Retido. Apenas excepcionalmente ele será de instrumento. A lei 11.187/05 assim determinou. Onde caberá Agravo de instrumento mesmo? Decisão que inadmitir a apelação, decisão sobre os efeitos em que a apelação é recebida, decisão que suscetível de causar a parte lesão grave ou de difícil reparação. Alei 11.232/05 acaba por criar uma outra hipótese de cabimento de Agravo de Instrumento, a decisão que julga a liquidação de sentença está sujeita a Agravo de Instrumento. Então, se não fizeram ainda, façam a remissão no artigo 522 do CPC ao artigo 475-H do CPC. 
	Então, na estrutura que temos hoje, a liquidação de sentença é um incidente processual dentro do processo de conhecimento, que é resolvido por uma decisão interlocutória contra a qual caberá Agrava de Instrumento. 
É sempre possível ao Juiz proferir sentença ilíquida? Não. Quando o Juiz pode proferir sentença ilíquida? Para resolver essa questão temos que nos socorrer do artigo 459, parágrafo único do CPC, que dispõe:
“Art. 459. O juiz proferirá a sentença, acolhendo ou rejeitando, no todo ou em parte, o pedido formulado pelo autor. Nos casos de extinção do processo sem julgamento do mérito, o juiz decidirá em forma concisa.
Parágrafo único. Quando o autor tiver formulado pedido certo, é vedado ao juiz proferir sentença ilíquida.”
	Portanto, se o Autor formular pedido certo o Juiz tem que proferir sentença líquida. 
	Quando o Juiz poderá proferir uma sentença ilíquida? Ache o x a nossa equação. É só aplicar a regra de 3. O Juiz poderá formular sentença ilíquida quando o Autor tiver formulado pedido que não é certo. Qual é o nome do pedido que não é certo? Pedido genérico. Vamos ver o que nos diz o artigo 286 do CPC:
“Art. 286. O pedido deve ser certo ou determinado. É lícito, porém, formular pedido genérico:  (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
I - nas ações universais, se não puder o autor individuar na petição os bens demandados;   (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
II - quando não for possível determinar, de modo definitivo, as conseqüências do ato ou do fato ilícito;  (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
III - quando a determinação do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)”
	
	O pedido deve ser certo e determinado e não certo ou determinado. 
	O Autor pode formular pedido genérico quando quiser? Não. A formulação de pedido genérico está prevista nesse artigo 286 do CPC. 
	Exemplo de ação universal: petição de herança, o Autor sabeque tem direito, mas não sabe a quanto tem direito, só saberá quando terminado o inventário ou quando for feita a partilha. 
	No caso do inciso II está subentendida a expressão “ainda”, quando não for possível (ainda) determinar de modo definitivo as conseqüências do ato ou do fato ilícito. Por exemplo: o sujeito foi atropelado, está cheio de seqüelas, sofrendo cirurgias ainda, ele precisa esperar terminar tudo para saber quanto será o total de seu prejuízo para só, então, ajuizar a ação? Não. Ele pode ajuizar a ação de indenização já agora. Mas ele sabe quanto ele vai receber? Não.Mas já pode ajuizar a ação formulando um pedido genérico (condenação do Réu ao pagamento de indenização a ser fixada em liquidação de sentença). 
	Exemplo do inciso III é a prestação de contas. Eu seu que o Réu me deve, mas quanto ele me deve eu não sei. Quando ele prestar as contas eu saberei quanto ele me deve. 
	Nessas hipóteses, e a princípio apenas nessas hipóteses, o Autor pode formular pedido genérico. 
	Não podemos de mencionar que existe um pedido genérico muito comum, talvez o mais utilizado hoje em dia que não tem propriamente previsão legal. Qual é? Dano moral. O sujeito ajuíza a inicial e explica o que e o Réu fez e ao final requer a condenação do Réu ao pagamento de danos morais a ser fixado prudentemente pelo Juízo. Trata-se de pedido genérico que não tem previsão legal. 
	O valor que o Autor atribuiu a causa nessa situação não é o valor do pedido, logo não pode o Juiz utilizar o valor dado a causa para arbitrar o valor da indenização por danos morais e se faz assim, faz errado. Ele deve fixar o valor da indenização de acordo com o dano moral sofrido e se julgar que o recolhimento do valor da causa for a menor, condenar à complementação de custas. 
	Na opinião pessoal de Celso Belmiro, posição isolada, esse pedido genérico formulado no caso de danos morais não tem previsão legal. Na realidade o Autor é que deve definir o quanto ele sofreu de dano, quanto ele acha razoável para compor aquele dano. Mas a jurisprudência, até do STJ admite a formulação desse pedido genérico em caso de danos morais e também que o sujeito recorra da decisão do Juiz se entender que ele fixou danos morais aquém do que deveria. 
	Formulado o pedido genérico há a possibilidade do Juiz proferir uma sentença ilíquida e aí entra a necessidade de liquidação. 
	Que tipos, que modalidades de liquidação temos historicamente? 
Liquidação por cálculo do contador
Liquidação por arbitramento 
Liquidação por artigo
A primeira reforma do CPC, em 1994, eliminou essa história de liquidação por cálculo do contador. Como funcionava antes de 1994? Termina o processo de conhecimento e muitas nem precisava ter uma sentença ilíquida, mas era quase automático, terminava o processo o Autor apresentava um requerimento solicitando a remessa dos autos ao contador judicial para que ele elaborasse o cálculo do que ele tinha a receber. Isso acabou. E acabou de que forma? Se o que está pendente é apenas a elaboração de cálculos aritméticos quem tem que fazer esses cálculos? É o próprio Autor. Fará os cálculos aritméticos e apresentará em que momento? Na inicial da execução, ou seja, quando requerer o início do cumprimento da sentença. 
É bom lembrar que cálculo aritmético engloba correção monetária, juros. 
