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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE EDUCAÇÃO Departamento de Metodologia da Educação Ensino de Português – Hermes, Izabela e Rafaella – 2024/2 ORALIDADE E ENSINO 1. Classifique em verdadeira ou falsa as afirmações seguintes: ( ) Diferentemente da escrita, na oralidade é permitido cometer desvios gramaticais normativos. ( ) A escrita é modelo para a oralidade. ( ) O gênero textual não influencia a oralidade ou a escrita. ( ) Língua e oralidade são modalidades linguísticas autônomas. ( ) O ensino deve focar a aprendizagem da escrita, por ser uma tecnologia. ( ) O ensino não precisa se preocupar com a oralidade, visto que ela é aprendida espontaneamente. ➔ Toda produção textual terá, no mínimo, três etapas: planejamento, produção e avaliação. 1. Planejamento: - Querer-dizer: o que, como e para que e quem; - Contextualização: conhecimento da situação comunicativa, conhecimento do gênero a ser empregado; - Conteúdo temático: estudo sobre o assunto, coleta de informações; - Planificação: organização do texto em partes, distribuição das informações; 2. Produção textual: - textualização – construção do texto, conforme o planejado; 3. Avaliação: revisão, releitura, reelaboração do textual, conforme o planejado. 2. Analise as propostas de atividades para o ensino do 1. Gênero Debate (Guimarães, Todescatto & Apoema, 2016) e da 2. Entrevista (s/a, 2023), e preencha, para cada um deles, a seguinte tabela: AS ATIVIDADES PROPOSTAS… Insatisfato- riamente Parcial- mente Satisfato- riamente 1. Promovem a reflexão sobre as características do gênero oral? 2. Ajudam a identificar o uso social do gênero oral? 3. Incentivam a reflexão sobre como a língua é usada no gênero textual? 4. Incentivam a participação discente em interações orais na sala de aula? 5. Apresentam estratégias para a compreensão do respeito aos turnos de fala, conforme o gênero textual? 6. Ensinam a relação e a distinção sobre o uso da escrita e da oralidade, conforme os gêneros textuais? 7. Promovem a compreensão discente sobre as etapas de produção de textos orais? UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE EDUCAÇÃO Departamento de Metodologia da Educação 3. Leia o seguinte caso: A professora Xerolaine trabalhou com seus alunos do 3 ano a adivinha. Após eles terem estudado sobre o gênero, ela solicitou que os grupos produzissem e escolhessem uma das produções para apresentar a sala: “[Pedro falando] O que é, o que é que? Tem pernas mas não pode andar? [Sem dar tempo para os ouvintes, responde] a cadeira. [Outro aluno] Mas não pode ser a mesa? [Pedro] Não sei. “[Lucas falando] O que é que o abacaxi tem? Coroa mas não é rei e escama, mas não é peixe. [Os alunos] Isso não é advinha. Tinha de ser o que é, o que é! “[Marcolina falando] O que é, o que é que o ovo tem no meio? [Depois de os alunos responderem várias coisas] Não. A letra ‘v’. [Um aluno comentando] Mas então tá errado. Não é ovo. É a palavra ovo. Tá errado sua adivinha.” ➔ Analisando os textos produzidos: - Comente se os textos estão adequados às situações comunicativas? - Destaque que aspectos textuais (tanto do gênero, quanto do próprio texto) precisam ser aprimorados pelos estudantes; - Pondere sobre como as etapas de produção textual poderiam ajudar os estudantes a reelaborarem seus textos. Escrita e oralidade/fala são modalidades linguísticas. Contudo, elas não ocorrem de forma abstrata, mas de forma concreta, sempre dentro de práticas de letramento. São as práticas de letramento que estabelecem os gêneros textuais a serem empregados. Logo, os gêneros é que vão orientar a construção textual, mais ou menos, próxima dos polos da oralidade/fala ou da escrita. Portanto, devem ser ensinadas a partir de textos. 