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6 Tutela e Curatela.pdf TUTELA DIREITO ROMANO Professor: José Orlando de Farias 1. Noção � Aquele que por sua idade não podia defender- se era o impúbere. O homem ou a mulher que não tinha, ainda alcançado a puberdade. � Tutela se referia às pessoas que se tornavam sui iuris, com a morte do pater famílias, quando, então, surgia o problema da administração de bens. � A Tutela dos impúberes chegou até nossos dias. 2. Espécies Materializava-se de três formas: 2.1. Testamentária (Determinada em testamento pelo pater famílias em favor do filho ou descendente impúbere, que se tornava sui juris com a sua morte, era a mais importante das tutelas, portanto, somente quando inexistia, as outras se praticavam); 2.2. Legítima (era a tutela ab intestato que ocorria quando o paterfamilias não tivesse feito testamento, ou mesmo tendo-o feito não designava tutor para seu filho ou filha impúberes) e 2.3. Dativa, também chamada Honorária ou Atiliana (era determinada pelo magistrado, quando não existia tutela legitima nem testamentária, visando suprir uma situação de fato). 3. Capacidade para ser Tutor No direito antigo, era preciso ter três condições para ser tutor: �ser livre, �ser cidadão romano e �ser paterfamilias. 3. Capacidade para ser Tutor No direito clássico exigiram-se outros requisitos além dos existentes. O tutor deveria ser uma pessoa idônea e púbere, com qualidades indispensáveis para proteger o patrimônio do pupilo. No direito pós-clássico foi estendida à mãe e à avó, desde que se comprometessem a não casar outra vez. 4. Das incapacidades 1. Para exercer, era necessário ser: cidadão romano, ser livre e ser paterfamilias. 2. Durante muito tempo a mulher foi impedida do exercício tutelar, pois a tutela era um oficio virio, função dos machos conforme as fontes da época clássica. 3. A partir do Direito Clássico já existia a possibilidade da mãe viúva e a avó administrarem os bens do filho ou neto impúbere e ainda intervir na administração da tutela, desde que elas se comprometessem a não casar outra vez. 4. A incapacidade do exercicio da tutela se estendia aos escravos, loucos, surdos e mudos, cegos, portadores de doenças graves e crônicas, aos menores. 5. Escusas ao exercício da Tutela No inicio, o tutor legitimo e testamentário podia eximir-se da tutela. O primeiro cedendo o encargo a outra pessoa, por meio da in iure cessio, O segundo declarando solenemente, perante testemunhas, não desejar exercê- la. O tutor que mesmo entendendo que não podia exercer a tutela teria que apresentar motivos justos como: � pobreza extrema, � saúde precária, � ser veterano das legiões romanas, � ser analfabeto entre outros. 5. Administração dos Bens do Tutelado A tutela era exercida com amplo poderes pelo tutor, no que referia ao pupilo e seus bens, sem qualquer controle ao magistrado. A função do tutor ficou reduzida apenas à administração dos bens como medida de precaução. Então confiou-se a guarda do menor à sua mãe ou avó, ou outro parente, desde que não fosse herdeiro, cabendo ao tutor, além da administração, prover os meios para o sustento e educação do impúbere. 5. Administração dos Bens do Tutelado Dependendo da idade do pupilo, seu titular administravam-se os bens de duas maneiras: 5.1. Negotiorum gestio (menor de 7 anos, era uma espécie de representante indireto, assumindo direitos e obrigações em nome próprio, ainda que por conta ou interesse alheio); e 5.2. Auctoritas tutoris ou auctoritas interpositio (mais de 7 e menos de 14 anos, o tutelado administrava seu patrimônio assistido pelo tutor que lhe complementava a personalidade, insuficiente para a validade dos atos jurídicos). 6. Medidas contra Tutor desonesto 6.1. Actio Accusationis Suspecti Tutoris – tinha por escopo remover o tutor suspeito. Caracterizava-se por uma ação penal pública, ou seja, popular. No decreto do pretor deveria constar a causa da remoção, a fim de que se preservasse a reputação do removido. 6.2. Actio Rationibus Distrahendis – Era uma espécie de ação penal privada, exercitada pelo pupilo, ao término da tutela, contra o tutor legítimo que estivesse subtraindo bens de seu patrimônio. Tinha por finalidade separar as contas ou o patrimônio do tutelado daqueles referentes ao tutor. Se condenado, o responsável deveria devolver em dobro os bens dilapidados. 6.3. Actio Tutelae – Era invocada ao término da tutela. Visava à devolução dos bens administrados, com seus aumentos; os adquiridos em nome do pupilo; e a indenização dos danos e prejuízos sofridos, em razão de uma má administração. 7. Extinção da tutela dos impuberes Ocorria para o pupilo: • quando ele falecia • quando sofria uma capitis deminutio ou se tornava pubere. Finda a tutela: • fazia-se a prestação de contas pelo processo in jure cessio, quando o tutor transferia para o pupilo, agora capaz, os bens adquiridos, os créditos e as dívidas contraídas em seu favor. 8. Tutela das mulheres A mulher sui juris, enquanto impúbere, ficava sujeita a tutela dos impúberes. Atingida a puberdade ficava sob a tutela das mulheres que era perpétua e da qual somente estavam isentas as virgens vestais, as ingênuas e libertas que tivessem três ou quatro filhos respectivamente. CURATELA DIREITO ROMANO Professor: José Orlando de Farias 1. Noção No caso especifico do ius personarum, curatela era o instituto do Direito Romano que tinha por finalidade a proteção das pessoas e dos bens dos loucos, dos pródigos e dos menores de 25 anos. Sua origem remonta à Lei das XII Tábuas. 2. Espécies 2.1. Dos Loucos – No direito antigo abrangeu todas as espécies de loucuras; No direito clássico, era loucura com intervalo de lucidez e no sentido de loucura permanente; No direito pós-clássico passou a designar os loucos de todo gênero. Segundo Bonfante, furiosus era aquele a quem se referia a lei decenviral, submetido a curatela legítima.O curador cuidava da pessoa do louco e administrava seu patrimônio, como um gestor de negócios. 2.2. Dos Pródigos – era uma curatela de certa forma limitada, pois o curador devia intervir tão-somente nos negócios ou atos referentes à disposição ou administração dos bens ou naqueles em que o pródigo contraía uma nova obrigação. Visava preservar o patrimônio havido da herança paterna. Ao contrario dos loucos, que ficavam sob curatela desde que a doença se manifestasse, o pródigo precisava ser interdito pelo magistrado. 2.3. Dos menores de 25 anos – foi facultado ao menor o direito de solicitar ao pretor a indicação de um curador para assisti-lo em determinado ato. 3. Distinção entre Tutela e Curatela TUTELA se aplicava aos incapazes por fatores normais: idade e sexo (mulheres púberes sui iuris); o tutor podia administrar os bens de duas maneiras: negotiorum gestio e auctoritas tutoris; o tutor podia ser nomeado por testamento. CURATELA se aplicava aos incapazes por fatos anormais: doenças mentais e aos pródigos; o único modo de administração dos bens do curatelado era a negotiorum gestio; não existia a curatela testamentária. 