Assim dispõe o artigo 475-B do CPC: 
“Art. 475-B. Quando a determinação do valor da condenação depender apenas de cálculo aritmético, o credor requererá o cumprimento da sentença, na forma do art. 475-J desta Lei, instruindo o pedido com a memória discriminada e atualizada do cálculo. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
§ 1o Quando a elaboração da memória do cálculo depender de dados existentes em poder do devedor ou de terceiro, o juiz, a requerimento do credor, poderá requisitá-los, fixando prazo de até trinta dias para o cumprimento da diligência. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
§ 2o Se os dados não forem, injustificadamente, apresentados pelo devedor, reputar-se-ão corretos os cálculos apresentados pelo credor, e, se não o forem pelo terceiro, configurar-se-á a situação prevista no art. 362. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
§ 3o Poderá o juiz valer-se do contador do juízo, quando a memória apresentada pelo credor aparentemente exceder os limites da decisão exeqüenda e, ainda, nos casos de assistência judiciária. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
§ 4o Se o credor não concordar com os cálculos feitos nos termos do § 3o deste artigo, far-se-á a execução pelo valor originariamente pretendido, mas a penhora terá por base o valor encontrado pelo contador. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)”
	Essa disposição estava no antigo artigo 604 do CPC. 
	O artigo 475-J do CPC trata da fase do cumprimento da sentença. O credor ao requer o início dessa fase de cumprimento da sentença ele apresentará os cálculos, quando ainda estiver pendente algum cálculo a ser feito. Não tem liquidação da sentença. 
	Depois da reforma de 1994 ficamos com a liquidação por arbitramento e a liquidação por artigo. E temos que associar duas idéias para cada uma dessas situações. Na liquidação por arbitramento vamos associar isso à perícia, a quando houver necessidade da nomeação de um perito. Para quê? Para atribuir valor a uma coisa ou a um serviço prestado, ou para quantificar um prejuízo. 
	A liquidação por artigos será associada à idéia de fatos novos. Quando para determinação do quantum debeatur eu tiver que alegar e provar fatos novos, estaremos diante de uma liquidação por artigos. 
	A liquidação saiu do artigo 603 do CPC e foi para o artigo 475-A do CPC que dispõe:
“Art. 475-A. Quando a sentença não determinar o valor devido, procede-se à sua liquidação. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
§ 1o Do requerimento de liquidação de sentença será a parte intimada, na pessoa de seu advogado. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
§ 2o A liquidação poderá ser requerida na pendência de recurso, processando-se em autos apartados, no juízo de origem, cumprindo ao liquidante instruir o pedido com cópias das peças processuais pertinentes. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
§ 3o Nos processos sob procedimento comum sumário, referidos no art. 275, inciso II, alíneas ‘d’ e ‘e’ desta Lei, é defesa a sentença ilíquida, cumprindo ao juiz, se for o caso, fixar de plano, a seu prudente critério, o valor devido. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)”
	A redação anterior estava no artigo 603 do CP que dizia: “procede-se a liquidação quando a sentença não determinar o valor ou não individuar o objeto da condenação.” Essa história de individuar objeto foi retirada. Individuar o objeto não é a finalidade da liquidação. A finalidade da liquidação é a fixação do quantum debeatur, é sobre o quanto deve incidir esse incidente e não individuar objeto. A individuação do objeto já deve estar na sentença. 
	O parágrafo 1º do artigo 475-A tinha previsão no parágrafo único do artigo 603 do CPC, que dizia: na liquidação a parte será citada na pessoa de seu advogado.” Era uma exceção à regra. Por quê? Porque no caso de citação quem deve ser citado? O Réu. E no antigo processo de liquidação citado era o advogado. 
	Como a liquidação deixou de ser um processo e passou a ser um mero incidente, deixamos de ter citação e passamos a ter intimação, é o que está no parágrafo 1º do artigo 475-A do CPC. 
	O parágrafo 2º do artigo 475-A do CPC trata da seguinte hipótese: temos um recurso que não tem efeito suspensivo, por exemplo, um recurso especial, logo é possível partir para a execução provisória da sentença. Mas e se a sentença for ilíquida? É possível partir para a liquidação. Isso já era uma decorrência lógica do processo e agora está expresso nesse parágrafo 2º. O que não está expresso nesse parágrafo 2º do artigo 475-A do CPC, mas subentende-se? Que isso se dá no caso de recurso sem efeito suspensivo. 
	Por que é preciso retirar cópia das peças? Porque o processo está no Tribunal ondeo recurso será julgado. 
	O parágrafo 3º do artigo 475-A do CPC é novidade total, não existia em lugar nenhum do CPC, foi inserido pela lei 11.232/05. No caso de ação de acidente de veículo de via terrestre e de seguro de veículos é defesa a sentença ilíquida. Esse parágrafo 3º ainda gera algumas controvérsias. Mas como está colocado no parágrafo, diante de um processo desses o Juiz não poderia proferir uma sentença ilíquida. Mas se ele não tiver elementos para fixar a condenação vai fazer como? 
	Esse parágrafo 3º está com sua aplicação um pouco prejudicada, porque muitas vezes o Juiz não tem como, no momento que vai proferir a sentença, fazer com que a mesma seja já líquida. 
	O CPC não permitiu no artigo 286, II do CPC, num acidente de veículo, por exemplo, formulasse pedido genérico porque está sofrendo ainda as operações? E se o processo termina e ele ainda está sofrendo operações? Como eu vou definir naquele momento o valor da condenação? Às vezes fica complicado isso. 
	O artigo 475-B do CPC veio do artigo 604 do CPC, que tinha dois parágrafos que foram desmembrados. O parágrafo 1º se transformou no parágrafo 1º e parágrafo 2º do artigo 475-B e o parágrafo 2º se transformou no parágrafo 3º e 4º do artigo 475-B. Essa implosão dos parágrafos tem sentido, tinha informação demais em um parágrafo só, ficava ruim de visualizar. 
