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Retífica Oficial

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1 ESCOLA DE ENGENHARIA DE PIRACICABA
 Fundação Municipal de Ensino de Piracicaba
 
Processo de Retificação
 
	
	
	
	
	Grupo 1
	
	
	
	
Laboratório de Processo de Usinagem
Piracicaba SP 
Novembro de 2014
Processo de Retificação
	201200767
	Augusto Soave
	201200870
	Diego Formaggio
	201101157
	Edenilson Carlos Paesman
	201200735
	Elias Zem
	201200751 
	Estefania Couto Segura
	201200833
	Fabrício Gom da Silva
	201200782
	Matheus Menezes Santana
	201200901
	Wil Cleiton Braseliano
Relatório referente à aula prática 
de Retificação, apresentado
 como requisito parcial da disciplina do 6º Semestre do curso de Engenharia Mecânica, Laboratório de Processos de Usinagem, da
 
Escola de Engenharia de Piracicaba, sob a orientação do Prof. Dr. Antônio Fernando Godoy.
SUMÁRIO
LISTA DE TABELAS
Nenhuma entrada de índice de ilustrações foi encontrada.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Retífica Cilíndrica Universal	9
Figura 2: Rebolos	13
Figura 3: Desenho da peça usada na prática Retífica Cilíndrica	15
Figura 4: Especificações Retífica Cilíndrica	16
Figura 5: Desenho da peça usada na prática Retífica Plana	19
Figura 6: Especificações Retífica Plana	19
Figura 7: Peça retificada na Retífica Plana	22
Figura 8: Pela retificada na Retífica Cilíndrica	23
Figura 9: Dressamento e Perfilamento	26
Figura 10: Formas de Rebolo	27
1. OBJETIVO DA PRÁTICA
	Nossa aula prática de Retificação teve como objetivo conhecer a retífica aprender sobre seu funcionamento e os processos de retificação através da confecção de duas peças conforme desenho fornecido. E também conhecer as ferramentas utilizadas nesta prática. Notou-se também a ênfase dada em segurança no manuseio da retífica e seus acessórios e ferramentas.
2. INTRODUÇÃO
2.1. Retíficas
	