8. Conscientizam os discentes de que textos orais não são produções espontâneas? 9. Propiciam o reconhecimento e a valorização da diversidade linguística? Joice Eloi Guimarães Cleusa Todescatto Keu Apoema Práticas de oralidade: propostas para as salas de aula de Timor-Leste Práticas de oralidade: Práticas de oralidade: propostas para as salas de aula de Timor-Leste Livro produzido por meio da parceria entre o Programa de Qualificação Docente e Ensino de Língua Portuguesa no Timor-Leste (PQLP/ CAPES) e o Departamento de Formação de Professores do Ensino Básico da Faculdade de Educação, Artes e Humanidades da Universidade Nacional Timor Lorosa’e (FEAH/UNTL). Autoria: Joice Eloi Guimarães, Cleusa Todescatto e Keu Apoema Colaboração: Lourenço Marques da Silva Arte & diagramação: Keu Apoema ISBN: 978-85-69957-06-5 Programa de Qualificação Docente e Ensino de Língua Portuguesa no Timor-Leste Página: http://www.pqlp.pro.br Edição: Casa Apoema E-mail: casa@apoema.art.br Página: http://www.apoema.art.br Dili, abril de 2016 Práticas de oralidade: Práticas de Oralidade na Escola Quando temos problemas na minha comunidade as formas mais importantes de resolver é por diálogo para tomar as decisões perante a lei através do chefe do bairro, chefe de aldeia para resolver esses problemas. Isabel Soares * * * Quando acontecem problemas na comunidade eu sempre tomo a benção e converso com a comunidade para resolver esse problema. Inácio da Silva Debate é um gênero discursivo que proporciona aos sujeitos a exposição dos seus argumentos, suas ideias, confrontando opiniões com o intuito de convencer e desenvolver a criticidade, a autoafirmação e a argumentação de forma espontânea. Em um debate, o compartilhamento de pensamentos amplia o conhecimento de todos/as os/as participantes, por isso é um gênero muito importante para ser trabalhado em sala de aula. Etapa 1: Introdução ao gênero Professor/a, nessa primeira etapa você irá apresentar aos/às alunos/as a importância da participação em decisões coletivas que os/as afetam. Lembre-os/as que para isso é preciso que eles/ elas saibam se posicionar oralmente em diferentes situações e organizem as ideias para defenderem seu ponto de vista. O tema para essa etapa será o convívio social e os diversos conflitos, de diferentes graus de intensidade, que vivem na escola. Gênero debate 59 Práticas de Oralidade na Escola Práticas de Oralidade na Escola vObjetivos: • Promover a prática da oralidade em sala de aula; • Permitir que os/as alunos/as conheçam as principais características do gênero debate; • Conhecer os problemas relacionados ao ambiente escolar; • Fazer com que os/as alunos/as posicionem- se em relação aos temas escolhidos; • Ressaltar o papel da argumentação perante diferentes ideias. Atividades propostas: 1. Os problemas presentes na escola Inicie a conversa perguntando para os/as alunos/ as sobre problemas que observam na escola. Para incentivar e ajudar a perceber tais problemas, você pode fazer uso de perguntas como: o que preocupa vocês na escola? Vocês acham que o espaço para as atividades ao ar livre na escola é bom? O barulho que vem de fora da escola atrapalha sua concentração nas aulas? Escreva no quadro os temas que mais foram citados. Discuta-os e estimule seus/suas alunos/as a falarem sobre como tais problemas os/as afetam na vida escolar. Estimule-os/as a narrar situações que presenciaram ou ouviram de outras pessoas, sem, claro, citar nomes ou expor ninguém. Esse tipo de partilha a partir da experiência e dos relatos pessoais pode ser muito rica. 2. Jogo do sim e não O Jogo do Sim e do Não tem como objetivo incentivar os/as estudantes a se posicionarem perante os temas expostos. Faça uma linha no chão (pode ser feita com uma corda, uma fita, etc.) e explique aos/ às alunos/as que você irá