	Assim dispõe o artigo 475 – B do CPC:
“Art. 475-B. Quando a determinação do valor da condenação depender apenas de cálculo aritmético, o credor requererá o cumprimento da sentença, na forma do art. 475-J desta Lei, instruindo o pedido com a memória discriminada e atualizada do cálculo. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
§ 1o Quando a elaboração da memória do cálculo depender de dados existentes em poder do devedor ou de terceiro, o juiz, a requerimento do credor, poderá requisitá-los, fixando prazo de até trinta dias para o cumprimento da diligência. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
§ 2o Se os dados não forem, injustificadamente, apresentados pelo devedor, reputar-se-ão corretos os cálculos apresentados pelo credor, e, se não o forem pelo terceiro, configurar-se-á a situação prevista no art. 362. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
§ 3o Poderá o juiz valer-se do contador do juízo, quando a memória apresentada pelo credor aparentemente exceder os limites da decisão exeqüenda e, ainda, nos casos de assistência judiciária. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
§ 4o Se o credor não concordar com os cálculos feitos nos termos do § 3o deste artigo, far-se-á a execução pelo valor originariamente pretendido, mas a penhora terá por base o valor encontrado pelo contador. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)”
	Por que do parágrafo 1º do artigo 475-B do CPC? Porque a lei diz que quem tem que apresentar os cálculos é o credor, mas muitas vezes, em diversas situações o credor depende de documentos e elementos que estão em poder do devedor e se pedir para o devedor este não entregará. Era uma situação absurda onde o devedor através desse artifício não liberava os documento para o credor e este não tinha como ajuizar a execução. Esse parágrafo 1º e o parágrafo 2º vieram resolver essa questão. Antes mesmo de apresentar a memória de cálculo requer que o Juiz intime o devedor ou terceiro para entregar os documentos. E se não entregar? Aplica-se o parágrafo 2º do artigo 475-B do CPC. E se for o terceiro que não entrega? Configura-se a situação prevista no artigo 362 do CPC, que dispõe:
“Art. 362. Se o terceiro, sem justo motivo, se recusar a efetuar a exibição, o juiz lhe ordenará que proceda ao respectivo depósito em cartório ou noutro lugar designado, no prazo de 5 (cinco) dias, impondo ao requerente que o embolse das despesas que tiver; se o terceiro descumprir a ordem, o juiz expedirá mandado de apreensão, requisitando, se necessário, força policial, tudo sem prejuízo da responsabilidade por crime de desobediência.”
	O antigo parágrafo 2º foi implodido e transformado no parágrafo 3º e no parágrafo 4º. Por quê? Quando eliminaram a liquidação por cálculo do contador o que aconteceu com os contadores? Foram todos colocados em disponibilidade? Foram todos sumariamente demitidos? Não. O contador do Juízo parou de fazer o trabalho para as partes, parou de fazer conta para as partes, mas o contador é auxiliar do Juízo. Ele tem que fazer conta para quem? Para o Juízo. Se entendermos que foram todos demitidos, o sujeito ajuíza uma ação dizendo que é credor de R$ 100.000,00, o Réu impugna ou apresenta Embargos dizendo que o crédito do credor é só de R$ 8.000,00. o que o Juiz vai fazer? Vai mandar pra o contador. O contador passou a atuar efetivamente como auxiliar do Juízo. 
	Em nenhuma outra hipótese o contador atuaria já no início do processo? Sim. Quando eu tenho a possibilidade do contador atuar no início do processo? Está no parágrafo 3º do artigo 475-B do CPC. Por exemplo, o sujeito tem uma sentença proferida há 3 anos atrás condenando o Réu a pagar R$ 5.000,00, mais juros e correção. Esses cinco mil de três anos atrás, aplicando juros e correção, chegou a R$ 200.000,00. O Réu é citado para pagar R$ 200.000,00. A garantia do juízo tem que ser em cima dos R$ 200.000,00?Para ele apresentar a impugnação ele tem que apresentar a garantia do juízo, a penhora que vai incidir sobre o bem dele. Para que ele possa apresentar a impugnação, a garantia do juízo será em cima de R$ 200.00,00 ou de R$ 8.000,00 a que foi condenado há 3 anos atrás? Não pode ser encima de R$ 200.000,00, pois não há dúvida que há um excesso. Quando a memória de cálculo aparentemente exceder aos limites da execução, o Juiz poderá de pronto mandar para o contador. Aí o contador diz que o valor aplicando correção e juros chega a R$ 6. 200,00. A execução deixa de ser uma execução de R$ 200.00,00 para ser uma execução de R$ 6.200,00? Não. Ela continua sendo uma execução de R$ 200.000,00. 
	Para que então mandou para o contador? Dispõe o parágrafo 4º do artigo 475-B do CPC que se o credor não concordar com os cálculos feitos pelo contador judicial, a execução seguirá pelo valor de R$ 200.000,00, mas a penhora terá por base o valor encontrado pelo contador. 
	Em que outra hipótese eu tenho o contador judicial atuando no início do processo? Nos casos de assistência judiciária, gratuidade de justiça. Nesses casos o contador judicial irá apresentar os cálculos para a parte. 
	Assim dispõe os artigos 475-C e 475-D do CPC: 
“Art. 475-C. Far-se-á a liquidação por arbitramento quando: (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
I – determinado pela sentença ou convencionado pelas partes; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
II – o exigir a natureza do objeto da liquidação. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
Art. 475-D. Requerida a liquidação por arbitramento, o juiz nomeará o perito e fixará o prazo para a entrega do laudo. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
Parágrafo único. Apresentado o laudo, sobre o qual poderão as partes manifestar-se no prazo de dez dias, o juiz proferirá decisão ou designará, se necessário, audiência. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)”
	Na liquidação por arbitramento, antes mesmo de intimar a parte, na pessoa de seu advogado, acerca daquela liquidação, o Juiz irá nomear o perito e fixar prazo para que ele lhe entregue o laudo. 
	O parágrafo único do artigo 475- D do CPC fala: “o juiz proferirá decisão”. Isso estava no parágrafo único do artigo 607 do CPC, só que lá dizia: “o juiz proferirá a sentença”. Essa redação teve que ser alterada porque a liquidação não é mais um processo autônomo, mas um incidente processual. 
