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Pontuação é uma alegação problemática, não apenas porque Colombo pensou que havia chegado à Ásia, mas também porque os vikings da Escandinávia já haviam chegado à América do Norte quase quinhentos anos antes – vestígios arqueológicos revelam que eles até tiveram um assentamento lá. No entanto, o povoamento viking não durou muito e era desconhecido de Colombo e seus contemporâneos. Porém, a jornada de Colombo em 1492 de fato inaugurou um contato duradouro entre as Américas e a Europa. A terrível destruição que ele e seus homens trouxeram aos povos indígenas das Índias Ocidentais que encontrou quando de sua primeira chegada às Américas também iniciou um processo de dizimação das populações americanas nativas que continuaria por um século. Sobre o texto, as ideias nele contidas e seus aspectos linguísticos, considere as seguintes afirmativas: I. As aspas em “descoberta” se justificam porque realçam o fato de a palavra possuir outro sentido que não o usual, um sentido de certa maneira irônico. II. O autor desmerece o navegador Colombo, tratandoo como um genocida, em virtude da destruição de populações da América. III. Se os vikings tivessem continuado com assentamentos na América, nossa realidade social teria sido diferente. IV. O vocábulo “que”, em “que continuaria por um século” exerce a função de sujeito e se refere ao “processo de dizimação”. V. No mesmo enunciado, deveria haver vírgula após “nativas” (“processo de dizimação das populações americanas nativas que continuaria por um século”), em virtude de a última oração ser coordenada explicativa. Assinale a alternativa CORRETA: A) Somente as afirmativas I, II e IV são verdadeiras. B) Somente as afirmativas I, III e V são verdadeiras. C) Somente as afirmativas II e V são verdadeiras. D) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras. E) Todas as afirmativas são verdadeiras. no: 2023 anca: Instituto Consulplan Ins i uição: Prefeitura de Orlândia - SP809 Maior incidência de demência em mulheres pode estar relacionada à desigualdade Um estudo envolvendo quase 30 mil indivíduos de 18 países, nos seis continentes, sugere que a desigualdade social e econômica pode explicar a maior incidência de demências em mulheres – no caso do Alzheimer, elas respondem por dois terços dos pacientes. Como os fatores de risco não diferem no que diz respeito ao gênero, o fato de a expectativa de vida feminina ser superior à masculina vinha sendo apontado como uma das principais causas para o surgimento da doença, tese que Jessica Gong, pesquisadora do The George Institute for Global Health e principal autora do trabalho, questiona: O número de pessoas vivendo com algum tipo de demência deve ultrapassar 150 milhões em 2050, com um crescimento significativo nos países menos abastados, sem meios de intervir nos indicadores sociais e econômicos associados à doença. Em 2020, artigo publicado pelo “Lancet Commission Report” estimou que 12 fatores de risco modificáveis – todos atrelados a políticas públicas de qualidade – são responsáveis por quase metade dos casos de demência. Segue a lista: baixo nível educacional; hipertensão; obesidade; diabetes; depressão; sedentarismo; relações sociais limitadas; poluição atmosférica; e, traumas no cérebro. Os pesquisadores estão particularmente interessados na questão da educação, considerada um fator de proteção contra o declínio cognitivo. Em países de renda média ou problemas de audição; consumo excessivo de álcool; fumo; 475 Licenciado para - Juliane A lencar M uniz - 16663236750 - P rotegido por E duzz.com Pontuação baixa, as mulheres ainda enfrentam desafios não só para estudar como para conseguir oportunidades profissionais. A epidemiologista Sanne Peters, que integrou o time responsável pelo levantamento, acrescentou a violência doméstica como outro problema cujos efeitos vão se refletir na saúde cognitiva na velhice. O Women´s Brain Project (Projeto Cérebro da Mulher), misto de movimento e instituição criado em 2016, quer aprofundar a discussão sobre as diferenças de gênero e sua relação com problemas neurológicos e psiquiátricos. É o que defende sua criadora, a médica Antonella Santuccione Chadha: “temos que investigar para distinguir o que é biológico e o que é social, e se temos uma combinação dos dois fatores”. Historicamente, o nível educacional das mulheres é menor e, em várias partes do mundo, há barreiras para