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28/03/2025, 15:24 Avaliação: Revisão da tentativa FMP-EAD Questão 1 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 As ações previdenciárias e acidentárias, apesar de tratarem de benefícios do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), possuem diferentes competências e procedimentos específicos. As ações previdenciárias, em regra, são processadas e julgadas pela Justiça Federal, exceto em casos de delegação de competência à Justiça Estadual. Já as ações acidentárias, que tratam de benefícios decorrentes de acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais, são de competência da Justiça Estadual. Além disso, o procedimento para concessão de benefícios acidentários exige a comprovação de nexo causal entre o acidente ou doença e a atividade profissional do segurado, diferentemente das ações previdenciárias que não requerem essa comprovação específica. MARTINS, Sérgio Pinto. Direito da seguridade social. 24. ed. São Paulo: Atlas, 2021. Nas demandas judiciais envolvendo benefícios do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), os procedimentos e a competência jurisdicional variam conforme a natureza da ação e o benefício pleiteado. Compreender essas distinções é fundamental para o correto encaminhamento da ação ao foro competente e para a escolha da estratégia processual adequada. Diante das especificidades processuais e das regras de competência aplicáveis às ações previdenciárias e acidentárias, assinale a alternativa correta que descreve de forma precisa essas distinções. a. As ações previdenciárias e acidentárias seguem os mesmos procedimentos, mas diferem na competência, sendo as acidentárias julgadas exclusivamente pela Justiça Federal, enquanto as previdenciárias podem tramitar na Justiça Estadual por delegação de competência. b. o nexo causal é requisito imprescindível para a concessão de qualquer benefício previdenciário, tanto em ações acidentárias quanto em ações previdenciárias, sendo esse o principal ponto de análise judicial em ambos os casos. Nas ações acidentárias, o segurado deve comprovar o nexo causal entre a atividade laboral e o acidente ou doença ocupacional, sendo essas ações julgadas pela Justiça Estadual, enquanto as ações previdenciárias, que tratam de benefícios como aposentadorias e pensões, são de competência da Justiça Federal. d. As ações previdenciárias e acidentárias podem ser ajuizadas concomitantemente na Justiça Federal, pois envolvem direitos derivados do mesmo sistema previdenciário, não havendo distinção quanto ao foro competente para o julgamento de cada tipo de ação. e. As ações acidentárias tratam exclusivamente da responsabilidade do empregador em casos de acidentes de trabalho, sendo ajuizadas na Justiça do Trabalho, enquanto as ações previdenciárias envolvem a concessão de benefícios pelo INSS e tramitam na Justiça Federal. Sua resposta está correta. A resposta correta é: 2/1328/03/2025, 15:24 Avaliação: Revisão da tentativa FMP-EAD Nas ações acidentárias, o segurado deve comprovar o nexo causal entre a atividade laboral e o acidente ou doença ocupacional, sendo essas ações julgadas pela Justiça Estadual, enquanto as ações previdenciárias, que tratam de benefícios como aposentadorias e pensões, são de competência da Justiça Federal. 3/1328/03/2025, 15:24 Avaliação: Revisão da tentativa FMP-EAD Questão 2 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 A legislação brasileira prevê que as questões previdenciárias podem ser julgadas tanto pela Justiça Comum Federal quanto pelos Juizados Especiais Federais (JEFs), dependendo de critérios específicos. Enquanto a Justiça Comum Federal lida com matérias mais complexas e valores mais altos, os Juizados Especiais Federais foram criados com o objetivo de garantir celeridade e simplificação em processos de menor valor, respeitando o limite máximo estabelecido para ações de competência dos JEFs. Contudo, além da questão dos valores, há outras distinções quanto aos procedimentos, à admissibilidade de provas, aos recursos e à tramitação dos processos. MARTINS, Sérgio Pinto. Direito da seguridade social. 