	Assim dispõe os artigos 475-E e 475- F do CPC:
“Art. 475-E. Far-se-á a liquidação por artigos, quando, para determinar o valor da condenação, houver necessidade de alegar e provar fato novo. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
Art. 475-F. Na liquidação por artigos, observar-se-á, no que couber, o procedimento comum (art. 272). (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)”
	O que é fato novo? Cuidado! Nessaexpressão “fato novo”, a palavra novo nos leva a uma conclusão errada. Novo não é atual, não é recente. O que é um fato novo para efeito de liquidação por artigos? Fato novo é aquele que não foi levado em consideração pelo Juiz no momento em que proferiu a sentença, independentemente de quando tenha efetivamente ocorrido. 
	
	Vamos ver um exemplo: 
 Juiz
 Vítima Motorista
 Inicial Trânsito em julgado
cirurgia cirurgia cirurgia 
vítima vítima vítima
Sentença: condeno o Réu a pagar os danos a serem apurados em liquidação. 
	A vítima no caso em questão foi atropelada e antes mesmo do processo iniciar sofreu uma cirurgia, no curso do processo ele sofre outra cirurgia e depois que o processo se encerra ele sofre outra cirurgia. Partimos então para a liquidação por artigos. O Autor terá que alegar e provar fatos novos. Das três cirurgias qual é fato novo? O Juiz quando proferiu a sentença ele levou em consideração alguma das cirurgias? Não. Deveria até já condenar o devedor a pagar a cirurgia anterior a propositura da ação, pois já tinha ocorrido e já tinha valor definido e a cirurgia que ocorreu no curso do processo também. Mas não o fez, jogou tudo para a liquidação de sentença. Nesse caso, o que é fato novo então? As três cirurgias, todas serão liquidadas na liquidação por artigo. 
	Gravem bem, novo não é recente. Para definir o fato como novo ou não devemos olhar para a sentença, se o Juiz levou ou não em consideração quando proferiu a sentença. 
	Assim dispõe o artigo 475-G do CPC:
“Art. 475-G. É defeso, na liquidação, discutir de novo a lide ou modificar a sentença que a julgou. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)”
	Essa questão estava no artigo 610 do CPC, a questão da limitação da atividade cognitiva na liquidação. Apesar da liquidação hoje não ser um processo, ainda assim, o CPC manteve essa limitação. 
	
	Pergunta de aluno: no caso de sentença arbitral você vai ter que formar um processo de liquidação? Resposta de Celso: A sentença arbitral apesar de ser considerada um título judicial não advém do Poder Judiciário. Na sentença arbitral, como se inicia o processo? Será uma execução para a qual o Réu será citado. A sentença arbitral é uma situação onde nós temos um título judicial, mas não tem jeito, não tem como falar em fase de cumprimento da sentença quando estou diante de uma sentença arbitral. Como eu vou continuar algo que não começou no Poder Judiciário? Terá que haver processo de execução. 
	Outra pergunta de aluno: O parágrafo 4º do artigo 475-B do CPC diz que a penhora terá por base o valor encontrado pelo contador, na prática isso não vai atrapalhar a execução porque uma vez que não tem a garantia do juízo, como ser terá a satisfaço do crédito? Celso Belmiro responde: A garantia do juízo existe, só que é um valor menor do que o que consta da execução. O que é provável que lá na frente o Juiz decida sobre o crédito? Na verdade é uma antecipação do que acontecerá futuramente. O Juiz futuramente deve acolher como valor do crédito o apurado pelo contador judicial. Via de regra o cálculo que o contador dá a título de preliminar é o que dará no final. Então não prejudica a execução não. Caso haja alguma revira volta, reforça-se a penhora, busca-se outro bem no patrimônio do executado para uma eventual expropriação. 
EXECUÇÃO PROVISÓRIA
	
	O artigo 475-I do CPC fala do início dessa etapa de cumprimento da sentença, e assim dispõe:
“Art. 475-I. O cumprimento da sentença far-se-á conforme os arts. 461 e 461-A desta Lei ou, tratando-se de obrigação por quantia certa, por execução, nos termos dos demais artigos deste Capítulo. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
§ 1o É definitiva a execução da sentença transitada em julgado e provisória quando se tratar de sentença impugnada mediante recurso ao qual não foi atribuído efeito suspensivo. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
§ 2o Quando na sentença houver uma parte líquida e outra ilíquida, ao credor é lícito promover simultaneamente a execução daquela e, em autos apartados, a liquidação desta. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)”
	O parágrafo 1º do artigo 475- I do CPC era antigamente o artigo 587 do CPC. O artigo 587 do CPC não foi revogado não, mas acabou tendo sua redação repetida nesse parágrafo 1º do artigo 475- I do CPC.
	Do parágrafo 1º do artigo 475-I do CPC daremos um salto para o artigo 475-O do CPC, pois é neste que se encontra o regramento da execução provisória, que já foi modificada diversas vezes.
	Quando eu tenho execução provisória, mesmo? Quando eu tenho um recurso pendente de julgamento, só que esse recurso não tem efeito suspensivo. Se o recurso não tem efeito suspensivo a decisão que está sendo impugnada pelo recurso já irá produzir efeitos e se é uma sentença, acórdão, enfim, que mais frente vai gerar um processo de execução, já posso agora partir para uma execução, que será uma execução provisória. 
	Então, a execução pode ser: 
 Definitiva – se falamos de título extrajudicial, e aí, cabe explicitar 
			 processo de execução ou se falamos de sentença 
			 transitada em julgado, cumprimento de sentença.
	 Provisória- se falamos de uma sentença ou acórdão sujeito a re-
	curso sem efeito suspensivo. 
	Lembrando daquela divisão entre processo de execução e cumprimento de sentença. Eu tenho processo de execução provisório? Não. Por quê? Porque a execução provisória é de um título o quê? Judicial. 
