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aula 4.1 - toxicologia 2

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ToxicologiaToxicologia
• Grande parte do trabalho envolvido na avaliação dos perigos no local de
trabalho pode ser realizado ao avaliar as Fichas de informações de
segurança de produto químico (FISPQ).
•A FISPQ é uma forma padrão de comunicar a toxicologia e outras
informações relevantes sobre as substâncias.
Ficha de informações de segurança de produto químico (FISPQ)Ficha de informações de segurança de produto químico (FISPQ)
• Em muitos países, é uma exigência legal ou prática comum que a
empresa forneça uma FISPQ para cada produto que vende.
• As FISPQ podem ser complicadas e difíceis de entender, mas são uma
fonte confiável de dados para o manuseio de químicos de forma segura.
• Elas fornecem dados sobre as propriedades físicas e químicas do
material em questão, assim como informações toxicológicas relevantes.
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Ficha de informações de segurança de produto químico (FISPQ)Ficha de informações de segurança de produto químico (FISPQ)
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• A elaboração de FISPQ é obrigatória no Brasil através do Decreto nº
2657 de 1998 que estabelece a obrigatoriedade do fornecimento da
FISPQ para o trabalhador e também através da Portaria nº 229 de
2011/MTE que exige que o fabricante ou o fornecedor elabore e torne
disponível a FISPQ.
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Ficha de informações de segurança de produto químico (FISPQ)Ficha de informações de segurança de produto químico (FISPQ)
• O conteúdo da FISPQ vai variar dependendo dos requisitos legais
locais, mas ela provavelmente vai conter as seguintes informações:
1. Composição/dados dos componentes: fornece detalhes dos diferentes
químicos contidos no material. Lista o número CAS (Chemical Abstracts
Service) de cada químico que o material contém.
2. Identificação da substância: inclui o nome comercial e os detalhes do
fabricante/fornecedor. Também pode fornecer informações de
emergência (contato e números de telefone).
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Ficha de informações de segurança de produto químico (FISPQ)Ficha de informações de segurança de produto químico (FISPQ)
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4. Identificação dos perigos.
5. Medidas de primeiros socorros: Informações sobre como lidar com
pessoas que foram expostos sob diferentes circunstâncias.
6. Medidas de combate a incêndio: O que fazer e não fazer ao combater o
incêndio, por exemplo, que tipo de extintor usar.
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Ficha de informações de segurança de produto químico (FISPQ)Ficha de informações de segurança de produto químico (FISPQ)
7. Medidas para liberação acidental: Os procedimentos a serem seguidos
em caso de liberação acidental do químico, incluindo métodos a serem
usados para limpar derramamentos.
8. Manuseio e armazenagem: Fornecer informações sobre precauções, tais
como limites de temperatura armazenamento.
9. Controles de exposição e proteção pessoal: Descreve requisitos tais
como EPI e ventilação.
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Ficha de informações de segurança de produto químico (FISPQ)Ficha de informações de segurança de produto químico (FISPQ)
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10. Propriedades físicas e químicas: a forma (sólido/líquido/gás), cor, odor,
pontos de fusão e ebulição.
11. Estabilidade e reatividade: propriedades como decomposição térmica e
condições a serem evitadas.
12. Informações toxicológicas: Detalhes tais como efeitos agudos e
crônicos no homem e em animais.
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Ficha de informações de segurança de produto químico (FISPQ)Ficha de informações de segurança de produto químico (FISPQ)
13. Informações ecológicas: Como o material pode afetar o ambiente se for
liberado além do local de trabalho.
14. Considerações sobre disposição: requisitos especiais associados com
a disposição do material.
15. Informações de transporte: uma lista de códigos indicando os perigos
associados com o químico.
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Ficha de informações de segurança de produto químico (FISPQ)Ficha de informações de segurança de produto químico (FISPQ)
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16. Regulamentos: Legislação relevante para o país no qual o material é
usado.
17. Outras informações: Qualquer informação que seja relevante.
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Ficha de informações de segurança de produto químico (FISPQ)Ficha de informações de segurança de produto químico (FISPQ)
Sílica cristalina ou quartzo (SiO2) – é o mineral com maior ocorrência, é
encontrado na maioria das rochas. A forma com maior ocorrência é a areia.
Na forma seca, a sílica cristalina fina é tóxica, pois sua inalação como poeira
pode gerar silicose. A silicose é uma fibrose pulmonar que é considerada a mais
comum e grave de todas as pneumoconioses.
O risco de desenvolver a doença depende dos fatores: concentração poeira na
atmosfera; a % de sílica livre na poeira e a duração da exposição.
É encontrada em muitos processos que utilizam minerais, p. ex., extração,
mineração, fabricação tijolos, azulejos, jateamento e fabricação de vidro, etc.
