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Deformações devidas a carregamentos verticais GEOTECNIA II SLIDES 06 / AULA 11 Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt prof.douglas.pucgo@gmail.com SLIDES 06 / AULA 11 – Deformações devidas a carregamentos verticais GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Recalques devido a carregamentos na superfície Exemplos: Recalques de fundações (sapatas ou radiers) Recalques de aterros construídos sobre terrenos 2 Ruptura geral nas fundações de silos de concreto armado (TSCHEBOTTARIOFF, 1978) SLIDES 06 / AULA 11 – Deformações devidas a carregamentos verticais GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Recalques devido a carregamentos na superfície Tipos de recalques Imediatos (elásticos) Lentos, por adensamento e creep (elastoplásticos) Deformações rápidas Solos arenosos ou não saturados Deformações lentas Solos argilosos saturados Processo de adensamento, com lenta saída de água dos vazios Previsão das deformações Parâmetros obtidos de forma experimental ou por correlações Cálculo dos recalques 3 SLIDES 06 / AULA 11 – Deformações devidas a carregamentos verticais GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Ensaios para determinação da deformabilidade dos solos Ensaio de compressão axial Corpo de prova cilíndrico Carregamento axial Medições: tensões e deslocamentos axiais Verificação do comportamento: Elástico Elasto-plástico Determinação de parâmetros constitutivos Módulo de Elasticidade (ou de Young) Coeficiente de Poisson 4 SLIDES 06 / AULA 11 – Deformações devidas a carregamentos verticais GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Ensaios para determinação da deformabilidade dos solos Ensaio de compressão axial 5 l r l r l E r r h h :Poisson de eCoeficient :deElasticida de Módulo :radial Deformação :allongitudin Deformação SLIDES 06 / AULA 11 – Deformações devidas a carregamentos verticais GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Ensaios para determinação da deformabilidade dos solos Ensaio com confinamento Ensaio de compressão triaxial Permite determinar a variação do módulo com a tensão confinante 6 SLIDES 06 / AULA 11 – Deformações devidas a carregamentos verticais GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Ensaios para determinação da deformabilidade dos solos Valores típicos de Módulo de Elasticidade de argilas saturadas não drenadas Módulo = 100 x Su Valores variam consideravelmente 7 SLIDES 06 / AULA 11 – Deformações devidas a carregamentos verticais GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Ensaios para determinação da deformabilidade dos solos Valores típicos de Módulo de Elasticidade de areias Não faz sentido medir o módulo na situação não drenada Areias chegam a ser mais rígidas que argilas O módulo da areia é função da: Granulometria, formato e resistência dos grãos Compacidade Tensão confinante 8 Tensão confinante = 100 kPa (exemplo) SLIDES 06 / AULA 11 – Deformações devidas a carregamentos verticais GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Ensaio de compressão edométrica Compressão unidimensional com confinamento lateral Representativo de situações em que o solo é carregado por novas camadas (extensas na direção horizontal) Considerado também para carregamentos feitos em áreas restritas (Ex.: sapatas) Ensaios para determinação da deformabilidade dos solos 9 SLIDES 06 / AULA 11 – Deformações devidas a carregamentos verticais GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Ensaios para determinação da deformabilidade dos solos Ensaio de compressão edométrica Carregamento feito em etapas Para cada etapa se espera até que as deformações tenham cessado Areias – rápido (minutos) Argilas saturadas – mais demorado (horas ou dias) A velocidade de adensamento será estudada no próximo capítulo Cargas elevadas dobrando o valor 10 SLIDES 06 / AULA 11 – Deformações devidas a carregamentos verticais GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Ensaios para determinação da deformabilidade dos solos Ensaio de compressão edométrica Conveniente utilizar escala semi-log Permite uma melhor visualização dos resultados 11 SLIDES 06 / AULA 11 – Deformações devidas a carregamentos verticais GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Ensaios para determinação da deformabilidade dos solos Ensaio de compressão edométrica Parâmetros obtidos: 12 vvv v v v v v v v vs v v mDmea d d D d d m d de a e de VV dV V dV d 11 1 0 000 e :parâmetros os entre Relações :aoedométric compressão de Módulo :avolumétric variação de eCoeficient :lidadecompressib de eCoeficient :avolumétric Deformação SLIDES 06 / AULA 11 – Deformações devidas a carregamentos verticais GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt CÁLCULO DE RECALQUES Métodos de cálculo de recalques Teoria da Elasticidade Analogia Edométrica Cálculo pela Teoria da Elasticidade Teoria apresentada no Cap. 8 Fórmula geral 13 pressões das aplicação de e carregada área da forma a conta em leva que ecoeficient carregada área da diâmetro) (ou largura solo do parâmetros os são e superfície na adistribuíd nteuniformeme pressão :onde I B E I E B 0 20 1 SLIDES 06 / AULA 11 – Deformações devidas a carregamentos verticais GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt CÁLCULO DE RECALQUES Cálculo pela Teoria da Elasticidade 14 pressões das aplicação de e carregada área da forma a conta em leva que ecoeficient I I E B 20 1 SLIDES 06 / AULA 11 – Deformações devidas a carregamentos verticais GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt CÁLCULO DE RECALQUES Cálculo pela Teoria da Elasticidade Dificuldades de aplicação de soluções fechadas baseadas na Teoria da Elasticidade Grande variação dos módulos do solo Tensões de confinamento Mesmo em materiais homogêneos há uma variação com a profundidade 15 SLIDES 06 / AULA 11 – Deformações devidas a carregamentos verticais GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt CÁLCULO DE RECALQUES Cálculo pela Teoria da Elasticidade Estratificação A aplicação da equação conduz ao erro Utilização de métodos numéricos 16 Realidade: Maiores deformações na camada compressível! SLIDES 06 / AULA 11 – Deformações devidas a carregamentos verticais GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt CÁLCULO DE RECALQUES Cálculo pela Compressibilidade Edométrica Compressibilidade a partir do ensaio de adensamento Aplicação discretizando as camadas Consideremos o elemento de solo no meio de uma camada argilosa 17 Camada está drenada acima e abaixo por camada de areia AB = poro-pressão AC = tensão total geostática BC = tensão efetiva geostática DE = acréscimo de tensões SLIDES 06 / AULA 11 – Deformações devidas a carregamentos verticais GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt CÁLCULO DE RECALQUES Cálculo pela Compressibilidade Edométrica Recalques deste elemento serão proporcionais ao acréscimo de tensões aplicados e à compressibilidade determinada em laboratório 18 SLIDES 06 / AULA 11 – Deformações devidas a carregamentos verticais GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt CÁLCULO DE RECALQUES Cálculo pela Compressibilidade Edométrica 19 1 21 1 1 2 1121 21 1 2 12 0 202101 1 1 1 e de diferença a é recalque O 1 1 : de valoresos Igualando 1 e 1 2 e 1 :solo do estados dois em e área de unidade uma em Pensando 1 e ee H e e HHHH HH e e HH H eHHeHH eVVVVeV VVV V V e sss s s s v 1 1 11 1 1 1 21 1 1 21 1 1 11 :solo do parâmetros dospartir A 1 :específico Recalque H D Hm eHa e H e e ee H e ee H v v SLIDES 06 / AULA 11 – Deformações devidas a carregamentos verticais GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt O Adensamento das Argilas Curva de compressibilidade de argilas saturadas Adensamento: lenta redução de volume devido à aplicação de cargas seguida de lenta expulsão da água dos poros Formato da curva em escala semi-log: Trecho de recompressão Trecho de compressão virgem 20 1 2 1 1 1 1 21 12 21 ' ' log 11 'log'log e HC e H ee ee C c c SLIDES 06 / AULA 11 – Deformações devidas a carregamentos verticais GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt O Adensamento das Argilas Curva de compressibilidade de argilas saturadas Assim, pode-se calcular recalques em função da propriedade e das variações de tensões Estas características são observadas em outros tipos de solos mas são classicamente atribuídas às argilas 21 SLIDES 06 / AULA 11 – Deformações devidas a carregamentos verticais GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt O Adensamento das Argilas Tensão de pré-adensamento Definições Máxima tensão já experimentada pelo solo Limite entre o regime elástico e o regime elasto-plástico 22 SLIDES 06 / AULA 11 – Deformações devidas a carregamentos verticais GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt O Adensamento das Argilas Tensão de pré-adensamento História de tensões do solo σ’ σ’p – solo sub-adensado RSA = σ’p / σ’ (razão de pré- adensamento) 23 SLIDES 06 / AULA 11 – Deformações devidas a carregamentos verticais GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt O Adensamento das Argilas Tensão de pré-adensamento Método de Casagrande: Traçar horizontal e tangente pelo ponto de maior curvatura Traçar bissetriz do ângulo formado pelas duas linhas Prolongar a reta virgem Interseção do prolongamento da reta virgem e da bissetriz indica a tensão de pré-adensamento e o índice de vazios correspondente 24 SLIDES 06 / AULA 11 – Deformações devidas a carregamentos verticais GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt O Adensamento das Argilas O método de Pacheco Silva é menos sensível ao operador O método de Casagrande é o mais difundido internacionalmente 25 Tensão de pré-adensamento Método de Pacheco Silva: Traçar horizontal correspondente ao índice de vazios inicial do corpo de prova Prolongar a reta virgem A partir da interseção obtida, desenhar uma linha vertical até a curva de compressibilidade A partir do ponto obtido na curva de compressibilidade traçar um horizontal A interseção desta horizontal com o prolongamento da reta virgem indica a tensão de pré-adensamento e o índice de vazios correspondente SLIDES 06 / AULA 11 – Deformações devidas a carregamentos verticais GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt O Adensamento das Argilas Cálculo de recalque de solos pré-adensados O estado de tensões inicial se encontra sobre a reta de recompressão O cálculo deve levar em conta o trecho em recompressão e o trecho de compressão virgem 26 ’ i ’ p ’ f p f i ic i p i ir i i fppi i i fi ip pi r pf fp c e HC e HC e H eeee e H ee e H ee ee C ee C ' ' log 1' ' log 1 1 11 'log'log 'log'log 1 1 21 SLIDES 06 / AULA 11 – Deformações devidas a carregamentos verticais GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Dados: Perfil inicial dado abaixo Cc = 1,8 e Cr = 0,3 Pressão de pré-adensamento é 18 kPa superior à tensão efetiva em qualquer ponto Será construído aterro que transmitirá um carga de 40 kPa Cálculo do recalque da camada de argila mole saturada tomando o ponto médio da camada Exemplo de cálculo de recalque por adensamento 27 SLIDES 06 / AULA 11 – Deformações devidas a carregamentos verticais GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Exemplo de cálculo de recalque por adensamento 28 m e HC e HC p f i ic i p i ir 543,0 185,69 405,69 log 4,21 0,98,1 5,69 185,69 log 4,21 0,93,0 ' ' log 1' ' log 1 SLIDES 06 / AULA 11 – Deformações devidas a carregamentos verticais GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Exemplo de cálculo de recalque por adensamento Cálculo do recalque da camada de argila mole saturada dividindo a mesma em três sub-camadas Observar que o recalque das camadas superiores é maior Recalque total = 0,561 Pelo ponto médio = 0,543 Conclusão: tomar apenas o ponto médio não causa erros exagerados 29