impedir seu acesso à instrução. Além da questão hormonal, cuja produção declina a partir da meia- idade, há aspectos socioculturais que representam um risco extra –um deles seria o estresse de ser cuidadora, função quase sempre feminina. (Mariza Tavares — Rio de Janeiro. Disponível em: https://g1.globo. com/bemestar/blog/longevidade- modo-de-usar/post/2023/02/23/ maior- incidencia-de-demencia-em-mulheres- pode-estar-relacionada- adesigualdade.ghtml. Acesso em: 23/02/2023.) No 1º§, o uso do travessão tem como justificativa separar: A) Aposto enumerativo como opção aos dois pontos. B) Inserção de informação que exemplifica informação anterior. C) Orações coordenadas que apresentam informações complementares. D) Introdução de discurso direto que objetiva ampliar informação antecedente. Ano: 2023 Banca: FUNDEP Instituição: Prefeitura de Sete Lagoas - MG810 Vacina contra Meningite ACWY está disponível para adolescentes de 11 a 15 anos nas unidades de saúde Das 19 salas de vacinação do município, três delas possuem horário estendido até 18h30: Belo Vale, Luxemburgo e Cidade de Deus A Prefeitura de Sete Lagoas informa que a vacina da Meningite ACWY para adolescentes de 11 a 15 anos está disponível nas 19 salas de vacina do município. Das 08h às 16h30, nos ESFs Alvorada, Barreiro, Eldorado, Fazenda Velha, Catarina, CDI I, Esperança e Itapuã; UBS Orozimbo Macedo e N. S. das Graças; e C. S. Montreal, Progresso, Santa Luzia, Santo Antônio, São João, Manoa e Várzea. E das 08h às 18h30, em horário estendido, nas unidades de saúde do Belo Vale, Luxemburgo e Cidade de Deus. Documentos: cartão SUS, documento com foto e cartão de vacina. Recentemente, alguns municípios vêm tendo um considerável aumento de casos da doença provocada pelo meningococo, principal bactéria por trás da meningite. Em Minas Gerais, os dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES) apontam que o número de casos e mortes pela doença voltou a crescer e já atingiu o maior patamar dos últimos dois anos, mesmo que os registros ainda sejam parciais. De janeiro a junho deste ano, foram registrados 465 casos no estado. Em todo o ano de 2021, foram 459. Ou seja, a média mensal de 77,5 casos deste ano é quase o dobro dos 38 de 2021. Ainda de acordo com o levantamento, até junho deste ano foram 71 mortes pela doença em Minas Gerais. De janeiro a dezembro do ano passado, foram 51 óbitos. Entre os números de 2022, o que chama a atenção são as 28 mortes causadas pelos tipos de meningite pneumocócica e meningocócica, que podem ser evitadas graças ao simples ato de se vacinar com o imunizante, que está 476 Licenciado para - Juliane A lencar M uniz - 16663236750 - P rotegido por E duzz.com Pontuação disponível gratuitamente nos postos de saúde. Ambos os tipos da doença, totalmente evitáveis, representam cerca de 21% dos casos de meningite no estado – 1 em cada 5 casos. De acordo com o secretário municipal de Saúde, Dr. Marcelo Fernandes, a população precisa se conscientizar sobre a importância da vacinação. “Com a baixa cobertura vacinal, estamos vendo o aumento dos casos e até de mortes evitáveis em várias cidades e não queremos que SeteLagoas faça parte dessas estatísticas”, diz o secretário. Além de levar a óbito, a meningite pode deixar sequelas como amputações, surdez ou cicatrizes. Profissionais de Saúde A Prefeitura também reduziu a idade de vacinação da Meningo C para profissionais da Saúde, agora a partir de 30 anos de idade. “Este imunizante ajuda a proteger contra o tipo C da doença meningocócica, que pode evoluir para meningite e outras doenças graves causadas pelas bactérias meningocócicas”, reforça o responsável técnico de imunização do município, Guilherme Menezes. A Meningo C para profissionais de saúde é aplicada nas mesmas 19 salas de vacinação. Em Minas No município de Extrema, Sul de Minas, a situação não chegou a ser considerada um surto, porém, já são duas mortes por meningite confirmadas até agora. Por conta disso, a prefeitura da cidade está realizando um mutirão de vacinação onde até mesmo quem já foi imunizado está recebendo novas doses. Em Belo Horizonte, até o momento, foram confirmados 58 casos de meningite em 2022. Em todo o estado, já foram registradas 71 mortes e 465 casos da doença este ano. Os números, mesmo parciais, são superiores aos registrados nos últimos dois anos. Disponível em: https://bit.ly/3z6zPPo. Acesso em: 23 out. 2022 (adaptado). Releia o trecho a