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Enterobius vermicularis - Resumo

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Enterobius vermicularis 
 
Verminose intestinal. Nome popular: Oxiúros. 
 
Epidemiologia: Alta prevalência nas crianças em idade escolar. Fêmea elimina ovos na 
região perianal, em poucas horas se tornam infectantes e resistem até 3 semanas em 
ambiente doméstico. 
 
Morfologia: Cor branca, filiforme. Na extremidade anterior, lateralmente à boca, 
notam-se expansões vesiculosas chamadas “asas cefálicas”. A boca é pequena, seguida 
de um esôfago típico: é claviforme, terminando em um bulbo cardíaco. 
 
Fêmea Macho 
1 cm de comprimento por 0,4 mm de 
diâmetro 
5 mm de comprimento por 0,2 mm de 
diâmetro 
Cauda pontiaguda e longa 
Cauda fortemente recurvada em sentido 
ventral, com um espículo presente 
Vulva abre-se na porção média anterior, 
seguida por uma curta vagina que se 
comunica com dois úteros; cada ramo 
uterino se continua com o oviduto e 
ovário 
Testículo único 
 
Ovo: 50 µm de comprimento por 20 µm de largura. Aspecto grosseiro de um “D”. 
Membrana dupla, lisa e transparente. Sai da fêmea já apresentando uma larva (L2) em 
seu interior. L3 e L4 ocorrem na região perianal. L5 é a forma infectante. 
 
 
 
Hábitat: Macho e fêmea Ceco e apêndice. Fêmeas são encontradas na região 
perianal. Em mulheres Vagina, útero e bexiga. 
 
Transmissão 
 
Heteroinfecção Ovos presentes na poeira ou alimentos atingem novo hospedeiro. 
Indireta Ovos presentes na poeira ou alimentos atingem o mesmo hospedeiro que 
os eliminou. 
Auto-infecção externa ou direta Hospedeiros levam os ovos da região perianal à 
boca. 
Auto-infecção interna Processo raro no qual as larvas eclodiriam ainda dentro do 
reto e depois migrariam até o ceco, transformando-se em vermes adultos. 
Retroinfecção As larvas eclodem na região perianal (externamente), penetram 
pelo ânus e migram pelo intestino grosso chegando até o ceco, onde se transformam em 
vermes adultos. 
 
Ciclo biológico 
 
Monoxênico (apenas um hospedeiro para fechar o ciclo biológico); após a cópula, os 
machos são eliminados com as fezes e morrem. As fêmeas, repletas de ovos, se 
desprendem do ceco e dirigem-se para o ânus (principalmente à noite). Elas se rompem, 
liberando os ovos já embrionados, que se tornam infectantes em poucas horas e são 
ingeridos pelo hospedeiro. No intestino delgado, as larvas rabditóides eclodem e sofrem 
duas mudas no trajeto intestinal até o ceco. Aí chegando, transformam-se em vermes 
adultos. Um a dois meses depois as fêmeas são encontradas na região perianal. Não 
havendo reinfecção, o parasitismo extingue-se aí. 
 
Patogenia e Sintomatologia 
 
Na maioria dos casos o parasitismo é assintomático. A alteração mais intensa e mais 
frequente é o prurido anal (noturno). A mucosa local mostra-se congesta, recoberta de 
muco contendo ovo e, às vezes, fêmeas inteiras. O ato de coçar a região anal pode lesar 
ainda mais o local, possibilitando infecção bacteriana secundária. 
 
Parasitismo intenso Colite crônica, fezes moles ou diarreicas e emagrecimento. 
 
Parasitose associada com apendicite aguda. 
 
Presença de vermes nos órgãos genitais femininos Vulvite, vaginite, endometrite, 
salpingite (inflamação pélvica das tubas uterinas) e ovarite (inflamação de um ou de 
ambos os ovários). Pode causar infertilidade. 
 
Diagnóstico: O melhor método é o da fita adesiva (transparente) ou método de Graham. 
Essa técnica deve ser feita ao amanhecer, antes de a pessoa banhar-se, e repetida em 
dias sucessivos, caso dê negativo. 
 
Profilaxia: Roupa de dormir e de cama usada pelo hospedeiro não deve ser “sacudida” 
pela manhã, e sim enrolada e lavada em água fervente, diariamente. Tratamento de 
todas as pessoas parasitadas da família (ou outra coletividade) e repetir o medicamento 
duas ou três vezes, com intervalo de 20 dias, até que nenhuma pessoa se apresente 
parasitada. Corte rente das unhas, aplicação de pomada mercurial na região perianal ao 
deitar-se, banho de chuveiro ao levantar-se e limpeza doméstica com aspirador de pó. 
 
Tratamento: Pamoato de Pirantel, Albendazol, Mebendazol e Ivermectina.

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