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Professor: Marcelo Alves de Almeida Brasília D.F, 07 de Fevereiro de 2012. INTRODUÇÃO A CONTABILIDADE I Versão Primeiro Semestre de 2012. Com vistas a facilitar o aprendizado do aluno, e principalmente em função das alterações da legislação contábil no Brasil, em relação ao processo de convergência das normas brasileiras (BR GAAP) para as normas Internacionais bem como a exigência do exame de suficiência previsto na lei n.º 12.249/2010, procuramos abordar nesse material todos os tópicos da ementa do curso atualizando-os em função das novas normas e direcionando-os para a prova do CFC. Serão abordados diversos exercícios de forma prática, procurando uma aproximação ao dia-dia de um Contador. Professor: Marcelo Alves de Almeida 1 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 2 O cenário contábil 3 Atuação da contabilidade 4 Funções da contabilidade 5 Finalidade 5 Objetivos da contabilidade 6 Objetos da contabilidade 6 Usuários da informação contábil 7 Técnicas contábeis 7 A profissão contábil e o mercado de trabalho 8 Órgãos relacionados à profissão 9 Normas brasileiras de contabilidade 17 Estrutura conceitual básica 18 Patrimônio 26 Origens e aplicações de recursos 32 Contas Contábeis 35 Escrituração 45 Livros de escrituração 47 Métodos de escrituração 53 Razonete e balancete 56 Operações de abertura 61 Erros de escrituração e suas correções 65 Apuração do Resultado 68 Operações com mercadorias 73 Demonstrações Contábeis 78 Professor: Marcelo Alves de Almeida 2 INTRODUÇÃO A Contabilidade é uma ciência social criada a 2.000 a.C, e que tem evoluído significativamente ao longo dos anos. A verdade é que com a crescente globalização econômica os países cada vez mais se veem obrigados a se expandirem internacionalmente. No Brasil em 2000 a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) deu início o que seria a maior mudança contábil no Brasil, desde 1976, por meio do Projeto de Lei nº. 3.741/00 que culminou na Lei nº. 11.638/07 e Lei nº.11.941/09. Ambas trouxeram significativas modificações nos dispositivos da Lei das Sociedades por Ações, lei nº. 6.404/1976, com vigência em 01/01/2008. Alteraram regras como a do reconhecimento e mensuração de itens patrimoniais e da apresentação das demonstrações contábeis. Iniciou-se então o processo de convergência das normas brasileiras às normas internacionais de contabilidade. Assim, como muitos outros países, cerca de 100, o Brasil aderiu finalmente ao padrão Internacional de Contabilidade International Financial Reporting Standards (IFRS) emitidos pelo International Accounting Standards Board (IASB), conforme figura acima. Muitas sociedades brasileiras estão obrigadas a adotar, por exigência de diversos órgãos reguladores contábeis brasileiros, a partir de 2010, as Normas Internacionais de Contabilidade emanadas do IASB em suas demonstrações contábeis consolidadas. Esse cenário tem sido favorável à valorização cada vez mais do profissional de contabilidade, sendo necessária a atualização imediata dos profissionais ao padrão internacional de contabilidade. Diante de todo o exposto, procuraremos abordar neste material tudo o que diz respeito à contabilidade no modelo atual, convergida com as normas internacionais de contabilidade. Professor: Marcelo Alves de Almeida 3 O CENÁRIO CONTÁBIL A competitividade empresarial é um assunto comum nos dias atuais. De maneira geral, existe uma preocupação intensa por parte das empresas na permanência ou na inserção nesse mercado competitivo. Imaginemos, por exemplo, uma empresa que produz componentes eletrônicos. Mesmo sem conhecer profundamente a empresa objeto do exemplo, podemos levantar algumas questões: a empresa está tendo lucro? A empresa possui preço competitivo no mercado? Os produtos fabricados pela empresa estão com padrão de qualidade equiparada aos padrões mundiais? A empresa é competitiva no mercado interno e no mercado externo? Enfim, muitas são as indagações relacionadas com um único negócio. Diante desse cenário, podemos perceber que para gerenciar um negócio, uma atividade, devemos ter primeiramente informações sobre essa atividade. Tais informações podem apresentar-se sob várias formas, como por exemplo, quanto devo produzir no período, quanto posso gastar para produzir as mercadorias, qual será o preço de venda que devo praticar etc. Essas informações são basicamente de ordem quantitativas e qualitativas. Porém, a indagação principal é exatamente o ponto de como obter tais informações. Falaremos então de um sistema de informações em que o objetivo principal é oferecer o máximo possível de dados quantitativos e também qualitativos para gerenciar um negócio. Isso é Contabilidade. Obviamente que esse conceito ainda é geral e no decorrer da leitura iremos aprofundar nos detalhes. A Contabilidade será nada mais nada menos do que o “Médico” que revelará e cuidará da saúde financeira da empresa. Será o sistema de informação estruturado para dar ao dono do negócio o direcionamento das suas decisões. No nosso exemplo anteriormente citado (empresa produtora de componentes eletrônicos), a contabilidade deverá ter informações para responder ao dono do negócio as questões levantadas: Se a empresa está tendo lucro, se está com preço competitivo no mercado, sinalizar sobre a qualidade dos produtos comparando o retorno que o mesmo está dando para a empresa etc. Esse é o cenário contábil. Toda empresa precisa de informações para o seu bom gerenciamento. Quando falamos em empresas, nos referimos no sentido geral de organização. Ainda não foi separada as categorias, mas entenda o conceito de empresa como qualquer tipo de organização de pessoas ou grupos de pessoas que queiram explorar uma atividade econômica. Nessa abordagem, não importa se a empresa é uma indústria, um comércio, uma prestadora de serviços ou uma produtora de ações e benefícios sociais. Todas essas organizações são empresas e a contabilidade deverá atender a todas, sem distinção. Professor: Marcelo Alves de Almeida 4 ATUAÇÃO DA CONTABILIDADE A atuação da contabilidade é muito ampla e seu universo demasiadamente extenso. Por exemplo, a padaria do Sr. Manoel precisa de Contabilidade assim como um Banco de Investimentos de Grande Porte. A Prefeitura de uma determinada cidade de qualquer estado bras ileiro precisa de contabilidade, assim, como todos os estados que compõem a federação brasileira, e até mesmo a própria federação. Enfim, sendo a Contabilidade um sistema de informação de apoio gerencial, qualquer organização ou pessoa detentora de capital poderá (e deverá) fazer uso de tal sistema. Importante registrar que o campo de atuação da Contabilidade pode ser tanto no setor público (empresas públicas, prefeituras, estados, federação, instituições financeiras públicas etc). Serve para uma pessoa, ou para um grupo de pessoas organizadas. Atende as entidades sem fins lucrativos e filantrópicos (asilos, casa de caridade, santas casas etc.), e também as organizações não governamentais (ONGs). Enfim, a Contabilidade atende a todos que necessitam de informações sobre evolução de dados financeiros e de capital investido. Resumindo a contabilidade abrange todas as entidades econômico-administrativas, são elas: Entidades com fins econômicos: denominadas empresas, visam ao lucro para preservar e/ou aumentar o patrimônio líquido. Exemplo: empresas comerciais, industriais, prestadoras de serviços etc.; Entidades com fins socioeconômicos: intituladas instituições, visam ao superávit que reverterá em benefício de seus integrantes. Exemplo: associações de classe, clubes sociais etc.; Entidades com fins sociais: também chamadas instituições, têm por obrigação atender às necessidades da coletividade a que pertencem. Exemplo: a União, os Estados e os Municípios.Professor: Marcelo Alves de Almeida 5 FUNÇÕES DA CONTABILIDADE As principais funções da Contabilidade são: registrar, organizar, demonstrar, analisar e acompanhar as modificações do patrimônio em virtude da atividade econômica ou social que a empresa exerce no contexto econômico. Registrar: todos os fatos que ocorrem e podem ser representados em valor monetário; Organizar: um sistema de controle adequado à empresa; Demonstrar: com base nos registros realizados, expor periodicamente por meio de demonstrativos, a situação econômica, patrimonial e financeira da empresa; Analisar: os demonstrativos podem ser analisados com a finalidade de apuração dos resultados obtidos pela empresa; Acompanhar: a execução dos planos econômicos da empresa, prevendo os pagamentos a serem realizados, as quantias a serem recebidas de terceiros, e alertando para eventuais problemas. FINALIDADES A finalidade básica da Contabilidade é o acompanhamento das atividades realizadas pela empresa, no sentido indispensável de controlar o comportamento de seus patrimônios, na função elaboração e comparação dos resultados obtidos entre períodos analisados. A contabilidade faz o registro metódico e ordenado dos negócios realizados e a verificação sistemática dos resultados obtidos. Ela deve identificar, classificar e anotar as operações da entidade e de todos os fatos que de alguma forma afetam sua situação