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Regras da Argumentação Jurídica

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REGRAS DA ARGUMENTAÇÃO
Uma das características da teoria da argumentação jurídica de Alexy é a importância concedida à dogmática jurídica, ele entende como:
Série de enunciados
Normas estabelecidas e à aplicação do Direito
Estão numa relação de coerência mutua entre si
São fundados e discutidos na moldura de uma ciência jurídica
Tem conteúdo normativo
As regras da argumentação dogmática, referem-se à necessidade de fundamentar os enunciado dogmáticos práticos de tipo geral; em sentido estrito (ver se o enunciado se ajusta aos enunciados dogmáticos em enunciados práticos geral; em sentido amplo (se os enunciados dogmáticos e normas jurídicas são compatíveis entre si, segundo pontos de vista práticos de tipo geral).
As regra de argumentação dogmática refere-se também a necessidade de utilizar argumentos dogmáticos.
REGRAS SOBRE O USO DOS PRECEDENTES
Uso dos precedentes significa aplicar uma norma. A obrigação de seguir o precedente não é absoluta pq contraria as regras do discurso e quem se afasta do precedente fica com a carga da argumentação.
FORMAS DE ARGUMENTOS JURÍDICOS ESPECIAIS
Alexy inclui 3 formas de argumentos jurídicos: argumento a contrario, a analogia e a redução ao absurdo.
O uso dessas formas só é racional na medida em que elas são saturadas e que os enunciados inseridos para a saturação possam ser fundamentadas no discurso jurídico.
OS LIMITES DO DISCURSO JURÍDICO. O DIREITO COMO SISTEMA DE NORMAS (REGRAS E PRINCIPIOS) E DE PROCEDIMENTOS
O discurso jurídico tb tem seus limites pq uma solução alcançada respeitando as regras é uma solução racional, mas as regras não garantem que em cada caso chegue a uma única resposta correta, ou seja, diante de um mesmo caso, as regras do discurso jurídico faz com que os participantes cheguem a soluções diferentes, mas racional.
Mesmo que exista um discurso ideal (quando os participantes cumprem plenamente as regras), não seria possível assegurar que o discurso pratico busque sempre um consenso (uma única resposta).
Alexy entende que a diferença entre regras e princípios não é uma diferença de grau e sim de tipo qualitativo ou conceitual. As regras são normas que exigem um cumprimento pleno e podem ser cumpridas e descumpridas. Se uma regra é válida, tem que ser feito o que ela ordena. Os princípios são mandados de otimização e podem ser cumpridos em diversos graus, por isso a forma de aplicação é a ponderação.
Não existe hierarquia entre os princípios pq permite que a sua aplicação seja ponderada para que as decisões jurídicas sejam tomadas.
Quando existe uma colisão entre princípios para solucionar um caso concreto, um principio vai prevalecer sobre o outro e com isso, vai formar uma regra que poderá ser utilizada em outros casos parecidos.
Quanto mais alto for o grau de descumprimento por um principio, maior será a importância do cumprimento do outro.
Esse modelo de Direito em 3 níveis (regras, princípios e procedimentos) não permite alcançar sempre uma única resposta para cada caso, mas é o que produz maior grau de racionalidade.
Mesmo não existindo uma única resposta correta, o discurso dos participantes tem que ter sentido pleno e elevar a pretensão de que sua resposta é a única correta.

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