Retífica é uma máquina-ferramenta que permite corrigir irregularidades por meio de usinagem por abrasão na superfície das peças. (NOVAE, R.; ZIELDAS. S.).
As operações de retífica se dão especialmente em situações onde a peça já vem de um processo de usinagem, como por exemplo torneamento ou fresamento onde se considera deixar sobre metal calculado, seguido do processo de tempera, o que causa expansão e contração do material, ou seja, o tamanho dos grãos do material sofre alteração. Com isso pode-se dizer que a superfície do material vem a apresentar erros de paralelismo, o que em algumas situações não é permitido dependendo da empregabilidade da peça. Dessa forma é aplicado o processo de retificação para correção da superfície.
Contudo podemos dizer que o caso acima citado não é o único no qual a retífica seja bem-vinda. Podem ser citados exemplos onde a máquina anterior que usinou o material não atinja o acabamento e a precisão necessária para o processo específico de cada peça. Dessa forma a retífica é amplamente conhecida por garantir a precisão de medidas, excelente acabamento superficial e correção de erros de forma, mais conhecidos como erros de paralelismo.
Pode-se dizer que uma Retífica é constituída basicamente de um eixo no qual se dá a atuação do rebolo em rotação, geralmente uma mesa em que seu movimento principal considera-se no eixo “X”. Sendo nessa mesa acoplada uma placa de castanhas e contra ponto no caso de retíficas cilíndricas e dispositivos magnéticos no caso de retíficas planas.
2.2. Tipos de Retíficas
Juntamente com a invenção da Retífica, surgiram os mais variados tipos de Retíficas, atendendo a todos os serviços e solicitações nas quais possa se utilizar o trabalho de uma Retífica. Abaixo podemos conhecer os seguintes modelos: 
Retífica Plana: É dado esse nome devido a característica principal de retificações planas englobadas dentro das superfícies paralelas, planas ou inclinadas. Esse modelo de retífica possui estrutura semelhante a fresadora universal. É composta por uma mesa que geralmente movimenta se nos eixos “X” e “Y”, já o cabeçote é encarregado de movimentar-se no sentido vertical, ou seja, eixo “Z” onde é definida o que podemos chamar de profundidade de mergulho do rebolo. Lembrando que a movimentação dos eixos pode variar de acordo com cada fabricante. A movimentação dos eixos pode ser dada manualmente por intermédio de anel graduado, e também avanço automatizado. Na maior parte dos modelos de retífica plana o movimento da mesa é de forma motorizada, visando garantir um melhor acabamento na retificação das peças. Lembrando que o principal movimento nesse modelo de retífica é intermitente no sentido de vai e vem, já o movimento longitudinal varia de acordo com a largura do rebolo. A união dos movimentos horizontal e longitudinal garante a varredura de toda a superfície a ser retificada. Muito comum a presença da refrigeração líquida, sendo importantíssima a refrigeração nos processos abrasivos executados pela retífica. O modelo em questão é composto geralmente por base, mesa, eixo-árvore, fusos, anéis graduados, motor elétrico, sistema de refrigeração, cabeçote, rebolo, mesa magnética, painel elétrico, painel de comandos, iluminação, válvula de velocidade longitudinal e horizontal, e comandos de movimento horizontal, vertical e longitudinal. Suas características podem ser diferentes de acordo com cada fabricante. Esse modelo de retífica, é classificado pelo meio em que atua nas principais formas que são a retífica plana tangencial e a retífica plana vertical. 
Retífica Cilíndrica: esse modelo é empregado na retificação superfícies cilíndricas, podendo ser externas, internas e até mesmo planas no caso de eixos rebaixados. O funcionamento da retífica cilíndrica lembra muito o funcionamento de um torno. A retífica cilíndrica possui uma mesa na qual obtém-se o movimento horizontal no sentido de vai e vem. Sobre a mesa são instaladas as partes de movimento circular e fixação da peça, que são cabeçote porta peça onde geralmente é instalada uma placa de castanhas ou uma ponta seca com um pino de arraste, garantindo a movimentação circular da peça em torno de seu próprio eixo. Esse cabeçote porta peças pode ser submetido a inclinação graduada possibilitando retificação cônica. Já o contra ponto é móvel e fixado de acordo com a necessidade e preparação para cada peça, sendo equipado com ponta seca removível e inclinação graduada para interagir em situações de retificação cônica. O movimento da mesa é dado via avanço automatizado e equipado de limitadores de curso, os quais possibilitam preparar a máquina para retificar peças ao longo de seu comprimento, podendo ser exclusiva tal característica de cada peça. O cabeçote porta rebolo é responsável por transmitir os movimentos de rotação ao rebolo e avanço do rebolo em direção a peça a retificar. As retificações internas e cônicas são amplamente requeridas nas retíficas cilíndricas. No caso das retificações internas a peça é presa em uma placa de castanhas adaptada no cabeçote porta peça, o qual proporciona o movimento de rotação da peça, sendo acoplado via dispositivo adequado no cabeçote porta rebolo para executar a retificação interna. No caso de retificação cônica o processo assemelha-se a retificação paralela com a diferença de que rotaciona-se o cabeçote porta peça e o contra ponto, proporcionado um ângulo desejado entre a peça e o rebolo do cabeçote porta rebolo. A retífica cilíndrica é composta por base, sistema de refrigeração, fusos, motores elétricos, anéis graduados, limitadores de curso, controle de velocidade de avanço, mesa, contra ponto, cabeçote porta peça, cabeçote porta rebolo, painel elétrico, iluminação, painel de controle e proteção na área de usinagem. O movimento de rotação é transmitido para o rebolo via sistema de correias.
Retífica Center Less: Amplamente conhecida por sua alta produção e precisão, vitalmente utilizada para retificação em grande escala e grande velocidade, visando a produção de grandes lotes de peças. Todas as característicasinteriormente citadas com a enorme competência e eficiência em medidas. Seu funcionamento é dado basicamente por dois rebolos e uma régua de apoio. Um rebolo atua como curiosamente chamado de rebolo de arrasto, o que garante o movimento de rotação e avanço para a peça que está sendo retificada, o outro rebolo seria o rebolo principal ao qual é atribuído a tarefa de retificação, ou seja, a usinagem da peça. E a régua de apoio como o nome já nos leva a pensar, torna-se fundamental para manter a peça na posição desejada servindo como apoio. Diferentemente das retíficas anteriormente citadas esse modelo não dispõe de uma mesa onde a peça e fixada e movimentada em torno de seu próprio eixo.