econômica, financeira e patrimonial. Com esta acumulação de dados, convenientemente classificados, a Contabilidade procura apresentar de forma ordenada, o histórico das atividades da empresa, a interpretação dos resultados, e através de relatórios produzir as informações que se fizerem precisas para o atendimento das diferentes necessidades. As finalidades fundamentais da Contabilidade referem-se à orientação da administração das empresas no exercício de suas funções. Portanto a Contabilidade é o controle e o planejamento de toda e qualquer entidade econômico-administrativas. Controle: a administração através das informações contábeis, via relatórios pode certificar -se na medida do possível, de que a organização está agindo em conformidade com os planos e políticas determinados. Planejamento: a informação contábil, principalmente no que se refere ao estabelecimento de padrões e ao inter-relacionamento da Contabilidade e os planos orçamentários, é de grande utilidade no planejamento empresarial, ou seja, no processo de decisão sobre que curso de ação deverá ser tomado para o futuro. Professor: Marcelo Alves de Almeida 6 Todo e qualquer levantamento de informações administrativas e gerenciais deve ter como alicerce a Contabilidade. Relatórios baseados em informações nas quais não são provenientes dos livros contábeis são meros especulativos, pois não refletem a realidade da empresa, não têm consistência, não têm amparo na escrituração, não podem ser usados como prova contábil, são inexatos. Somente os dados retirados dos livros contábeis merecem boa-fé, tanto para fins comerciais, tributários, civis e principalmente para decisões judiciais OBJETIVOS DA CONTABILIDADE De maneira geral, a Contabilidade é conceituada como um sistema de informações capaz de orientar aos donos ou acionistas de uma empresa, a tomarem decisões apoiados em números que idealizem a situação financeira e patrimonial do seu negócio. O objetivo da contabilidade é o de CAPTAR todos os fatos que estão ocorrendo na empresa, REGISTRAR tais fatos num sistema de informação, ACUMULAR os fatos nesse sistema, RESUMIR os acontecimentos num certo período de tempo, criar e emitir um resumo que servirá de suporte para INTERPRETAR todo o processo e resultados, vide figura abaixo: O objetivo da contabilidade é o estudo e o controle do patrimônio e de suas variações visando ao fornecimento de informações que sejam úteis para a tomada de decisões econômicas. Dentre as informações destacam-se aquelas de natureza econômica e financeira. As de natureza econômica compreendem, principalmente, os fluxos de receitas e de despesas, que geram lucros ou prejuízos, e são responsáveis pelas variações no patrimônio líquido. As de natureza financeira abrangem principalmente os fluxos de caixa e do capital de giro. OBJETO DA CONTABILIDADE O objeto da contabilidade é o patrimônio das Entidades econômico-administrativas. Professor: Marcelo Alves de Almeida 7 USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL Compreendem todas as pessoas físicas ou jurídicas que, direta ou indiretamente tenham interesse na avaliação da situação e do desenvolvimento da entidade, como titulares (empresas individuais), sócios ou acionistas (empresas societárias), administradores, governo (Fisco), fornecedores, clientes, investidores que atuam no mercado de capitais, bancos etc . TÉCNICAS CONTÁBEIS São inúmeras as técnicas contábeis utilizadas pela contabilidade, veja as mais expressivas: Escrituração: Consiste no registro, em livros próprios (Diário, Razão, Caixa e Contas Correntes), de todos os fatos administrativos, bem como dos atos administrativos relevantes que ocorrem no dia a dia das empresas. Demonstrações Contábeis: São os relatórios (quadros) técnicos que apresentam dados extraídos dos registros contábeis da empresa, são as seguintes: Balanço Patrimonial; Demonstração do Resultado do Exercício; Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados, podendo ser substituído pela Demonstração das Mutações do Patrimônio líquido; Demonstração dos Fluxos de Caixa; Demonstração do Valor Adicionado; Notas Explicativas, complementa às Demonstrações Contábeis. Auditoria: É a verificação da exatidão dos dados contidos nas demonstrações contábeis, através do exame minucioso dos registros de contabilidade e dos documentos que deram origem a eles; Professor: Marcelo Alves de Almeida 8 Análise de balanços (análise das demonstrações contábeis): Compreende o exame e a interpretação dos dados contidos nas demonstrações contábeis, a fim de transformar esses dados em informações úteis aos diversos usuários da contabilidade; Consolidação de balanços (consolidação das demonstrações contábeis): Corresponde à unificação das demonstrações contábeis da empresa controladora e de suas controladas, visando a apresentar a situação econômica e financeira de todo o grupo, com se fosse uma única empresa. A PROFISSÃO CONTÁBIL E O MERCADO DE TRABALHO O mercado de trabalho na área contábil é extenso e promissor, o profissional contábil pode atuar como um contador autônomo que prestará serviços a diversas organizações e pessoas, utilizando-se de um escritório de Contabilidade. Poderá também, oferecer assessoria contábil para a melhor organização de controles internos na empresa. Além disso, poderá ser um consultor empresarial, auxiliando nas diversas decisões financeiras tomadas nas organizações, orientando sobre a melhor alternativa e estratégia a seguir . Na área de auditoria, o profissional pode autuar como o contador certificador da informação contábil divulgada pela empresa. Em empresas de Grande Porte, a figura do Auditor Interno é muito freqüente; nesse caso, o profissional atuará internamente na organização, dando suporte a contabilidade de maneira a ratificar ou não as informações divulgadas pela área. No setor Público, a atuação vai desde o Contador Público, até o Auditor Fiscal. Os cargos de fiscalizações, municipais, estaduais e federais são muito procurados, normalmente por apresentarem um diferencial em remuneração e plano de carreiras. Nas empresas, de maneira geral, o profissional contábil poderá assumir vários postos de destaque. O profissional poderá ser o contador propriamente dito, poderá ocupar cargos na área financeira, como por exemplo, gerente financeiro, atuar como analista financeiroda organização, trabalhar na área de gestão e controle, sendo assim chamado de controller da organização. Na área de controladoria é onde o profissional costuma ter a melhores perspectivas profissionais e salariais. No ensino, a carreira também é muito promissora. A Contabilidade é uma área com poucos mestres e doutores, se comparada com outras áreas do conhecimento. Poucos são os programas de pós - graduação, reconhecidos pelo Ministério da Educação, na área de contabilidade. A figura demonstra o resumo da área de atuação profissional contábil: Professor: Marcelo Alves de Almeida 9 Importante registrar que em relação a profissão de auditoria, as grandes empresas que atuam nesse mercado têm procurado jovens estudantes dos primeiros anos dos cursos de administração de empresas, economia, direito, engenharia e, principalmente, ciências contábeis para lhes oferecerem treinamento e um plano de carreira no qual o funcionário pode se tornar, no nível máximo, sócio da empresa. "Em uma empresa de auditoria, o negócio não passa de pai para filho, mas de sócio para gerente", diz o sócio da Price Waterhouse Coopers, Guilherme Campos. "Um funcionário com boa evolução pode crescer de trainee para sócio em cerca de 15 anos", afirma. Anualmente as principais empresas de auditoria promovem o chamado programa de Trainees de Auditoria, cujo, cadastro é rápido e simples, alguns links das principais empresas: Price Waterhouse Coopers - http://www.elancers.net/frames/pwc/frame_geral.asp ; KPMG - http://www.kpmg.com.br/carreiras_trainees.asp?dt=escritorios; BDO Brazil - http://www.bdobrazil.com.br/processoseletivo/index.cfm ; Ernest & Young - http://www.ey.com/BR/pt/Careers/Students ; Baker Tilly Brasil - http://www.bakertillybrasil.com.br/contato/carreiras.html ; Terco Grant Thornton - http://www.tercogt.com.br/trainees2010/; e Audiger Auditores - http://www.audiger.com.br/ . ÓRGÃOS RELACIONADOS À PROFISSÃO Os principais órgãos relacionados com a contabilidade são os seguintes: Comissão de Valores Mobiliários (CVM); Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (IBRACON); Conselho Federal de Contabilidade (CFC); Professor: Marcelo Alves de Almeida 10 Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC); International Federation of Accountants (IFAC); International Accounting Standards Board (IASB). A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), criada pela lei n.