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Claudia Fernanda de Lacerda Vidal PhD Medicina Tropical – UFPE Coordenadora do Núcleo de Segurança do Paciente- NSP Presidente Comissão de Controle de Infecção Hospitalar- CCIH Hospital das Clínicas/UFPE/EBSERH Classe de antibióticos betalactâmicos, apresentando um anel pentacíclico não- saturado ligado ao anel betalactâmico A presença do anel carbapenêmico garante a propriedade de potente ação sobre as bactérias Gram-positivas e Gram-negativas Tienamicina 1976 Instabilidade química N-formimidoil tienamicina 1979 Imipenem Ação Dipeptidades (renal) = hidrólise Imipenem Associação Cilastatina Inativa a enzima renal Meropenem 1987 Maior estabilidade Grupamento metila no carbono 1 Doripenem Classe: Penêmicos Subclasses: Carbapenêmicos Doripenem, Ertapenem, Imipenem, Meropenem, Tomopenem, Tebipenem, Panipenem, Biapenem Penêmicos Faropenem • Beta-lactâmicos • Carbono posição 1, ligação C 2-3 • cadeia hidroxietila em trans-configuração (posição 6) • estabilidade às betalactamases • Naturais: Tienamicina • Streptomyces (cattleya)-1978 • Sintetizados: Imipenem - 1979 Biosynthesis of the beta-lactam antibiotic, thienamycin, by Streptomyces cattleya. Journal of Biological Chemistry, 260, 4637-4647- 1985. Reino: Filo: Bacteria Actinobacteria Classe: Actinobacteria Ordm: Actinomycetales • diferenças estruturais das penicilinas e Fcaemfilaial:oSstpreoptroimnyacsetaceae Gênero: Streptomyces Waksman & Henrici 1943 Diversidade: 550 espécies http://en.wikipedia.org/wiki/Bacteria http://en.wikipedia.org/wiki/Actinobacteria http://en.wikipedia.org/wiki/Actinobacteria http://en.wikipedia.org/wiki/Actinomycetales http://en.wikipedia.org/wiki/Streptomycetaceae • Amplo espectro com atividade limitada para BGN não ferm. • Ertapenem • GRUPO 2 • Amplo espectro com atividade para BGN não fermentadores • Imipenem, Meropenem, Doripenem, Tebipenem, Biapenem • GRUPO 3 • Amplo espectro com atividade para MRSA • CS 023 (Tomopenem) atividade bactericida de amplo espectro melhor estabilidade diante das betalactamases (resistência à hidrólise –cromossômicas e plasmideais) Ligam-se às proteínas fixadoras de penicilina presentes na parede bacteriana, principalmente as PBPg1 e PBP2, provocando a lise osmótica da bactéria. Efeito Pós-antibiótico (2-4 horas) Mecanismo de Ação: memb. externa Porina peptideoglicano membrana citoplasmática espaço periplásmico B- lactâmico PBP Scand J Infect Dis Suppl 101:33-43, 1996 • lise osmótica • Ligação às proteínas fixadoras de penicilinas • Impede a bactéria de completar “cross-linking” do peptideoglican • PBPs- PBP 1 e PBP 2 • Em algumas espécies PBP 3,PBP 5 Zhanel GG et al. Comparative review of the carbapenems. Drugs 67(7), 2007 • MEROPENEM- PBP2 (3, 1a, 1b) • ERTAPENEM- PBP2 (3, 1a, 1b) • DORIPENEM • PBP3- P.aerug. • PBP 1,2,4- S.aureus • PBP2- E.coli • BIAPENEM • PBP1a,b- P.aerug. • PBP1,3-S.aureus • PBP1,4- E.coli • TEBIPENEM • PBP 1ª,2b,e- Strep pn. Ligação pobre: PBP2a- MRSA PBP5- Enterococcus faecium Gram negativos Gram positivos Neisseria Moraxella Staphylococcus S. aureus S epidermidis outros Streptococus grupo A= S. pyogenes grupo D= Enterococcus cocos Espectro de Ação Gram positivos Gram negativos Bacillus Clostridium Corynebacterium Listeria Micobacteria Fastidiosos: Haemophilus Bordetella Enterobacterias Escherichia coli Klebsiella Proteus Salmonella Não Fermentadores Pseudomonas Acinetobacter Bacilos Coloração específica de Ziehl Neelsen Espectro de Ação ANAERÒBIOS “Supra Diafragma” Peptococcus sp. Peptostreptococcu s sp. Prevotella Veillonella Actinomyces “Infra Diafragma” Clostridium perfringens, tetani, e difficile Bacteroides fragilis, disastonis, ovatus, thetaiotamicron Fusobacterium Espectro de Ação Espectro de Ação Acinetobacter baumanni, Pseudomonas aeruginosa, Campylobacter e Bacteroides fragilis Enterobactérias produtoras ß- lactamases Gram-positivos R- penicilinas Droga Strep