	Então, apesar de falarmos em execução provisória, esteja sintonizado no que isso significa, na verdade estamos falando de um cumprimento de sentença provisório. Não há processo de execução provisório, se eu falo que processo de execução é de título extrajudicial e título judicial não gera processo de execução, tão-somente cumprimento de sentença. 
	E os requisitos e características da execução provisória? Falamos que estão no artigo 475-O do CPC. Este artigo 475- O ele veio do artigo 588 do CPC e este também já havia sido modificado antes da lei 10.444/02. Prestem atenção nisso. 
	O artigo 588 do CPC antes da lei 10.444/02 possuía três incisos. O inciso I trazia a necessidade de caução e a responsabilidade civil do credor, ou seja, o credor podia partir para a execução provisória, mas se em função da execução provisória o devedor tivesse algum prejuízo, co credor tinha responsabilidade civil, ficando obrigado a indenizar o devedor. No inciso II havia uma nova caução para levantamento de depósito em dinheiro e a proibição de atos de alienação. E o inciso III dizia que ficava sem efeito a execução provisória se sobreviesse sentença que modificasse a anterior. 
	O que a lei 10.444/02 fez com o artigo 588 do CPC? O inciso I passou a só tratar da responsabilidade do credor, não mais de caução. Desapareceu a caução. Desde 2002, então, não há mais necessidade de prestação de caução para se instaurar uma execução provisória. Por que essa modificação? Porque com a exigência de caução, simplesmente a execução provisória não existia. O sujeito até gostaria de partir para a execução provisória, mas ele tinha que prestar caução. Como ele ia prestar essa caução? Era tanta dificuldade para se instaurar uma execução provisória que o sujeito deixava para lá. No inciso II, no entanto, ainda exigia caução idônea nos próprios autos, para levantamento de dinheiro, para eventuais atos de alienação e para atos que pudessem causar dano. Não há nova caução. Por que na redação anterior do artigo 588 do CPC antes da lei 10.444/02, havia necessidade de caução para a propositura da execução provisória. Agora, como não há necessidade de caução para a propositura da execução provisória não há que se falar que no caso do inciso II haverá uma nova caução. Antes também os atos de alienaçãoeram proibidos, agora esses atos são possíveis desde que seja prestada a caução, a proibição deixou de existir. É possível, então, que numa execução provisória ocorram atos de alienação. Se houver possibilidade de causar dano com o ato praticado, também deverá haver caução. O inciso III passou a dizer que fica sem efeito sobrevindo acórdão. Por que essa modificação? Se o recurso for provido, a execução provisória fica sem efeito. O que vai determinar que a execução provisória fique sem efeito? O provimento do recurso. Qual é o ato judicial que determina o provimento de um recurso? Acórdão. Não é sentença. 
	O artigo 588 do CPC passou a ter um inciso IV e dois parágrafos. O inciso IV é importante porque dispõe que havendo prejuízo ao devedor deverá ser resolvido na própria execução provisória. 
	O parágrafo 1º não tem importância alguma e o parágrafo 2º introduzido pela lei 10.444/02 trata da caução do inciso II do artigo 588, e diz que esta pode ser dispensada se o crédito for de natureza alimentar de até 60 salários e o sujeito estiver em estado de necessidade. O que é esse estado de necessidade? É a excludente de ilicitude? Esse estado de necessidade é estado de precisão, se o sujeito não comera nada agora ele morre de fome. 
	Depois da lei 11.232/05, a execução provisória e seus requisitos foram retirados do livro de execução e trazendo para dentro do processo de conhecimento e está no artigo 475-O do CPC. O artigo 475-O do CPC é igual ao antigo 588 do CPC. 
	Assim dispõe o artigo 475-O do CPC:
	
“Art. 475-O. A execução provisória da sentença far-se-á, no que couber, do mesmo modo que a definitiva, observadas as seguintes normas: (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
I – corre por iniciativa, conta e responsabilidade do exeqüente, que se obriga, se a sentença for reformada, a reparar os danos que o executado haja sofrido; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
II – fica sem efeito, sobrevindo acórdão que modifique ou anule a sentença objeto da execução, restituindo-se as partes ao estado anterior e liquidados eventuais prejuízos nos mesmos autos, por arbitramento; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
III – o levantamento de depósito em dinheiro e a prática de atos que importem alienação de propriedade ou dos quais possa resultar grave dano ao executado dependem de caução suficiente e idônea, arbitrada de plano pelo juiz e prestada nos próprios autos. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
§ 1o No caso do inciso II do caput deste artigo, se a sentença provisória for modificada ou anulada apenas em parte, somente nesta ficará sem efeito a execução. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
§ 2o A caução a que se refere o inciso III do caput deste artigo poderá ser dispensada: (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
I – quando, nos casos de crédito de natureza alimentar ou decorrente de ato ilícito, até o limite de sessenta vezes o valor do salário-mínimo, o exeqüente demonstrar situação de necessidade; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
II – nos casos de execução provisória em que penda agravo de instrumento junto ao Supremo Tribunal Federal ou ao Superior Tribunal de Justiça (art. 544), salvo quando da dispensa possa manifestamente resultar risco de grave dano, de difícil ou incerta reparação. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
§ 3o Ao requerer a execução provisória, o exeqüente instruirá a petição com cópias autenticadas das seguintes peças do processo, podendo o advogado valer-se do disposto na parte final do art. 544, § 1o: (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
I – sentença ou acórdão exeqüendo; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
II – certidão de interposição do recurso não dotado de efeito suspensivo; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
III – procurações outorgadas pelas partes; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
IV – decisão de habilitação, se for o caso; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
V – facultativamente, outras peças processuais que o exeqüente considere necessárias. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)”
	No inciso I trocou a expressão prejuízos por dano, que é a expressão mais correta e trocou o tempo verbal. Não é prejuízo que o Executado venha a sofrer. Essa responsabilidade é em relação aos danos que ele efetivamente sofreu. Modificou com razão. 