 Podemos definir o processo de retificação center less da seguinte maneira: a peça é inserida via manual ou automática em um canal que guia a mesma até os dois rebolos, onde um rebolo é a ferramenta que retificará a peça e o outro rebolo que transmite o movimento de rotação e avanço para a peça. Lembrando que o rebolo guia também pode ser abrasivo.
A Retífica Center Less é constituída por painel elétrico, rebolo ferramenta, rebolo guia, lâmina de apoio, sistema de refrigeração da usinagem, iluminação, painel de comando, alavancas de comando, motores elétricos, anéis graduados, fusos e base.
Retífica CNC: Todos os modelos citados anteriormente podem ser englobados quando falamos em retífica CNC. Isso mesmo Retífica plana, Retífica Cilíndrica, Retífica Center Less e outros modelos mais específicos podem ser encontrados nas versões CNC. Uma característica muito forte e que determina o uso das retíficas CNC, são o alto desempenho e tempo-peça. Por exemplo uma retífica plana CNC é equipada com dressador consequentemente CNC, sendo apropriado e viável a afiação com alta eficiência dos rebolos em determinados perfis os quais sejam necessários, podendo assim retificar peças com alta eficiência e precisão. Uma outra característica marcante é a velocidade com que o dressamento do rebolo é feito, e também a troca de peça pode ser automatizada economizando tempo, evitando acidentes de trabalho. Altas rotações e avanços consequentemente maiores se comparados a retíficas convencionais. 
Dentro da gama de retíficas CNC podemos destacar os seguintes modelos:
Retífica de portal CNC: geralmente trata-se de uma máquina de grande porte, guiada via comando numérico computadorizado. Onde os movimentos longitudinal e vertical são atribuídos pelo portal, já o movimento horizontal se dá por meio de movimentação da mesa. Pode ser referenciado como base a retífica plana convencional a esse modelo. Grandes peças são capacitadas para essa máquina, como exemplo barramento de grandes Tornos, Fresas e mesas de máquina em geral.
Retífica Center Less CNC: o sistema de movimentação dos rebolos, velocidades de corte e RPM dos rebolos é controlado via comando numérico juntamente com o abastecimento de peças durante o processo de retificação. Tendo como princípio básico de funcionamento o sistema convencional referente.
Retífica cilíndrica CNC: pode ser notado sua semelhança com um centro de usinagem, contendo fuselagem, iluminação, comando numérico computadorizado, movimentação das partes via comando CNC incluindo o dressador de rebolos, painel de comandos, painel elétrico, sistema de refrigeração da usinagem, sistema de refrigeração do fluído de usinagem, mesa, cabeçote porta rebolo, cabeçote porta peça e cabeçote fixo.
Importante destacar que características tais como fuselagem, iluminação painel de comandos, painel elétrico, sistema de refrigeração, sistema de movimentação das partes internas e o sistema numérico computadorizado é simplesmente a base de qualquer modelo de retífica CNC que venha ser estudado. Podendo ter variação em suas características mais relevantes de acordo com cada fabricante.
2.3. Partes principais da Retífica cilíndrica universal
Pegando como base a Retífica cilíndrica universal, teremos as seguintes principais partes da Retífica: 
Figura 1: Retífica Cilíndrica Universal
Fonte:HTTP://WWW.ESSEL.COM.BR/CURSOS/MATERIAL/01/PROCESSOSFABRICACAO/54PROC3.PDF
1 – Rebolo: responsável por usinar a peça.
2 – Cabeçote Porta Rebolo: parte muito importante da máquina onde são acoplados rebolo, motor, sistema de polias e sistemas de refrigeração.
3 – Cabeçote Porta Peça: geralmente é composta por um motor elétrico e um sistema que permite a utilização de ponta seca combinada com pino de arrasto ou placa de castanhas universal para fixar e dar movimento de rotação a peça.
4 – Mesa: fundamental parte da máquina, responsável pelo movimento horizontal e por dar suporte ao cabeçote porta peça e contra ponto.
5 – Contra Ponto: extremamente importante na usinagem de eixos longos possibilitando a usinagem dos mesmos. Podendo ser movido e inclinado e adaptado de acordo com cada necessidade específica.
6 – Painel de Comandos: esse painel permite executar comandos na máquina os quais sejam dependentes de eletricidade, como ligar a máquina, a refrigeração e iluminação por exemplo. Possuindo também botão de emergência.
7 – Manípulo com anel graduado: permite movimentar com precisão seu eixo correspondente, seja em movimentos de usinagem ou movimentos aleatórios.
8 – Limitadores horizontais: após a preparação da retífica para determinada operação o movimento horizontal pode ser estabelecido entre um ponto e outro na horizontal através dos mesmos.
9 – Base: geralmente a base é a estrutura da máquina onde a maior parte dos componentes são presos e regulados. A base da suporte e firmeza para a máquina, daí então é tão importante sua construção robusta e no material adequado.
2.4. Acessórios da Retífica 
	Rebolo: existem diversos tipos de rebolos que complementam as mais variadas operações realizadas pela retífica. O rebolo é a principal ferramenta utilizada em contato direto com a peça nas operações de retificação.
	Placa de castanhas universal: presa no cabeçote porta peça, possibilita prender os eixos e peças a serem retificadas. Dependendo do comprimento da peça são unicamente responsáveis por prende-las e dar movimento de rotação, e dependendo do comprimento sua utilização é complementada com o contra ponto.
	Dressador: forma extremamente eficiente de afiar o rebolo. Trata-se de um suporte com ponta diamantada, quando entra em contato com o rebolo desgastado o rebolo e assim deixando os grãos ponte agudos, ideal para o processo de retificação. Podendo ser empregado na construção de perfis no rebolo.
	Ponta seca: ferramenta importante para prender eixos compridos entre pontas. Através de furo de centros nas extremidades do eixo.
	Placa de Arraste: esse suporte serve para usinar eixos entre pontas juntamente com a ponta seca. Pode ser descrito como um anel com um parafuso que pode fixar um eixo quando acoplado em seu centro. Na parte de trás desse anel sai um pino que trava na chaveta que está fixa no eixo de rotação do cabeçote porta peça. Dando-se assim o movimento de rotação a peça.
	Balanceador de rebolos: esse equipamento não atua constantemente na usinagem da peça juntamente com a mesma em funcionamento. Porém sua importância é vital na vida da retífica. Esse dispositivo permite fazer o balanceamento do rebolo nos flanges em que serão acoplados na máquina. Esse procedimento se dá por pequenas partes metálicas que podem ser movidas e com isso feito o balanceamento do rebolo a ser utilizado.
 