º 6.385/76, é um entidade autárquica e vinculada ao Ministério da Fazenda. Ela funciona como um órgão fiscalizador do mercado de capitais no Brasil. De acordo com a lei que a criou, a Comissão de Valores Mobiliários exercerá suas funções, a fim de: Assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados de bolsa e de balcão; Proteger os titulares de valores mobiliários contra emissões irregulares e atos ilegais de administradores e acionistas controladores de companhias ou de administradores de carteira de valores mobiliários; Evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação destinadas a criar condições artificiais de demanda, oferta ou preço de valores mobiliários negociados no mercado; Assegurar o acesso do público a informações sobre valores mobiliários negociados e as companhias que os tenham emitido; Assegurar a observância de práticas comerciais equitativas no mercado de valores mobiliários; Estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores mobiliários; Promover a expansão e o funcionamento eficiente e regular do mercado de ações e estimular as aplicações permanentes em ações do capital social das companhias abertas. A CVM tem o poder de emitir normativos complementares às Leis e Resoluções quanto aos cri térios contábeis que as empresas de capital aberto devem seguir. Esses normativos chamam-se Instruções, Deliberações, Pareceres e notas Explicativas. Por intermédio destes normativos a CVM exerce a sua função, que é regular, controlar e disciplinar a emissão e distribuição de valores mobiliários, bem como as atividades das instituições e empresas participantes do mercado de capitais. Porém, a Lei 10.411, de 26.02.2002, alterou um pouco a estrutura de CVM que passou a ser uma autarquia especial e autônoma, onde seus dirigentes (Presidente e Diretores) passaram a ter mandato fixo. Professor: Marcelo Alves de Almeida 11 O Instituto dos Auditores Independentes do Brasil surgiu com o objetivo de concentrar em um único órgão a representatividade dos profissionais auditores, contadores com atuação em todas as áreas e estudantes de Ciências Contábeis. A seriedade deste trabalho, reconhecida por órgãos reguladores como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) e Banco Central (BACEN), garante que a produção técnica do Instituto seja referendada e sirva como sustentação para as normas que cada uma destas entidades emite. Esta grande preocupação com a qualidade técnica dos documentos, além do esforço em cuidar de todos os interesses dos profissionais e das empresas de auditoria, fez com que o IBRACON adquirisse a credibilidade que o mantém como o único órgão de congregação dos auditores independentes. Criado oficialmente em 13 de dezembro de 1971 o Instituto dos Auditores Independentes do Brasil, na época denominado com a sigla IAIB, concretizou o sonho dos profissionais que buscavam maior representatividade perante o poder público e a sociedade. A transformação para a sigla IBRACON aconteceu em 1º de julho de 1982 quando o Instituto decidiu após assembléia abrir o quadro associativo para contadores das várias áreas de atuação . Então passou a ser denominado Instituto Brasileiro de Contadores. Anos mais tarde, em 8 de junho de 2001, a Diretoria Nacional aprovou a idéia de voltar a acentuar a característica de cuidar da classe dos auditores, porém como o nome IBRACON já estava consolidado, tanto no meio profissional como nos setores público e empresarial, optou -se por mantê-lo mudando a denominação para Instituto dos Auditores Independentes do Brasil, com o está atualmente, com abrangência de auditores, contadores e estudantes. O Conselho Federal de Contabilidade, criado pelo Decreto-Lei nº 9.295, de 27 de maio de 1946, é uma Autarquia Especial Coorporativa, dotado de personalidade jurídica de direito público. Sua estrutura, organização e funcionamento são estabelecidos pelo Decreto-Lei nº 9.295/46 e pela Resolução CFC nº 960/03, que aprova o Regulamento Geral dos Conselhos de Contabilidade. O CFC é integrado por um representante de cada estado e mais o Distrito Federal, no total de 27 conselheiros efetivos e igual número de suplentes, Lei nº 11.160/05, e tem, dentre outras finalidades, nos termos da legislação em vigor, principalmente a de orientar, normatizar e fiscalizar o exercício da profissão contábil, por intermédio dos Conselhos Regionais de Contabilidade, cada um em sua base jurisdicional, nos Estados e no Distrito Federal; decidir, em última instância, os recursos de penalidade imposta pelos Conselhos Regionais, além de regular acerca dos princípios contábeis, do cadastro de Professor: Marcelo Alves de Almeida 12 qualificação técnica e dos programas de educação cont inuada, bem como editar Normas Brasileiras de Contabilidade de natureza técnica e profissional. Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) foi idealizado a partir da união de esforços e comunhão de objetivos das seguintes entidades: ABRASCA; APIMEC NACIONAL; BOVESPA; Conselho Federal de Contabilidade; FIPECAFI; e IBRACON. Em função das necessidades de: Convergência internacional das normas contábeis (redução de custo de elaboração de relatórios contábeis, redução de riscos e custo nas análises e decisões, redução de custode capital); Centralização na emissão de normas dessa natureza (no Brasil, diversas entidades o fazem); Representação e processo democráticos na produção dessas informações (produtores da informação contábil, auditor, usuário, intermediário, academia, governo). O CPC foi criado pela Resolução CFC nº 1.055/05 tendo como objetivo "o estudo, o preparo e a emissão de Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de Contabilidade e a divulgação de informações dessa natureza, para permitir a emissão de normas pela entidade reguladora brasileira, visando à centralização e uniformização do seu processo de produção, levando sempre em conta a convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais". O CPC é totalmente autônomo das entidades representadas, deliberando por 2/3 de seus membros; O Conselho Federal de Contabilidade fornece a estrutura necessária; As seis entidades compõem o CPC, mas outras poderão vir a ser convidadas futuramente; Os membros do CPC, dois por entidade, na maioria Contadores, não auferem remuneração. Além dos 12 membros atuais, serão sempre convidados a participar representantes dos seguintes órgãos: Banco Central do Brasil; Comissão de Valores Mobiliários (CVM); Secretaria da Receita Federal; Superintendência de Seguros Privados (SUSEP); Professor: Marcelo Alves de Almeida 13 Outras entidades ou especialistas poderão ser convidados. Poderão ser formadas Comissões e Grupos de Trabalho para temas específicos. Produtos do CPC: Pronunciamentos Técnicos; Orientações; e Interpretações. Os Pronunciamentos Técnicos serão obrigatoriamente submetidos a audiências públicas. As Orientações e Interpretações poderão, também, sofrer esse processo. Entidades que compõem o CPC Entidades Convidadas Professor: Marcelo Alves de Almeida 14 As normas emitidas pelo referido órgão e sua aprovação pelas entidades competentes: CPC Descrição NBC Resolução CVM IASB 00 Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual NBC TG Estrutura Conceitual 1.374/11 675/11 Framework 01 Redução ao Valor Recuperável de Ativos NBC T G 01 1.292/10 639/10 IAS 36 02 Efeitos das mudanças nas taxas de câmbio e conversão de demonstrações contábeis NBC TG 02 1.295/10 640/10 IAS 21 03 Demonstração dos Fluxos de Caixa NBC TG 03 1.296/10 641/10 IAS 7 04 Ativo Intangível NBC TG 04 1.303/10 644/10 IAS 38 05 Divulgação sobre Partes Relacionadas NBC TG 05 1.297/10 642/10 IAS 24 06 Operações de Arrendamento Mercantil NBC TG 06 1.304/10 645/10 IAS 17 07 Subvenção e Assistência Governamentais NBC TG 07 1.305/10 646/10 IAS 20 08 Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários NBC TG 08 1.142/08 556/08 IAS 39 (parte) 09 Demonstração do Valor Adicionado NBC TG 09 1.138/08 557/08 - 10 Pagamento Baseado em Ações NBC TG 10 1.149/09 562/08 IFRS 2 11 Contratos de Seguro NBC TG 11 1.150/09 563/08 IFRS 4 12 Ajuste a Valor Presente NBC TG 12 1.151/09 564/08 - 13 Adoção Inicial da Lei nº. 11.638/07 e da Medida Provisória nº. 449/08 NBC TG 13 1.152/09 565/08 - 14 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento, Mensuração e Evidenciação IAS 32/39 (partes) 15 Combinação de Negócios NBC TG 15 1.175/09 580/09 IFRS 3 16 Estoques NBC TG 16 1.170/09 575/09 IAS 2 17 Contratos de Construção NBC TG 17 1.171/09 576/09 IAS 11 18 Investimento em Coligada e em Controlada NBC TG 18 1.241/09 605/09 IAS 28 19 Investimento em Empreendimento Controlado em Conjunto (Joint Venture) NBC TG 19 1.242/09 606/09 IAS 31 20 Custos de Empréstimos NBC TG 20 1.172/09 577/09 IAS 23 21 Demonstração Intermediária NBC TG 21 1.174/09 581/09 IAS 34 22 Informações por Segmento NBC TG 22 1.176/09 582/09 IFRS 8 23 Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro NBC TG 23 1.179/09 592/09 IAS 8 24 Evento Subsequente NBC TG 24 1.184/09 593/09 IAS 10 Professor: Marcelo Alves de Almeida 15 25 Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes NBC TG 25 1.180/09 594/09 IAS 37 26 Apresentação das Demonstrações Contábeis NBC TG 26 1.185/09 595/09 IAS 1 27 Ativo Imobilizado NBC TG 27 1.177/09 583/09 IAS 16 28 Propriedade para Investimento NBC TG 28 1.178/09 584/09 IAS 40 29 Ativo Biológico e Produto Agrícola NBC TG 29 1.186/09 596/09 IAS 41 30 Receitas NBC TG 30 1.187/09 597/09 IAS 18 31 Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada NBC TG 31 1.188/09 598/09 IFRS 5 32 Tributos sobre o Lucro NBC TG 32 1.189/09 599/09 IAS 12 33 Benefícios a Empregados NBC TG 33 1.193/09 600/09 IAS 19 35 