	No inciso II passou a tratar como esses prejuízos serão resolvidos, nos mesmos autos, e já definiu a forma de liquidação. Juntou o inciso III e o inciso IV da redação do artigo 588 do CPC num inciso só e com uma redação mais enxuta. 
	O inciso III trocou a expressão domínio por propriedade, passou a falar em caução idônea e suficiente e disse que essa caução será arbitrada pelo Juiz nos próprios autos. Resolveu um problema que havia. Antigamente se questionava como seria prestada essa caução, seria através de uma ação cautelar de caução para isso e quem definiria essa caução? Hoje, quem define se vai ter caução e o quanto é necessário de caução é o próprio Juiz e ela é prestada nos próprios autos da execução provisória. 
	O parágrafo 1º continuou com a mesma redação. 
	O parágrafo 2º trocou a expressão estado de necessidade, para não confundir com a excludente de ilicitude, por situação de necessidade e fez inserir os alimentos devidos em função de ato ilícito. Anteriormente havia divergência, se seriam só os alimentos em função de relação familiar ou se seriam também os decorrentes de ato ilícito. Então, hoje, expressamente a lei diz que também os alimentos decorrentes de ato ilícito seguem a regra da dispensa de caução. 
	O inciso II também é novidade total.Dispõe que a caução poderá ser dispensada nos casos de execução provisória em que penda agravo de instrumento junto ao STF e STJ, salvo quando a dispensa possa manifestamente resultar risco de grave dano de difícil reparação. O CPC estabelece a regra e logo em seguida a exceção. Quando eu terei a possibilidade de dispensar a caução? Acórdão em apelação foi proferido, eu posso partir para uma execução provisória? Posso. O sujeito interpôs Recurso Especial, eu posso partir para execução provisória? Posso. Eu tenho que prestar caução, para ato de alienação, por exemplo? Tenho. O sujeito interpôs Recurso Especial e este foi inadmitido, eu tenho que prestar caução? Não mais. Porque? Porque se o recurso especial ou extraordinário não foi admitido qual é o recurso cabível? Agravo de instrumento do artigo 544 do CPC. E o que o CPC diz no inciso II? Que nesta hipótese a caução é dispensada. Salvo, se o Juiz verificar que dispensando a caução é possível que o executado venha a sofrer grave dano. 
	Por exemplo, vai haver alienação de bens, o sujeito não presta caução, o Juiz verifica que se aquele bem for alienado e não tiver nenhuma caução para compor a situação o executado não terá como posteriormente se precisar recuperar o seu prejuízo, aí o Juiz exige a caução. O que está no inciso II é a autorização para, nessa hipótese, na pendência do agravo de instrumento do artigo 544 do CPC, ser dispensada a caução. Se o Juiz entender que é necessária a caução exige a caução. 
	 Vamos combinar como vamos trabalhar com o processo de execução daqui pra frente. Vamos pegar o processo de execução como ele era, ou seja, o processo de execução como ele era antes dessas leis, 11.232/05 e 11.382/06. Depois vamos tratar do processo de execução como ele ficou, ou seja, de acordo com a lei 11.382/06, ou seja, o processo de execução, como regra, para título extrajudicial. E num terceiro momento trataremos do cumprimento de sentença, introduzido pela lei 11.232/05. Por que essa seqüência? Para sabermos como funcionava, para enxergar o que foi modificado, quais as diferenças, quais foram as alterações implementadas. Se a lei 11.232/05 veio antes, por que não falar dela primeiro? Porque o cumprimento de sentença se vale das normas do processo de execução. Quando a lei 11.232/05 criou a fase de cumprimento de sentença eliminando o processo de execução de título extrajudicial, alterou algumas normas procedimentais, mas parou no meio, disseque daqui pra frente é igual a processo de execução. Veja o artigo 475-R do CPC:
“Art. 475-R. Aplicam-se subsidiariamente ao cumprimento da sentença, no que couber, as normas que regem o processo de execução de título extrajudicial. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)”
	Da impugnação na fase de cumprimento da sentença em diante é tudo buscado do processo de execução. Vamos ver como o processo de execução era, tanto do título judicial, como do título extrajudicial. 
PROCESSO DE EXECUÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL E EXTRAJUDICIAL ANTES DA ALTERAÇÃO PELAS LEIS 11.232/05 E 11.382/06.
Inicial Citação Nomeação de bens Oitiva do Exeqüente Penhora
			 à penhora
											10 dias					 		 
 Satisfação Expropriação Avaliação ... Embargos
 do 							 suspensão
 credor
							
 Extinção da execução
	
	Como a execução, qualquer de suas formas, era um processo, aqueles princípios aplicáveis aos processos estavam aqui também, dentre eles, o princípio da demanda, ou seja, só havia processo de execução se a parte assim requeresse. Era iniciativa da parte, iniciativa que se dava através de uma petição inicial. Os requisitos dessa petição inicial estão colocados no artigo 614 do CPC, que dispõe: 
“Art. 614. Cumpre ao credor, ao requerer a execução, pedir a citação do devedor e instruir a petição inicial:
I - com o título executivo, salvo se ela se fundar em sentença (art. 584);
I - com o título executivo extrajudicial; (Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006).
II - com a prova de que se verificou a condição, ou ocorreu o termo (art. 572). 
II - com o demonstrativo do débito atualizado até a data da propositura da ação, quando se tratar de execução por quantia certa; (Redação dada pela Lei nº 8.953, de 13.12.1994)
III - com a prova de que se verificou a condição, ou ocorreu o termo (art. 572). (Incluído pela Lei nº 8.953, de 13.12.1994)”
	O inciso I do artigo 614 do CPC foi alterado. Hoje o inciso I só fala em com o título executivo extrajudicial. Por que essa modificação? Porque o processo de execução ficou reservado atualmente aos títulos extrajudiciais. A sentença terá a fase de cumprimento de sentença. 
	Por que a execução quando era fundada em sentença a inicial não tinha que vir acompanhada do título, não tinha que vir acompanhada da sentença? Porque estava nos autos. 