ToxicologiaToxicologia Exemplos de substâncias / Processos PerigososExemplos de substâncias / Processos Perigosos
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Sílica cristalina ou quartzo (SiO2) – com a introdução de melhores condições de
trabalho, a evolução rápida da silicose praticamente desapareceu e foi
substituída pela forma da doença com desenvolvimento mais lento (15-30 anos).
Os estágios iniciais da silicose são assintomáticos e somente são revelados pelo
exame radiológico periódico. Os primeiros sintomas da silicose são “falta de ar"
no esforço. Nos casos graves, os sintomas ocorrem mesmo com esforço muito
leve ou quando o paciente está em repouso.
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Vapores de soldagem - consistem de uma mistura de gases transportados pelo ar
e finas partículas que se inaladas ou ingeridas podem resultar em risco para a
saúde.
O grau de risco depende da composição do vapor, da quantidade de vapor no ar
que é respirado e a duração da exposição.
Os principais efeitos para a saúde são:
Irritação do trato respiratório: Gases ou finas partículas de vapor podem causar
secura na garganta, coceira, tosse, aperto no peito e dificuldade para respirar.
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Vapores de soldagem - os principais efeitos para a saúde são:
Febre dos fumos metálicos - a inalação de muitos óxidos metálicos, como
aqueles do zinco, cádmio, cobre etc., pode levar a doença aguda similar à gripe
chamada febre dos fumos metálicos.
Com exceção da exposição aos vapores de cádmio, complicações graves são
raras. A causa mais comum de febre dos fumos metálicos ocorre pela soldagem
de aço galvanizado.
Envenenamento sistêmico - pode resultar da inalação ou ingestão de substâncias
contidas nos vapores de soldagem como fluoretos, manganês, chumbo, bário e
cádmio. A presença dessas substâncias nos vapores depende do processo de
soldagem usado e do material que está sendo soldado.
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Isocianatos - podem ser líquidos ou sólidos em temperatura ambiente e são
principalmente usados na produção de poliuretanos, espumas, adesivos,
vernizes e tintas.
São irritantes para a pele e membranas mucosas. No entanto, os problemas mais
graves associados à exposição aos isocianatos são aqueles que afetam o
sistema respiratório. Isocianatos são reconhecidos como uma das causas mais
comuns de asma ocupacional.
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Pó de madeira – produzido no processamento ou corte de madeira. Os perigos
associados com o pó de madeira são principalmente pelainalação e contato com
a pele.
Os efeitos biológicos do pó de madeira podem gerar sintomas diferentes que
depende da quantidade e composição da madeira.
Os sintomas da exposição variam de dermatite e irritação da conjuntiva a
irritação do trato respiratório superior.
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Produtos de petróleo – a indústria de petróleo apresenta diversos perigos
exclusivos tanto em termos de extração/produção quanto no produto acabado.
Óleos lubrificantes: Certos óleos (particularmente os óleos altamente aromáticos)
são irritantes quando aplicados à pele por um período de algumas horas.Contato
acidental com os olhos pode causar irritação transitória, mas nenhum efeito
duradouro.
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Produtos de petróleo
Gasolina: irritante para a pele e a exposição prolongada pode produzir bolhas.
Contato acidental com os olhos causa irritação grave, mas esta é geralmente
curta.
A inalação prolongada a altas concentrações pode ser fatal em decorrência de
depressão do sistema nervoso central. Gasolinas contêm aditivos (que podem
incluir chumbo tetraetila que é neurotóxico e compostos bromados que são
mutagênicos); estes estão sendo substituídos por metanol e ésteres. Exposição
excessiva ao metanol pode causar cegueira;
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Produtos de petróleo
Extratos aromáticos: contêm altas concentrações de hidrocarbonetos aromáticos
policíclicos que podem ser carcinogênicos por meio de contato com a pele.
Benzeno: Contato direto produz remoção da gordura da pele e dermatite
mediante exposição repetida. Exposição repetida a 50 ppm ou mais pode causar
danos ao sangue e tecidos, produzindo, em alguns casos, uma falha completa na
formação de novas células sanguíneas de todos os tipos (uma condição fatal).
Exposição prolongada a altas concentrações causa um tipo de leucemia e danos
aos cromossomos (os corpos que transportam material genético na divisão
celular).
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Mineração
Mineração – extração mineral e de metal - a mineração de carvão, minérios e
outros minerais é realizada amplamente em todo o mundo.
Historicamente os mineiros sofreram de muitos problemas de saúde. Atividades
de mineração podem apresentar perigos particulares à saúde por diversas
substâncias. O principal perigo para a saúde é a exposição ao pó em diversas
formas.
