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APOSTILA DE ECONOMIA

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FAFICH – Faculdade de Filisofia e Ciências Humanas de Goiatuba.
 Curso: Direito – Período 2º - Ano 2015/02		Prof. Juarez
Disciplina: Economia Política
APOSTILA 1
Conceitos de Economia
A palavra Economia, como sabemos, é de origem grega = OIKONOMOS, de OIKO= casa e NOMOS= governo, significando governo ou administração do lar, no sentido de zelar pelos seus pertences, pelo patrimônio familiar.
XENOFONTE (Século IV A.C.), escritor da antiguidade grega e autor dos opúsculos “O ECONÔMICO” e “AS ENTRADAS”, foi o primeiro a usar o termo Economia, no sentido acima exposto, ou seja, abrangendo apenas o governo ou administração familiar.
Economia é um termo derivado do grego oikonomia e significa o conjunto de atividades de uma coletividade humana relativas à produção, distribuição e consumo dos bens. 
A economia pode ser definida assim: o estudo de como as pessoas e a sociedade decidem empregar recursos escassos, que poderiam ter utilizações alternativas, para produzir bens variados.
Coube a ANTOINE MONTECHRETIEN (1576 – 1621) a criação da locução ECONOMIA POLÍTICA, usada pelo autor pela primeira vez em 1615, em sua obra “Tratado de Economia Política”, dedicado aos Reis de França, a qual, segundo critica formulada por Rambaud, vale mais pelo título célebre do que pela obra.
 Evolução das ciências econômica 
O homem possui necessidades naturais e individuais, mas é um ser que vive em grupo, em cooperação com seu semelhante para satisfação das necessidades sociais. Para compreender como essa convivência grupal ocorre é que nasceu a economia política. Segundo essa disciplina, o objeto de estudo da economia diz respeito ao estudo dos fatos sociais em seu conjunto. Ou seja, a economia política é a ciência que estuda as relações sociais e trata das leis que regem a produção, circulação e consumo das mercadorias.
Nos primórdios da civilização, o homem trabalhava para satisfazer suas necessidades imediatas. A produção era toda voltada para o auto consumo e para o mercado local, mas a partir do século XI sucedeu um aumento das relações de troca nos mercados locais e nas feiras. No Brasil colônia, essas relações eram observadas nos engenhos e nas fazendas (milho, arroz, feijão) ou nos núcleos de imigração colonizadora européia baseada no regime de pequena propriedade. O auto consumo significava, pois, a inexistência do acúmulo de excedentes. O capitalismo, por sua vez, é uma economia de mercado que tem por objetivo o lucro. O seu desenvolvimento foi amplamente estudado por Karl Marx em sua obra: o capital.
A passagem da economia de subsistência para a economia de mercado foi possível devido a vários fatores: desenvolvimento da agricultura; maior distribuição de tarefas; desenvolvimento de instrumentos e técnicas que tornaram o trabalho mais produtivo. O aperfeiçoamento dos fatores produtivos permitiu, pois, o aumento da produção. Ao produzirem além de suas necessidades imediatas, o homem passou a trocar excedentes entre si, deixando de ser apenas um animal social para ser um animal econômico.
	
Portanto, a atividade econômica e o estudo da economia surgiram devido a existência de três fatores: o aparecimento do excedente econômico, a produção para troca, a divisão do trabalho e o uso de instrumentos mais produtivos. Desta forma, a economia averigua e indaga sobre as condições e causas do estado da riqueza da sociedade e dos indivíduos. Ela indaga como os meios e os modos para aumentar o potencial da riqueza e da sociedade ocorrem. De acordo com os neoclássicos, o objetivo final da atividade humana é satisfazer as necessidades humanas, para a economia marxista é a produção de mercadorias.
A economia é considerada uma ciência social porque a ciência social estuda a organização e o funcionamento das sociedades assim, pode-se dizer que a Ciências Econômicas ocupa-se do comportamento humano, e estuda como as pessoas e as organizações na sociedade se empenham na produção, troca e consumo dos bens e serviços
  Problemas econômicos básicos
A economia estuda a relação que os homens têm entre si na produção dos bens e serviços necessários à satisfação dos desejos e aspirações da sociedade.
Ocorre que as necessidades humanas são infinitas e ilimitadas. Isto porque, o ser humano pela sua própria natureza, nunca está satisfeito com que possui e sempre deseja mais coisas.
Por outro lado, os recursos produtivos que a sociedade conta para efetuar a fabricação de bens e serviços, têm caráter finito ou limitados.
Há, portanto, uma contradição, os desejos e necessidade da sociedade são ilimitados e os recursos para efetivar-se a produção dos bens e serviços que devem atendê-los são limitados.
