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Giardia lamblia Enterobius vermicularis Introdução A fêmea, cilíndrica e com extremidades afiladas (A) mede cerca de 1 cm. A cutícula lisa forma 2 expansões cervicais (a). O macho (B) muito menor, tem a extremidade posterior enrolada ventralmente. O habitat dos vermes adultos é a região cecal do intestino grosso humano e suas imediações, onde vivem aderidos à mucosa. A, fêmea; B, macho; e C, ovo de Enterobius vermicularis; a) aletas cervicais; b) esôfago; c) intestino; d) útero; e) vagina; f, ovário; g) reto e ânus; h) canal ejaculador; i) testículo. Ovos Os ovos medem 50 a 60 µm de comprimento por 20 a 30 µm de largura. São mais achatados de um lado e, além de sua dupla membrana, contêm uma larva L2 já formada por ocasião da postura. Na temperatura da pele os ovos se tornam infectantes entre 4 a 6 horas. Quando ingeridos, os ovos eclodem no intestino delgado do hospedeiro, desenvolvendo-se as larvas até vermes adultos, enquanto migram lentamente até o ceco. Diagnóstico No parasitismo intenso, instala-se uma colite crônica, com fezes moles ou diarreia e inapetência. Em consequência, há um emagrecimento do paciente. Suspeita- se de enterobíase nos casos de prurido anal que se agravam à noite. O exame de fezes só revela 5 a 10% dos casos. O melhor método para o diagnóstico é a busca de ovos (ou vermes) no períneo, pela técnica da fita adesiva. A população escolar é a mais parasitada, seguida da pré-escolar e das pessoas que cuidam das crianças. Ciclo biológico O ciclo biológico na enterobíase é diferente dos outros helmintos intestinais. As fêmeas se deslocam pelo intestino, passam pelo esfíncter anal e alcançam o ambiente externo. Na região perianal, ocorre a oviposição, durante o período noturno. Após as fêmeas chegarem à região perianal e oviporem elas morrem. Dentro do ovo encontra-se uma larva já formada. Ela precisa de uma atmosfera com oxigênio para se desenvolver. A maturação dos ovos na pele ocorre em 4 a 6 horas. A partir desse momento eles já se tornam infectantes. A infecção ocorre pela ingestão dos ovos, que eclodem no intestino delgado do hospedeiro. Esse hospedeiro pode ser uma nova pessoa, ou o próprio paciente, já parasitado). No intestino delgado os vermes se desenvolvem e migram para o ceco. Este é seu habitat definitivo, lá eles podem copular e reiniciar um novo ciclo. Ainda em relação à infecção, ela pode ocorrer de duas formas básicas, a heteroinfecção e a autoinfecção. A heteroinfecção ocorre de um indivíduo para outro. Já a autoinfecção, ou reinfecção, ocorre quando o próprio indivíduo ingere os ovos procedentes do seu próprio intestino. Tratamento e controle Nenhuma medida isolada é suficiente para interromper a transmissão desta helmintíase. Quando aplicada a todos os membros de uma família ou de um grupo em causa, a terapêutica é a medida mais eficaz. Ela deve ser repetida a curtos intervalos – cerca de 20 dias – para que não se complete o ciclo biológico do parasito. Mebendazol e Albendazol são as drogas mais recomendadas, nas doses usuais, devendo repetir-se o tratamento aos 20º e 40º dias. Além disso: → Banhos matinais diários de chuveiro. → Lavagem cuidadosa das mãos depois de defecar, antes de comer e de preparar alimentos.
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