2.5. Operações da Retífica cilíndrica Universal
	O movimento de rotação do rebolo é dado pelo motor elétrico acoplado no cabeçote porta rebolo e transmitido por correias até o mancal onde é preso o rebolo. Já o movimento de rotação da peça é dado pelo motor acoplado no cabeçote porta peças e transmitido por engrenagens até o eixo de rotação onde a peça está fixada.
Retificação externa: Operação realizada para correção de imperfeições na geometria do material, aprimoramento do acabamento e calibração de medidas. Essa operação é realizada no diâmetro externo da peça.
Retificação interna:Prepara-se a máquina de tal forma a retificar os diâmetros internos da peça. Podendo se corrigir de imperfeições na geometria do material, aprimorar o acabamento e calibrar as medidas.
Retificação Cônica: essa operação pode ser realizada interna ou externamente, por isso pode englobar as duas operações acima citadas. Para eixos curtos pode ser efetuada apenas com a placa universal onde a peça e presa e centralizada, inclina-se o cabeçote porta peças criando um ângulo entre a peça e o rebolo. No caso da retificação cônica interna um rebolo específico é acoplado no suporte do cabeçote porta rebolo.
Para retificações cônicas de eixos maiores utiliza-se prender a peça entre pontas utilizando a placa de arraste. Inclina-se o cabeçote porta peça e também o contra ponto que está equipado de ponta seca, criando um ângulo entre a peça e o rebolo. Dessa forma realiza-se a operação desejada.
2.6. Ferramentas de corte para Retífica 
	O rebolo é principal se não a única ferramenta de corte para Retífica. Quando solicitado o trabalho em uma retífica, antes de qualquer passo é necessário seguir os seguintes cuidados para selecionar o rebolo ideal para o trabalho:
Identificar o material da peça a ser retificada.
Definir o tipo de operação a ser executada.
Definir o tipo de abrasivo apropriado, por exemplo óxido de alumínio, carbeto de silício, etc.
Tamanho do grão abrasivo.
Definir o aglomerante ou liga indicado, ou seja, o aglomerante da coesão ao rebolo podendo ser vitrificado, resinoide ou de borracha.
Verificar se o rebolo está trincado. Bater levemente com uma chave ou macete no rebolo e prestar atenção no som emitido, se for um som agudo parecido com sino significa que o rebolo está bom, se for um som opaco significa que o rebolo esta trincado e não deve ser usado.
E finalmente o Balanceamento do rebolo nos flanges. (Balanceamento é o processo idêntico ao de balancear o pneu dos automóveis. Prende-se o rebolo nos flanges contendo pesos ao redor de sua circunferência, os pesos são posicionados em lugares estratégicos, com um eixo no centro dos flanges o rebolo é posicionado no suporte de balanceamento. O rebolo deve ser movimentado levemente e deve repousar em 3 vezes em 3 posições diferentes uma a 120° da outra.
Após os cuidados tomados vamos conhecer os principais tipos de rebolos para retificação.
Como já mencionamos acima que o rebolo é a ferramenta de corte da retífica. A superfície de um rebolo é abrasiva e constituída de grãos de carbeto de silício, óxido de alumínio, óxido de alumínio branco, óxido de alumínio marrom entre outros. Seu processo com a peça se dá pela abrasão, sendo característico pela remoção pequena de material da peça, estamos falando de fragmentos muito pequenos. É importante considerar cinco elementos nos rebolos:
Abrasivo – o material que compões os grãos do rebolo
Granulação – tamanho dos grãos abrasivos
Aglomerante – material que une os grãos abrasivos
Grau de dureza – resistência do aglomerante
Estrutura – porosidade do disco abrasivo
A seguir podem ser observados os tipos de rebolos que devem ser considerados de acordo com cada trabalho a ser realizado na retífica.
	Rebolo disco reto: afiação de brocas e ferramentas diversas e retificações planas, inclinadas, perpendiculares, externas, internas e cilíndricas.
	Rebolo perfilado: peças perfiladas.
	Rebolo disco: afiação de machos, brocas.
	Rebolo prato: afiação de fresas de forma, fresas detalonadas, fresas cilíndricas, fresas frontais e fresas de disco.
	Rebolo copo reto: afiação de fresas frontais, fresas de topo, fresas cilíndricas, machos e cabeçotes porta bits.
	Rebolo copo cônico: afiação de fresas angulares, rebaixadores, brocas de 3 e 4 arestas cortantes, fresas frontais e fresas de topo.
	Rebolos segmentos: retificação plana de ataque frontal no faceamento de superfícies.
	Rebolos pontas montadas: ferramentas de cortes e estampos em geral.
	Rebolo reto: esse modelo de rebolo possui uma gama de opções muito grande, é o principal modelo quando solicitado trabalho de retificação de superfície plana. A cobertura da face do rebolo pode variar de 10 mm até 400 mm no caso de Retífica Center Less..
	A coloração do rebolo determina sua dureza, o tipo de material a ser retificado, sua composição de ligante e quais os abrasivos estão incorporados em sua estrutura.
Figura 2: Rebolos
Fonte: Universidade Federal de Santa Catarina, 2009, SEMINÁRIO REBOLOS.
2.7. Fórmulas Matemáticas aplicadas para o processo de retificação cilíndrica.
Para calcular a rotação da peça utiliza-se a seguinte equação:
 Equação 1
Onde:
Vc= Velocidade de corte (m/min)
= Diâmetro da peça (mm)
Para o cálculo da rotação do rebolo aplica-se a fórmula abaixo.
 Equação 2
Onde:
Vc=Velocidade de corte (m/min)
=Diâmetro do rebolo (mm)
A velocidade de corte do rebolo é fornecida pelo fabricante.
	É valo considerar que no caso das retíficas convencionais de uma forma geral a rotação e o avanço não sofrem grande alteração devido a limitação das máquinas, havendo caso de máquinas que assumem uma única rotação para qualquer operação a ser realizada. Já as retíficas CNC são passíveis de alteração de rotações e avanço com maior opção.
3. DESCRIÇÃO DA PRÁTICA
A aula prática de retificação teve início com uma explanação pelo técnico do laboratório e pelo professor sobre o porquê de se executar um processo de usinagem pelo método da retificação, que são: melhor acabamento, precisão de medida (obtenção de tolerâncias apertadas), correção ou diminuição dos erros de forma como paralelismo ou por serem peças com tratamento como têmpera, por exemplo, onde não é possível a usinagem entre outros. Falou também dos tipos de retífica existentes e sua utilização.
3.1 Processos de fabricação
3.1.1 Apresentação da Retífica Cilíndrica
Na apresentação da Retífica Cilíndrica pelo técnico do laboratório foram mostradas as suas partes principais, características, funcionamento, sistema de giro rebolo/peça onde o movimento é discordante, tipos e formas de rebolo assim como sua afiação (dressagem), a importância do balanceamento e a maneira como são feitos (estático ou dinâmico) e os cuidados a serem tomados no processo de retificação. Em seguida foi executado o processo em uma peça. 
3.1.2 Material utilizado
- Retífica Cilíndrica – Marca: Mello / Modelo: UNS-2 (Especificações da Retífica apresentadas na Figura 4).
- Peça conforme desenho (Figura 3) - Material: SAE1020
- Micrômetro 25-50 mm
- Tinta de traçagem (anelina);
Figura 3: Desenho da peça usada na prática retífica cilíndrica
Fonte: Desenhado pelo grupo
Figura 4: Especificações da Retífica Cilíndrica.
Fonte: Laboratório de Oficina Mecânica
3.1.3 Retificação Cilíndrica entre pontos, longitudinal passante
	A peça utilizada no processo encontrava-se usinada e com sobremetal adequado.
	nº
	Ordem de execução
	Observações
	01
	Antes de iniciar uma retificação de peças é necessário de que o rebolo esteja balanceado.
	- Utilizar o método Estático (dispositivo de balanceamento) ou Dinâmico (balanceador eletrônico).
	