24. ed. São Paulo: Atlas, 2021. No âmbito do Direito Previdenciário, os processos podem tramitar tanto na Justiça Comum Federal quanto nos Juizados Especiais Federais (JEFs), de acordo com certas condições e regras procedimentais. Essas instâncias judiciais apresentam diferenças significativas no que diz respeito à tramitação dos processos, à complexidade das matérias, ao valor da causa e às possibilidades de recurso. Considerando essas diferenças entre a Justiça Comum Federal e os Juizados Especiais Federais em matéria previdenciária, assinale a alternativa que descreve corretamente essas distinções. a. A Justiça Comum Federal e os Juizados Especiais Federais compartilham a mesma competência sobre causas previdenciárias, sendo a escolha da via processual feita livremente pelo segurado, independentemente do valor da causa ou da complexidade do tema. b. Os Juizados Especiais Federais têm competência exclusiva para julgar causas previdenciárias de qualquer valor, desde que o segurado opte por uma tramitação mais célere e com menos formalidades, incluindo a dispensa da produção de provas periciais. C. A Justiça Comum Federal é competente para causas previdenciárias que envolvem valores superiores ao teto estabelecido para os Juizados Especiais Federais, bem como para ações mais complexas que demandem maior instrução probatória, como a realização de perícias. d. As decisões proferidas nos Juizados Especiais Federais não admitem qualquer tipo de recurso ao Tribunal Regional Federal, sendo a única instância possível de recurso a Turma Recursal dos próprios Juizados Especiais. e. A competência dos Juizados Especiais Federais em matéria previdenciária é limitada apenas aos casos em que não há controvérsia jurídica, sendo vedada a tramitação de causas que envolvam interpretação de leis ou disputas quanto ao direito aplicável. Sua resposta está correta. A resposta correta é: A Justiça Comum Federal é competente para causas previdenciárias que envolvem valores superiores ao teto estabelecido para os Juizados Especiais Federais, bem como para ações mais complexas que demandem maior instrução probatória, como a realização de perícias. https://esa.moodle.fmp.edu.br/mod/quiz/review.php?attempt=393132&cmid=4820 4/1328/03/2025, 15:24 Avaliação: Revisão da tentativa FMP-EAD Questão 3 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 A Constituição Federal de 1988 atribui à Justiça Federal a competência para julgar ações previdenciárias envolvendo o INSS. No entanto, em locais onde não há vara federal instalada, a legislação permite a delegação de competência para que comarcas da Justiça Estadual processem e julguem essas ações. Essa delegação de competência tem como objetivo garantir o acesso à justiça em regiões remotas, onde o cidadão não teria condições de ingressar com ação em varas federais. A delegação, porém, não se aplica a todas as ações previdenciárias, havendo limitações quanto ao tipo de demanda e à jurisdição envolvida. MARTINS, Sérgio Pinto. Direito da seguridade social. 24. ed. São Paulo: Atlas, 2021. A delegação de competência para comarcas estaduais no julgamento de ações previdenciárias visa garantir o acesso à justiça em regiões onde não há vara federal instalada. No entanto, essa delegação não é irrestrita, sendo regida por limitações e condições que devem ser observadas pelos operadores do Direito. Considerando as normas constitucionais e legais aplicáveis, assinale a alternativa correta sobre a delegação de competência em matéria previdenciária para a Justiça Estadual. a. A delegação de competência para a Justiça Estadual só ocorre em ações previdenciárias de pequeno valor, independentemente de haver ou não vara federal na região, garantindo que demandas mais simples sejam processadas com maior rapidez. b. A competência delegada para a Justiça Estadual nas comarcas sem vara federal instalada abrange todas as ações previdenciárias, inclusive aquelas relacionadas à revisão de benefício previdenciário ou ao pedido de aposentadoria rural. C. A Justiça Estadual só pode processar e julgar ações previdenciárias por delegação de competência se não houver vara federal no local, e essa delegação é restrita a causas que envolvam a concessão ou restabelecimento de benefícios previdenciários, exceto aquelas que tratem de interesse direto da d. A competência delegada para comarcas estaduais é irrevogável, e uma vez transferida, permanece na Justiça Estadual, ainda que venha a ser instalada uma vara federal na região durante o curso do processo previdenciário. e. A delegação de competência para a Justiça Estadual pode ser requerida pelo segurado que residir em local distante de vara federal, desde que comprove que o deslocamento acarretaria ônus financeiro desproporcional para ajuizar a ação. Sua resposta está correta. A resposta correta é: A Justiça Estadual só pode processar e julgar ações previdenciárias por delegação de competência se não houver vara federal no local, e essa delegação é restrita a causas que envolvam a concessão ou restabelecimento de benefícios previdenciários, exceto aquelas que tratem de interesse direto da União. 