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Língua Portuguesa 46 c) “quando”, “por que”, “e” e “lá”. d) “por que”, “não”, “a” e “quando”. e) “guerra”, “quando”, “a” e “não”. 3. (Ceron/RO - Direito – EXATUS/2016) A lição do fogo 1º Um membro de determinado grupo, ao qual prestava servi- ços regularmente, sem nenhum aviso, deixou de participar de suas atividades. 2º Após algumas semanas, o líder daquele grupo decidiu vi- sitá-lo. Era uma noite muito fria. O líder encontrou o homem em casa sozinho, sentado diante lareira, onde ardia um fogo brilhante e acolhedor. 3º Adivinhando a razão da visita, o homem deu as boas-vindas ao líder, conduziu-o a uma cadeira perto da lareira e � cou quie- to, esperando. O líder acomodou-se confortavelmente no local indicado, mas não disse nada. No silêncio sério que se formara, apenas contemplava a dança das chamas em torno das achas da lenha, que ardiam. Ao cabo de alguns minutos, o líder exa- minou as brasas que se formaram. Cuidadosamente, selecionou uma delas, a mais incandescente de todas, empurrando-a lado. Voltou, então, a sentar-se, permanecendo silencioso e imó- vel. O an� trião prestava atenção a tudo, fascinado e quieto. Aos poucos, a chama da brasa solitária diminuía, até que houve um brilho momentâneo e seu fogo se apagou de vez. 4º Em pouco tempo, o que antes era uma festa de calor e luz agora não passava de um negro, frio e morto pedaço de car- vão recoberto uma espessa camada de fuligem acinzentada. Nenhuma palavra tinha sido dita antes desde o protocolar cumprimento inicial entre os dois amigos. O líder, antes de se preparar para sair, manipulou novamente o carvão frio e inútil, colocando-o de volta ao meio do fogo. Quase que imediata- mente ele tornou a incandescer, alimentado pela luz e calor dos carvões ardentes em torno dele. Quando o líder alcançou a porta para partir, seu an� trião disse: 5º – Obrigado. Por sua visita e pelo belíssimo sermão. Estou voltando ao convívio do grupo. RANGEL, Alexandre (org.). As mais belas parábolas de todos os tempos –Vol. II.Belo Horizonte: Leitura, 2004. Assinale a alternativa que preenche corretamente as la- cunas do texto: a) a – ao – por. b) da – para o – de. c) à – no – a. d) a – de – em. 4. 03. (ANAC - Analista Administrativo – ESAF/2016) Assinale a opção que preenche as lacunas do texto de forma que o torne coeso, coerente e gramaticalmente correto. O transporte internacional passou _1_ ser utilizado em larga escala depois da II Guerra Mundial, por aviões cada vez maio- res e mais velozes. A introdução dos motores _2_ jato, usados pela primeira vez em aviões comerciais (Comet), em 1952, pela BOAC (empresa de aviação comercial inglesa), deu maior im- pulso _3_ aviação como meio de transporte. No � nal da década de 1950, começaram _4_ ser usados os Caravelle, de fabri- cação francesa (Marcel Daussaud/ Sud Aviation). Nos Estados Unidos, entravam em serviço em 1960 os jatos Boeing 720 e 707 e dois anos depois o Douglas DC-8 e o Convair 880. Em seguida apareceram os aviões turbo-hélices, mais econômicos e de grande potência. Soviéticos, ingleses, franceses e nor- te-americanos passaram _5_ estudar a construção de aviões comerciais cada vez maiores, para centenas de passageiros, e _6_ dos chamados “supersônicos”, _7_ velocidades duas ou três vezes maiores que a do som. Nesse item dos supersôni- cos, _8_ estrelas internacionais foram o Concorde (franco-bri- tânico) e o Tupolev (russo), que transportavam 144 passageiros e voaram até os anos 90, mas, devido aos elevados custos de manutenção, passagens e combustíveis, eles acabaram por ter as suas produções suspensas. . Acesso em:13/12/2015 (com