	Retificar (dressar) o rebolo:
	
	02
	Acionar a botoeira de avanço do rebolo;
	
	03
	Fixar o suporte de diamante na mesa giratória;
	- Encostar a base do suporte na superfície de referência da mesa.
- Verificar se o ângulo de fixação do diamante está correto (5º - 15º visto da lateral da superfície do rebolo e 20º - 30º visto de cima do rebolo). Com o ângulo projetado dessa forma consegue-se manter sempre uma ponta bem afiada;
- Girar o diamante conforme o uso.
	04
	Acionar a botoeira do sistema hidráulico;
	- A moto bomba do mancal hidrostático entrará em movimento;
- A moto bomba do sistema hidráulico entrará em movimento;
	05
	Acionar a botoeira de partida do rebolo;
	
	06
	Aproximar a ponta do diamante, até encostar de leve, na superfície do rebolo, a ponto de fazer uma marca;
	- No caso do rebolo ter superfície irregular, encostar na superfície de maior diâmetro.
	07Abrir a válvula do refrigerante;
	- Não ligue o refrigerante antes de ligar o rebolo para não prejudicar o balanceamento;
- Manter o jato na ponta do diamante.
	08
	Sem efetuar corte, fazer o deslocamento para a direita e para a esquerda em velocidade baixa
	- Utilizar deslocamento manual da mesa;
- Eliminar com a ponta do diamante as sujeiras e impurezas incrustadas na superfície do rebolo.
	09
	Avançar cerca de 0,01mm no manípulo ajustador e efetuar a afiação do rebolo;
	- Não ultrapassar mais que 0,02mm de avanço para não quebrar a ponta do diamante.
- Resfriar com bastante líquido refrigerante para evitar a geração de calor no diamante.
	11
	Continuar a operação até obter um som de afiação igual e contínua na superfície inteira do rebolo;
	- A velocidade de deslocamento longitudinal varia conforme a granulação, rotação, formato da ponta do diamante, e da superfície de acabamento desejado.
	12
	Acionar a botoeira de retrocesso do rebolo;
	
	13
	Desligar a refrigeração; 
	
	14
	Acionar a botoeira de parada do rebolo;
	
	15
	Retirar o suporte de diamante da mesa giratória;
	
	
	Iniciar a retificação:
	
	16
	Colocar a alavanca de partida/parada da mesa na posição manual;
	
	17
	Retroceder o cabeçote porta rebolo o suficiente, para que, no avanço rápido de 40 mm, o rebolo não bata na ponta fixa, contra ponta ou na peça;
	
	18
	Preparar o cabeçote porta peça montando a ponta “seca” na luva e o pino de arraste na placa lisa;
	- Selecionar a ponta seca adequada ao tipo de peça a ser usinada;
- Limpar a parte cônica das duas peças.
	19
	Montar o cabeçote contra ponta posicionando-o de acordo com o tamanho da peça ajustando a força de compressão;
	-Verifique se a mesa e a base do dispositivo contraponta estão limpas. Essa limpeza é necessária para evitar desalinhamento da peça;
- Encostar a base do cabeçote contra ponta na superfície de referência da mesa.
	20
	Pintar a peça com tinta de traçagem (anelina);
	- Para observar melhor o movimento de contato do rebolo com a peça.
	21
	Fixe a peça entre pontas;
	- Lubrifique com graxa os contatos da contra ponta e da ponta com a peça para evitar grimpagem.
	22
	Acionar a botoeira de avanço do rebolo;
	- O cabeçote porta-rebolo terá avanço automático de 40 mm.
- Sairá refrigerante ao abrir a válvula.
	23
	Regular o curso do deslocamento longitudinal da mesa. A regulagem é feita por meio dos limitadores de curso da mesa e tem a finalidade de evitar que o rebolo bata no arrastador e no contraponta;
	- Ter cuidado para que o rebolo não ultrapasse mais de 1/3 de sua largura nas extremidades da peça;
- Esse procedimento pode ser seguido sem que o rebolo esteja em movimento.
	24
	Regular o paralelismo da peça em relação ao rebolo:
	
	25
	Ligar a botoeira de partida do rebolo e do cabeçote porta-peça;
	- Ajustar a velocidade de rotação da peça para ± 400 rpm;
- Verificar se a placa do cabeçote porta peça está girando no sentido anti-horário visto do lado do contra ponto.
	26
	Encoste o rebolo na peça cuidadosamente para fazer a referência, zerando o anel graduado de penetração do rebolo.
	- Fazer de forma lenta, observando a linha de contato peça/rebolo.
	27
	Faça uma penetração do rebolo de aproximadamente 0,005mm dando tantos passes quanto forem necessários para limpar a superfície da peça;
	
	28
	Colocar a alavanca seletora partida/parada da mesa na posição hidráulica;
	- A mesa moverá no sentido longitudinal;
- Ajustar a velocidade longitudinal da mesa;
	29
	Acionar a botoeira de retrocesso do rebolo;
	
	31
	Acionar a botoeira de parada do cabeçote porta-peça;
	
	32
	Desligar a refrigeração; 
	
	33
	Medir as duas extremidades da peça para fazer a correção do paralelismo;
	
	34
	Fazer a correção do paralelismo da mesa caso necessário;
	- Girar o parafuso de regulagem localizado na mesa longitudinal no sentido horário ou anti-horário, de acordo com a geometria apresentada;
	35
	Acionar a botoeira de avanço do rebolo;
	
	36
	Acionar a botoeira de partida do cabeçote porta-peça;
	
	37
	Ligar a refrigeração; 
	
	38
	Dar mais uma passada do rebolo na peça, com corte de pequena profundidade;
	
	39
	Repetir os passos 21 a 24 e verifique se o paralelismo foi corrigido;
	- Repita os passes quantas vezes forem necessárias até a correção do paralelismo.
	40
	Acionar a botoeira de avanço do rebolo;
	
	41
	Acionar a botoeira de partida do cabeçote porta-peça;
	
	42
	Ligar a refrigeração; 
	
	43
	Avançar o volante de deslocamento do cabeçote porta rebolo 0,005mm;
	- Utilizar o máximo de 0,015mm de avanço por passe.
	44
	Usine o eixo com passes sucessivos até que a peça fique de acordo com a dimensão desejada.
	- Ajustar para avanço intermitente do rebolo;
	45
	Obtendo-se a medida desejada, acionar a botoeira de retrocesso do rebolo, a botoeira de parada do cabeçote porta-peça e desligar a refrigeração.
	- Para a operação seguinte, para que o rebolo não bata na peça durante o avanço, retrocedê-lo apenas o sobrematerial de usinagem/2 + a usinagem em vazio.
	46
	Desligar a máquina, concluindo a operação.
	