5/1315:24 Avaliação: Revisão da tentativa FMP-EAD Questão 4 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 João, residente em um município rural sem vara federal instalada, decide ajuizar uma ação contra o INSS para obter a concessão de sua aposentadoria rural por idade, que havia sido indeferida na via administrativa. Considerando a localização e as normas aplicáveis à competência delegada, João propõe a ação na comarca estadual mais próxima. Durante o trâmite do processo, o INSS contesta a competência da Justiça Estadual, argumentando que a ação deveria ser ajuizada na Justiça Federal. BRASIL. Lei n. 5.010, de 30 de maio de 1966. Organiza a Justiça Federal de primeira instância e dá outras providências. Disponível em: Acesso em: 17 out. 2024. Diante desse exemplo, e com base nas normativas sobre a competência delegada em matéria previdenciária, assinale a alternativa correta. a. João deveria ter ajuizado sua ação diretamente na Justiça Federal, pois, mesmo sem vara federal no município, a Justiça Estadual só pode julgar ações previdenciárias de pequeno valor. b. A ação de João pode tramitar na Justiça Estadual, desde que o valor da causa não ultrapasse o teto estabelecido para os Juizados Especiais Federais (JEFs), mesmo em caso de concessão de aposentadoria rural. C. A Justiça Estadual tem competência delegada para julgar a ação de João, pois envolve a concessão de benefício previdenciário e não há vara federal instalada na comarca. o INSS não pode alegar incompetência nesse caso. d. A competência da Justiça Estadual para julgar a ação de João depende de uma autorização prévia da Justiça Federal, que deve avaliar se o processo pode ser transferido ao foro estadual devido à inexistência de vara federal na localidade. e. João poderá ajuizar sua ação na Justiça Estadual, mas, após a decisão, o processo deverá ser transferido para a Justiça Federal para homologação e execução da sentença. Sua resposta está correta. A resposta correta é: A Justiça Estadual tem competência delegada para julgar a ação de João, pois envolve a concessão de benefício previdenciário e não há vara federal instalada na comarca. o INSS não pode alegar incompetência nesse caso. 6/1328/03/2025, 15:24 Avaliação: Revisão da tentativa FMP-EAD Questão 5 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 o prévio requerimento administrativo é uma condição essencial para o ajuizamento de ações previdenciárias, exceto em casos excepcionais previstos pela jurisprudência. A relação entre o processo administrativo e o judicial é de complementaridade, sendo o processo administrativo o meio pelo qual o segurado apresenta suas demandas iniciais, que podem ser questionadas judicialmente caso haja indeferimento ou não apreciação do pedido dentro do prazo legal. A ausência de requerimento administrativo pode acarretar a extinção da ação judicial por ausência de interesse de agir, salvo exceções como negativa reiterada e situações de urgência. FERRAZ, Marcos Orione Gonçalves. Direito Previdenciário: questões controvertidas e atuais. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2021. Diante da relação entre o requerimento administrativo e o processo judicial nas ações previdenciárias, analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa que melhor representa o entendimento atual sobre o impacto do requerimento administrativo no processo judicial previdenciário. a. A propositura de ação judicial previdenciária é sempre considerada incabível quando não houver requerimento administrativo prévio, mesmo em casos de negativa reiterada por parte da autarquia. b. A ausência de decisão administrativa no prazo legal, desde que o requerimento administrativo tenha sido devidamente formalizado, autoriza o ajuizamento imediato da ação previdenciária por inércia da autarquia. C. A relação entre o processo administrativo e o judicial é inexistente no que diz respeito à produção de provas, pois as provas obtidas administrativamente não têm valor vinculante na esfera judicial. d. A jurisprudência permite a propositura da ação judicial sem requerimento administrativo prévio apenas quando o autor comprova a total incapacidade de formular o pedido administrativamente por razões técnicas ou financeiras e. Mesmo quando há urgência comprovada e o prévio requerimento administrativo não foi realizado, a ação judicial só poderá ser admitida se o autor conseguir demonstrar que tentou resolver a questão extrajudicialmente. Sua resposta está correta. A resposta correta é: A ausência de decisão administrativa no prazo legal, desde que o requerimento administrativo tenha sido devidamente formalizado, autoriza o ajuizamento imediato da ação previdenciária por inércia da autarquia. 