4. Extinção da Curatela A curatela se extinguia com a morte do curador ou curatelado: • pela maioridade ou emancipação; • pela capitis deminutio do curador ou curatelado; • pela justa escusa do curador; • pelo seu termo, no caso da curatela dos menores de 25 anos. 1 DIREITO ROMANO - DIREITO DAS PESSOAS.pdf DIREITO ROMANO DIREITO DAS PESSOAS DIREITO ROMANO - NOÇÃO • PERSONA: PER (através de) e SONARE (soar) • No início era uma máscara usada pelo atores nos teatros, para aumentar o volume da voz, que fluia ou soava através de um orifício. • No significado jurídico para designar o sujeito de direitos. Em face do direito, a pessoa tem um caráter importante, é a razão da existência do próprio ordenamento jurídico. DIREITO ROMANO - NOÇÃO • Pessoa é o titular de direitos e obrigações na ordem jurídica. • O código Civil brasileiro artigo2º “todo homem é capaz de direitos e obrigações na ordem civil”. A lei não faz distinção de pessoas, sexo, cor, raça, credo e ideologia política. • Já no Direito Romamo não existia essa paridade jurídica, porque ao lado dos homens livres existiam os escravos. CLASSIFICAÇÃO DAS PESSOAS CLASSIFICAÇÃO DAS PESSOAS • PESSOAS FÍSICAS: homem capaz de direitos e obrigações, para ser considerado pessoa física, o romano deveria preencher 02 condições: • Condição natural: nascimento perfeito, com vida apresentando forma humana, e perfeição orgânica necessária para continuar a viver. Os “monstros e pródigios” não eram considerados seres humanos, não tinham direitos CLASSIFICAÇÃO DAS PESSOAS - Condição Natural • O nascimento estabelece o início da pessoa física, a materialização da personalidade e produz efeitos jurídicos especiais. • A lei considerava o NASCITURO (o que ia nascer), garantindo direitos que lhe pertenceriam quando nascido (conceptus pro jam nato habetur). Embora não fosse, ainda, sujeito de direito, no futuro seria. CLASSIFICAÇÃO DAS PESSOAS - Condição Civil • Status Libertatis • Status Civitatis • Status familiae O status era pressuposto de capacidade, sendo a posição em que se encontrava as pessoas em relação ao Estado Romano ou à família romana. Quem reunisse os 03 elementos tinha a capacidade de direito, embora não pudesse ter a capacidade de fato, em razão do sexo, idade ou problemas mentais, podendo valer-se em juízo de tutor ou curador. Capitis deminutio • A mudança no STATUS determinava uma Capitis deminutio. • Capitis deminutio máxima: O cidadão que perdesse o status libertatis (escravo), exceto o prisioneiro de guerra, era considerado mero fato e injusta a sua escravidão. • Capitis deminutio média: perda do status civitatis, ex: torna-se cidadão de outro Estado. • Capitis deminutio mínima: aquele que mudasse de família ou dela saisse, no caso de adoção, a mulher sui iuris no casamento cum manu; o filho emancipado. PERSONALIDADE E CAPACIDADE JURÍDICAS PERSONALIDADE • Aptidão de adquirir direitos e obrigações. • Nascimento perfeito (condição natural) e status Libertatis, civitatis e familae (condição civil). CAPACIDADE JURÍDICA É o limite da personalidade e com ela se confunde, ser titular ou sujeito de relações jurídica, ou seja de direitos e obrigações. O titular de direitos subjetivos tem necessidade de personalidade jurídica e capacidade jurídica. INCAPACIDADE JURÍDICA • É incapacidade de praticar atos jurídicos, assumir direitos e contrair obrigações. • Escravos, eram res por não possuir o status libertatis; • Peregrinos não possuiam o status civitatis; • Filifamilias não gozavam de plena capacidade. LEI DECENVIRAL – INCAPACIDADE DE FATO • Os pupili: impúberes, ambos os sexos, homens 14 e mulheres 12 anos; • As feminae: mulheres, em razão do sexo e da mente; • Os furiosi e os prodigi: furiosos e prodígios. Na época clássica adotou-se esta classificação: Absolutamente Incapazes – Pupilos (7 anos) – Mentecaptos – Furiosos (em fase de crise). Relativamente Incapazes: Mulheres, prodígios e os pupilos (maiores de 07e menores de 14 anos) CLASSIFICAÇÃO DAS PESSOAS JURÍDICAS Universitas personarum • Corporações, conjunto de pessoas, cuja personalidade não se confundia com a de seus membros. • Direito Público: O Estado Romano, o fisco, colônias, províncias • Direito Privado: colégios, operários, assiciações religiosas ou recreativas. Universitas rerum • Fundações, massa patrimonial ou conjunto de bens destinados a determinados objetivos . • Res nullius: a herança jacente era considerada pessoa jurídica. REQUISITOS PARA A EXISTÊNCIA DAS PESSOAS JURÍDICAS • Na CONCEPÇÃO houvesse ao menos três pessoas associadas; • ESTATUTO (Lex Collegii ou Lex Municipii); • FINALIDADE LÍCITA; • Pela Lex Julia de Collegii (de Augusto), deveria haver autorização do Estado para a sua constituição EXTINÇÃO DAS PESSOAS JURÍDICAS • Morte, renúncia ou deliberação de todos os sócios • Ter-se tornado impossível seu objetivo; • Término do prazo de sua duração; • Cassação pelo estado da autorização de seu funcionamento, por julgar nociva sua atividade. DOMICÍLIO • É o lugar onde as pessoas exercem suas atividades ou têm sede de seus negócios, local onde se estabelece o animus definitivo. • Relevante importância no que concernia à cobrança de impostos e competência judiciária. • Domicílio Voluntário: escolhido pelo cidadão • Domicílio Necessário: em razão da função pública que se ocupa, é o atribuído pela lei. 2 Status Libertatis, Civitatis e Familiae 2 verificaçao.pdf STATUS LIBERTATIS CIVITATIS FAMILIAE Professor José Orlando de Farias DIREITO ROMANO �ª Verificação STATUS LIBERTATIS 1. Noção � A liberdade era o bem maior para o romano, se opunha à escravidão. � O homem livre era ser humano. No mundo romano, as pessoas estavam classificadas emNo mundo romano, as pessoas estavam classificadas emNo mundo romano, as pessoas estavam classificadas emNo mundo romano, as pessoas estavam classificadas em: � Cidadãos (homens livres que tinham de cidadania Iure soli ou Iure sanguinis); � Não Cidadãos (eram estrangeiros, possuidores do status libertatis); � Pessoas in mancipio (pessoas sob autoridade ou a potesta de um paterfamilias); � Escravos (indivíduos que o direito privava da liberdade, em razão do nascimento ou de cativeiro, equiparados a objetos ou coisas); � Ingênuos (nasceram livres e assim continuam); � Libertos (nasceram escravos e obtiveram a liberdade, ou nasceram livres, tornaram escravos e reconquistaram a liberdade); � Colonos (pessoas que estavam vinculadas à terra para cultivá-las). 