colocar diferentes questões e, a cada vez, eles/elas, um a um, devem dizer se concordam ou não e explicar o porquê. Os/as que concordam devem ficar de um lado da linha, e os/as que não concordamdo outro. Depois que emitirem suas opiniões e ouvirem uns aos outros, dê a possibilidade de que mudem de posição. Lembre-se, ficar em cima da linha, ou seja, não concordar nem discordar também é uma posição, apenas precisa ser argumentada. Ao final do jogo converse com sua turma a respeito das falas utilizadas para se posicionar de um ATENÇÃO Para elaborar essas questões é importante que você utilize seu conhecimento em relação à escola em que atua. Em relação às perguntas cujas respostas podem ser SIM ou NÃO, pergunte aos/às alunos/as o porquê de sua resposta, assim eles/elas poderão ter mais chances de desenvolver uma opinião. ATENÇÃO É importante que eles/elas entendam que respostas como porque eu acho, ou não sei, não são bons argumentos. Eles/elas devem explicar o motivo pelo qual escolheram um ou outro lado da linha. 60 61 Práticas de Oralidade na Escola Práticas de Oralidade na Escola ou outro lado da linha (ou mesmo em cima da linha). Explique que o que cada um/a fez foi argumentar defendendo o seu ponto de vista. Você pode aproveitar esse momento para falar também sobre o valor que as diferentes opiniões têm na vida em comunidade. 3. Os problemas presentes na comunidade Pergunte aos/às alunos/as sobre temas que ocorrem na comunidade em que vivem. Utilize algumas perguntas para incentivá-los/as a falar, por exemplo: que problemas a comunidade enfrenta? Como esses problemas são resolvidos? Quem toma as decisões que afetam toda a comunidade? Após essa discussão inicial, peça para que os/as estudantes realizem esse mesmo levantamento com a sua família e vizinhos/as para que na próxima etapa vocês possam conversar sobre os assuntos que eles/ elas pesquisaram. Etapa 2: Escolha dos temas para debate A segunda etapa é destinada a expandir o conhecimento acerca de problemas oriundos da vida em sociedade para além dos muros da escola. É importante nesta etapa que os/as aluno/as diferenciem, entre os assuntos abordados, aqueles que possuem opiniões contraditórias entre os membros da comunidade, ou seja, os assuntos que se configuram como questões polêmicas para os moradores. Objetivos: • Selecionar junto aos/às alunos/as problemas existentes na comunidade em que vivem; • Identificar questões polêmicas locais. Atividades propostas: 1. Escolha de uma questão polêmica Faça oralmente a recolha dos temas coletados pelos/as alunos/as. Peça para que relatem os problemas encontrados em suas comunidades e a fonte em que os coletou (familiares, vizinhos/as, etc.). À medida que os/as alunos/as apresentam os assuntos que trouxeram coloque-os no quadro, prestando atenção aos temas comuns que se aproximam e podem ser organizados de forma a não ficarem repetidos. Com as temáticas expostas e organizadas releia-as junto com seus/suas alunos/as e escolham aquelas que considerem como questões polêmicas da comunidade. Explique para eles/elas que uma questão polêmica é aquela que gera confronto entre diferentes pontos de vista sobre um mesmo tema. Ao final dessa etapa os/as alunos/as devem escolher dentre os temas colocados no quadro, duas questões polêmicas. Etapa 3: Preparação para o debate Esta etapa será dedicada a preparar os/as estu- dantes para a realização de um grande debate sobre as duas questões polêmicas escolhidas na aula anterior. ATENÇÃO As atividades orais demandam organização, pois é comum que todos/as os/as alunos/as queriam falar e falem, muitas vezes, ao mesmo tempo. Cabe a você professor/a organizá-los/ as e fazê-los/as compreender a importância também da escuta da fala do outro. 