7/1328/03/2025, 15:24 Avaliação: Revisão da tentativa FMP-EAD Questão 6 Incorreto Atingiu 0,00 de 1,00 A fungibilidade das pretensões previdenciárias permite a interpretação flexível dos pedidos formulados na petição inicial, possibilitando ao juiz conceder o benefício previdenciário mais adequado aos direitos do autor, mesmo que não tenha sido inicialmente especificado com precisão. Esse princípio busca evitar o formalismo excessivo que possa prejudicar o segurado, garantindo que, havendo erro na indicação do benefício, o direito pleiteado ainda possa ser concedido. No entanto, essa flexibilidade não é absoluta, devendo respeitar os limites do contraditório e da ampla defesa, além de observar os fatos alegados e comprovados no processo. CASTRO, Carlos Alberto Pereira de; LAZZARI, João Batista. Manual de Direito Previdenciário. 24. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2021. Considerando o princípio da fungibilidade das pretensões previdenciárias, avalie as assertivas abaixo e assinale a alternativa que melhor reflete a interpretação desse princípio na possibilidade de alteração do pedido inicial sem prejuízo ao direito do requerente. a. A fungibilidade das pretensões previdenciárias permite ao juiz conceder um benefício não solicitado, desde que verifique o preenchimento dos requisitos legais e independentemente dos fatos narrados na petição inicial. b. A alteração do pedido inicial é possível durante todo o curso do processo, desde que não haja prejuízo ao INSS, sendo desnecessária a concordância expressa do autor com a nova interpretação dada pelo juiz. C. A fungibilidade das pretensões previdenciárias autoriza o juiz a alterar a natureza do benefício pleiteado sem necessidade de emenda à inicial, mesmo que o autor tenha indicado expressamente um benefício diverso. d. A aplicação da fungibilidade está restrita aos casos em que o autor demonstrou erro material ao pleitear o benefício, e a nova pretensão deve ter fundamento nos mesmos fatos alegados na petição inicial. e. A fungibilidade permite a concessão de um benefício mais vantajoso ao autor, desde que seja garantido o contraditório e a ampla defesa, mas não pode modificar substancialmente os fatos que embasam o pedido inicial. Sua resposta está incorreta. A resposta correta é: A fungibilidade permite a concessão de um benefício mais vantajoso ao autor, desde que seja garantido o contraditório e a ampla defesa, mas não pode modificar substancialmente os fatos que embasam o pedido inicial. 8/1328/03/2025, 15:24 Avaliação: Revisão da tentativa FMP-EAD Questão 7 Incorreto Atingiu 0,00 de 1,00 Os fatos supervenientes nas ações previdenciárias são eventos que ocorrem após o requerimento administrativo ou a propositura da ação judicial e que têm o potencial de alterar o direito material do segurado. De acordo com o artigo 493 do Código de Processo Civil (CPC), esses fatos podem ser levados em consideração na decisão judicial, desde que afetem diretamente o direito discutido. No entanto, a análise de fatos supervenientes exige que o juiz observe os princípios do contraditório e da ampla defesa, garantindo que ambas as partes possam se manifestar sobre os novos elementos. Em matéria previdenciária, a utilização de fatos supervenientes visa proporcionar maior justiça na decisão, permitindo a adaptação da solução ao direito mais favorável ao segurado, sem que ele tenha que reiniciar o processo administrativo. CASTRO, Carlos Alberto Pereira de; LAZZARI, João Batista. Manual de Direito 24. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2021. Com base na influência dos fatos supervenientes nas decisões judiciais previdenciárias, avalie as assertivas abaixo e identifique a alternativa que melhor reflete como esses fatos podem modificar o julgamento de ações previdenciárias, respeitando os limites processuais e os direitos das partes. a. A inclusão de fatos supervenientes no processo judicial previdenciário permite ao juiz alterar o pedido inicial do autor, concedendo um benefício diverso daquele originalmente requerido, desde que amparado pelos novos fatos. b. Fatos supervenientes que ocorrem durante o processo judicial podem ser considerados pelo juiz somente se esses fatos forem favoráveis ao INSS, evitando qualquer prejuízo à autarquia. C. A análise de fatos supervenientes em decisões