2. A ESCRAVIDÃO E SUA ORIGEM A escravidão era instituição do direito antigo, mercê da qual um ser humano era privado de sua liberdade, desaparecendo sua personalidade jurídica, sendo equiparado às coisas. No mundo romano, originava-se de motivos: captura pelo inimigo IUS GENTIUM nascimento IUS CIVILE � o que deixasse de inscrever-se no censo; � deixasse de prestar o serviço militar; � o desertor das legiões romanas; � o que fosse preso em flagrante por furto; � o devedor inadimplente; � o filiusfamilias vendido pelo pater. Pré-clássico: IUS CIVILE Clássico: � condenação a trabalhos forçados, � A mulher livre que mantivesse relacionamento amoroso com escravo alheio; � o liberto que fosse ingrato ao antigo patrono. 3. MANUMISSÃO � É a dação da liberdade. Era um ato de disposição de vontade que atribui ao manumitido o estado livre de cidadão romano. A manumissão ou alforria ocorreu de várias formas: No direito pré-clássico: pelo censo; pela vindicta; por testamento. Direito clássico: Vindicta; Testamento; Manumissão por carta; Inter amicos; Ad mensam Direito pós-clássico: Manumissão eclesiástica. 4. RESTRIÇÕES ÀS MANUMISSÕES � Lex Fufia Caninia, 2 a.C., limitou o número de manumissões por testamento. Não podia exceder a cem. Justiniano revogou essa lei; � Lex Aelia Sentia, 4 d.C., estabeleceu que o dominus menor de 20 anos só podia libertar seus escravos por meio da vindicta e com justa causa reconhecida pelo conselho. 5. SEMI-ESCRAVIDÃO � Addictus era o que tinha pago um dívida e era adjudicado pelo magistrado ao credor. � Redemptor era o ex-prisioneiro de guerra que tinha sido resgatado por alguém que pagará sua liberdade. � Auctoratus era o gladiador das arenas, era um homem livre que tinha sido contratado por um empresário para lutar. � Colonos do baixo império, estavam vinculados à terra e dela não podiam se afastar. Eram escravos da terra. STATUS CIVITATIS 1. Noção �A cidadania romana era o segundo pressuposto para se adquirir a plena capacidade. �Os romanos denominavam status civitatis a dependência de um individuo a uma comunidade juridicamente organizada. �Eram cidadãos os seus habitantes livres, havia outros súditos livres que não possuem a cidadania que estavam sob o disciplinamento do ius gentium, porquanto o ius civile dizia respeito somente aos cidadãos. 2. FONTES DA CIDADANIA 2.1. Nascimento: O nascimento determinava a cidadania em duas situações: � Iure soli (cidadania provinha do nascimento em solo romano) e � Iure Sanguinis (situação paterna quando se tratasse de filhos legítimos. 2.2. Por fatos posteriores ao nascimento: � Manumissão; � Naturalização; � Prestação de serviço militar; � Lex Julia, 90 a.C; concedeu cidadania aos habitantes do Lácio. � Lex Plautia Papiria, 89 a.C; atribuiu cidadania aos aliados de Roma. � Lex Roscia, 49 a.C; estendeu a cidadania aos habitantes da Gália Transpadana. � Edito de Caracala, 212, concedeu a cidadania a todos os habitantes do império, com exceção dos peregrinos de dedeticios. 3.EDITO DE CARACALA � O Edito de Caracala ou Constituição Antoniniana teve um grande significado no desenvolvimento do direito posterior. � Assinala a mudança definitiva da antiga concessão do Estado citadino e a moderna noção de Estado, concebido como uma organização jurídica de pessoas que vivem no mesmo território. 4.PRERROGATIVAS DO CIDADÃO ROMANO. � Ius legionis: o direito de prestar o serviço militar. � Ius sufragii: o direito de voto. � Ius honorum: o direito de ser escolhido como magistrado ou de exercer a magistratura, de desempenhar cargos públicos. � Ius commercii: o direito de praticar o comercio. � Ius connubii: o direito de contrair justas núpcias. � Legis actio: o direito de invocar a lei ou de fazer valer seu direito subjetivo. � Factio testamenti: o direito de fazer testamento de acordo com o jus civile. 5. PERDA DO STATUS CIVITATIS �Se perdesse o status libertatis. Salvo a possibilidade do postliminium. �Quando se tornava membro de uma cidade estrangeira. �Quando sofria alguma condenação infamante (exílio, deportação etc.) Professor: José Orlando de Farias STATUS FAMILIAE 1. NOÇÃO � É a condição do homem livre e cidadão em relação a determinada família. � Tanto o paterfamilias quanto o filiusfamilias têm esse status, contudo, somente o primeiro é plenamente capaz. 2. PESSOAS SUI IURIS E ALIENI IURIS � Paterfamilias é o homem sui iuris, sem que necessariamente significasse que tivesse filhos. É o chefe da domus. O varão não submetido à potestade doméstica. De tal poder, estavam excluídas as mulheres, mesmo que sui iuris. � Alieni Iuris eram os filiifamilias (filhos, netos, bisnetos...), ou seja, o submetido ao poder familiar, qualquer que seja sua idade e sexo. � A distinção entre Sui Iuris e Alieni Iuris independe de idade. 3. CAPACIDADE JURIDICA E DE EXERCICIO. � Os filiifamilias, ao atingirem a puberdade, são plenamente capazes na ordem do direito público romano. Gozam do ius sufragii, podem exercer as magistraturas, prestar o serviço militar, contrair matrimônio. � Perante o direito privado carecem de capacidade. � Estão sob o poder do paterfamilias enquanto este estiver vivo. Porém, tal fato sofre mudanças, num direito de mais de treze séculos,sobretudo com o surgimento dos pecúlios. � A família, entre as instituições romanas, é a mais antiga e universal. � É celebrada como a célula mater da sociedade, conhecida de todos os povos em todas as épocas. � Segundo Fustel de Coulanges, em sua obra a cidade antiga, a família romana originou-se da própria religião. A FAMÍLIA ROMANA 1. DEFINIÇÕES: 1.1. NO SENTIDO AMPLO: � Família é o conjunto de pessoas que descende de um mesmo tronco ancestral. 1.2. NUM SENTIDO ESTRITO: � Família é o conjunto de pessoas e o acervo de bens, constituindo a domus, pequena comunidade política e econômica, jurídica e religiosa, sob a potestas do paterfamilias. 2. FORMAÇÕES FAMILIARES: 2.1. EM SENTIDO RESTRITO: � A FAMILIA envolve um pequeno conjunto de parentes, englobando outras pessoas economicamente vinculadas ao grupo. 2. FORMAÇÕES FAMILIARES � Como uma estrutura unificada sob a postestas do pater, Ulpiano apresenta ideias distintas de família: ■ Família Communi Iure: todos que estão sobre a patria potestas do paterfamilias, se vivo fosse, passando a ser considerado após sua morte que originava outras famílias que tinham como chefe os filhos varões dele; ■ Família proprio iure (sentido estrito): todos que estavam sob o poder do mesmo pater. 2.MODOS DE CONSTITUIÇÃO DA FAMÍLIA ROMANA. Segundo Ulpiano a família romana se origina: ou pela natureza ou pelo direito. pela natureza: quando se refere ao nascimento da justas nupcias. pelo direito: quando se trata de adoção, da ad-rogação, da conventium in manu e da legitimação. 