Demonstrações Separadas NBC TG 35 1.239/09 607/09 IAS 27 36 Demonstrações Consolidadas NBC TG 36 1.240/09 608/09 IAS 27 37 Adoção Inicial das Normas Internacionais de Contabilidade NBC TG 37 1.306/10 647/10 IFRS 1 38 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração NBC TG 38 1.196/09 604/09 IAS 39 39 Instrumentos Financeiros: Apresentação NBC TG 39 1.197/09 604/09 IAS 32 40 Instrumentos Financeiros: Evidenciação NBC TG 40 1.198/09 604/09 IFRS 7 41 Resultado por Ação NBC TG 41 1.287/10 636/10 IAS 33 43 Adoção Inicial dos Pronunciamentos Técnicos CPC 15 a 40 NBC TG 43 1.254/09 610/10 IFRS 1 CPC PME - Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas (com Glossário de Termos) NBC TG 1000 1.255/09 A International Federation of Accountants (IFAC), ou seja, Federação Internacional de Contadores foi fundada em 07 de outubro de 1977 em Munique, Alemanha, no 11 º Congresso Mundial de Contadores. A sede da organização têm sido baseados em Nova York desde a sua fundação. Sessenta e três profissionais da contabilidade de 51 países assinaram a primeira Constituição da IFAC. IFAC foi criada para fortalecer a profissão contábil no mundo, de modo geral por: Desenvolvimento de elevados padrões de qualidade internacionais e apoiar a sua opção e utilização; Professor: Marcelo Alves de Almeida 16 Facilitar a colaboração e a cooperação entre os seus órgãos membros; Colaborar e cooperar com outras organizações internacionais e Servindo como porta-voz internacional da profissão contábil A IFAC publica as ISAS, International Standards on auditing. As ISAs, de acordo com o manual da IFAC (2009) são escritas no contexto de auditoria de demonstrações financeiras feitas por auditor independente. Em 2009, por meio de contrato firmado, a IFAC autorizou, no Brasil, como órgãos tradutores de suas normas o CFC e o IBRACON outorgando aos referidos os direitos de realizar a tradução, publicação e distribuição das normas internacionais impressas e em formato eletrônico. A convergência das normas brasileiras de auditoria com as ISAs são, igualmente, requeridas no Brasil, tanto no âmbito das instituições financeiras, por determinação do Banco Central, por meio do Comunicado n.º 14.259/06, como para as demais entidades, conforme a Resolução n.º 1.203/09 do CFC, a partir do exercício iniciado em 1º de janeiro de 2010. A Resolução n.º 1.203/09 do CFC alterou substancialmente as normas de auditoria no Brasil e revogou a NBC TA 11. As Normas Brasileiras de Auditoria, convergidas às Normas Internacionais de Auditoria emitidas pela Federação Internacional de Contadores, tornam-se vigentes para auditorias iniciadas em ou após 1º. de janeiro de 2010. Essas novas normas especificam de maneira mais clara os objetivos do auditor e os requisitos que devem ser por ele cumpridos na condução de auditoria segundo essas normas. O IASB é o órgão normativo independente da Fundação IFRS. Seus integrantes (atualmente 15 membros de tempo integral) são responsáveis pela elaboração e publicação das IFRS, incluindo as IFRS para as PMEe para aprovar as interpretações do IFRS tal como desenvolvido pelo IFRS Interpretations Committee (anteriormente chamado de IFRIC). Todas as reuniões do IASB são abertas ao público e webcast. No cumprimento das suas funções de definição de normas o IASB segue um rigoroso processo, aberto e transparente do que devido a publicação de documentos de consulta, tais como documentos de reflexão e projetos de exposição, para comentários públicos é um componente importante. O IASB envolve estreitamente com as partes interessadas em todo o mundo, incluindo investidores, analistas, reguladores, líderes empresariais, representando os órgãos normativos dos contabilistas. Com sede em Londres, Grã-Bretanha é constituída por mais de 140 entidades profissionais de todo o mundo, incluindo o Brasil representada pelo Instituto Brasileiro de Contadores - IBRACON e o Conselho Federal de Contabilidade - CFC. Relativamente a sua estrutura, o IASB é vinculado à Fundação para o Comitê de Normas Internacionais de Contabilidade, com sede em Delaware, Estados Unidos da América. Professor: Marcelo Alves de Almeida 17 O IFRS Interpretations Committee (antigamente chamado de IFRIC) é o órgão interpretativo do IASB. O Comité Interpretações formado por 14 membros nomeados pelo voto Curadores e elaborado a partir de uma variedade de países e de experiências profissionais. O mandato da Comissão é rever as interpretações em uma base oportuna questões de contabilidade geral que tenham surgido no contexto do IFRS atual e para fornecer orientação autoritária (IFRIC) sobre essas questões. Comité de Interpretação das reuniões são abertas ao público e webcast. Em interpretações em desenvolvimento, a Comissão trabalha em estreita colaboração com interpretações semelhantes comitês nacionais e segue um processo transparente, completa e aberta, devido A Fundação IFRS é uma organização independente, sem fins lucrativos, organização do setor privado que trabalham no interesse público. Seus principais objetivos são: desenvolver um conjunto único de alta qualidade, compreensíveis, exequível e globalmente aceites normas internacionais de relato financeiro (IFRS) através da sua definição-padrão, o IASB. para promover o uso ea aplicação rigorosa dessas normas para ter em conta as necessidades de relato financeiro das economias emergentes e entidades pequenas e médias empresas (PME) e para implementar a convergência das normas contábeis nacionais e as IFRS para soluções de alta qualidade NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE As Normas Brasileiras de Contabilidade compreendem: Código de Ética Profissional do Contabilista; Normas de Contabilidade; Normas de Auditoria Independente e de Asseguração; Normas de Auditoria Interna; e Normas de Perícia. A lei mais conhecida no meio acadêmico é Lei n.º 6.404/1976, tida como a principal lei dos contabilistas, que regula as sociedades anônimas. Atualmente passou por grandes alterações pelas leis n.º 11.638/07 e leis n.º 11.941/09 com vistas ao processo de convergência das normas brasileiras às normas internacionais. Em relação ao aspecto fiscal, as principais leis são n.º 10.406/02 (Código Civil) e o Decreto n.º 3.000/99 (Regulamento do Imposto de Renda). Professor: Marcelo Alves de Almeida 18 ESTRUTURA CONCEITUAL BÁSICA DA CONTABILIDADE Toda a ciência deve ter seus princípios, postulados e convenções. Então como a Contabilidade é uma ciência, entendê-los é fundamental para o aprendizado. A estrutura conceitual básica da Contabilidade representa o arcabouço teórico que define no qual a Contabilidade pode ser elaborada, bem como a forma de execução da escrituração con tábil e do processo de geração e apresentação das informações. O perfeito entendimento dessa estrutura permite uma visão abrangente não só dos horizontes da Contabilidade como também do papel do contador enquanto profissional responsável pela qualidade da informação contábil. A estrutura conceitual está organizada conforme segue: Objetivos da Contabilidade; Postulados Contábeis; Princípios Contábeis; Convenções Contábeis. Essa estrutura foi organizada de acordo com o raciocínio dedutivo no qual parte -se de um contexto amplo para um especifico. Assim, têm-se em primeiro plano os objetivos da Contabilidade, visto que esse é o ponto de partida na busca de respostas para questões em qualquer atividade ou área de conhecimento. Partindo da ideia de que o objetivo da Contabilidade é a geração de informações para o controle e a tomada de decisões, têm-se como passos seguintes os postulados que definem o ambiente e as condições para a geração dessas informações, os princípios que estabelecem a forma de registro, apuração e apresentação dos resultados e as convenções que são as restrições à forma de utilização dos princípios. Professor: Marcelo Alves de Almeida 19 O art. 177, da Lei 6.404/76, determina, que a escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com obediência: aos preceitos da legislação comercial e aos preceitos da Lei das Sociedades por ações; e aos princípios de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo o regime de competência. Face ao exposto, o encadeamento lógico dedutivo da estrutura conceitual básica da Contabilidade pode ser apresentado conforme segue: Postulados Os postulados são proposições ou observações de certa realidade não sujeita a verificação e constituem a lei maior da Contabilidade, pois definem o ambiente econômico, social e político no qual esta deve atuar, o seu objeto de estudo e a sua existência no tempo. Os postulados contábeis, segundo alguns autores consultados são: a entidade e a continuidade. Postulado Contábil da Entidade: define a entidade contábil, dando, a esta vida e personalidade própria, pois determina que o patrimônio de toda e qualquer unidade econômica que manipula recursos econômicos, independente da finalidade de gerar ou não lucros, de ser pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, não deve se confundir com a riqueza patrimonial de seus sócios ou acionistas, ou proprietário individual e nem sofrer os reflexos das variações nela verificadas. Professor: Marcelo Alves de Almeida 20 A Entidade (empresa) não se confunde com a pessoa física do sócio, juridicamente são duas pessoas distintas: a pessoa física e a pessoa jurídica, com obrigações diferentes. Exemplo: a empresa contrai uma dívida, caso não a pague será executada (a empresa é executada não o sócio). A mesma coisa acontece se o sócio contrair dívida, quem é executado é o sócio e não a empresa. Outro exemplo, quando o sócio tira dinheiro da empresa: a contabilidade deve registrar como retirada de pró-labore, ou retirada de lucros, ou de empréstimos, etc. Se o sócio retira mais dinheiro do que relativo aos lucros, pró-labore, e por esse motivo a empresa passa por dificuldades financeiras, o sócio será condenado a devolver o dinheiro à empresa ou assumir as dívidas com os fornecedores, pelo fato de ter agido de má-fé, fraudando o seu credor. (art. 158 a 165 do NCC- Lei 10.406/2002) Observa-se que este postulado é importante na medida em que ele identifica o campo de atuação da Contabilidade, pois onde existir patrimônio administrável existirá certamente a Contabilidade. Postulado Contábil da Continuidade: determina que a entidade é um empreendimento em andamento, com intenção de existência indefinida, ou por tempo de duração indeterminado, devendo sobreviver aos seus próprios fundadores e ter seu patrimônio avaliado pela sua potencialidade de gerar benefícios futuros (lucros), e não pela sua capacidade imediata de ser útil somente à entidade. Comoo próprio nome diz a empresa deve ter continuidade, é função da contabilidade primorar pela continuidade da empresa. O Auditor Independente emite parecer sobre as condições em que a contabilidade de encontra: consistência, observação dos regimes, é obrigação do Auditor ressalvar em seu parecer se, por algum motivo, a empresa está em situação de descontinuidade. Exemplo: crise financeira, incapacidade produtiva, multas de elevado valor impagáveis pela empresa, etc. Princípios Contábeis Os princípios originaram-se da necessidade do estabelecimento de um conjunto de conceitos, princípios e procedimentos que não somente fossem utilizados como elementos disciplinadores do comportamento do profissional no exercício da Contabilidade, seja para a escrituração dos fatos e transações, seja na elaboração de demonstrativos, mas que permitissem aos demais usuários fixar padrões de comparabilidade e credibilidade, em função do conhecimento dos critérios adotados na elaboração dessas demonstrações. Além de delimitar e qualificar o campo de atuação da Contabilidade, os princípios servem de suporte aos postulados. E através da evolução da técnica contábil em função de novos fatos sócio - econômicos, modificações na legislação, novos pontos de vista, ou outros fatores, um princípio que hoje é aceito, poderá ser modificado, para atender às inovações ocorridas na vida empresarial. Os princípios contábeis, de acordo com a estrutura conceitual básica da Contabilidade são os seguintes: Princípio do custo histórico como base de valor; Princípio da realização da receita e confrontação da despesa; Professor: Marcelo Alves de Almeida 21 Princípio do denominador comum monetário; Essência Sobre a Forma. Princípio do Custo Histórico como Base de Valor: sua aplicação é importante para a Contabilidade na medida em que ele descarta a possibilidade do uso de valores subjetivos para o registro dos bens, estabelecendo que seja utilizado o valor que a entidade sacrificou no momento de sua aquisição. Os valores registrados na contabilidade sempre terão como base o preço de aquisição, o valor que certo produto custou à empresa. Exemplo: Comprou-se uma mercadoria por R$ 100,00, no início do ano; no final do ano a mercadoria continua no estoque e o fornecedor está vendendo a mesma mercadoria por R$ 180,00; na Contabilidade permanece o valor registrado por R$ 100,00, ou seja o custo pago na ocasião da aquisição. E o caso da reavaliação de bens, mais utilizada para imóveis? Onde o valor do bem é reavaliado pelo preço de mercado? É uma situação possível, porém existe regra específica para reavaliação: 01 a 03 laudos de engenheiros ou empresas especializadas, confirmando o valor; a reavaliação precisa ser aprovada em assembléia ou em ata pelos sócios da empresa; deve constar nota explicativa sobre a reavaliação Princípio da Realização da Receita e Confrontação da Despesa: determina o momento em que a receita deve ser considerada como realizada para compor o resultado do exercício social. Da mesma forma, determina que a despesa que foi necessária à obtenção daquela receita seja igualmente confrontada na apuração do resultado. De acordo com a teoria contábil do lucro, as receitas são consideradas realizadas no momento da entrega do bem ou do serviço para o cliente e neste momento, todas as despesas que foram necessárias à realização daquelas receitas devem ser computadas na apuração do resultado. Assim, ao relacionar as despesas com as receitas, o resultado estará sendo apurado e poderá refletir o mais próximo possível a realidade da entidade. Exemplo: A empresa vendeu 1.000 unidades de uma mercadoria a R$ 200,00 cada unidade; O custo de cada unidade vendida é de R$ 99,00 Por este princípio significa que a empresa tem registrado em sua receita R$ 200.000,00 (1.000 unid. X R$ 200,00) e conseqüentemente como despesa (custo) R$ 99.000,00 (1.000 unid ao custo de R$ 99,00). Para toda a receita deve existir um sacrifício (despesa) correspondente. Estaria incorreta a Contabilidade se tivesse registrado o custo de apenas 500 unidades, demonstrando, assim, um lucro maior do que o real. A receita e a despesas devem ser confrontadas no mesmo exercício a que competirem. Professor: Marcelo Alves de Almeida 22 Princípio do Denominador Comum Monetário: estabelece que a Contabilidade seja processada em uma única moeda, oferecendo maior consistência aos registros e maior confiabilidade às informações constantes nos relatórios contábeis. Exemplo: no Brasil admite-se como moeda somente o Real (R$). Todos os balanços devem ser elaborados com base no Real (moeda nacional). Essência Sobre a Forma: dar prioridade a mensuração econômica patrimonial em detrimento da forma jurídica envolvida. Convenções Contábeis As convenções são mais objetivas e têm a função de indicar a conduta adequada que deve ser observada no exercício profissional da Contabilidade. São: convenção da objetividade, da materialidade, da consistência e do conservadorismo. Convenção da Objetividade: o profissional deve procurar sempre exercer a Contabilidade de forma objetiva, não se deixando levar por sentimentos ou expectativas de administradores ou qualquer pessoa que venha a influenciar no seu trabalho e os registros devem estar baseados, sempre que possível, em documentos que comprovem a ocorrência do fato administrativo. Convenção da Materialidade: a informação contábil deve ser relevante, justa e adequada e o profissional deve considerar a relação custo x benefício da informação que será gerada, evitando perda de recursos e de tempo da entidade. Exemplo: Bens do imobilizado de pequeno valor não devem ser contabilizados no Ativo Imobilizado, mas sim em contas de resultado (despesas), devido o custo de controlar contabilmente um bem de pequeno valor. Ex.: um grampeador, que custa R$ 30,00 e cuja vida útil chega a quase 05 anos. O custo de manter um sistema ou planilha de depreciação, bem como os lançamentos contábeis ao longo de sua vida útil inviabilizam o trabalho do contador. É o mesmo tempo que se utiliza para controlar um empréstimo de milhares ou milhões de Reais. Convenção da Consistência: os relatórios devem ser elaborados com a forma e o conteúdo das informações consistentes, para facilitar sua interpretação e análise pelos diversos usuários. Exemplo: Ao adotar um critério ou método de avaliação, o Contador deverá mantê-lo consistente ( uniforme) dentro de um mesmo período, e quando for altera-lo somente no início do período seguinte, bem assim, fazer constar nas notas explicativas a utilização de método diverso que o anterior e apresentar os reflexos que a mudança proporcionou. Exemplo: Se utiliza r a depreciação para veículos a 15% ao ano, deverá fazer no período todo, procurando não alterar nos próximos exercícios, para fins de análise, porém se for necessário a alteração mencionar em notas explicativas (que é parte componente as Demonstrações Financeiras ) que a depreciação de veículos no exercício foi alterada de 15% ao ano para 20%. Professor: Marcelo Alves de Almeida 23 Convenção do Conservadorismo: estabelece que o profissional da Contabilidade deve manter uma conduta mais conservadora em relação aos resultados que serão apresentados, evitando que projeções distorcidas sejam feitas pelos usuários. Assim, é preferível ter expectativa de prejuízo e a entidade apresentar resultados positivos, ou seja, se houver duas opções igualmente válidas deve-se optar sempre por aquela que acusa um menor valor para os ativos e para as receitas e o maior valor para os passivos e para as despesas. Pela convenção do conservadorismo (ou da prudência) as contingências ativas ou os ganhos contingentes não devem ser registrados. Somente quando estiver efetivamente assegurada a sua obtenção ou recuperação é que devem ser reconhecidos.Contingência é uma condição ou situação cujo resultado final, favorável ou desfavorável, somente será confirmado caso ocorram, ou não ocorram, um ou mais eventos futuros incertos (Resolução CFC 750-93). Exemplo: a empresa discute na justiça o reajuste de preço de um produto ou serviço anteriormente por ela fornecido, caso ganhe a ação receberá R$ 100.000,00. Pelo conservadorismo, por se tratar de um possível aumento patrimonial (receita), o Contador deverá ser conservador, lançando esse valor como receita somente quando o juiz sentenciar ganho final. A empresa discute na justiça o reajuste de preço de um produto ou serviço anteriormente comprado, caso ganhe a ação deverá pagar R$ 98.000,00 à outra empresa litigante. Pelo conservadorismo, por se tratar de uma possível perda, o Contador deverá ser conservador, provisionando o valor da ação como despesa no exercício. O Conservadorismo significa cautela, ou seja, os ativos devem ser registrados apenas quando tidos como líquidos e certos e as dívidas provisionadas mesmo quando incerto a obrigação do pagamento. Estrutura conceitual básica da contabilidade e as Resoluções n.