adaptações). a) 1 - a / 2 - à / 3 - a / 4 - a 5 - a / 6 - a / 7- à / 8 - às b) 1 - a / 2 - a / 3 - a / 4 - à / 5 - à / 6 - a / 7- a / 8 - as c) 1 - à / 2 - a / 3 - à / 4 - à / 5 - a / 6 - à / 7- à / 8 - às d) 1 - a / 2 - à / 3 - à / 4 - a / 5- à / 6 - a / 7- à / 8 - às e) 1 - a / 2 - a / 3 - à / 4 - a / 5- a / 6 - a / 7- a / 8 - as Respostas 1. Resposta B a) OS (Artigo de� nido) b) UMAS (Pronome inde� nido, pois está substituindo a pala- vra “pessoas”) Caberia no máximo um pronome inde� nido. Mas não um artigo. c) OS (Artigo de� nido) d) AS (Artigo de� nido) 2. Resposta E Substantivo: Sempre PODE vir antecedido de artigo. “A GUERRA...” Pronome Relativo: Função coesiva, sempre anafórico (reto- mada de uma informação), referem-se a um substantivo ou pronome substantivo. “ E QUANDO...” Artigo: é uma palavra que se antepõe ao substantivo, serve para determiná-lo. É variável em gênero e número. Artigo de� nido: o, a, os, as, esses determinam o substantivo com precisão. Advérbio: Invariável, refere-se a verbo exprimindo uma cir- cunstância ou modi� ca o adjetivo ou outro advérbio. “...NÃO SEI...” 3. Resposta B [...]sentado diante da lareira[...]; [...]empurrando-a para o lado; [...]pedaço de carvão recoberto de uma espessa camada[...]; 4. Resposta E 1- “O transporte passou A ser considerado...” Este A é ape- nas PREPOSIÇÃO; 2- ‘A introdução dos motores A JATO “- Jato é palavra masculina, por isso não há crase. 3-” ...deu maior impulso ( A) _À ___ (A) aviação.. “ 4-” ..começaram A ser usados...”.Este A é apenas preposição.. 5-” ..Passaram A estudar....”.Este A é apenas preposição.. 6- ..” A dos chamados “ supersônicos”..”. Este A é apenas preposição...7-” A velo- cidades duas ou três vezes maiores que...” Este A também é apenas preposição, além disso está diante de uma palavra no plural: VELOCIDADES= crase. Substantivo Substantivo é a palavra que dá nomes aos seres. Inclui os nomes de pessoas, de lugares, coisas, entes de nature- za espiritual ou mitológica: vegetação, sereia, cidade, anjo, árvore, passarinho, abraço, quadro, universidade, saudade, amor, respeito, criança. Os substantivos exercem, na frase, as funções de: sujeito, predicativo do sujeito, objeto direto, objeto indireto, comple- Língua Portuguesa 47 mento nominal, adjunto adverbial, agente da passiva, aposto e vocativo. Classificação Comuns Nomeiam os seres da mesma espécie: menina, piano, estre- la, rio, animal, árvore. Próprios Referem-se a um ser em particular: Brasil, América do Norte, Deus, Paulo, Lucélia. Concretos São aqueles que têm existência própria; são independen- tes; reais ou imaginários: mãe, mar, água, anjo, mulher, alma, Deus, vento, DVD, fada, criança, saci. Abstrato São os que não têm existência própria; depende sempre de um ser para existir: é necessário alguém ser ou estar tris- te para a tristeza manifestar-se; é necessário alguém beijar ou abraçar para que ocorra um beijo ou um abraço; designam qualidades, sentimentos, ações, estados dos seres: dor, doen- ça, amor, fé, beijo, abraço, juventude, covardia, coragem, jus- tiça. Os substantivos abstratos podem ser concretizados de- pendendo do seu signi� cado: Levamos a caça para a cabana. (Caça = ato de caçar, substantivo abstrato; a caça, neste caso, refere-se ao animal, portanto, concreto). Simples Como o nome diz, são aqueles formados por apenas um radical: chuva, tempo, sol, guarda, pão, raio, água, ló, terra, � or, mar, raio, cabeça. Compostos são os que são formados por mais de dois radicais: guarda- -chuva, girassol, água-de- colônia, pão-de-ló, para-raio, sem- -terra, mula-sem-cabeça. Primitivos são os que não derivam de outras palavras; vieram primeiro, deram