Prévia do material em texto
William Lombardi RA 11050915 Relatório 1 – Comunicação Digital O experimento demonstrou que o pulso sinc ideal gera um sinal polar que, nos instantes de amostragem múltiplos do tempo de bit 𝑇𝑏, atinge os valores dos símbolos transmitidos [-1, 1]. Este comportamento confirma a propriedade de Nyquist, necessária para alcançar interferência intersimbólica (ISI) nula nos pontos de amostragem ideais. Ao observar o pulso sinc no domínio do tempo, notou-se que ele é máximo em 𝑡 = 0 e tem zeros em todos os múltiplos inteiros não nulos de 𝑇𝑏. A forma de onda final, gerada pela convolução do pulso sinc com os símbolos polares, demonstra que nos instantes de amostragem múltiplos de 𝑇𝑏, o sinal resultante alcança os valores dos símbolos transmitidos [−1, 1], enquanto fora desses instantes, o sinal oscila devido à contribuição das caudas dos pulsos adjacentes. Figura 1 – pulso sinc com valor máximo em 𝑡 = 0 Figura 2 – sequência de símbolos polares a cada 𝑇𝑏 segundos Figura 3 – fórmula de onda final A análise da densidade espectral de potência (PSD) do sinal com pulso sinc ideal ajuda a determinar a largura de banda ocupada e revelou que essa ocupação é a mínima possível, teoricamente 𝑅𝑏 2 , sendo esta a largura de banda de Nyquist. O diagrama de olho (Figura 4) exibe este cenário, com a máxima abertura vertical no instante de amostragem ideal (geralmente 𝑡 = 0), indicando uma margem ideal contra ruído e a ausência de ISI, já que esta não deve ser observada nos instantes de amostragem ideais, uma vez que o pulso sinc é um pulso ideal que satisfaz a condição de Nyquist para ISI nula. Figura 4 – Diagrama de olho no instante ideal de amostragem, onde a abertura vertical é máxima Ao examinar o pulso do cosseno levantado (Figura X.3, a ser incluída) com um fator de roll-off (r), por exemplo, r = 0.8, o pulso também apresenta zeros em múltiplos de 𝑇𝑏, satisfazendo a condição de ISI nula nos instantes de amostragem, semelhante ao pulso sinc. Assim como o sinc, ele é projetado para garantir ISI nula nos instantes de amostragem. A principal característica deste pulso é o fator de roll-off 𝑟, que varia entre 0 (sinc puro) e 1. Ao alterar o roll-off, por exemplo para r = 0.1, o pulso no tempo se assemelha mais ao sinc puro, mas ainda permite a recuperação dos símbolos transmitidos, desde que o canal não introduza distorções significativas. A variação de 𝑟 afeta o formato do pulso e a largura de banda. Aumentos no fator 𝑟 resultam em um pulso que decai mais rapidamente no tempo, o que pode ser vantajoso para a robustez do sistema contra imprecisões de sincronismo. Entretanto, essa robustez é obtida à custa de uma maior largura de banda. A geração e comparação dos pulsos para três valores diferentes de roll-off (r = 0.1,0.5,1.0) revela que o aumento de r torna o pulso menos extenso no tempo, o que auxilia contra imperfeições temporais. Figura 5 – alteração do roll-off e seus reflexos no formato de pulso e largura de banda Figura 6 – pulso de cosseno levantado com diverentes valores para o roll-out (r = 0, 0.1 e 0.5, respectivamente) A largura de banda teórica 𝐵 do pulso de cosseno levantado é diretamente proporcional ao 𝑟: 𝐵 = 𝑅𝑏 2 (1 + 𝑟). A PSD confirmou que, ao aumentar 𝑟 de 0 para 1, a largura de banda ocupada aumenta, chegando ao dobro da largura de banda de Nyquist quando 𝑟 = 1. Observou-se que mesmo com um roll-off baixo (como 𝑟 = 0,1), ainda é possível recuperar os símbolos transmitidos. A adição de ruído com variância 𝑛𝑣𝑎𝑟 ao sinal ruidoso resultou em desvios dos valores de 1− + nos instantes de amostragem. Para uma variância baixa como, por exemplo, 𝑛𝑣𝑎𝑟 = 0,1, o desvio é pequeno, e a recuperação dos símbolos é viável com alta probabilidade. De forma contrária, para uma variância 𝑛𝑣𝑎𝑟 > 0,9, a amplitude do ruído se torna comparável à amplitude do sinal e o ruído frequentemente força o sinal a cruzar o limiar de decisão, resultando em erros na recuperação de símbolo. Figura 7 – Diagrama de olho com variância 𝑛𝑣𝑎𝑟 = 0.1 O diagrama de olho ruidoso demonstrou que o ruído causa uma dispersão vertical (borramento) do olho, reduzindo a margem contra erros, sendo este efeito mais evidente para variâncias maiores. Figura 8 – Diagrama de olho com variância 𝑛𝑣𝑎𝑟 = 0.3 | 0.9 respesctivamente A simulação de um canal limitado em banda, modelado como um filtro FIR, introduziu distorções que a formatação de pulso original não pode combater. O sinal na saída do canal apresentou atenuação e sofreu com a ISI. A ISI causada pelo canal impediu que o sinal atingisse os valores originais nos instantes de amostragem, tornando a recuperação dos símbolos difícil ou impossível sem equalização, especialmente quando o Tempo de Canal 𝑇𝑐𝑎𝑛𝑎𝑙 é grande (𝑇𝑐𝑎𝑛𝑎𝑙 > 5). O diagrama de olho resultante evidenciou este problema, mostrando um fechamento significativo tanto horizontal quanto vertical, característico da distorção de ISI. Uma redução no 𝑇𝑐𝑎𝑛𝑎𝑙 para 1 diminuiria a severidade da ISI, mantendo o olho mais aberto e facilitando a recuperação. Figura 9 – Diagrama de olho com 𝑇𝑐𝑎𝑛𝑎𝑙 = 1, 3 e 5, respectivamente