judiciais previdenciárias pode alterar o julgamento, mas é necessário que esses fatos tenham ocorrido antes da sentença e tenham sido informados a ambas as partes, respeitando o contraditório. d. Em ações previdenciárias, a apresentação de fatos supervenientes é vedada após o início da fase probatória, uma vez que o processo deve seguir baseado nos fatos apresentados na petição inicial e na contestação. e. A consideração de fatos supervenientes nas decisões judiciais previdenciárias é limitada a casos de revisão de benefícios, sendo inaplicável a ações de concessão inicial de benefícios previdenciários. Sua resposta está incorreta. A resposta correta é: A análise de fatos supervenientes em decisões judiciais previdenciárias pode alterar o julgamento, mas é necessário que esses fatos tenham ocorrido antes da sentença e tenham sido informados a ambas as partes, respeitando o contraditório. https://esa.moodle.fmp.edu.br/mod/quiz/review.php?attempt=393132&cmid=4820 9/1315:24 Avaliação: Revisão da tentativa FMP-EAD Questão 8 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Em um processo previdenciário, o direito à produção de provas é essencial para garantir a justiça na concessão de benefícios, como no caso de benefícios por incapacidade. A parte autora deve comprovar, por meio de laudos médicos e exames, sua condição de incapacidade laboral. No entanto, há situações em que o juiz, ao analisar a pertinência das provas, pode requerer uma perícia complementar ou determinar a produção de novas provas, mesmo que as já apresentadas pela parte sejam aparentemente suficientes. o poder instrutório do juiz, neste caso, tem como objetivo assegurar que a verdade dos fatos seja completamente esclarecida, sem ferir o princípio do contraditório. CINTRA, Antônio Carlos de Araújo; Ada Pellegrini; DINAMARCO, Cândido Rangel. Teoria Geral do Processo. São Paulo: Malheiros, 2018. Em um processo previdenciário para concessão de aposentadoria por invalidez, o juiz deferiu a realização de uma nova perícia médica, mesmo após a apresentação de um laudo médico inicial, que já demonstrava incapacidade parcial da parte autora. Considerando a atuação do juiz e os princípios que regem a produção de provas no processo previdenciário, assinale a alternativa que melhor exemplifica a aplicação correta desse poder instrutório: a. o juiz deve restringir-se ao laudo inicial apresentado pela parte autora, sem solicitar novas perícias, pois isso poderia violar o princípio do contraditório e sobrecarregar a parte com novas diligências. b. o juiz pode solicitar nova perícia médica, mas apenas se houver impugnação direta da parte ré ao laudo inicial, sendo vedada a atuação de ofício sem a contestação expressa de uma das partes. C. o juiz tem discricionariedade para requerer novas provas, incluindo perícias complementares, quando julgar que as provas iniciais não são suficientemente claras, com o objetivo de formar um juízo mais completo sobre a incapacidade alegada. d. A solicitação de novas perícias pelo juiz, mesmo quando o laudo inicial é completo, representa uma violação ao princípio da celeridade processual, devendo ser evitada em prol da economia e eficiência processual. e. o juiz deve sempre seguir estritamente as provas apresentadas pelas partes, sendo vedado requisitar novos exames, exceto se houver pedido expresso da parte autora ou ré Sua resposta está correta. A resposta correta é: o juiz tem discricionariedade para requerer novas provas, incluindo perícias complementares, quando julgar que as provas iniciais não são suficientemente claras, com o objetivo de formar um juízo mais completo sobre a incapacidade alegada. https://esa.moodle.fmp.edu.br/mod/quiz/review.php?attempt=393132&cmid=4820 10/1328/03/2025, 15:24 Avaliação: Revisão da tentativa FMP-EAD Questão 9 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 A comprovação de direitos no processo previdenciário depende da apresentação de provas documentais e evidências concretas que demonstrem a veracidade das alegações. No caso de benefícios como a aposentadoria por tempo de contribuição, por exemplo, é essencial que o segurado apresente documentos que comprovem o período laborado e as condições de trabalho. Em situações de reconhecimento de atividade especial, além de documentos pessoais e registros formais de vínculos empregatícios, é necessária a apresentação de laudos técnicos ou perfis profissiográficos previdenciários (PPP) que demonstrem a exposição a agentes nocivos. A falta de tais provas pode comprometer a concessão do benefício. MARTINS, Sérgio