62 63 Práticas de Oralidade na Escola Práticas de Oralidade na Escola Explique a importância de relacionar as informações que recolheram ao conhecimento que eles/elas têm sobre o assunto na elaboração de argumentos para a defesa do ponto de vista que o grupo assumiu. Os/as alunos/as devem saber que essas ideias serão confron- tadas por meio de um debate e que, ao final da ativ- idade, o grupo que conseguir expressar melhor e de forma mais bem embasada seus argumentos terá con- seguido eleger uma solução para a questão polêmica. Objetivos: • Desenvolver o interesse pelo debate de ideias e pelo bom uso da palavra; • Buscar informações sobre a questão polêmica; • Preparar argumentos. Atividade proposta: 1. Construção dos argumentos Divida a turma em grupos e distribua para cada grupo uma questão polêmica. Os grupos devem entrar em um consenso para definir a questão polêmica que trabalharão (procure dividir as questões polêmicas de forma igual entre os grupos, para isso ressalte as características de cada uma, auxiliando na escolha de seus/suas alunos/as). Instrua para que eles/ elas conversem e cheguem a um posicionamento em comum no grupo: afinal, concordam ou não com a questão colocada? Ajude-os/as a organizar argumentos que defendam a opinião do grupo. Você pode motivá-los/ as com perguntas como: por que o grupo tem essa opinião? Como vocês poderiam convencer o outro grupo da opinião de vocês? Etapa 4: O debate, argumentação e contra- argumentação Chegou a hora de realizar os dois grandes debates! Nesta atividade todos/as participarão de duas maneiras: debatendo e defendendo a posição do grupo ao qual pertencem e, posteriormente, como expectadores/as e avaliadores do debate entre os outros dois grupos. Objetivos: • Realizar o debate entre os alunos; • Demonstrar a importância da argumentação oral para a resolução de conflitos. Atividades propostas: 1. Organização do debate Explique aos/às alunos/as que os diferentes grupos já têm sua opinião sobre as questões polêmicas e que, como nem todos os grupos têm a mesma opinião é preciso que as ideias sejam debatidas para que se chegue a um consenso. Retome as características do gênero debate presentes no início deste capítulo para auxiliá-lo/a nessa explicação. Divida a turma em dois grupos de acordo com as questões polêmicas. Em seguida faça uma subdivisão em cada grupo: de um lado aqueles que apresentam ideias favoráveis à questão colocada e do outro lado o grupo que representa opiniões não favoráveis à questão. 64 65 Práticas de Oralidade na Escola Práticas de Oralidade na Escola 2. Estabelecendo as normas do debate Antes de iniciar o debate estabeleça junto aos participantes algumas normas, como: tempo de fala para cada grupo, o direito à resposta, o respeito à fala da outra pessoa e as penalidades decorrentes do não cumprimento das normas estabelecidas. 3. Realização do debate Durante o debate, o seu papel será o de media- dor/a, organizando a discussão, cuidando para que todos/as possam se manifestar, passando a palavra (ou limitando-a, quando necessário), pedindo esclare- cimentos, resumindo pontos de vista e opiniões, mas, principalmente, chamando a atenção da turma para a necessidade de usar bons argumentos para funda- mentar posições. Ao final de cada debate peça para que o grupo de alunos/as que assistiu converse entre si e exponha oralmente sua opinião em relação ao que foi debatido. Etapa 5: Avaliação oral sobre os temas e o gênero Objetivos: • Avaliar as atividades desenvolvidas; • Autoavaliação dos/das alunos/as. A avaliação das atividades desenvolvidas é uma etapa muito importante. Quando trabalhamos na per- spectiva dos gêneros temos como objetivo que o/a aluno/a se aproprie do gênero estudado e consiga uti- lizá-lo em uma situação de comunicação. Atividades propostas: 1. Autoavaliação dos alunos Peça que