º 750/93 e 1.282/10. A estrutura conceitual básica da Contabilidade apresentada anteriormente, organizada em postulados, princípios e convenções, difere das Resoluções n.º 750/93 e 1.282/10, ambas do Conselho Federal de Contabilidade (CFC). A intenção foi a de permitir aos estudiosos da área contábil uma visão mais ampla dos objetivos da Contabilidade e, principalmente, alterá-los para os diversos enfoques possíveis de direcionamento da informação contábil, visando atender, com qualidade, os diversos usuários. A estrutura de princípios aprovada pelas Resoluções n.º 750/93 e 1.282/10 difere, como afirmarmos anteriormente, em alguns pontos, da estrutura conceitual básica. Todavia, é importante conhecer os princípios apresentados nas referidas Resoluções, tendo em vista a obrigatoriedade de utilização no que concerne à geração de informações aos usuários externos. De acordo com o art. 2º da Resolução n.º 1.282/10, os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias relativas à ciência da Contabilidade, consoante o atendimento predominante nos universos científico e profissional de nosso país. Concernem, pois, à Professor: Marcelo Alves de Almeida 24 contabilidade em seu sentido mais amplo da ciência social, cujo objeto é o patrimônio das entidades. Os princípios de contabilidade, de acordo com as Resoluções n.º 750/93 e 1.282/10, são os seguintes: 1. Da ENTIDADE; 2. Da CONTINUIDADE; 3. Da OPORTUNIDADE; 4. Do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL; 5. Da COMPETÊNCIA; e 6. Da PRUDÊNCIA. Princípio da Entidade O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição. Princípio da Continuidade O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância. Princípio da Oportunidade O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas. A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação. Princípio do Registro pelo Valor Original O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional. As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas: Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são entregues para adquiri - Professor: Marcelo Alves de Almeida 25 los na data da aquisição. Os passivos são registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações; e Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações decorrentes dos seguintes fatores: a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações contábeis. Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na data ou no período das demonstrações contábeis; b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma ordenada. Os passivos são mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, não descontados, que se espera seriam pagos para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações da Entidade; c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera seja necessário para liquidar o passivo no curso normal das operações da Entidade; d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem favorecimentos; e e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais. São resultantes da adoção da atualização monetária: I. a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não representa unidade constante em termos do poder aquisitivo; II. para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações originais, é necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fim de que Professor: Marcelo Alves de Almeida 26 permaneçam substantivamente corretos os valores dos componentes patrimoniais e, por consequência, o do Patrimônio Líquido; e III. a atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão somente o ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicação de indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado período. Princípio da Competência O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento. O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas. Princípio da Prudência O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutaçõespatrimoniais que alterem o patrimônio líquido. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais. PATRIMÔNIO O Patrimônio é o “Objeto da Contabilidade” é um conjunto de bens, direitos e obrigações avaliado em moeda e pertencente a uma pessoa. Bens são as coisas capazes de satisfazer às necessidades humanas e suscetíveis de avaliação econômica. Podem ser materiais e imateriais. Bens: São as coisas capazes de satisfazer às necessidades humanas e suscetíveis de avaliação econômica. Podem ser materiais ou imateriais. Professor: Marcelo Alves de Almeida 27 Bens Materiais: corpóreos ou tangíveis são os objetos que a empresa tem para uso (armários, prateleiras, computadores, máquinas, automóveis, vitrinas etc.), TROCA (mercadorias e dinheiro) ou CONSUMO (materiais de limpeza, de expediente e de embalagem). Bens Imateriais, incorpóreos ou intangíveis correspondem a determinados gastos efetuados pela empresa que, por sua natureza, devem fazer parte do patrimônio. Exemplos: Marcas e Patentes de invenção e etc. Direitos são todos os valores que a empresa tem para receber de terceiros, como: Duplicatas a Receber, Promissórias a Receber, Aluguéis a Receber etc. Obrigações são todos os valores que a empresa tem para pagar a terceiros, como: Duplicatas a Pagar, Salários a Pagar, Impostos a Pagar etc. Aspectos qualitativo e quantitativo Todo documento extraído dos registros contábeis da empresa, seja em forma de relatório, mapa, demonstração, quadro etc. deve ser elaborado observando-se os aspectos qualitativo e quantitativo. O aspecto Qualitativo refere-se à natureza do componente patrimonial que deve ser evidenciado segundo a sua espécie. Exemplo: Caixa, móveis e utensílios, veículos etc. O aspecto Quantitativo refere-se à expressão dos componentes patrimoniais em valores. Representação gráfica do patrimônio Convencionalmente o patrimônio é representado por um gráfico em forma de T, veja abaixo: PATRIMÔNIO No lado esquerdo, denominado Lado do ATIVO, são relacionados os elementos positivos (Bens e Direitos). No lado direito, denominado Lado do PASSIVO, são relacionados os elementos negativos (Obrigações), veja: Professor: Marcelo Alves de Almeida 28 Equação Patrimonial O gráfico em T, quando utilizado para representar a situação patrimonial de uma empresa, denomina-se Balanço Patrimonial. O Balanço lembra uma balança. Imagine uma balança de dois pratos em equilíbrio. Para que isso aconteça, é preciso que cada um dos pratos contenha o mesmo peso. Assim deve ser apresentado o Balanço Patrimonial: em equilíbrio. Para que o Balanço Patrimonial reflita adequadamente a situação econômica e financeira da empresa, o total do lado do Ativo tem que ser igual ao total do lado do Passivo. ATIVO = PASSIVO (bens + direitos) (Obrigações) Na prática, entretanto, nem sempre a soma de bens e direitos tem o mesmo tamanho das obrigações. Assim, a diferença entre o Ativo (bens + direitos) e o Passivo (obrigações), denominada Situação Líquida, será colocada no gráfico sempre no lado do Passivo, como se fosse um peso no prato da balança, para manter o equilíbrio entre os dois lados. ATIVO = PASSIVO +/- SITUAÇÃO (bens + direitos) (Obrigações) LÍQUIDA Situação Líquida ou Patrimônio Líquido PATRIMÔNIO ATIVO PASSIVO Bens Obrigações Direitos Professor: Marcelo Alves de Almeida 29 Situação Líquida é a diferença entre o Ativo e o Passivo. SL = A - P Já sabemos que os bens, os direitos e as obrigações que compõem o patrimônio devem ser avaliados em moeda (aspecto quantitativo). Assim, somando os valores dos bens e dos direitos, teremos o total do Ativo. Da mesma forma, somando os valores das obrigações, teremos o total do passivo, veja: Situação Líquida = $ 65.000 - $ 15.000 = $ 50.000. Situações Líquidas Patrimoniais Possíveis Os elementos patrimoniais devidamente equacionado poderão apresentar três situações Líquidas Patrimoniais Diferentes. 