Isso nos leva a seguinte proposição:
Por mais rica que a sociedade seja, os fatores de produção serão sempre escassos para efetivar a fabricação de todos os bens e serviços que essa mesma sociedade deseja. Ela terá que efetuar escolhas sobre quais os bens e serviços deverão ser produzidos, da mesma forma que os homens, contanto com os salários de determinado valor, não pode naturalmente consumir todos os bens e serviços que deseja, devendo escolher entre eles quais poderão adquirir e que estejam ao alcance de sua renda.
Portanto, a ciência econômica é aquela que estuda a escassez ou que estuda o uso dos recursos escassos na produção de bens alternativos.
  Divisão usual da economia
Microeconomia – preocupa-se em explicar o comportamento econômico das unidades individuais de decisão representadas pelos consumidores, pelas empresas e pelos proprietários de recursos produtivos.
Macroeconomia – estuda o comportamento da economia como um todo. Estuda o que determina e o que modifica o comportamento de variáveis agregadas tais como a produção total de bens e serviços, as taxas de inflação e de desemprego, o volume total de poupança, as despesas totais de consumo, as despesas totais de investimento, e as despesas totais de governo. 
 Sistema econômico
É a forma como a sociedade esta organizada para desenvolver as atividades econômicas de produção, circulação, distribuição e consumo de bens e serviços. 
 Fluxos econômicos numa economia de mercado
Numa versão simplificada do funcionamento de uma economia de mercado, há de se distinguir dois agentes econômicos fundamentais: as unidades produtivas ou empresas e as unidades consumidoras ou famílias. 
 ALGUNS CONCEITOS BÁSICOS 
 Necessidade Humana
Entende-se por necessidade humana a sensação da falta de alguma coisa unida ao desejo do satisfazê-la.
Além disso, não podemos nos esquecer de que as necessidades biológicas do ser humano renovam-se dia a dia, exigindo da sociedade a produção continua de bens com a finalidade de atendê-las. Paralelamente, a perspectiva de elevação do padrão de vida e a evolução tecnológica fazem com que “novas” necessidades apareçam, a que demonstra o fato do que as necessidades humanas são, realmente, ilimitadas.
Par essa razão sabemos que nem todas as necessidades humanas podem ser satisfeitas. E é esse fato que explica a existência da economia, cabendo ao economista a estudo do modo de satisfazer, tanto quanta possível, tais necessidades. 
 Bens e Serviços
De modo geral, pode-se dizer que bem é tudo aquilo que permite satisfazer uma ou várias necessidades humanas.  Os bens são classificados em:
Quanto à raridade em Bens Livres e Bens Econômicos.
Os Bens Econômicos são relativamente escassos e supõem a ocorrência de esforço humano na sua obtenção. Tais bens apresentam como característica básica o fato de terem um preço.
Quanto à natureza, os Bens Econômicos são classificados em dois grupos: Bens Materiais e Bens Imateriais ou Serviços.
Quanto ao destino, os Bens Materiais classificam-se em Bens de Consumo e Bens de Capital.
Bens de Consumo são aqueles diretamente utilizados para a satisfação das necessidades humanas. Podem ser de uso não-durável ou seja. que desaparecem uma vez utilizados (alimentos, cigarros, gasolina etc.) ou de uso duráveis que tem como característica o fato de que podem ser usados pormuito tempo (móveis, eletrodomésticos etc.).
Bens de Capital (ou Bens de Produção), por sua vez, são aqueles que permitem produzir outros bens. São exemplos de Bens de Capital as máquinas, computadores, equipamentos, instalações, edifícios etc.
Tanto os Bens de Consumo quanto os Bens de Capital são classificados como Bens Finais, uma vez que já passaram por todos processos de transformação possíveis, significando que estão acabados.
Além dos Bens Finais existem ainda os Bens Intermediários, que são aqueles que ainda precisam ser transformados para atingir sua forma definitiva. Eles são produtos utilizados no processo de produção de outros produtos, sendo, também, classificados como bens de capital. A título de exemplo podemos citar o fertilizante usado na produção de arroz, ou o aço, o vidro e a borracha usados na produção de carros.
Os bens ainda podem ser classificados ainda em Bens Privados e Bens Públicos.
Os Bens Privados são os produzidos e possuídos privadamente. Como exemplo termos os automóveis, aparelhos de televisão etc.
Os Bens Públicos referem-se ao conjunto de bens gerais fornecidos pelo setor público: educação, justiça, segurança, transporte, etc. 
  
 Recursos Produtivos
Os Recursos Produtivos (também denominados fatores de produção) são elementos utilizados no processo de fabricação dos mais variados tipos de mercadorias as quais, por sua vez, serão utilizadas para satisfazer necessidades.