Pinto. Direito da seguridade social. ed. São Paulo: Atlas, 2020. Em um processo previdenciário de concessão de aposentadoria especial, o segurado, que trabalhou em condições de insalubridade, apresentou apenas o contrato de trabalho e uma declaração do empregador como provas de sua exposição a agentes nocivos. Considerando a legislação previdenciária e os requisitos para a comprovação de atividade especial, assinale a alternativa que melhor descreve o procedimento adequado para fundamentar o direito reclamado: a. A apresentação do contrato de trabalho e a declaração do empregador são suficientes para comprovar o tempo de atividade especial, uma vez que refletem a relação empregatícia e o reconhecimento da exposição a agentes nocivos. b. Mesmo sem a apresentação de documentos técnicos, o juiz poderá presumir a exposição a agentes nocivos com base nas atividades descritas no contrato de trabalho, dispensando a apresentação de laudos específicos. C. A concessão de aposentadoria especial exige a apresentação do Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) ou laudos técnicos que atestem a efetiva exposição a agentes nocivos, sendo insuficiente a simples declaração do empregador ou o contrato de trabalho. d. Em casos de ausência de provas documentais suficientes, o testemunho de colegas de trabalho pode suprir a falta de laudos técnicos, desde que comprovem a exposição a condições insalubres e. o contrato de trabalho, por si só, não é suficiente para comprovar a exposição a agentes nocivos, mas pode ser complementado por provas indiretas, como documentos de outros processos semelhantes, que confirmem a insalubridade no local de trabalho. Sua resposta está correta. A resposta correta é: A concessão de aposentadoria especial exige a apresentação do Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) ou laudos técnicos que atestem a efetiva exposição a agentes nocivos, sendo insuficiente a simples declaração do empregador ou o contrato de trabalho. 11/1315:24 Avaliação: Revisão da tentativa FMP-EAD Questão 10 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 o direito ao contraditório e à ampla defesa é um dos princípios fundamentais no processo previdenciário, assegurando que todas as partes envolvidas tenham a oportunidade de se manifestar sobre as provas produzidas e de contestar o que for apresentado pela parte adversa. Esse princípio é garantido pela Constituição Federal e abrange não apenas a fase de produção de provas, mas também a fase decisória. No processo previdenciário, o contraditório é essencial para que o beneficiário, o INSS ou qualquer outra parte tenha a oportunidade de responder e apresentar novos elementos quando necessário, impedindo que uma decisão seja proferida sem a plena análise das provas e argumentos de ambas as partes. MARTINS, Sérgio Pinto. Direito Processual Previdenciário. ed. São Paulo: Atlas, 2020. Em um processo previdenciário de concessão de benefício por incapacidade, a parte autora foi surpreendida com a inclusão de um laudo pericial realizado unilateralmente pelo INSS após o início da ação. Considerando os princípios do contraditório e da ampla defesa, assinale a alternativa que melhor exemplifica a correta aplicação desses direitos no contexto apresentado: a. o juiz pode decidir com base no laudo pericial apresentado pelo INSS sem a necessidade de dar oportunidade à parte autora para contestá-lo, desde que o laudo tenha sido elaborado por um perito oficial. b. A parte autora deve ser notificada sobre o laudo pericial e terá o direito de apresentar novos documentos ou solicitar nova perícia, conforme o princípio do contraditório e da ampla defesa. C. o laudo pericial produzido pelo INSS tem presunção de veracidade e não precisa ser contestado pela parte autora, sendo responsabilidade do juiz decidir se novas provas serão necessárias. d. A produção unilateral de provas pelo INSS é admitida no processo previdenciário, desde que tenha sido realizada antes do ajuizamento da ação, não sendo necessária a abertura de contraditório sobre essas provas. e. o contraditório e a ampla defesa aplicam-se apenas durante a fase de julgamento, sendo desnecessário garantir que a parte autora se manifeste sobre provas produzidas na fase instrutória do processo. Sua resposta está correta. A resposta correta é: A parte autora deve ser notificada sobre o laudo pericial e terá o direito de apresentar novos documentos ou solicitar nova perícia, conforme o princípio do contraditório e da ampla defesa. https://esa.moodle.fmp.edu.br/mod/quiz/review.php?attempt=393132&cmid=4820 12/13