seguir. “[...] representam cerca de 21% dos casos de meningite no Estado – 1 em cada 5 casos.” A alternativa que não apresenta uma substituição possível para o travessão nesse trecho é: A) Representam cerca de 21% dos casos de meningite no Estado (1 em cada 5 casos). B) Representam cerca de 21% dos casos de meningite no Estado: 1 em cada 5 casos. C) Representam cerca de 21% dos casos de meningite no Estado, 1 em cada 5 casos. D) Representam cerca de 21% dos casos de meningite no Estado / 1 em cada 5 casos. Ano: 2023 Banca: CONSULPAM Instituição: Prefeitura de Jacareí - SP811 Um empecilho na neurociência era a falta de uma visão clara de como as células cerebrais de animais se comportam durante muito tempo. Agora, pesquisadores de Harvard desenvolveram um jeito de acompanhar o que um neurônio faz durante um ano. Em seu estudo realizado com camundongos, os cientistas contam terem desenvolvido um implante eletrônico capaz de coletar informações detalhadas sobre a atividade de uma única célula pelo período de um ano – sem atrapalhar as funções que ela desempenhava. Um neurônio é uma célula muito pequena – medindo de 10 a 100 micrômetros –, que é a milionésima parte de um milímetro. Além disso, o seu pico de atividade elétrica é muito curto, durando apenas cerca de dois milissegundos. Pesquisadores desse campo estão sempre à procura de melhores ferramentas para estudar as células do cérebro. Algumas técnicas, por exemplo, permitem detectar a atividade de células específicas para experimentos rápidos em pequenas regiões cerebrais 477 Licenciado para - Juliane A lencar M uniz - 16663236750 - P rotegido por E duzz.com Pontuação – tanto em tecido recentemente removido ou por meio de sondas. Contudo, por serem limitadas, essas condições não representam a realidade com a fidelidade necessária. Restritas a períodos curtos, elas não são capazes de fornecer informações detalhadas o suficiente para entender como a atividade muda com a idade e outras experiências de vida. Conforme os pesquisadores, grande parte da dificuldade em fazer medições do tipo era consequência da incompatibilidade entre as propriedades mecânicas do tecido cerebral vivo e dos dispositivos eletrônicos de gravação. “O cérebro é muito macio, como a textura de tofu ou pudim. Em contraste, os eletrônicos são rígidos. Qualquer pequeno movimento do cérebro pode fazer com que os sensores convencionais se desloquem e se movam no tecido cerebral vivo”, conta Jia Liu, líder do estudo. “Essa incompatibilidade na estrutura pode fazer com que células ao redor do local de implantação se degradem.” Então, como forma de contornar o problema, a equipe de Liu desenvolveu um dispositivo implantável e o introduziu com segurança no cérebro da forma menos invasiva possível. A implantação dos sensores nos camundongos cobaias resultou em distúrbios mínimos no tecido cerebral. Escolhendo quais neurônios específicos seriam vigiados, estava tudo certo para o início dos registros da atividade elétrica dessas células, acompanhadas ao longo da vida adulta dos roedores. “Mesmo depois de um ano, não vimos nenhuma degradação dos neurônios que estávamos estudando”, relata Liu. Como constatou Liu, “não há outra tecnologia que possa rastrear o potencial de ação individual de uma dessas células em animais vivos ao longo desse tempo.” Pensando em futuros experimentos, Liu planeja desenvolver ainda mais a técnica para que a atividade cerebral possa ser transmitida em tempo real do cérebro para análise em uma rede artificial; além de explorar diferentes usos dos sensores nanoeletrônicos. “Talvez um dia esteja frio e cinzento lá fora, e você se sinta infeliz e de mau humor. Outro dia, está ensolarado e você está na praia e de ótimo humor. Como essas representações mudam no cérebro é algo que não pode ser estudado pela tecnologia atual porque não conseguimos rastrear de forma estável a atividade do mesmo neurônio”, diz ele. “Esta pesquisa supera completamente essa limitação. É o começo de uma nova era da neurociência.” CAPARROZ, Leo. Cientistas gravam a atividade de um neurônio ao longo de um ano. Disponível em: . Último acesso em 23 fev. 2023. (adaptado) No excerto “Um neurônio é uma célula muito pequena – medindo de 10 a 100 micrômetros –, que é a milionésima parte de um milímetro”, os travessões indicam: A) Uma expressão intercalada. B) Uma pausa mais forte na fala. C) Uma mudança de interlocutor. D) Uma citação direta. Ano: 2022 