Classificação dos Recursos Produtivos
Os Recursos Produtivos podem ser classificados em quatro grandes grupos: Terra, Trabalho, Capital e Capacidade Empresarial. 
 Terra (ou Recursos Naturais)
E o nome dado pelos economistas para designar os recursos naturais existentes, ou dádivas da natureza, tais como florestas, recursos minerais, recursos hídricos etc. Compreende não só o solo utilizado para fins agrícolas, mas também o solo utilizado na construção de estradas, casas etc. 
 Trabalho
É o nome dado a todo esforço humano, físico ou mental, despendido na produção de bens e serviços. 
 Capital (ou Bens de Capital)
Pode ser definido como o conjunto de bens fabricados pelo homem e que não se destinam à satisfação das necessidades através do consumo, mas que são utilizados no processo de produção de outros bens. O capital inclui todos os edifícios, todos os tipos de equipamentos e todos os estoques de materiais dos produtores, incluindo bens parcial ou completamente acabados, e que podem ser utilizados na produção de bens. 
 Capacidade Empresarial (Tecnologia)
Alguns economistas consideram a “Capacidade Empresarial” como sendo também um fator de produção. Isto porque o empresário exerce funções fundamentais para o processo produtivo. 
 Agentes Econômicos
Agentes econômicos são pessoas de natureza física ou jurídica que, através de suas ações, contribuem para o funcionamento do sistema econômico. São eles:
· as Famílias (ou unidades familiares);
· as Empresas (ou unidades produtivas) e
· Governo. 
 Famílias
As Famílias incluem todos os indivíduos e unidades familiares da economia o que, no papel de consumidores, adquirem os mais diversos tipos de bens e serviços objetivando o atendimento do suas necessidades do consumo. Por outro lado, as famílias, na qualidade do “proprietárias” dos recursos produtivos, fornecem às empresas os diversos fatores de produção: Trabalho, Terra, Capital, a Capacidade Empresarial. 
 Empresas
As Empresas são unidades encarregadas de produzir e/ou comercializar bens e serviços. A produção é realizada através da combinação dos fatores produtivos adquiridos juntos às famílias. 
 Governo
Governo, por sua vez, inclui todas as organizações que, direta ou indiretamente, estão sob o controle do Estado, nas suas esferas federais, estaduais e municipais. Muitas vezes o governo intervém no sistema econômico atuando como empresário e produzindo bens e serviços através de suas empresas estatais. 
 Mercado
Entendemos por mercado um local ou contexto em que compradores (o lado da procura) e vendedores (o lado da oferta) de bens, serviços ou recursos estabelecem contato e realizam transações..
Para fins de análise econômica o conceito de mercado não implica, necessariamente, na existência de um lugar geográfico em que as transações se realizem. 
 OBJETO DA ECONOMIA POLÍTICA
O objeto da Economia Política é o conjunto de bens materiais, úteis, permutáveis, ou seja, as riquezas. Ainda mais: o estudo das relações humanas, chamadas econômicas, com o fim de produzir um bem para a satisfação de uma necessidade correspondente.
“Poderá surgir	no espírito do leitor, ainda não familiarizado no trato dos estudos econômicos, uma pergunta, aliás lógica e sagaz: O objeto da Economia não é também objeto de outras ciências”? Não, porque todas as ciências podem estudar um mesmo objeto sob múltiplos aspectos. Exemplificamos: a madeira, por exemplo, que constitui uma cadeira, considerada em sua forma molecular, é objeto da Física. Porém, encarada sob o ponto de vista comercial, ela é objeto da Economia, considerada a cadeira como uma riqueza produzida com o fim de atender a uma necessidade.
Modernamente define-se a Psicologia como a Ciência que estuda as relações humanas no que tange ás tendências, impulsos, ações e reações das pessoas. As relações humanas são muitas: morais, estudadas pela MORAL; sociais, estudadas pela SOCIOLOGIA; jurídicas, estudadas pelo DIREITO; religiosas, estudadas pela RELIGIÃO; psíquicas, estudadas pela PSICOLOGIA; econômicas, estudadas pela ECONOMIA.
Conclui-se, pois, que apenas as relações econômicas, entre as relações humanas mencionadas e outras, são levadas em conta e são objeto do estudo da ECONOMIA.
A História do Pensamento Econômico
A História do Pensamento Econômico é um estudo da herança deixada pelos que escreveram sobre assuntos econômicos no transcurso de muitos anos.
Especulação do homem quanto ao seu meio: desde os tempos antigos.
 Desenvolvimento da Análise Econômica: de origem relativamente recente (a partir do século XVIII).
Antes da Renascença (séculos XV e XVI): era quase impossível a emergência da Economia como campo específico de estudo, pois tudo era contra: a dominação do Estado e da Igreja, a força dos costumes e as crenças religiosas e filosóficas, a natureza e a amplitude limitada da atividade econômica.