3.2.1 Apresentação da Retífica Plana
A apresentação da Retífica Plana, e, assim como na Retífica Cilíndrica foram mostrados suas partes principais, características, funcionamento e cuidados a serem tomados no processo e em seguida executado a retificação da face da peça executada na prática número 03 (Processo de Furação).
3.2.2 Material utilizado
- Retífica Plana – Marca: (marca não apresentada pelo equipamento em questão) / Modelo: M618A (Retífica plana de avanço manual, com mesa magnética, retificação de peças pequenas Figura 6).
- Peça conforme desenho (Figura 5) - Material: SAE1020
- Micrômetro 0-25 mm
- Tinta de traçagem (anelina);
Figura 5: Desenho da peça usada na prática retífica plana
Fonte: Desenhado pelo grupo
Figura 6: Retífica Plana
 Fonte: Laboratório de Oficina Mecânica
3.2.3 Retificação de Superfícies Planas
	nº
	Ordem de execução
	Observações
	01
	Antes de iniciar uma retificação de peças é necessário de que o rebolo esteja balanceado.
	- Utilizar o método Estático (dispositivo de balanceamento) ou Dinâmico (balanceador eletrônico).
	
	Retificar (dressar) o rebolo:
	
	02
	Colocar o suporte do diamante na mesa;
	-Verifique se a mesa magnética e a base do suporte do diamante estão limpas. Essa limpeza é necessária para evitar desalinhamento da peça;
	03
	Acionar a botoeira liga placa magnética;
	- Certifique-se de que o suporte esteja fixado firmemente na mesa.
	04
	Baixar a mesa o suficiente, para que o diamante não bata no rebolo;
	
	05
	Acionar a botoeira de partida do rebolo;
	
	06
	Centralizar a ponta do diamante com o centro do rebolo;
	
	07
	Aproximar a ponta do diamante, até encostar de leve, na superfície do rebolo, a ponto de fazer uma marca;
	- No caso do rebolo ter superfície irregular, encostar na superfície de maior diâmetro.
	08
	Ligar o refrigerante;
	- Não ligue o refrigerante antes de ligar o rebolo para não prejudicar o balanceamento;
	09
	Sem efetuar corte, fazer o deslocamento para frente e para trás em velocidade baixa;
	- Eliminar com a ponta do diamante as sujeiras e impurezas incrustadas na superfície do rebolo.
	10
	Avançar cerca de 0,01mm no volante ajustador e efetuar a afiação do rebolo;
	- Não ultrapassar mais que 0,02mm de avanço para não quebrar a ponta do diamante.
- Resfriar com bastante líquido refrigerante para evitar a geração de calor no diamante.
	11
	Continuar a operação até obter um som de afiação igual e contínua na superfície inteira do rebolo;
	- A velocidade de deslocamento transversal varia conforme a granulação, rotação, formato da ponta do diamante, e da superfície de acabamento desejado.
	12
	Desligar a refrigeração; 
	
	13
	Acionar a botoeira de parada do rebolo;
	
	14
	Acionar a botoeiradesliga placa magnética;
	
	15
	Afastar suporte de diamante do rebolo e retirá-lo da mesa;
	- Limpar mesa magnética;
	
	Iniciar a retificação:
	
	16
	Colocar a peça na mesa magnética;
	- Verifique se a peça não contém rebarbos na face que estará em contato com a mesa. Elimine-os com lima caso contenha para evitar o empenamento da peça.
- Colocar a peça suavemente sobre a placa magnética:
- Sempre que possível, dar um passe na base da peça para não transferir erros para a face superior.
	17
	Acionar a botoeira liga placa magnética;
	- Certifique-se de que a peça esteja fixada firmemente na mesa.
	18
	Baixar a mesa o suficiente, para que a peça não bata no rebolo;
	
	19
	Acionar a botoeira de partida do rebolo;
	
	20
	Aproximar a peça da superfície do rebolo até tocá-lo levemente;
	- Fazer a aproximação de forma lenta para não haver contato brusco.
- Acione o movimento da mesa de modo que o rebolo entre em contato com a parte mais alta da superfície da peça.
	21
	Leve o anel graduado a zero.
	
	22
	Ligar o refrigerante;
	- Não ligue o refrigerante antes de ligar o rebolo para não prejudicar o balanceamento;
	23
	Desloque a mesa na posição transversal e longitudinal até que a peça fique livre do rebolo.
	- A peça deve sobrepassar o rebolo no seu comprimento total, numa distância aproximada de 10 mm de cada lado;
- O avanço transversal deve ser de aproximadamente 0,3mm (± 1 volta);
- Na prática, usa-se 1/3 da largura do rebolo para a retificação de desbaste e 1/10 da largura do rebolo para retificação de acabamento.
	24
	Ajustar a profundidade de corte subindo a mesa através do volante cerca de 0,01mm.
	
