Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

TRABALHO TOXICOLOGIA: bioinseticidas. Generalidades : 
Os bioinseticidas :atuam no controle de insetos indiretamente. Eles são uma 
alternativa sustentável aos inseticidas químicos sintéticos. 
 
Características : são derivados de fontes naturais, como plantas, bactérias, fungos, 
vírus e protozoários, oferecendo uma abordagem mais sustentável e ecologicamente 
correta para o controle de mosquitos. 
 Alvo específico : tende a afetar apenas espécies-alvo, preservando organismos 
benéficos. 
 Biodegradáveis : decomposição rápida no meio ambiente. 
Baixa toxicidade : geralmente, não oferece risco significativo à saúde. 
Os pesticidas naturais diminuem a chance de desenvolvimento de resistência entre 
os insetos. 
Possuem diferentes tipos como: bacterianos, fúngicos , virais e botânicos tendo 
características muitas vezes semelhantes, mas mecanismos de ação diferentes. 
TOXICIDADE PARA HUMANOS E ANIMAIS 
Baixa toxicidade aguda : bioinseticidas, como os bacterianos e botânicos apresentam 
baixa toxicidade oral e dérmica para humanos e mamíferos. 
 Potencial alergênico : bioinseticidas contendo proteínas podem causar reações em 
pessoas sensíveis. 
Efeitos subcrônicos e crônicos : não está associada a efeitos carcinogênicos ou 
neurotóxicos significativos a longo prazo. 
2. Impacto sobre Organismos Não-Alvo 
• O uso de bioinseticidas pode impactar inimigos naturais das pragas, como 
predadores e parasitoides, dependendo de sua especificidade e modo de ação. 
• Bioinseticidas como os botânicos têm sua ação seletiva e impacto mínimo em 
organismos não-alvo. 
1. Exposição a Bioinseticidas Bacterianos 
Casos raros : apresenta risco de contaminação quando produzido em modelos 
de “ on farm “, podem causar sintomas gastrointestinais, irritação cutânea, e 
pneumonia em pessoas expostas de forma crônica. 
2. Exposição a Bioinseticidas Fúngicos 
• Pode causar reações a pessoas alérgicas e imunossuprimidos, sendo irritações 
cutâneas, alergias e desenvolvimento de infecções fúngicas oportunistas. 
3. Exposição a Bioinseticidas Virais 
• Baixa toxicidade : não há relatos de intoxicação grave em humanos. Possível 
proteção ocular e dérmica em casos de exposição prolongada. 
4. Exposição a Bioinseticidas botânicos 
• Baixa toxicidade geral, ingestão excessiva pode levar a efeitos gastrointestinais 
e hepáticos, além de reações alérgicas cutâneas. 
 
TRATAMENTO : 
 
Pele → Lavar com água corrente e sabão neutro. Evitar esfregar para não 
aumentar a absorção. 
Olhos → Enxaguar com água corrente por 15 min, mantendo os olhos abertos. Se a 
irritação persistir, procurar um oftalmologista. 
Inalação → Sair do local contaminado, respirar ar fresco e buscar assistência 
médica se houver dificuldade respiratória. 
Ingestão → Beber água imediatamente, não induzir vômito e procurar 
atendimento médico. Levar a embalagem do inseticida, se possível. 
 
MECANISMOS DE AÇÃO : Os biopesticidas apresentam diferentes modos de 
ação contra patógenos, como hiperparasitismo, competição, lise e predação, citarei 
alguns exemplos: 
1. Mecanismo de Ação dos Bioinseticidas Bacterianos: 
Produz proteínas Cry que quando ingeridas se ativam no intestino devido ao 
ph alcalino, onde passam de pró-toxinas para resistentes a proteases, se 
inserem em membranas, causando o vazamento de íons e a lise celular, e o 
inseto morre de septicemia. 
2. Mecanismo de Ação dos Bioinseticidas Fúngicos 
Atuam causando infecção direta, as esporas do fungo entram no corpo do 
inseto, se reproduzem e colonizam o corpo do hospedeiro, liberando enzimas 
que digerem o seu corpo, levando a morte em alguns dias. 
3. Mecanismo de Ação dos Bioinseticidas Virais: 
Atuam por meio de ingestão de partículas virais, o vírus se replica, causando 
danos ao organismo do inseto, levando o mesmo a morte, esse inseto libera 
mais partículas virais, causando infecção em outros indivíduos. 
4. Mecanismo de Ação dos Bioinseticidas botânicos : 
Atuam por meio de alterações na parede celular, bem como na morfologia 
das organelas celulares, causam a partição das membranas celulares, 
tornando-as permeáveis, levando ao vazamento do conteúdo celular, também 
levam à separação da membrana citoplasmática, o que leva a danos nos 
componentes intracelulares e inchaço das células, levando à morte eventual 
 
 
 
 
• Duarte Neto JMW, Wanderley MCA, da Silva TAF, Marques DAV, da Silva GR, 
Gurgel JF, Oliveira JP, Porto ALF. Bacillus thuringiensis endotoxin production: a 
systematic review of the past 10 years. World J Microbiol Biotechnol. 2020 Jul 
26;36(9):128. doi: 10.1007/s11274-020-02904-4. PMID: 32712871. 
 
• Ruiu L. Insect Pathogenic Bacteria in Integrated Pest Management. Insects. 
2015 Apr 14;6(2):352-67. doi: 10.3390/insects6020352. PMID: 26463190; 
PMCID: PMC4553484. 
 
• Lengai, G. e Muthomi, J. (2018) Biopesticidas e seu papel na produção agrícola 
sustentável. Journal of Biosciences and medicines , 6 , 7-41. 
doi: 10.4236/jbm.2018.66002 .LACEY, LA, et al. (2015). Controle biológico de 
insetos: Uma revisão abrangente de micróbios entomopatogênicos . Journal of 
Invertebrate Pathology, 132, 1-10 
 
• Tadele, S. e Emana, G. (2017) Efeito entomopatogênico de Beauveria bassiana 
(bals.) e Metarrhizium anisopliae (metschn.) em larvas de Tuta absoluta 
(meyrick) Lepidoptera: Gelechiidae) em condições de laboratório e estufa na 
Etiópia. Journal of Plant Pathology and Microbiolgy, 8, 411. 
 
https://doi.org/10.4236/jbm.2018.66002
• Srijita, D. (2015) Biopesticidas: Uma abordagem ecologicamente correta para 
o controle de pragas. World Journal of Pharmacy and Pharmaceutical Sciences, 
6, 250-265. 
 
• Kawalekar, JS (2013) Papel dos Biofertilizantes e Biopesticidas para a 
Agricultura Sustentável. Journal of Bio Innovation, 2, 73-78. 
 
• SPLETOZER, A. G. et al.. Plantas com potencial inseticida: enfoque em 
espécies amazônicas. Ciência Florestal, v. 31, n. 2, p. 974–997, abr. 2021. 
 
• VALICENTE, Fernando Hercos; LANA, Ubiraci Gomes de Paula; PEREIRA, 
Ana Clara Pimenta; MARTINS, Jéssica Letícia Abreu; TAVARES, Amanda 
Naye Guimarães. Riscos à produção de biopesticida à base de Bacillus 
thuringiensis . Sete Lagoas, MG: Embrapa Milho e Sorgo, 2018. (Circular 
Técnica, 239). Disponível em: https://www.embrapa.br/milho-e-
sorgo/publicacoes

Mais conteúdos dessa disciplina