3. PATERFAMILIAS � É aquele que tem o domínio na domus. � Ele era o sacerdote dos sacra privata; � O juiz, o único detentor da patria potestas; � Todos estavam sob sua autoridade. � Significa CHEFE absoluto da domus. 3.1. PODERES DO PATERFAMILIAS � Manus, poder marital exercido sob a mulher; � Dominica potestas, poder exercido sobre os escravos e todas as pessoas colocadas in mancipio; � Dominium, poder exercido sobre os bens de todos os integrantes da domus. � Patria potestas, conjunto de poderes que o paterfamilias tinha sobre seus filiifamilias. 6. PODERES DECORRENTES DA PATRIA POTESTAS � Ius vitae et necis � Ius noxae dandi � Ius vendendi � Ius exponendi 6.1. FONTES DA PATRIA POTESTAS � Nascimento das justas nupcias � Adoção � Ad-rogação 6.2 .EXTINÇÃO DA PATRIA POTESTAS � Com a morte do paterfamilias, quando então todos os seus filhos e filhas tornavam-se sui juris. � Perda do status libertatis ou civitatis; � No baixo império quando castigasse imoderadamente o filho. � No direito justinianeu o que expusesse sua prole ao abandono ou sua filha à prostituição. COMPARAÇÃO COM O CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO DIREITO ROMANO CÓDIGO CIVIL BRASILEIROLEI Nº 10.406, DE 10.01.2002 Num sentido abrangente, família é o conjunto de pessoas que procede do mesmo tronco ancestral longínquo, formando a gens. Familia communi iure era o conjunto de todos aqueles que estariam sob a potestade do pater se ele fosse vivo. Familia proprio iure era o conjunto de pessoas que estavam submetidas ao poder de um mesmo paterfamilias. A luz da doutrina, encontramos três acepções de família: - No sentido amplíssimo, o conjunto de todos os indivíduos ligados pelos laços da consangüinidade ou da afinidade. - No sentido lato, além dos cônjuges e seus filhos abrange os parentes da linha reta ou colateral, bem como os afins. - No significado restrito, as pessoas ligadas pelos laços do matrimônio e da filiação. COMPARAÇÃO COM O CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO DIREITO ROMANO CÓDIGO CIVIL BRASILEIROLEI Nº 10.406, DE 10.01.2002 Os descendentes (filhos, netos, bisnetos, independentes de sexo e idade) estavam sujeitos à Patria Potestas enquanto o paterfamilias vivo fosse. Art. 1.630. Os filhos estão sujeitos ao poder familiar, enquanto menores. COMPARAÇÃO COM O CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO DIREITO ROMANO CÓDIGO CIVIL BRASILEIROLEI Nº 10.406, DE 10.01.2002 A patria potestas se originava das justas núpcias (Gaio 1,55); � da adoção; � da ad-rogação e � da legitimação. Art. 1.631. Durante o casamento e a união estável, compete o poder familiar aos pais;na falta ou impedimento de um deles, o outro, o exercerá com exclusividade. COMPARAÇÃO COM O CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO DIREITO ROMANO CÓDIGO CIVIL BRASILEIROLEI Nº 10.406, DE 10.01.2002 A patria potestas era referente ao paterfamilias, que a exercia enquanto vivo (titularidade e vitaliciedade). Quando o filho se tornava púbere (14 anos) se tornava capaz perante o direito público, mas perante o direito privado continuava subordinado ao seu pater; até que ele morresse, então se tornaria plenamente capaz (exceto se antes tivesse sido emancipado, tornando-se capaz). A influência romanista está presente nos incisos I, II, III, IV, V. Art. 1.634 - Compete aos pais, quanto a pessoa dos filhos menores: I- Dirigir-lhes a criação e educação; II - Tê-los em sua companhia e guarda; III - Conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para casarem; IV- Nomear-lhes tutor por testamento ou documento autêntico, se o outro dos pais não sobreviver, ou sobrevivendo não puder exercer o poder familiar V - Representá-los até os 16 anos, nos atos da vida civil, e assisti-los, após essa idade, nos atos em que forem partes, suprindo-lhes o consentimento. COMPARAÇÃO COM O CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO DIREITO ROMANO CÓDIGO CIVIL BRASILEIROLEI Nº 10.406, DE 10.01.2002 A patria potestas se extinguia: - Com a morte do pater ou do filius; - Pela emancipação; - Pela adoção; - Pela capitis deminutio (liberdade ou cidadania); - Por decisão do pretor, em caso de indignidade cometida pelo pater: Art. 1.635 - Extingue-se o poder familiar: I - Pela morte dos pais ou do filho. II - Pela emancipação; III - Pela maioridade; IV - Pela adoção; V - Por decisão judicial, na forma do art.1.638. COMPARAÇÃO COM O CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO DIREITO ROMANO CÓDIGO CIVIL BRASILEIROLEI Nº 10.406, DE 10.01.2002 Ainda perdia a patria potestas: - o pater que castigasse imoderadamente o filho; - o que expusesse sua prole ao abandono ou sua filha à prostituição. Art. 1.638 - Perderá por ato judicial o poder familiar o pai ou a mãe que: I - Que castigar imoderadamente o filho; II - Que o deixar em abandono; III - Que praticar atos contrário a moral e aos bons costumes; IV- incidir; reiteradamente nas faltas previstas no art. antecedente. COMPARAÇÃO COM O CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO DIREITO ROMANO CÓDIGO CIVIL BRASILEIROLEI Nº 10.406, DE 10.01.2002 Originariamente todos os bens pertenciam patrimônio da domus (Gaio, II,87), sob administração do paterfamilias Somente após a morte do paterfamilias, a herança era repartida. Depois, surgiram os pecúlios que os filiusfamilias púberes administravam. Art. 1.689 - O pai e a mãe, enquanto no exercício do poder familiar. I – são usufrutuários dos bens dos filhos; II – têm a administração dos bens dos filhos menores sob sua autoridade. 3 Parentesco - Noção.pdf PARENTESCO DIREITO ROMANO Professor: José Orlando de Farias �� Noção Numa definição menos filosófica, � parentesco é o liame que vincula os membros da família à autoridade do paterfamilias: � o vinculo existente entre pessoas que estão submetidas à mesma pátria potestas. �� Tipos de Parentesco Encontram-se dois tipos de parentesco: 2.1. Parentesco por Agnação 2.2. Parentesco por Cognação 2.1. Parentesco por Agnação � Parentesco civil, dizia respeito àqueles que estavam sob a auctoritas do chefe da domus, ou seja, os unidos em parentesco pelas pessoas do sexo masculino. � Era transmitido somente pela linha masculina, porque, no direito antigo, as mulheres não herdavam, conforme estabelece a Lei das XII Tábuas. A religião do filho era, a religião do seu paterfamilias. � Agnação era o parentesco da domus, que se originava da autoridade do pater e unia todos os membros de uma família civil, como determinava a religião. 2.2. Parentesco por Cognação � parentesco consangüíneo, porque fundamentado na comunidade de sangue, transmitido tanto na linha masculina, como na feminina. � Cognação é o laço de sangue existente entre pessoas que descendem de um mesmo tronco ancestral, na linha reta ou na linha colateral. � O filho adotivo ou a mulher que ingressava na família pelo casamento in manum eram agnados. 