	25
	Retifique a peça. 
	- Avançar constantemente a mesa no sentido longitudinal para não “marcar” a peça.
	26
	Repetir o processo até quando a superfície da peça estiver com o acabamento desejado.
	- Utilizar passes de 0,01mm.
	27
	Desligue a máquina e retire o bloco para conferir as medidas.
	- Tenha o cuidado de retirar a peça só depois que o rebolo estiver totalmente parado;
Retire o bloco sem arrastá-lo sobre a placa magnética para que a superfície retificada e a mesa não sejam danificadas.
4. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
4.1 Cálculos
	De acordo com a prática realizada, não houve realização de cálculos, em ambas as retíficas as rotações do rebolo já estavam estabelecidas pela máquina. 
	Na retífica plana o avanço se deu de forma manual de acordo com o movimento do técnico de laboratório. A espessura calibrada pela operação de retificação se deu em torno 7.5 mm.
Na retífica cilíndrica a rotação do rebolo foi 1800 rpm e a rotação da peça 200 rpm. O diâmetro final obtido foi 28,50 mm. O avanço pode ser calculado logo abaixo: 
Invertendo a equação temos 
161,729 m/min
	Dessa forma pode se encontrar o avanço da retífica cilíndrica. Considerou-se a medida do diâmetro inicial para o cálculo.
5. ANÁLISE DOS RESULTADOS
Figura 7: Peça retificada na retífica plana.
Fonte: Laboratório de Oficina mecânica
	Como podemos observar o acabamento da retífica plana não atingiu seu potencial máximo, devido ao avanço ser manual ocorreram vibrações ao longo da retificação. 
Figura 8: Peça retificada na retífica cilíndrica.
 Fonte: Laboratório de Oficina Mecânica
Observando o acabamento dado pela retífica cilíndrica nota-se excelente resultado na realização da retificação.
6. RESPOSTAS ÀS QUESTÕES DO ROTEIRO DA AULA PRÁTICA
6.1 Que condições devem ser levadas em conta na escolha do rebolo?
	Deve ser identificado o material da peça, definido o tipo de operação a ser realizada, se atentando também para a escolha do abrasivo a ser utilizado como, por exemplo, óxido de alumínio, carbeto de silício entre outros. É importante ressaltar também a importância do grão abrasivo, definir o aglomerante ou a liga que será mais adequada podendo ser vitrificado, resinoide ou de borracha. Posteriormente a tais elementos terem sido considerados é importante fazer o processo de verificação se há trincas no rebolo, com uma leve batida devendo soar de forma metálica.
	Para finalizar é fundamental balancear o rebolo nos flanges antes de monta-lo na máquina.
6.2 Quais os tipos de abrasivos, e suas aplicações, usados na retificação e no acabamento superficial de maneira geral?
	Existem dois grandes grupos de abrasivos, os sintéticos e os naturais. Sendo os naturais menos usados por conta de sua baixa resistência quando comparado com os abrasivos sintéticos. O grande avanço tecnológico na área dos novos materiais sintéticos tem trazido grande eficiência aos rebolos de abrasivos sintéticos. 
	Os abrasivos naturais se encontram na natureza e não sofrem tratamento químico ou térmico para o uso. Trata-se da Pedra de Arenito ou Silex (Quartzo – SIO2) considerado de baixa dureza e apresenta desgaste por fraturas frágeis, porém quando quebrados as arestas vivas não são consideradas boas. Conhecida como “pedra de amolar” e utilizada pelo homem para afiação de utensílios domésticos.
	O Diamante é um abrasivo natural de alta dureza permitindo usinar quartzo, mármore, cerâmica, granito e metal duro. Lembrando que o pó de diamante do rebolo é feito com diamantes defeituosos moídos.
	Os abrasivos sintéticos surgiram devido a necessidade de atender tolerâncias mais rigorosas. O Coríndon é formado por óxido de alumínio cristalino, sendo classificado pelo teor de impurezas, óxidos de titânio, silício e ferro. É aplicado na retificação interna e externa de aços liga e aço carbono.
	O Carbeto de Silício sofre fusão em fornos elétricos de areia sílica (SIO2) com coque e carbono, tem elevada dureza independente da orientação dos cristais, são verdes ou pretos dependendo da variação de impurezas e de sua dureza. Ideais para aplicação em materiais temperados de alta dureza.
	O Nitreto cúbico de boro é material sintético se aproximando da dureza do diamante, sua performance independe da orientação dos cristais, a estrutura cúbica e cristalina é estável até 2000°C. Aplicado na usinagem de aços rápidos e aços ligas.
	O Diamante sintético possui dureza superior ao diamante natural, sendo o mais duro de todos os abrasivos, sua propriedade depende da orientação dos cristais. É sensível a alta temperatura devendo ser levado em conta o Ligante, no ar atmosférico o diamante sofre a grafitização diminuindo sua resistência. Muito utilizado na retificação de metal duro, quartzo, cristais, pedras preciosas, mármore, granito e cerâmicos.
	6.3 Por que é necessária a lubrificação/refrigeração na retificação?
	A área de retificação da peça pode chegar a 1000°C, isso pode trazer problemas tanto para peça quanto para o rebolo, a refrigeração junto com a lubrificação no processo de retificação tem a função de refrigerar a peça o cavaco e a ferramenta, lubrificar a região de contato entre a peça e a ferramenta, reduzir o atrito, minimizar o desgaste e a erosão, aumentar a vida útil do rebolo e diminuir a geração de calor na região de corte. O refrigerante de corte é tão importante no processo de retificação que pode influenciar na qualidade da peça, na rugosidade da peça, na tolerância dimensional e o custo da peça.
6.4 - Como se ‘afia’ um rebolo?	
Dressamento – É uma espécie de “reafiação”, que consiste em remover ou quebrar os grãos arredondados (rebolo espelhado) ou limpar rebolos “carregados” de cavacos (rebolo “empastado”)
Afiação – Operação que tem objetivo remover o ligante entre os grãos abrasivos, geralmente utilizada após a dressagem em rebolos com ligantes resinoides.
	Tanto rebolos recém-fabricados como rebolos que já tem mais tempo de uso podem apresentar defeitos comuns como desgaste irregular, forma indesejada, abrasivo com grãos de gumes arredondados e desgastados, e poros entupidos de cavacos o que impede o alojamento de novos cavacos e dificulta a remoção de mais material da peça. Por estes e outros problemas se faz necessária uma reafiação periódica do rebolo. 
	A dressagem ou dressamento é uma operaçãoque deixa a superfície do rebolo em condições para atuar melhor nos processos de usinagem. Consiste em remover os grãos arredondados e cegos da superfície do rebolo, resolvendo o problema do espelhamento; ou realizar a limpeza de rebolos carregados de cavacos de outros materiais mais macios que o fluido de corte não conseguiu remover, o que soluciona o problema do empastamento. Como este processo restaura a capacidade de corte do rebolo e permite que novos grãos afiados apareçam na sua superfície, podemos dizer que é uma espécie de “reafiação” do rebolo.
	O perfilamento consiste em dar a forma correta ao rebolo, permitindo que em condições de operação este gire centrado, sem batimentos, ou ainda para realizar um perfil especial nas bordas do rebolo, com o interesse de que em determinadas operações seja possível dar formas desejáveis à peça.
	Normalmente, estas operações se realizam simultaneamente. Neste caso, o processo resultante da dressagem e do perfilamento é apenas denominado de retificação do rebolo. Para as operações de dressar e perfilar utilizam-se aparelhos ou ferramentas de aplicação manual, ferramentas rotativas ou uma combinação dos dois sistemas. Mais especificamente, algumas das ferramentas empregadas nos processos compreendem cortadores metálicos ou rosetas, bastões retificadores, rodas retificadoras, pontas simples de diamante, dressadores de diamante múltiplos em matrizes, roletes estacionários e giratórios de diamantes e roletes de esmagamento ou crushers.
Figura 9: Dressamento e perfilamento.
Fonte: WWW.ICDER.COM.BR
	Com a utilização de pontas simples ou múltiplas em matriz (para rebolos muito duros) de diamante, deve-se adequar a escolha do tamanho de diamante a cada processo. Tarefas pesadas requerem diamantes maiores. O diamante também deve girar em torno do seu eixo longitudinal para evitar superfícies achatadas. O avanço deve ser uniforme com o mínimo de pressão necessária. O uso de dressadores diamantados exige constante e abundante refrigeração, e grande cuidado na execução. Deve-se evitar o impacto do diamante contra o rebolo e atentar para rebolos excêntricos. O correto posicionamento da ponta também é muito importante.
	O proceso em si consiste em fixar o dressador na mesa da retifica e aproximar a ponta do diamante, até encostar de leve, na superfície do rebolo, a ponto de fazer uma marca. Sem efetuar corte, fazer o deslocamento para a direita e para a esquerda em velocidade baixa. Em seguida avançar cerca de 0,01mm no manípulo ajustador e efetuar a afiação do rebolo deslocando o diamante novamente para os lados. Continuar a operação até obter um som de afiação igual e contínua na superfície inteira do rebolo.
6.5 - Quais as formas de rebolos mais comuns?
	Sendo o rebolo uma ferramenta utilizada em diversas operações diferentes, é importante que ele também apresente formatos diferentes, que atendam as diferentes necessidades. Tanto o formato geral, como também os perfis das bordas possuem formas e dimensões padronizadas. Essas formas são regulamentadas pelas normas.
	De forma geral, o que se tem é:
Disco reto: Afiação de brocas e ferramentas diversas;
Perfilado: Peças perfiladas
Disco: Afiação de machos, brocas;
Prato: Afiação de fresas de forma, fresas detalonadas, fresas cilíndricas, fresas frontais e fresas de disco;
Copo reto: Afiação de fresas frontais, fresas de topo, fresas cilíndricas, machos, cabeçotes porta bits;
Copo cônico: Afiação de fresas angulares, rebaixadores, broca de 3 e 4 arestas cortantes, fresas frontais e fresas de topo;
Segmentos: Retificação plana de ataque frontal no faceamento de superfícies;
Pontas montadas: Ferramentas de corte e estampos em geral.
 