 No entanto, a atividade econômica para a satisfação de necessidades ocorreu em todas as épocas da história humana.
O Mercantilismo
Conseqüência da ampliação de horizontes econômicos propiciada pelos descobrimentos marítimos do século XVI, o mercantilismo, apesar de apresentar variantes de país para país, esteve sempre associado ao projeto de um estado monárquico poderoso, capaz de se impor entre as nações européias. 
Mercantilismo é a teoria e prática econômica que defendiam, do século XVI a meados do XVII, o fortalecimento do estado por meio da posse de metais preciosos, do controle governamental da economia e da expansão comercial. Os principais promotores do mercantilismo, como Thomas Mun na Grã-Bretanha, Jean-Baptiste Colbert na França e Antonio Serra na Itália, nunca empregaram esse termo. Sua divulgação coube ao maior crítico do sistema, o escocês Adam Smith, em The Wealth of Nations (1776; A riqueza das nações). 
Para a consecução dos objetivos mercantilistas, todos os outros interesses deviam ser relegados a segundo plano: a economia local tinha que se transformar em nacional e o lucro individual desaparecer quando assim conviesse ao fortalecimento do poder nacional. A teoria foi exposta de maneira dispersa em numerosos folhetos, meio de comunicação então preferido pelos preconizadores de uma doutrina. 
Programa da política mercantilista. Alcançar a abundância de moeda era, efetivamente, um dos objetivos básicos dos mercantilistas, já que, segundo estes, a força do estado dependia de suas reservas monetárias. Se uma nação não dispunha de minas, tinha de buscar o ouro necessário em suas colônias ou, caso não as tivesse, adquiri-lo por meio do comércio, o que exigia um saldo favorávelda balança comercial -- ou seja, que o valor das exportações fosse superior ao das importações. 
Para obter uma produção suficiente, deviam ser utilizados hábil e eficazmente todos os recursos produtivos do país, em especial o fator trabalho. Toda nação forte precisava possuir uma grande população que fornecesse trabalhadores e soldados, e ao mesmo tempo o mercado correspondente. As possessões coloniais deveriam fornecer metais preciosos e matérias-primas para alimentar a manufatura nacional, ao mesmo tempo em que constituíssem mercados consumidores dos produtos manufaturados da metrópole. Proibiam-se as atividades manufatureiras nas colônias, e o comércio, em regime de monopólio, era reservado à metrópole. 
Fisiocracia
A concepção natural de excedente
Conforme esta tradição apenas efetua trocas o homem que dispõe de produtos “supérfluos” (excesso sobre a subsistência), por meio dos quais virá a obter o que melhor lhe convier.
Produção de subsistência significa pobreza homogênea;  todos têm apenas o suficiente
O excesso de produção agrícola sobre as necessidades imediatas é que permitirá o desenvolvimento do comércio,  a existência de artesãos e a organização governamental.
É sempre excesso de bens em relação à subsistência, que assume a forma derivada de rendimento e (indiretamente) de tributos.
Toda população viveria, em última análise, de produto agrícola apropriando-se dele em proporção variada, conforme sua posição na produção e nas relações de propriedade.
Os proprietários e  o soberano apropriar-se-iam de rendas fundiárias ou de renda fiscal;
Os empresários viveriam do que Cantillon denominou “rendas incertas”;
Os assalariados, de “renda certa”, estabelecida pelo custo de subsistência, ou por algo aproximado a preço de oferta da força de trabalho (abarcando o custo de reprodução da mão-de-obra e outros fatores).
Para Quesnay, excedente é sempre excesso de produção sobre os custos diretos e indiretos de subsistência. Se subsistência é consumo de produtos agrícolas, o excedente é excesso de produção agrícola sobre insumos e subsistência.
Finalmente, a teoria agrícola do excedente assenta-se na suposição de que apenas o trabalho agrícola é produtivo, no sentido de ser capaz de gerar excedente sobre os custos.
