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TRICHOMONOSE •Filo – Zoomastigina •Classe – Parabasalia • Ordem - Trichomonadidae • Família - Trichomonadinae • Gênero – Trichomonas • Espécies – Trichomonas vaginalis, Trichomonas tenax (cavidade bucal), Trichomonas hominis (trato intestinal). CLASSIFICAÇÃO - Possuem apenas a forma trofozoítica - Piriforme ou oval (10-30m) – pode alterar a forma com alterações de pH, temperatura, tensão de oxigênio - 5 flagelos anteriores (4 livres) e desiguais - Crescimento em microaerofilia, pH>5 - Infecta apenas o trato urogenital humano (altamente específico) MORFOLOGIA - Habita o trato geniturinário do homem e da mulher (só sobrevive neste local). - Reprodução – divisão binária longitudinal. - Ausência de cistos (pseudocistos). BIOLOGIA CICLO DE VIDA MONOXÊNICO - Transmitido durante relação sexual – pode sobreviver por mais de uma semana sob o prepúcio do homem sadio (incubação 3 a 20 dias); - Fômites. TRANSMISÃO E PATOLOGIA - O estabelecimento de T. vaginalis no sítio de infecção inicia com aumento do pH e redução de Lactobacillus acidophilus. - Interação parasito/hospedeiro – processo complexo: componentes da superfície celular, células epiteliais do hospedeiro e componentes solúveis das secreções vaginal e uretral. - T. vaginalis – autorrevestimento com proteínas do hospedeiro – escape do sistema imune. COMPLICAÇÕES • Causa de baixo peso e prematuridade Resposta inflamatória gerada pela infecção promove alterações na membrana fetal; • Causa de infertilidade e DIP Resposta inflamatória destrói a estrutura tubária e danifica as células ciliadas da tuba uterina; Risco de infertilidade é 2x maior em mulheres com história de tricomonose; • Potencializa a transmissão do HIV A infecção causa uma potente reação inflamatória – recrutamento de muitos leucócitos principalmente linfócitos TCD4 (célula alvo); Em uma pessoa infectada com HIV, a infecção por T. vaginalis pode aumentar a porta de saída do vírus (presença de infiltrado inflamatório com células contaminadas); T. vaginalis causa pontos hemorrágicos na mucosa –acesso direto do vírus à corrente sanguínea; Aumenta em 8X a probabilidade de transmissão do HIV. COMPLICAÇÕES MULHERES – Quadro assintomático a agudo (pior gravidez e uso de contraceptivo oral). Vaginite - corrimento vaginal fluido abundante de cor amarelo- esverdeada, bolhoso, de odor fétido; Prurido ou irritação vulvovaginal e dores no baixo ventre; Dor e dificuldade para ter relações sexuais; Desconforto nos genitais externos; Dor ao urinar (disúria); Frequência miccional (poliúria); Vagina e cérvice edematosas e eritematosas, com erosão e pontos hemorrágicos (colpitis macularis ou cérvice com aspecto de morango). SINTOMATOLOGIA SINTOMATOLOGIA SINTOMATOLOGIA HOMENS – maioria assintomático Nos assintomáticos – o parasito permanece na uretra e na próstata, pode ser encontrado ainda na bexiga e vesícula seminal; Uretrite com fluxo leitoso ou purulento com sensação de prurido na uretra; Pela manhã (antes de urinar) – corrimento claro, viscoso e pouco abundante, com desconforto ao urinar (ardência miccional); Durante o dia – secreção escassa; Complicações – prostatite SINTOMATOLOGIA • CLÍNICO – infecção confundida com outras DST’s • LABORATORIAL Homem – comparecer ao local da coleta pela manhã, antes de urinar – coleta de urina, sêmem e swab; Mulher – coleta de swab vaginal após 18 a 24h sem higienização Realização de exame microscópico a fresco ou em lâminas fixadas Cultura • IMUNOLÓGICO – ELISA, RIFI – como complemento do parasitológico. DIAGNÓSTICO TRATAMENTO Tinidazol – Dose única. 4 comprimidos de 500mg. Metronidazol – 250mg duas a três vezes por dia, 10 dias. Ornidazol – Dose única. 3 comprimidos de 500mg. Nimorazol – 250mg duas a três vezes por dia, 6 dias. Tratamento mútuo dos parceiros. Mulheres – tratamento concomitante de medicação local – comprimido ou geléia (500mg da mesma droga). • Prevenções preconizadas para as DST’s - Prática de sexo seguro; - Uso de preservativos; - Abstinência de contatos sexuais com pessoas infectadas; - Tratamento imediato para parceiros sexuais. PROFILAXIA • É a DST não viral mais comum no mundo; • Incidência – idade, atividade sexual, número de parceiros, outras DST’s e condições sócio-econômicas; • O parasito vive por algumas horas em condições de umidade; • Via não sexual tem sido admitida – infecções em recém nascidos (parto) e mulheres virgens; • Taxa de infecção nos homens de 50 a 60% menor que nas mulheres. EPIDEMIOLOGIA
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