3. Contagem do Parentesco3. Contagem do Parentesco3. Contagem do Parentesco3. Contagem do Parentesco � Visa estabelecer a maior ou menor distância ou grau de parentesco existente entre pessoas que têm a mesma descendência. � No direito, tal procedimento é de suma importância em razão de interesses que afloram, principalmente de ordem econômica disciplinada no ius sucessorum. Contagem é feita por meio de dois elementos: � linha (relação existente entre pessoas que descendem do mesmo tronco ancestral) e � grau (é o intervalo, a distância que medeia as gerações). O parentesco por cognação se conta para cima ou para baixo ou transversalmente. � No primeiro grau, se acham, ascendendo, o pai e a mãe; Descendendo, o filho e a filha. � Em segundo grau, ascendendo, o avô e a avó; Descendendo o neto e a neta; Transversalmente, o irmão e a irmã. � Em terceiro grau, ascendendo,o bisavô e a bisavó; Descendendo o bisneto e a bisneta; Transversamente, o filho e a filha do irmão e da irmã. Concunhado(a)Tio(a) e sobrinho(a) Bisavô, bisavó e bisneto(a) 3º Cunhado(a), avô e avó do cônjuge IrmãosAvô, avó e neto(a)2º Padrasto, madrasta, enteado(a), sogro(a), genro e nora. Pai, mãe e filho(a) 1º PARENTE POR AFINIDADE (familiares do cônjuge PARENTE COLATERAL PARENTE EM LINHA RETA GRAU 4. Limites do Parentesco4. Limites do Parentesco4. Limites do Parentesco4. Limites do Parentesco � Na linha reta o limite do parentesco, para efeito de impedimento matrimonial, vai ad infinitum, para os demais efeitos vai até o sétimo grau. � Na linha colateral, no direito antigo, o limite do parentesco era até o sexto grau, posteriormente, na república, estabeleceu-se o quarto grau. 5. Afinidade5. Afinidade5. Afinidade5. Afinidade � É o vinculo estabelecido entre um cônjuge e os parentes cognados do outro, determinado pelo casamento. � Chama-se também de parentesco civil. � Afinidade era reflexo da cognação. � A afinidade se extinguia com a dissolução do casamento que a constituiu e, também pela capitis deminutio referente à perda do status libertatis ou civitatis. 5. Afinidade5. Afinidade5. Afinidade5. Afinidade Até o final da república, a extinção da afinidade não impedia o casamento entre um dos cônjuges e os parentes da linha reta do outro. Podiam casar: � sogro e nora; � sogra e genro; � padrasto e enteada, embora a união fosse reprovado pelos mores. A partir do direito clássico, ao contrário, quando desfeita a sociedade conjugal, as pessoas que estavam ligadas pela afinidade na linha reta não podiam casar: constituía uma nefária atque incestae nuptiae. COMPARAÇÃO COM O CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO DIREITO ROMANO CÓDIGO CIVIL BRASILEIROLEI Nº 10.406, DE 10.01.2002 São parentes na linha reta as pessoas que, descendendo de um mesmo tronco ancestral, descendem umas das outras, na escala de ascendência ou descendência. Art.1.591. São parentes, em linha reta, as pessoas que estão umas para com as outras na relação de ascendentes e descendentes. COMPARAÇÃO COM O CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO DIREITO ROMANO CÓDIGO CIVIL BRASILEIROLEI Nº 10.406, DE 10.01.2002 São parentes na linha colateral, as pessoas que, procedendo do mesmo tronco ancestral, não descendem umas das outras. Até a República, o limite era o sexto grau, depois o quarto grau. Art. 1.592. São parentes em linha colateral ou transversal, até o quarto grau, as pessoas provenientes de um só tronco, sem descenderem uma da outra. COMPARAÇÃO COM O CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO DIREITO ROMANO CÓDIGO CIVIL BRASILEIROLEI Nº 10.406, DE 10.01.2002 Art. 1.593. O parentesco é natural ou civil conforme resulte da consanguinidade ou outra origem. A família se origina aut natura, aut iure (D.50,16,195,2). COMPARAÇÃO COM O CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO DIREITO ROMANO CÓDIGO CIVIL BRASILEIROLEI Nº 10.406, DE 10.01.2002 O parentesco por cognação, na linha reta, conta-se para cima ou. para baixo pelo número ou pelo intervalo (grau) entre as gerações. Na linha colateral, partindo-se de um parente, sobe-se até o ancestral comum descendendo até o outro parente, contando-se as gerações ou os graus. Art. 1594. Contam-se, na linha reta, os graus de parentesco pelo número de gerações, e, na linha colateral, também pelo número delas, subindo, porém, de um dos parentes até o ascendente comum, e descendo, depois, até encontrar o outro parente. COMPARAÇÃO COM O CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO DIREITO ROMANO CÓDIGO CIVIL BRASILEIROLEI Nº 10.406, DE 10.01.2002 Afins são os cognados do homem e da mulher (D,4,3), ou seja, os parentes do marido e da mulher, com fundamento na (consanguinidade de um e do outro; sogro, sogra, genro, nora. São também afins na linha reta: padrasto, madrasta, enteado, enteada (D.38, 10,4,30). Art. 1.595. Cada cônjuge ou. companheiro é aliado aos parentes do outro pelo vínculo da afinidade. § lº O parentesco por afinidade limita-se aos descendentes, aos ascendentes e aos irmãos do cônjuge ou companheiro. COMPARAÇÃO COM O CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO DIREITO ROMANO CÓDIGO CIVIL BRASILEIROLEI Nº 10.406, DE 10.01.2002 A partir da República, desfeita a sociedade conjugal, a afinidade na linha reta não se extinguia para efeito das justas núpcias. Art. 1.595, § 2º Na linha reta, a afinidade não se extingue com a dissolução do casamento ou da união Estável. COMPARAÇÃO COM O CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO DIREITO ROMANO CÓDIGO CIVIL BRASILEIROLEI Nº 10.406, DE 10.01.2002 Lei das XII Tábuas, IV, 4: "Se um filho póstumo nasceu até o décimo mês após a dissolução do matrimônio, que esse filho seja reputado legítimo". Art. 1.597. Presumem-se concebidos na constância do casamento os filhos: I - nascidos 180 (cento e oitenta) dias, pelo menos, depois de estabelecida a convivência conjugal II -Nascidos nos 300 (trezentos) dias subseqüentes à dissolução da sociedade conjugal por morte, separação Judicial, nulidade e anulação do casamento. 4 Justas Núpcias.pdf Professor: José Orlando de Farias DIREITO ROMANO 1. Conceito Segundo Fustel de Coulanges, “a primeira instituição estabelecida pela religião doméstica foi o casamento”, que encontrava fundamento na necessidade da continuidade da família, na manutenção do fogo sagrado, porquanto a interrupção da estirpe constituía uma desgraça, desaparecia a religião, extinguia-se o lar, os antepassados caiam no esquecimento e a sagrada flama do altar doméstico não brilhava mais. Acontecia de acordo com o ius civile, definida por Justiniano como: �Núpcias ou matrimônio é a união do homem e da mulher, com indivisível comunhão de vida. Ainda na definição de Justiniano, encontra-se o fundamento do casamento cristão, indissolúvel e monógamo. Modestino se reporta à ideia de uma comunhão integral de vida e de bens, que não se distancia da primeira, mas reflete o ideal do paganismo. 