os/as alunos/as façam um círculo e ex- plique que vocês terão uma conversa sobre as ativi- dades desenvolvidas e que eles/elas devem falar de como se sentiram defendendo suas ideias. Você pode fazer perguntas como: agora que vocês já realizaram um debate, vocês acham que é uma forma interes- sante de resolver problemas que geram diferentes opiniões, por quê? Vocês ficaram satisfeitos/as com as decisões em relação aos debates realizados? Vocês consideram o debate uma forma interessantede re- solver questões polêmicas de interesse comum? Por quê? Há momentos semelhantes na comunidade de vocês? Podem relatar? 2. Avaliação das produções Enquanto os/as alunos/as falam, sua avaliação dos debates realizados pode se basear em critérios como: o gênero debate foi compreendido enquanto maneira de discutir problemas coletivos? Para expres- sar oralmente suas opiniões acerca das atividades os/ as alunos/as utilizam argumentos em defesa do que falam? Durante a avaliação os/as alunos/as põem em prática elementos presentes nas atividades? Eles/elas respeitam e ouvem a fala do/a colega? Professor/a, esse momento é importante para você conversar com os/as estudantes retomando as características do gênero debate e avaliando junto a eles/elas, de modo geral, o desenvolvimento das ativ- idades. Para tanto, retome os acontecimentos interes- santes ao longo do desenvolvimento das etapas, de- stacando as fortalezas e as fragilidades do grupo. 66 67 Sequência Didática Ano escolar: 4° ano do Ensino Fundamental Eixo: Oralidade Gênero textual: Entrevista Objetivo de aprendizagem: Planejar e produzir textos de uso oral, em colaboração com colegas, com orientação de roteiro. Conteúdo: Produção de vlog, vídeo, áudio, jornais radiofônicos ou televisivos, entrevistas a serem veiculadas em suportes diferenciados (rádio, TV, internet) etc. Habilidades: EF35LP15 / EF04LP12 / EF04LP17 Comentários Iniciais: Para essa sequência didática, será trabalhado o gênero oral entrevista. As crianças deverão elaborar um vídeo com questões relacionadas à profissão, interagir e aprender sobre os profissionais da educação que atuam na instituição de ensino, e posteriormente socializar as respostas com a turma. Na escola, muitos são os gêneros orais formais que circulam e sequer percebemos que fazem parte de nossa prática cotidiana, tais como: o seminário, o júri simulado , a exposição oral, a entrevista e a própria aula. A vantagem em explorá-los como objeto de ensino-aprendizagem de língua materna está justamente no fato de muitos deles constituírem práticas sociais reais da escola. [...]. ( CAVALCANTE; MELO, p. 90). Primeiro momento: ● Inicie apresentando o gênero entrevista para as crianças através de vídeos de entrevistas, para que elas possam ter um primeiro contato; ● Depois, exiba vídeos curtos que abordam entrevistas com diferentes profissionais, como médicos, artistas ou professores. Inclua diferentes formatos de entrevistas, como reportagens, vlogs e podcasts, para que os alunos percebam a diversidade do gênero. Após assistir aos vídeos, instigue uma discussão com os alunos, abordando as seguintes questões: ● O que mais chamou a atenção de vocês? ● Quem eram os participantes e qual era o papel de cada um (entrevistador e entrevistado)? ● Vocês já viram entrevistas antes? ● Conseguiram perceber as emoções e reações das pessoas durante a entrevista? ● Quais tipos de perguntas foram feitas? Eram abertas ou fechadas? ● Alguma vez vocês foram entrevistados ou já fizeram perguntas a alguém de maneira formal? Após a discussão, apresente as principais características da entrevista como gênero textual: ● Estrutura básica: entrevistador e entrevistado; perguntas e respostas. ● Onde pode ser utilizada: televisão, rádio, internet, jornais, entre outros. ● Público-alvo: quem está interessado no tema abordado. ● Tipos de perguntas: perguntas fechadas (que exigem respostas curtas) e abertas (que permitem respostas mais longas e elaboradas). ● Temática: cada entrevista aborda um tema específico. ● Meios de registro: escrita, áudio, vídeo. ● Escuta ativa: é fundamental prestar atenção às respostas do entrevistado para elaborar novas perguntas ou comentários. ● Construa com os alunos um mapa mental no quadro, usando exemplos dos vídeos que assistiram, destacando essas características Para aprofundar o conhecimento sobre o gênero, peça que os alunos pesquisem diferentes tipos de entrevistas (formais e informais, entrevistas de emprego, entrevistas jornalísticas, entrevistas de pesquisa científica, entre outras). Eles também devem buscar exemplos em diferentes formatos (escrita, áudio, vídeo) e trazer suas pesquisas para compartilhar com a turma. Segundo momento: Após realizar as pesquisas sobre os diferentes tipos de entrevistas a turma será dividida para que possam compartilhar suas pesquisas. ● Organize a turma em pequenos grupos e peça que cada grupo apresente um tipo ou formato de entrevista que pesquisou. ● Durante a apresentação, incentive que outros alunos façam perguntas e comparações entre os vídeos ou textos abordados. Ao finalizar as discussões, será o momento para colocar em prática os conhecimentos sobre o gênero através de uma simulação de entrevista. ● Organize os alunos em duplas ● Peça que pensem em uma pessoa da comunidade escolar que gostariam de entrevistar, como um professor, funcionário ou colega. Um dos alunos assumirá o papel de entrevistador e o outro de entrevistado, simulando o cenário real de uma entrevista. Elabore as questões com as crianças, escreva-as no quadro e peça para que as copiem no caderno. Exemplos de questões norteadores: ● Qual seu nome? ● Qual sua idade? ● Qual a sua profissão? ● Quais tarefas você faz nessa profissão? ● A quantos anos você trabalha com isso? ● Por que você escolheu essa profissão? ● Qual o maior desafio da sua profissão? E qual a maior conquista? É importante destacar a importância dos pontos paralinguísticos que diz respeito a como falamos. Tendo isso em vista, oriente os alunos: ● Fale devagar e com clareza. ● Utilize pausas curtas após as perguntas, para que o entrevistado possa refletir sua resposta. ● Ajuste o tom da sua voz de acordo com o ambiente, mantendo sempre um tom amigável. Em relação ao extralinguístico, oriente: ● O entrevistador pode fazer perguntas de acordo com a resposta do entrevistado, incentivando o diálogo. ● A linguagem deve ser acessível de modo que o entrevistado compreenda o que está sendo perguntado. ● Perguntas abertas podem levar a respostas mais longas. Por fim, pontos cinésico: ● Manter a postura ereta e braços descruzados. ● Fazer contato visual com o entrevistado. ● Ficar atento às respostas, e demonstrar respeito às respostas do entrevistado. Cada aluno cria cinco (ou mais) perguntas que fariam a esse funcionário da comunidade escolar, levando em consideração o papel e a rotina do entrevistado. ● Após as perguntas, os alunos trocam entre si para revisar e sugerir melhorias. Durante essa troca, é importante que eles avaliem a clareza, pertinência e adequação das perguntas ao contexto da entrevista, incentivando o pensamento crítico e a colaboração, mas também é importante que mantenha a neutralidade durante a entrevista. O objetivo é que os alunos possam aprimorar suas perguntas para torná-las mais elaboradas e interessantes, mantendo sempre o respeito e a curiosidade sobre o entrevistado. Terceiro momento: Para o terceiro momento, caso a escola disponha de chromebooks para as crianças, explore esse material, apresentando-o como pode ser utilizado para registro de uma entrevista. Se a instituição