Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Resistência Bacteriana e Rede RM Prof. Marcelo Pillonetto Mecanismos de Ação dos Antibióticos Principais mecanismos de ação Inibição da síntese de parede celular Inibição da síntese de proteínas Inibição da síntese de DNA Alteração da membrana plasmática Bloqueio da síntese de metabólitos essenciais ESPCETRO DE ACAO DOS ANTIMICROBIANOS Aquisição de Resistência Bacteriana aos Antimicrobianos ORIGEM DA RESISTÊNCIA BACTERIANA Natural ou intrínseca Aeróbios Anaeróbios aminoglicosídeos Adquirida Cromossômica Mutação de genes Transmissão vertical Plasmidial Transmissão horizontal Resistência múltipla Produção de enzimas Metronidazol Mudança de alvos Principais mecanismos de resistência Produção de enzimas degradadoras de ATB Diminuição da permeabilidade Bombas de efluxo Mudança do sitio alvo Caminhos metabólicos alternativos 2A. DIMINUIÇÃO DA PERMEABILIDADE 2B. BOMBAS DE EFLUXO 3A. ALTERAÇÃO DO ALVO 1. MODIFICAÇÃO ENZIMÁTICA 4. VÍAS METABÓLICAS ALTERNATIVAS 3B. HIPERPRODUÇÃO DE RECEPTORES MECANISMOS DE RESISTENCIA MECANISMOS DE RESISTÊNCIA BACTERIANA Inativação Enzimática Betalactamases: Cromossômicas ou plasmidiais. Constitutivas ou induzíveis. Inúmeras enzimas (mais de 1000 sub-tipos) Enzimas em gram negativos Citoplasma Membrana citoplasmática Espaço periplásmico Membrana externa Peptidoglicano PBP ALTERAÇÕES DE PERMEABILIDADE Membrana externa Antimicrobiano Antimicrobiano Antimicrobiano Antimicrobiano Antimicrobiano Antimicrobiano Antimicrobiano Antimicrobiano Membrana citoplásmica Staphylococcus aureus Escherichia coli Pseudomonas aeruginosa Lactobacillus lactis BOMBAS DE EFLUXO Detecção de Mecanismos de Resistência aos Antimicrobianos Bactérias gram positivas Principais problemas S. pneumoniae R à penicilina Enterococcus R à vancomicina - VRE S. aureus R à meticilina - MRSA Streptococcus pneumoniae Resistência em Pneumococo Resistência à Penicilina Até 25% dos isolados Alteração de PBP Testar Oxacilina (disco) e Pen (E-test) Resistência em Pneumococo Enterococcus spp. Enterococcus Resistência adquirida (plasmídeos e transposons) Glicopeptídeos vanA, vanB, vanC, vanD, VanE – VRE Aminoglicosídeos (níveis elevados): Estreptomicina e Gentamicina Enterococcus Detecção Laboratorial Glicopeptídeos – Agar BHI com vanco MIC para vanco Detecção molecular – van A-E Estreptomicina e Gentamicina: altas concentrações Staphylococcus spp. 1. Uso de Cefoxitina (Disco de 30µg) como marcador preditor de “R” à Oxacilina pelo MecA: rotina para S. aureus, S.lugdunensis e ECN. 2. Resistência à Oxacilina (screening 6 µg/mL): rotina para S. aureus. 3. CIMs de Vancomicina ≥ 8µg/mL (diluição em ágar 6 µg/mL): realizar de rotina para S. aureus. Provas para Detecção de Mecanismos de Resistência RESISTÊNCIA BACTERIANA Staphylococcus spp Resistência à Vancomicina Avaliação da Sensibilidade VSSA VRSA VRSA Detecção de Mecanismos de Resistência aos Antimicrobianos Bactérias gram negativas Principais problemas - Enterobactérias AmpC – grupo CESPPP ou MY SPACE ESBL – E. coli, K. pneumoniae, P. mirabilis Resistência a carbapenêmicos – CRE KPC : K.pneumoniae, E. aerogenes… NDM-1: E.coli, K.pneumoniae Principais problemas – Nao fermentadores Resistencia a carbapenêmicos Acinetobacter baumannii – oxa23 Pseudomonas aeruginosa – MBL SPM, IMP, VIM “RESISTÊNCIA