2. Características O casamento romano tinha duas características: � Monogamia � Patriarcalismo, fundamentado na autoridade do paterfamilias, exercida sob todos os filhos, mesmo se estes já estivessem casados. 3. Os Esponsais A realização do casamento era assegurada por um acordo verbal prévio – esponsais. Em Ulpiano, encontramos que os esponsais são assim chamados pelo compromisso existente, de onde vêm os nomes de esposo e esposa, desposado e desposada, na visão de Florentino. A dissolução desse acordo se materializava nos seguintes casos: � morte de um dos promitentes; � impedimento legal; � acordo das partes; � escusa justificada de uma das partes. 3.1. Requisitos para a validade dos esponsais � idade mínima 07 anos � condições necessárias para o casamento � acordo de vontades 3.2. A dissolução dos esponsais se materializava: a) morte de um dos promitentes b) impedimento legal; c) acordo das partes e d) escusa justificada de uma das partes. 4. Requisitos para a validade do casamento Para o casamento ser válido é necessário os seguintes requisitos: �Consentimento: Cabia aos noivos recorrer ao magistrado para suprir esse consentir. � Idade: 14 anos para o homem e 12 para a mulher. � Ius Connubii: era a capacidade jurídica para contrair justas núpcias, pertinente tão-somente aos cives romani. �Ausência de impedimentos: A intervenção da legislação se fez presente quando estabeleceu determinados impedimentos de ordem ética, social e religiosa. 5. Tipos de Casamento 5.1. Casamento Cum Manu Manus era o poder marital sobre a mulher. Este aconteceu de três formas: � Confarreatio (casamento solene, religioso, primitivo dos patrícios, fundamentado nas vetustas tradições do culto sagrado); � Coemptio (casamento dos plebeus, realizado na presença de cinco testemunhas)e � Usus (Era o casamento que se concretizava depois que o homem e mulher convivessem durante um ano ininterruptamente). 5.1.1.Efeitos do casamento cum manu � resulta de uma subordinação jurídica da mulher ao paterfamilias do marido. � A mulher assume a condição social do marido � O domicilio do marido é considerado o domicilio do matrimonio � A mulher está obrigada à fidelidade, ficando sujeita em caso de adultério a uma reação violenta por parte do marido ou do paterfamilias deste, que não era defeso pela lei. � A obrigação de fidelidade não era recíproca. Efeitos para a mulher: � Ingressava na família in loco filiae. � Sofria uma capitis deminutio mínima � O marido ou o paterfamilias do marido, adquirindo a manus, passava a ter sobre ela poderes semelhantes aos da pátria potestas � Quanto aos bens, se ela era sui juris, todos os bens passavam a fazer parte do patrimônio da domus. Se ela era alieni juris, não possuía bens, podendo, contudo, ter um dote. 5.2. Casamento Sine Manu � Era desprovido do formalismo do casamento cum manu. Caracterizava-se tão-somente por uma cerimônia plena de simplicidade. Nesse casamento, o marido não adquiria a manus sobre a mulher, que mantinha o status familiae anterior à união e conservava os seus bens, mesmo os adquiridos na constância do casamento. 6. Nulidade do casamento �A realização do casamento sem o preenchimento de um dos requisitos necessários a sua validade. 7. DOTE �Por ocasião do casamento havia a entrega do dote (conjunto de bens oferecido pela mulher para atenuar os encargos. 7.1.Tipos de dote: � Dote profecticio, constituído pelo pai em favor da filha alieni juris � Dote adventício, constituído pela própria mulher sui juris � Dote receptício, era a estipulação do quantum dotal que deveria ser restituído à mulher, por ocasião da dissolução da sociedade conjugal. 8. Extinção da Sociedade Conjugal A dissolução da sociedade conjugal ocorria: ■ com a morte de um dos cônjuges; ■ perda do jus connubii ■ pelo divórcio ou repúdio. No direito justinianeu, conheciam-se quatro espécies de divórcio: �Divortium ex-justa causa (resultante de uma causa ou motivo previsto em lei); �Divortium bona gratia (entendimento dos cônjuges); �Divortium sine justa causa (repúdio de um dos cônjuges pelo outro); �Divortium communi consensu (acordo pelos cônjuges, sem causa justa). 9. Uniões Diferentes das Justas Núpcias � Concubinatus – é uma união estável entre duas pessoas de sexos diversos, sem a voluntas de serem maridos e mulheres. No inicio, era uma união de natureza inferior que não nivelava socialmente a mulher ao marido, nem subordinava o marido à pátria potestas do paterfamilias. No Baixo Império, o concubinato foi considerado pelo código teodosiano como distinto da simples união de fato. � Matrimonium sine connubio – era a união entre romanos e peregrinos e entre peregrinos de cidades diferentes. � Matrimônio Nacional dos Estrangeiros – o que acontecia de acordo com direito nacional. � Contubernium – união entre escravos ou escravo com pessoa livre. COMPARAÇÃO COM O CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO DIREITO ROMANO CÓDIGO CIVIL BRASILEIROLEI Nº 10.406, DE 10.01.2002 De acordo com as Institutas de Justiniano, núpcias ou matrimônio é a união do homem e da mulher, com indivisível comunhão de vida. Para Modestino, núpcias são a conjunção do homem e da mulher, consórcio para toda vida, comunicação do direito divino e humano. Para a doutrina civilista, o casamento é o vinculo jurídico entre o homem e a mulher que visa o auxilio mútuo material e espiritual, de modo que haja uma integrarão fisiopsíquica e a constituição de lima família. COMPARAÇÃO COM O CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO DIREITO ROMANO CÓDIGO CIVIL BRASILEIROLEI Nº 10.406, DE 10.01.2002 O casamento romano era um consórcio para toda a vida, comunicação do direito divino e humano. A igualdade de direitos não existia. A mulher estava submetida à manus do marido (quando ele fosse sui iuris) ou do paterfamilias deste (quando alieni iuris). Art. 1.511. O casamento estabelece comunhão de vida, com base na igualdade de direito e deveres dos cônjuges. COMPARAÇÃO COM O CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO DIREITO ROMANO CÓDIGO CIVIL BRASILEIROLEI Nº 10.406, DE 10.01.2002 O homem com 14 e a mulher com 12 anos (idade nupcial, quando atingiam a puberdade) podiam casar, com o consentimento dos espectivos patres. Se o paterfamilias tivesse morrido ou se fossem emancipados, tornavam-se sui iuris e o consentimento era dos próprios