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Tricomoníase: Infecção Sexualmente Transmissível

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Tricomoníase
Amanda Reis Viol
FILO RHIZOPODA: refere-se aos protozoários rizópodos, ou seja, que se 
locomovem por pseudópodes. Ex: Entamoeba sp 
FILO APLICOMPLEXA: refere-se aos protozoários esporozoários, ou 
seja, que não possuem meios de locomoção. Ex: Toxoplasma gondii, 
Plasmodium sp. 
FILO ZOOMASTIGOPHORA: engloba os protozoários que apresentam 
flagelos como estrutura de locomoção. Ex: Trypanosoma sp (Filo 
Kinetoplastida), Leishmania sp (Filo Kinetoplastida), Trichomonas 
vaginalis (Filo Parabasilida), Giardia duodenalis (Filo Diplomonadida). 
FILO CILIOPHORA: engloba os protozoários ciliados, ou seja, que 
possuem cílios como meio de locomoção. Ex: Balantidium coli.
PROTOZOÁRIOS
SERES VIVOS
REINO PLANTAE
REINO MONERA
REINO PROTOCTISTA
REINO FUNGI
REINO ANIMALIA
ALGAS
Amanda Viol
• É uma infecção sexualmente transmissível 
causada pelo Trichomonas vaginalis; 
• Existe apenas na forma de trofozoítos;
• Forma alongada, ovóide ou piriforme;
• Se localizam na vagina, uretra e próstata;
• Possuem metabolismo preferencialmente 
anaeróbio (relacionados a um odor fétido);
• Sobrevive cerca de 6 horas em uma gota de 
secreção;
• Propagação pelo coito é a forma mais 
frequente mas pode haver por água ou 
fômites;
• Algumas mulheres podem ser resistentes às 
infecções (relacionado ao pH vaginal)
• Maior incidência em pH entre 6 a 6,5, porém 
pode ser encontrado entre 4 e 8.
A transmissão se dá pelo ato sexual. O 
homem é o vetor da doença, com a 
ejaculação os tricomonas presentes na 
mucosa da uretra são levados a vagina pelo 
esperma. Uma vez que o parasita se instala 
no canal vaginal , induz uma reação 
inflamatória, essa que cursa com o aumento 
de secreção e presença de leucorréia.
Fatores que favorecem seu desenvolvimento: 
I. Modificações da microbiota vaginal
II. Diminuição da acidez local
III. Diminuição do glicogênio nas células 
epiteliais
IV. Acentuada descamação epitelial
Baciilos de Döderlein são bacilos da flora 
vaginal, que se nutrem de glicogênio, 
produzido por células contidas na vulva. Tais 
bacilos produzem ácido lático que é essencial 
para manter o pH da vagina ácido, ajudando a 
evitar que bactér ias oportunistas se 
proliferem, causando doenças, como o 
Trichomonas vaginalis. 
Ou seja, ↓ bacilos ↑ Trichomonas
gravidez: estudos mostram a associação 
entre tricomoníase e ruptura prematura de 
membrana, parto prematuro, baixo peso de 
recém-nascido em grávidas com ruptura 
espontânea de membrana, baixo peso ao 
nascer associado a parto prematuro, 
endometrite pós-parto, natimorto e morte 
neonatal. A resposta inflamatória gerada pela 
infecção por T. vaginalis pode conduzir direta 
ou indiretamente a alterações na membrana 
fetal ou decídua.
fertilidade: o risco de infertilidade é quase 
duas vezes maior em mulheres com história 
de tricomoníase comparado com as que 
nunca tiveram tal infecção. O T. vaginalis está 
relacionado com doença inflamatória pélvica 
pois infecta o trato urinário superior, causando 
resposta inflamatória que destrói a estrutura 
tubária e danifica as células ciliadas da 
mucosa tubária, inibindo a passagem de 
espermatozóides ou óvulos através da tuba 
uterina. Mulheres com mais de um episódio 
de tr icomoníase têm maior r isco de 
infertilidade do que aquelas que tiveram um 
único episódio.
hiv: a infecção por T. vaginalis tipicamente faz 
surgir uma agressiva resposta imune celular 
Introdução
Ciclo Biológico
Infectividade
Patologia
Amanda Viol
local com inflamação do epitélio vaginal e 
exocérvice em mulheres e da uretra em 
homens. Essa resposta inflamatória induz 
urna grande infiltração de leucócitos, 
incluindo células-alvo do HIV, como linfócitos 
TCD4+ e macrófagos, aos quais O HIV pode 
se ligar e ganhar acesso. Além disso, o T. 
vaginalis frequentemente causa pontos 
hemorrágicos na mucosa, permitindo o 
acesso direto do vírus para a corrente 
sanguínea. Desse modo, há um aumento na 
porta de entrada para o vírus em indivíduos 
HIV-negativos. Similarmente, em uma pessoa 
infectada pelo HIV, os pontos hemorrágicos e 
a inflamação podem aumentar os níveis de 
vírus nos fluidos corporais e o número de 
linfócitos e macrófagos infectados pelo HIV 
presentes na região genital. Isso resulta em 
aumento de vírus livres e ligados aos 
leucócitos, expandindo a porta de saída do 
HIV. Deste modo, há uma probabilidade oito 
vezes maior de exposição e transmissão de 
parceiro sexual não-infectado. Além disso, um 
aumento da carga viral na secreção uretral 
tem sido documentado em indivíduos com 
tricomoníase. Um aumento na secreção de 
citocinas (interleucinas 1, 6, 8 e 10), 
conhecidas por aumentar a suscetibilidade ao 
HIV, está sendo agora demonstrado durante a 
tricomoníase. O T. vaginalis têm a capacidade 
de degradar o in ib idor de protease 
leucocitária secretória, um produto conhecido 
por bloquear o ataque do HIV às células, 
podendo esse fenômeno também promover a 
transmissão do vírus. Em adição, muitos 
pacientes são assintomáticos e, mantendo-se 
sexualmente ativos, propagam ainda mais a 
infecção. Essas descobertas sugerem que o 
diagnóstico e o tratamento para a infecção 
por T, vaginalis em homens e mulheres podem
reduzir significativamente a transmissão do 
HIV.
Mulher 
O espectro clínico da tricomoníase varia da 
forma assintomática ao estado agudo.
A tricomoníase provoca uma vaginite que se 
caracteriza por um corrimento vaginal fluido 
abundante de cor amarelo-esverdeada, 
bolhoso, de odor fétido (leucorréia) mais 
frequentemente no período pós-menstrual. O 
processo infeccioso é acompanhado de 
prurido ou irritação vulvovaginal de 
intensidade variável e dores no baixo ventre. 
A mulher apresenta dor e dificuldade para as 
relações sexuais (dispareunia de intróito), 
desconforto nos genitais externos, dor ao 
urinar (disúria) e freqüência miccional 
(poliúria). A vagina e a cérvice podem ser 
edematosas e eritematosas, com erosão e 
pontos hemorrágicos na parede cervical, 
conhecida como colpitis macularis ou 
cérvice com aspecto de morango. A 
tricomoníase é mais sintomática durante a 
gravidez ou entre mulheres que tomam 
medicamento anticoncepcional oral.
Homem 
A tricomoníase no homem é comumente 
assintomática ou apresenta-se como uma 
uretrite com fluxo leitoso ou purulento e uma 
leve sensação de prurido na uretra. Pela 
manhã, antes da passagem da urina, pode ser 
observado um corrimento claro, viscoso e 
pouco abundante, com desconforto ao urinar 
(ardência miccional) e por vezes hiperemia 
do meato uretral. Durante o dia, a secreção é 
escassa. O parasito desenvolve-se melhor no 
trato urogenital do homem, em que o 
glicogênio é mais abundante. Nos portadores 
assintomáticos, o parasito permanece na 
uretra e talvez na próstata. As seguintes 
compl icações são atr ibuídas a esse 
organismo: prostatite, balanopostite e 
cistite. Esse protozoário pode se localizar 
ainda na bexiga e vesícula seminal.
Clínico: não pode ter como base somente a 
apresentação clínica, pois a infecção poderia 
ser confundida com outras doença (como 
candidíase e infecção por Gardnerella sp), 
visto que o clássico achado da cérvice com 
aspecto de morango é observado somente 
em 2% das pacientes e o corrimento 
espumoso somente em 20% das mulheres 
infectadas.
Laboratorial: a demonstração do parasito é 
essencial para o diagnóstico seguro.
I. Exame à fresco: coleta de secreção 
vaginal por uma pipeta grossa e espátula.