Figura 10: Formas de rebolo
Fonte: WWW.ICDER.COM.BR
7. CONCLUSÃO
	Com a realização da prática de Retificação pode-se concluir que foi possível adquirir conhecimento sobre as operações que envolvem este processo, bem como sobre os principais componentes da Retífica.
	A partir da explanação feita pelo técnico, observaram-se todos os procedimentos que compõem o processo de Retificação de uma peça, como a obtenção dos movimentos e as velocidades de avanço e a utilização de fluido refrigerante e escolha do rebolo correto.
	Ainda, foi possível observar que a Retífica em sua grande maioria é composta por um sistema de motores, polias e dependendo da situação engrenagens onde são transmitidos os movimentos de rotação e também operada a máquina de uma forma geral.
Também se pôde entender as aplicações dos diferentes tipos de Retíficas, e que com as mesmas, é possível fazer diversas operações com inúmeros rebolos de características e propriedades diferentes.
Hoje entendemos a importância do processo de retificação, compreendemos que nos dias de hoje tal processo é vital para os sistemas mecânicos aos quais se aplicam.
	
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
NOVAE, R.; ZIELDAS. S. Apostila Senai – Mecânico de Usinagem em Máquinas convencionais. Tecnologia Aplicada 1 e 2. 
HTTP://UFSC.BR/, ALICE CASAGRANDE CESCONETTO; FERNANDO PAUPITZ MATCZAK; THIAGO DICKMANN. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA, 2009, SEMINÁRIO APRESENTAÇÃO SOBRE REBOLOS. ACESSO (11/11/14) HORA (22:57).
HTTPS://REPOSITORIO.UFSC.BR/BITSTREAM/HANDLE/123456789/84047/206541.PDF?SEQUENCE=1 ACESSO (12/11/14) HORA (00:30)
HTTP://SLIDEPLAYER.COM.BR/SLIDE/1613554/ ACESSO (13/11/14) HORA (23:40)
HTTP://WWW.ICDER.COM.BR/V2/INFTECNICAS/IDENTIFICACAO/INDEX.ASP ACESSO (10/11/14) HORA (18:25)
GUILLAUME CH. NUSSBAUM, EDITORA ÍCONE – VOLUME III, REBOLOS E ABRASIVOS – TECNOLOGIA BÁSICA
MANUAL DE INSTRUÇÕES RETÍFICA CILÍNDRICA MODELO GUP32, TOYODA KOKI DO BRASIL – INDUSTRIA E COM. DE MÁQUINAS LTDA.
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