origem a outras palavras: ferro, Pedro, mês, queijo, cha- ve, chuva, pão, trovão, casa. Derivados São formados de outra palavra já existente; vieram depois: ferradura, pedreiro, mesada, requeijão, chaveiro, chuveiro, pa- deiro, trovoada, casarão, casebre. Coletivos Os substantivos comuns que, mesmo no singular, desig- nam um conjunto de seres de uma mesma espécie: bando, povo, frota, batalhão, biblioteca, constelação. Eis alguns substantivos coletivos: Álbum de fotogra� as Colmeia de abelhas Alcateia de lobos Concílio de bispos em assembleia Antologia de textos escolhidos Conclave decardeais Arquipélago ilhas Cordilheira de montanhas Assembleia pessoas, professores Cortejo acompanhantes em comitiva Atlas cartas geográ� cas Hemeroteca de jornais, revistas Bando de aves, de crianças Iconoteca de imagens Baixela utensílios de mesa Miríade de muitas estre- las, insetos Banca de examinadores Nuvem de gafanhotos Biênio dois anos Panapaná de borboletas em bando Bimestre dois meses Penca de frutas Cacho de uva Pinacoteca de quadros Cáfila camelos Piquete de grevistas Caravana viajantes Plêiade de pessoas notá- veis, sábios Cambada de vadios, malvados Resma de quinhentas folhas de papel Cancioneiro de canções Sextilha de seis versos Cardume de peixes Tropilhas de trabalhadores, alunos Código de leis Xiloteca de amostras de tipos de madeiras Reflexão do Substantivo “Na feira livre do arrabaldezinho Um homem loquaz apregoa balõezinhos de cor - O melhor divertimento para crianças! Em redor dele há um ajuntamento de menininhos pobres, Fitando com olhos muito redondos os grandes Balõezinhos muito redondos.” (Manoel Bandeira) Observe que o poema apresenta vários substantivos e apre- sentam variações ou � exões de gênero (masculino/feminino), de número (plural/singular) e de grau (aumentativo/diminutivo). Na língua portuguesa há dois gêneros: masculino e femini- no. A regra para a � exão do gênero é a troca de o por a, ou o acréscimo da vogal a, no � nal da palavra: mestre, mestra. Formação do Feminino O feminino se realiza de três modos: - Flexionando-se o substantivo masculino: � lho, � lha / mestre, mestra / leão, leoa; - Acrescentando-se ao masculino a desinência “a” ou um su- � xo feminino: autor, autora / deus, deusa / cônsul, consulesa / cantor, cantora / reitor, reitora. - Utilizando-se uma palavra feminina com radical diferen- te: pai, mãe / homem, mulher / boi, vaca / carneiro, ovelha / cavalo, égua. Observe como são formados os femininos: parente, parenta hóspede, hospeda monge, monja presidente, presidenta Língua Portuguesa 48 gigante, giganta guardião, guardiã escrivão, escrivã papa, papisa imperador, imperatriz profeta, profetisa abade, abadessa perdigão, perdiz ateu, ateia réu, ré frade, freira cavalheiro, dama zangão, abelha Substantivos Uniformes Os substantivos uniformes apresentam uma única forma para ambos os gêneros: dentista, vítima. Os substantivos uni- formes dividem-se em: Epicenos Designam certos animais e têm um só gênero, quer se re� ram ao macho ou à fêmea. – jacaré macho ou fêmea / a cobra macho ou fêmea / a formiga macho ou fêmea. Comuns de dois gêneros Apenas uma forma e designam indivíduos dos dois sexos. São masculinos ou femininos. A indicação do sexo é feita com uso do artigo masculino ou feminino: o, a intérprete / o, a colega / o, a médium / o, a personagem / o, a cliente / o, a fã / o, a motorista / o, a estudante / o, a artista / o, a repórter / o, a manequim / o, a gerente / o, a imigrante / o, a pianista / o, a rival / o a jornalista. Sobrecomuns Designam pessoas e têm um só gênero para homem ou a mulher: a criança (menino, menina) / a testemunha (homem, mulher) / a