nubentes. Art. 1.517. O homem e a mulher com 16 anos podem casar, exigindo-se autorização de ambos os pais) ou de seus representantes legais) enquanto não atingida a maioridade civil. COMPARAÇÃO COM O CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO DIREITO ROMANO CÓDIGO CIVIL BRASILEIROLEI Nº 10.406, DE 10.01.2002 Se o pater negasse o consentimento por motivos injustificados, cabia aos noivos recorrer ao magistrado que poderia suprir esse consentir (Lex lulia de Maritandis (Ordinibus, 18 a. C.). Art. 1.519. A denegação do consentimento) quando injusta) pode ser suprida pelo juiz COMPARAÇÃO COM O CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO DIREITO ROMANO CÓDIGO CIVIL BRASILEIROLEI Nº 10.406, DE 10.01.2002 Não podiam casar: - Os parentes na linha reta, inclusive quanto aos adotados; - Os afins na linha reta (a partir do final da República); - Os colaterais, no direito antigo, até o 6°grau; no final da República, os parentes na linha colateral em 4° grau. Art. 1.521 Não podem casar: I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil; II - os afins em linha reta; III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante; IV - os irmãos) unilaterais ou bilaterais) e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive; COMPARAÇÃO COM O CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO DIREITO ROMANO CÓDIGO CIVIL BRASILEIROLEI Nº 10.406, DE 10.01.2002 - As pessoas casadas. Era o princípio da monogamia (D.3,2,1), único entre os povos da antiguidade; V - o adotado com o filho do adotante; VI - as pessoas casadas; VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte. ...................................... COMPARAÇÃO COM O CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO DIREITO ROMANO CÓDIGO CIVIL BRASILEIROLEI Nº 10.406, DE 10.01.2002 A mulher condenada por adultério (Lex Iulia de Adulteris, 18 a.c.); no direito justinianeu podia casar-se, exceto com seu cúmplice; - Ao tempo de Justiniano, o raptor com a raptada, mesmo que ela tivesse consentido o rapto; - O homem e a mulher alieni iuris, sem autorização dos respectivos patres. x - sem dispositivo correspondente XI - sem dispositivo correspondente XII - (Art. 1.517) caput) - O homem e a mulher com 16 anos podem casar, exigindo-se autorização de ambos os pais, ou de seus representantes legais) enquanto não atingida a maioridade civil COMPARAÇÃO COM O CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO DIREITO ROMANO CÓDIGO CIVIL BRASILEIROLEI Nº 10.406, DE 10.01.2002 - A viúva, antes dos dez meses seguintes à dissolução do casamento pela morte do marido, proibição que Justiniano estendeu ao divórcio; Art.1.523. lI: - A viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até 10 meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal; COMPARAÇÃO COM O CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO DIREITO ROMANO CÓDIGO CIVIL BRASILEIROLEI Nº 10.406, DE 10.01.2002 - Ao tempo de Marco Aurélio, o tutor, seus descendentes ou ascendentes com a pupila, antes da prestação de contas e ela atingir 25 anos. No direito pós- clássico, essa regra aplicou-se ao curador. - O governador ou magistrado de uma província com mulher do mesmo lugar, enquanto durar sua função; Art.1.523. IV - O tutor ou curador e os seus descendentes, ascendentes) irmãos) cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas. XVI - sem dispositivo correspondente. COMPARAÇÃO COM O CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO DIREITO ROMANO CÓDIGO CIVIL BRASILEIROLEI Nº 10.406, DE 10.01.2002 Era nulo o casamento realizado pelo furiosus. E sem o preenchimento de um dos requisitos necessários. Art. 1.548. É nulo o casamento contraído: I- pelo enfermo mental sem o necessário discernimento para os atos da vida civil; II - por infringência de impedimento. COMPARAÇÃO COM O CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO DIREITO ROMANO CÓDIGO CIVIL BRASILEIROLEI Nº 10.406, DE 10.01.2002 O dote (dos, rex uxoriae) podia ser constituído pelo pater ou seus ascendentes (profectício), pela própria mulher ou outra pessoa (adventício) Sem dispositivo correspondente na Lei em epígrafe. COMPARAÇÃO COM O CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO DIREITO ROMANO CÓDIGO CIVIL BRASILEIROLEI Nº 10.406, DE 10.01.2002 A partir do direito justinianeu, extinto o matrimônio, o dote deveria ser restituído à mulher ou a seus herdeiros. Sem dispositivo correspondente. COMPARAÇÃO COM O CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO DIREITO ROMANO CÓDIGO CIVIL BRASILEIROLEI Nº 10.406, DE 10.01.2002 A sociedade conjugal terminava com: - a morte de um dos cônjuges; - perda do ius connubii; - quando um dos cônjuges sofresse uma capitis deminutio referente ao staus liberfatis ou civitatis; - pelo divórcio ou repúdio. Art. 1.571. A sociedade conjugal termina; I - Pela morte de um dos cônjuges; II - Pela nulidade ou anulação do casamento; III - Pela separação judicial; IV - Pelo divórcio; § lº O casamento válido só se dissolve pela morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio, aplicando-se a presunção estabelecida neste Código quanto ao ausente. COMPARAÇÃO COM O CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO DIREITO ROMANO CÓDIGO CIVIL BRASILEIROLEI Nº 10.406, DE 10.01.2002 Concubinato era a união de pessoas que estavam impedidas de convolar as justas núpcias. Art. 1.727. As relações não eventuais entre o homem e a mulher, impedidos de casar; constituem o concubinato. 5 Do Dote.pdf DIREITO ROMANODIREITO ROMANO 1. DO DOTE 1. DO DOTE 2. DA ADO2. DA ADOÇÇÃO ÃO 3. LEGITIMA3. LEGITIMAÇÇÃO ÃO 4. EMANCIPA4. EMANCIPAÇÇÃOÃO Professor: JosProfessor: Joséé Orlando de Farias Orlando de Farias 1. DO DOTE 1.1. Noção Surgiu na Roma à época do casamento cum manu. Seu fundamento se encontra na compensação da perda que a mulher sofria de seus direitos sucessórios, na sua família de origem, quando rompe todo vínculo agnatício com ela. Existia, também, no casamento sine manu. Nesse caso, o patrimônio dos cônjuges se encontrava separado. 1.2. Tipos de Dote � Profecticio – era constituído pelo pai em favor da filha alieni iuris. � Dote Adventício – Constituído pela própria mulher sui iuris, ou outra pessoa, um terceiro, por exemplo, que não fosse o pai ou ascendente paterno. � Dote Receptício – à mulher, seus herdeiros, ou a quem constituiu o dote, por ocasião da dissolução da sociedade conjugal. 1.3. Modos de Constituição do Dote � Promissio – promessa do dote, feita verbalmente ao noivo ou ao paterfamilias deste, sob condição tácita de que o casamento se realizasse. � Dictio – espécie de contrato, em que se usavam palavras sacramentais, pronunciadas pelo ofertante, fixando o valor ou o montante dos bens dotais. � Datio – transferência efetiva dos bens dotais para o patrimônio do marido, quando da realização do casamento, por meio dos processos mancipatio, in iure cessio ou traditio. 