INTRÍNSECA” CEFALOTINA Enterobacteriaceae e outro M. morganii Yersinia enterocolítica Serratia spp Providencia spp. Aeromonas Citrobacter freundii Enterobacter spp. “RESISTÊNCIA INTRÍNSECA” CEFOXITINA Enterobacteriaceae • Serratia marcescens Citrobacter freundii Enterobacter cloacae Enterobacter aerogenes “RESISTÊNCIA INTRÍNSECA” Amoxacilina / Á.clavulânico Enterobacteriaceae Citrobacter freundii Enterobacter spp. Providencia spp. Serratia spp. M. morganii RESISTÊNCIA NATURAL Os antibioticos β-lactâmicos Ceftriaxona 3G Ticarcillin Ceftazidima 3G Cefotaxima 3G Carbenicilina Ertapenem Cefuroxime 2G Ampicilina Meropenem Cefotetan Cefamandol 2G Meticilina Aztreonam Imipenem Cefoxitina Cefalotina 1G Benzil- penicillina Monobactams Carbapenems Cefamicinas Cefalosporinas Penicilinas Cefepime 4G Doripenem Adaptado de P. Schrekenberger, 2011 Antibióticos β-lactâmicos Ceftriaxona 3G Ticarcilina Ceftazidima 3G Mezlocilina Cefotaxima 3G Carbenicilina Ertapenem Cefuroxima 2G Ampicilina Meropenem Cefotetan Cefamandol 2G Meticilina Aztreonam Imipenem Cefoxitina Cefalotina 1G Benzil- penicilina Monobactams Carbapenems Cefamicinas Cefalosporinas Penicillins Cefepime 4G ESBLs hidroliza todas Penicilinas Cefalosporinas Monobactams Doripenem 7 Adaptado de P. Schrekenberger, 2011 Ceftriaxona 3G Ticarcilina Ceftazidima 3G Mezlocilina Cefotaxima 3G Carbenicilina Ertapenem Cefuroxima 2G Ampicilina Meropenem Cefotetan Cefamandol 2G Meticilina Aztreonam Imipenem Cefoxitina Cefalotina 1G Monobactams Carbapenems Cefamicinas Cefalosporinas Penicillins Cefepime 4G ampCs hidrolisa todas Penicilinas Cefalosporinas, exceto 4ª geraçao (cefepime) Cefamicinas Monobactams Doripenem 8 Adaptado de P. Schrekenberger, 2011 Antibióticos β-lactâmicos Benzil- penicilina Ceftriaxone 3rd Ticarcillin Ceftazidime 3rd Mezlocillin Cefotaxime 3rd Carbenicillin Ertapenem Cefmetazole Cefuroxime 2nd Ampicillin Meropenem Cefotetan Cefamandole 2 nd Methicillin Aztreonam Imipenem Cefoxitin Cephalothin 1st Benzyl- penicillin Monobactams Carbapenems Cephamycins Cefalosporinas Penicillins Cefepime 4th Metalo BLAC hidrolisa todas Penicilinas Cefalosporinas Cefamicinas Carbapenems Doripenem 9 Adaptado de P. Schrekenberger, 2011 Antibióticos β-lactâmicos The β-lactam family of antibiotics Ceftriaxone 3rd Ticarcillin Ceftazidime 3rd Mezlocillin Cefotaxime 3rd Carbenicillin Ertapenem Cefmetazole Cefuroxime 2nd Ampicillin Meropenem Cefotetan Cefamandole 2 nd Methicillin Aztreonam Imipenem Cefoxitin Cephalothin 1st Benzyl- penicillin Monobactams Carbapenems Cefamicinas Cefalosporinas Penicilinas Cefepime 4th KPCs hydrolyze all Penicillins Cephalosporins Cephamycins Carbapenems Monobactams Doripenem 10 Adaptado de P. Schrekenberger, 2011 Pesquisa ESBL –disco aproximado Pesquisa ESBL – disco combinado Pesquisa de ampC RESISTÊNCIA BACTERIANA Resistência aos carbapenens Metalo--lactamases DETECÇÃO Controles de Qualidade: CQ Negativo: P. aeruginosa ATCC 27853 CQ Positivo: P. aeruginosa 48-1997A (produtora de SPM-1) P. putida 48 – 1234 (produtora de IMP -1) Resistência aos carbapenens- Metalo--lactamases DETECÇÃO Arakawa,JCM 38:40-43, 2000. Disco- aproximação com ácido 2-mercaptopropiônico NEGATIVA POSITIVA DISTÂNCIA 15-25 mm IMBL IMBL IMBL EDTA – 5 µl 100 mM 2-MPCA puro 2 a 3 µl DETECÇÃO Arakawa,JCM 38:40-43, 2000. Adição de EDTA Resistência aos carbapenens - Metalo--lactamases DETECÇÃO Arakawa,JCM 38:40-43, 2000. Etest Critério de positividade: ≥ 3,0 diluições. Resistência aos carbapenens - Metalo--lactamases RESISTÊNCIA BACTERIANA Resistência aos carbapenens Flavia Rossi – Quintanamicro Enterobacter gergoviae (IMP-1) RESISTÊNCIA BACTERIANA Resistência aos carbapenens TESTE DE HODGE MODIFICADO OU DO TREVO Moland et al., Clin.Microbiol. Newsletter, 2008. 