1. Ativo maior que o Passivo Maneiras ou formas de se referir a esta Situação Líquida: Situação Líquida Positiva. Situação Líquida Ativa. Situação Líquida Superavitária. Professor: Marcelo Alves de Almeida 30 A = P + SL P = A – SL SL = A – P Ativo maior que zero; Passivo maior que zero; Situação Líquida Maior que zero. 2. Ativo menor que o Passivo Maneiras ou formas de se referir a esta Situação Líquida: Situação Líquida Negativa. Situação Líquida Passiva. Situação Líquida Deficitária. Passivo a Descoberto. A = P – SL P = A + SL SL = P – A Ativo maior que zero; Passivo maior que zero; Situação Líquida menor que zero. 3. Ativo e igual a Passivo Maneiras ou formas de se referir a esta Situação Líquida: Professor: Marcelo Alves de Almeida 31 Situação Líquida Nula. Situação Líquida Inexistente. Situação Líquida Deficitária. Passivo a Descoberto. A = P P = A SL = zero Ativo maior que zero; Passivo maior que zero; Situação Líquida igual a zero. Patrimônio Líquido Patrimônio Líquido é o mesmo que Situação Líquida. Embora sejam duas expressões utilizadas como sinônimas, nos meios contábeis há momento em que o uso de uma é mais adequado que o da outra. A Lei n.º 6.404/1976, em seu artigo 178, estabelece que no Balanço as contas será classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, em Ativo e Passivo. No Ativo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos: No Passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos: Professor: Marcelo Alves de Almeida 32 Equação Fundamental do Patrimônio A Equação Fundamental do Patrimônio, também conhecida por Equação Básica do Patrimônio, é a que evidencia o patrimônio em situação normal, ou seja, em Situação Liquida Positiva. ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS Ao observar um Balanço Patrimonial, você pode visualizar o total de recursos que a empresa obteve e que estão à sua disposição. O lado do passivo mostra onde a empresa conseguiu esses recursos; o lado do Ativo, onde ela aplicou os referidos recursos: Professor: Marcelo Alves de Almeida 33 Passivo – Origem dos recursos Os recursos totais que estão à disposição da empresa podem originar-se de duas fontes: a) Recursos de terceiros – correspondem às obrigações, isto é, são recurso de terceiros que a empresa utiliza no seu giro normal. Esses recursos, por sua vez, provêm de duas fontes: Débitos de Funcionamento (débito no sentido de dívida) – Obrigações que surgem em decorrência da gestão normal da empresa, como as obrigações a fornecedores, obrigações fiscais, obrigações trabalhistas e outras; Débitos de Financiamento – recursos obtidos pela empresa junto a terceiros em forma de empréstimos. b) Recursos próprios – também podem provir de duas fontes: Proprietários ou Sócios – parcela do capital que foi investida na empresa pelo titular ou pelos sócios; Giro Normal – Acréscimos ocorridos no Patrimônio Líquido em decorrência da gestão normal da empresa. Esses acréscimos são obtidos pelos lucros, que poderão estar apresentados em contas de reservas. Ativo – Aplicação dos recursos O lado do ativo mostra onde a empresa aplicou os recursos que tem à sua disposição, cujas origens estão evidenciadas no lado do Passivo. A empresa aplica seus recursos em bens (de uso, de troca ou de consumo) e emdireitos (Duplicatas a Receber, Promissórias a Receber etc.): Formação do Patrimônio e suas Variações Vamos acompanhar a formação do patrimônio de uma empresa comercial e alguns exemplos de sua movimentação, representando, a cada acontecimento, a Situação Patrimonial respectiva. 1) Vera inicia suas atividades comerciais com um capital de $ 80.000 em dinheiro. 2) Comprou à vista (em dinheiro): A. Móveis e Utensílios..............$ 3.000 B. Um automóvel......................$ 25.000 Professor: Marcelo Alves de Almeida 34 C. Mercadorias.........................$ 20.000 3) Comprou mercadorias a prazo, mediante aceite de duplicatas, no valor de $ 30.000. 4) Comprou, a prazo, uma casa no valor de $ 100.000, mediante emissão de notas promissórias. 5) Vendeu mercadorias como segue: A. À vista: $ 10.000; B. A prazo, mediante aceite de duplicatas: $ 8.000. Professor: Marcelo Alves de Almeida 35 6) Pagou uma duplicata, em dinheiro, no valor de $ 10.000. CONTAS Conta é o nome técnico que identifica um Componente Patrimonial (Bem, Direito, Obrigação ou Patrimônio Líquido) ou um Componente de Resultado (Despesa ou Receita). Todos os acontecimentos que fazem parte do dia a dia da empresa, responsáveis pela gestão do patrimônio, como compras, vendas, pagamentos, recebimentos etc., são registrados pela contabilidade por meio de contas. Assim, toda movimentação de dinheiro (entrada e saída) efetuada dentro da empresa é registrada em uma conta denominada Mercadorias e bens de uso da empresa são registrados em contas que evidenciam a espécie do respectivo bem, como Móveis e Utensílios, Computadores, Veículos, e assim por diante. Classificação das contas As contas podem ser classificadas em dois grupos: contas patrimoniais e contas de resultado (Teoria Patrimonialista). Professor: Marcelo Alves de Almeida 36 As Contas Patrimoniais são as que representam os elementos componentes do Patrimônio. Dividem-se em Ativas (representativas dos bens e dos direitos) e Passivas (representativas das obrigações e do Patrimônio Líquido). As Contas de Resultado são as que representam as variações patrimoniais. Dividem-se em contas de despesas e contas de receitas. As Despesas caracterizam-se pelo consumo de bens e pela utilização de serviços durante o processo de obtenção da receita. Por exemplo, o consumo de: energia elétrica, materiais de limpeza, café, materiais de expediente (canetas, papéis, lápis, impressos etc.), serviço telefônico etc. Veja algumas contas de Despesas: Água e Esgoto Impostos Aluguéis Passivos Materiais de Expediente Café e Lanches Juros Passivos Contribuições Previdenciárias Energia Elétrica e Comunicação Descontos Concedidos Material de Limpeza Despesas Bancárias Salários Fretes e Carretos Prêmio de Seguro As Receitas decorrem da venda de bens e da prestação de serviços. Há um número menor de receitas que de despesas, sendo as mais comuns representadas pelas seguintes contas: Aluguéis Ativos Vendas de Mercadorias Descontos Obtidos Receitas de Serviços Juros Ativos Professor: Marcelo Alves de Almeida 37 Função das contas Função é a missão da conta, a razão de sua existência, para que ela serve. As contas exercem papel de grande importância no processo contábil. Por meio delas a contabilidade controla a movimentação de todos os componentes patrimoniais (contas patrimoniais), extrapatrimoniais (contas de compensação) e das variações do Patrimônio Líquido (contas de resultado). Usando as contas, a contabilidade atinge sua principal finalidade: suprir os usuários de informações acerca do patrimônio e de suas variações. Noções de débito e crédito – Funcionamento das Contas As contas são movimentadas por meio de débitos e créditos nelas lançados. Os débitos não significam “dívidas, situação negativa ou desfavorável”, e os créditos não significam “direitos, situação positiva ou favorável”, ou ainda, “poder comprar a prazo em um estabelecimento comercial”. Então, o que significa débito e crédito sob o ponto de vista contábil? Vimos que a conta é o nome técnico que recebe cada um dos elementos componentes do patrimônio, bem como cada um dos elementos representativos das despesas e das receitas. Vimos também que a contabilidade exerce o controle do patrimônio e de suas variações, por meio das contas. Isso ocorre da seguinte maneira: o contabilista cria nos registros contábeis um gráfico em forma de T para controlar cada elemento patrimonial ou de resultado. Cada gráfico será identificado na contabilidade pelo nome do elemento componente do patrimônio ou representativo de despesa ou de receita, como: Caixa, Móveis e Utensílios, Aluguéis Passivos etc. Nesses gráficos, o contabilista controlará a movimentação de cada elemento, registrando seus aumentos (ingressos, entradas, compras) e suas diminuições (saída, vendas). Para facilitar o entendimento, vamos pensar em uma conta que identifique um elemento representativo de bem material: a conta CAIXA. Você sabe que a quantia de dinheiro existente no caixa aumenta pelas entradas de numerários e diminui pelas saídas deles. Esse é o fundamento do controle de cada conta: aumento (entrada) e diminuição (saída). Pois bem: o controle da conta Caixa é feito mediante o registro das entradas e das saídas de dinheiro. A contabilidade utiliza o gráfico em T para controlar o movimento de cada conta, propositalmente, porque ele tem dois lados: de um lado serão registradas as entras e do outro, as saídas. Professor: Marcelo Alves de Almeida 38 Convencionou-se denominar o lado esquerdo do gráfico em T, utilizando para o controle das contas, de lado do DÉBITO: e o lado direito do CRÉDITO. Estabeleceu-se, ainda, considerar as contas do Ativo e as contas de despesas como sendo de natureza devedora; e as contas do Passivo, bem como as contas de receitas, sendo de natureza credora. Por uma questão lógica, sendo a conta Caixa de natureza devedora, obviamente, as entradas de dinheiro no caixa serão controladas mediante o registro dessas importâncias no gráfico em T, no lado do débito, que é o lado esquerdo, da mesma forma, as saídas de dinheiro do caixa serão controladas mediante o registro dessas importância no gráfico em