pessoa (homem, mulher) / o cônjuge (marido, mu- lher) / o guia (homem, mulher) / o ídolo (homem, mulher). Substantivos que mudam de sentido, quando se troca o gênero o lotação (veículo) - a lotação (efeito de lotar); o capital (dinheiro) - a capital (cidade); o cabeça (chefe, líder) - a cabeça (parte do corpo); o guia (acompanhante) - a guia (documentação); o moral (ânimo) - a moral (ética); o grama (peso) - a grama (relva); o caixa (atendente) - a caixa (objeto); o rádio (aparelho) - a rádio (emissora); o crisma (óleo salgado) - a crisma (sacramento); o coma (perda dos sentidos) - a coma (cabeleira); o cura (vigário) - a cura; (ato de curar); o lente (prof. Universitário) - a lente (vidro de aumento); o língua (intérprete) - a língua (órgão, idioma); o voga (o remador) - a voga (moda). Alguns substantivos oferecem dúvida quanto ao gênero. São masculinos: o eclipse, o dó, o dengue (manha), o cham- panha, o soprano, o clã, o alvará, o sanduíche, o clarinete, o Hosana, o espécime, o guaraná, o diabete ou diabetes, o tapa, o lança-perfume, o praça (soldado raso), o pernoite, o formici- da, o herpes, o sósia, o telefonema, o saca-rolha, o plasma, o estigma. São geralmente masculinos os substantivos de origem gre- ga terminados em – ma: o dilema, o teorema, o emblema, o trema, o eczema, o edema, o en� sema, o fonema, o anátema, o tracoma, o hematoma, o glaucoma, o aneurisma, o telefonema, o estratagema. São femininos: a dinamite, a derme, a hélice, a aluvião, a aná- lise, a cal, a gênese, a entorse, a faringe, a cólera (doença), a cataplasma, a pane, a mascote, a libido (desejo sexual), a rês, a sentinela, a sucuri, a usucapião, a omelete, a hortelã, a fama, a Xerox, a aguardente. Plural dos Substantivos Há várias maneiras de se formar o plural dos substantivos: Acrescentam-se: - S - aos substantivos terminados em vogal ou ditongo: povo, povos / feira, feiras / série, séries. - S - aos substantivos terminados em N: líquen, liquens / abdômen, abdomens / hífen, hífens. Também: líquenes, ab- dômenes, hífenes. - ES - aos substantivos terminados em R, S, Z: cartaz, car- tazes / motor, motores / mês, meses. Alguns terminados em R mudam sua sílaba tônica, no plural: júnior, juniores / cará- ter, caracteres / sênior, seniores. - IS - aos substantivos terminados em al, el, ol, ul: jornal, jornais / sol, sóis / túnel, túneis / mel, meles, méis. Exceções: mal, males / cônsul, cônsules / real, réis (antiga moeda por- tuguesa). - ÃO - aos substantivos terminados em ão, acrescenta S: cidadão, cidadãos / irmão, irmãos / mão, mãos. Trocam-se ão por ões: botão, botões / limão, limões / portão, portões / mamão, mamões ão por ãe: pão, pães / charlatão, charlatães / alemão, alemães / cão, cães il por is (oxítonas): funil, funis / fuzil, fuzis / canil, canis / pernil, pernis e por EIS (Paroxítonas): fóssil,fósseis / réptil, répteis / projétil, projéteis m por ns: nuvem, nuvens / som, sons / vintém, vinténs / atum, atuns zito, zinho: 1º coloca-se o substantivo no plural: balão, balões; 2º elimina-se o S + zinhos Balão – balões – balões + zinhos: balõezinhos; Papel – pa- péis – papel + zinhos: papeizinhos; Cão – cães - cãe + zitos: Cãezitos Alguns substantivos terminados em X são invariáveis (valor fo- nético = cs): os tórax, os tórax / o ônix, os ônix / a fênix, as fênix / uma Xerox, duas Xerox / um fax, dois fax. Substantivos terminados em ÃO com mais de uma forma no plural: aldeão, aldeões, aldeãos; verão, verões, verãos; anão, anões, anãos; guardião, guardiões, guardiães; corrimão, corrimãos, corrimões; ancião, anciões, anciães, anciãos; ermitão, ermitões, ermitães, ermitãos. A tendência é utilizar a forma em ÕES