Economia Clássica - Parte I
Adam Smith
A Teoria De Valor De Adam Smith 
A teoria do valor-trabalho é o reconhecimento de que em todas as sociedades, o processo de produção pode ser reduzido a uma série de esforços humanos. Geralmente os seres humanos não conseguem sobreviver sem se esforças para transformar o ambiente natural 
de uma forma que lhes seja mais conveniente. O ponto de partida da teoria de 
Smith foi enfatizado da seguinte maneira: O trabalho era o primeiro preço, o 
dinheiro da compra inicial que era pago por todas as coisas. Assim, Smith 
afirmou que o pré-requisito para qualquer mercadoria ter valor era que ela 
fosse produto do trabalho humano.Smith conclui que o valor do produto era a 
soma de três componentes: o salário, os lucros e os aluguéis. Como os lucros e 
os aluguéis tem que ser somado aos salários para a determinação dos preços,
onde a teoria dos preços de Smith foi chamada de teoria da soma. Uma mera soma 
dos três componentes básicos para o preço.Smith estabeleceu distinção 
entre preço de mercado e preço natural. O preço de mercado era o verdadeiro 
preço da mercadoria e era determinado pelas forças da oferta e da procura. O 
preço natural era o preço ao qual a receita da venda fosse apenas suficiente 
para dar lucro, era o preço de equilíbrio determinado pelos custos de produção,
mas estabelecido no mercado pelas forças da oferta e da procura. Havia uma 
relação entre esses dois preços que era: o preço natural era o preço de 
equilíbrio determinado pelos custos de produção, mas estabelecido no mercado 
pelas forças da oferta e da procura. Havia dois grandes pontos fracos na teoria
dos preços de Smith:Primeiramente os três componentes dos preços salários, 
lucros e aluguéis eram eles próprios preços ou derivavam de preços, uma teoria 
que explica os preços com base em outros preços não pode explicar os preços em 
geral. Smith afirmava que o valor de uso e o valor de troca não estavam 
sistematicamente relacionados. O segundo grande ponto fraco da teoria dos 
preços baseados no custo de produção de Smith era que a teoria levava a 
conclusões sobre o nível geral de todos os preços, ou em outras palavras, sobre 
o poder aquisitivo da moeda, e não aos valores relativos de diferentes 
mercadorias. A melhor medida do valor em sua opinião era quantidade de 
trabalho que qualquer mercadoria poderia oferecer numa troca. Dado o papel 
fundamental do Trabalho no processo de formação de riqueza, Adam Smith defende 
que o valor de troca deveria ser igual ao salário, mas o que acaba por 
verificar é que o valor de troca é diferente do preço.Como é que isto podia 
acontecer?? Dado que o Trabalho criava a riqueza, e consequentemente o preço do 
bem, não deveria ser o Preço apenas o valor do trabalho Contido?? Não. Pois o 
Preço de um bem para além de conter o Salário, contem também o lucro do capital 
e a Renda Preço= Salário+Rendas+lucro do Capital Adam Smith faz uma distinção 
fundamental entre o Preço Natural e o Preço de Mercado, a saber:· Preço Natural 
: Reflete o conteúdo em termos de remunerações, sem influência da Procura· 
Preço de Mercado : Surge do confronto entre a Procura e a Oferta de Curto 
Prazo. O Preço natural acaba por ser um preço referência
Apesar de ser considerada a primeira grande obra de economia política, na verdade o livro "Riqueza das Nações" é a continuação do primeiro, "A Teoria dos Sentimentos Morais". A questão abordada no "Riqueza" é da luta entre as paixões e o "espectador imparcial", ao longo da evolução da sociedade humana.
Adam Smith adotava uma atitude liberal, apóia o não intervencionismo, pois ele acredita que o Intervencionismo prejudica mais.
A desigualdade é vista como um incentivo ao trabalho e ao enriquecimento (logicamente os pobres querem ficar ricos e atingir o nível das classes ricas e mais beneficiadas), sendo uma condição fundamental para que as pessoas se mexam e tentem atingir níveis melhores de vida.
O problema desta análise, é que apesar de ser feita à luz da ética, indica o não intervencionismo.
Como resolver este problema da justiça social e da equidade. Adam Smith aponta um caminho – o Progresso Econômico.
Progresso Econômico
A Análise de Smith do mercado como um mecanismo alto-regulador era impressionante. Assim, sob o ímpeto do apelo aquisitivo (em si mesmo inespecífico, aberto), o fluxo anual da riqueza nacional podia ser vista crescer continuamente. A riqueza das nações cresceria somente se os homens, através de seus governos, não inibissem este crescimento concedendo privilégios especiais que iriam impedir o sistema competitivo de exercer seus efeitos benéficos. Conseqüentemente, muito do "Riqueza das Nações", especialmente o Livro IV, é uma polêmica contra as medidas restritivas do "sistema mercantil" que favorecem monopólios no país e no exterior.
A grande contribuição de Adam Smith para o Pensamento Econômico é exatamente a chamada "Teoria da Mão Invisível".
Para este autor todos aplicam o seu capital para que ele renda o mais possível. A pessoa ao fazer isto não tem em conta o interesse geral da comunidade, mas sim o seu próprio interesse – neste sentido é egoísta. O que Adam Smith defende é que ao promover o interesse pessoal, a indivíduo acaba por ajudar na prossecução do Interesse Geral e coletivo. Dizia ele, que não pela benevolência do padeiro ou do açougueiro que nós temos o nosso jantar, mas é pelo egoísmo deles, pois os homens agindo segundo seu próprio interesse é que todos se ajudam mutuamente.
