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TPS - Silvia lane - Identidade

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Temas em Psicologia Social 
Livro: O Homem em Movimento
Capitulo: Identidade
Se estamos falando de nossa identidade quando respondemos a pergunta “quem sou eu?” a primeira observação a ser feita é que se nossa identidade se mostra como a descrição de uma personagem, cuja biografia aparece numa narrativa aparece numa narrativa. Qualquer discurso, qualquer historia costuma ter um autor que constrói a personagem. Cabe perguntar então: você é a personagem do seu discurso ou o autor que cria essa personagem, ao fazer o seu discurso?
Se você é personagem de uma historia, quem é o autor? Se nas historias da vida real não existe autor da historia, será que não são todas as personagens que montam a historia? 		A trama parece complicar-se, pois é sabido que muitas vezes nos escondemos naquilo que falamos. Somos ocultações e revelações.
Podemos imaginar as mais diversas combinações para configurar uma identidade como uma totalidade. Uma totalidade contraditória, múltipla e mutável, no entanto una. 	
Quando nossa unidade é percebida como ameaçada quando corremos o risco de não saber quem somos, quando nos sentimos desagregado, temos maus pressentimentos, achamos que vamos enlouquecer, aprendemos a ter horror de sermos “outro”.
Quando queremos conhecer a identidade de alguém, quando nosso objetivo é saber quem alguém é, nossa dificuldade consiste apenas em obter as informações necessárias. 
Como são fornecidas essas informações?
A forma mais simples é fornecer um nome um substantivo. Nos identificamos com nosso nome, que nos identifica num conjunto de outros seres, que indica nossa singularidade: nosso nome próprio. Falamos “chamo-me Fulano”, sem prestar atenção ao fato de que, antes que eu “me chamasse fulano”, eu “era chamado Fulano”, ou seja, nós nos chamamos da forma como os outros nos chamam. 
Diferença e igualdade. É uma primeira noção de identidade. É a base da formação da identidade.
Sucessivamente, vamos nos diferenciando e nos igualando conforme os vários grupos sócias de que fazemos parte. 
O conhecimento de si é dado pelo reconhecimento reciproco dos indivíduos identificados através de um determinado grupo social que existe objetivamente, com sua historia, suas tradições, suas normas, seus interesses...
Para compreendermos melhor a ideia de ser a identidade construída pelos grupos de que fazemos parte, faz-se necessário refletirmos como um grupo existe objetivamente: através das relações que estabelecem seus membros entre si e com o meio onde vivem, isto é, pela pratica, pelo seu agir, trabalhar, fazer, pensar, sentir... Verbo. 
Nos somos nossas ações.
Identidade capita o aspecto representacional da noção de identidade, mas deixa de lado seus aspectos construtivos, de produção, bem como as implicações reciprocas destes dois aspectos. 
Dizer que a identidade de uma pessoa é um fenômeno social e não natural é aceitável pela grande maioria dos cientistas sociais. 
Quando você está na frente de outra pessoa você representa algo. Você se representa como representação de si mesmo. Você desempenha um papel.
Há um jogo de flexões múltiplas. Ex.; quando estou frete a meu filho, sou pai. Quando estou em frente ao meu pai, me relaciono como filho, com a minha esposa, marido...
A identidade que se constitui no produto de um permanente processo de identificação aparece como dado e não como um dar-se constante que expressa o movimento do social.
Medo de ser outro: medo de mudar de acordo com a representação de si. É o medo de ser diferente do que você é hoje.
A historia é a progressiva e continua hominização do Homem, a partir do momento que este, diferenciando-se do animal, produz suas condições de existência, produzindo-se a si mesmo consequentemente. 
Identidade é movimento, é desenvolvimento do concreto. Identidade é uma metamorfose. É sermos o Um e um Outro, para que cheguemos a ser Um, numa infindável transformação.

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