spp. & MSSA Entero- bacterias Não- ferment. Anaeróbios Imipenem + + + + Meropenem + + + + Ertapenem + + Atividade limitada + Doripenem + + + + Zhanel GG et al. Comparative review of the carbapenems. Drugs 67(7), 2007 Não é absorvido VO Removido da circulação por filtração glomerular Hidrolisado pela dehidropeptidase I no túbulo renal proximal: associação com cilastatina- inibidor Cilastatina: sem efeito antibacteriano Efeito pós- antibiótico: Gram neg. -particularidades- Penetração liquórica com barreira inflamada Alta afinidade pelas células SNC Boa penetração óssea Infecções por Enterobactérias cepas cefalosporinas- resistente cepas produtoras de ESBL Empírico em infecções graves Antibioticoterapia prévia Neutropênicos febris Infecções polimicrobianas custo, efeitos colaterais Reação de hipersensibilidade imediata-1% Pode ter reação cruzada com penicilina 2-4% : elevação de AST/ALT Tonturas-1% •Ajuste de dose com Clearence < 50 ml/min Convulsões- 1% -particularidades- • Induz produção de beta-lactamases cromossômicas: • Citrobacter, Enterobacter, Serratia, Proteus, Pseudomonas • Cefalosporinases tipo I (Richmond e Sykes) • Hidrólise de penicilinas, cefalosporinas • Produção de cepas de bacilos Gram-negativos resistentes a outros betalactâmicos • Novas cadeias nos carbonos 2 e 3 • maior atividade bacilos Gram-negativos • Grupamento metila no carbono 1 • estabilidade à ação das dehidropeptidases renais -farmacocinética- • Não é degradado pela dehidropeptidase renal • não necessita associações • Menor potencial epileptogênico • Menos nefrotóxico • Ajuste de dose com Clearence < 50 ml/min -particularidades- • Maior atividade nos bacilos Gram-negativos • alta afinidade pelas PBPs • estabilidade às betalactamases • Atividade em cepas de Pseudomonas aeruginosa resistentes ao Imipenem • penetração mais rápida Zhanel GG et al. Comparative review of the carbapenems. Drugs 67(7), 2007 Maior CIM enterobactérias Maior atividade contra bactérias Gram- positivas Leucopenia, plaquetopenia Neurotoxicidade,convuls ões em 1% pacientes Imipenem Menor CIM enterobactérias Maior potência de ação sobre Pseudomonas Maior ação contra Clostridium perfringens e C. difficile Eosinifilia, trombocitose Meropenem • 1-beta-metil carbapenem • grupamento metila no carbono 1 • estabilidade à dehidropeptidade renal • cadeia lateral hidroxietil no carbono 6 • resistência a várias betalactamases • Alta ligação proteica • permite dose única diária • Metabolização e excreção renal • Sem ajustes para insuficiência hepática • Ajuste somente em insuficiência renal grave • Administração EV ou IM • Excelente eficácia clínica nas seguintes indicações: • infecções intra-abdominais • infecções de pele e anexos • infecções pélvicas agudas • Posologia conveniente: uma vez ao dia • Segurança comparável ao “padrão-ouro” • ceftriaxona e piperacilina/tazobactama Lancet 2005, 366:1695-703 ERTAPENEM - infecções em pé diabético - • 7 meses após a introdução • 19 meses após a introdução • 3 anos após a introdução • 9 anos após introdução Goff et al. ICAAC 2004 Goff et al. J Inf (57) 2008 Goldstein et al. AAC(53) 2009 Nicolau DP. JAC (66) 2011 Administração por via parenteral, uma vez que não são absorvidos por via oral em função da sua instabilidade no meio gástrico Boa difusão pelos tecidos e líquidos orgânicos, incluindo LCR Eliminação via renal Ajuste na insuficiência renal (Cl Cr) Imipenem/cilastatina: 50mg/kg/dia, a cada 6 horas- SF0,9% ou SG5% Meropenem: 10-20 mg/kg/dose a cada 8 horas 40mg/kg/dose- meningites infusão em 3 horas Boa tolerabilidade Náuseas, vômitos e diarréia em 4% dos pacientes Reações alérgicas com rash cutâneo, prurido, febre, reaçãoanafilática e reação cruzada à penicilina Infecções intra- abdominais Sepse hospitalar Meningites Pneumonias Infecções urinárias Infecções hospitalares MDRO infecções hospitalares graves, com falência terapêutica a outras drogas decorrente de resistência bacteriana