Neste caminho ele é conduzido e guiado por uma espécie de Mão Invisível. Adam Smith acredita então que ao conduzir e perseguir os seus interesses, o homem acabopor beneficiar a sociedade como um todo de uma maneira mais eficaz.
Graças à mão invisível não há necessidade de fixar o preço. Por exemplo, a Inflação é corrigida por um reequilibro entre Oferta e Procura, reequilibro esse que seria atingido e conduzido pela Mão Invisível, é pois o início da Glorificação do Mercado que Adam Smith preconiza.
O Estado
Para Adam Smith o Estado deve desempenhar 3 funções:
· Manutenção da Segurança Militar
· Administração da Justiça
· Erguer e manter certas instituições públicas.
Adam Smith acredita que a intervenção do Estado noutros domínios para além de ser inútil é também prejudicial.
O comércio implica uma liberdade de circulação. Assim podem-se adquirir mais quantidades a menores preços no Estrangeiro, essa liberdade deve ser procurada, nem que tal implique desigualdade (não esquecer que um dos fundamentos de Adam Smith é a tal desigualdade geradora do crescimento).
A melhor educação
No Artigo II do Volume II do "Riqueza" diz Smith que também as instituições para a educação podem propiciar um rendimento suficiente para cobrir seus próprios gastos. Ele não se ocupa de se é dever do Estado propiciar educação gratuita aos cidadãos. Ele apenas garante que, se esse for o caso, infalivelmente será a pior educação possível. Ele coteja o ensino particular com o público, este último exemplificado com o péssimo ensino que viu em Oxford, universidade onde os professores tinham seu salário garantido, mesmo que sequer dessem aulas. Quando o professor não é remunerado às custas do que pagam os alunos, "o interesse dele é frontalmente oposto a seu dever, tanto quanto isto é possível"... "É negligenciar totalmente seu dever ou, se estiver sujeito a alguma autoridade que não lhe permite isto, desempenhá-lo de uma forma tão descuidada e desleixada quanto essa autoridade permitir". Nesta situação, mesmo um professor consciencioso do seu dever, irá, segundo Smith, acomodar seu projeto de ensino e pesquisa a suas conveniências, e não de acordo com parâmetros reais de interesse de seus alunos
Economia Clássica - Parte II
David Ricardo
David Ricardo nasceu em Londres, em 18 ou 19 de abril de 1772. Terceiro filho de um judeu holandês que fez fortuna na bolsa de valores, entrou aos 14 anos para o negócio do pai, para o qual demonstrou grande aptidão. Aos 21 anos rompeu com a família, converteu-se ao protestantismo unitarista e se casou com uma quacre. Prosseguiu suas atividades na bolsa e em poucos anos ficou rico o bastante para se dedicar à literatura e à ciência, especialmente matemática, química e geologia.
A leitura das obras do compatriota Adam Smith, principal teórico da escola clássica com The Wealth of Nations (1776; A riqueza das nações), levou-o a interessar-se por economia. Seu primeiro trabalho, The High Price of Bullion, a Proof of the Depreciation of Bank Notes (1810; O alto preço do lingote de ouro, uma prova da depreciação das notas de banco), mostrou que a inflação que então ocorria se devia à política do Banco da Inglaterra, de não restringir a emissão de moeda. Um comitê indicado pela Câmara dos Comuns concordou com os pontos de vista de Ricardo, o que lhe deu grande prestígio.
Ricardo fazia distinção entre a noção de valor e a noção de riqueza.
O Valor era considerado como a quantidade de trabalho necessária à produção do bem, contudo não dependia da abundância, mas sim do maior ou menor grau de dificuldade na sua produção.
Já a riqueza era entendida como os bens que as pessoas possuem, bens que eram necessários, úteis e agradáveis.
TEORIA DO VALOR/TRABALHO
Para David Ricardo, o valor da troca das mercadorias era determinado pela quantidade de trabalho necessário à sua produção, não dependia da abundância, mas sim do maior ou menor grau de dificuldade na sua produção, ficando assim, conhecida por TEORIA DO VALOR DO TRABALHO INCORPORADO. Os preços das mercadorias são proporcionais ao trabalho nelas incorporado. David Ricardo considerava como fontes do valor de troca, a falta e quantidade de trabalho. Para ele a economia deveria preocupar-se com as mercadorias reprodutíveis, pois se não produzir mais tende a acabar. Ricardo fazia distinção entre a noção de valor e a noção de riqueza. O valor era considerado como a quantidade de trabalho necessária à produção do bem, contudo, não dependia da abundancia, mas, mas sim do maior ou menor grau de dificuldade na sua produção. Já a riqueza era entendida como os bens que as pessoas possuem bens que eram necessários, úteis e agradáveis. Ricardo definia o valor da moeda como a quantidade de trabalho necessária a produção do mesmo. A teoria do valor de David Ricardo é valida para bens reproduzíveis (por exemplo: um objeto de arte tem valor pela sua escassez e não pela quantidade de trabalho que nele esta inerente). Tal como Adam Smith, Ricardo admitia que a qualidade do trabalho contribuía para o valor de um bem.