Banca: VUNESP Instituição: Prefeitura de Bebedouro - SP Agora, ao Chico Bento, como único recurso, só restava arribar. Sem legume, sem serviço, sem meios de nenhuma espécie, não havia de ficar morrendo de fome, enquanto a seca durasse. Depois, o mundo é grande e no Amazonas sempre há borracha... Alta noite, na camarinha fechada que uma lamparina moribunda alumiava mal, combinou com a mulher o plano de partida. Ela ouvia chorando, enxugando, na varanda encarnada da rede, os olhos cegos de lágrimas. Chico Bento, na confiança do seu sonho, procurou animá-la, contando- lhe os mil casos de retirantes enriquecidos no Norte. A voz lenta e cansada vibrava, erguia- 478 Licenciado para - Juliane A lencar M uniz - 16663236750 - P rotegido por E duzz.com Pontuação se, parecia outra, abarcando projetos e ambições. E a imaginação esperançosa aplanava as estradas difíceis, esquecia saudades, fome e angústias, penetrava na sombra verde do Amazonas, vencia a natureza bruta, dominava as feras e as visagens, fazia dele rico e vencedor. Cordulina ouvia, e abria o coração àquela esperança; mas correndo os olhos pelas paredes de taipa, pelo canto onde na redinha remendada o filho pequenino dormia, novamente sentiu um aperto de saudade, e lastimou-se: — Mas, Chico, eu tenho tanta pena da minha barraquinha! Onde é que a gente vai viver, por esse mundão de meu Deus? (Rachel de Queiroz, O Quinze) Assinale a alternativa em que o enunciado atende à norma-padrão quanto à pontuação. A) Onde é que a gente vai viver Chico? – perguntou Cordulina ao marido. B) Chico Bento e Cordulina, estavam discutindo os planos de partida, à noite. C) Para Chico Bento, o Amazonas por causa da borracha, era muito promissor. D) Na confiança do seu sonho, Chico Bento procurou animar Cordulina. E) O filho pequenino que dormia na rede remendada, era a preocupaçãoda mãe. Ano: 2022 Banca: VUNESP Instituição: Câmara de Olímpia - SP813 Desde o fim do século XVIII, o ser humano tenta usar a tecnologia para replicar a voz. O exemplo mais antigo de que se tem notícia é o dispositivo criado por Wolfgang von Kempelen, oficial da corte austríaca e inventor amador. A máquina falante de Kempelen, como ficou conhecida, usava um fole, tubos, pedaços de madeira e uma caixa de ressonância para replicar a emissão vocal a partir da circulação de ar – é mais ou menos o mesmo processo do corpo humano. O sistema, embora primitivo, era capaz de emitir alguns fonemas e até palavras simples, como “mama” e “papa”. Duzentos e cinquenta anos depois da invenção de Kempelen, a tecnologia de reprodução da voz humana avançou tanto que, agora, é quase impossível para um leigo diferenciar um discurso real, feito por uma pessoa de carne, osso e cordas vocais, de outro criado em computador. O notável desenvolvimento de vozes sintéticas deu origem, por sinal, a um mercado bilionário – e perigoso. De acordo com dados do instituto de pesquisa MarketsandMarkets, o setor movimentou 8,3 bilhões de dólares em 2021 e deverá alcançar 22 bilhões de dólares até 2026. É uma área que inclui assistentes virtuais como Siri e Alexa, sistemas de atendimento virtual de bancos e até celebridades que emprestam a voz para aplicativos. O perigo reside na possibilidade de replicar vozes reais para, por exemplo, fins políticos, fraudes ou ataques a reputações. No vale-tudo da arena política, as vozes sintéticas podem causar enormes estragos. O cineasta Jordan Peele, do aclamado Corra!, criou um vídeo do ex- presidente Barack Obama usando a tecnologia deepfake, que mescla imagens reais com falas falsas, para alertar sobre os riscos. “Estamos entrando em uma era em que nossos inimigos podem fazer com que qualquer um pareça dizer qualquer coisa”, disse a voz fake de Obama. Nesse contexto, plataformas como WhatsApp e Telegram, nas quais mensagens de áudio são amplamente usadas, representam um perigo adicional. A tecnologia tem sido explorada também na área da saúde. Foi graças aos avanços na criação de vozes sintéticas que o ator Val Kilmer, vitimado por um câncer na garganta, recuperou parte da capacidade de se expressar. As novas tecnologias, vale ressaltar, são capazes de realizar feitos únicos – e positivos. O que não é certo é usá-la para propagar mentiras. Cada vez mais será preciso manter os ouvidos bem atentos. (André Sollitto, Voz ativa. Veja, 23.02.2022. Adaptado) 479 Licenciado para - Juliane A lencar M uniz - 16663236750 - P rotegido por E duzz.com