	O título extrajudicial tem que ser original ou pode ser cópia autenticada? Só há exigência do título original para os títulos de crédito. Por quê? Devido a cartularidade dos títulos de crédito. O que é muito perigoso, diga-se de passagem. 
	Junto com o artigo 604 do CPC foi esse artigo 614, II do CPC que eliminou a tal liquidação por cálculo do contador. Antes, mandava os autos para o contador para ele dizer qual era o valor da dívida. Isso acabou. E acabou com o artigo 604, e principalmente com o artigo 614, inciso II do CPC. Passou a ser ônus do Exeqüente apresentar a sua memória atualizada do cálculo. 
	O inciso III trata de um requisito da execução, qual seja, exigibilidade. Junto com a inicial da execução, se a mesma estiver sujeita à condição ou termo, tem que vir a prova do implemente daquela condição e que houve de fato a ocorrência daquele termo, senão a obrigação não é exigível e não poderá haver execução. 
	O artigo 615 do CPC diz que tem que está presente também na inicial. Por que no artigo 614 está dizendo o que tem que estar presente na inicial e no artigo 615 está dizendo que tem que estar presente também? Celso Belmiro diz que não faz a menor idéia. Seria mais razoável continuar no 614 acrescentando mais incisos, mas resolveu o legislador criar o artigo 615. Assim dispõe o artigo 615 do CPC:
“Art. 615. Cumpre ainda ao credor:
I - indicar a espécie de execução que prefere, quando por mais de um modo pode ser efetuada;
II - requerer a intimação do credor pignoratício, hipotecário, ou anticrético, ou usufrutuário, quando a penhora recair sobre bens gravados por penhor, hipoteca, anticrese ou usufruto;
III - pleitear medidas acautelatórias urgentes;
IV - provar que adimpliu a contraprestação, que Ihe corresponde, ou que Ihe assegura o cumprimento, se o executado não for obrigado a satisfazer a sua prestação senão mediante a contraprestação do credor.”
	
	Exemplo clássico desse inciso I do artigo 615 do CPC, obrigação de fazer. O sujeito pode insistir naquela obrigação de fazer ou optar pelas perdas e danos. Há dupla possibilidade, ela na inicial da execução vai indicar por qual modo prefere que a execução se processe. 
	O inciso II do artigo 615 do CPC é um pouco mais complicado. Primeiramente, penhor, anticrese, hipoteca usufruto são o quê, hein? São direitos reais de garantia? Não. A hipoteca, o penhor, a anticrese, realmente, são direitos reais de garantia. O usufruto não. O usufruto é direito real sobre coisa alheia de gozo ou fruição. Seja como for, são direitos reais. 
	O que o CPC quer dizer nesse inciso II é o seguinte, vamos ver um exemplo, par entender melhor: “A” empresta dinheiro para “B”. “B” dá como garantia ao pagamento desse empréstimo um bem imóvel X. “A” é um credor o quê? É um credor hipotecário. Numa execução qualquer, o Exeqüente “C” executa “B”. É possível que nessa execução seja penhorado o bem imóvel X, que está hipotecado ao credor “A”? Sim. Nada impede que um bem hipotecado seja penhorado. Só que nessa hipótese alguns requisitos têm que ser observados, um deles é o que está no inciso II do artigo 615 do CPC. 
	É possível que haja penhora de um bem que está hipotecado a um outro credor, mas feita a penhora é necessário que se intime o credor hipotecário. O que o inciso II do artigo 615 do CPC faz é falar sobre a necessidade de intimação do credor hipotecário, pignoratício, usufrutuário, anticrético. O inciso só está fora de esquadro, fora de local. Por quê? Porque quando o sujeito ajuíza a inicial da execução ele sabe qual é o bem que será penhorado? Não. Mas enfim, o que o inciso II do artigo 615 do CPC diz que o sujeito ao requerer a execução, ao instaurar o processo de execução ele vai requerer a intimação do credor pignoratício, usufrutuário, anticrético, ... Só que a penhora se dará lá na frente. Então, na verdade não é nesse momento que deve se requerer essa intimação, essa hora se dá após a realização da penhora. 
	O inciso III do artigo 615 do CPC é interessante quando formos falar de processo cautelar. O que esse inciso diz é que o Exeqüente, na inicial do processo de execução ele vai requerer a concessão de medida cautelar. É a concessão de medida cautelar dentro do processo de execução, fora do território natural para a concessão de medida cautelar, que é processo cautelar. Esse inciso é um caminho aberto para a eliminação do processo cautelar, que um dia vai acontecer. O que o inciso III autoriza é na inicial da execução se estiver caracterizada uma situação que gere necessidade de medida cautelar, o Exeqüente vai requerer na própria inicial da execução e no próprio processo de execução o juiz vai conceder essa medida cautelar. 
	O inciso IV do artigo 615 do CPC trata do contrato onde há prestação para ambas as partes, que recebe o nome de contrato sinalagmático. O Exeqüente tem que provar que fez a sua parte. 
	
	Prestem atenção que agora se iniciam as diferenças fortes. 
	A citação do executado era, antes da alteração do CPC, para pagamento em 24 horas ou nomeação de bens à penhora. 
	Como era feita essa citação? Na execução não temos citação pelo correio. Vejamos o artigo 222 do CPC:
“Art. 222. A citação será feita pelo correio, para qualquer comarca do País, exceto: (Redação dada pela Lei nº 8.710, de 24.9.1993)
a) nas ações de estado; (Incluído pela Lei nº 8.710, de 24.9.1993)
b) quando for ré pessoa incapaz; (Incluído pela Lei nº 8.710, de 24.9.1993)
c) quando for ré pessoa de direito público; (Incluído pela Lei nº 8.710, de 24.9.1993)
d) nos processos de execução;(Incluído pela Lei nº 8.710, de 24.9.1993)
e) quando o réu residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência; (Incluído pela Lei nº 8.710, de 24.9.1993)
f) quando o autor a requerer de outra forma. (Incluído pela Lei nº 8.710, de 24.9.1993)”
		O que é regra no processo de conhecimento, ou seja, a citação pelo correio, é proibido no processo de execução, salvo na execução fiscal, pois esta é regida por lei própria (lei 6830/80). 