TEORIA DO VALOR/TRABALHO de Thomas Robert Malthus sobre a população: 
 Thomas Robert Malthus (1776- 1834) desenvolveu suas reflexões numa época de grandes transformações econômicas e sociais. Basta dizer que ele foi contemporâneo, como Ricardo, dos desdobramentos da revolução industrial inglesa. Naquele contexto, a jornada de trabalho das crianças inglesas durava de 14 a 18 horas com direito a parcos vinte minutos para a refeição. Os protestos e motins se alastraram por toda a primeira metade do século XIX. Naquele contexto, Malthus reservou para si a tarefa de refletir sobre como melhorar a sociedade e assim colocou no centro de suas preocupações a questão da reprodução da população e da possibilidade de crise de superprodução na sociedade contemporânea, tornando-se assim referência clássica obrigatória nos estudos de população e da dinâmica do capitalista até os dias que correm. Um pressuposto importante da elaboração malthusiana sobre a população é que a população tinha sempre que ser mantida ao nível dos meios de subsistência. Segundo o autor em análise, o melhoramento da sociedade dependia do equilíbrio entre a população e os meios de subsistência e desse modo tornava-se primordial compreender quais os fatores que possibilitariam tal equilíbrio.
Teoria Marxista 
Partindo da teoria do valor, exposta por David Ricardo, Karl Marx, seu principal propugnador, postulou que o valor de um bem é determinado pela quantidade de trabalho socialmente necessário para sua produção. Segundo Marx, o lucro não se realiza por meio da troca de mercadorias, que se trocam geralmente por seu valor, mas sim em sua produção. Os trabalhadores não recebem o valor correspondente a seu trabalho, mas só o necessário para sua sobrevivência. Nascia assim o conceito da mais-valia, diferença entre o valor incorporado a um bem e a remuneração do trabalho que foi necessário para sua produção. Não é essa, porém, para Marx, a característica essencial do sistema capitalista, mas precisamente a apropriação privada dessa mais-valia. A partir dessas considerações, Marx elaborou sua crítica do capitalismo numa obra que transcendeu os limites da pura economia e se converteu numa reflexão geral sobre o homem, a sociedade e a história.
A Teoria do Valor de Marx
Marx alterou alguns fundamentos da Economia Clássica, estabelecendo uma distinção entre valor de uso e valor de troca:
Valor de Uso: Representa a utilidade que o bem proporciona à pessoa que o possui
Valor de Troca: Este exige um valor de uso, mas não depende dele.
Tal como Ricardo, Marx acredita que o Valor de Troca depende da quantidade de trabalho despendida, contudo, a quantidade de trabalho que entre no valor de toca é a quantidade socialmente necessária (Quantidade que o Trabalhador Gasta em média na Sociedade, e que obviamente, varia de Sociedade para Sociedade).
Como facilmente pressupões, Marx defendia a teoria da exploração do trabalhador.
Marx dizia que só o trabalho dava valor às mercadorias, a tal Mais Valia, que referi no trabalho sobre Karl Marx.
Equipamentos, não davam valor, apenas transmitiam uma parte do seu valor às mercadorias,não contribuindo, portanto para a formação de valor.
Pelo contrário, o Homem através do seu trabalho fazia com que as matérias primas e os equipamentos transmitissem o seu valor ao bem final, e ainda por cima criava valor acrescentado (Por exemplo, no Capital Marx falava do exemplo das fiandeiras, que pegavam no algodão e o transformavam, por exemplo, em camisolas, criado um valor acrescentado que só mesmo o Trabalho Humano pode dar).
Para Marx existe uma apropriação do fruto do Trabalho, que contudo não pode ser considerado um roubo pelo Capitalista, porque ao fim ao cabo, o Trabalhador está a ser pago para fazer aquele trabalho.
O Valor é formado tendo em conta o seu custo em termos de trabalho, desse valor o Capitalista apropria-se da Mais Valia através da utilização do seu Capital.
Toda esta teoria da repartição do Rendimento leva-nos para um conceito fundamental em Marx que é precisamente o da Mais Valia.
Mais Valia
Portanto Marx afirmava que a força de trabalho era transformada em mercadoria, o valor de força de trabalho corresponde ao Socialmente necessário.