1.4. Restituição do Dote Extinto o matrimônio, o dote que havia sido constituído para amenizar ou atenuar o ônus dele decorrente perdia a razão de ser e, por isso, seria justo restituí-lo. No direito justinianeu, o regime dotal sofreu várias modificações. A propriedade do marido sobre os bens dotais era, portanto, temporária, como uma espécie de usufruto. Surgiu uma nova ação dotal, a actio ex stipulatu, parecida com a ação res uxoriae. A diferença se materializava na inexistência das antigas retenções patrimoniais que o marido podia fazer. 2. DA ADOÇÃO 2.1 Noção No Direito Romano era o ato jurídico pelo qual um estranho ingressava como filho numa família que não era a sua de origem. A adoção tinha origem, portanto, no remoto dever de perpetuar o culto domestico. Visava perpetuar o culto aos manes, ameaçado de extinção pela falta de descendente na linha masculina. Teve por objetivo dar herdeiro político a quem não tinha. 2.2. Tipos de adoção 2.2.1) Ad rogatio 2.2.2) Adoptio 2.2.Tipos de adoção 2.2.1) Ad rogacio – quando o adotado, uma pessoa sui juris, ingressava com todos os seus descendentes na família de outro paterfamilias que também adquire seu patrimônio inteiro, numa verdadeira sucessão intervivos. Dela sempre puderam participar os pebleus. O ad-rogante deveria ser um paterfamilias, sem herdeiro masculino. 2.2. Tipos de adoção 2.2.2) Adoptio – ocorria quando um alieni juris (homem ou mulher) saia de sua família de origem para colocar-se sob outra pátria potestas. 2.2.Tipos de adoção Adoptio compreendia duas fases: Na primeira, ocorria a extinção da pátria potestas, quando o paterfamilias fazia com que o filho ou filha ficasse in mancipio do adotante. Essa pessoa o manumitia. O procedimento se repetia por três vezes. Na ultima, ocorria a liberação da potestas do paterfamilias de origem. Na segunda parte, surgia a pátria postestas sobre o adotado para o adotante por meio de um processo solene, chamado in iure cessio. Comparecia perante o magistrado o adotante, o adotando e o alieni juris. 2.3. Principio Adoptio Naturam Imitatur Significa que a adoção ou a ad-rogação deveria criar uma relação semelhante à filiação derivada das justas núpcias. COMPARAÇÃO COM O CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO DIREITO ROMANO CÓDIGO CIVIL BRASILEIROLEI Nº 10.406, DE 10.01.2002 A adoção era prerrogativa do paterfamilias, e se realizava de dois modos: adoção propriamente dita, quando se tratava de um alieni iuris; e ad- rogação quando se tratava de um sui iuris. Art. 1618. Só a pessoa maior de 18 anos pode adotar. Parágrafo único. A adoção por ambos os cônjuges ou companheiros poderá ser formalizada, desde que um deles tenha completado 18 anos de idade, comprovada a estabilidade da família. COMPARAÇÃO COM O CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO DIREITO ROMANO CÓDIGO CIVIL BRASILEIROLEI Nº 10.406, DE 10.01.2002 o adotante deveria ser, no mínimo, 18 anos, mais velho que o adotado. Era o principio do direito justinianeu adoptio naturam imitatur. Art. 1619. O adotante há de ser pelo menos 16 (dezesseis) anos mais velho que o adotado. COMPARAÇÃO COM O CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO DIREITO ROMANO CÓDIGO CIVIL BRASILEIROLEI Nº 10.406, DE 10.01.2002 Somente o paterfamilias tinha competência para adotar. Art. 1622. Ninguém pode ser adotado por duas pessoas, salvo se forem marido e mulher, ou viverem em união estável. COMPARAÇÃO COM O CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO DIREITO ROMANO CÓDIGO CIVIL BRASILEIROLEI Nº 10.406, DE 10.01.2002 O adotado ingressava na nova família na condição de filho, desligando-se de sua família de origem. No caso da ad- rogação, gravame maior, porque se tratava de um sui iuris com todos os seus descendentes, cuja família deixava de existir. Art. 1626. A adoção atribui a situação de filho ao adotado, desligando-o de qualquer vinculo com os pais e parentes consanguineos, salvo quanto aos impedimentos para o casamento. 3. LEGITIMAÇÃO 3.1. Noção Foi desconhecida até o período clássico. Tinha a finalidade de melhorar a situação dos filhos naturais, fazendo-os cair sob a pátria potestas do pai concubino. 3.2. Formas de Legitimação � Oblação à Cúria – a cúria, como unidade política, servia além de base para cobrança de impostos, para convocação militares e votação de leis. O pai oferecia o filho para o cargo de decurião. � Por escrito imperial – determinava que os filhos legitimados passavam a ter os mesmo direitos dos legítimos. � Pelo subseqüente casamento dos pais – a legitimação pelo casamento subseqüente dos pais surgiu ao tempo de Constantino. Legitimada a situação dos pais, estava regularizada a situação dos filhos. COMPARAÇÃO COM O CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO DIREITO ROMANO CÓDIGO CIVIL BRASILEIROLEI Nº 10.406, DE 10.01.2002 A legitimação pelo subsequente casamento dos pais estava presente no código anterior. Sem dispositivo correspondente nesta Lei. COMPARAÇÃO COM O CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO DIREITO ROMANO CÓDIGO CIVIL BRASILEIROLEI Nº 10.406, DE 10.01.2002 Os filhos legitimados eram equiparados aos legítimos. Sem dispositivo correspondente nesta Lei. 4. EMANCIPAÇÃO 4.1. Noção Era um ato jurídico da competência exclusiva do paterfamilias que, independente da vontade do emancipado (filho ou filha), excluía-o de sua pátria potestas, fazendo-o passar de uma situação de alieni iuris para sui iuris. COMPARAÇÃO COM O CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO DIREITO ROMANO CÓDIGO CIVIL BRASILEIROLEI Nº 10.406, DE 10.01.2002 A menoridade não se extinguia enquanto o paterfamilias estivesse vivo, exceto se o filho fosse emancipado pelo pater. Com a morte deste, contudo, todos se tornavam sui iuris, ou seja, tornavam-se capazes, com exceção dos impúberes que caiam sob o instituto da tutela até completar a puberdade. Art. 5º A menoridade cessa aos 18 anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil. Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: I- pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver 16 anos completos. COMPARAÇÃO COM O CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO DIREITO ROMANO CÓDIGO CIVIL BRASILEIROLEI Nº 10.406, DE 10.01.2002 II- pelo casamento; III- Pelo exercício de emprego público efetivo; IV- Pela colação de grau em curso de ensino superior; V- Pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com 16 (dezesseis) anos completos tenha economia própria.
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