não possuir o Chromebook, o registro da entrevista deve ser anotado no caderno. ● Entregue os Chromebooks para as crianças, se necessário faça duplas para que aprendam juntos como utilizar o modo de gravação da câmera. Faça o seguinte passo a passo para abrir o aplicativo “câmera” e realizar o registro: ● Abra o Chromebook em formato de tablet, ligue-o e desbloqueie; ● Na tela inicial, toque no ícone do aplicativo “câmera” ● Ao abrir, coloque o aplicativo em tela cheia, apertando no quadrado ao lado do X que aparecerá na janela que abriu; ● Para trocar de câmera, toque no ícone de círculo com duas setas ao redor, localizado no canto inferior esquerdo; ● No canto inferior, selecione a opção “vídeo”; ● Para iniciar a gravação, toque no ícone com uma bolinha vermelha, localizado à direita da tela; ● Para pausara gravação, caso precise de algum ajuste, toque no círculo abaixo daquele que inicia a gravação, e para retomar toque nele novamente; ● Para encerrar a gravação toque no círculo vermelho com um quadrado branco no meio. Em seguida, peça para que as crianças façam uma simulação de entrevista em duplas agora utilizando os chromebooks. Quarto momento: Com uma maior aproximação ao gênero, parta para o próximo momento com as crianças, aborde sobre a diversidade de profissionais que atuam no ambiente escolar, como: professores, gestores, coordenadores, secretários, bibliotecários, funcionários da limpeza, merendeiros, porteiros, inspetores, cuidadores, auxiliar de sala. Seguidamente, traga questionamentos como: ● Alguém da família ou conhecido de vocês, trabalha em uma dessas profissões? ● Vocês encontram esses profissionais diariamente, mas conhecem sobre a profissão deles? ● Vocês sabem por que é importante valorizar esses profissionais? Após ouvir as crianças, relembre-as do gênero entrevista e proponha que realizem um vídeo entrevistando um dos profissionais que atuam na instituição educacional. Disponha orientações para a gravação da entrevista, como: ● Deverá ter no máximo X minutos; ● Local da gravação, o dia e a hora; ● Se autoriza a gravação da entrevista para fins didáticos; O(a) professor(a) deverá auxiliar as crianças no momento da gravação da entrevista, e caso necessário, mediar para melhor fluidez, indicando ao aluno a ordem para realização das perguntas e o tempo entre elas. As crianças podem utilizar as perguntas elaboradas em sala de aula na entrevista. ● Oriente os alunos sobre aspectos básicos de gravação, como: verificar o enquadramento (garantir que ambos apareçam no vídeo), certificar-se de que o áudio está bom, evitar movimentos bruscos com a câmera. ● Os alunos receberão uma lista de sugestão de entrevistados da comunidade escolar, como: professores, diretores, coordenadores, merendeira, inspetor, auxiliar de serviço gerais, porteiro. ● Será disponibilizado o horário da aula para que os alunos possam gravar sob orientação do (a) professor (a). Quinto momento: Para finalizar, faça uma edição com todos os vídeos das entrevistas, e após juntar todos, exponha as entrevistas no projetor para os funcionários da escola para assistir e refletir sobre as diferentes respostas das pessoas entrevistadas. REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Educação. Base nacional comum curricular. Brasília, DF: MEC/SEB, 2018. CAVALCANTE, Marianne C. B.; MELO, Cristina T. V. Diversidade textual : os gêneros na sala de aula. Gêneros orais na escola. Cap 6. ed 1. Autêntica. Belo Horizonte. 2007. PARAÍBA. Governo da Paraíba. Secretaria de Estado da Educação e da Ciência e Tecnologia da Paraíba. Proposta curricular do Estado da Paraíba educação infantil e ensino fundamental. João Pessoa, 2020. Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1qQbrcc_3AmUaIbaDZtPR2ONtiZhqOjlL/view . Acesso em: 07 ago. 2024.