Secreção + Solução fisiológico = observar 
ao microscópio (procurar pelo trofozoíto)
Sinais e Sintomas
Diagnóstico
Amanda Viol
II. Exame de urina tipo I: pesquisa do 
parasito no sedimento urinário ao 
microscópio
III. Exame de Papanicolau: coleta de material 
vaginal da cérvice uterina; observação das 
estruturas pir ifomes, coradas pela 
hematoxilina (sugestivas de Trichonomas 
sp.
IV. imunológico: reações de aglutinação, 
métodos de imunofluorescência (direta e 
indireta) e técnicas imunoenzimáticas 
(ELISA) contribuem para aumentar o índicede certeza do resultado. Essas técnicas 
n ã o s u b s t i t u e m o s e x a m e s 
parasitológicos, mas podem completá-los 
q u a n d o n e g a t i v o s . O s m é t o d o s 
imunológicos têm significado maior 
n a q u e l e s c a s o s d e p a c i e n t e s 
assintomáticos, permitindo uma triagem 
adequada com a possibilidade de um 
tratamento precoce e uma diminuição do 
risco da transmissão.
• Prática do sexo seguro (uso de preservativo, 
abstinência de contato sexual com pessoas 
infectadas)
• Tratamento simultâneo para parceiros 
sexuais
Por ordem de opção:
• Metronidazol (Flagyl): 2g em dose única;

• Tinidazol (Fasigyn): 4 comprimidos 500mg 
em dose única;

• Ornidazol (Tiberal), Nimarazol (Nagoxin), 
Carnidazol e Secnidazol.
gestantes: não deve ser via oral, somente pela 
aplicação local de cremes, geléias ou óvulos.
Profilaxia
Tratamento
Amanda Viol

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