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Termos de forragicultura

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Forragem: partes comestíveis das plantas, exceto os grãos, que podem servir na alimentação dos animais em pastejo, ou colhidas e fornecidas.
Relvado: população de plantas herbáceas, caracterizada por um hábito de crescimento relativamente baixo, e uma cobertura do solo relativamente uniforme, incluindo tanto a parte aérea como órgãos subterrâneos.
O relvado dá uma idéia de comunidade vegetal em três dimensões: altura, estrutura e densidade e com finalidades de interceptação de luz, ângulos foliares, etc. Já a forragem descreve apenas quantitativamente uma massa forrageira sem forma ou estrutura. Para Pedreira, (2002), dossel não pode ser exclusivo de plantas de porte baixo, como visto na definição, pois há gramíneas de diferentes portes (alturas) que tem a característica de cobrir todo o solo, como é o caso do capim elefante (Penisetum purpureum) que pode chegar a três ou quatro metros de altura; ou mesmo o coastcross (Cynodon spp) que apresenta em média 40 cm. Sendo assim, essa diferença é apenas de escala, de forma que esta definição pode gerar polêmica. 
Método de pastejo: procedimento ou técnica de manejo do pastejo, idealizada para atingir objetivos específicos. Referente à estratégia de desfolhação e colheita pelos animais.
Sistema de pastejo: combinação integrada entre o componente animal, planta, solo, e fatores ambientais, mais o método de pastejo, com o objetivo de se atingir metas específicas.
Pastagem: um tipo de unidade de manejo de pastejo, fechada e separada de outras áreas por cerca ou outra barreira, e destinada à produção de forragem para ser colhida principalmente por pastejo. 
Taxa de lotação: relação entre o número de animais ou de unidades animais (UA) e a área da unidade de manejo por eles ocupados, durante um período específico de tempo (uma estação de pastejo, um verão, etc.).
A taxa de lotação é freqüentemente expressa como "carga animal", um termo não recomendado. Também ocorre o uso de "lotação" como sinônimo de taxa de lotação. Diz-se, por exemplo, que a "lotação" foi diminuída na seca, quando o correto é dizer que a "taxa de lotação" foi reduzida (Pedreira, 2002). 
Massa de forragem: quantidade - massa ou peso seco - total de forragem presente por unidade de área acima do nível do solo (preferencialmente, mas não obrigatoriamente). Medida de caráter pontual, normalmente expressa em kg MSjha. 
Acúmulo de forragem: aumento na massa de forragem de uma área de pastagem durante um determinado período de tempo. 
Forragem disponível: porção da massa de forragem, expressa como peso ou massa por unidade de área, que está acessível para o consumo dos animais. Este é um termo não recomendado uma vez que "forragem" é uma entidade definida e a "porção da massa que está disponível para consumo" é algo hipotético e sujeito à controvérsia da especulação, mesmo quando um resíduo pós-pastejo é usado como referência. Pode ocorrer, por exemplo, de parte da forragem abaixo do resíduo ser consumida antes que a altura média do resíduo seja atingida.
De acordo com Pedreira, 2002, é comum a confusão entre os termos "forragem disponível" e "disponibilidade de forragem", que são confundidos por alguns autores como sinônimos de "massa de forragem". Outro erro comum é o uso de "crescimento" como sinônimo de acúmulo, que é o resultado líquido do balanço entre crescimento (síntese de novos tecidos vegetais), que soma massa, e os processos que subtraem massa (senescência e morte de tecidos) da comunidade vegetal. 
Lotação contínua: método de pastejo onde os animais têm acesso irrestrito a toda a área pastejada, sem subdivisão em piquetes e alternância de períodos de pastejo com períodos de descanso. Freqüentemente (e erroneamente) expressa por "pastejo contínuo". 
Lotação rotacionada: método de pastejo que utiliza subdivisão de uma área de pastagem em dois ou mais piquetes que são submetidos a períodos controlados de pastejo (ocupação) e descanso. Também conhecido como "pastejo rotacionado", este um termo não recomendado, uma vez que o que é "rotacionado" (movimento este que nem sempre é óbvio) é a lotação (ocupação) e não o pastejo. 
Piquete (paddock): área de pastejo correspondente a uma subdivisão de uma unidade de manejo de pastejo (e.g., uma pastagem), fechada e separada de outras áreas por cerca ou outra barreira.
O piquete é muitas vezes confundido na literatura ou na própria rotina da fazenda com pastagem. Sendo que pela definição piquete é apenas uma subdivisão da pastagem. No caso do Rio Grande do Sul piquete é conhecido por "proteiro", que é um termo regional. 
Capacidade de suporte: é a máxima taxa de lotação que proporciona um determinado nível de desempenho animal, dentro de um método de pastejo, e que pode ser aplicada por determinado período de tempo sem causar a deterioração do ecossistema. A capacidade de suporte é flutuante entre anos e dentro de anos, e pode ser abordada e discutida dentro de estações ou de períOdos do ano. 
Capacidade de suporte foi definida por Maraschin (1976), como sendo o número de animais, ou carga animal que aquela pastagem pode alimentar, assegurando alto rendimento por animal e próximo ao máximo rendimento por área. 
Oferta de forragem: relação entre o peso (matéria seca) de forragem por unidade de área e o número de unidades animais (ou "unidades de consumo de forragem", definidas como "um animal com uma taxa de consumo de forragem de 8 kg MS/dia) em um ponto qualquer no tempo". Uma relação quantitativa e instantânea entre forragem e animal. O inverso de "pressão de pastejo". 
É importante destacar que oferta de forragem não considera a limitação de consumo para o animal em pastejo e sua unidade é "kg de MS por kg de PV". É independente da matéria seca por área, mas relacionada diretamente com o rendimento por animal (Gibb e Treacher, 1776). 
De acordo com Pedreira, (2002) a oferta de forragem tem como objetivo principal tentar explicar as respostas comportamentais e produtivas de um animal, quando diante dele se apresenta uma entidade caracterizável quantitativamente (a forragem e sua massa), mas onde o animal evidentemente desconhece a real proporção que lhe será permitido consumir. 
Pressão de pastejo: relação entre o número de unidades animais ou unidades de consumo de forragem e o peso (MS) de forragem por unidade de área, em um ponto qualquer no tempo. Uma relação animal-forragem. Deve ser preterido em favor de "oferta de forragem". 
Mott (1960), definiu pressão de pastejo como o número de unidades de animais por unidade de forragem disponível, apresentando também a relação da pressão de pastejo com a resposta animal. 
Lotação (stocking): é o número de animais por hectare usado para colher forragem, mas não tem relação alguma com produção de forragem (Maraschin e Mott, 1989).

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