T, no lado do débito, que é o lado esquerdo, da mesa forma, as saídas de dinheiro do caixa serão controladas mediante o registro dessas importâncias no lado do crédito, que é o lado direito. RESUMINDO: Entradas de dinheiro no caixa = Débitos da conta Caixa (lança no lado esquerdo do gráfico) Saídas de dinheiro do caixa = Crédito da conta Caixa (lança-se no lado direito do gráfico) Para saber quanto dinheiro existe no Caixa em um determinado momento, por meio desse controle contábil, bastará soma todas as importâncias registradas no lado do débito (entradas) e todas as importâncias lançadas do lado do crédito (saídas); subtraindo o total das saídas do total das entradas, teremos o quanto restou no caixa, ou seja, o saldo da conta. Se concordarmos que as contas de natureza devedora são contas que possuem saldos de natureza, ficará mais fácil entender o mecanismo do débito e do crédito das contas, isto é: a. As contas com saldos de natureza devedora serão debitadas sempre que ocorrer entradas de valores nas respectivas contas, ou seja, serão debitadas para registrar os aumentos em seus saldos; da mesma forma essas contas serão creditadas para registrar saídas de valores, ou seja, diminuições em seus saldos. b. As contas com saldos de natureza credora serão creditadas sempre que ocorrer entradas de valores nas respectivas contas, ou seja, serão creditadas para registrar os aumentos em seus saldos; da mesma forma essas contas serão debitadas para registrarsaídas de valores, ou seja, diminuições em seus saldos. Finalmente, as palavras “débito” e “crédito” em contabilidade, considerando o enfoque do presente item, podem ser consideradas sinônimas de AUMENTO e DIMINUIÇÃO do saldo das contas. No entanto, é preciso cautela: para as contas de natureza devedora, a palavra “débito” representa aumento do saldo e a palavra “crédito” representa diminuição do saldo; por outro lado, para as contas de natureza credora, o raciocínio é o inverso: “débito” representa diminuição do saldo e “crédito” representa aumento do saldo. Portanto, nos meios contábeis, a frase “debitar determinada importância em uma conta” significa que a referida importância deve ser registrada no gráfico em T da respectiva conta no lado Professor: Marcelo Alves de Almeida 39 esquerdo, que é o lado do débito; da mesma forma, a frase “creditar determinada importância em uma conta” significa que a referida importância deverá ser registrada no gráfico em T da referida conta no lado direito, que é o lado do crédito. Memorize os dois gráficos a seguir, que serão muito úteis na sequência dos nossos estudos: IMPORTANTE: Os aumentos que ocorrerem nas contas do ATIVO e nas contas de despesa serão registrados por meio de débitos lançados nas respectivas contas, enquanto as diminuições serão registradas por meio de créditos lançados nas mesmas contas; os aumentos nas contas do PASSIVO e nas contas de RECEITAS serão registrados por meio de créditos lançados nas respectivas contas, enquanto as diminuições serão registradas por débitos lançados nas mesmas contas. Plano de contas O Plano de Contas é um conjunto de contas, diretrizes e normas que disciplinam as tarefas do setor de contabilidade, objetivando a uniformização dos registros contábeis. O plano de contas constitui ferramenta indispensável no desenvolvimento do processo contábil, sendo que cada empresa deve elaborá-lo, tendo em vista as suas particularidades, observando-se os princípios de contabilidade, as disciplinas contidas na Lei n.º 6.404/1976, a legislação específica do ramo de atividade exercido pela empresa, bem como as normas brasileiras de contabilidade emanadas do Conselho Federal de Contabilidade (CFC). É importante salientar que as instituições financeiras, dentre e las os estabelecimentos bancários, estão sujeitas à adoção do plano de contas específicos das Instituições do Sistema Financeiro Nacional (COSIF). Da mesma forma, as companhias que atuam no ramo de seguros estão sujeitas à adoção do Plano de Contas específico aprovado pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP). De acordo com o estabelecido na Lei n.º 6.404/1976, as contas podem ser divididas em dois grupos: a) contas patrimoniais; b) contas de resultado. Professor: Marcelo Alves de Almeida 40 As contas patrimoniais são utilizadas para o registro de elementos representativos de bens, direitos e obrigações, bem como para aqueles que compõem o Patrimônio Líquido. As contas de resultado destinam-se ao registro das despesas, dos custos e das receitas. Essas contas, que são abertas na escrituração contábil no início do exercício social e encerradas no final dele, não fazem parte do Balanço Patrimonial, porém possibilitam a apuração e o conhecimento do custo de fabricação, bem como do resultado econômico da gestão do patrimônio, que poderá ser lucro ou prejuízo. Embora não contemplado pela Lei das Sociedades por Ações, há um terceiro grupo de contas extrapatrimoniais (contas de compensação) que possibilita o registro dos atos relevantes que venham a ocorrer na empresa, cujos efeitos possam se traduzir em modificações futuras no patrimônio. Composição do Plano de Contas Em cada empresa, o plano de contas poderá conter um número maior ou menor de informações em decorrência dos interesses da própria empresa ou mesmo da criatividade do contabilista. Entretanto, é essencial que um plano de contas contenha pelo menos as seguin tes partes: elenco de contas, manual de contas e modelos de demonstrações contábeis. ELENCO DE CONTAS O elenco de contas consiste na relação das contas que serão utilizadas para o registro dos fatos administrativos responsáveis pela gestão do patrimônio da empresa, bem como dos atos administrativos considerados relevantes (aqueles cujos efeitos possam se traduzir em modificações futuras no patrimônio da empresa). Envolve a intitulação (rubrica, nome) e o código de cada conta. Em qualquer elenco de contas, seja qual for o tipo de empresa, as contas devem ser agrupadas de acordo com a estrutura estabelecida pela Lei n.º 6.404/1976, visando facilitar a elaboração das demonstrações contábeis. Assim, as contas que representam os bens e os direitos serão reunidos no Ativo em dois grupos principais: Ativo Circulante e Ativo Não Circulante, sendo este último dividido em Ativo Realizável ao Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível. Da mesma forma, as contas que representam as obrigações e o Patrimônio Líquido serão reunidas no Passivo em três grupos principais: Passivo Circulante, Passivo Não Circulante e Patrimônio Líquido, sendo este último dividido em Capital Social, Reservas de Capital, Reservas de Lucro, Ajustes de Avaliação Patrimonial, Ações em Tesouraria e Prejuízos Acumulados. Veja os exemplos abaixo de um elenco de contas: Professor: Marcelo Alves de Almeida 41 ELENCO DE CONTAS GRÁFICO I - CONTAS PATRIMONIAIS 1. ATIVO 2. PASSIVO 1.1. ATIVO CIRCULANTE 2.1. PASSIVO CIRCULANTE 1.1.01 CAIXA 2.1.01 FORNECEDORES 1.1.02 BANCOS CONTA MOVIMENTO 2.1.02 DUPLICATAS A PAGAR 1.1.03 CLIENTES 2.1.03 PROMISSÓRIAS A PAGAR 1.1.04 DUPLICATAS A RECEBER 2.1.04 CONTRIBUIÇÕES DE PREVIDÊNCIA A RECOLHER 1.1.05 PROMISSÓRIAS A RECEBER 2.1.05 FGTS A RECOLHER 1.1.06 AÇÕES DE OUTRAS EMPRESAS 2.1.06 SALÁRIOS A PAGAR 1.1.07 ESTOQUE DE MERCADORIAS 2.1.07 IMPOSTOS E TAXAS A RECOLHER 1.1.08 ESTOQUE DE MATERIAL DE EXPEDIENTE 1.1.09 ESTOQUE DE MATERIAL DE CONSUMO 1.2. ATIVO NÃO CIRCULANTE 2.2 PASSIVO NÃO CIRCULANTE 1.2.01 DUPLICATAS A RECEBER 2.2.01 DUPLICATAS A PAGAR 1.2.02 PROMISSÓRIAS A RECEBER 2.2.02 PROMISSÓRIAS A PAGAR 1.2.03 PARTICIPAÇÃO EM OUTRAS EMPRESAS 2.3. PATRIMÔNIO LÍQUIDO 1.2.04 IMÓVEIS DE RENDA 2.3.01 CAPITAL 1.2.05 COMPUTADORES 2.3.02 RESERVAS DE LUCRO 1.2.06 IMÓVEIS 1.2.07 INSTALAÇÕES 1.2.08 MÓVEIS E UTENSÍLIOS 1.2.09 VEÍCULOS ELENCO DE CONTAS GRÁFICO II - CONTAS DE RESULTADO 3. DESPESAS 4. RECEITAS 3.1. DESPESAS OPERACIONAIS 4.1. RECEITAS OPERACIONAIS 3.1.01 ÁGUA E ESGOTO 4.1.01 ALUGUÉIS ATIVOS 3.1.02 ALUGUÉIS PASSIVOS 4.1.02 DESCONTOS OBTIDOS 3.1.03 CONTRIBUIÇÕES DE PREVIDÊNCIA 4.1.03 JUROS ATIVOS 3.1.04 DESCONTOS CONCEDIDOS 4.1.04 RECEITAS DE SERVIÇOS 3.1.05 DESPESAS BANCÁRIAS 4.1.05 RECEITAS EVENTUAIS 3.1.06 DESPESAS DE ORGANIZAÇÃO 3.1.07 ENCARGOS SOCIAIS 3.1.08 ENERGIA ELÉTRICA E COMUNICAÇÃO 3.1.09 FRETES E CARRETOS 3.1.10 IMPOSTOS E TAXAS 3.1.11 JUROS PASSIVOS 3.1.12 MATERIAL DE EXPEDIENTE 3.1.13 MATERIAL DE CONSUMO 3.1.14 SALÁRIOS 3.1.15 DESPESAS EVENTUAIS 5. CONTAS DE APURAÇÃO DO RESULTADO 5.1. DESPESAS OPERACIONAIS Professor: Marcelo Alves de Almeida 42 5.1.01 LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 5.1.02 LUCROS ACUMULADOS 6. CONTAS DE COMPENSAÇÃO 6.1. CONTAS DE COMPENSAÇÃO ATIVAS 6.2. CONTAS DE COMPENSAÇÃO PASSIVAS OBSERVAÇÕES: No Ativo Circulante e no Passivo Circulante, classificam-se as contas que representam direitos e obrigações, respectivamente, e cujos vencimentos ocorram durante o exercício social seguinte ao do Balanço que estiver sendo elaborado. No Ativo Não Circulante e no Passivo Não Circulante, classificam-se as contas que representam direitos e obrigações, respectivamente, cujos vencimentos ocorram após o término do exercício social
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