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BIOSSEGURANÇA WEBCONFERÊNCIA I PROFESSOR: ANTÔNIO SÉRGIO JR. INTRODUÇÃO À BIOSSEGURANÇA REGULAMENTAÇÕES EPI E EPC RESÍDUOS DE SAÚDE CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS SAÚDE DO TRABALHADOR BIOSSEGURANÇA NOS LABOARTÓRIOS BACTÉRIAS INTRODUÇÃO À BIOSSEGURANÇA REGULAMENTAÇÕES EPI E EPC RESÍDUOS DE SAÚDE CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS SAÚDE DO TRABALHADOR BIOSSEGURANÇA NOS LABOARTÓRIOS BACTÉRIAS Histórico • Hobert Hooke, 1665 Células ou “pequenas caixas”. • Antoni van Leewenhoek, 1683 “animálculos” • Florene Nightingale, 1863 Primeiras medidas de higiene. • Louis Pasteur, 1864 Técnica da pasteurização. • Joseph Lister, 1867 Utilização do fenol em feridas. • Robert Koch, 1876 Doença infecciosa é causada por um microrganismo específico. 200 ANOS ERA GENÉTICA/BIOTECNOLOGIA Histórico • 1970, 1º discussão sobre os impactos da engenharia genética (EUA). • No Brasil, 1º legislação - Nº 1 do Conselho Nacional de Saúde (1988) Aprovação de normas de pesquisas e saúde. • 1995 Surgimento da Biossegurança (Lei nº8.974 e decreto nº 1.752 CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança). CTNBio • Código de ética de manipulações genéticas; • Funcionamento da Comissão Interna de Biossegurança; • Certificação de Qualidade em Biossegurança; MS Histórico • 2005 Lei de Biossegurança 11.105/2005: -A liberação de pesquisa, cultivo, armazenamento, venda, consumo, importação e exportação de OGM; -Criação CNBS, formula e implementa políticas para o tema; -CTNBio decidirá algumas ações finais; -Liberação do uso de embriões humanos para pesquisa Diagnóstico, prevenção, tratamento de doenças e clonagem. Em 2015... 10 anos da Lei da Biossegurança: poucos motivos para comemorar • A nova legislação inaugurou um procedimento para a análise dos pedidos de liberação de transgênicos em território nacional menos rigoroso que o vigente à época liberação comercial da primeira variedade de árvore transgênica do mundo, fazendo a festa dos acionistas da Suzano Papel e Celulose, autora do pedido. 10 anos da Lei da Biossegurança: poucos motivos para comemorar • Ainda que a Lei delegasse à CTNBio a competência para a emissão de parecer técnico conclusivo para as atividades relacionadas aos OGM, a sua autorização ficaria a encargo dos órgãos federais competentes, como Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ministério do Meio Ambiente e Ministério da Saúde. Conceitos da Biossegurança • É o conjunto de estudos e procedimentos que visam evitar ou controlar os RISCOS provocados pelo uso de agentes químicos, agentes físicos e agentes biológicos à biodiversidade. • Conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização, eliminação de RISCOS inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico, prestação de serviços (laboratórios clínicos) aplicados ao conhecimento, as técnicas e equipamentos. • Conjunto de medidas técnicas, administrativas, educacionais, medicas e psicológicas, empregadas para PREVENIR ACIDENTES em ambientes biotecnológicos. Princípios da Biossegurança • Análise de riscos; • Uso de equipamentos de segurança; • Técnicas e práticas de laboratório; • Estrutura física dos ambientes de trabalho; • Descarte apropriado de resíduos; • Gestão administrativa dos locais de trabalho em saúde. Equipamentos de proteção EPI: • Considera-se Equipamento de Proteção Individual (EPI) todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado a proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho (Norma Regulativa-6 (NR-6), Ministério do Trabalho e Emprego). • Portaria nº3214/78 e suas alterações NR’s • Regulamentado pela Portaria 485, de 11 de novembro de 2005 NR-32 (Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Assistência à Saúde) competindo ao profissional usá-los e conservá-los. Equipamentos de proteção EPI: • A referida proteção é dada à cabeça, ao tronco, aos membros superiores, aos membros inferiores, à pele e ao aparelho respiratório do indivíduo. Equipamentos de proteção EPI Proteção à cabeça: • Protetores faciais destinados à proteção dos olhos e da face contra lesões ocasionadas por partículas, respingos, vapores de produtos químicos e radiações luminosas intensas. Alguns devem ser leve, resistente, com visor em acrílico. Equipamentos de proteção EPI Proteção à cabeça: • Máscaras e Respiradores: proteção de boca e nariz contra respingos e inalação de partículas em aerossol e substâncias químicas voláteis e tóxicas. Vias de penetração por microrganismos Vias aéreas: • Aerossóis formados na pipetagem; • Centrifugação (equipamento aberto); • Maceração de tecidos; • Flambagem de alça de platina; • Agitação; • Abertura de ampolas liofilizadas; • Manipulação de fluidos orgânicos; • Abertura de frascos de cultura. Equipamentos de proteção EPI Proteção à cabeça: • Óculos de Proteção: destinado à proteção dos olhos contra respingos de material biológico, substâncias químicas, partículas e decorrentes da ação de radiações perigosas. Equipamentos de proteção EPI Proteção para membros superiores: • Luvas: uso para todos que trabalham em ambiente laboratorial, na manipulação de amostras biológicas, preparo de reagentes, lavagem de materiais, atendimento ao paciente. Descartar sempre que estiverem contaminadas ou quando sua integridade estiver comprometida Equipamentos de proteção EPI Proteção para membros superiores: Para trabalhos gerais, preparo de soluções, lavagem de materiais. Para procedimentos que