Agente antibacteriano sintético do grupo dos carbapenêmicos Mecanismo de ação, resistência e espectro de ação semelhantes IMI, MER Mesmas indicações clínicas Efeitos colaterais similares • DORIBAX ® – EUA- ITU e IAB complicadas • BGN, CGP, aeróbios e anaeróbios • Altera síntese parede celular • Mais estável após reconstituição • -Infusão prolongada, tempo > MIC • Menor risco de convulsões • Ajustar dose na insuficiência renal grave FDA Drug Safety Communication: FDA approves label changes for antibacterial Doribax (doripenem) describing increased risk of death for ventilator patients with pneumonia Kollef MH, Chastre J, Clavel M, et al. A randomized trial of 7-day doripenem versus 10- day imipenem-cilastatin for ventilator-associated pneumonia. Critical Care 2012, 16: R218. doi:10.1186/cc11862 http://www.fda.gov/Drugs/DrugSafety/ucm3 87971.htm Doribax (doripenem) is approved for the treatment of adults with complicated intra-abdominal infections and complicated urinary tract infections including pyelonephritis. In the clinical trial that was stopped early, patients with ventilator- associated bacterial pneumonia received either 7-day Doribax treatment or 10-day treatment with imipenem and cilastatin, another antibacterial drug.1 In the intent-to-treat population, the 28- day all-cause mortality was higher in the Doribax arm (23.0 percent; n=31/135) than in the imipenem and cilastatin arm (16.7 percent; n=22/132) . Clinical cure rates were also lower in the Doribax arm. DOU Nº 87, segunda-feira, 9 de maio de 2011. Seção 1, páginas 39 a 41 RESOLUÇÃO-RDC Nº 20, DE 5 DE MAIO DE 2011 Dispõe sobre o controle de medicamentos à base de substâncias classificadas como antimicrobianos, de uso sob prescrição, isoladas ou em associação. ANEXO I LISTA DE ANTIMICROBIANOS REGISTRADOS NA ANVISA (Não se aplica aos antimicrobianos de uso exclusivo hospitalar) 44. Doripenem 45. Doxiciclina 46. Eritromicina 47. Ertapenem MECANISMOS DE RESISTÊNCIA -CARBAPENÊMICOS- Produção de ß-lactamases de origem cromossômica (carbapenemases) Alteração no canal porínico Dg2 Induzir a produção de betalactamases cromossômicas em bacilos Gram-negativos, as cefalosporinases, levando à resistência cruzada entre monobactânicos, cefalosporinas de segunda e terceira geração, ureidopenicilinas e eventualmente o próprio grupo Resistência bacteriana Produção de enzimas inativadoras: memb. externa Porina peptideoglicano membrana citoplasmática espaço periplásmico B-lactâmico PBP B-lactamase Scand J Infect Dis Suppl 101:33-43, 1996 Pseudomonas cepacia, Aeromonas hydrophila, Legionella e Bacteroides fragilis Resistência bacteriana Impermeabilidade da membrana: memb. externa Porina peptideoglicano membrana citoplasmática espaço periplásmico B-lactâmico PBP Scand J Infect Dis Suppl 101:33-43, 1996 Pseudomonas aeruginosa Enterobactérias J Hosp Infect. 2015 Feb 4 “None of the drugs currently in the development pipeline would be effective against certain killer bacteria, which have newly emerging resistance to our strongest antibiotics (carbapenems) and fatality rates of up to 50%.” Chan, M. “Antimicrobial Resistance in the European Union and the World”. World Health Organization, http://www.whoChan, M. “Antimicrobial Resistance in the European Union and the World”. World Health Organization, 2012. Carbapenemases by Classification, Activity and Organisms Enzyme Type Classification by Ambler Class Activity Spectrum Organism(s) KPC A All β-lactams Enterobacteriaceae Ps. aeruginosa SME A Carbapenems and aztreonam, but not 3rd/4th G cephalosporins S. marcescens NMC–A, IMI A Same as for SME Enterobacter spp. GES A Imipenem and 3rd/4th cephalosporins Ps. Aeruginosa and Enterobacteriaceae IMI, VIM B (metallo-β- lactamases) All β-lactams; can test susceptible to aztreonam Pseudomonas spp. Acinetobacter spp. Enterobacteriaceae OXA D Weakly active against carbapenems A. baumanni, P. Aeruginosa, and rare Enterobacteriaceae