Tudo estaria bem, contudo o valor deste Socialmente Necessário é um problema.
Na realidade o que o trabalhador recebe é o salário de Subsistência, que é o mínimo que assegura a manutenção e reprodução do trabalho.
Mas apesar de receber um salário, o trabalhador acaba por criar um valor acrescentado durante o processo de produção, ou seja, fornece mais do que aquilo que custo, é esta diferença que Marx chama de Mais Valia.
A Mais Valia não pode ser considerado um roubo, pois é apenas fruto da propriedade privada dos meios de produção.
Mas, os Capitalistas e os proprietários, procuram aumentar os seus rendimentos diminuindo o rendimento dos trabalhadores, é, pois esta situação de exploração da Força de Trabalho pelo Capital que Marx mais critica.
Marx critica a essência do Capitalismo, que reside precisamente na exploração da força de trabalho pelo Produtor Capitalista, e que segundo Marx, um dia haverá de levar à revolução social.
Teoria Keynesiana
Conjunto de idéias que propunham a intervenção estatal na vida econômica com o objetivo de conduzir a um regime de pleno emprego. As teorias de John Maynard Keynes tiveram enorme influência na renovação das teorias clássicas e na reformulação da política de livre mercado. Acreditava que a economia seguiria o caminho do pleno emprego, sendo o desemprego uma situação temporária que desapareceria graças às forças do mercado.
O objetivo do keynesianismo era manter o crescimento da demanda em paridade com o aumento da capacidade produtiva da economia, de forma suficiente para garantir o pleno emprego, mas sem excesso, pois isto provocaria um aumento da inflação. Na década de 1970 o keynesianismo sofreu severas críticas por parte de uma nova doutrina econômica: o monetarismo. Em quase todos os países industrializados o pleno emprego e o nível de vida crescente alcançados nos 25 anos posteriores à II Guerra Mundial foram seguidos pela inflação. Os keynesianos admitiram que seria difícil conciliar o pleno emprego e o controle da inflação, considerando, sobretudo, as negociações dos sindicatos com os empresários por aumentos salariais. Por esta razão, foram tomadas medidas que evitassem o crescimento dos salários e preços, mas a partir da década de 1960 os índices de inflação foram aceleráramos de forma alarmante.
A partir do final da década de 1970, os economistas têm adotado argumentos monetaristas em detrimento daqueles propostos pela doutrina keynesiana; mas as recessões, em escala mundial, das décadas de 1980 e 1990 refletem os postulados da política econômica de John Maynard Keynes.
Keynes se destaca por repudiar a teoria clássica do Laissez-Faire ou de que os negócios econômicos da sociedade acabam sempre por cuidar de si próprios, desde que nem o estado nem qualquer outra corporação armada de autoridade procure interferir como determinante das ações individuais, como pensava Adam Smith: "Os indivíduos agindo sozinhos tendem a ser melhores". Outros advogam que a contribuição do estado é justamente para manter a liberdade na atividade econômica.
No século XX a atenção foi direcionada para os problemas ligados a garantia de uma eqüitativa distribuição da renda, mediante sistemas de taxas e de benefícios, o que aumentaria a intervenção estatal na indústria e comércio.
Outros da tradição do Laissez-Faire enalteciam as vantagens de uma economia de mercado dentro de uma estrutura legal e institucional destinada a manter a propriedade privada; a iniciativa econômica; a livre escolha de bens e serviços e de emprego e investimento.
A principal diferença entre a teoria Keynesiana e a do Laissez-Faire era no que diz respeito a interferência e importância do Estado na economia.
No período da grande depressão, Keynes desenvolveu, a partir de suas próprias opiniões, a Teoria Geral da Economia; daí sua boa reputação, pelo fato de divergir da teoria do economistas da escola clássica .
Neste período a teoria econômica de esquerda não possuía nenhum tipo de política própria, criticavam o capitalismo e apoiavam a nacionalização dos meios de produção. Tinham crítica mas não tinham planos. A partir daí, Keynes ganha muita importância por ter, com sua obra, uma política econômica definida e por dar aos democratas, justificativa para seu papel no governo. Com isso tinha-se uma mudança na posição do Estado: de vítima passiva dos ciclos econômicos ele passa a ser um meio pelo qual a sociedade podia regular as crises a fim de manter o pleno emprego.
Outro ponto importante na teoria Keynesiana era quanto a medidas a serem tomadas nos momentos de depressão da economia. Ao contrário dos clássicos, ele defendia políticas anticíclicas, permitindo déficit a financiar obras públicas produtivas (maior número de pessoal possível) durante as depressões e salvando as dívidas nos períodos de expansão.
Prof. Juarez Humberto Guimarães�
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