	Então, no processo de execução a citação é feita por oficial de justiça. 												E a citação ficta é admitida no processo de execução? Cabe citação pro edital no processo de execução? Cabe, tem que caber. Porque senão bastaria o sujeito sumir do mapa e aí não terá execução nenhuma contra ele. Cabe citação por edital, sim, desde que presentes os requisitos exigidos para tal citação. 
	Cabe citação por hora certa no processo de execução? Essa questão já foi controvertida. Afirmavam alguns autores que a situação que autoriza a citação por hora certa, caso se desse num processo de execução, já autorizaria a citação por edital. Outros diziam que não cabia citação por hora certa no processo de execução por falta de previsão legal. Essa questão está meio superada com a súmula 196 do STJ, que nem tinha por intenção em falar na citação por hora certa na execução, mas acabou na sua redação dizendo que é possível. Assim dispõe a súmula 196 do STJ:
	“Ao executado que citado por edital ou por hora certa permanecer revel, será nomeado curador especial com legitimidade para a apresentação de Embargos.”
	A finalidade da súmula é falar da nomeação de curador na execução, da legitimidade que tem esse curador para apresentar Embargos, mas na sua redação acabou falando em executado citado por hora certa, logo cabe citação por hora certa no processo de execução. 	
	O artigo 652 do CPC dizia que o devedor seria citado para no prazo de 24 horas pagar ou nomear bens à penhora. Essa nomeação era direito do executado. A citação tinha duas finalidades, dar uma última oportunidade ao executado para que pagasse a dívida, sem que incidisse os mecanismos da execução e garantir esse direito que o executado tinha de nomear bens à penhora, ou seja, escolher dentre seus bens qual garantiria à execução. 
	O artigo 652 do CPC teve sua redação modificada, e passou a dispor: 
“Art. 652.  O executado será citado para, no prazo de 3 (três) dias, efetuar o pagamento da dívida. (Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006).”
	Já podemos enxergar que diferença? Que o prazo é maior, o que é bom para o Executado. Mas o que ele acabou perdendo? O direito de nomear bens à penhora. Não é mais o executado que irá nomear bens à penhora, quem irá fazer isso é o oficial de justiça. Se oficial não tiver elementos o credor é que vai indicar. 
	Ainda na sistemática anterior, o executado era citado para em 24 horas pagar ou nomear bens à penhora. Quais eram as possíveis reações do devedor aqui? Pagar. Se o devedor citado paga, a execução é extinta. 
	A propósito, como se contava esse prazo de 24 horas? Os prazos fixados em hora se contam de minuto a minuto. Como eu vou saber quando termina esse prazo de 24 horas? O oficial de justiça quando ia fazer a citação tinha que colocar a hora em que foi realizada a citação. E se o oficial não colocasse a hora que realizou a citação? O executado teria todo o dia seguinte para pagar ou nomear bens à penhora. Hoje não é mais assim, já que o prazo da nova redação é em dias. 
	Se o executado pagar, a execução é extinta. Se o executado se omite, ele é revel? Não. A omissão dele vai ter uma única conseqüência: ele perde o direito de nomear bens à penhora. 
	O executado que não pagou ou não nomeou bens à penhora poderá apresentar Embargos? Não tem nada a ver. Ele apresentará Embargos depois de realizada a penhora. Então, se o executado não pagou ou não apresentou bens à penhora o máximo que teremos como conseqüência é ele perder o direito de escolher dentro do seu patrimônio sobre qual bem vai incidir a penhora. Com isso, o credor passa a ter o direito de dizer qual bem ele quer que seja penhorado do patrimônio do devedor, o credor ou o oficial de justiça indica. 
	Tudo isso na sistemática anterior à reforma do CPC. 
	E se o executado nomeasse bem à penhora? Seria feita a penhora sobre àquele bem nomeado? Ainda não. Por que? Porque era uma tendência dos executados ao nomear bem, nomear o que era de mais imprestável no seu patrimônio para garantir a execução. Então, na realização da penhora temos que ter muito cuidado com isso, pois penhoramos o bem para lá na frente se for o caso jogar o bem para uma hasta pública e dependendo do bem isso não será possível. Por exemplo, isso é muito comum com aparelhos de informática, você penhora um computador que hoje é moderníssimo, mas quando precisar ir a hasta pública já é sucata. Ou ninguém irá arrematar ou irá arrematar por um valor muito inferior do que estabelecido quando feita a penhora. 
	
	No deferimento da penhora, o Juiz tem que estar atento a isso. Se for um bem que já não vale nada agora ou que tem uma rápida depreciação, terá que se buscar outro bem. Por conta disso, feita a nomeação pelo executado, era necessária a oitiva do exeqüente sobre aquela nomeação. Nessa oitiva do exeqüente temos uma situação concreta de observância de um determinado princípio, qual seja, o contraditório. 
	Tem contraditório na execução? Tem. Não é vocação do processo de execução ter contraditório, mas eventualmente iremos encontrar a observância do princípio do contraditório no processo de execução, uma delas era essa oitiva do exeqüente acerca da nomeação de bem feita pelo executado. 
	Qual era outra hipótese onde tínhamos a observância do princípio do contraditório dentro do processo de execução? Na fase de avaliação, se nomeado perito para apresentar laudo de avaliação, as partes serão ouvidas sobre esse laudo de avaliação. 
	Já adiantando, a primeira hipótese deixou de existir porque não é mais o executado que nomeia bens. 
	Ouvido o Exeqüente sobre os bens nomeados, se ele concordasse, penhoravam-se os bens. 
	Ouvido o Exeqüente, este impugnou a penhora. O Juiz resolvia essa impugnação e penhoravam-se os bens.

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