Pediatr Infect Dis J. 2010;29(1):68-70 Sem novas drogas Mecanismos de resistência emergentes: • carbapenemases são móveis, Detecção de carbapenemases e implementação de medidas de controle para deter epidemias Zhanel GG et al. Comparative review of the carbapenems. Drugs 67(7), 2007 Munoz-Price Ls. Controlling multidrug-resistant Gram-negative bacilli in your hospital: a transformational journey. J Hosp Infec :feb, 2015 Novos antibióticos aprovados nos EUA 1983-2009 Bassetti M et al. New treatment options against gram-negative organisms. Critical Care, 2011, 15: 215 Koga T et al. Potent in vitro activity of tomopenem (CS-023) against methicillin-resistant Staphylococcus aureus and Pseudomonas aeruginosa. Antimicrob Agents Chemother. 2008 Aug;52(8):2849-54. Bassetti M et al. New treatment options against gram-negative organisms. Critical Care, 2011, 15: 215 Grata. Classe de antibióticos betalactâmicos, formado por uma estrutura monocíclica, onde o anel betalactâmico não se encontra ligado a outro grupamento cíclico Descobertos em 1975 através de testes com seres vivos extraídos de amostras do solo de diversas regiões (fungos e bactérias Gram- negativas) Nocardina 1975 cepas de Nocardia uniformis Tsuyama, Japão Sulfazecina e isosulfazecina 1981- Japão Baixa atividade Gram- negativos Aztreonam Sykes e cols. (EUA) Maior atividade contra Gram- negativos P. aeruginosa Nocardinas monobactâmicos N-sulfonados derivados do ácido 3-aminomonobactâmico Grupos sob pesquisa: monofosfamas, monocarbamas e monossulfactamas bactericida, agindo na síntese da parede celular liga-se à proteína fixadora de penicilina 3 (PBPg3) transpeptidase: responsável pela formação do septo que divide a bactéria durante a multiplicação altamente resistentes à inativação por betalactamases Principais mecanismos de RM Alteração de permeabilidade As bactérias utilizam esta estratégia na aquisição de resistência. Alteração específica da membrana celular externa de P. aeruginosa, pela qual o imipenem geralmente se difunde, pode excluir o antimicrobiano de seu alvo, tornando P. aeruginosa resistente ao imipenem. Não induz resistência cruzada a outros betalactâmicos através das betalactamases. ativo contra a maioria das enterobactérias, como E.coli, Klebsiella, Proteus, Morganella, Salmonella e Providencia atividade contra Pseudomonas aeruginosa é inferior à de cefalosporinas de terceira geração e carbapenêmicos ação contra Haemophilus influenzae, Neisseria meningitidis e N. gonorrhoeae uso exclusivamente parenteral (intramuscular ou intravenoso) boa distribuição orgânica, incluindo o liquor administrado por via intravenosa (via preferencial), atinge o pico sérico em cinco minutos meia-vida sangüínea= 2 hras o efeito pós-antibiótico superior a seis horas Administração: 8/8h a 12/12h principal via de excreção é urinária e apenas 5% ocorre por via biliar insuficiência renal: aumento de meia vida para seis horas, sendo necessário um ajuste posológico ligação protéica= 56% maior parte eliminada pelos rins como droga ativa. EV= flebite em 1,7% dos casos após uma semana IM= 5% casos dor e edema locais Reações de hipersensibilidade como rash cutâneo, febre, prurido e eosinofilia= 1% Menor frequência: diarréia, náuseas e vômitos; alteração do paladar e icterícia; elevação TGO/TGP, FA; plaquetopenia, leucopenia e menor atividade de protrombina O aztreonam destaca-se por ser isentode nefrotoxicidade e ototoxicidade, podendo ter preferência, em alguns casos, sobre os aminoglicosídeos Bacilos Gram-negativos MDR Produtores de ß-lactamases Indicado para falências terapêuticas e IH Eficaz em sepse, pneumonia, ITU, intra- abdominais, meningoencefalites Pode ser utilizado nos alérgicos a penicilinas e cefalosporinas (sem hipersensibilidade cruzada) RN: 30 mg/kg/cada 12h- 1ª semana cada 8 horas- até 28 dias de vida Dose habitual: 50mg/kg/dose – 6/6h Via: EV / IM
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