necessitem de proteção contra material biológico. Devem ser desprezadas após uso. Vias de penetração por microrganismos Via cutânea: • Picada com agulhas contaminadas – recapeamento; • Corte ou perfuração por vidraria quebrada ou por instrumentos perfurocortantes contaminados. Equipamentos de proteção EPI Proteção para membros inferiores: • Calçados impermeáveis para trabalhos realizados em lugares úmidos, lamacentos ou encharcados; • calçados impermeáveis e resistentes a agentes químicos agressivos; • calçados de proteção contra agentes biológicos agressivos; • calçados de proteção contra riscos de origem elétrica. Equipamentos de proteção EPI Proteção para o tronco: • Avental: uso para todos que trabalham em ambiente laboratorial, confeccionado em algodão, com manga longa e punho sanfonado, na altura dos joelhos e usado abotoado. • Não usar fora da área de trabalho, nem guardar junto com objetos pessoais. *Apesar do avental de algodão não ser considerado EPI por não ter nº de CA, seu uso deve ser obrigatório. • Avental Impermeável: evita a contaminação do vestuário. Equipamentos de proteção EPC: • Proteção de todos os trabalhadores expostos a determinado risco. • Cabine de Segurança Biológica: é o principal equipamento de contenção física para agentes infecciosos. Protegem o material e o profissional, na manipulação de materiais biológicos altamente infectantes, substâncias tóxicas e cultura de células. Cumprir os prazos de revisão e troca de filtros. As cabines devem estar em local de pouco trânsito e distantes de portas. Equipamentos de proteção EPC: • Lava-olhos: usado quando ocorrem acidentes onde haja contato de material biológico ou substância química, com os olhos e/ou a face. Os profissionais devem estar treinados quanto ao seu uso e as orientações localizadas próximas ao equipamento. Manter o acesso facilitado. • Chuveiro de Segurança: usados quando ocorrem acidentes com derramamento de grande quantidade de material biológico ou substância química sobre as roupas e pele do profissional, ou quando as roupas estiverem em chamas. Equipamentos de proteção EPC: • Autoclave: esterilização por calor eficaz, tornando material infeccioso seguro para ser eliminado ou reutilizado. • Garrafas com Tampa de Rosca: produz confinamento eficaz contra aerossóis e derrames. • Extintores de incêndio Equipamentos de proteção EPC: Conduta no Laboratório • BoasPráticas de Laboratório Clínico (BPLC’s) 1. Proibido comer, beber, fumar, guardar alimentos e aplicar cosméticos na área técnica; 2. Os cabelos, se forem compridos, devem permanecer sempre presos ou com gorros para evitar contato com materiais biológicos ou químicos; em alguns setores o uso de gorro é obrigatório ; 3. É vedado o uso de calçados abertos (chinelos e sandálias); 4. Toda amostra biológica deve ser considerada potencialmente contaminada; 5. Obrigatório o uso de EPIs; 6. Proibido pipetar com a boca; 7. Jamais corra no laboratório; 8. Concentre-se na sua atividade, evite conversar; 9. Não obstrua os ouvidos com equip. sonoro; Conduta no Laboratório • Boas Práticas de Laboratório Clínico (BPLC’s) 10. Obrigatória a descontaminação das bancadas de trabalho antes e após o desenvolvimento das atividades; 11. Proibido reencapar, entortar, quebrar e nem remover agulhas após o uso; 12.Nunca manipular materiais não identificados; 13. Segregar e acondicionar adequadamente resíduos biológicos, químicos e ionizantes; 14. Depositar todo material contaminado em recipientes apropriados para autoclavação; 15. Higienizar sempre as mãos; 16. Deve ser evitado, o uso de maquiagem facilita a aderência de agentes infecciosos na pele, e algumas maquiagens em pó interferem no resultado final de alguns exames. Conduta no Laboratório • Boas Práticas de Laboratório Clínico (BPLC’s) 17. Evite utilizar relógio de pulso durante as suas atividades; 18. Não utilize vidrarias trincadas e nem quebradas; 19. Nunca segure garrafas pelo gargalo e sim, com as duas mãos; 20. Quando estiver trabalhando na bancada, coloque um recipiente para descarte contendo álcool embebido com algodão. 21. O uso de jóias ou bijuterias, principalmente aqueles que possuem reentrâncias, servem de depósitos para agentes infecciosos ou químicos; 22. Tire as luvas sempre que for abrir portas, atender telefone, ligar e desligar interruptores, desse modo evita a contaminação dessas superfícies. Técnicas e práticas de laboratório • Aplicação das práticas e técnicas consideradas padrão; • Conscientizadas do risco, devem ser treinadas e atualizadas. • Cada laboratório DEVE confeccionar um manual de biossegurança, identificando os riscos e procedimentos. No caso da estrutura física do local de trabalho, devem ser seguidas uma série de normas sobre o ambiente de trabalho, em que a estrutura do estabelecimento deve ser elaborada com a participação de especialistas, de forma a garantir a segurança dos trabalhadores e dos pacientes ANVISA NR - 32 Estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde. NR - 32 NR - 32 Indica a probabilidade que um dano, um ferimento ou uma doença ocorra PREVENÇÃO. • a virulência do agente biológico; • a patogenicidade; • o dano decorrente da exposição ao agente; • o modo de transmissão e as vias de infecção resultantes de manipulações laboratoriais (via parenteral, via aérea e via oral); • a estabilidade do agente no ambiente; • a disponibilidade de profilaxia e tratamento eficazes; • A endemicidade. NR - 32 NR - 32 NR - 32 NR - 32 NR - 32 NR - 32 OBRIGADO E BONS ESTUDOS!!!