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Uso e refino de metal
Muitos metais duros estão presentes em pequenas quantidades em nossos
corpos como elementos essenciais e formam uma parte importante de nossa
função. No entanto, se exposição a quantidades maiores ocorrer, efeitos
significativos para a saúde podem ser gerados.
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Uso e refino de metal
Cádmio – seu uso foi restrito em decorrência de sua toxicidade, no entanto ele
ainda é usado no setor de aviação como um revestimento anticorrosivo, e em
baterias de NiCd.
Os efeitos fisiológicos da exposição excessiva ao cádmio podem ser separados
em: os efeitos agudos incluem náusea, vômito e transtornos gastrintestinais
graves, e efeitos crônicos vão de fadiga a danos hepáticos e renais.
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Uso e refino de metal
Chumbo – metal com propriedades anticorrosivas. Foi amplamente usado no
setor de construção e na produção de baterias, balas e pesos. Também pode ser
misturado a outros metais para formar ligas úteis tais como solda de Sn/Pb.
Seus compostos são tóxicos e podem ser inalados, ingeridos ou absorvidos pela
pele. Efeitos agudos são raros, pois o Pb é principalmente um veneno crônico
cumulativo.
Efeitos crônicos podem ser observados com o acúmulo lento do Pb no corpo,
com frequência depositado nos ossos e posteriormente liberados na ocorrência
de um trauma. Efeitos crônicos variam de dores no estômago a letargia e anemia,
finalmente causando morte. Pode gerar danos cerebrais especialmente em fetos.
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Avaliação dos Riscos para a Saúde
A principal razão para conduzir uma avaliação no local de trabalho é avaliar o(s)
risco(s) para a saúde dos funcionários. Onde uma situação menos satisfatória for
indicada haverá um requisito adicional:
- Especificar etapas para atingir um controle adequado.
- Identificar qualquer outra ação que seja exigida.
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Avaliação dos Riscos para a Saúde
O processo de avaliar os riscos para a saúde pode ser descrito pelo fluxograma abaixo.
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Avaliação dos Riscos para a Saúde
1. Definir a extensão da avaliação - definir o processo ou atividade que está sendo
avaliada.
Pode ser necessário avaliar diferentes perigos como parte de diferentes avaliações,
por exemplo, avaliações de ruído são geralmente conduzidas separadamente de
avaliações de risco químico, pois envolvem abordagens muito diferentes.
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Avaliação dos Riscos para a Saúde
2. Coletar informações – sobre:
- A natureza do processo ou operação.
- As substâncias usadas e produzidas.
- Agentes como (ruído, radiação) e fatores (ergonômicos) presentes.
- A forma das substâncias (gases, vapores etc.) e onde estão presentes no local de
trabalho.
- Os tipos de trabalhos realizados (p. ex., operação, manutenção, supervisão,
laboratório).
- Histórico de saúde do trabalhador, casos de doença ocupacional, incidentes, etc.
- Qualquer outra informação relevante.
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Avaliação dos Riscos para a Saúde
3. Avaliar o(s) risco(s) para a saúde
Após coletar todas as informações relevantes, a avaliação real é realizada. Isto envolve
observação das práticas operacionais e, onde necessário o monitoramento da
exposição pessoal
Monitoramento do local de trabalho
Pode ser necessário obter alguns dados de monitoramento, especialmente com relação
aos níveis de exposição, como parte da avaliação geral dos riscos para a saúde.
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Avaliação dos Riscos para a Saúde
4. Identificar ações
Onde a avaliação indicar um risco para a saúde, é necessário especificar as ações a
serem tomadas para atingir controle efetivo.
Esta é uma parte integrante, importante da avaliação, que NÃO é considerada concluída
sem que este aspecto seja abordado.
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Avaliação dos Riscos para a Saúde
5. Registrar a avaliação de risco
Embora avaliações sejam importantes na abordagem preventiva da proteção da saúde,
elas têm apenas valor limitado a não ser que sejam registradas por escrito e datadas e
assinadas pelo avaliador.
6. Executar as avaliações
É importante assegurar que as recomendações de qualquer avaliação sejam
implementadas adequadamente. Muitas avaliações deixam de controlar a exposição
porque as ações não são implementadas.
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Avaliação dos Riscos para a Saúde
7. Analisar a avaliação de risco
A avaliação inicial não deve ser considerada como sendo relevante para sempre.
Reavaliações periódicas devem ser realizadas regularmente e em qualquer caso sempre
que se suspeitar que a avaliação não seja mais válida.
Ex. de fatores que devem ativar uma avaliação adicional dos riscospara a saúde
- Mudanças das substâncias/agentes envolvidos e/ou suas fontes.
- Modificação no controle de engenharia, processos ou métodos de trabalho, volume ou
taxa de produção.
- Resultados adversos de monitoramento da exposição pessoal.
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