30: 11, 79-85 KPC – Nosso pior pesadelo? DEFINIÇÕES KPC: “Klebsiella pneumoniae carbapenemase” Kpn-KPC: Klebsiella pneumoniae que produz KPC CRE: “Carbapenem Resistant Enterobacteriaceae” CRKP: “Carbapenem Resistant Klebsiella pneumoniae” DEFINIÇÕES KPC: É uma serino-carbapenemase, produzida principalmente pela Klebsiella pneumoniae. Já estão descritas 7 variantes (KPC1-7) CARACTERÍSTICAS DA KPC Beta – lactamase do grupo A de Ambler Hidrolisa cefalosporinas e carbapenêmicos Localizada em plasmídeos – fácil locomoção Kpn-KPC Geralmente é resistente a aminoglicosídeos, fluorquinolonas e outros HISTÓRICO 1940 – Beta lactamase em E. coli (Bacillus coli) 1988- ESBL em Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae CTX-M (2, 14 E 15) Aumento do uso de carbapenems 1996 - 2001 – Carolina do Norte – USA – primeiro isolado de KPC 2001 - 2004 – surto em 7 hospitais de Nova York – 19 isolados P. M. Hawkey and A. M. Jones The changing epidemiology of resistance. Journal of Antimicrobial Chemotherapy (2009) 64, Suppl. 1, i3–i10 HISTÓRICO 2005 - 2006 – Recife - primeiros 4 casos do Brasil 2008- São Paulo 2009 - mais de 400 casos em Londrina 2010 – São Paulo / Brasília / Londrina Outubro – Curitiba 2010-2012 - Paraná – mais de 800 casos P. M. Hawkey and A. M. Jones The changing epidemiology of resistance. Journal of Antimicrobial Chemotherapy (2009) 64, Suppl. 1, i3–i10 HISTÓRICO ENZIMAS BETA-LACTAMASES 2010: mais de 890 beta-lactamases 2012: mais de 1000 tipos descritos Bush K. Crit Care.2010;14(3):224. Epub 2010 Jun 29 and Definição de Caso , seg. ANVISA Caso Suspeito: Erta R por disco-difusão ou automação Caso confirmado fenotipicamente: Teste de Hodge Positivo Caso confirmado genotipicamente: Pesquisa do gene blaKPC positiva Epidemiologia - BRASIL Distrito Federal: 426 casos em 2010 para 715 em 2011 Espírito Santo: 7 em 2010 ; 37 Em 2011 Santa Catarina: três casos até outubro de 2010, 43 casos em 2011 Ceará, foram 103 casos em 2011 e 45 em jan. e fev. 2012 Minas Gerais: 12 em 2010, 11 em 2011. São Paulo, 70 pessoas infectadas em 2010, sem dados 2011. Epidemiologia - Paraná Predomínio absoluto de Kpn-KPC (> 97%) Outros: Escherichia coli; Enterobacter aerogenes; E. cloacae; Klebsiella oxytoca; Citrobacter koseri; Citrobacter freundii, Serratia marcescens; Pseudomonas aeruginosa KPC nos estados (2010-11) CLSI M100-S22, jan. 2012 Novo critério de interpretação: Testar “somente” para fins epidemiológicos e para controle de infecções associadas a hospitalizações Não mudar a interpretação de outras drogas ISTO É CORRETO? EUCAST X CLSI X ANVISA Antibiotico/ MIC CLSI* EUCAST* ANVISA** S R S R S R Imipenem ≤ 1 ≥ 4 ≤ 2 ≥ 8 ≤ 1 ≥ 4 Meropenem ≤ 1 ≥ 4 ≤ 2 ≥ 8 ≤ 1 ≥ 4 Ertapenem ≤ 0,5 ≥ 2 ≤ 0,5 ≥ 1 ≤ 0,5 ≥ 2 * 2012 ** 2010 Tratamento TSA: Resistente a praticamente todos antibióticos Resta Tigeciclina e Polimixina, por enquanto Paraná: 17/164 (11%) R à Polimixina, Tigeciclina: maioria falso R (automação) Tratamento - Protocolos Casos Leves: Amicacina e Polimixina Casos Graves: Amicacina, Polimixina , Tigeciclina (x2) Alternativas: carbapenêmico em dose dobrada e infusão continua Dependendo do MIC e de conceitos de PK/PD One Dosing Interval C o n c e n tr a ti o n Bolus Dose Optimization of Time Above MIC with Continuous Infusion Courtesy Lance Peterson - Evanston, Northwestern and Paul Schreckenberger – Loyola - Chicago T > MIC MIC-2 g 40% One Dosing Interval C o n c e n tr a ti o n Bolus Dose Optimization of Time Above MIC with Continuous Infusion T > MIC MIC-2 g MIC-1 g 80% Courtesy Lance Peterson - Evanston, Northwestern and Paul Schreckenberger – Loyola - Chicago One Dosing Interval C o n c e n tr a ti o n MIC-2 g Continuous Infusion Bolus Dose Optimization of Time Above MIC with Continuous Infusion T > MIC 80% Courtesy Lance Peterson - Evanston, Northwestern and Paul Schreckenberger – Loyola - Chicago One Dosing Interval C o n c e n tr a ti o n MIC-2 g Continuous Infusion Bolus Dose Optimization of Time Above MIC with Continuous Infusion MIC-1 g MIC-4 g Courtesy Lance Peterson - Evanston, Northwestern and Paul Schreckenberger – Loyola - Chicago Prevenção Lavagem adequada das mãos Uso de luvas e guarda-pó se houver contato com pacientes Precauções de contato Isolamento individual ou em cohort. Fonte: http://new.paho.org/hq/index.php?option=com_docman&task=doc_view&gid=15749&Itemid=1091 Prevenção Separação das camas em pelo menos 01 metro Limpeza do ambiente com hipoclorito (1:10) Transferência – comunicar que o paciente está infectado / colonizado Fonte: http://new.paho.org/hq/index.php?option=com_docman&task=doc_view&gid=15749&Itemid=1091 EM IMPLANTAÇÃO Epidemiologia Molecular Automatizada Rep-PCR PCR em Tempo Real Multiplex KPC, NDM-1 Rep PCR automatizado- Diversilab® Rep PCR automatizado- Diversilab® FUTURO PRÓXIMO PCR em Tempo Real Multiplex KPC, NDM-1, AmpC, ESBL (CTX-M) e MBLs Tecnologia de Microchip Resistência detectada por MALDI-TOF 1,5 a 2 horas TSA Inteligente - Multifatorial Algoritmo multi-paramétrico O quê estamos fazendo ? Saúde Pública 2005: ANVISA e MS, apoiado pela OPAS Institui a Rede RM Monitoramento da resistência microbiana no BR 2006-2008: Sensibilização e adesão dos hospitais sentinelas 2009 - Envio de cepas ATCC para os participantes PR: 06 labs, 05 hospitais Saúde Pública 2009 – LACEN – recebeu 300 cepas 2010-2012: mais de 3000 cepas recebidas Pesquisa de blaKPC; MBL – fenótipo Epidemiologia molecular KPC, Acinetobacter… VRE e MRSA – agar screen e MIC Pesquisa Multiplex de CRE (em implantação) Saúde Pública 2010: Nota técnica 001/2010 ANVISA 2010: Resolucao 0674/2010 SESA/PR Dados RM Paraná OCORRÊNCIA DE BACTÉRIAS MULTIRRESISTENTES EM UM LABORATÓRIO DE REFERÊNCIA EM SAÚDE PÚBLICA NO SUL DO BRASIL Acadêmica: Elis Andressa Stuy Orientador: Prof. MSc. Marcelo Pilonetto Co-orientadora: Lavinia Nery Villa StanglerArend PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ ESCOLA DE SAÚDE E BIOCIÊNCIAS ESPECIALIZAÇÃO EM MICROBIOLOGIA Curitiba, 2012 RESULTADOS E DISCUSSÃO RESULTADOS E DISCUSSÃO GN GP RESULTADOS E DISCUSSÃO *SOUZA, F., ANDRETTI, G. 2011 Sociedades de Classe Criação do CBTSA Espaço garantido para discussões nos Congressos da SBAC, SBI, SBM e SBPC Implantação de banco de dados epidemiológicos brasileiros Terminator !
Compartilhar